UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Administração Eric Fabiano Satake Eudenir Fóglio Júnior Fernando Reis Rogério Marinho Batista RECRUTAMENTO E SELEÇÃO COM FOCO NO RECRUTAMENTO INTERNO LINS – SP 2011 1 ERIC FABIANO SATAKE EUDENIR FÓGLIO JÚNIOR FERNANDO REIS ROGÉRIO MARINHO BATISTA RECRUTAMENTO E SELEÇÃO COM FOCO NO RECRUTAMENTO INTERNO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Administração sob orientação do Professor Esp. Paulo José Manzoli Godinho e orientação técnica da Professora Esp. Ana Beatriz Lima. LINS – SP 2011 2 ERIC FABIANO SATAKE EUDENIR FÓGLIO JÚNIOR FERNANDO REIS ROGÉRIO MARINHO BATISTA RECRUTAMENTO E SELEÇÃO COM FOCO NO RECRUTAMENTO INTERNO Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para a obtenção do título de Bacharel em Administração. Aprovada em: _____/_____/_____. Banca Examinadora: Prof. Orientador: Paulo José Manzolli Godinho Titulação: Especialista em Administração Empresarial pela Faculdade Integrada de Marília. Assinatura:.................................................................. 1º Prof(a): .............................................................................................................. Titulação: .............................................................................................................. ............................................................................................................................... Assinatura:.................................................................. 2º Prof(a): .............................................................................................................. Titulação: .............................................................................................................. ............................................................................................................................... Assinatura:.................................................................. 3 Satake, Eric Fabiano; Fóglio Júnior, Eudenir; Reis, Fernando; Batista, Rogério Marinho Recrutamento e seleção com foco no recrutamento interno: Amigãolins / Eric Fabiano Satake; Eudenir Fóglio Júnior; Fernando Reis; Rogério Marinho. – – Lins, 2011. S265r 76p. il. 31cm. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Administração, 2011. Orientadores: Paulo José Manzolli Godinho; Ana Beatriz Lima 1. Recrutamento Interno. 2. Seleção. 3. Plano de Carreira. 4 Avaliação 4 É com grande satisfação que dedico este trabalho a Deus por ter me guiado e me iluminado durante este percurso, aos meus pais Eudenir e Maria, pela base familiar que me deram, aos meus irmãos Marcelo e Marcos, por serem pessoas especiais que Deus colocou ao meu lado, amo todos vocês. A minha noiva Laura Fabiana, que me incentivou na luta pelos meus sonhos, e que participa comigo de mais esta conquista. Agradeço ao Eric, Fernando, Rogério, Paula, Vanessa e a Thais por me dado força e sabedoria para prosseguir quando tudo parecia não ter mais solução. A todos os amigos de trabalho e de faculdade que apoiaram nesta conquista, a todos os professores que contribuíram para a excelência desse trabalho, com meus conhecimentos e dedicação e a todas as pessoas que colaboraram de forma direta e indiretamente para a realização deste trabalho. EUDENIR 5 AGRADECIMENTOS Desejo manifestar meus sentimentos de gratidão primeiramente a Deus por ter me dado coragem e fé para enfrentar mais esse desafio na minha vida. A minha família, especialmente a minha mãe Aparecida e minha esposa Thaila, por estarem sempre do meu lado nos momentos em que mais precisei e por sempre estar apoiando qualquer decisão que eu tomasse e por me acompanharem durante a realização deste sonho. Aos nobres amigos Fernando, Eudenir e Eric pelo companheirismo e amizade durante esta jornada. Quero que saibam que sempre poderão contar comigo. Estendo meus agradecimentos ao meu chefe Samuel, por compreender a importância deste projeto, às vezes permitindo que eu saísse mais cedo ou até mesmo faltasse para estudar ou finalizar algum trabalho. Agradeço também aos meus amigos Zeca, Gordinho, Flávio, Cesário, Carlos Eduardo, Cristian e Tatiana que foram pessoas especiais no momento mais difícil de minha vida. Enfim agradeço a todos que contribuíram direta e indiretamente para a realização do presente trabalho. Rogério 6 Primeiramente gostaria de dedicar o presente trabalho a Deus, pois ele me iluminou em todos os momentos desta jornada, com fé, saúde, sabedoria e perseverança. Família Aos meus pais Benevaldo e Ivete, junto com minha irmã Simone me deram um enorme apoio e sei que o resultado deste trabalho é uma grande satisfação para toda família, pois devo a ela tudo que eu sou. A minha namorada Liliane que em grande parte deste percurso esteve presente e também contribuiu com compreensão e amor nos momentos difíceis. Amigos Agradeço demais aos meus amigos do grupo de monografia Eric, Eudenir e Rogério, pois não mediram esforços para realizar esta grande etapa em nossas vidas, foi um grande prazer conviver com pessoas extremamente competentes e companheiras. Muito obrigado! Agradeço ainda aos meus amigos de classe com que dividi experiências inesquecíveis, aprendi, conheci e compartilhei grandes momentos. Colaboradores Não poderia deixar de estender meus agradecimentos aos professores que contribuíram de forma significante para meu desenvolvimento pessoal e profissional, e a todos que de alguma maneira colaboraram para a realização deste trabalho. Fernando 7 Agradeço a Deus, primeiramente, por ter me dado saúde e sabedoria para desenvolver este trabalho. Família Aos meus pais Itiro e Sebastiana, as minhas irmãs Fabiana e Eliana e a todos os familiares, em especial meu tio Issamu, que sempre me apoiaram e fizeram acreditar que seria capaz de vencer mais essa etapa da minha vida, principalmente nos momentos de dificuldade. Amigos Essas linhas talvez não expressem o quanto sou grato a todos os amigos que compartilharam esses quatro anos comigo. Aos companheiros de monografia, Eudenir, Fernando e Rogério, foi extremamente prazeroso executar esse trabalho com vocês, tenho certeza que jamais me esquecerei de tudo que aprendi com todos. A Vanessa e Paula pelo aprendizado e momentos felizes que passamos juntos. A Thaís, especialmente, que fez com que todos esses dias se tornassem especiais e inesquecíveis, como você. Professores Agradeço o professor Godinho que nos acolheu e nos orientou e a todos os professores que colaboraram direta e indiretamente para a conclusão deste trabalho. Muito obrigado! Eric 8 A DEUS Somente ele sabe o quanto sonhei, lutei e me sacrifiquei em busca dos meus sonhos e objetivos. Mas pedir ou implorar por ajuda divina, nada adianta sem arregaçar as mangas e lutar incansavelmente. E quando com muito esforço, trabalho e determinação, conseguimos atingir certos objetivos. Sendo assim, tenho tantos motivos maravilhosos para agradecer. Obrigada por todas as conquistas que ele já ajudou e nas futuras que com toda certeza viram. AOS FAMILIARES Pelo apoio, compreensão e por todo ensinamento. Pois todo carinho retribuo os esforços para minha formação. A MINHA NOIVA LAURA Pelo carinho, companheirismo e por sempre estar junto nas conquistas e nas dificuldades. AO ORIENTADOR PAULO MANZOLI GODINHO, que sempre se dedicou a ajudar o grupo, presente e compreensível. O meu muito obrigado por tudo, e principalmente pela paciência. AOS MEUS AMIGOS Do grupo de monografia sendo o Eric, Fernando e o Rogério que se dedicaram muito e unidos em todas as etapas do trabalho não medirão esforços para a conclusão do trabalho. E também a Thais, Vanessa e a Paula pela dedicação e companheirismo, também a todos que passaram esses quatro anos maravilhosos juntos em sala de aula. EUDENIR 9 RESUMO O processo de recrutamento e seleção é fundamental para que as organizações componham seu quadro de colaboradores. O processo de contratação é realizado após a constatação das necessidades das empresas, onde elas decidirão quais candidatos querem atrair e suas respectivas qualificações. O recrutamento visa buscar dentre vários candidatos o melhor para desempenhar e preencher a vaga em aberto. A seleção visa selecionar o candidato, ou seja, escolher o candidato que está apto a desempenhar e preencher a vaga oferecida na empresa. O recrutamento interno possibilita maior segurança por já conhecer o candidato, permitindo melhor adaptação por parte do candidato e da empresa, levando em consideração que já conhece sua cultura organizacional. Outro ponto positivo do processo de recrutamento interno é a rapidez na execução e a economia nos custos. Atualmente cresce a discussão sobre o papel e a importância dos talentos humanos nas organizações. Para construir um diferencial competitivo no mercado, as organizações inovadoras estão apostando no capital intelectual. Com a constante valorização do comprometimento das pessoas pelas empresas, cada vez mais tem sido selecionadas pessoas talentosas para auxiliar a organização em solucionar os problemas existentes no seu cotidiano. Estas receberão investimento para que possam aprimorar suas habilidades com o intuito de conseguir alcançar os resultados esperados. A pesquisa exploratória realizada com os colaboradores visou identificar a política de recursos humanos adotada pela empresa, sendo analisados os fatores como: plano de carreira, avaliação de desempenho, treinamento e desenvolvimento profissional. O presente trabalho tem como objetivo demonstrar a importância de um plano de recrutamento e seleção, que contemple o recrutamento interno para atração e retenção de talentos, bem como, desenvolvimento de competências. Palavras-chave: Recrutamento Interno. Seleção. Plano de Carreira. Avaliação de Desempenho. 10 ABSTRACT The recruitment and selection are critical for organizations to compose its workforce. The hiring process is performed after the finding of the needs of businesses, which will decide where they want to attract candidates and their qualifications. The recruitment aims to get the best from among several candidates to play and fill the vacant position. The selection aims to select the candidate, or choose the candidate who is able to play and fill the position offered in the company. The internal recruitment provides greater security because they already know the candidate, allowing for better adaptation by the candidate and the company, considering them already to know its organizational culture. Another plus point of the internal recruitment process is the speed of execution and cost savings. Currently the discussion about the growing role and importance of human talent in organizations. To build a competitive advantage in the marketplace, innovatived organizations are investing in intellectual capital. With the continuing appreciation of the commitment of those companies, more and more talented people have been selected to assist the organization to solve problems in their daily lives. These receive investment so they can hone their skills in order to achieve the expected results. The exploratory research conducted with colleagues aimed to identify the human resources policy adopted by the company and analyzed the factors such as career plans, performance appraisal, training and professional development. This paper aims to demonstrate the importance of a recruitment and selection plan, covering internal recruitment for attracting and retaining talent, as well as skills development. Keywords: Internal Evaluation. Recruitment. Selection. Career Plan. Performance 11 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Foto da entrada da Matriz do Amigaolins Supermercados. 17 Figura 2: Foto da entrada do Amigaolins Supermercados da Floriano. 18 Figura 3: Foto da entrada do Amigãolins Supermercados de Assis. 19 Figura 4: Foto da entrada do Amigaolins Supermercados de Birigui. 19 Figura 5: Foto da entrada do Amigaolins Supermercados de Araçatuba. 20 Figura 6: Foto da entrada do Amigaolins Supermercados de Promissão. 21 Figura 7: Foto da entrada do Amigaolins Supermercados de Lins, loja da 21 Avenida São Paulo. Figura 8: Foto da entrada do Amigaolins Supermercados de Birigui, loja 22 da rua Silvares. Figura 9 : Foto da entrada do Amigaolins Supermercados de Promissão, 22 loja da rua Noroeste Figura 10: Organograma 24 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Números de colaboradores........................................................ 26 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Você tem conhecimento da política de desenvolvimento e aproveitamento dos funcionários para cargos mais elevados que surgem na estrutura?.......................................................................................... 61 Tabela 2: As vagas que surgem na estrutura são preenchidas prioritariamente com funcionários do quadro existente?............................ 61 Tabela 3: Existe o desenvolvimento de funcionário visando a agregação de competências e habilidades para os preenchimentos de vagas futuras?........................................................................................................ 62 Tabela 4: O surgimento de vagas em nível superior é oferecido aos funcionários internos?................................................................................. 62 12 Tabela 5: Há alguma forma estruturada de avaliação de seu desempenho com o feedback sobre seus pontos fortes e fracos?............. 62 Tabela 6: Na estrutura existe algum tipo de avaliação informal efetuada por sua gerência?....................................................................................... 63 Tabela 7: A empresa conta com área especializada para a orientação de carreira através de acompanhamento e aconselhamento?........................ 63 Tabela 8: Sua chefia efetua o aconselhamento de carreira orientando-o para agregação de competências e habilidades visando cargos futuros?. 64 Tabela 9: A empresa mantém alguma forma de incentivo ao estudo formal através de bolsas ou subsídios?...................................................... 64 Tabela 10: A agregação de novos conhecimentos através de cursos especializados lhe confere um diferencial de status na empresa?............. 65 Tabela 11: Que tipo de treinamento é efetuado na empresa?................... 65 Tabela 12: Quais são as perspectivas de trabalhar na empresa?.............. 66 Tabela 13: Com relação à política de pessoal, qual a imagem que você faz da sua empresa perante as outras empresas do mercado? ................ 66 Tabela 14: Você nota a prática de meritocracia aliada ao bom desempenho?............................................................................................. 67 Tabela 15: Você julga o turno de trabalho que exerce em sua função?..... 67 Tabela 16: O sistema de benefícios é visto por você como parte importante na sua remuneração?............................................................... LISTA DE SIGLAS CBO: Classificação Brasileira de Ocupações 68 13 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .................................................................................................. 