Colégio Brasil Central EJA- Educação a Distância Ensino Médio – Apostila Física Brasil Central Índice MÓDULO I UNIDADE I – SISTEMA DE UNIDADES ....................................................................................................................................................................2 SEÇÃO I. SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES .................................................................................................................... 2 SEÇÃO II. NOTAÇÃO CIENTÍFICA ................................................................................................................................................... 3 UNIDADE II – VETORES E GRANDEZAS VETORIAIS E ESCALARES ..............................................................................................................3 SEÇÃO I. VETORES .......................................................................................................................................................................... 3 SEÇÃO II. GRANDEZAS VETORIAIS E ESCALARES ...................................................................................................................... 4 UNIDADE III – CINEMÁTICA .......................................................................................................................................................................................4 SEÇÃO I. MEDIDAS DE VELOCIDADE E ACELERAÇÃO. ............................................................................................................... 4 SEÇÃO II. ACELERAÇÃO CENTRÍPETA. ......................................................................................................................................... 5 SEÇÃO II. MOVIMENTO CIRCULAR. ................................................................................................................................................ 5 UNIDADE IV – DINAMICA, AS LEIS DE NEWTON E SUAS APLICAÇÕES ........................................................................................................5 SEÇÃO II. LEIS DE NEWTON............................................................................................................................................................ 6 SEÇÃO II. FORÇA PESO, FORÇA NORMAL, FORÇA DE ATRITO, FORÇA ELASTICA................................................................. 6 UNIDADE V – TRABALHO E ENERGIA ....................................................................................................................................................................6 SEÇÃO I. TRABALHO ....................................................................................................................................................................... 7 SEÇÃO II. ENERGIA .......................................................................................................................................................................... 7 UNIDADE VI – HIDROSTATICA.................................................................................................................................................................................7 SEÇÃO I. DENSIDADE E PRESSÃO ................................................................................................................................................. 7 SEÇÃO II. PRINCIPIO DE ARQUIMEDES ......................................................................................................................................... 8 SEÇÃO III. PRINCIPIO DE PASCAL .................................................................................................................................................. 8 REFERENCIAS ..............................................................................................................................................................................................................8 MÓDULO II UNIDADE I – TEMPERATURA E ESCALAS TERMOMETRICAS..........................................................................................................................9 SEÇÃO I. TEMPERATURA ................................................................................................................................................................ 9 UNIDADE II – DILATAÇÃO ........................................................................................................................................................................................11 UNIDADE III – CALOR E FLUXO DE CALOR .........................................................................................................................................................12 SEÇÃO I. CALOR ............................................................................................................................................................................ 12 SEÇÃO II. FLUXO DE CALOR ......................................................................................................................................................... 13 UNIDADE IV – ONDAS ...............................................................................................................................................................................................14 SEÇÃO I. CLASSIFICAÇÃO E PROPAGAÇÃO DE ONDAS ........................................................................................................... 14 SEÇÃO III. REFLEXÃO E REFRAÇÃO ............................................................................................................................................ 15 UNIDADE V – ÓTICA ..................................................................................................................................................................................................16 SEÇÃO I. ESPELHOS PLANOS ...................................................................................................................................................... 16 REFERENCIAS ............................................................................................................................................................................................................17 MÓDULO III UNIDADE I – SISTEMA DE UNIDADES ............................................................... 2 SEÇÃO I. SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES .......................................................... 2 SEÇÃO II. NOTAÇÃO CIENTÍFICA ............................................................................................ 3 UNIDADE II – VETORES E GRANDEZAS VETORIAIS E ESCALARES ....... 3 SEÇÃO I. VETORES ...................................................................................................................... 3 SEÇÃO II. GRANDEZAS VETORIAIS E ESCALARES ............................................................. 4 UNIDADE III – CINEMÁTICA ................................................................................ 4 SEÇÃO I. MEDIDAS DE VELOCIDADE E ACELERAÇÃO. ..................................................... 4 SEÇÃO II. ACELERAÇÃO CENTRÍPETA. .................................................................................. 5 SEÇÃO II. MOVIMENTO CIRCULAR. ........................................................................................ 5 UNIDADE IV – DINAMICA, AS LEIS DE NEWTON E SUAS APLICAÇÕES 5 SEÇÃO II. LEIS DE NEWTON ...................................................................................................... 6 SEÇÃO II. FORÇA PESO, FORÇA NORMAL, FORÇA DE ATRITO, FORÇA ELASTICA .... 6 UNIDADE V – TRABALHO E ENERGIA .............................................................. 6 SEÇÃO I. TRABALHO ................................................................................................................... 7 SEÇÃO II. ENERGIA...................................................................................................................... 7 UNIDADE VI – HIDROSTATICA .......................................................................... 7 SEÇÃO I. DENSIDADE E PRESSÃO............................................................................................ 7 SEÇÃO II. PRINCIPIO DE ARQUIMEDES .................................................................................. 8 2 Física III _____________________________________________________________________________________ SEÇÃO III. PRINCIPIO DE PASCAL............................................................................................ 8 REFERENCIAS .......................................................................................................... 8 UNIDADE I – TEMPERATURA E ESCALAS TERMOMETRICAS ................. 9 SEÇÃO I. TEMPERATURA ........................................................................................................... 9 UNIDADE II – DILATAÇÃO.................................................................................. 11 UNIDADE III – CALOR E FLUXO DE CALOR ................................................. 12 SEÇÃO I. CALOR ......................................................................................................................... 12 SEÇÃO II. FLUXO DE CALOR ................................................................................................... 13 UNIDADE IV – ONDAS ........................................................................................... 