Eu nunca começo uma aula

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SISTEMA DIGESTIVO 1
Anatomia – Prof. Vieira
Faculdade de Medicina – UFPE
Turma 121 – 19/06/07
[Parte 1 – Transcrita por Bob]
Eu nunca começo uma aula... Quem começa
a aula são vocês...
O que é o sistema digestivo?
Algum professor já chegou, na anatomia, pra dizer a
vocês que definir sistema é a coisa mais fácil do
mundo? Utilizem uma frase pra começar qualquer
definição de sistema: “É o conjunto de órgãos...”
Você define qualquer sistema orgânico. E o sistema
digestivo também é esse conjunto de órgãos. Pra
quê?
O sistema digestivo é esse conjunto de
órgãos que tem como função a entrada de alimentos,
a quebra desses alimentos em partículas cada vez
menores para, se possível, a sua absorção, e a
eliminação de materiais do resíduo, o resíduo
catabólico do processo da digestão.
Então isso que é o nosso sistema digestivo.
E nós sabemos que esse sistema digestivo é um
tubo. Ele é um tubo que tem duas aberturas que vai
da boca até o anus. Uma porta de entrada e uma
porta de saída para que possa ser possível esse
alimento passar por esse tubo (esse tubo sendo entre
7 a 12 metros de comprimento) e sofrer a quebra e a
absorção.
Como é um tubo muito grande, nós temos
várias maneiras de fragmenta-lo para facilitar o
estudo. São três critérios que nós temos para dividir
esse tubo digestivo. É o critério anatômico (que todos
vocês conhecem), é o critério funcional e o critério
topográfico. Então, nós vamos ver esses três
critérios. No critério anatômico, é o critério segmentar
(os segmentos dos órgãos que tem esse tubo
digestivo). Nisso vocês são craques. Qual é o
primeiro segmento? A boca. O segundo? A faringe.
Depois? O esôfago, estômago, intestino delgado e o
intestino grosso. Esses são os segmentos do tubo
digestivo. É claro que anexado a esses órgãos, a
esses segmentos existem glândulas. Glândulas essas
que vão ajudar no processo da digestão.
Que são as glândulas salivares (situadas na
boca), o fígado, o pâncreas (que estão anexado ao
intestino delgado) e as glândulas entéricas.
Também há o critério fisiológico ou funcional,
de acordo como funciona esses segmentos do tubo
digestivo. Então vamos ter uma poção desse tubo
digestivo que só serve para a entrada de alimentos,
vamos dizer que seja um elevador de descida. Essa
porção que serve para a entrada é chamada de
porção ingestiva do tudo digestivo. Os segmentos
que compõem a porção ingestiva são a boca, a
faringe e o esôfago. Uma porção dita digestiva. São
aquelas porções que tanto quebram como absorvem.
Tem que ter essa dupla função: quebrar e absorver
os alimentos. Duas estruturas se encarregam disso: o
estômago e o intestino delgado. O intestino grosso é
chamado de porção egestiva, apesar dessa porção
absorver água, sais, proteínas... Mas não é dito
digestivo porque apesar dele absorver até proteína,
essa proteína não é quebrada por ação direta de
glândulas da parede do intestino grosso, e sim por
ação bacteriana. Então o tubo digestivo, nessa
porção do intestino grosso, não quebra mais. Ele
absorve, mas não quebra. Então ele não tem o
conjunto pra ser digestivo e nós chamamos isso de
egestivo.
Na divisão do ponto de vista topográfico
(topografia quer dizer região) nós tomamos como
ponto de referência o músculo diafragma. Então,
levando em consideração o músculo diafragma, nós
vamos ter uma porção do tubo digestivo por cima
chamado de porção supradiafragmática do tubo
digestivo. E a maior parte, embaixo, tanto na
cavidade abdominal quanto na região pélvica que é a
porção
dita
infradiafragmática.
A
porção
supradiafragmética corresponde a toda porção
digestiva: boca, faringe e esôfago. A porção
infradiafragmática corresponde a porção digestiva e a
porção egestiva.
Começamos nosso estudo pela boca. A
boca que representa o primeiro segmento desse tubo
digestivo. Quando a gente olha essa boca através de
um corte de secção sagital mediano, a gente ver que
essa boca tem uma forma ligeiramente quadrilátera.
E nessa forma quadrilátera, essa boca apresenta
como tendo seis paredes. É uma parede superior,
que é o teto, uma parede inferior ou assoalho, uma
parede anterior, uma parede posterior e duas paredes
laterais (representadas pelas bochechas).
Quando a gente olha toda a cavidade bocal,
a gente identifica duas regiões distintas: uma região
por fora e uma região por dentro das duas arcadasalvéolos-dentárias. A gente percebe o espaço por
fora dessa arcada-alvéolo-dentária, entre os dentes e
os lábios; também entre os dentes e a região da
bochecha. Toda essa região que tem a forma de uma
ferradura ou da letra “U” é chamada de vestíbulo
bucal.
E a região por dentro da arcada-alvéolodentária, onde está situada a língua, é chamada de
cavidade bucal propriamente dita. Então, nós temos
duas regiões: vestíbulo bucal e cavidade bucal
propriamente dita.