15 CAPÍTULO I - AMIGÃOLINS SUPERMERCADOS ......................................... 17 1 HISTÓRICO DA EMPRESA ...................................................................... 17 1.1 Empresa e sócios ................................................................................... 17 1.2 Primeiro empreendimento ...................................................................... 18 1.3 Expansão do negócio ............................................................................. 19 1.4 Missão .................................................................................................... 24 1.5 Visão ...................................................................................................... 24 1.6 Meta ....................................................................................................... 24 1.7 Objetivo .................................................................................................. 25 1.8 Organograma ......................................................................................... 25 1.9 Benefícios .............................................................................................. 26 1.10 Quadro de funcionários .......................................................................... 26 1.11 Treinamento desenvolvidos .................................................................. 27 1.12 Responsabilidades sociais ..................................................................... 27 CAPÍTULO II - RECURSOS HUMANOS .......................................................... 29 2 RECRUTAMENTO .................................................................................... 29 2.1 Recrutamento interno ............................................................................ 31 2.2 Vantagens do recrutamento interno ....................................................... 32 2.3 Desvantagens do recrutamento interno ................................................ 32 2.4 Recrutamento externo ............................................................................ 33 2.5 Recrutamento misto .............................................................................. 34 2.6 Seleção de pessoas ............................................................................... 34 2.7 Retendo talentos .................................................................................... 38 2.8 Processo de contratação........................................................................ 40 2.9 Mantendo os melhores .......................................................................... 42 2.10 Desenvolvendo os talentos já existentes .............................................. 43 2.11 Plano de carreira ................................................................................ 45 2.12 Tendências do plano de carreira ............................................................ 46 14 2.13 Vantagens e desvantagens ................................................................... 47 2.14 Estrutura................................................................................................ 49 2.15 Planejamento de carreira ....................................................................... 49 2.16 Objetivos do plano de carreira ............................................................ 50 2.17 Fundamentos para implantação ............................................................ 51 2.18 Sistema de remuneração ....................................................................... 52 2.19 Salário .................................................................................................... 53 2.20 Benefícios .............................................................................................. 54 2.21 Planos de incentivo ................................................................................ 55 2.22 Avaliação de desempenho ..................................................................... 55 2.23 Métodos de avaliação ............................................................................ 56 2.24 Vantagens .............................................................................................. 56 2.25 Limitações .............................................................................................. 57 2.26 Implantação do plano de cargo .............................................................. 57 2.27 Cargos.................................................................................................... 58 2.28 Classificação Brasileira de Ocupações .................................................. 58 CAPÍTULO III - A PESQUISA .......................................................................... 60 3 3.1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 60 Relato e discussão sobre recrutamento e seleção com foco no Recrutamento interno na empresa .................................................................... 61 3.2 Apresentação e análise dos dados ........................................................ 62 3.3 Parecer final sobre a pesquisa ............................................................... 70 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ..................................................................... 72 CONCLUSÃO ................................................................................................... 73 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 75 APÊNDICES ..................................................................................................... 77 15 INTRODUÇÃO Atualmente é indiscutível a importância que os recursos humanos assumem na organização e na consecução dos seus objetivos. A função do recursos humanos é constituída por uma série de atividades, entre as quais assume um importante papel, o recrutamento e a seleção. O profissional de recursos humanos deve ter em mãos e saber como utilizar as inúmeras ferramentas e os instrumentos para poder adequar a pessoa certa ao lugar certo. Recrutamento é o processo que a organização utiliza para atrair candidatos qualificados para preenchimento de vagas abertas em seu quadro funcional, visando a abastecer seu processo seletivo. O recrutamento é um conjunto de técnicas e procedimentos que visa a atrair candidatos potencialmente qualificados e capazes de ocupar cargos dentro da organização. È basicamente um sistema de informação, por meio do qual a organização divulga e oferece ao mercado de recursos humanos as oportunidades de emprego que pretende preencher. (CHIAVENATO, 2005, p.113) Em um ambiente em constantes mudanças, as organizações vêm percebendo que o diferencial da competitividade é o seu capital humano, entretanto, somente é possível para as organizações que estimulam e investem no desenvolvimento dos seus colaboradores e criam oportunidades para o seu crescimento profissional. Na visão de Chiavenato (2006), o desenvolvimento de um indivíduo se baseia em uma filosofia de respeito ao homem: o ser humano tem aptidões para produtividade, as quais podem permanecer inativas se o ambiente em que vive e trabalha lhe é restrito e hostil, impedindo o crescimento e a expansão de suas potencialidades. O objetivo é demonstrar a importância de plano de recrutamento e seleção que contemple o recrutamento interno para atração e retenção de talentos, bem como o desenvolvimento de competências. Diante do exposto surgiu o seguinte questionamento: A Política do Recrutamento Interno assegura a fidelização dos funcionários e a adequação de talentos necessários para o desenvolvimento da empresa? 16 Em resposta a este questionamento, surgiu a seguinte hipótese: A política de recrutamento interno quando alinhada com as demais políticas de avaliação de desempenho, plano de carreira e de treinamento e desenvolvimento dos funcionários assegura a criação e a manutenção dos talentos necessários para o crescimento da empresa. Diante do disposto, os métodos e técnicas estão explicitados no capítulo III. O presente trabalho está assim estruturado: Capítulo I – Empresa Amigãolins Supermercados Ltda.: relata o histórico da empresa, missão, visão, meta, objetivo, organograma, benefícios, quadro de funcionários, treinamentos desenvolvidos e responsabilidades sociais. Capítulo II – Conceituação de Recrutamento, Seleção, Retenção de Talentos, Plano de Carreira, Sistema de Remuneração, Avaliação de Desempenho e Cargos. Capítulo III – Apresentação dos dados coletados referentes à pesquisa, objeto deste estudo e as conclusões obtidas com a pesquisa. Por fim, vem a proposta de intervenção e as considerações finais. 17 CAPÍTULO I AMIGÃOLINS SUPERMERCADOS 1 HISTÓRICO DA EMPRESA 1.1 Empresa e sócios A empresa foi fundada pelos sócios Jorge Ignácio dos Santos Junior (Junior) e Valdir da Silva Bressan (Sr. Bressan) que sempre possuíram perfil empreendedor e contam com uma vasta experiência profissional, fatores esses que colaboraram para que a união e objetivo comum criasse um empreendimento moderno e diferenciado de tudo que a região oferecia no seguimento supermercadista. O Sr. Junior, como é conhecido, iniciou-se no ramo supermercadista como administrador da rede Supermercados Luzitana de Lins S/A, cujos proprietários são seu pai e seu tio. Observando e acreditando no potencial de crescimento da cidade e do seu próprio negócio, Sr. Junior tinha o desejo de construir um supermercado que possuísse no mesmo espaço físico, lojas, casa lotérica, restaurante, sorveteria, livraria, entre outras, fazendo com que o cliente fique mais tempo nas lojas e realize diversas operações, além das compras. Em Maio de 2003, contratou uma empresa de pesquisa especializada para determinar os locais estratégicos e as necessidades da população. Após a conclusão da pesquisa, iniciou-se na prática o desejo que tinha em parceria com seu amigo, o Sr. Bressan, dando início ao processo de abertura do seu empreendimento. O Sr. Valdir da Silva Bressan possui 20 anos de experiência em diversos bancos, sendo eles: Bradesco, Garavelo e Santander. Após a saída do banco Santander, foi contratado pela empresa Supermercados Luzitana de Lins S/A, iniciando na área financeira e em seguida, exercendo o cargo de gerente geral em todas as filiais da empresa, participando ativamente de todas as decisões 18 do negócio. Paralelamente, também atuou como tesoureiro da Associação Comercial de Lins, entre outros. 1.2 Primeiro empreendimento O primeiro empreendimento foi inaugurado em 23 de dezembro de 2003, na Rua Olavo Bilac, 62, em Lins, interior de São Paulo, instalado em uma área de 8.250 m², conta com um amplo estacionamento que comporta 128 veículos, farmácia, cinema, casa lotérica, lanchonete, loja de artigos diversos, sapataria, sorveteria, caixas eletrônicos dos bancos Santander, Brasil, Nossa Caixa e atualmente conta com uma agência do Banco Bradesco, onde se realiza aberturas de contas entre outras operações e transações. Conta também com uma área de vendas de 1.780 m², muito bem organizada, composta por 23 check-outs e pelos setores de frios, padaria, açougue, hortifruti, adega, perfumaria, higiene e limpeza e uma diversificada linha de produtos e marcas que começam desde os itens de primeira necessidade. Além disso, gera 257 vagas de trabalho somente neste empreendimento. Fonte: Elaborado pelos autores, 2011 Figura 1: Foto da entrada da Matriz do Amigaolins Supermercados. 19 1.3 Expansão do negócio Após sucesso do primeiro empreendimento, os sócios decidiram expandir o negócio, inaugurando em 06 de setembro de 2006 uma filial também em Lins, na Rua Paulo Aparecido Giraldi, 02, que conta com uma área total de 1.100 m², área de vendas de 1.030 m². Esta loja possui 09 check-outs e é dividida da mesma forma que a matriz, contando com um total de 121 colaboradores. Atualmente o prédio onde era antigamente o cinema Cinelins, que se encontra em frente à filial, serve de uma ampla área de estacionamento coberto no piso inferior e superior. Fonte: Elaborado pelos autores, 2011 Figura 2: Foto da entrada do Amigaolins Supermercados da Floriano No dia 30 de abril de 2007 foi inaugurada um novo empreendimento, à maior da rede, agora na cidade de Assis, situada na Avenida Walter Antônio Fontana, 1.300, Vila Claudia, também interior de São Paulo que possui uma área total de 12.000 m², sendo 2.380 m² de área de vendas composta por 20 check-outs. Nesta área ainda estão instalados os diversos departamentos. Além disso, disponibiliza 206 vagas de estacionamento e conta com a colaboração de 232 funcionários. Desta forma, a empresa Amigãolins Supermercados busca o crescimento no interior paulista, conquistando uma grande fatia do mercado. 20 Fonte: Elaborado pelos autores, 2011 Figura 3: Foto da entrada do Amigãolins Supermercados de Assis. Em 15 de novembro de 2007 é inaugurado um empreendimento em Birigui, estado de São Paulo, na Avenida Euclides Miragaia, 1.836, Jardim Pérola. Esta possui 3.996 m² de área total, sendo estacionamento com 102 vagas e área de venda de 1700 m² composta por 16 check-outs, além dos diversos departamentos. Esta unidade é geradora de 203 empregos diretos. Fonte: Elaborado pelos autores, 2011 Figura 4: Foto da entrada do Amigaolins Supermercados de Birigui. 21 Outro empreendimento é de Araçatuba foi em 28 de fevereiro de 2009, sito na Avenida Waldemar Alves, 1.646 B, Jardim Brasil. Com a nova loja, foram geradas 224 vagas de trabalho na cidade e disponibilizada para a população uma área total de 4.530 m², composta por 2.132 m² de área de vendas, que conta com 20 check-outs e diversos setores, seguindo o mesmo padrão das demais filiais e, 206 vagas de estacionamento para clientes. Fonte: Elaborado pelos autores, 2011 Figura 5: Foto da entrada do Amigaolins Supermercados de Araçatuba. Em promissão, cidade localizada também no interior de São Paulo, foi contemplada com uma planta inaugurada no dia 05 de novembro de 2009, localizada na Rua Sassaichi Massaki, 663. Esta loja possui 1.550 m² de área total, sendo 50 vagas de estacionamento para os clientes e 1.230 m² de área de vendas composta por 10 check-outs e demais setores como frios, padaria, açougue, hortifruti, adega, perfumaria, higiene e limpeza, entre outros que acompanham o padrão da rede. Além desses benefícios, gerou para a cidade 119 vagas de trabalho o que aqueceu a economia local e proporcionou aos clientes e colaboradores mais uma opção para realização das suas compras mensais e esporádicas. 22 Fonte: Elaborado pelos autores, 2011 Figura 6: Foto da entrada do Amigaolins Supermercados de Promissão. Outro empreendimento inaugurado foi em Lins, na Avenida São Paulo, 441, Vila Guararapes no dia 01 de maio de 2010, depois da aquisição do prédio onde funcionava uma das filiais do Supermercado Amália. Esta planta conta com estacionamento para 90 veículos, casa lotérica, restaurante por quilo, setor hotifruti, açougue, padaria, higiene e limpeza e demais setores de conveniência, totalizando 1.500 m², sendo 1.250 m² de área de venda. Com esta inauguração foram gerados mais 111 vagas de trabalho. Fonte: Elaborado pelos autores, 2011 Figura 7: Foto da entrada do Amigaolins Supermercados de Lins, loja da Avenida São Paulo. 