14 SEÇÃO I. CLASSIFICAÇÃO E PROPAGAÇÃO DE ONDAS .................................................. 14 SEÇÃO III. REFLEXÃO E REFRAÇÃO ..................................................................................... 15 UNIDADE V – ÓTICA ............................................................................................. 16 SEÇÃO I. ESPELHOS PLANOS .................................................................................................. 16 REFERENCIAS ........................................................................................................ 17 UNIDADE I – GRVITAÇÃO UNIVERSAL .......................................................... 18 SEÇÃO I. LEI DA GRAVITAÇÃO UNIVERSAL ...................................................................... 18 UNIDADE II – ELETROSTÁTICA........................................................................ 19 SEÇÃO I. MODELO ATÔMICO .................................................................................................. 19 SEÇÃO II. CARGA ELÉTRICA ................................................................................................... 20 SEÇÃO III. TIPOS DE ELETRIZAÇÃO ...................................................................................... 20 ELETRIZAÇÃO POR INDUÇÃO ................................................................................................ 20 UNIDADE III – FORÇA ELETRICA E CAMPO ELETRICO .......................... 20 SEÇÃO I. LEI DE COULOMB ..................................................................................................... 20 SEÇÃO II. CAMPO ELÉTRICO................................................................................................... 21 UNIDADE IV – CIRCUITOS ELÉTRICOS.......................................................... 21 SEÇÃO I. CORRENTE E RESISTENCIA ELETRICA ............................................................... 21 SEÇÃO II. ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES LINEARES ........................................................ 22 SEÇÃO III. EFEITO JOULE ......................................................................................................... 22 SEÇÃO IV. POTEÊNCIA ELÉTRICA ......................................................................................... 22 UNIDADE V – GERADORES E RECEPTORES ................................................. 23 UNIDADE VI – MAGNETISMO ............................................................................ 23 SEÇÃO I. CAMPO MAGNÉTICO ............................................................................................... 23 MONOPOLO MAGNÉTICO: ....................................................................................................... 25 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 25 Centro Educacional Brasil Central Nível: Educação Básica Modalidade: Educação de Jovens e Adultos- a Distância Etapa: Ensino Médio FÍSICA MÓDULO I UNIDADE I – SISTEMA DE UNIDADES SEÇÃO I. SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES O Sistema Internacional de Unidades – SI foi um padrão convencionado em 1960 pela Conferência Geral de Pesos e Medidas para facilitar a comunicação no mundo. Criado de modo a abranger os diversos tipos de grandezas físicas, compreendendo não somente as medições que ordinariamente Taguatinga-DF QNE 24 lotes 06 a 10, Fone (61)3354 0046 / 3354 0048 - www.colegiobrasilcentral.com.br _____________________________________________________________________________________ interessam ao comércio e à indústria, mas estendendo-se completamente a tudo o que diz respeito à ciência da medição o SI é constituído por sete unidades básicas: o metro (m), o segundo (s), o quilograma (kg), o kelvin (K), o ampère (A), o mol (mol) e a candela (cd), todas são unidades que trabalharemos em capítulos próximos, exceto a candela que é de intensidade luminosa. as três retas acima tem direções completamente diferentes, horizontal, vertical, diagonal. A terceira informação que o vetor carrega é o sentido: SEÇÃO II. NOTAÇÃO CIENTÍFICA A notação científica nada mais é do que escrever qualquer número seja ele muito grande ou muito pequeno, como se ele estivesse multiplicado por uma potência de 10. Todos os números, muito grandes ou muito pequenos, estarão multiplicados por um fator do tipo: ? 10 EX: Expoente positivo (indica multiplicação) – números grandes. 2 10 =10x10=100 O expoente indica quantos zeros terá o resultado. 3 10 =10x10x10=1000 Expoentes negativos (indica divisão) – números pequenos -2 10 = 1 10 10 =0,01 O expoente indica o número de algarismos após a vírgula. OBS: Todo número elevado a zero são iguais à 1. 0 Ex: 10 = 1. Colocar os números em notação cientifica é deixar somente um algarismo diferente de zero antes da virgula. Ex: 10 63.240.000.000 = 6,324 . 10 UNIDADE II – VETORES E GRANDEZAS VETORIAIS E ESCALARES SEÇÃO I. VETORES Os números são caracteres utilizados para informar quantidades, vetores são outro tipo de caracteres que representam três informações: módulo (tamanho), sentido e a direção. Representamos vetores com o desenho de uma seta: A primeira reta de cima para baixo está na horizontal (direção), as duas setas abaixo dela estão na mesma direção, mas cada uma em sentido diferente, convencionamos um deles como positivo e outro negativo para melhor orientação. Ao nomearmos os vetores, assim como atribuímos letras a ângulos ou triângulos, a letra que simbolizar o vetor deve ser diferenciada, posta em negrito, conter uma (setinha) → sobre a letra, ou ter um traço duplicando uma de suas bordas. EX: V , V_ OPERAÇÃO COM VETORES: Os vetores têm uma álgebra específica, adição e subtração de grandezas vetoriais é feita levando em conta suas três características: módulo, direção e sentido. Adição e subtração de grandezas vetoriais: Vejamos os exemplos abaixo: Exemplo: A B C O vetor resultante da soma ( C ) inicia junto com o primeiro vetor da soma ( A ) e só termina junto com o ultimo vetor da soma ( B ). Seguindo a idéia do exemplo anterior temos: A B C O tamanho da seta é o que chamamos de módulo, ele é proporcional ao valor numérico da grandeza representada. A direção é representada pela reta: O vetor resultante ( C ) segue a mesma regra do anterior. Nesse exemplo fica claro que para somar ou subtrair os vetores devemos colocar um após o _____________________________________________________________________________________ outro, encaixar um ao outro simultaneamente e traçar o resultante ( E ) ligando o início do primeiro vetor ao fim do ultimo. A B C sendo que os vetores A e B são idênticos ao do Deslocamento é a diferença entre o ponto de inicio e o ponto final da trajetória, não importando qual o caminho escolhido. Velocidade Media A letra grega (delta maiúscula) indica variação de uma grandeza. E taxa quer dizer o quanto algo varia em um intervalo de tempo, por isso velocidade média (Vm ) é chamada de taxa de variação do espaço (s) no tempo (t). s t Vm O vetor resultante da soma ou da subtração (C ) inicia junto com o primeiro vetor da soma ( A ) e só como esses dois pontos coincidem, o início de A é no mesmo local que o termino de B , o vetor resultante ( C ) é nulo, C =0. A única diferença é termina junto com o ultimo vetor da soma ( B ), que quando subtraímos vetores invertemos o sentido do vetor a ser subtraído. Quando somamos vetores que fazer uma ângulo de 90º, podemos usar teorema de Pitágoras para resolver a soma. SEÇÃO II. GRANDEZAS VETORIAIS E ESCALARES Várias grandezas têm sentido completo apenas com o valor numérico e a correspondente unidade. Essas grandezas são chamadas grandezas escalares. Ao falar que a massa de um homem é igual a 70 Kg e sua altura é de 1,72 m, nada mais precisa ser acrescentado para definir as grandezas. Grandezas como deslocamento, velocidade, aceleração não são descritas apenas por valores numéricos e unidades, necessitam de direção e sentido bem definidos. Se guiar por um mapa sem utilizar as coordenadas geográficas, a rosa dos ventos (sem direção e sentido) é impossível. A essas grandezas onde é imprescindível as três informações, módulo, direção e sentido, damos o nome de grandezas vetoriais. UNIDADE III – CINEMÁTICA Cinemática é o estudo matemático do movimento, não levara em consideração suas causas. SEÇÃO I. MEDIDAS DE VELOCIDADE E ACELERAÇÃO. Como saber se algo esta em movimento ou não? Para responder a esta pergunta precisamos de um referencial, ou seja, um ponto que consideraremos fixo, se em relação a este ponto o corpo se move, então este esta em movimento. A velocidade média pode ser positiva ou negativa. Um valor negativo da velocidade mostra que a partícula analisada está retornando, voltando em relação à trajetória. A unidade SI da velocidade é o metro por segundo (m/s), mas existem outras unidades como o quilômetro por hora (Km/h), que é utilizado comumente no Brasil, a mph que quer dizer milha por hora (mi/h) e qualquer outra derivação de unidade de espaço por tempo. 