Na parede superior, na região do palato, nós
encontramos uma região anterior, constituídas por
estruturas ósseas, e uma parte posterior, preenchida
por músculos. As duas são preenchidas por mucosas.
São respectivamente o palato duro e o palato mole.
Esse palato duro é formado pelo processo palatino do
maxilar e a lâmina horizontal do osso palatino.
Pessoal, me perdoem! Ficou faltando essa parte da
transcrição, porque o áudio ficou corrompido depois
de postado na internet, e não tenho mais o original. É
apenas uma parte da aula, com duração de 15
minutos aproximadamente. (Cecília)
[Parte 2 – Transcrita por Artur]
A boca e os lábios estão enxergando a região da
mucosa desses lábios e vamos identificar a presença
de duas pregas mucosas nesses lábios, q vai dos
lábios superior e inferior para região à gengiva entre
os dentes incisivos centrais q são chamados de freios
dos lábios. Tanto freio do lábio superior quanto freio
do lábio inferior, sendo bem mais projetado o freio do
lábio superior. Se vcs forem com a língua, vão
identificar o freio do lábio superior. Passando a língua
para baixo irão identificar o freio do lábio inferior, mas
de maneira mais grossa e mais rasa. No slide, pode–
se ver a parede posterior q está apresentada por uma
abertura q é o istmo das fauces ou istmo da garganta,
a comunicação da faringe com a cavidade bucal.
Esse istmo da garganta é uma região q se chamava
antigamente de garganta e corresponde à área
dessas duas pregas onde no meio encontramos uma
tonsila, de tecido linfóide, são as tonsilas palatinas ou
amígdalas. Para se formar este istmo da garganta
nós partimos do palato mole com duas pregas. Na
região central desse palato mole, q é a úvula, estão
duas pregas de um lado e do outro, q formam um
pilar anterior e um posterior do palato. Esse pilar
anterior se dirige para a margem lateral da língua, q
se prende na língua, q é a prega palatoglosso. Se for
o pilar posterior é prega palatofaríngea, pois se dirige
para a parede lateral da faringe até a tonsila palatina.
A região da tonsila palatina é uma depressão, a fossa
tonsilar. No interior dessas pregas corre músculo com
o msm nome: músculo palatoglosso e palatofaríngeo.
Esses dois músculos constituem o palato mole
juntamente com outros músculos. A parede lateral é
formada pelas bochechas. (mococa interrompe).
Esses músculos estão imbuídos no mecanismo de
deglutição, favorecendo-a. Não só eles dois os
músculos do palato, músculo tensor da úvula,
músculo levantador da úvula. Eles tensionam o palato
mole junto com a úvula q se colaba na parede
posterior da faringe fazendo com q o alimento não se
dirija para a porção nasal da faringe.(mococa
interrompe de novo) A prega palatoglosso se dirige
para a margem lateral, o músculo é portanto
palatoglosso. Ele sai do palato e se dirige para a
língua. (alguém interrompe)Esse palato ? vai separar
a parte naso da orofaringe. As bochechas são
represantadas por varias estruturas: pele, camada
muscular, mucosa,
submucosa.
O
principal
constituinte muscular aqui é o m. bucinador, mas o m.
orbicular dos lábios se projeta para essa região, os m.
zigomáticos, o m. masseter. Alem disso, o tecido
gorduroso, a tela subcutânea dessa região se projeta
com fibras colágenas mais espessas, dando uma
maior resistência, q é muito importante no movimento
de sucção da criança, q é a bola gordurosa da
bochecha. Esse corpo adiposo da bochecha é muito
desenvolvido na criança.(alguém interrompe)Aquilo
??? é tecido fibroso, colágeno da tela subcutânea.
Lembrando q vcs aprenderam q tela subcutânea é
GORDURA! Vou dar um susto em vcs. Mas tela não
é gordura! A tela subcutânea é o local onde se
deposita a gordura com uma trama de fibras
colágenas. Mas isso é assunto do M4 (ele msm
disse). Ele fica falando um tempão sobre tela
subcutânea. A parede inferior tem dois músculos:
milohioideo e o geniohioideo. O m. milohioideo vcs
viram com Adelmal. Ele vai da linha milohioidea da
espinha da mandíbula até o corpo do osso hióideo.
Daí m. milo hióideo. Por cima dele temos o m.
geniohioideo. Ele vai da espinha da mandíbula, a
espinha mental até o corpo do osso hióideo, por cima
do m. milohioideo. Observa-se q esse músculo só
está no centro. Por cima dele está o m. genioglosso.
Portanto é um local q precisa de maior resistência
para o mecanismo da deglutição, então ele tem um
reforço central. Ao se engolir seco, a língua se projeta
para cima, precisando assim de um apoio mais forte
de baixo para q a língua possa ascender e favorecer
a deglutição. Os constituintes da cavidade bucal: a
língua, q é um órgão quase q exclusivamente
muscular, pois é revestida por uma fina camada de
mucosa. Ela é dividida em três porções: uma porção
q se prende no assoalho da boca e na parede
anterior da faringe, q é chamada de raiz da língua. O
corpo q é a região central e a extremidade livre é o
ápice da língua. A língua apresenta duas faces e
duas margens: as faces, é uma superior ou dorso da
língua e uma parede e uma face inferior q também é
chamada de face ventral. Superior, dorso. Inferior,
face ventral da língua. Duas margens laterais q se
encontram no ápice. No dorso é encontrado umas
características: um sulco na forma da letra V, q é
chamado de sulco terminal. Esse sulco terminal é o
limite anatômico entre a raiz e o corpo da língua.