23 Foi inaugurada após a aquisição de mais uma loja pertencente ao supermercado Amália na cidade de Birigui, situada na rua Silvares, 103. Esta loja conta possui um quadro de funcionários com 163 vagas de trabalho direto. Fonte: Elaborado pelos autores, 2011 Figura 8: Foto da entrada do Amigaolins Supermercados de Birigui, loja da rua Silvares. Fonte: Elaborado pelos autores, 2011 Figura 9 : Foto da entrada do Amigaolins Supermercados de Promissão, loja da rua Noroeste 24 A mais recente loja está situada na cidade de Promissão, localizada na Av. Noroeste, 500, Centro e foi inaugurada no dia 03 de novembro de 2010 e também conta com uma gama de lojas e uma casa lotérica em sua estrutura. Esta loja conta com 116 funcionários em seu quadro distribuídos em todos os setores. Promissão hoje conta com duas lojas da rede proporcionando aos seus clientes mais comodidade e diversificação de produtos e serviços, bem como atendimento de qualidade e diferenciado e, desenvolvimento da cidade através da geração de empregos diretos e indiretos. O Amigão Supermercado também possui um escritório central e um depósito fechado localizado na Rua Goiás, 92, Vila Guararapes, em Lins onde funcionam os setores de recursos humanos, contabilidade, fiscal, estoque entre outros. 1.4 Missão Comercializar produtos e serviços no ramo mercadista, gerando empregos, impostos, lucros e desenvolvimento pessoal ou “oferecer a população de Lins e região comodidade e qualidade buscando sempre adaptarse às expectativas dos clientes garantindo-lhes satisfação, valorizar essa relação com os clientes, parceiros e colaboradores preservando sua longevidade”. 1.5 Visão Ser empresa amiga da cidade e região, procurando sempre aprimorar conceitos e serviços. 1.6 Meta 25 Cultivar o relacionamento saudável e eficiente com seus fornecedores e colaboradores, para atender as exigências dos clientes, que são considerados as pessoas mais importante do sucesso da empresa. 1.7 Objetivo Negociar com ética e agilidade produtos e serviços, para que cheguem ao consumidor no melhor preço possível, atendendo a sua necessidade, e gerar uma relação de confiança e credibilidade, onde todos ganham. 1.8 Organograma Fonte: Elaborado pelos autores, 2011 Figura 10: Organograma 26 O organograma foi desenvolvido a partir da diretoria que é composta pelos sócios e depois ramificada entre os demais setores que compreendem o Jurídico, Auditoria Externa, as demais Filiais e Administração que é subdividida em Contabilidade, Informática, Compras e Vendas. No setor contábil existem dois departamentos, o RH e a Tesouraria. No setor de Vendas apresentam os Atendentes, Operadores de Caixa e Empacotadores. E por fim, o Setor de compras que é dividido em Auditoria Interna, Repositores e Recebimento de mercadorias. As Filiais são compostas pelos setores Administrativos, exceto o setor Contábil. 1.9 Benefícios Os funcionários do Amigão Supermercado sabem que é preciso ter um diferencial para incentivá-los no dia a dia e que seja eficaz em sua produtividade, para isso contam com um constante incentivo voltado ao desenvolvimento profissional. Como uma forma de beneficiar o funcionário, existe um cartão corporativo onde os mesmos podem efetuar compras em todos os supermercados da rede e também pode ser utilizado em postos de gasolina, lojas do comercio e farmácias, dispõe de co-participação nos convênios odontológicos e médicos, desta forma atraindo mão de obra qualifica para a empresa. 1.10 Quadro de funcionários Através de crescimento orgânico e a aquisição de diversas empresas, a rede de supermercados Amigão conta hoje com 1546 funcionários espalhados nas cinco cidades do interior de São Paulo onde atua, sendo elas: Lins, Araçatuba, Promissão, Assis e Birigui. O quadro abaixo mostra o número de funcionários, por cidade: 27 Cidades Número de funcionários Araçatuba 224 Assis 232 Birigui 366 Lins 489 Promissão 235 Total 1546 Fonte: Quadro elaborado pelos autores, 2011. Quadro 1: Número de colaboradores 1.11 Treinamento desenvolvidos A necessidade de atender melhor seus clientes e qualificar seus funcionários faz com que o Amigão adote técnicas de treinamento, tanto nos níveis operacionais, quanto administrativos, garantindo a qualidade no atendimento e desempenho de seus funcionários. Os treinamentos são realizados de acordo com suas funções. Nos níveis gerenciais são realizados treinamentos sobre gestão, controle, estratégia, mercado e gestão de pessoas. Os caixas recebem treinamentos sobre abertura e fechamento de caixa, como proceder com inadimplentes, manuseio de cartões de créditos, preenchimento de cheques e técnicas de atendimento ao cliente. Os empacotadores obtêm noções postura e atendimento ao cliente, organizar os produtos e distribuir em cada sacola, limpeza das gôndolas, posicionamento e organização dos produtos nas gôndolas e nos estoques, locais, idéias para apresentação e identificação dos produtos e preços. 1.12 Responsabilidades sociais A Empresa é ativa colaboradora em projetos sociais e ambientais. Atualmente desenvolveu uma campanha onde troca quatro litros de óleo usado 28 por uma lata de óleo novo, além de um convênio com a operadora de cartão de crédito Visa, que trocava tickets de compra no cartão somando determinado valor por uma sacola ecologicamente correta. Também é uma forte patrocinadora do Clube Atlético Linense que foi campeão da série A2 do futebol paulista no ano de 2010. Na cidade de Lins a planta da Rua Olavo Bilac, é vista pelos clientes e cidadãos como uma espécie de shopping, pois conta com a maior estrutura física que abriga, além do supermercado, lojas, banco, farmácia, sorveteria, caixas eletrônicos de diversos bancos, casa lotérica, revistaria e um cinema. Além disso, é uma forte geradora de empregos na cidade, que hoje conta com três grandes lojas. 29 CAPÍTULO II RECURSOS HUMANOS 2 RECRUTAMENTO Recrutamento é o processo que a organização utiliza para atrair candidatos qualificados para preenchimento de vagas abertas em seu quadro funcional, visando abastecer ao seu processo seletivo. O recrutamento é um conjunto de técnicas e procedimentos que visa a atrair candidatos potencialmente qualificados e capazes de ocupar cargos dentro da organização. È basicamente um sistema de informação, por meio do qual a organização divulga e oferece ao mercado de recursos humanos as oportunidades de emprego que pretende preencher. (CHIAVENATO, 2005, p.113) Para participar de um recrutamento não basta apenas ter qualidade, mas sim ser qualificado para o cargo ao qual poderá ser admitido. O processo de recrutamento exige algumas análises cruciais, como o atendimento às especificidades da organização e as solicitações de seus clientes. Os fatores externos irão influenciar nos perfis de profissionais adequados às vagas em aberto da organização que é o que chamamos de conjuntura do recrutamento. Os efeitos globais econômicos interferem nas organizações e provocam, assim, a competição no mercado de trabalho e para que a mesma sobreviva, ela precisa selecionar sua equipe colaboradora. Segundo os autores Carvalho, Passos, Saraiva (2008): o termo mercado de trabalho possui três dimensões que tem estreita relação com o ambiente organizacional: a dimensão de espaço (área física, geográfica e territorial); a dimensão de tempo (época) e a dimensão de oferta e de procura. A localização física, o custo de vida das regiões onde a empresa se encontra e a competitividade têm grandes determinações no processo de recrutamento. Quando o nível de exigência que se busca no mercado se mostra elevado em termos de qualificação, ocorre uma coerência salarial, o que pode acarretar um sentimento de frustração e desmotivação na equipe antiga. 30 O mercado de trabalho se faz em decorrência da oferta de trabalho ou emprego pelas organizações, que sofrem modificações decorrentes do local, época e pelo número de empresas e oportunidades de emprego. Muitos segmentos de setores que se dão nesse mercado de trabalho são os: de atividade, por tamanho, por origem e ou por localidades. Esses segmentos possuem características próprias dentro dos parâmetros de oferta e de procura de emprego. O mercado distingue três possíveis situações: oferta maior que a procura (quando sobra oferta e faltam profissionais), oferta menos que a procura (quando há mais profissionais do que vagas a serem preenchidas) e a oferta igual à procura de emprego (equilíbrio entre vaga e procura de emprego). Atualmente há mais oferta do que procura de emprego, pois grandes partes dos candidatos não atendem aos requisitos, como por exemplo, os conhecimentos tecnológicos diferenciados para o preenchimento das mesmas. O profissional de recrutamento deve criar meios para avaliar os requisitos e as competências técnicas ou comportamentais dos candidatos. É preciso realizar um planejamento de um processo seletivo de recrutamento envolvendo a realidade física e temporal da organização e da área detentora da vaga em aberta. O relacionamento com um candidato começa á partir do momento que se sinaliza a vaga, onde o recrutamento deverá acontecer pelo perfil do cargo. Carvalho, Passos, Saraiva (2008) dizem que o perfil é a união de requisitos e competências indispensáveis definidas para um cargo. Em se tratando de recrutamento, os requisitos são os mais indicados. Sendo estes definidos, são identificados os perfis que irão atender as necessidades da organização. Os bancos de dados criados nas organizações ajudam bastante na identificação de potenciais ocupantes das vagas em aberto e devem estar em constantes atualizações, o que irá facilitar e dinamizar na escolha do profissional adequado à vaga. O banco de dados deve reunir informações sobre o histórico profissional do empregado, cursos e treinamentos efetuados, conhecimentos e experiências obtidas dentro e fora da organização, resultados de avaliações de desempenho etc., o banco de dados normalmente é utilizado no recrutamento interno. (CARVALHO, PASSOS, SARAIVA 2008, p. 63) 31 Já o banco de talentos reunirá dados apenas de candidatos que são considerados potenciais. O banco de currículo deve ser arquivado de acordo com a área de atividade e o cargo e destina-se ao recrutamento externo. A indicação de candidatos por outros empregados da organização também funcionam como forma de recrutamento. Existem algumas formas de atrair candidatos: através de anúncios na entrada ou recepção da empresas, através de contatos com sindicatos ou associações de classes, com outras organizações que atuam na mesma área de trabalho, anúncios em jornais e revistas, através de agências e consultorias e através de sites de recrutamento. Essas formas podem ter maiores ou menores custos e podem trazer benefícios e até mesmo desvantagens por atrair um grande número de candidatos. Recrutamento é a estratégia para atrair e captar candidatos para uma determinada função de uma organização. Ele pode ser dividido em: interno e externo. 2.1 Recrutamento interno O recrutamento interno é aquele onde se busca candidatos que já fazem parte da própria organização, ou seja, é feito o remanejamento, sendo o candidato transferido ou promovido. Neste tipo de recrutamento existem pontos positivos e negativos. Os pontos positivos para a organização são: maior segurança por já conhecer o candidato; melhor adaptação por parte do candidato e da empresa por ambas as partes já conhecerem a cultura organizacional da empresa; processo mais rápido e econômico; estímulo ao desenvolvimento dos funcionários que pretendem ser promovidos; poderosa fonte de motivação interna e aproveitamento dos investimentos em treinamento. Já os pontos negativos são: os mercados mais restritos; disponibilização de candidato pelo superior; conflitos de interesse pelos funcionários; frustração e redução de desempenho, caso o candidato seja reprovado; clima de competição negativa e, caso o 32 recrutamento interno seja constante, pode gerar na organização falta de oxigenação. 2.2 Vantagens do recrutamento interno De acordo com Chiavenato (2005), as vantagens do recrutamento interno são: a) aproveitar melhor o potencial humano da organização; b) motiva e encoraja o desenvolvimento profissional dos atuais funcionários; c) incentiva a permanência e a fidelidade dos funcionários à organização; d) ideal para a situação de estabilidade e pouca mudança ambiental; e) não requer socialização organizacional de novos membros; f) probabilidade de melhor seleção, pois os candidatos são bem conhecidos; g) custa financeiramente menos do que fazer recrutamento externo. 2.3 Desvantagens do recrutamento interno Segundo Chiavenato (2005), as desvantagens do recrutamento interno são: a) pode bloquear a entrada de novas ideias, experiências e expectativas; b) facilita o conservantismo e favorece a rotina atual; c) mantém quase inalterado o atual patrimônio humano da organização; d) ideal para empresas burocráticas e mecanísticas; e) mantém e conserva a cultura organizacional existente; f) funciona como um sistema fechado de reciclagem contínua. 33 2.4 Recrutamento externo O recrutamento externo caracteriza-se por selecionar candidatos que não fazem parte do quadro efetivo da empresa para vagas em aberto, também como o recrutamento interno apresenta pontos negativos e positivos. Os pontos positivos são: novos ares e novas experiências para a empresa; experiência exigida para o determinado cargo ou função; contatos com outras práticas de mercado,pois cada candidato tem uma bagagem de experiência; aproveitamento dos investimentos em desenvolvimento do próprio candidato ou de outras empresas. Os pontos negativos podem ser geralmente mais demorados e mais caros; menos seguro por não conhecer o candidato e ter que avaliá-lo; pode frustrar os funcionários já contratados, o que pode afetar a política salarial da empresa. De acordo com Chiavenato (2005), as principais vantagens do recrutamento externo são: a) introduz sangue novo na organização: talentos, habilidades e expectativas; b) enriquece o patrimônio humano, pelo aporte de novos talentos e habilidades; c) aumenta o capital intelectual ao incluir novos conhecimentos e destrezas; d) renova a cultura organizacional e a enriquece com novas aspirações; e) incentiva a interação com a organização com mercado de recursos humanos; f) indicado para enriquecer mais intensa e rapidamente o capital intelectual. Para Chiavenato (2005), as desvantagens do recrutamento externo são: a) afeta negativamente a motivação dos atuais funcionários da organização; b) reduz a fidelidade dos funcionários a oferecer oportunidades a estranhos; 34 c) requer aplicação de técnicas seletivas para a escolha dos candidatos externos. Isso significa custos operacionais; d) exige esquemas de socialização organizacional para os novos funcionários; e) é mais custoso, oneroso, demorado e inseguro que o recrutamento interno. 