3,6m/s = 1Km/h = 0,62mph Temos que saber diferenciar velocidade média de velocidade instantânea. A velocidade instantânea é a velocidade real, num carro, por exemplo, a velocidade instantânea é a marcada no velocímetro. Já a velocidade média é um arredondamento feito com o objetivo de estimarmos distâncias percorridas em função de um intervalo de tempo. Aceleração Um carro quando começa a se mover ele vai ganhando velocidade gradualmente, esta variação na velocidade é chamada de aceleração. A aceleração é então taxa de variação da velocidade no tempo, no Si a unidade da 2 aceleração é m/s : a V t Essa fórmula é conhecida como função horário da velocidade e normalmente é apresentada da seguinte forma: a a (V V0 ) , sendo t0 (t t0 ) (V V0 ) at V V0 t V V0 at = Outras relações importantes são: Função horário do espaço: S S0 V0t at2 2 Onde: S é o espaço final percorrido S 0 é o espaço inicial percorrido V0 é a velocidade inicial do objeto 0, _____________________________________________________________________________________ t é o tempo do movimento a é a aceleração do abjeto Equação de Torricelli: V 2 V0 2 2a S Onde: V é a velocidade final do objeto V0 é a velocidade inicial do objeto a é a aceleração do abjeto ∆S é a distancia percorrida pelo objeto SEÇÃO II. ACELERAÇÃO CENTRÍPETA. Aceleração é a taxa de variação da velocidade, a forma como ela muda no tempo. Porém a velocidade é uma grandeza vetorial, tem módulo, direção e sentido. A aceleração que trabalhamos até agora só alterava o módulo, só o valor numérico da velocidade. Outra forma de alterar a velocidade é modificar sua direção, por exemplo, quando uma partícula realiza uma curva: essa figura representa uma mesma bolinha fazendo uma curva para baixo, é como se tirássemos várias fotos do movimento e sobre posse todas elas. Em cada momento o vetor velocidade aponta para uma direção diferente, porem o módulo é o mesmo e o sentido podemos convencionar como sentido horário. A esse tido de mudança de velocidade, mudança na direção, damos o nome de aceleração centrípeta. Podemos calcular a taxa com que a direção da velocidade se modifica (aceleração centrípeta) através da relação: v2 acp r SEÇÃO II. MOVIMENTO CIRCULAR. O calculo do deslocamento no movimento linear é feito de forma simples, pois a trabalhamos basicamente com retas. No movimento circular o cálculo do deslocamento é feito através do ângulo, sabemos que 360º equivalem a 2 rad e que podemos obter a medida do perímetro de qualquer parte de uma circunferência através da relação: P=θr onde θ é ângulo analisado (não necessariamente 2 ) e r o raio da circunferência. Partindo da idéia de que no movimento circular o deslocamento é igual a parte do x P r, a perímetro percorrido, temos: variação do deslocamento é igual ao produto do raio da circunferência pela variação angular: Δx=Δθr Conhecendo isso, podemos utilizar todas equações do movimento linear para o movimento circular, basta substituirmos “Δx” por “Δθr”. Também utilizamos outra nomenclatura, as letras gregas omega (ω) para velocidade angular e alfa (α) para aceleração angular. Isso porque ao transformarmos veremos que v=ωr, e a=αr. A velocidade linear trabalha com o quanto se desloca por tempo, já a velocidade angular trabalha com o número de voltas dadas por unidade de tempo, muita atenção para esse detalhe. Movimento Movimento de Rotação Linear Deslocamento Deslocamento Angular x Velocidade média vmed Velocidade méd angular x t med t Equações dos movimentos com aceleração constante: Movimento Linear Movimento de Rotação v vo at 1 2 x xo vo at 2 v2 vo2 2a x t 1 2 t 2 o o 2 o 2 o 2 UNIDADE IV – DINAMICA, AS LEIS DE NEWTON E SUAS APLICAÇÕES DINÁMICA é a parte da mecânica que ao contrário da cinemática trabalha com as causas dos movimentos. Alguns conceitos são essenciais como força e maça. MOVIMENTO. O conceito de movimento é bastante empírico, uma pessoa caminhando, por exemplo, está se deslocando, saindo do lugar. A esse tipo de movimento damos o nome de translação. Um ventilador é outro exemplo de movimento, porém sua hélice gira, mas ele não sai do lugar. A esse tipo de movimento damos o nome de rotação. FORÇA. Quando exercemos força sobre algo é para produzir movimento, controlar o movimento, ampliar a nossa força, o conceito de força está intimamente ligado com o movimento. A unidade utilizada para força é o newton (N), em homenagem ao cientista Isaac Newton,. EQUILÍBRIO. Em muitos casos é o equilíbrio que é essencial, prédios ou pontes são construídos para suportar pesos além do seu, para permanecerem em repouso, se manterem em equilíbrio estático. No equilíbrio também necessitamos de força, mas para contra balancear. MASSA. Todos já subimos em uma balança com o objetivo de aferirmos nossa massa, o _____________________________________________________________________________________ quando de matéria acumulamos, comumente chamado peso. O termo peso tem significado diferente na física, é sinônimo de um tipo específico de força. Ao invés de falarmos do peso de alguma coisas, falaremos da massa que alguma coisa tem. A unidade de massa no sistema internacional é o quilograma (Kg). SEÇÃO II. LEIS DE NEWTON Isaac Newton foi um ilustre cientista inglês do século XVII, famoso por seus trabalhos nas áreas da física e da matemática. Um de seus trabalhos resultou no que conhecemos como leis de Newton, são princípios que junto com o trabalho de outros grandes cientistas fundamentam toda a mecânica clássica. Antes de conhecermos as três leis de Newton é importante sabermos que essas leis tem uma condição, elas só são válidas para referenciais inerciais. Referenciais Inerciais são referenciais que não estão em movimento acelerado. 1ª Lei de Newton – lei da inécia: Um corpo em repouso permanece em repouso a menos que sobre ele atue uma força externa. Um corpo em movimento desloca-se com velocidade constante a menos que sobre ele atue uma força externa. 2ª Lei de Newton – Uma variação na somatória das forças aplicadas sobre o corpo causa uma variação da aceleração deste corpo – estático, esta força que a mesa faz sobre o livro é a força normal. Logo a força normal terá o mesmo modulo da força que se contrabalancear com ela, mesma direção e sentido oposto. FORÇA DE ATRITO. Ao empurrar uma caixa de massa grande, temos maior ou menor facilidade de acordo com o piso em que estamos, a caixa desliza mais facilmente em um piso encerado do que em uma calçada áspera, porém se muito encerado estiver o piso podemos ficar patinando ao ponto de nem se quer conseguirmos mover a caixa de lugar. A essa força devido o contato do fundo da caixa com o chão ou da sola do calçado com o chão, damos o nome de força de atrito, que pode ser benéfica ou prejudicial, como vimos no caso da caixa. Existem dois tipos de atrito, o estático e o cinético. O que difere os dois é o coeficiente de atrito, µ (mi), que tem valores diferentes para corpos em contato quando estáticos e quando em movimento. Sendo que o coeficiente de atrito estático ( ) é sempre maior que o s c. coeficiente de atrito cinético ( c ) s A força de atrito depende da força que o objeto faz no apoio e reação desta, ou seja, a força normal, e o coeficiente de atrito entre as dua superfícies. Definimos matematicamente a força de atrito como sendo: Fat N Matematicamente: Onde: 3ª Lei de Newton – lei de ação e reação: As forças sempre atuam aos pares de forças iguais porém opostas. Se um corpo A exerce uma força em B, este exerce sobre A uma força que tem módulo e direção igual ao da primeira, porém com sentido oposto. SEÇÃO II. FORÇA PESO, FORÇA NORMAL, FORÇA DE ATRITO, FORÇA ELASTICA FORÇA PESO. Força peso é como definimos na física o peso de um corpo, esta não é mesma força que medimos quando nós pesamos em uma balança na farmácia, pois as balanças estão medindo o em física definimos como a massa do corpo. A força peso é definida como a sendo a multiplicação entre a massa(m) e aceleração local da gravidade(g). F mg FORÇA NORMAL. É a força que o apoio faz sobre o objeto, se nos recordamos da terceira lei de Newton, lei da ação e reação, temos que a normal é a reação a força que o objeto faz sobre o apoio, como em um livro sobre uma mesa, por exemplo, o livro faz um força sobre a mesa, a força peso, e a mesa faz uma força sobre o livro para mantê-lo F é a força de atrito N é a força normal µ é o coeficiente de atrito estático. Força Elástica é toda força proveniente de deformações de molas e elásticos, sendo que esta é proporcional a o quanto de estica o elástico ou se encolhe a mola, sendo que quanto maior a deformação que se causa maior será a força. A formula matemática da que define esta força é conhecida como lei de Hooke e é expressa como: F K.X Onde: F é a força elástica K é uma constante que depende da mola. X é o quanto a mola foi esticada ou comprimida. UNIDADE V – TRABALHO E ENERGIA Trabalho em física é tido como algo que se faz quando gastamos energia e a energia é algo que utilizamos para realizar trabalho, logo os _____________________________________________________________________________________ conceitos de trabalho e energia estão intimamente ligados. SEÇÃO I. TRABALHO Matematicamente definimos o trabalho como sendo a multiplicação entre a força efetuada, e o deslocamento, sendo esta força constante durante todo o deslocamento. F.d Mas caso o trabalho realizado não seja paralelo ao deslocamento levaremos isto em conta multiplicado pelo co-seno do ângulo entre a direção do trabalho e a direção do deslocamento. F.d.cos( ) X é o quanto a mola deslocou da posição de equilíbrio. Observamos na duas energia potenciais que aos objetos serrem abandonados ou ao a mola ser solta teremos esta energia se transformando em energia cinética, a energia ligada ao movimento. Energia Cinética é a energia que um corpo adquiri em função da sua velocidade, quanto mais rápido ele estiver mais energia terá acumulada, por exemplo