Esse sulco lingual ou sulco terminal, também
chamado de V lingual. O ponto de encontro entre as
duas pernas desse V é chamado de forma cego. A
superfície do dorso da língua do corpo ao ápice ou
ate a raiz é muita crespa, diferente da face ventral q é
lisa. Essas projeções q nós encontramos são
chamadas de papilas, q vcs erroneamente
aprenderam com o nome de papilas gustativas, mas
não existem papilas gustativas. As papilas da língua
são chamadas de papilas linguais e não papilas
gustativas. Papila é uma interdigitação do corio? Com
camada epitelial, portanto existem papilas epiteliais e
papilas conjuntivas. Na verdade existem os
corpúsculos gustativos, logo nem todas as papilas
são gustativas, pois algumas não têm corpúsculo
gustativo. As papilas piriformes não apresentam
corpúsculos gustativos, logo não são papilas
gustativas. Às vezes nem é necessária à presença da
papila, apenas do corpúsculo. Nós encontramos
corpúsculos gustativos no palato.
POXA 18 minutos pé nó cego! ! ! Bons estudos!
[Parte 3 – Transcrita por Puromel]
..
Até na epiglote, temos corpúsculos gustativos e não
temos 'papilas'. Então o que vai dizer se é gustativo
ou não, são os corpúsculos.
Nós vamos ver que todo o dorso da língua, de
aspecto aveludado e 'fininho', é formado pelas papilas
filiformes, que são bastante pontiagudas no seu
ápice.
Quando partimos do ápice para a raiz (da língua), nós
vamos encontrar outras papilas, especialmente na
região central. São as papilas fungiformes, que estão
no terço médio do corpo. Por que o nome fungiforme?
Porque lembra fundo, têm o aspecto de um
cogumelo, formando estas papilas fungiformes.
No terço posterior da língua, encontramos papilas
Cônicas (lembram um cone), podendo ter ou não
corpúsculos gustativos.
Adiante do V lingual, temos as maiores, em número
de 7 a 12, chamadas de papilas Valadas ou
Circunvalada. Por que? Porque ao redor dela tem
uma depressão, chamada de 'valo'. Com certeza,
estas papilas valadas têm propriedades gustativas,
porque TODAS elas apresentam corpúsculos
gustativos. Então podemos dizer que as papilas
valadas são verdadeiramente 'papilas gustativas',
enquanto as outras podem ser ou não, ou seja,
podem ter ou não corpúsculos gustativos.
Na raiz da língua, nós vamos encontrar um
aglomerado de tecido linfóide, que formam 2 tonsilas,
as tonsilas linguais. Estas tonsilas, juntamente com
as palatinas, têm a propriedade de defesa na entrada
da região da garganta. Este tecido linfóide que
combate contra vírus, fungos, bactérias que estejam
querendo entrar tubo digestivo a dentro. Então é
nosso primeiro combate.
Se a gente olhar na região posterior da raiz, veremos
que existem 3 pregas que unem a língua à epiglote.
São as pregas glossoepiglóticas Mediana (no meio) e
Laterais (percorrendo lateralmente). Obviamente,
deixando 2 depressões entre essas pregas,
chamadas valéculas epiglóticas. É nesta região da
epiglote, também na profundidade destas valéculas,
que nós temos isso aí banhado por corpúsculos
gustativos, com propriedades gustativas.
Como eu disse a vocês, as papílas aladas são as
únicas onde com certeza vamos encontrar
corpúsculos gustativos. Porém estes não estão como
imaginamos, quando eu era aluno imaginava eles se
projetando para a superfície da papila (...) e não é
verdade. Os corpúsculos gustativos estão na porção
profunda do valo, lateralmente à papila. Agora cada
corpúsculo desse, onde estão as células gustativas,
se projetam lateralmente no valo por uma abertura, o
poro gustativo. Daí saem as projeções de células, os
vilos. Estes que batem na saliva e captam o sentido
do gosto. Até a década de 90 se conhecia 4 tipos de
células gustativa: tipo I, II, III e IV. No final da década
de 90, eram 7 tipos. Depois disso, perdi a contagem.
Então, o que vai fazer 'os caras' identificarem estes
tipos de células? Saber o quimio, já se sabe. O que
diferencia uma das outras? primeiro, sua função:
aquilo que ela capta de estímulo. Então a qualidade
do quimio e a concentração deste é que determinam
o tipo de célula gustativa. Se eu perguntasse a vocês
se comem jaca, goiaba, pitomba, coco, morango.. a
gente sai dando nome a tudo. Você pode vendar os
olhos: botou na boca, identifica. Praticamente tudo
que você conhece, o que já comeu, você vai
identificar. Eu pergunto a vocês: a concentração
deste quimio só tem 7 tipos? Não, tem várias
concentrações. Isso favorece a excitabilidade da
célula para a terminação nervosa, que vai levar este
estímulo ao cortex insular (nosso lobo da gustação).