2.5 Recrutamento misto Em face aos pontos positivos e negativos dos recrutamentos interno e externos, uma solução diversa tem sido preferida pela maioria das empresas: o recrutamento misto, ou seja, aquele que aborde tanto fontes internas como fontes externas de recursos humanos. Para se analisar, fazer a triagem de currículos e entrevistar um candidato é preciso alinhar as técnicas com os requisitos do cargo; ter a descrição do cargo da vaga em aberto; conhecer os pré-requisitos da vaga em aberto; conhecer os principais desafios esperados pela área solicitante; ter a percepção correta do perfil comportamental esperado/desejado; conhecer a cultura, os valores e os princípios, não só da empresa, mas da área, bem como da equipe da vaga em aberto; conhecer e entender a missão, a visão, os objetivos estratégicos e os princípios da empresa; criar ferramentas para reduzir a subjetividade na hora da entrevista, que pode ser feita por telefone ou pessoalmente, diversificação de técnicas usadas; buscar sempre a participação do solicitante da vaga, pois sem esta participação o processo seletivo ficará comprometido; evitar ao máximo preconceito, adotando sempre uma atitude e uma postura ética. 2.6 Seleção de pessoas Para selecionar candidatos, o primeiro passo é avaliar se eles possuem 35 as competências necessárias para ocupar as vagas em aberto nas empresas. A seleção abrange o conjunto de práticas e processos usados para escolher, dentre os candidatos disponíveis, aquele que parece ser o mais adequado para a vaga existente. Como mais adequado entende-se aquele que tem melhores condições de se ajustar à empresa e ao cargo e de conseguir um bom desempenho. A seleção é a segunda etapa do processo que começa com o recrutamento e termina com o contrato definitivo após o período de experiência. (LACOMBE, 2005, p.79) Seleção é, então, um procedimento de comparação e uma tomada de decisão, onde se deverá analisar quais dos candidato recrutados apresentam maiores possibilidades de adaptação e produtividade. Existem várias formas de avaliar o perfil de um de um candidato, uma delas é por seleção por competência, onde é feita a comparação de candidatos baseando-se em fatores compatíveis com as características, necessidades e direcionadores estratégicos de cada organização. Selecionar a pessoa certa para atuar em um determinado cargo de uma organização sempre foi um desafio para os profissionais de gestão de pessoas, principalmente se tratando do contexto do mercado de trabalho atual e da implantação de práticas de gestão cada vez mais complexas. A decisão final será sempre do gestor, cabendo ao profissional de seleção fornecer orientações e recomendações condizentes com o que foi observado durante o processo de seleção. (CARVALHO, PASSOS, SARAIVA, 2008). Os autores acima citados dizem também que os instrumentos de seleção são aqueles que servem de auxílio à identificação das características básicas de cada candidato, para posterior associação com as competências exigidas no perfil estabelecido como referencial. Alguns testes são feitos por profissionais de área, como os psicólogos. São testes psicológicos classificados como psicométricos e de personalidade. Outros testes também são utilizados, tendo o mesmo objetivo, como os testes específicos ou situacionais, os instrumentos de avaliação de perfil, as dinâmicas de grupo e as entrevistas individuais. Os testes psicológicos objetivam avaliar ou identificar os comportamentos mais frequentes dos candidatos, as características básicas de sua personalidade e, ainda, analisa as habilidades e o raciocínio. 36 Já os testes objetivos são apresentados através de questionários de múltiplas escolhas, onde o candidato assinala a alternativa que condiz com suas ideias e seu modo de atuar. O resultado é sempre um, ou seja, apenas uma das alternativas é a correta. Os testes projetivos, segundo os autores Carvalho, Passos, Saraiva, levam o candidato a revelar seu mundo privado, expressando o que vê ou considera nos estímulos oferecidos. Esses testes são feitos através de estímulos visuais. Os testes de conhecimentos são aqueles que pretendem medir o conhecimento geral de cultura ou de conhecimento específico para a organização. Os testes situacionais são elaborados com base em uma ou mais situações que usualmente ocorrem no cargo pelo qual o candidato está sendo selecionado. As funções de liderança, como também aquela em que se lida frequentemente com o público externo, são exemplos característicos de atividades que podem ser avaliadas por esse tipo de instrumento. (CARVALHO, PASSOS, SARAIVA, 2008). Outra técnica para seleção de recursos humanos é a dinâmica de grupo, uma modalidade de avaliação que tem por objetivo coletar informações a respeito de diferentes dimensões psicológicas do candidato, tais como: capacidades cognitivas e sensório-motoras; componentes sociais, emocionais, afetivos e motivacionais da personalidade; atitudes, aptidões e valores. Mais uma alternativa é observar e analisar comportamentos em situações de trabalho, bem como a inter-relação do perfil do candidato com o perfil de competências definido para o cargo (CARVALHO, PASSOS, SARAIVA, 2008). A dinâmica de grupo é considerada como uma técnica que permite contato com o comportamento do indivíduo dentro de uma rede de relações: com os demais candidatos, com a situação-problema, com os recursos. Algumas precauções são necessárias para a utilização profícua das dinâmicas de grupo como técnica de seleção. Para Carvalho, Passos e Saraiva, o número de participantes deve estar entre 6 e 12, já que um número pequeno poderia inibir alguns e modificar as reações de outros devido ao maior 37 sentimento de observação. Apesar dessa recomendação, entretanto, muitas dinâmicas parecem ocorrer de maneira diferente, já que existem casos em que são realizadas com mais de 20 pessoas ao mesmo tempo, o que dificulta uma boa análise: com tantos participantes, o indivíduo precisa se expor somente na hora que os selecionadores o estiverem observando. Ademais, registram-se com certa frequência as dinâmicas que são realizadas exclusivamente por consultorias contratadas, sem a participação do gestor, o que, de certa maneira, faz com que processos de muitas empresas se tornem exageradamente semelhantes. (CARVALHO, PASSOS, SARAIVA, 2008). A dinâmica costuma ser dividida em fases. A primeira é a do aquecimento, em que se faz a apresentação da empresa, da vaga e dos selecionadores. A seguir, ocorre entrevista coletiva, em que os participantes discorrem sobre suas experiências profissionais, podendo o facilitador utilizar roteiros simplificados. Posteriormente é realizada a fase de exercícios de grupo, os quais “são individuais e, depois, consensuais, possibilitando ao facilitador e ao observador registrarem todos os traços relativos à efetiva aplicação da competência em situação de grupo” (CARVALHO, PASSOS, SARAIVA, 2008). Por fim, deve ser feita uma avaliação da dinâmica. A entrevista de seleção é uma etapa do processo seletivo que tem como objetivo levantar maiores informações a respeito do profissional participante. Ela é o primeiro contato entre a organização e o candidato. É uma técnica utilizada para escolher o candidato melhor qualificado para preencher determinada vaga de trabalho. A entrevista tem por objetivo confirmar e checar as informações colocadas no currículo, aprofundar e conhecer o candidato, sua atuação e suas competências, verificar se atende ao perfil que a posição do cargo exige medir a capacidade de comunicação, habilidades de liderança, nível de ansiedade, capacidade de argumentação, os objetivos que o candidato tem, entre outras habilidades, checar a maneira como o profissional leva sua vida pessoal e sua carreira, quais valores possui e se estará adequado ao cargo e ao ambiente de trabalho. 38 Sendo assim, cabe à organização fazer um mapeamento de competências necessárias para cada um dos cargos do organograma. Assim, para cada vaga trabalhada, o selecionador já tem definidas as competências desejadas e avalia os candidatos com esse foco. As competências estão divididas em três grupos: atributos, que são as características pessoais, como: flexibilidade, liderança e empreendedorismo; prática, grupo das competências relacionadas à postura profissional e relacionamento interpessoal e técnica, reunião das competências técnicas. A entrevista de seleção não depende só do candidato, mas da pessoa que o estará entrevistando e dos métodos que serão utilizados. Quando o processo de seleção tem início, já foi levantada a real necessidade da contratação e já está claro o perfil do profissional que a empresa busca. Fatores como postura, roupas e atitudes contribuem para a contratação ou a desclassificação do candidato. É preciso haver um encontro de interesses para dar certo. Muitas vezes, as organizações não estão atrás do mais inteligente, mas daquele que mais se adapta às necessidades delas. Pode não parecer, mas a entrevista é uma das partes mais "obscuras" de todo o processo seletivo. Isso por que ela não depende só do candidato, mas da pessoa que o estará entrevistando e dos métodos que serão utilizados. Alguns procedimentos são tradicionais, como a técnica dirigida, onde a entrevista é como uma pesquisa e o candidato responde basicamente sim ou não às perguntas e a técnica aberta ou mista, que é a mais comum nos processos seletivos e deixa a pessoas mais à vontade para responder as perguntas do jeito que quiser. O parecer final deve ser uma síntese do processo seletivo e tem por objetivo comparar todos os dados obtidos nas diversas etapas desse processo com o perfil exigido pelo cargo, onde deverão estar consolidadas as informações colhidas e reunidas, de modo que o requisitante da vaga possa ter uma noção das reais possibilidades dos candidatos. 2.7 Retendo talentos 39 O acesso a candidatos qualificados é decisivo para o sucesso do seu esforço de contratação, podem-se aumentar as chances de acerto através do uso de canais adequados como agências de recrutamento, anúncios em jornais, internet, além disso, uma alternativa interessante é estabelecer parcerias com entidades como universidades através do programa de estágio e, por fim, olhar para dentro da própria empresa, buscando enxergar colaboradores com um grande potencial já existente e mantê-los na organização extraindo o máximo do seu talento. Os recursos humanos trazem brilho e criatividade para a empresa. As pessoas planejam e produzem os produtos e serviços, controlam a qualidade, vendem os produtos, alocam os recursos financeiros e estabelecem as estratégias e objetivos para a organização. MILKOVICH, BOUDREAU (2000, p. 19) Capelli (2003) lista alguns pontos importantes para encontrar a pessoa mais adequada à sua empresa: a) analise os funcionários já existentes; b) olhe também para fora da sua organização para trazer novas perspectivas, novas qualificações e experiências; c) saiba que tipo de pessoa você está procurando, a fim de localizar as mais adequadas; d) lembre-se de que o desempenho passado da pessoa no trabalho é o melhor guia para o desempenho futuro; e) lembre-se de que a formação escolar correta + a experiência correta + uma personalidade compatível = funcionário adequado. Michelman (2007) diz que outro fator importante para reter talentos é o feedback dado por parte dos supervisores, pois as pessoas que recebem de seus superiores o menor volume de feedback são justamente os executores de alto desempenho, ou seja, uma ironia, pois deveria ser o contrário. Deve-se ter atenção nesse quesito ao manter seus colaboradores bem informados e atualizados sobre o que estiver ocorrendo na empresa, sejam eles de quaisquer níveis hierárquicos. As empresas sabem que sua rentabilidade melhora quando as pessoas que buscam empregos consideram-nas um empregador diferenciado, esse é o motivo pelo qual elas se dedicam integralmente às atividades cotidianas. Conforme Gil (2008), as empresas estão cada vez mais valorizando o 40 comprometimento das pessoas. Os funcionários comprometidos e talentosos têm sido convocados para fazer parte das soluções e é exatamente neles que as organizações tendem a investir, cabendo a elas identificar, desenvolver e manter esses talentos que, consequentemente, trarão bons resultados organizacionais. Chiavenato (2006) aborda aspectos de que para alcançar todo seu potencial de realizações a organização precisa ter as pessoas adequadas e disponíveis para o trabalho a ser realizado. Em termos práticos, isso significa que todos os gerentes devem estar seguros de os cargos sob suas responsabilidades estão ocupados por pessoas capazes de desempenhá-los adequadamente. Na visão de Ribeiro (2005), o departamento de Recursos Humanos tem um novo papel nas empresas, visando à retenção, valorização e desenvolvimento do capital humano e cita alguns pontos importantes, sendo esses: a) dar suporte às demais unidades da empresa no recrutamento e desenvolvimento de pessoas; b) buscar sempre a diversidade, com o objetivo principal de aumentar o capital intelectual, de modo a garantir a capacidade de atualização e inovação da empresa; c) ver as pessoas e a organização como seres espirituais e ajudá-las a dar o próximo passo de desenvolvimento; d) ter no treinamento a principal ferramenta para retenção do capital humano e desenvolver novas competências para a atual era empresarial. 2.8 Processo de contratação O Processo de contratação inicia-se no momento em que a empresa sente a necessidade de repor, substituir ou aumentar a mão-de-obra requerida para realizar sua atividade cotidiana. Este processo reúne informações a respeito do cargo, solicitações de 41 vários candidatos e as deliberações dos responsáveis pelas decisões, produzindo como resultado novos membros na folha de pagamento da empresa. (CAPPELLI, 2003) Segundo os autores Milkovich, Boudreau (2000), as empresas geralmente recrutam candidatos para as funções específicas. Aqueles que procuram um trabalho costumam escolher uma posição em determinada organização como o próximo passo nesse processo. As pessoas começam pela escolha de sua área ocupacional, o que vai determinar o tipo de função a ser procurada; em seguida, essas pessoas escolhem a organização que oferece trabalho dentro dessa área. Capelli (2003) cita algumas etapas que estão envoltas neste processo, tais como: definição dos requisitos para provimento do cargo, recrutar candidatos promissores, entrevistas, realizar uma avaliação, proposta de contratação e aperfeiçoamento do processo. As empresas atuais estão buscando valorizar este processo como um feedback constante direcionado ao candidato, o valorizando mesmo quando não selecionado em um primeiro momento. Na visão de Chiavenato (2006), o processo de contratação inicia-se em uma análise das necessidades da organização em relação às suas carências de recursos humanos no curto, médio e longo prazo, o que a empresa precisa de imediato e quais são seus planos futuros de crescimento e desenvolvimento, o que significa novos postos de trabalho. Esse levantamento é um ciclo contínuo e constante e deve envolver todos os níveis da organização para retratar suas demanda de pessoal, perfil e características que esses novos colaboradores possam oferecer. Selecionar e Contratar são atividades contínuas e cíclicas, pois estão diretamente relacionadas com os processos de aplicação, recompensa, desenvolvimento, monitoramento e avaliação de pessoas, pois um bom acompanhamento trará bons resultados à organização como um todo. (BATMAN 1998). Gil (2008) cita algumas recomendações importantes no processo de contratação, são elas: a) é mais importante considerar as realizações do que as credenciais do candidato; 42 b) preconceitos de raça, idade e religião devem ser excluídos, pois levam a ver nos candidatos defeitos inexistentes; c) candidatos fortes ameaçam gerentes fracos; d) candidatos super qualificados costumam sentir-se desmotivados no trabalho; e) candidatos finalistas não devem ser dispensados até que o escolhido aceite definitivamente o cargo. O processo de contratação não é importante apenas para a organização, é um envolvimento de comunicação bilateral, pois os candidatos desejam informações precisas sobre como será o trabalho a ser desempenhado. Por outro lado, a empresa deseja saber que tipo de empregado será o candidato, seu perfil, suas experiências, capacidade de comunicação e relacionamento, caso este seja contratado. 