se um caminhão bate em outro carro a 10 Km/h quase não a estragos, mas se o mesmo caminhão bate a 100 Km/h teremos grandes conseqüências, portanto quanto mais rápido estivermos, mais energia cinética temos acumulada.matematicamente a energia cinética é dada como? A unidade do trabalha é joule (J). Potencia é a medida da capacidade de realização de trabalho, quanto mais rápido conseguimos realizar mais trabalho, maior a potencia e quanto mais lentamente menor a potencia. Definimos matematicamente a potencia como sendo: P t Onde: T é o trabalho realizado ∆t é o tempo gasto A unidade de potencia é o J/s ou Watt(W) EC m V2 2 Onde: m é a massa do corpo V é a velocidade com que este se desloca Temos que a variação da energia cinética é igual a trabalho realizado pelo corpo, exemplo, um carro ao adquirir velocidade variou a sua energia cinética, logo este realizou trabalho, matematicamente expressamos como: EC ECF ECI SEÇÃO II. ENERGIA Principio da Conservação de Energia. Energia não se cria ou se destrói, ela só pode ser transformada de um tipo em outro, este é uns do princípios básicos da física. Energia potencia é toda aquela energia que esta na eminência de se torna energia cinética, as estuda aqui serão a potencial gravitacional e a potencial elástica Energia Potencial Gravitacional é a energia que um corpo guarda em si devido a interação com um campo gravitacional e esta relacionada com a distancia que os corpos estão e a força de atração gravitacional entre eles, alem de suas maças. É resumida matematicamente pela seguinte formula: EPG m.g.h Onde: M á massa do corpo g á aceleração gravitacional h é a altura ou distancia entre os corpos. Energia Potencial Elástica é a energia guardada em uma mola quando retirada da posição de equilíbrio. É matematicamente denominada como: EPE K x2 2 Onde: K é a constante da mola Conservação da Energia Mecânica a energia potencia como vimos pode se transformar em cinética, logo temos uma energia se transformando em outra, quando neste processo não a perda de energia para outra forma de energia temos então a conservação da energia mecânica. Expressa matematicamente como: EM EC EP UNIDADE VI – HIDROSTATICA A hidrostática, também chamada fluidostática (hidrostática refere-se a água, que foi o primeiro fluido a ser estudado, assim por razões históricas mantém-se o nome) é a parte da física que estuda as forças exercidas por e sobre fluidos em repouso. SEÇÃO I. DENSIDADE E PRESSÃO Densidade Densidade ou massa específica é uma característica própria de cada material, por isso é classificada como sendo uma propriedade específica. A densidade é definida como sendo _____________________________________________________________________________________ a razão entre a massa de uma amostra e o volume ocupado por esta massa. m V D Onde: D é a densidade do material. M é a massa da amostra. V é o volume da amostra Pressão Consideremos uma força aplicada perpendicularmente a uma superfície com área A. Definimos a pressão (p) aplicada pela força sobre a área pela seguinte relação: F A P SEÇÃO III. PRINCIPIO DE PASCAL Enunciado da seguinte forma: O acréscimo de pressão produzido num líquido em equilíbrio transmite-se integralmente a todos os pontos do líquido. O principio de Pascal quer dizer que se tivermos um liquido confina em um recipiente e aplicarmos pressão a um ponto do recipiente o liquido sofre a pressão naquele ponto a transmite de forma que todos os pontos do recipiente receberão a mesma pressão. A figura a seguir ilustra dois recipientes cilíndricos de áreas transversais diferentes, interligados por um tubo contendo um fluido qualquer. Onde: P é a pressão F é a foça aplicada A é a área SEÇÃO II. PRINCIPIO DE ARQUIMEDES Contam os livros, que o sábio grego Arquimedes (282-212 AC) descobriu, enquanto tomava banho, que um corpo imerso na água se torna mais leve devido a uma força, exercida pelo líquido sobre o corpo, vertical e para cima, que alivia o peso do corpo. Essa força, do líquido sobre o corpo, é denominada empuxo. E este efeito é denominado principio de Arquimedes definido como: "Todo corpo mergulhado num fluido em repouso sofre, por parte do fluido, uma força vertical para cima, cuja intensidade é igual ao peso do fluido deslocado pelo corpo." E é definido matematicamente como: E gv Onde: E é o empuxo. g é a aceleração da gravidade. V é o volume do liquido deslocado ρ é a densidade do liquido * se o corpo permanece parado no ponto onde foi colocado, a intensidade da força de empuxo é igual à intensidade da força peso (E = P); * se o corpo afundar, a intensidade da força de aempuxo é menor do que a intensidade da força peso (E < P); e * se o corpo for levado para a superfície, a intensidade da força de empuxo é maior do que a intensidade da força peso (E > P) . Empurrando o pistão de área menor A1 com uma força F1, produzimos um acréscimo de pressão naquela região dada por : p1 F1 A1 Esse acréscimo de pressão é transmitida a todos os pontos do líquido, inclusive, aos pontos próximos do pistão maior de área A2. Como a pressão é a mesma em ambos pistões, podemos escrever que: p2 F2 A2 Se a pressões são iguais podemos igualar as equações: p1 p2 F1 F2 A1 A2 E termos a relação entre a força aplica em um lado e a que teremos como resultado no outro lado. REFERENCIAS RAMALHO, Francisco Júnior, Os Fundamentos da Física, 6ª ed, Moderna, São Paulo, 1993. TIPLER, Paul A., FÍSICA, 4ª ed, LTC editora, Rio dejaneiro, 2000. _____________________________________________________________________________________ SALA DE FÍSICA (http://br.geocities.com /saladefisica/index.html) SABA, Marcelo M. F.; Abrindo o Olho; Física na Escola, v. 2, n. 2, 2001. Centro Educacional Brasil Central Nível: Educação Básica Modalidade: Educação de Jovens e Adultosa Distância Etapa: Ensino Médio FÍSICA MÓDULO II UNIDADE I – TEMPERATURA E ESCALAS TERMOMETRICAS SEÇÃO I. TEMPERATURA Desde muito pequenos temos noções de temperatura a partir da sensação térmica estabelecida através do tato. Ao medirmos temperatura medimos o grau de agitação das moléculas. Seja em sólidos, líquidos ou gases as moléculas estão sempre em movimento, se agitando. _____________________________________________________________________________________ Estados de agregação da matéria: As fases sólida, líquida e gasosa constituem os estados de agregação da matéria. Um sólido tem volume e forma definidos. Um líquido assume a forma do recipiente que o contém, mas seu volume é definido. Um gás ou um vapor preenchem totalmente um recipiente fechado, qualquer que seja a forma deste. No estado sólido as moléculas estão restritas apenas a movimentos de vibração, por suas ligações serem muito fortes. No estado líquido as moléculas continuam fortemente ligadas, mas as ligações não são tão fortes quanto no estado sólido. Além de vibrar as moléculas também deslizam umas em relação as outras. No estado gasoso, as forças de coesão entre as moléculas têm intensidade muito pequena. Permitindo livre movimento movimentação entre as moléculas. Por isso gases e vapores têm a propriedade de ocupar o volume que lhes é oferecido, não apresentando nem forma nem volume definidos. Em todos os estados ao serem aquecidas as moléculas aumentam o seu grau de vibração. Isso acarreta uma variação no volume ocupado pelas moléculas, pois quanto mais vibram mais espaço precisam para se alojar. Por isso, sólidos e líquidos dilatam ou contraem quando sofrem variações de temperatura. Baseado nesse fato muito termômetros funcionam. Variações de temperatura, volume e pressão dos gases são estudadas mais detalhadamente nos módulos de química quando tratamos do estudo dos gases. Termômetros e escalas térmicas: No final do século XVI e início do século XVII numerosos estudiosos contribuíram para o início dos estudos da termodinâmica. Surgiam de forma muito artesanal os primeiros termômetros chamados de termoscópios. Eles utilizavam líquidos como: água, etanol e vinho. A idéia de funcionamento dos termoscópios é muito semelhante aos termômetros que utilizamos. Na figura abaixo temos um termoscópio semelhante ao utilizado por Galileu Galilei. Um recipiente é preenchido com algum tipo de líquido, um tubo muito fino (tubo capilar) é adaptado a tampa do recipiente. O líquido sofre variações em seu volume de acordo com mudanças de temperatura. Essa variações no volume são notadas de acordo com a altura da coluna que o líquido ocupa dentro do tubo capilar. Um grave defeito deste aparelho é a sua sensibilidade à variação da pressão atmosférica no local onde ele se encontrava, pois ele era um instrumento aberto ao meio exterior. São muitos os tipos termômetros que utilizamos atualmente. O termômetro de mercúrio, de etanol, a gás, o eletrônico, o termopar, o pirômetro e muitos outros. O funcionamento de um termômetro de mercúrio (uns dos mais comuns) é da mesma forma do termoscópio, a diferença está no fato do termômetro ter todo ar dentro dele é retirado e depois ser lacrado (não ter contato direto com a atmosfera). Todo termômetro tem alguma escala termométrica. Escala termométrica é o padrão _____________________________________________________________________________________ que o termômetro utiliza para que possamos fazer a leitura da temperatura. Três escalas normalmente utilizadas nos dias atuais são: Celsius, Fahrenheit e Kelvin. Mas existiram muitas outra como por exemplo a escala Réaumur. Para se ter uma idéia existem relatos de 27 escalas