De que maneira? pelo quimio, pela qualidade e
quantidade deste quimio, bem como a mistura deles.
Então seria possível determinar até 200 tipos de
células, ou até mais.
*toca o celular da representante. Detalhe, o toque:
"sabe a sensação quando a gente beija? Ou seja,
cerveja.." O professor comenta: "Não acredito".
Respondendo a uma pergunta, o professor diz que o
olfato complementa o paladar, formando o 'sabor'
(sabor = gosto + cheiro).
Certos corpúsculos não têm poro. Então eles podem
captar estímulo para a gustação? Não. Não há como
a saliva 'bater' e estimular estas células. Isto eu digo
a vocês porque favorece a uma mudança, a uma
proliferação de células que constantemente serão
renovadas. Todos vocês sabem que na língua e na
mucosa bucal, se raspar as células se destacam
facilmente. Estão em processo de proliferação
contínuo. Isto é importante, pois se eu estou
constantemente proliferando/descamando, eu estou
também limpando. O mesmo acontece na pele.
A parede inferior, face inferior da língua, é desprovida
de papilas. Ela é lisa. tão lisa que deixa visível os
vasos da língua, todos já viram isso no espelho. E há
uma prega de mucosa, na porção profunda, chamada
freio da língua. Na porção mais profunda desse freio,
encontramos duas saliências, as carúnculas
sublinguais. Parece uma só, mas são duas, uma de
cada lado do freio da língua. É aí o local de
desembocadura da glândula salivar submandibular.
De lado, encontramos saliências que correm de
diante para trás, as pregas sublinguais. Estas
também são local de desembocadura de glândula
salivar, a glândula sublingual.
*neste ponto, o professor diz um segredinho ao
ouvido de MOCOCA!
A língua, um órgão praticamente muscular, é formada
por 2 tipos de músculos: os que começam e terminam
na própria língua e os que se projetam para fora da
língua. Se chamam intrínsecos e extrínsecos. Aqui,
nós estamos vendo os intrínsecos. Primeiro, vou
estabelecer uma separação: há aqui uma parte
esbranquiçada, isto é uma região bastante fibrosada
chamada septo da língua. Isto é um tendão. Aí têm
início os músculos que se projetam para fora da
língua, os extrínsecos. Deste septo para o restante da
língua, temos os músculos ditos intrínsecos ou
próprios da língua, que são 4, de acordo com a
trajetória das fribras músculares:
1- músculo longitudinal superior; que corre pelo dorso
da língua do ápice para a raiz e se continua pelo
ápice com o
2- músculo longitudinal inferior;
3- músculo vertical, que vai de cima para baixo, do
dorso até a parte inferior se prendendo no septo e o
4-músculo transverso
Então temos estes 4 músculos intrínsecos.
[Parte 4 – Transcrita por Buregio]
Tem os músculos ditos extrínsecos.
Como o primeiro exemplo aqui, o m.
gênioglosso que prende a língua à mandíbula por
dentro e promove a protrusão da língua que é a gente
colocar a língua pra fora. Quem não faz isso? Todo
mundo faz isso [risadas, Vieira diz que uma mulher
fazendo isso, tudo bem, mas um macho...]. Além do
gênioglosso, temos os músculos palatoglosso que
nós já verificamos, o m. hioglosso e por dentro dele o
m. condroglosso. Os dois vindo pra região do osso
hióide. O condroglosso que não dá pra ver, corre por
dentro, até parece que é uma segunda porção interna
desse músculo hioglosso.
Os dentes, ninguém aqui vai ser dentista,
não precisa detalhar dente. Apenas saibam, isso
daqui vocês já estão craques, que nós temos duas
dentições: a primária ou de leite que é a temporária e
a secundária que é a dentição óssea, permanente,
pelo menos deveria ser permanente o que nem
sempre é. Que essa dentição primária tem um total
de 12 dentes e a dentição secundária, um total de 32
dentes [achei estranha essa informação de 12 e 32,
acho que deveria ser 24-20 e 32 ou 12 e 16].
Onde nós vamos encontrar pra cada
hemiarcada 2 dentes incisivos, 1 canino, 2 prémolares e 3 ditos molares. Já me perguntaram se
dente é osso. Dente tem estrutura óssea, mas dente
não é osso! Como é que uma coisa pode ter estrutura
óssea e não ser osso? É fácil. Vocês já viram osso
com esmalte? Osso com cavidade pulpar, com
cemento? E dente tem tudo isso, então dente não é
osso. Os dentes incisivos servem para o corte, os
caninos para segurar e dilacerar. Enquanto que os
pré-molares e os molares na face oclusiva as
cúspides são chatas, e eles servem para triturar os
alimentos no mecanismo da respiração. Também
temos anexo a essa boca, a nossa musculatura da
mastigação, é claro que todos os músculos incluídos
na boca, favorecem a mastigação, porém 4 deles é
que vão fazer a mandíbula se mexer. São eles os
considerados músculos da mastigação pelo
movimento mandibular que eles executam, são eles:
o temporal, o masseter - com porção superficial e
porção profunda - e os dois músculos pterigóides que
ficam por dentro do ramo da mandíbula, presos
aonde? No processo pterigóide. Como ocorre a
mastigação? O masseter como a gente já sabe é o
poderoso levantador da mandíbula, ele se insere por
baixo, perto do ângulo da mandíbula e se prende em
cima e por dentro do corpo do zigomático, na região
próxima aos alvéolos dentários. O temporal que tem a
forma de leque, ele se insere no processo coronóide
da mandíbula, pegando sua margem superior e
principalmente anterior e se insere na linha temporal.