2.9 Mantendo os melhores A guerra por talentos e a grande dependência de criatividade e inovação nos negócios acabou impulsionando um modo de atrair, descobrir, desenvolver e reter os talentos de uma empresa. Cabe ao Departamento de Recursos Humanos olhar para essa Gestão de Desempenho com mais ênfase, associando-as com as metas da organização, devendo-se, então, mobilizar mais esforços para tal proposta. Toda grande Organização tem funcionários com desempenho baixo, médio e alto, mesmo assim as empresas não fazem diferenciação entre eles, visto que é necessário concentrar mais esforços nesse sentido, buscando identificar e reter esses talentos existentes. (CAPPELLI, 2003) Os profissionais da área de Recursos Humanos não ignoram que o mercado de mão-de-obra, como todos os mercados, está sujeito à lei da oferta e procura. Também conhecem os custos de uma reposição de pessoal, porém esse conhecimento nem sempre é utilizado nos programas de retenção. Capelli (2003) aborda alguns pontos importantes para identificar pessoas que são importantes e que podem agregar valores: 43 a) representam liderança formal ou informal aos outros; b) criam coerentemente resultados excelentes; c) contribuem com novas ideias práticas e valiosas; d) exigem pouca ou nenhuma supervisão para realizar suas tarefas; e) facilitam o trabalho dos outros, f) possuem conhecimentos ou qualificações únicas e sua substituição seria dispendiosa e demorada; g) poderiam prejudicar muito a empresa, caso se transfiram para seus concorrentes diretos. Se um empregado sabe que pode avançar dentro da empresa, sente-se encorajado para buscar o autodesenvolvimento. (RIBEIRO, 2005) Milkovich, Boudreau (2000) abordam que, em muitas organizações, os indivíduos mais talentosos, sejam eles engenheiros, programadores, cientistas, ou vendedores, enfrentam um dilema: eles podem ser excelentes no desempenho de suas funções técnicas, porém não tenham condições de assumir uma função de liderança. Cabe, então, à alta administração identificar quais destes potenciais talentos têm realmente chances de tornarem-se grandes executivos; deve, então, dispor de recursos para manter este capital humano na empresa e desenvolvê-lo. Para manter um bom funcionário na empresa primeiramente deve ter sido realizado um programa de recrutamento e seleção eficaz, filtrando aqueles candidatos com o perfil mais adequado à empresa e à função a ser exercida, potencializando, assim, as chances de acerto. Depois de contratado e ambientado com o novo posto e identificado nele um talento que possa render bons resultados à empresa deve-se proporcionar condições para que o mesmo tenha oportunidade de crescimento e desenvolvimento, criando um vínculo forte com este colaborador. 2.10 Desenvolvendo os talentos já existentes O desenvolvimento de funcionários é uma maneira de a empresa alcançar suas metas com eficácia, podendo preencher os cargos vagos com 44 outras pessoas já existentes na organização. Uma alternativa é a preparação de pessoas no quadro interno de funcionários para ocuparem as vagas à medida em que surgirem. Desenvolvimento é o processo de longo prazo para aperfeiçoar as capacidades e motivações dos empregados a fim de torná-los futuros membros valiosos da organização. O desenvolvimento inclui não apenas o treinamento, mas também a carreira e ou outras experiências. (MILKOVICH, BOUDREAU 2000, p. 338) Segundo Capelli (2003), o desenvolvimento de funcionários tem vários benefícios importantes para as empresas, tais como: a) aumentam o valor dos ativos humanos da empresa, que são considerados os mais importantes em um número cada vez maior de setores; b) garante que as pessoas competentes estarão preparadas e aptas a ocupar as vagas melhores quando elas surgirem; c) cria um grupo de pessoas que compreende a empresa e o setor e estão preparadas para assumir cargos de comando à medida que a empresa crescer; d) contribui para uma retenção efetiva. Muitas empresas consideram o desenvolvimento de funcionários um bom investimento, pois eles ficam informados e eficientes, por sua vez, deixando os clientes mais satisfeitos. Um dos fatores mais importantes que possa cativar um funcionário é a capacidade e oportunidade de este adquirir novas habilidades, isso o estimula e o motiva, tendo como consequência bons resultados para a empresa. Conforme Gil (2008), o sistema de manutenção ou recompensa abrange todas as atividades realizadas com a finalidade de criar condições ambientais e psicológicas satisfatórias para a atuação das pessoas. Chiavenato (2002) diz que o sucesso de uma organização depende do desempenho e das competências das pessoas, principalmente daquelas que trabalham com o conhecimento, pois este desempenho organizacional está relacionado ao individual e ao coletivo. Fica claro que os resultados de toda e qualquer organização está diretamente ligado as suas equipes, dependendo necessariamente do conhecimento. As organizações bem sucedidas são aquelas que sabem gerar, 45 divulgar, compartilhar e desenvolver este conhecimento através de seus colaboradores. Gil (2008) diz que o sistema de capacitação ou de desenvolvimento trata das atividades destinadas a capacitar e desenvolver profissionais que já atuam na organização. Na visão de Chiavenato (2006), o desenvolvimento de um indivíduo baseia-se em uma filosofia de respeito ao homem: o ser humano tem aptidões para produtividade, as quais podem permanecer inativas se o ambiente em que vive e trabalha lhe é restrito e hostil, impedindo o crescimento e a expansão de suas potencialidades. Esse desenvolvimento enfatiza a interação intensa e democrática entre pessoas e organização para alcançar a administração participativa, buscando cativar e extrair o potencial máximo dos colaboradores. Partindo do pressuposto de que é plenamente possível que as metas dos indivíduos se integrem com os objetivos da organização em um plano em que o significado do trabalho seja estimulante e gratificante e comporte possibilidades de desenvolvimento pessoal, as empresas devem mobilizar esforços nesse sentido, buscando maximizar os talentos já existentes internamente. 2.11 Plano de carreira Plano de carreia é o processo pelo qual o funcionário estabelece seu itinerário, onde chegará e o que isso proporcionará em sua carreira, sendo necessária uma análise de suas principais características, como: aptidões, competências, identidade, características e valores. Estas análises irão ajudar a definir a sua carreira e seus objetivos, traçando a estratégia eficaz para agir e alcançá-la. Carreira significa a seqüência de posições e atividades desenvolvidas por uma pessoa ao longo do tempo em uma organização. Tradicionalmente as empresas elaboram um plano de carreiras para preparar as pessoas no sentido de ocuparem cargos gradativamente mais altos dentro da hierarquia da organização. (CHIAVENATO, 2006, p. 227) 46 A ideia de um plano de carreira consiste em motivação e desempenho necessários para alcançá-la. Com isso, o profissional deve estar alinhado com o plano da empresa para que cresçam juntos com o mesmo objetivo, construindo um plano de carreira adequado. O funcionário que possui um plano de carreira é mais focado nos seus objetivos, age mais rápido, é mais dedicado, busca maior conhecimento, trabalha melhor em equipe e tem melhor qualidade. Quando o funcionário tem um plano de carreira e não recebe apoio da empresa, causando a insatisfação do mesmo, a empresa correndo o risco de perdê-lo para a concorrência. Portanto, é importante que a empresa tenha uma estrutura para acompanhar, motivar e orientar o plano de carreira dos seus funcionários. Quando isso acontece na empresa, todos saem ganhando. Partindo desta premissa, o autor compara o plano de carreira a uma estrada que não existe, na verdade, um caminho plano, asfaltado e conservador que proporcionará o sucesso pessoal e profissional a quem o trilhar. Pelo contrário, o plano de carreira é fruto de uma seqüência de eventos não tão simétricos, estando, portanto, em constante construção e infelizmente, muitas vezes em “desconstrução”. (CHIAVENATO, 2006, p.124) 2.12 Tendências do plano de carreira O plano de carreira deve vir de acordo com a missão e a visão da empresa, que por sua vez, o profissional irá buscar as suas conciliações entre os fatores que favorecem para seus respectivos interesses profissionais. Isso acontece porque as pessoas têm interesses semelhantes ao da vida pessoal para certas competências e experiências. Com um mercado cada vez mais exigente, o profissional deve estar apto a exercer as funções de modo seguro e eficaz, tendo cada vez mais condições de se instalar no processo, o que é de suma importância para a empresa e para o empregado. Segundo Milkovich (2008), as empresas estão hoje passando por reestruturações fundamentais. Em muitas delas, a hierarquia tradicional acabou substituída por equipes flexíveis, menos níveis hierárquicos, aumento da 47 responsabilidade individual pelo desenvolvimento da carreira e diminuição do compromisso, o que deve prover estabilidade no emprego e nas carreiras. O que é carreira hoje? Certamente, nem sempre significa uma progressão ordenada de papeis funcionais em determinada área, cada qual trazendo maior responsabilidade e poder decisório. A carreira no futuro, provavelmente, será o trabalho em diversas organizações, englobar duas ou três ocupações diferentes e depender muito mais da capacidade do indivíduo de criar seu caminho das tradições da organização. Alguns podem achar esse novo mundo mais áspero, mas, para aqueles que se adaptarem, ele trará imensa flexibilidade e novas oportunidades. 2.13 Vantagens e desvantagens O plano de carreira compõe muitos pontos positivos para que a empresa obtenha os melhores profissionais, sendo assim devem-se tomar alguns cuidados para diminuir suas limitações. Lacombe (2005) diz que o problema é que a maioria das pessoas não tem o conhecimento preciso dos seus interesses, sendo descritos oito: a) aplicação de tecnologia; b) uso de análise quantitativa; c) desenvolvimento de tecnologia; d) produção criativa; e) aconselhamento e educação; f) administração de relações pessoais; g) poder e controle empresarial; h) influência por meio de linguagem e de ideias. Conforme Araujo (2008), as vantagens da utilização baseiam-se em: a) retenção de talentos: a partir do momento em que a organização apresenta perspectivas de desenvolvimento às pessoas, elas se sentem motivadas a prosseguir na própria organização, gerando uma diminuição da rotatividade de pessoas; 48 b) motivação de pessoal eficaz e eficiente: ao se ter um sistema de administração de carreiras, o gestor da área de pessoas dominará as informações essenciais para a ocupação de determinada posição. Sendo assim, dificilmente pessoas incapacitadas serão remanejadas, promovidas para exercer tal função; c) identificação do perfil necessário: não só voltado para as necessidades atuais da organização, mas também para as futuras necessidades. Este fato não é difícil de ser deduzido, na medida em que se está tratando de planejar carreiras, processo que tem como objetivo assegurar o dinamismo e a transparência, além de servir como alicerce para as demais atividades integrantes da gestão de pessoas. Essa é uma tarefa difícil para o gestor de pessoas, que terá que identificar o perfil das posições da organização, juntamente com seu pessoal, o que demonstra que terá que ter intimidade com posições que não fazem parte de seu repertorio profissional. Porém, o gestor de pessoas, que vem buscando a ação estratégica, tem que ser capaz de identificar os perfis necessários a toda organização. Araujo (2008) também cita as desvantagens da utilização: a) pré- requisitos rigorosos: tais pré- requisitos podem vetar, para determinadas carreiras, pessoas capacitadas que não se enquadrem em algumas das fortes exigências requeridas. É possível identificar o rigor dos pré-requisitos quando o número de pretendentes a determinado cargo é muito pequeno ou quando nos testes de ingresso não são atingidos os resultados adequados. O gestor de pessoas tem de estar sempre atento a essas possíveis circunstâncias; b) limite de ocupação: na medida em que a organização apresenta as alternativas de crescimento para as pessoas da organização, estas deverão procurar se enquadrar a esta nova realidade ou procurar outra organização que melhor se adapte à sua competência, mais especificamente da competência do indivíduo em sintonia com as alternativas que a empresa lhe oferece; c) necessidade de permanente atualização do processo para que os requisitos de cada posição estejam condizentes com a realidade 49 mutante da organização. A palavra-chave para entender este tópico como limitação é permanente, pois torna a atualização algo rotineira e requer um maior investimento e muitos cuidados. Por mais que isso possa parecer mais vantajoso, torna-se um processo complexo e perigoso, no qual atualizações mal realizadas podem prejudicar todo o esforço, seja por meio de remanejamentos equivocados, seja por meio de um não-recrutamento de pessoas capacitadas, às quais se enquadrariam no perfil ideal. 2.14 Estrutura Segundo Carvalho, Nascimento (1999), para um bom plano de carreira eficiente e estruturado, é preciso: a) propiciar carreiras compatíveis de acordo com as necessidades de mão-de-obra definidas no planejamento do RH; b) permitir que os funcionários estejam motivados para o trabalho face a ascensão que lhes é oferecida pela empresa; c) assegurar que a política de formação e desenvolvimento de carreira seja transparente e dinâmica; d) garantir que a direção da empresa possa utilizar o desenvolvimento da carreira como um instrumento efetivo de administração integrada. Cada vez mais deve-se preocupar com cada um dos profissionais, devido as suas necessidades, podendo manter um ótimo relacionamento e viabilizando o crescimento de forma que seja favorável aos envolvidos. 