em uso na Europa em 1778. A escala Kenvil foi padronizada como medida de temperatura do Sistema Internacional de Medidas (SI). Esta definição foi aprovada pela XIII Conferência Geral de Pesos e Medidas, em 1967, sendo uma revisão da definição primeiramente introduzida em 1954. Toda a moderna metrologia está baseada num conjunto de definições constantes do Sistema Internacional de Unidades Ao lado temos um termômetro graduado em Celsius e em Fahrenheit. A escala Celsius foi elaborada de forma a conter 100 parte do ponto de fusão (0ºC) ao ponto de ebulição da água (100ºC) no nível do mar. A escala Fahrenheit foi construída de forma e conter 100 graus do ponto de fusão de ma mistura de água, gelo e cloreto de amônia (0ºF) até a temperatura do corpo humano (100ºF). Ao lado podemos ver a relação entre as escalas Celsius e Fahrenheit. A escala Ceusius é bastante freqüente nos termômetros. Exceto nos oriundos dos Estados Unidos e da Inglaterra onde temos a escala Fahrenheit. Para transformar temperatura de uma escala para outra utilizamos a seguinte relação: C 5 32 F 9 K Temos: Variação de comprimento (∆L): L L L0 Variação de temperatura(∆T): T T T0 Conhecendo o material de que é feito o fio podemos calcular sua variação de comprimento com seguinte relação: L Onde é o coeficiente de dilatação linear, característico de cada material. Na tabela abaixo temos os coeficientes de alguns materiais: Dilatação térmica de sólidos de líquidos: Como já comentamos,líquidos e sólidos sofrem variações de volumes quando submetidos a variações de temperatura. Chamamos esse fenômeno de dilatação térmica. As dilatações térmicas podem ocorrer de forma linear, superficial ou volumétrica, vejamos cada uma delas: Dilatação Linear: Ao modificarmos a temperatura de um fio ou uma barra de certo material varia seu comprimento. Abaixo temos um fio de comprimento LO e temperatura TO. Aquecemos o fio até que ele atinja uma temperatura T. E ao medirmos seu comprimento verificamos que ele agora tem um novo comprimento L. -6 Chumbo Zinco Alumínio Prata Ouro Concreto Vidro Comum Granito Vidro Pirex Porcelana 273 5 UNIDADE II – DILATAÇÃO .L0 . T -1 27.10 ºC -6 -1 26.10 ºC -6 -1 22.10 ºC -6 -1 19.10 ºC -6 -1 15.10 ºC -6 -1 12.10 ºC -6 -1 9.10 ºC -6 -1 8.10 ºC -6 -1 3,2.10 ºC -6 -1 3.10 ºC Ex: Uma barra de alumínio a 10ºC tem comprimento de 90 m, a barra é aquecida até 30ºC. Determine (a) a dilatação ocorrida e (b) o comprimento final da barra: Solução: -6 -1 =22.10 ºC LO=90 m ∆T=(30-10)=20Cº a) L L .L0 . T L 39600.10 6 22.10 6.90.20 4,0.10 2 =4cm 4,0cm L 90m L L0 4,0cm L 9000cm L (4 9000)cm =9004cm b) L Dilatação Superficial: _____________________________________________________________________________________ UNIDADE III – CALOR E FLUXO DE CALOR SEÇÃO I. CALOR Aquecendo a chapa de temperatura inicial TO e área AO, até uma temperatura T sua área superficial irá dilatar como um todo e terá um novo valor A. Podemos calcular o valor da dilatação superficial por: A .A0 . T Sendo o coeficiente de dilatação superficial característico de cada material. 2 , logo: -6 Prata Ouro Concreto Vidro Comum Porcelana -1 38.10 ºC -6 -1 30.10 ºC -6 -1 24.10 ºC -6 -1 18.10 ºC -6 -1 6.10 ºC Os coeficientes de dilatação volumétrica são o dobro dos de dilatação linear. Calor: Quando colocamos dois corpos com temperaturas diferentes em contato, esses corpos vão trocar energia até que entrem em equilíbrio térmico. Ou seja, o corpo de maior temperatura irá ceder energia para o de menor temperatura até que a temperatura dos dois corpos se iguale. A esse fluxo de energia damos o nome de calor. Calor (Q) é a energia térmica em trânsito. A unidade utilizada para o calculo da quantidade de calor é a caloria (cal) ou joule (J). 1 cal = 4,1868 J Quando algum corpo recebe calor, dependendo do estado em que ele se encontra podem ocorrer variação de temperatura ou mudança de fase. Quando o efeito produzido é a variação de temperatura dizemos que o corpo recebeu calor sensível. Quando ocorre mudança de fase dizemos que o corpo recebeu calor latente. As mudanças de fase tem nomes específicos vejamos: Dilatação Volumétrica: Abaixo temos a curva de aquecimento da água: Uma recipiente quando aquecido dilata seu comprimento, altura e largura, isto é, dilata seu volume como um todo. Calculamos a dilatação volumétrica com seguinte relação: V .V0 . T Sendo o coeficiente de dilatação volumétrico característico de cada material. 3 . Esse tipo de dilatação é os que os líquidos sofrem, se utilizando essa relação calcularmos o quanto um recipiente com certo líquido varia, podemos descobrir o quando o líquido variou de volume também, mas atenção para mudanças no nível do líquido recipiente. Os coeficientes de dilatação se relacionam da seguinte maneira: 2 3 Vemos no gráfico os seguintes processos: 1. GELO: está à uma temperatura inferior a 0ºC; é aquecido até 100ºC; muda de fase (fusão); 2. ÁGUA: começa a 0ºC; é aquecida até 100ºC; muda de fase (ebulição) 3. VAPOR: começa a 100ºC e continua se aquecendo. No esquema acima quando descrevemos o que o gráfico nos mostra, ao falarmos que o gelo, água ou o vapor estão sendo aquecido estamos falando dos instantes em que eles recebem calor sensível. Quando referimos a mudança de _____________________________________________________________________________________ fase (fusão ou ebulição) estamos tratando do momento em que o calor recebido é o latente. Calculamos a quantidade de calor sensível que um corpo recebe ou cede através da seguinte relação: Q m.c. T Onde: Q quantidade de calor sensível, m massa, ∆T variação de temperatura c calor específico, característica específica de cada corpo. E a quantidade de calor latente é representada pela seguinte relação: A condição de existência para a condução térmica é o meio, o calor só se propaga por meio de condução através de um meio favorável a esse tipo de transmissão de energia. Existem materiais que devido suas composições atômica e os tipos de ligações moleculares não são bons condutores térmicos. Se imaginarmos o fluxo de calor em uma barra de ferro por exemplo: Q m.L Onde: Q quantidade de calor latente, L calor latente, também é característica específica de cada material. Calor específico: Substância c [cal/(g.K)] Água 1,00 Álcool etílico 0,58 Alumínio 0,22 Gelo 0,49 Mercúrio 0,03 Calor Latente: L [cal/(g.)] Substância Fusão Ebulição Água 80 539 Álcool etílico 26 210 Chumbo 6 205 Cobre 49 1129 Mercúrio 3 71 (θ1 > θ2) o calor flui do lado de maior temperatura para o lado de menor temperatura, como indica a seta do fluxo de calor. A relação entre isolamento térmico e condução térmica: A condução de calor é o tipo de troca de temperatura que predomina nos sólidos. Existem matérias que são bons condutores de calor outros são maus condutores, isso dependera da capacidade térmica de cada material, da área de secção e de sua extensão. Panelas e chapas de cachorro quente tem que serem feitas de bons condutores térmicos, pois sua finalidade é transmitir calor de forma rápida e sem perdas. Já as caixas de isopor, os iglus, as penas dos passarinhos e outras, têm a finalidade de dificultar o fluxo de calor com o meio, são isolantes térmicos. SEÇÃO II. FLUXO DE CALOR Fluxo de Calor: Espontaneamente, o calor sempre se propaga de um corpo com maior temperatura para um corpo de menor temperatura. Definimos que a quantidade de calor (Q) que flui por uma determinada região em um intervalo de tempo (Δt) é o fluxo de calor (φ). Q t O fluxo de calor é medido em cal/s ou Kcal/s, também podemos usa a unidade de watt (W) que corresponde a J/s, logo: 1 cal/s = 4,18 W. Analisando o fluxo de calor conseguimos entender uma infinidade de fenômenos que estão intimamente ligados com o nosso cotidiano. Existem três formas possíveis para o fluxo de calor: Condução térmica: Em muitos processos o calor é transmitido de uma extremidade a outra de um material, ou de um material para outro, por meio da agitação molecular e dos choques entre as moléculas, a essa forma de propagação do calor chamamos de condução térmica. Convecção térmica: Predominante nos fluidos a convecção térmica se trata de transporte de energia térmica através do transporte de matéria, o que só pode ocorrer pela movimentação de fluidos. Ao variarmos a temperatura de uma grande quantidade de fluido de forma gradual, as partes com maior temperatura começam a dilatar e consequentemente ficarem menos densas. Essa diferença de densidade faz com que grandes massas de fluido com diferentes temperaturas invertam suas posições em relação à fonte de calor. O de menor temperatura (mais denso) desce e o de maior temperatura (menos denso) sobe. Esse processo ocorre em massas de ar, nas águas do oceano, dentro de uma panela cheia de água no fogo, no ar de um quarto quando resfriado por ar condicionado e em outros vários exemplos do cotidiano. Além de influenciar diretamente em fenômenos como inversão térmica e dispersão de gases. Fato interessante que serve como ilustração são os ventos que sopram do mar para a terra e vice-versa devido à diferença de temperatura da água para a terra firme. Pela manhã a massa de ar que está sobre a atmosfera aquece primeiro que a massa que está sobre os oceanos. Quando a massa de ar sobre a terra sobe, o _____________________________________________________________________________________ vento sopra da água para a terra afim de ocupar o espaço deixado pela massa de ar quente que subiu. Ao anoitecer a água