Nessa forma de leque, a grosso modo, a gente divide
o temporal em três partes, e de acordo com a
trajetória desse músculo a gente vê que esse terço
anterior, suas fibras são voltadas para diante e um
pouquinho pra cima, quando ele contrái, traciona
essa mandíbula pra diante e pra cima. Quando a
gente olha as fibras da região posterior, se dirigindo
ao occipital, ao contrair, traciona a mandíbula pra
cima e pra trás, faz a retração dessa mandíbula. E vê,
que todo terço médio, as fibras são bem
verticalizadas e ajudam o masseter no levantamento
dessa mandíbula. É só olhar a trajetórias das fibras
musculares.
Agora os pterigóideos, tanto lateral quanto
medial se dirigem para o côndilo da mandíbula e para
a cápsula articular da articulação têmporomandibular, bem como no disco dessa articulação. O
pterigóide medial se prende no ângulo da mandíbula,
só que no sentido contrário ao masseter, ou seja, por
dentro. Enquanto o masseter está por fora o P.
Medial está por dentro e a gente vê que eles têm a
mesma trajetória, ou seja, fazendo com que tenham a
mesma ação. Apesar da gente falar do masseter
como o poderoso músculo da mastigação, a gente vê
que tem, auxiliando ele, o temporal e o P. Medial. Já
vi casos de médicos e enfermeiros quando pegam
pacientes com crises epiléticas, por exemplo, e
fraturam o dedo ao colocá-lo na boca desse paciente
sem o devido cuidado, pois esses músculos poderão
fazer uma forte contratura, pode chegar, até a torar o
dedo de uma pessoa! É só lembrar também que com
esses músculos os cães trituram um osso, brincando.
Numa crise o ser humano pode adquirir essa força e
podem ser usados afastadores que existem no
hospital. O que fazer numa crise dessas? Acho que
vocês já viram que o paciente fica espumando, a
gente vira a cabeça dele e alguns dizem que é
importante puxar a língua porque ela pode se
contrair, retrair por causa das fibras longitudinais, e
fecha o istmo das ....
Se a contração for muito violenta, o ar não
passa, e o paciente vai ter dificuldade respiratória.
Tem que dar aquela tensão na língua pra que sejam
liberadas as vias respiratórias. Não tem as pregas
glossoepiglóticas? Então ao puxar a língua eu vou tá
tracionando essas pregas e puxando a epiglote
porque tem músculos na laringe que a circundam e
vai puxar também. Puxando a língua eu tô puxando
tudo.
Os pterigóides laterais também se prendem
nos processos pterigóides, no colo e no côndilo da
mandíbula e na cápsula, algumas fibras chegam a
atingir o disco dessa articulação. Que quando os dois
agem conjuntamente, provocam a lateralidade da
mandíbula, com isso nós temos todos os movimentos
necessários para a mastigação.
O bucinador atua também na mastigação,
ele traciona o alimento para que ele fique entre os
dentes. A língua participa desse processo também,
levando o bolo para a região oclusiva dos dentes.
Então, aqueles quatro músculos provocam
os movimentos mandibulares, mas outras estruturas
cooperam no processo da mastigação.
As glândulas salivares são formadas por
ácinos - formações globulares simples -, são
glândulas acinosas, que têm a célula produtora dessa
saliva. Esses ácinos podem estar soltos, se abrindo
em qualquer área da mucosa bucal ou então podem
estar aglomerados, todos juntos, com um ducto único,
que nós chamamos de glândulas salivares maiores.
Quando são isoladas, glândulas salivares menores
que estão espalhadas na superfície da boca e
recebem seus nomes de acordo com a região que
estão: palatinas, da úvula, genianas. Tem também as
glândulas salivares labiais, se vocês empurrarem a
língua na parte inferior, vão encontrar umas bolinhas
que algumas pessoas ficam mordendo, pra essas
pessoas eu vou dá uma dica: quando a gente morde,
estamos lesando glândulas salivares menores, ao
lesar eu vou ter que regenerar pra repor as células e
isso pode fibrosar. Áreas fibrosadas no corpo são
áreas excelentes para a produção de células
cancerígenas. Não tem que ajeitar? Então eu começo
a multiplicar, mas pode chegar uma hora que o corpo
não reconhece essa região e não pára de multiplicar,
é uma neoplasia, um câncer e a gente tá criando um
tumor. Gente, não fiquem mordendo essas glândulas,
tá?
Senhores, agora as glândulas salivares
maiores que são em 3 pares: as Parótidas, as
Submandibulares as Sublinguais.