2.15 Planejamento de carreira Segundo Milkovich (2008), a âncora de carreira é um autoconceito baseado em diferentes motivações e habilidades ocupacionais. Esse 50 autoconceito orienta, estabiliza e integra as experiências profissionais de uma pessoa. Com essa definição, o autor relata os papeis funcionais que estão relacionados à âncora, para que eles possam se mover em torno dela, desenvolvendo as competências técnicas e funcionais e as competências gerenciais. a) competências técnica/ funcional. A orientação primária dessas pessoas é o trabalho que já realizam e o fato de que pretendem continuar usando e desenvolvendo essas habilidades. Elas evitam mudanças que as afastem de suas competências estabelecidas ou que as levem para funções administrativas, preferindo o crescimento por meio do aumento da capacitação técnica em vez de crescimento na estrutura organizacional. Um bom exemplo disso seria um engenheiro que pretenda desenvolver um semicondutor e não tem a menor intenção de supervisionar o trabalho dos outros; b) competência gerencial. A orientação primária dessas pessoas é desenvolver suas habilidades gerenciais interpessoais, sua competência analítica e emocional necessária nos altos escalões da administração. As aspirações gerenciais estão fortemente relacionadas com as âncoras da carreira e com as atividades específicas, tais como: desenvolvimentos de contatos para a carreira, desenvolvimento de habilidades organizacionais especificas e acomodação às expectativas dos superiores. 2.16 Objetivos do plano de carreira Saber o que realmente o profissional deseja ser torna mais fácil o entendimento das oportunidades no recrutamento e os envolvidos avaliam melhor seus potenciais para a carreira. Buscando agir dessa forma, conseguese um melhor aproveitamento do quadro de funcionários nos planos de sucessão. 51 Greenhaus (1999) define a gestão da carreira como um processo pelo qual o indivíduo desenvolve, implementa e monitora metas e estratégias de carreiras. Com isso, traz a melhoria desses processos através de uma gestão estruturada de carreira, resultando em indivíduos mais realizados e produtivos. Martins (2001) complementa essa definição demonstrando a importância da continuidade desse processo ao longo do tempo. Para isso, seria necessário o indivíduo seguir algumas premissas básicas, como: coletar informações sobre o indivíduo e sobre o mundo do trabalho: traçar um perfil detalhado de suas características de personalidade, interesse e aptidões, bem como: alternativas metas realistas, baseadas nessas informações e implementar uma estratégia para o alcance das metas. 2.17 Fundamentos para implantação Segundo Dutra (1996), há por parte das pessoas uma natural resistência ao planejamento de suas vidas profissionais, tanto pelo fato de encararem a trilha profissional como algo dado, quanto pelo fato de não terem tido qualquer estímulo ao longo de suas vidas. Dutra (1996) diz que a resistência individual é ainda muito grande no Brasil, as pessoas tendem a guiar carreiras mais pelos apelos externos, tais como: remuneração, status, prestígio e outros, do que por preferência pessoal. As pessoas tornam-se naturalmente mais preocupadas em planejar suas carreiras, buscando orientação, métodos e instrumentos que os ajudem nesse processo, em momentos de crise e escassez de emprego. Outro fator que estimula o planejamento de carreira é a antevisão da pressão do ambiente social sobre as pessoas, seguindo alguns argumentos, como: o aumento da diversificação das oportunidades profissionais ocasionadas pelos movimentos de maior complexidade organizacional e tecnológica das empresas, de revisão das estruturas organizacionais e da diversificação do mercado de produtos e serviços. 52 De acordo com Dutra (1996), as empresas seguem exigindo das pessoas posicionamento cada vez mais conscientes quanto a sua trajetória profissional: a) a disseminação cada vez maior da ideia de que as pessoas são capazes de influenciar suas carreiras, tanto no setor público quanto no setor privado e; b) a valorização social: contínuo crescimento da mobilidade, da flexibilidade e da notoriedade. Esse tipo de valorização pressiona as pessoas a competirem consigo mesmas, a estarem revendo suas expectativas e necessidade. Um plano bem elaborado consegue fornecer as diretrizes, normas e procedimentos a serem adotados pela empresa para sustentar a gestão salarial. A vantagem dessa implantação é a definição clara da relação vertical existente entre os níveis hierárquicos e o ajuste dessa relação à realidade de mercado. Esse ajuste define possíveis “árvores de acesso” para planos de carreira e direciona planos de sucessão. Já a falta de um plano de carreira pode gerar insatisfação nos colaboradores, pois fica claro sob quais critérios suas promoções foram estabelecidos. 2.18 Sistema de remuneração A remuneração é todo dinheiro recebido pelo funcionário em troca do trabalho prestado, incluindo salários, comissões, participação nos lucros e demais premiações. De acordo com Araujo (2008), os tipos de remuneração são: remuneração direta (salários), remuneração variável (participação nos lucros, comissões, premiações, etc.) e remuneração indireta (benefícios sociais). A remuneração total corresponde pelo conjunto de todos os tipos de remunerações citadas. 53 Segundo Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2004), entende-se por remuneração o conjunto de vantagens que uma pessoa recebe em contrapartida pela prestação de um serviço. A maioria das empresas brasileiras utiliza ainda o sistema ortodoxo de remuneração, que é composto de: a) salário-base; b) adicionais legais; c) horas extras; d) benefícios. 2.19 Salário O salário é a quantia monetária recebida periodicamente pelo empregado em troca dos serviços prestados às empresas, sendo ele o maior elo entre empresa e empregado. O salário tem sido o principal elemento de ligação entre organizações e trabalhadores. Outros fatores importantes existem, sem dúvida, nessa relação, porém o que “fala mais alto” tem sido o salário. Essa é a constatação concreta que temos feito ao longo dos anos, apesar de todas as transformações que vêm ocorrendo nesse tempo. (PASCHOAL, 2001, p.3) O salário não deve ser visto como fator motivacional, embora muitas pessoas vejam dessa maneira, pois a motivação deve vir através de trabalhos bem executados e reconhecidos. Para as empresas e os empregados, o salário sempre será motivo de discussão. Se por um lado ele representa uma grande parte do centro de custos das empresas; por outro é, geralmente, o principal meio pelo qual as famílias conseguem suprir suas necessidades. As questões salariais devem ser tratadas com muita seriedade pelos administradores das empresas. Empresas que não possuem uma política salarial bem estruturada, onde há grandes diferenças salariais, às vezes até para o mesmo cargo, podem permitir que se crie um clima de desmotivação em seu interior e uma imagem negativa para a sociedade como um todo. Segundo Paschoal (2001), o salário deve ser: a) justo internamente; 54 b) competitivo externamente; c) compatível com as condições econômicas das organizações. Segundo Araujo (2008), os salários podem ser classificados como: salário nominal (ou bruto); salário efetivo (ou líquido); salário complessivo (bruto mais adicional); salário profissional (expresso na lei e destinado a algumas profissões). 2.20 Benefícios Atualmente as empresas precisam oferecer mais do que salários atrativos, precisam oferecer também benefícios que atraiam mais pessoas qualificadas. De acordo com Milkovich (2008), benefícios são os aspectos diretos da remuneração total dos empregados; eles incluem remuneração fora do trabalho, pagamento de seguro e assistência médica, serviços aos empregados e renda de aposentadoria. Chiavenato (2008) define os benefícios em legais e espontâneos. Benefícios legais são exigidos pela legislação trabalhista ou previdenciária, ou ainda por convenção coletiva entre sindicatos. Os principais são: a) férias; b) 13º Salário; c) Aposentadoria; d) seguro de acidentes de trabalho; e) auxílio doença; f) salário família; g) salário maternidade; h) etc. Benefícios espontâneos são benefícios concedidos por mera liberalidade das empresas, já que não são exigidos por lei, nem por negociação coletiva. Os principais são: a) gratificações; b) refeições subsidiadas; 55 c) transporte subsidiado; d) seguro de vida em grupo; e) empréstimos aos funcionários; f) assistência médico-hospitalar diferenciada mediante convênio; g) complementação de aposentadoria ou plano de seguridade social. Para que os planos de benefícios tenham realmente valor devem ser estabelecidos após acordos coletivos e adequados as reais necessidades dos funcionários, satisfazendo suas necessidades financeiras e sociais. 2.21 Planos de incentivo Os planos de incentivo consistem no pagamento de adicionais ou bônus para os funcionários ou setores que atingirem as metas e/ou objetivos estabelecidos pela empresa. Segundo Chiavenato (2004), em uma era de competitividade, a remuneração fixa tornou-se insuficiente para motivar e incentivar as pessoas, promover o comportamento pro ativo e empreendedor na busca de metas e resultados excelentes. Para incrementar as relações e intercâmbio com seus colaboradores, as empresas estão utilizando planos de incentivo. Os principais planos de incentivo mais comum são: a) plano de bonificação anual; b) distribuição de ações; c) opção de compra de ações; d) participação nos resultados; e) remuneração por competência; f) distribuição do lucro. 2.22 Avaliação de desempenho 56 A avaliação de desempenho está presente em todas as empresas, pois os funcionários estão sendo avaliados a todo o momento, seja pelos seus superiores ou até mesmo pelos colegas de trabalho, mesmo que não haja um programa específico para isso. Segundo Milkovich (2008), avaliação de desempenho é o processo que mede o desempenho do empregado. O desempenho do empregado é o grau de realização das exigências de seu trabalho. De acordo com Lacombe (2005), um bom sistema deve ser: a) confiável e válido: baseado em resultados obtidos; b) relacionado ao trabalho: considerar o que é relevante para o trabalho; c) padronizado: permitir comparações entre as avaliações; d) prático: simples de ser executado. 2.23 Métodos de avaliação Os métodos de avaliação são próprios de cada empresa, no entanto, existem alguns que estão presentes na maioria delas. São eles: relatórios verbais; relatórios escritos, escalas gráficas, método de escolha forçada, método de pesquisa de campo e método de incidentes críticos. 2.24 Vantagens De acordo com Araujo (2008), as principais vantagens de um sistema de avaliação de desempenho devem ser: a) possibilitar a descoberta de talentos; b) facilitar o feedback às pessoas da organização; c) auxiliar o direcionamento dos esforços da organização; d) auxiliar o aprimoramento da qualidade de vida; e) situar as pessoas na estrutura organizacional; 57 f) incentivar a utilização do coaching. 2.25 Limitações De acordo com Araujo (2008), as principais vantagens de um sistema de avaliação de desempenho devem ser: a) servir de justificativa para discussões salariais; b) tratar-se um processo vulnerável; c) haver uma tendência à exclusão dos não envolvidos diretamente; d) dificuldade de manter as avaliações periódicas; e) dificuldade de avaliação em grupo. 2.26 Implantação do plano de cargo Para implantação de um plano de cargo é de suma importância a relação com a visão e missão da empresa, vendo que isto possa ter um impacto positivo em seus resultados, sendo assim, deve-se conhecer muito bem seu quadro de funcionários e seu organograma. Conforme Chiavenato (2002), cargo é um composto de todas as atividades desempenhadas por uma pessoa, que podem ser englobadas em um todo unificado, ocupando uma posição formal na estrutura da organização. A finalidade de uma implantação de um plano de cargo é criar condições de melhor aproveitamento do setor de recursos humanos, tendo assim a criação de política salarial. De acordo com Milkovich, (2008) os sistemas de pagamentos podem ser projetados para atingir um grande número de objetivos, entre eles: a) Melhorar a produtividade e a satisfação do cliente; b) Controlar os custos; c) Tratar os empregado com justiça; d) Atender as exigências legais; 58 e) Aperfeiçoar o desempenho individual ou de equipe. Segundo Araujo (2008), apresentar ontem e hoje a atividade de cargos e salários é importante para que se faça um paralelo e um pequeno resumo das diversas mudanças necessárias nesse novo mundo de gestão de pessoas. 2.27 Cargos O cargo consiste na descrição das funções que os funcionários desempenham nas empresas. A descrição deve ser simples e objetiva, representando fielmente a ocupação do funcionário. O cargo é uma composição de todas as atividades desempenhadas por uma pessoa – o ocupante – que podem ser englobadas em um todo unificado e que figura em certa posição formal do organograma da empresa. Assim, para desempenhar as suas atividades, a pessoa que ocupa um cargo deve ter uma posição definida no organograma. (CHIAVENATO, 2008, p.199) A descrição de cargos é muito importante para a empresa, pois através dela consegue-se atrair pessoas diretamente para assumir posições-chave, diminuindo o tempo perdido em avaliações às vezes desnecessárias. De acordo com Chiavenato (2008), cada cargo exige certas competências do seu ocupante para que seja bem desempenhado. Essas competências variam conforme o cargo, nível hierárquico e área de atuação. Na descrição dos cargos devem estar bem definidas quais as funções que o ocupante irá executar, quais os métodos e processos, a quem irá se reportar e a quem irá supervisionar. Segundo Paschoal (2001), o levantamento cuidadoso das ocupações é fundamental para se elaborar uma boa descrição. Esse trabalho pode ser feito de diferentes maneiras, cada qual com suas aplicações, vantagens e restrições. As formas mais usuais são: entrevista, questionário e observação. 2.28 Classificação Brasileira de Ocupações 59 A CBO é o documento que reconhece, nomeia e codifica os títulos e descreve as características das ocupações do mercado de trabalho brasileiro. Sua atualização e modernização se devem às profundas mudanças ocorridas no cenário cultural, econômico e social do País nos últimos anos, implicando alterações estruturais no mercado de trabalho. A nova versão contém as ocupações do mercado brasileiro, organizadas e descritas por famílias. Cada família constitui um conjunto de ocupações similares correspondente a um domínio de trabalho mais amplo que aquele da ocupação. 