resfria mais lentamente que a terra, então a massa de ar que está sobre água fica mais quente que a que está sobre a terra, e o processo se repete de forma inversa, o vento sopra da terra para a água. O líquido dentro da bacia é aquecido pela vela do fundo para cima. O líquido quando aquecido tem menor densidade, então trocam de local, o quente está subindo pelo meio e o frio descendo pelas bordas. Irradiação térmica: Bem diferente dos outros processos de propagação de calor, na irradiação térmica ocorre o transporte de apenas de energia. Esse processo não necessita de nenhum tipo de meio para se propagar, mas nem por isso deixa de se propagar na presença de algum meio, seja ele sólido, líquido ou gasoso. A irradiação térmica acontece por meio de ondas eletromagnéticas chamadas de ondas calóricas ou calor radiante, predominando os raios infravermelhos, e por serem ondas eletromagnéticas se propagam até mesmo no vácuo. Todos os objetos estão irradiando (emitindo) calor continuamente. No equilíbrio térmico, a potencia irradiada ou emitida por um objeto é igual à potencia que ele absorve, na forma de radiação, dos objetos vizinhos. Quando uma fonte térmica emite calor, fazemos a distinção entre calor luminoso e calor obscuro. O calor luminoso é o que vem acompanhado de luz (Sol, lâmpadas incandescentes), enquanto o calor obscuro não é acompanhado de luz (fornos, ferro de passar). Quando o calor radiante incide na superfície de um corpo, parte é absorvido, parte refletido e parte transmitido. Na figura abaixo sendo Qi a quantidade de calor incidente, Qa a quantidade de calor absorvida, Qr a quantidade de calor refletida e Qt a quantidade de calor transmitida, de modo que: Qi = Qa + Qr + Q t UNIDADE IV – ONDAS Uma onda em física é uma perturbação oscilante de alguma grandeza física no espaço e periódica no tempo. A oscilação espacial é caracterizada pelo comprimento de onda ( ) e a periodicidade no tempo é medida pela freqüência (f) da onda, que é o inverso do seu período. Estas duas grandezas estão relacionadas pela velocidade de propagação da onda. Uma onda leva transporta energia, mas não matéria. SEÇÃO I. CLASSIFICAÇÃO E PROPAGAÇÃO DE ONDAS _____________________________________________________________________________________ Podemos classificar as ondas quanto à sua origem, sua direção de oscilação e seu tipo de energia transportado. Quanto a origem podemos classifica as ondas como mecânicas e eletromagnéticas, as ondas mecânicas são produzidas por uma perturbação num meio material, como uma onda na água, a vibração de uma corda de violão, a voz de uma pessoa e outras. As ondas eletromagnéticas são produzidas por variações de um campo elétrico e um campo magnético, tais como as ondas de rádio, de televisão, as microondas, a luz e outras. Quanto a propagação, as ondas mecânicas necessitam de um meio material para se propagarem, já ondas eletromagnéticas não, elas podem se propagar no vácuo, ou num meio qualquer. Quanto ao sentido de propagação classificamos as ondas em três tipos: Ondas unidimensionais: só se propagam em uma direção (uma dimensão), como uma onda em uma corda. Ondas bidimensionais: se propagam em duas direções (x e y do plano cartesiano), como a onda provocada pela queda de um objeto na superfície da água. A equação quanto à velocidade de uma onda é dada por: V= * f Onde: V é a velocidade da onda. é o comprimento de onda. f é o comprimento de onda. A freqüência é o número de oscilações da onda, por um certo período de tempo. A unidade de freqüência do Sistema Internacional (SI) é o hertz (Hz), que equivale a 1 segundo, e é representada pela letra f. Então, quando dizemos que uma onda vibra a 60 Hz, significa que ela oscila 60 vezes por segundo. O período é o tempo necessário para a fonte produzir uma onda completa. No SI, é representado pela letra T, e é medido em segundos. É possível criar uma equação relacionando a freqüência e o período de uma onda: f = 1/T ou T = 1/f W =2.π.f Onde: f é a freqüência da onda T é o período da onda W é a freqüência angular Ondas tridimensionais: se propagam em todas as direções possíveis, como ondas sonoras, a luz, etc. Quanto a sentido de oscilação as ondas podem Ter sentido de oscilação transversal e longitudinal. Transversal a onda oscila perpendicular ao sentido de propagação e na longitudinal a oscilação se da no sentido da propagação. Onda transversal: Um período é a distancia que a onda percorre para completa um ciclo. Exemplo: a distancia entre dois vales consecutivos ou entre duas cristas consecutivas. SEÇÃO III. REFLEXÃO E REFRAÇÃO No fenômeno de reflexão sempre que uma onde atinge uma superfície plana e esta onda é refletida, ela é refletida com o mesmo angulo no qual incidiu na superfície. A refração acorre quando a onde passa a se propagar em outro meio, muda de meio de propagação, exemplo: vai do ar para a água, quando este fato ocorre a uma mudança na velocidade na onde, que passa a se propagar mais rápido ou mais devagar esta mudança é descrita pelas equaçãos: sen(i) sen(r ) sen(i) sen(r ) Onda longitudinal: n1 n2 1 2 v1 v2 Onde: i é o angulo de incidência. r é o angulo de refração. _____________________________________________________________________________________ n1 incidência. n2 refração. 1 incidência. 2 refração. v1 incidência. v2 refração. é o índice de refração do meio de é o índice de refração do meio de é o comprimento de onda no meio de é o comprimento de onda no meio de é a velocidade de onda no meio de é a velocidade da onda no meio de UNIDADE V – ÓTICA SEÇÃO I. ESPELHOS PLANOS Espelhos planos: construção de imagens por métodos gráficos: A luz é uma onda eletromagnética com faixa de freqüência bem definida. Mas para estudarmos certos fenômenos luminosos não é necessário conhecermos a fundo a natureza da luz, basta à noção de raio de luz. Vamos simbolizar os feixes de luz através de linhas (setas) que tem a função de representar graficamente o sentido e a direção de propagação da luz. Na figura acima vemos a luz que é emitida pela fonte (vela) sendo simbolizada por raios de luz. QUANDO RAIOS DE LUZ INCIDEM SOBRE ALGUMA SUPERFÍCIE: Reflexão: Os raios de luz que incidem paralelos sobre a superfície, são refletidos e mantidos paralelos. Sendo que o ângulo de saída dos raios é o mesmo da entrada, a superfície onde esse fenômeno é mais comum é o espelho plano. Absorção: Os raios de luz que incidem sobre a superfície são absorvidos, não são refletidos. Cor de um corpo por Reflexão: Como visto no texto, nossos olhos são na verdade sensores de luz. Enxergamos, pois as ondas eletro magnéticas de freqüência entre 12 12 384.10 a 769.10 Hz que adentram nossos olhos, excitam as células fotorrecptoras situadas na retina. Essas células enviam sinais nervosos para o cérebro e ele interpreta os sinais. Tudo que vemos é por que ondas eletromagnéticas estão saindo das coisas e chegando até o olho de cada observador. Normalmente ao atingir uma superfície a luz se irradia de forma difusa, esfericamente, em todas as direções: A luz que chega do Sol é uma luz branca. Quando incide sobre alguma coisa, um papel azul por exemplo, esse papel absorve todas as faixas de freqüência da luz exceto a luz azul. O papel reflete a luz azul e por isso vemos ele dessa cor, pois a onda que sai do papel e chega ao nossos olhos é o azul. A luz branca é constituída por uma infinidade de luzes monocromáticas, as quais podem ser divididas em sete cores principais: Vermelho; Alaranjado; Amarelo; Verde; Anil e Violeta. As cores que vemos são justamente a parte desse espectro sendo refletidas. É interessante ressaltar que quando vemos o vermelho é por que o vermelho é refletido, quando vemos o verde é por que o verde está sendo refletido. Mas quando vemos o branco é por que todas as cores estão sendo refletidas, nem uma faixa de luz está sendo absorvida. E quando vemos o preto é por que todas as cores estão sendo absorvidas, não está chegando nenhuma faixa de onda (visível) em nossas retinas. _____________________________________________________________________________________ A ausência de informação na retina é o que vemos como sendo preto. REFERENCIAS RAMALHO, Francisco Júnior, Os Fundamentos da Física, 6ª ed, Moderna, São Paulo, 1993. TIPLER, Paul A., FÍSICA, 4ª ed, LTC editora, Rio dejaneiro, 2000. SALA DE FÍSICA (http://br.geocities.com /saladefisica/index.html) SABA, Marcelo M. F.; Abrindo o Olho; Física na Escola, v. 2, n. 2, 2001. _____________________________________________________________________________________ Centro Educacional Brasil Central Nível: Educação Básica Modalidade: Educação de Jovens e Adultos- a Distância Etapa: Ensino Médio FÍSICA MÓDULO III UNIDADE I – GRVITAÇÃO UNIVERSAL Observar as estrelas é uma prática muito antiga. Várias civilizações registraram seu fascínio pelas estrelas, planetas, satélites e tudo mas que avistamos no céu aqui da Terra. Na história da civilização ocidental existiram muitos modelos cosmológicos. Aristóteles (384–322 a.C.) defendia o modelo das duas esferas (HOMOCÊNTRICO), Cláudio Ptolomeu (100-178) propõe um sistema geocêntrico, o astrônomo polonês Nicolau Copérnico (1473-1543) defende um sistema heliocêntrico, os seis planetas conhecidos, Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter e Saturno, nessa ordem, descreveriam órbitas circulares em torno do Sol. Galileu Galilei (1564-1642) foi um ardente defensor das idéias copernicanas, e contribuiu muito sendo o primeiro a utilizar uma luneta em observações astronômicas, o que quase o levou para fogueira. Mas foi Johannes Kepler (1571-1630) quem conseguiu descrever de maneira precisa a movimentação dos planetas em torno do Sol. Kepler veio trabalhar com Tycho Brahe (1546 1601), um astrônomo dinamarquês que teve um observatório chamado Uranienborg na ilha de Ven no Oresund entre a Dinamarca e a Suécia. Kepler dominava notavelmente as ferramentas matemáticas e quando em posse dos precisos dados coletados por décadas por Tycho, consegui formular três leis que resumem o movimento planetário. 