[Murilo faz uma pergunta a respeito de
câncer de boca que não dá pra ouvir direito =( ] e
Vieira responde: Pode, pode. Existem na boca, outras
células, como as famosas células de Merkel, a
mesma que vocês viram na pele lá na histologia, elas
também estão na boca e podem provocar o câncer de
Merkel. Eu tive o prazer de estudar essas células na
minha tese e vi que elas estão em quase todas as
partes do corpo, menos na língua! Só tem um animal
que tem célula de Merkel na língua, é o sapo =P
São células mecanoceptoras, daí quando a
gente fala, na gengiva tem, nos lábios tem e quando
bate a língua, volta pra gente não morder. Ela sente e
manda você recolher a língua, é reflexo. E por que o
sapo não tem essas células na língua? Se fosse pra
pegar mosca a lagartixa também teria...
[é uma pena, maaas, meus caros, vocês só saberão
a resposta disso, na próxima transcrição =D beejão .]
[Parte 5 – Transcrita por Bruneca]
A parte que está em vermelho é pq ficou
meio confusa,mas acho que é isso q coloquei.Quem
estiver com alguma dúvida é melhor dar uma
conferida NO LIVRO.
A GLÂNDULA PARÓTIDA - é a maior
glândula salivar de todas e está por baixo e diante do
pavilhão auricular,acima do ângulo,por diante do
músculo esternocleidomastóideo ,por trás do músculo
masseter,abaixo do arco zigomático,essa ÁREA
delimitada é chamada de região parotidiana da
face.Essa glândula tem um ducto único que cruza o
músculo masseter que chegando na margem
anterior,inclina-se e perfura o M. bussinador e se abre
no vestíbulo da boca ao nível do segundo molar
SUPERIOR.Está área aqui mais elevada,é o local de
abertura do ducto da glândula parótida,chamada de
PAPILA PAROTÍDICA,é nesse local que os dentistas
colocam algodão para poderem trabalhar.GLANDULA
SUBMANDIBULAR - está abaixo do ângulo da
mandíbula,ela tem uma porção por BAIXO do M.
milo-hióideo e uma pequena projeção em lobo por
cima do M. milo-hióideo chamada de PROJEÇÃO DA
GLÂNDULA SUBMANDIBULAR de onde parte o seu
ducto que se dirige para a CARÚNCULA
SUBLINGUAL,onde vai se abrir de cada lado do freio
da língua.A GLANDULA SUBLINGUAL,que também é
grande,é a única que tem vários ductos.O primeiro
ducto dela(glândula sublingual),o mais anterior,se
abre na CARUNCULA SUBLINGUAL,juntinho da
abertura do ducto submandibular,o restante na
PREGA sublingual.
Seria bom se vcs fossem olhando num atlas
essa parte de circulação.
Toda a circulação da boca,bem como da
faringe,é executada pela CARÓTIDA EXTERNA(a
carótida interna está relacionada com a circulação
das estruturas intracranianas).As estruturas da
face(cavidade bucal principalmente)são irrigadas pela
A. Maxilar,que é justamente derivada,ou seja,é um
dos ramos terminais da A. Carótida externa, .Desse
mesmo ramo,também se origina a A. temporal. É a
partir daí(ele está apontando para
uma
figura.Gente,eu ACHO que ele estava apontando par
a origem da A. facial,e eu vi, no sobotta, que essa
origem está bem perto do ramo da mandíbula.) nos
temos a A. facial.que vai dar a A. labial.Aqui, nos
temos a A. Lingual,que também é ramo da A. Maxilar.
Quando existe a drenagem ,ela é feita por veias
homônimas,ou seja,o que eu tenho de artéria eu vou
ter e veia voltando.Essas veias vão drenar direta ou
indiretamente par a veia jugular interna,mas antes de
cair na veia jugular,o sangue passa pelo PLEXO
FACIAL, e por dentro,quando não é plexo facial,cai
naquele processo pterigóide(Plexo pterigóide),para
depois cair nas veias profundas(como por exemplo, a
veia maxilar),então,primeiro vem o plexo para depois
cair nas veias.O homônimo da carótida é a jugular.
Temos ainda Arterias que vão nutrir
estruturas externas da face,como a A. transversa da
face,que pode se originar tanto da carótida externa ou
da a. temporal superficial,pq ela está justamente no
ponto de bifurcação dessas artérias.Há ramos
também que vem da A. infra-orbitárias que manda
vasos para o lábio superior.E é assim que se
processa a circulação.Aqui dá para ver também que a
Aa. palatinas e a A. Nasopalatina originam-se da A.
maxilar.Ele chamou muito a atenção para o fato de
que a carótida externa irriga as estruturas extra
cranianas, e a carótida interna irriga as estruturas
internas.
A drenagem linfática da cavidade bucal se
faz para a cadeia de linfonodos submandibular
,submentonianas(acho que é aquela região mentual)
e a cadeia cervical profunda que corre juntinhos dos
vasos.Ele mostra na figura a cadeia superficial
linfática dos lábios que drena direto para a cadeia
submentoniana.Os linfonodos drenam de acordo com
a região,quem for anterior,drena para linfonodos
anteriores
e o mesmo Server para os
posteriores.Lembrando que os anteriores se
comunicam com os posteriores,por isso que eles
formam uma cadeia.Ele agora vai falar da historia
dos linfonodos intumescidos (que ocorreu com ele).