60 CAPÍTULO III A PESQUISA 3 INTRODUÇÃO O AmigãoLins Supermercados Ltda atua no mercado alimentício, a empresa foi fundada pelos sócios Jorge Ignácio dos Santos Júnior e Valdir da Silva Bressan que sempre possuíram perfil empreendedor e contam com uma vasta experiência profissional, fatores esses que colaboraram para que a união e objetivo comum criasse um empreendimento moderno e diferenciado de tudo que a região oferecia no seguimento supermercadista. Observando e acreditando no potencial de crescimento da cidade e do seu próprio negócio, Sr. Júnior tinha o desejo de construir um supermercado que possuísse no mesmo espaço físico, lojas, casa lotérica, restaurante, sorveteria, livraria, entre outras, fazendo com que o cliente mais tempo nas lojas e realize diversas operações, além das compras. O primeiro empreendimento foi inaugurado em 23 de dezembro de 2003, na Rua Olavo Bilac, 62, Lins, interior de São Paulo, ocasionando a criação de 257 vagas de trabalho. Com o sucesso do empreendimento, os sócios decidiram expandir o negócio, sendo inaugurada em 06 de setembro de 2006 uma filial em Lins. Os resultados positivos alcançados pela empresa possibilitaram o investimento em outros municípios, em 30 de abril de 2007 foi inaugurada a maior loja da rede, situada na Avenida Walter Antonio Fontana, 1.300, Vila Claúdia, na cidade de Assis, interior de São Paulo. Hoje a rede é composta por nove lojas, sendo três em Lins, uma em Araçatuba, uma em Assis, duas em Birigui e duas em Promissão. Para verificar a importância do Recrutamento Interno na seleção de colaboradores bem como no planejamento de carreira, foi realizada uma pesquisa na empresa Amigãolins Supermercados Ltda. Para a realização da pesquisa, foram utilizados os seguintes métodos e 61 técnicas: Métodos: a) método de estudo de caso: foram realizados estudos de caso, analisando aspectos voltados para o processo de recrutamento e seleção; b) método de observação sistemática: foram observados, analisados e acompanhados os procedimentos aplicados a gestão de pessoas, recrutamento interno e externo como suporte para desenvolvimento do estudo de caso; c) método histórico: foram observados os dados e evolução da história do AmigãoLins Supermercados/ atração e retenção de talentos, através do recrutamento e seleção, como suporte para desenvolvimento do Estudo de Caso. Técnicas As técnicas utilizadas para a pesquisa foram: a) Roteiro de Estudo de Caso (Apêndice A); b) Roteiro de Observação Sistemática (Apêndice B); c) Roteiro do Histórico do Amigão Supermercados Ltda. (Apêndice C); d) Roteiro de entrevista para o Diretor Administrativo (Apêndice D); e) Roteiro de entrevista para o Gerente Geral (Apêndice E); f) Roteiro de entrevista para o Gerente Rec. Humanos (Apêndice F); g) Roteiro de entrevista para o Gerente de Loja (Apêndice G). 3.1 Relato e discussão sobre recrutamento e seleção com foco no recrutamento interno na empresa Através da pesquisa descritiva foi possível identificar características tanto dos colaboradores, quanto do Recursos Humanos sobre a importância de um plano de carreira formal e de um modelo formal e estruturado para avaliação de desempenho dentro da organização. 62 A pesquisa descritiva tem como objetivo: Promover estudo, análise, registro e interpretação dos fatos do mundo físico, sem a interferência do pesquisador. Geralmente solicitada por empresas comerciais, institutos pedagógicos e partidos políticos. Geralmente os dados são coletados pela aplicação de entrevista, questionário e observação. Exemplo: pesquisa de opiniões, mercadológicas político-partidárias, níveis de escolaridade, níveis sócio-econômicos, condições da moradia. (FERRÃO, 2003, p.80) Utilizou-se a pesquisa de campo para se ter conhecimento real e detalhado do processo de recrutamento e seleção de pessoas no Amigãolins supermercados Ltda. É utilizada para gerar conhecimentos relativos a problemas, testar uma hipótese, ou provocar novas descobertas em uma determinada área. Ela pode ser quantitativo-descritiva, exploratória e experimental. Baseia-se em projetos de pesquisa que determina as hipóteses, os objetivos e a metodologia utilizada para efetuar as observações controladas, as variáveis a serem observadas e analisadas, a amostragem a(s) técnica(s) de coleta de dados, a preparação das informações e a(s) análise(s) estatística(s). (FERRÃO, 2003, p.80) 3.2 Apresentação e análise dos dados A pesquisa foi realizada de forma direta com os colaboradores, com O apoio do departamento de RH, onde eles responderam a entrevista com atenção e sinceridade nas respostas. No contato com os colaboradores, pôdese averiguar de uma maneira sadia o ambiente na empresa, proporcionando conhecimentos e vivenciando, na prática, a teoria estudada. No decorrer do mês agosto de 2011 foram distribuídos 25 questionários aos colaboradores de vários setores, cargos e níveis de escolaridade, com a finalidade de avaliar a opinião dos mesmos em relação política de recursos humanos adotados pela empresa. Os questionários foram respondidos sem que houvesse a necessidade do entrevistado se identificar, o que transforma os dados contidos na pesquisa bem próximos da realidade e das necessidades dos colaboradores da empresa. A pesquisa contém 16 questões cujos resultados são apresentados a seguir: 63 Tabela 1: Você tem conhecimento da política de desenvolvimento e aproveitamento dos funcionários para cargos mais elevados que surgem na estrutura? ITEM FREQ. NUM. FREQ. % SIM 8 32 NÃO 17 68 TOTAL 25 100% Fonte: Elaborado pelos autores, 2011. Na tabela 1 em relação ao conhecimento sobre a política do desenvolvimento, 68% dos entrevistados disseram não conhecer e 32% disseram conhecer. Tabela 2: As vagas que surgem na estrutura são preenchidas prioritariamente com funcionários do quadro existente? ITEM FREQ. NUM. FREQ. % SEMPRE 4 16 ÀS VEZES 16 64 ESPORADICAMENTE 1 4 NUNCA 4 16 TOTAL 25 100% Fonte: Elaborado pelos autores, 2011. Os entrevistados indicam com 64 % que, apenas às vezes, as vagas que surgem são preenchidas com funcionários da própria empresa, 16 % disseram nunca ocorrer o preenchimento dessas vagas pelos próprios funcionários, mesmo percentual dos que responderam sempre. Já para 4% dos entrevistados, as vagas que surgem são preenchidas esporadicamente pelos atuais funcionários da empresa. Através da análise desses números nota-se que ainda há uma valorização da mão de obra externa, mas que com o aquecimento da economia e adoção de técnicas que desenvolvam o capital humano, com certeza teremos maior aproveitamento dos atuais funcionários. 64 Tabela 3: Existe o desenvolvimento de funcionário visando a agregação de competências e habilidades para os preenchimentos de vagas futuras? ITEM FREQ. NUM. FREQ. % SEMPRE 4 16 ÀS VEZES 11 44 ESPORADICAMENTE 5 20 NUNCA 5 20 TOTAL 25 100% Fonte: Elaborado pelos autores, 2011. Observa-se na tabela 3 que as para 44% dos entrevistados, o desenvolvimento dos funcionários visando a agregação de competências e habilidades para os preenchimentos de vagas futuras ocorre somente às vezes, para 20% ocorrem esporadicamente e nunca e , para apensas 16% dos entrevistados, esse desenvolvimento ocorre sempre. Tabela 4: O surgimento de vagas em nível superior é oferecido aos funcionários internos? ITEM FREQ. NUM. FREQ. % SEMPRE 3 12 ÀS VEZES 17 68 ESPORADICAMENTE 5 20 NUNCA 0 0 TOTAL 25 100% Fonte: Elaborado pelos autores, 2011. Na tabela 4 foi observado que as vagas em nível superior são oferecidas aos funcionários internos, no entanto, para 68% dos entrevistados essas vagas são oferecidas às vezes, já para 20% dos entrevistados essas mesmas vagas são oferecidas esporadicamente e, para somente 12% essas vagas são oferecidas sempre. Nota-se que as vagas em nível superior são oferecidas aos funcionários atuais da empresa, no entanto, os números apresentados ainda são pequenos. 65 Tabela 5: Há alguma forma estruturada de avaliação de seu desempenho com o feedback sobre seus pontos fortes e fracos? ITEM FREQ. NUM. FREQ. % SEMPRE 2 8 ÀS VEZES 6 24 ESPORADICAMENTE 5 20 NUNCA 12 48 TOTAL 25 100% Fonte: Elaborado pelos autores, 2011. Observa-se na tabela 5 que para 48% dos entrevistados não há algum tipo de avaliação de desempenho com feedback sobre pontos fortes e fracos, no entanto, 20% e 24% dos indivíduos que participaram da pesquisa afirmam que essa avaliação ocorre esporadicamente e nunca respectivamente. Nota-se que para 8% dos entrevistados, sempre há avaliação de desempenho com feedback. Tabela 6: Na estrutura existe algum tipo de avaliação informal efetuada por sua gerência? ITEM FREQ. NUM FREQ. % SEMPRE 5 20 ÀS VEZES 9 36 ESPORADICAMENTE 3 12 NUNCA 8 32 TOTAL 25 100% Fonte: Elaborado pelos autores, 2011. Na tabela 6 observa-se que para 20% dos entrevistados sempre há avaliação informal pela sua gerência, já para 36% essa mesma avaliação informal ocorre somente às vezes e 12 % afirmam ocorrer esporadicamente. Admiravelmente, 32% dos entrevistados afirmaram nunca haver avaliação informal pela sua gerência. 66 Tabela 7: A empresa conta com área especializada para a orientação de carreira através de acompanhamento e aconselhamento? ITEM FREQ. NUM FREQ. % SEMPRE 2 8 ÀS VEZES 4 16 ESPORADICAMENTE 4 16 NUNCA 15 60 Fonte: Elaborado pelos autores, 2011. Verifica-se na tabela 7 que para 60% dos colaboradores entrevistados, a empresa não possui área especializada para orientação de carreira, 32% disseram serem aconselhados esporadicamente e às vezes e, 8% disseram sempre haver esse tipo de aconselhamento. Tabela 8: Sua chefia efetua o aconselhamento de carreira orientando-o para agregação de competências e habilidades visando cargos futuros? ITEM FREQ. NUM FREQ. % SEMPRE 4 16 ÀS VEZES 11 44 ESPORADICAMENTE 1 4 NUNCA 9 36 TOTAL 25 100% Fonte: Elaborado pelos autores, 2011. Nota-se na tabela 8 que para 36% dos entrevistados há necessidade de aconselhamento da chefia para orientação de agregação de competências e habilidades, para 44% dos entrevistados esse tipo de aconselhamento acontece às vezes, já para apenas 4% esses aconselhamentos são feitos esporadicamente. Para 16% dos entrevistados sempre há esse tipo de aconselhamento por parte de sua chefia. Apesar de termos um percentual considerável dos que responderam nunca, percebe-se que a chefia procura aconselhar seus subordinados com orientações sobre carreira. Mesmo que 67 isso não ocorra sempre, é extremamente importante para o clima organizacional essa troca de informações entre superiores e subordinados. Tabela 9: A empresa mantém alguma forma de incentivo ao estudo formal através de bolsas ou subsídios? ITEM FREQ. NUM FREQ. % SIM 4 16 NÃO 21 84 TOTAL 25 100% Fonte: Elaborado pelos autores, 2011. Na tabela 9 ao serem questionados sobre os incentivos aos estudos através de bolsas ou subsídios oferecidos pela empresa, a grande maioria, com 84%, disseram não haver ou não receber algum incentivo. No entanto, 16% dos entrevistados afirmaram existir ou receber algum tipo de beneficio educacional. Tabela 10: A agregação de novos conhecimentos através de cursos especializados lhe confere um diferencial de status na empresa? ITEM FREQ. NUM FREQ. % SIM 12 48 NÃO 13 52 TOTAL 25 100% Fonte: Elaborado pelos autores, 2011. Na tabela 10 constata-se que 48% dos entrevistados disseram que cursos especializados e novos conhecimento lhes conferem um diferencial de status na empresa, já 52% dos entrevistados, percentual bem aproximado, disseram que tais cursos e conhecimento não lhes conferem diferencial. Embora essa tabela apresente resultados semelhantes, a maior parte dos entrevistados ainda não se sente reconhecida pela busca de novos conhecimentos. 68 Tabela 11: Que tipo de treinamento é efetuado na empresa? ITEM FREQ. NUM FREQ. % OPERACIONAIS 12 48 CARREIRA 3 12 DESENVOLVIMENTO 2 8 NÃO HÁ 8 32 TOTAL 25 100% Fonte: Elaborado pelos autores, 2011. Na tabela 11, em se tratando sobre os tipos de treinamento efetuados na empresa, constatou-se que 48% ocorrem nos níveis operacionais e para 32% dos entrevistados não há nenhuma espécie de treinamento. Já para 20% dos entrevistados os treinamentos são para carreira e desenvolvimento, o que mostra que a empresa se preocupa com o desenvolvimento de seus colaboradores, pois a maioria recebe algum tipo de treinamento, embora o número de funcionários que afirma não receber treinamentos seja relativamente alto. Tabela 12: Quais são as perspectivas de trabalhar na empresa? ITEM FREQ. NUM FREQ. % 1 ANO 5 20 2 A 3 ANOS 3 12 MAIS DE 3 ANOS 17 68 TOTAL 25 100% Fonte: Elaborado pelos autores, 2011. Na tabela 12 verifica-se que as perspectivas de tempo para se trabalhar na empresa são grandes para a maioria, onde 68% dos entrevistados disseram querer ficar na empresa por mais de três anos. Já para 20% dos entrevistados, a perspectiva é permanecer na empresa por um ano e, para apenas 12% a intenção é trabalhar na empresa em um período de dois a três anos. Esses números demonstram a vontade por parte dos funcionários de crescer e se desenvolver na empresa. 69 Tabela 13: Com relação à política de pessoal, qual a imagem que você faz da sua empresa perante as outras empresas do mercado? ITEM FREQ. NUM FREQ. % SUPERIOR 5 20 NA MÉDIA 11 44 ABAIXO 7 28 MUITO ABAIXO 2 8 TOTAL 25 100% Fonte: Elaborado pelos autores, 2011. Na tabela 13, quanto à visão dos funcionários em relação à política de pessoal, comparando a outras empresas do mercado, 44% dos entrevistados dizem estar na média, 28% consideram essa política abaixo das demais empresas e apenas 8% dizem estar muito abaixo. Já 20% dos entrevistados consideram superior a relação de política de pessoal da empresa comparando a outras empresas do mercado. Tabela 14: Você nota a prática de meritocracia aliada ao bom desempenho? ITEM FREQ. NUM FREQ. % SEMPRE 1 4 ÀS VEZES 15 60 RARAMENTE 7 28 NUNCA 2 8 TOTAL 25 100% Fonte: Elaborado pelos autores, 2011. Nota-se na tabela 14 que 60% dos entrevistados disseram haver somente às vezes a prática da meritocracia aliada ao bom desempenho, 28% disseram haver raramente e 8% disseram nunca haver. Já apenas 4% disseram existir meritocracia aliado ao bom desempenho. Embora não seja uma constante, percebe-se que já há por parte da empresa uma preocupação em reconhecer os méritos de seus funcionários. 70 Tabela 15: Você julga o turno de trabalho que exerce em sua função? ITEM FREQ. NUM FREQ. % ADEQUADO 10 40 8 32 2 8 INADEQUADO 5 20 TOTAL 25 100% RELATIVAMENTE ADEQUADO RELATIVAMENTE INADEQUADO Fonte: Elaborado pelos autores, 2011. Verifica-se na tabela 15 que 40% dos colaboradores julgam o turno de trabalho exercido adequado, 32% julgam o turno relativamente adequado e, 20% consideram relativamente inadequado e, apenas 8% consideram o turno em que exercem suas funções relativamente inadequado. Tabela 16: O sistema de benefícios é visto por você como parte importante na sua remuneração? ITEM FREQ. NUM. FREQ. % SIM 16 64 NÃO 9 36 TOTAL 25 100% Fonte: Elaborado pelos autores, 2011. Nota-se que na tabela 16, para 64% dos entrevistados o sistema de benefícios é visto como parte importante na remuneração, já para os outros 36% o sistema não é visto como importante. 