1ª lei – Todos os planetas descrevem órbitas elípticas com o Sol ocupando um dos focos. 2ª lei – O raio vetor que parte Sol a qualquer planeta varre áreas iguais em tempos iguais. Se durante o movimento da terra ao redor do Sol fizermos a seguinte medida: observarmos um intervalo de tempo Δt quando o planeta estiver passando o mais próximo ao Sol e outro do mesmo tamanho (Δt) quando o planeta estiver no outro estremo mais afastado do Sol. Veremos que quando a Terra está mais próxima do Sol, desloca-se com velocidade maior do que quando está afastada. Mas as áreas varridas pelo raio vetor (de cor cinza) entre o planeta e o Sol são iguais. Isso vale para todos os planetas, e demais corpos que estão em algum tipo de órbita. 2 3 3ª lei – T =Cr A terceira lei é a relação matemática que mostra relação entre o período da órbita (tempo que leva para dar uma volta) e o raio médio da respectiva órbita. SEÇÃO I. LEI DA GRAVITAÇÃO UNIVERSAL Muitos cientistas colaboraram com seus trabalhos para que Kepler pudesse formular suas três leis. Mas só o movimento era explicado, suas causas eram desconhecidas. Foi Newton quem conseguiu concluir essas explicações. Newton propôs que o Sol e os planetas interagissem à distância. Eles são corpos dotados de massa, e tem capacidade de atraírem um ao outro. Essa propriedade de massa atrair massa serve para todos os corpos dotados de massa. Dessa forma podemos entender até mesmo porque sempre somos atraídos para a terra. Ao cair de uma arvore o fruto vai ao cão por ter massa, ou seja interagir com a Terra. A lei da gravitação descreve as forças gravitacionais em função das massas dos corpos em questão e a distancia entre eles. F GMm d2 Sendo a força gravitacional (F) inversamente proporcional ao quadrado da distância (d) e diretamente proporcional ao produto das massas (M e m) dos corpos em questão. G é _____________________________________________________________________________________ uma constante chamada de constante de -11 2 2 gravitação (6,6726.10 Nm /kg ). Pessoas, carros, construções, pequenos objetos, todos têm massa e todos provocam forças de atração gravitacional entre si. Porém as forças gravitacionais são muito pequenas e as mais fracas que existem. A atração gravitacional entre os pequenos corpos citados acima e a Terra é perceptível ao ser humano graças a gigantesca 24 massa da Terra (5,98.10 kg) ser muito maior que a distância que estamos o centro da Terra 3 (6,37.10 km). Lembrando da força peso, a força com que a Terra atrai os corpos para seu centro, temos: F GMm →p d2 mg → p F GMm →g d2 GM / R e M são o raio R2 6,67.10 11 5,98.1024 = e a massa da Terra. g 2 6,37.106 mg 6,67 5,98 10( 40,58 11 24 12) g=9,83m/s 2 Resolvendo esse calculo obtemos que a gravidade média na superfície da Terra, daqui surge o valor 2 2 de 9,83m/s ≈ 10m/s . Outra interessante conclusão que podemos tirar é sobre a velocidade da Lua para que ela não caia na Terra. A Lua percorre uma trajetória elíptica ao redor da Terra, que vamos considerar circular para facilitar os cálculos. Se ela tem trajetória circular tem aceleração centrípeta (ac) direcionada para a Terra, mas a aceleração dos corpos em direção a Terra é a gravidade. Logo: ac v 2 v2 r GM →(d=r) d2 GM → v d GM d g→ →substituindo G, M e d pelos valores que já vimos anteriormente temos que v≈1,019 km/s. UNIDADE II – ELETROSTÁTICA O estudo dos fenômenos elétricos é algo que fascina o homem há muito tempo. Na eletrostática analisamos o comportamento de cargas pontuais, cargas isoladas nos espaço para melhor compreender a natureza dos fenômenos elétricos. SEÇÃO I. MODELO ATÔMICO Sabemos que todos os corpos são formados por átomos. E os átomos são formados por partículas elementares: prótons, nêutrons e elétrons. _____________________________________________________________________________________ Hoje existem modelos mais completos do que o da figura acima para explicar como essas partículas se distribuem no átomo, mas para nossos estudos esse será suficiente. Experimentalmente verificamos que prótons repelem prótons, elétrons repelem elétrons e prótons e elétrons se atraem. Completando nosso modelo atribuímos cargas elétricas as partículas. ELETRIZAÇÃO POR INDUÇÃO prótons = carga elétrica positivas elétrons = carga elétrica negativas nêutrons = não têm carga elétrica Átomos que tem o mesmo número de prótons e elétrons são estáveis, não contem carga elétrica. SEÇÃO II. CARGA ELÉTRICA Para nossos estudos vamos representar prótons ou cátions (um átomo ou molécula que perdeu elétrons) da seguinte forma: E elétrons ou ânions (um átomo ou molécula que ganhou elétrons) assim: SEÇÃO III. TIPOS DE ELETRIZAÇÃO a) Temos um bastão carregado e uma esfera neutra. b) Aproximamos os dois (mas não encostamos). A esfera como um todo ainda está neutra, mas suas cargas positivas migram para o lado mais próximo ao bastão. c) Conectamos um fio terra a esfera, e as cargas negativas migram para Terra por serem repelidas pelo bastão. d) Cortamos o fio terra. e) Ao afastar o bastão da esfera, a esfera agora estará carregada e com carga igual de módulo igual a do bastão e sinal contrário. ELETRIZAÇÃO POR ATRITO “Pode-se eletrizar um corpo atritando-o a outro, fazendo com que um deles perca elétrons, e consequentemente deixando-o com carga elétrica (positiva ou negativa). A carga dos corpos eletrizados desse modo possui carga de sinais opostos. Um exemplo é quando passamos um pente várias vezes no cabelo , o pente fica carregado,podemos perceber isso aproximando-o a pequenas particulas de papel”. (www.wikipedia.org) ELETRIZAÇÃO POR CONTATO a) Duas esferas, uma carregada e uma neutra. b) Colocamos as duas esferas em contato e as cargas se distribuem proporcionalmente a área de superfície das esferas. c) Separando as duas esferas (no desenho são iguais) estarão as duas carregadas. Sendo que a soma das cargas das duas é igual à carga inicial da primeira. UNIDADE III – FORÇA ELETRICA E CAMPO ELETRICO SEÇÃO I. LEI DE COULOMB Utilizando uma balança de torção Coulomb realizou vários experimentos e conseguiu achar uma relação para força elétrica. F k q1 q2 d2 Onde q1 e q2 são as cargas (que estão em módulo), d é a distância entre as cargas, F é a força que q1 faz em q2 e vice-versa e k é a 9 2 2 constante eletrostática (k=9.10 Nm /C ). É interessante destacarmos a semelhança das relações encontradas por Newton e por Coulomb: _____________________________________________________________________________________ F GMm →F d2 k q1 q2 d2 Ambas são forças a distancia, e as formulas são muito semelhantes. As diferenças são: A força gravitacional é apenas de atração enquanto a força elétrica é de atração e repulsão. A lei da gravitação mostra a atração entre massas, e a lei de Coulomb a relação entre cargas. A intensidade da força elétrica é muito maior que da força gravitacional. Se calcularmos a atração gravitacional entre um elétron e um próton veremos que a força gravitacional entre eles é insignificante. Quando o sentido de passagem de carga num elemento do circuito condutor não varia, dizemos que este é de corrente continua. As correntes contínuas são geradas, por exemplo, pelas baterias e pilhas ligadas a resistores e capacitares. CORRENTE E RESISTÊNCIA ELÉTRICA Lei de Ohm Resistência: SEÇÃO II. CAMPO ELÉTRICO Na lei da gravitação universal existe um campo de atuação da força que chamamos de campo gravitacional. Com a força elétrica ocorre o mesmo. Campo elétrico é a região de influência da força. E k q1 → F d2 Eq Trabalhamos com a força elétrica em função do campo elétrico. Representamos o vetor campo elétrico da seguinte maneira: saindo da carga positiva e entrando na carga negativa. Ao aproximar duas cargas elas vão se repelir ou atrair, e podemos ver isso através das linhas de campo: Consideremos um condutor ao qual foi aplicada certa voltagem U. Esta voltagem estabelecerá, no condutor, uma corrente i. Variando o valor da voltagem aplicada ao condutor, verificamos que a corrente que passa por ele também se modifica. O cientista alemão George Ohm realizou várias experiências, medindo estas voltagens (e as correntes correspondentes) quando aplicadas em diversos condutores de substâncias diferentes. Verificou então que, para muitos materiais, a relação entre a voltagem e a corrente mantinha-se constante, isto é, U / i = constante. Mas U / i representa o valor da resistência R do condutor. Este resultado é conhecido como lei de Ohm: (U = R.i) R U i Onde: R é a resistência medida em Ohm. U é a diferença de potencial, ddp, e é medida em volt (V). I é a corrente elétrica medida em ampère (A). Essas linhas de campo realmente existem, mas não podem ser vistas a olho nú. UNIDADE IV – CIRCUITOS ELÉTRICOS SEÇÃO I. CORRENTE E RESISTENCIA ELETRICA Quando ligamos o interruptor de uma lâmpada, o filamento no interior do bulbo fica sujeito a uma diferença de potencial que provoca um fluxo de carga elétrica no filamento. Este fluxo de carga elétrica constitui uma corrente elétrica. È comum imaginarmos a corrente elétrica num condutor metálico, mas também é corrente elétrica o fluxo de elétrons no feixe de um monitor de vídeo. Resistividade: A resistência de um componente pode ser calculada pelas suas características físicas. A resistência é proporcional ao comprimento do resistor e à resistividade do material (uma propriedade do material), e inversamente proporcional à área da secção transversal. A equação para determinar a resistência de uma seção do material é: R L A Onde: R é a resistência medida em Ohms é a resistividade do material _____________________________________________________________________________________ L é o comprimento do fio A é a área de secção transversal SEÇÃO II. ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES LINEARES SÉRIE, PARALELA E MISTA Nos vários circuitos elétricos muitas vezes precisamos de um valor de resistência para qual não temos um resistor a mão, mas temos outros resistores disponíveis, logo podemos usar outros no lugar deste que não temos, associando estes resistores, os tipos de associação que veremos aqui são: associação em série, em paralelo e mistas, que contém associações em série e paralelas juntas. Associação em serie: Nesta associação de resistores, este estão todos em uma mesma linha, ou seja, todos serão atravessados por uma mesma corrente. Para calcularmos a resistência total deste circuito o que temos que fazer é soma os resistores. RTOTAL R1 R2 R3 ASSOCIAÇÃO MISTA DE RESISTORES: Na associação mista encontramos, ao mesmo tempo, resistores associados em série e em paralelo. A determinação do resistor equivalente final é feita a partir da substituição de cada uma das associações, em série ou em paralelo, que compõem o circuito pela sua respectiva resistência equivalente. SEÇÃO III. EFEITO JOULE Quando corrente elétrica circula através de resistores, especificamente, e nos condutores, em geral, esses sempre se aquecem. Neles ocorre conversão de energia elétrica em energia térmica. Essa energia térmica produzida, via de regra, é transferida para fora do corpo do resistor sob a forma de calor. Lei de Joule (também conhecida como efeito Joule) é uma lei física que expressa esta relação entre o calor gerado e a corrente elétrica que percorre um condutor em determinado tempo. O nome é devido a James Prescott Joule que estudou o fenômeno em 1840. O efeito joule é expressa por: Q i 2 Rt Associação em paralelo: Este tipo de associação, tem como característica a mesma ddp entre seus extremos. A corrente que chega à associação se divide percorrendo "paralelamente" cada elemento. Do Princípio de Conservação da carga elétrica, vemos que a quantidade de cargas que chega deve ser igual à quantidade que sai logo a quantidade por unidade de tempo e a corrente também permanecem as mesmas, todos suportam a mesma tensão U e a corrente i na associação é igual a soma das correntes em cada resistor. Onde: Q é o calor gerado é medido em joule (J) . I é a corrente elétrica, medida em amper (A). R é a resistência medida e Ohm t é a espaço de tempo em que a corrente elétrica percorreu ao condutor é medido em segundos (s). SEÇÃO IV. POTEÊNCIA ELÉTRICA A rapidez de conversão de energia, quando a energia passa de uma forma a outro, é conhecida pela denominação de potência. Nos circuitos elétricos a potencia é dada como: P UI Onde: Para calcular a resistência equivalente desta associação temos que o inverso da resistência total é igual a o inverso da soma das resistências que estão em paralelo. 1 RTOTAL 1 R1 1 R2 1 R3 P é a potência dissipada medida em watt (w). I é a corrente elétrica, medida em ampère (A). U é a ddp do circuito, medida em volt (V). _____________________________________________________________________________________ UNIDADE V – GERADORES E RECEPTORES Geradores: Gerador é um dispositivo elétrico que possui a função de transformar energia qualquer em energia elétrica, como exemplo podemos citar a pilha que transforma energia química em energia elétrica. É importante dizer que o Gerador como sendo um dispositivo elétrico está sujeito a resistência elétrica, ou seja, energia dissipada. A ddp. realmente criada dentro do gerador é chamada de força eletromotriz (ε). Para sabermos quanto é liberada para fora do Gerador devemos descontar a parte dissipada pela resistência interna (r), logo teremos: U = ε - RI Onde: U é d.d.p. fornecida pelo gerador ε é força eletromotriz R é resistência interna do gerador I é corrente elétrica que atravessa o gerador. U é d.d.p. recebida pelo receptor ε’ é força contra-eletromotriz r’ é resistência interna do receptor i é corrente elétrica que atravessa o receptor. UNIDADE VI – MAGNETISMO A palavra magnetismo tem origem na Grécia Antiga por volta de 800 a.C., porque foi em Magnésia, antiga cidade grega, que se observou um minério com propriedade de atrair objetos de ferro; tal minério ficou conhecido por magnetita. Há muito tempo, o homem já havia reparado que alguns tipos de pedras tinham um poder de se atraiam ou repelirem, essas pedras são a magnetita. Hoje sabemos que essas pedras contêm óxido de ferro (Fe3O4), que é um imã natural. Vejamos alguns conceitos importantes: Ímãs: são corpos de materiais ferromagnéticos que possuem a propriedade de atrair outros materiais ferromagnéticos e de atrair ou repelir outros ímãs. Pólos: todos os ímãs têm dois distintos e bem localizados pólos o norte e o sul; sendo que entre dois imãs, pólos iguais se repelem e pólos diferentes se atraem. Receptores: Receptor é um dispositivo elétrico que possui a função de transformar energia elétrica em energia qualquer. (Desde que não seja térmica) Como exemplo podemos citar o liqüidificador que transforma energia elétrica em energia cinética, a televisão que transforma energia elétrica em sonora e luminosa e outros dispositivos. É importante dizer que o Receptor como sendo um dispositivo elétrico está sujeito a resistência elétrica, ou seja, energia dissipada. Portanto para o seu funcionamento correto ele deverá receber a energia normal de funcionamento mais a parte que irá dissipar. A ddp. realmente utilizada por um receptor para cumprir sua função é chamada de força contraeletromotriz. (ε’). Para sabermos quanto o receptor deve receber para seu funcionamento correto devemos considera a força contra-eletromotriz mais a ddp dissipada por sua resistência interna (r’), logo teremos: U = ε’ + R’I Onde: SEÇÃO I. CAMPO MAGNÉTICO Entre dois imãs existe uma força de atração que chamamos de força magnética. Já vimos em unidades anteriores que uma força gravitacional está relacionada com um campo gravitacional e que uma força elétrica está relacionada com um campo elétrico. Com a força magnética não é diferente, ela também está relacionada com um campo magnético. F qvBcos ou F lIB cos Essas forças têm um arranjo espacial bem diferente do que estamos acostumados a ver, elas estão cada uma para uma direção diferente. _____________________________________________________________________________________ magnéticos da Terra são invertidos em relação aos pólos geográficos. A regra da mão direita é um macete que simplifica a visualização desse arranjo da forma magnética. O conceito de campo surgiu com a observação do efeito que um ímã produzia ao seu redor, uma região que foi chamada de campo magnético; Faraday sugeriu o conceito de campo a partir das figuras formadas por limalhas de ferro espalhadas sobre uma folha de papel apoiada sobre um ou mais ímãs (MOSTRAM A INFLUÊNCIA DO ÍMÃ NA REGIÃO), mostram a forma do campo magnético: O campo magnético terrestre possui -4 módulo menor que 10 T sobre a superfície da Terra. O campo magnético perto de potentes imãs permanentes está em torno de 0,1 a 0,5 T. Através de comparações com o campo magnético terrestre podemos definir os pólos de qualquer imã. Isso é fácil basta utilizar uma bússola. ELETROÍMÃ Além dos imãs naturais existem os imãs elétricos (eletroímã). Cargas elétricas em movimento criam um campo magnético perpendicular e radial a direção de propagação. Ao lado temos a figura de uma campo magnético B produzido por uma corrente elétrica I. Nas figura da esquerda temos linhas de campo de atração, na direita: linhas de campo de repulsão. Em nosso modelo sempre representaremos as linhas de campo saindo do pólo Norte para o pólo Sul do Imã. A unidade do SI para campo magnético é o tesla (T). E representamos campo magnético por O sentido do campo elétrico é o mesmo, norte para sul. Se fio está enrolado, formando uma espiral (solenóide) o campo magnético produzido por uma corrente que percorre esse solenóide é da seguinte forma: B. 1T 1 N m C s CAMPO MAGNÉTICO TERRESTRE É interessante analisarmos que a Terra tem um campo magnético natura onde os pólos B fio 0 nI / n N l O campo no fio (B) é proporcional a constante de permissividade magnética do meio _____________________________________________________________________________________ (µ0), ao número de Volta por comprimento do fio (n=N/l) e a corrente elétrica (I). MONOPOLO MAGNÉTICO: REFERÊNCIAS RAMALHO, Francisco Júnior, Os Fundamentos da Física, 6ª ed, Moderna, São Paulo, 1993. TIPLER, Paul A., FÍSICA, 4ª ed, LTC editora, Rio dejaneiro, 2000. INGETRO (www.ingetro.gov.br) SALA DE FÍSICA (http://br.geocities.com /saladefisica/index.html) INSTITUTO DE PESOS E MEDIDAS DO ESTADO DE SÃO PAULO (www.ipeg.sp.gov.br)