[Parte 6 – Transcrita por Carlinhos]
... também provém de várias fontes,
principalmente do nervo Trigêmio, que, dentre outras
estruturas, também inerva a musculatura da
mastigação.
A língua também tem sua inervação sensitiva
para o paladar e geral. A sensibilidade do tato, de
sentir que alguma coisa bateu se dá pelo N. Trigêmio,
que atinge todo o dorso da língua. E a gente vai ver
que no corpo da língua têm uma participação especial
o NC VII – Nervo Facial –, e também o NC IX na
metade anterior da raiz lingual, ou seja, toda a região
do Sulco Terminal, é o N. Glossofaríngeo, que é
responsável por 2 tipos de inervação, sensibilidade e
pelo paladar.
E, para trás, a raiz e face lingual da ...
Essa aula ta muito doida, por conta das mil
interrupções com o projetor travando. Eu cortei
muitas das pausas gigantes que ele fazia, mas essa
passou que eu nem vi =/ Aí ficou pequenininha assim
mesmo.
[Parte 7 – Transcrita por Carol Reis]
O esôfago é um tubo muscular de
aproximadamente 25 cm de comprimento que vai
estar colabado na parede posterior por trás da
traquéia, indo da sexta vértebra até a décima primeira
vértebra torácica. Percorre a região do pescoço, uma
pequena parte, a nível de C7 e se estende até T11
onde ele se continua com o estômago. A gente vai
observar que esse esôfago não é um tubo retilíneo,
ele é achatado no sentido ântero-posterior. Primeiro,
porque ele está entre a coluna vertebral e a traquéia,
então ele é achatado nessa região, também porque
ele está situado por trás do coração, só que nesse
ponto esse esôfago sofre curvaturas, tanto curvaturas
laterais, quanto curvaturas ântero-posteriores,
provando que não é um tubo retilíneo. Nós vamos ver
que esse esôfago ao atravessar essas regiões, ele
apresenta como se fosse três porções, uma na região
cervical que se continua com a do tórax e uma
pequena porção quando ele atravessa o músculo
diafragma. Três porções: cervical, torácica e
abdominal. Mesma coisa da aorta, ninguém pode
falar aorta ascendente, aorta transversa, é porção
porque só tem uma aorta, como aqui também só tem
um esôfago, é porção cervical do esôfago, porção
torácica do esôfago e porção abdominal do esôfago.
Devido às relações que ele tem com a cartilagem
cricóide, lá no início, com a passagem pela aorta e o
brônquio esquerdo e a passagem no diafragma, ele
sofre constricções de tal maneira que nós vamos
chamar de estreitamentos. O primeiro por trás da
cartilagem cricóide, estreitamento cricóide, é nessa
região onde temos aquele músculo constrictor inferior
da faringe que vai nos dar uma área de transição
entre o que é esôfago e o que é faringe, então, a área
de transição faringo-esofágica. Vai ser o local que
contrai de tal maneira que nos faz separar, se a gente
ver que a partir daqui começa a camada longitudinal
do esôfago, mas tem uma área que não tem que nós
chamamos de área fraca, é aqui que podem os
divertículos. Imaginem que a mucosa se projete para
dentro e deixe um famoso divertículo que vai se
entupir de coisas imprestáveis aí dentro, que pode
infeccionar e levar a morte. (pergunta) área de
transição faringo-esofágica, exatamente aquela
porção inferior do músculo constrictor inferior que é o
músculo cricofaríngeo. (pergunta) área de transição
faringo-esofágica (pergunta: há alguma região do
esôfago que seja mais susceptível a formação de
tumor?) que eu saiba não. Talvez, a porção mais
inferior. Nessa porção inferior da porção torácica,
imediatamente acima do diafragma, é a região que
mais se dilata. Lembra que eu falei no início, no
primeiro slide, que eu disse que o esôfago parecia,
essa porção superior todinha do tudo digestivo,
parecia um elevador? Imagine que a gente ta
deglutindo, engolindo. O alimento não vai pra dentro
não. Ele faz o seguinte: vem mais rápido e pára para
passar lentamente, por quê? Na área de
estreitamento, lá no diafragma, é chamado
estreitamento diafragmático, o alimento não passa de
vez. Porque se passar de vez, isso aqui tava aberto e
iria atingir o estômago com muita força e com certeza
iria provocar dores. Para que isso não ocorra, isso é
fechadinho e isso aqui de dilata e forma o que nós
chamamos de ampola epifrênica. Algumas pessoas
que têm isso aqui mais fechado ou têm mais aberto,
geralmente é mais fechado. O que é que vai
acontecer? O alimento vai demorar mais tempo nessa
região do esôfago, chega aqui e para chegar no
estômago para uns 3 a 5 segundos, ele não passa
direto. Imaginem se o alimento passar aqui 5 min, é
muito tempo. Isso vai fazer o alimento fermentar
porque tem enzimas aí. Isso fermenta e provoca
refluxo. Ao provocar refluxo, vai haver uma maior
quantidade de gases que sai alterando toda a
mucosa. Talvez essa região, por causa das
herniações e processos patológicos, venha a ser uma
área susceptível a esse tipo de problema. Talvez.