3.3 Parecer final sobre a pesquisa Com a realização da pesquisa de campo foi possível obter dados pertinentes sobre a política de recursos humanos adotada pela organização, tendo o ponto de vista dos colaboradores como referencial. 71 Para a realização da coleta dos dados, foi utilizado o instrumento metodológico questionário. Segundo Ferrão(2003) “o questionário é uma técnica de coleta de dados através de uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito, sem a presença do entrevistador”. A utilização do questionário é justificada por ser um instrumento que possibilita respostas mais precisas, com maior liberdade de resposta, para facilitar a execução do trabalho. A pesquisa revela que a empresa não possui um plano de carreira formal, e tão pouco uma política formal para desenvolvimento, ocasionando o mínimo de esforço por parte dos funcionários para almejar cargos futuros. Constatamos nesta pesquisa, que a avaliação de desempenho quando efetuada, está adstrita a ação de algumas gerências, não existindo, portanto, um modelo formal e estruturado de avaliação. Em algumas situações ocorrem informalmente. O treinamento visa capacitar as pessoas para assumirem novas e futuras posições na carreira, no entanto, verificou-se na pesquisa que os treinamentos quando ministrados, visam na maior parte, à adaptação do funcionário a sua função, não sendo agregadas competências e habilidades para promoções futuras. Foi observado que para 64% dos entrevistados, o sistema de benefícios é visto como parte importante na remuneração, já para os outros 36% o sistema não é visto como importante, isto demonstra, que os funcionários valorizam os benefícios oferecidos pela organização, o que induz que a agregação de novos benefícios independentemente de sua expectativa de crescimento profissional, pode significar um fator de motivação. Diante dos resultados apresentado pela pesquisa, ficou evidente que a empresa deve rever sua política de recursos humanos, no tocante, a preparação de seus funcionários para funções mais qualificadas, que exigem maiores habilidades e competências. A empresa deve elaborar uma política formal tanto para desenvolvimento profissional dos seus funcionários, quanto para avaliação de desempenho, haja vista, que ficou evidente na pesquisa, que isto só ocorre informalmente por algumas gerências. 72 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO Diante dos resultados apresentados através da pesquisa de campo foram observadas medidas que ao serem adotadas podem trazer ótimos resultados. Sugeriu-se, então, ao Amigão Supermercados, reconhecendo sua grandiosidade com 1546 funcionários em todas as suas lojas, a adoção gradual de políticas de recursos humanos voltadas ao favorecimento do público interno e, consequentemente, à própria empresa, tais como: a) sistema formal de avaliação de desempenho; b) política salarial que contemple a meritocracia, principalmente ligada ao desempenho do funcionário; c) elaboração de plano de carreira que permita o desenvolvimento de funcionários com bom desempenho para o preenchimento de cargos futuros; d) preparação de funcionários de reconhecidos talentos para as futuras funções gerenciais; e) revisão e readequação da política de benefícios, com especial atenção para o incentivo à educação continuada, principalmente pelo enorme público jovem que compõe seu quadro de funcionários. 73 CONCLUSÃO Contratar e manter um quadro de colaboradores comprometidos e motivados é o desejo de qualquer organização empresarial, em qualquer mercado que opere. As empresas devem definir Políticas de Recursos Humanos que deem suporte a todo o desenvolvimento do quadro funcional na empresa, desde a contratação no perfil adequado do cargo, passando pela avaliação do desempenho de todos, seu desenvolvimento em plano de carreira e em atendimento à política de recrutamento interno com a preparação de excelente programa de treinamento e desenvolvimento. Apesar de não ser uma regra constante, uma pergunta sempre surge: O que fazem de diferente as empresas que são consideradas as melhores empresas para se trabalhar?Uma resposta é conclusiva, mantém uma política de recursos humanos que privilegia seu quadro interno com programas consistentes de desenvolvimento e ao crescimento profissional, além de uma remuneração equitativa e adequada as suas necessidades. No desenvolvimento do trabalho de conclusão de curso, notou-se que não há na empresa pesquisada o estabelecimento formal de uma política de aproveitamento de seus talentos internos, ações esporádicas, principalmente tomadas pelos gerentes que têm uma visão mais apurada para a gestão de pessoas e constituem as oportunidades que são raras e que conseguem premiar o desempenho de alguns funcionários. Sem uma política formal, a empresa ainda busca no mercado suas necessidades mais técnicas, justamente naqueles cargos que poderiam significar a elevação profissional desejada pelos seus funcionários, produzindo se não a desmotivação, pelo menos um nível de insatisfação detectado na pesquisa efetuada. A edificação de critérios claros de admissão, buscando o perfil adequado para cada função, seu treinamento operacional para a perfeita compreensão de como efetuar bem o seu trabalho, as avaliações de desempenho, acompanhadas da meritocracia com um prêmio e os treinamentos de 74 desenvolvimento preparando o funcionário para futuras funções assegurará não só o melhor desempenho de todos, proporcionando perspectiva de crescimento dos funcionários na empresa, como também atrairá cada vez mais talentos que entendam encontrar o ambiente propício para seu crescimento em uma empresa. É perfeitamente compreensível que manter o estado motivacional de uma equipe é proporcionar-lhe respeito, reconhecimento e oportunidades, e é isto que busca a edificação destas políticas abordadas no trabalho. 75 REFERÊNCIAS ARAUJO, L.C.G.; Gestão de pessoas. São Paulo: Atlas, 2008. ______. Gestão de pessoas. São Paulo: Atlas,2010. BATMAN, T. S. Administração: construindo vantagem competitiva. São Paulo: Atlas, 1998. CAPELLI, P. Contratando e mantendo as melhores pessoas. Rio de Janeiro: Record, 2003. CARVALHO,I.M.V; PASSOS,A.E.V.M.; SARAIVA, S.B.C. Recrutamento e seleção por competências.Rio de Janeiro: FGV, 2008. CARVALHO, A. V; NASCIMENTO L. P. Administração de recursos humanos. São Paulo: Pioneira, 1999. CHIAVENATO, I. Construção de talentos: coaching & mentoring. Rio de Janeiro: Elsevier, 2002. ______. Recursos humanos: o capital humano das organizações. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2004. ______. Gestão de pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. ______. Recursos humanos: o capital humano das organizações. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2006. CLASSIFICAÇÃO Brasileira de Ocupações, Portal do Trabalho e Emprego. Brasília, 12 ago. 2011. Disponível em <http://www.mtecbo.gov.br/cbosite /pages/home.jsf> Acesso em: 12 de agosto de 2011. DUTRA, J. S. Administração de Carreira: uma proposta para repensar a gestão de pessoas. São Paulo: Atlas, 1996. 76 FERRÃO, R. G. Metodologia cientifica para iniciantes em pesquisa. Linhares: Unilinhares/incaper, 2003. GIL, A. C. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São Paulo: Atlas, 2008. GREENHAUS, J. H. et al. Career management. 3. ed. Orlando: Harcourt, 1999. LACOMBE, M. J. Recursos humanos: princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2005. MARTINS, H. T. Gestão de carreiras na era do conhecimento: abordagem conceitual & resultados de pesquisa. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001. MICHELMAN, P. et al. Mantendo os talentos de sua empresa. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. MILKOVICH, G. T. Administração de recursos humanos. São Paulo: Atlas, 2008. MILKOVICH, G. T; BOUDREAU, J. W. Administração de recursos humanos. São Paulo: Atlas, 2000. PASCHOAL, L; Administração de cargos e salários. 2. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001. RIBEIRO, A. L. Gestão de pessoas. São Paulo: Saraiva, 2005. TACHIZAWA, T.; FERREIRA, V. C. P.; FORTUNA, A.F.A.M.; Gestão com pessoas. Rio de Janeiro: FGV, 2004. 77 APÊNDICES 78 APÊNDICE A – ROTEIRO DE ESTUDO DE CASO 1 INTRODUÇÃO Será realizada uma análise utilizando-se dos métodos de observação sistemática e histórico da empresa, no Departamento de Recursos Humanos, com foco no recrutamento interno. 2 RELATO DO TRABALHO REALIZADO REFERENTE AO ASSUNTO ESTUDADO a) Levantamento de informações pertinentes ao assunto relatado (recrutamento e seleção, com foco no recrutamento interno). b) Descrever métodos do processo de recrutamento e seleção utilizado pela empresa. 3 DISCUSSÃO Confronto entre teoria analisada através da pesquisa bibliográfica e a prática utilizada pela empresa. 4 PARECER FINAL SOBRE O CASO E SUGESTÕES SOBRE MANUTENÇÃO OU MODIFICAÇÕES 79 APÊNDICE B – ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO SISTEMATICA I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Empresa: Localização: Atividade Econômica: II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS 1 Procedimentos de Recrutamento e Seleção 2 Análise e Descrição de Cargos 3 Análise do Método de Avaliação de Desempenho 4 Verificação da existência de Plano de Carreira 5 Avaliação do Grau de Satisfação dos Colaboradores 80 APÊNDICE C – ROTEIRO DO HISTÓRICO I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Empresa: Localização: Atividade Econômica: II ASPECTOS HISTÓRICOS DA EMPRESA 1 Inicio das atividades 2 Evolução das instalações 3 Evoluções tecnológicas 4 Evoluções das atividades econômicas 5 Atualidade 6 Outros 81 APÊNDICE D – ROTEIRO DE ENTREVISTA COM DIRETOR ADMINISTRATIVO I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Cargo/Função: Experiência Profissional: Formação Acadêmica: Idade: Sexo: II 1 PERGUNTAS ESPECÍFICAS Para a estratégia da excelência do atendimento ao cliente como você avalia a participação dos Recursos Humanos ? ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ................................................................................................................ 2 Qual é a visão do Amigão com relação ao desenvolvimento e valorização dos funcionários? ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ................................................................................................................ 3 Sabendo da expansão rápida da rede Amigão Supermercados qual é a dificuldade de se obter pessoas qualificadas no mercado de trabalho? 82 APÊNDICE E – ROTEIRO DE ENTREVISTA COM GERENTE GERAL I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Cargo/Função: Experiência Profissional: Formação Acadêmica: Idade: Sexo: II 1 PERGUNTAS ESPECÍFICAS Quais são as maiores dificuldades na preparação de profissionais para assumir funções de liderança na rede? ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ................................................................................................................ 2 Levando- se em conta a abrangência de áreas geográficas ocupas pelas filiais do Amigão Supermercados, há diferença de qualificação de mão de obra de uma cidade para outra, se sim o por quê? ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ................................................................................................................. 3 Sabendo da expansão rápida da rede Amigão Supermercados qual é a dificuldade de se obter pessoas qualificadas no mercado de trabalho? ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ................................................................................................................. 83 4 Você identifica entre seus gerentes de loja profissionais com aptidão para liderar o desenvolvimento de pessoas? ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ................................................................................................................. 5 O que você agregaria na política de recursos humanos no Amigão para a melhor qualificação e motivação dos funcionários? ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ................................................................................................................. 84 APÊNDICE F – ROTEIRO DE ENTREVISTA COM GERENTE RH I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Cargo/Função: Experiência Profissional: Formação Acadêmica: Idade: Sexo: II 1 PERGUNTAS ESPECÍFICAS Qual é a política de RH do Amigão Supermercados? ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ................................................................................................................. 2 A política de recrutamento interno é praticada no Amigão, em que casos? ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ................................................................................................................ 3 Sabendo da expansão rápida da rede Amigão Supermercados qual é a dificuldade de se obter pessoas qualificadas no mercado de trabalho? ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ................................................................................................................. 85 4 Quais são os benefícios que são concedidos aos funcionários do Amigão? ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ................................................................................................................. 5 Se não existe, qual é o interesse do Amigão em desenvolver um plano de carreira voltado ao quadro interno? ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ................................................................................................................. 86 APÊNDICE G – ROTEIRO DE ENTREVISTA COM GERENTE DE LOJA I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Cargo/Função: Experiência Profissional: Formação Acadêmica: Idade: Sexo: II 1 PERGUNTAS ESPECÍFICAS Como você lida com o estresse produzido pela função e que sabidamente atinge boa parte dos funcionários? ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ................................................................................................................ 2 A rotatividade de funcionários prejudica seu programa de qualidade de atendimento ao cliente? ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ................................................................................................................ 3 Sabendo da expansão rápida da rede Amigão Supermercados qual é a dificuldade de se obter pessoas qualificadas no mercado de trabalho? 87 4 Mesmo que de maneira informal você faz avaliação de desempenho e dá feedback com seus funcionários? ......................................................................................................................... ......................................................................................................................... .............................................................................................................. 88