Não estou dizendo que seja. Pois bem, o esôfago é
curvo. Quando ele chega aqui ele, como a aorta ta
dirigida pra cá, ele se dirige para a direita e depois ele
volta para a esquerda de novo. E, quando ele volta
para a esquerda no meio do tórax, ele que passava
por trás do arco da aorta, ele se projeta para adiante
e fica por diante da porção descendente torácica da
aorta, onde ele vai perfurar o diafragma totalmente
separado do hiato por onde atravessa a aorta.
Lembra do hiato aórtico? Que tinha os dois pilares, o
diafragma direito e esquerdo? O esôfago sai por outro
hiato, por diante do hiato aórtico, pelo hiato esofágico
com tecidos musculares separando esse hiato do
hiato aórtico e ele caminha por diante dessa aorta. É
muito fácil agora a gente estabelecer relações. A
gente ver que em determinado ponto, quanto mais
alto for, essa aorta, esse esôfago, o que é que eu vou
ter por aqui por diante dele, além de toda a traquéia?
Os vasos da aorta, da porção dessa crossa da aorta.
As subclávias vão está por diante ou de lado? De
lado. Quem é que ta por trás? A coluna vertebral.
Relações é a coisa mais fácil em anatomia porque
você não pode pensar nesse órgão aqui e decorar,
imagine o todo, onde é que ta o órgão. Num está no
pescoço? Então eu só vou imaginar o pescoço, eu
centralizo ele e vejo onde é que ele está. Então eu
vejo o que é que ta por trás, o que é que ta por
diante. Eu faço isso e fica mais fácil. Vocês não
sabem que quando chega na metade do tórax o
esôfago é mais anterior? O que estava por trás por
esôfago, que era a coluna vertebral, agora não é
mais. É o que? É a artéria aorta. Porque você chegou
no ponto de saber que pela trajetória tinha outro
órgão. A gente vai ver tudo o que é relações dessa
maneira. Quando a gente chega no esôfago, a gente
vai mostra uma estratigrafia da parede. Com uma
túnica adventícia, que é formada por tecido conjuntivo
colágeno, e tem a musculatura lisa. Essa musculatura
lisa, imaginem que isso vai chegar até o diafragma,
se “intremeia” com o músculo diafragma e com toda a
musculatura do esôfago. A gente ver que chegar num
ponto que se continua com a musculatura lisa desse
esôfago, com uma camada bem nítida. Uma camada
longitudinal e uma camada circular. A longitudinal é
externa e a circular é interna. Do esôfago até o reto a
gente vai ter essa disposição, abaixo da túnica
adventícia, que depois quando passar pela cavidade
abdominal é abaixo da serosa, encontra-se a camada
muscular, que vai ser sempre uma camada
longitudinal externa e uma camada circular interna,
para chegar uma submucosa e, finalmente, voltada
para a luz do órgão, uma mucosa. (pergunta: para
haver peristaltismo as duas camadas musculares
participam?) As duas participam, uma para diminuir
de tamanho e a outra constrangindo. Essa camada
submucosa é o nosso leito vascular, por aqui tem
uma trama de capilares tão intensa que vai favorecer
a nutrição da mucosa, principalmente das células
basais que são a camada de células germinativas,
bem como de veias para drenar. Essa drenagem ta
fazendo no nosso sistema digestivo, não aqui no
esôfago, mas do estômago para abaixo, a retirada do
alimento que foi absorvido, que cai na corrente
sangüínea. E a gente vai ver que a partir do
estômago esse sangue rico em nutrientes e pobre em
oxigênio vai ter que se dirigir para o fígado para esse
sangue ser metabolizado, que a gente come muita
porcaria e as toxinas que tão aí, os nossos
agrotóxicos, que não são poucos, e com os
conservantes e tudo o que a gente come, o fígado é o
encarregado de limpar, um mecanismo de purificação
desse sangue. Então, é o nosso leito vascular onde
essa drenagem e essa irrigação toda vai acontecer.
Lateralmente na porção alta do esôfago e de toda a
faringe, nós temos o feixe vásculo-nervoso do
pescoço que vai favorecer a inervação e a irrigação.
Qual é a artéria? A carótida externa. Então, toda a
faringe, os ramos faríngeos descentes, a tireoideia
que manda para o esôfago, a tireóidea ascendente
que manda para o esôfago, porção superior, e de
ramos esofágicos que saem direto da aorta, saem da
artéria brônquica, a nível do tórax, que também
irrigam o esôfago dando as artérias esofágicas
médias. Quando a gente ultrapassa o limite do
diafragma, as próprias frênicas, superior e inferior,
também auxiliam na irrigação desse esôfago e a
drenagem venosa é por veias homônimas, que vão
para o sistema ázigos. E quem é que vai favorecer a
inervação da faringe e esôfago? Principalmente o
plexo faríngico. Se for faríngico é porque ta na faringe
e se for esofágico é porque ta no esôfago, mas é
proveniente do nervo vago e nervo glossofaríngeo,
que vai favorecer a formação dessa cadeia neuronal.
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