Para Filosofar.

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Filosofia, Ética e
Responsabilidade Social
Prof. Ronaldo C. De Oliviera
ÁREAS DA FILOSOFIA
- Lógica => É o ramo da filosofia que estuda a validade ou não do argumento racional através da análise se sua forma e da sua
estrutura. Procurando assim, o método ideal de raciocínio,
análise e pesquisa.
- Ética => Reflexão racional sobre agir humano, sob o ponto de
vista das noções de bem e mal, do justo e injusto. Buscando, a
partir daí, os valores capazes de melhorar a vida individual e
social do ser humano.
- Filosofia Política => Estudo dos modelos sociais e políticos,
assim como, a busca dos princípios ideais para a construção de
uma ordem social mais justa.
- Estética => Reflexão e estudo sobre as diversas manifestações
do Belo através da arte e da cultura em geral. E também a
influência da arte no cotidiano social.
- Metafísica => Também chamada de ontologia (estudo do SER),
é o estudo da ‘realidade ultima’ das coisas; daquilo que ultrapassa
o mundo físico (ou natural).
- Antropologia Filosófica => Estudo e busca da verdadeira
natureza do homem em si, assim como, a sua função como SER e
AGENTE da história.
- Filosofia da Ciência => Chamada também de Epistemologia,
estuda o conhecimento científico, assim como, os métodos,
princípios de pesquisa e justificativas utilizadas pelos cientistas.
- Teoria do Conhecimento => Denominada também como Gnosiologia,
estuda as diversas formas de conhecer e apreender a realidade,
pesquisando a origem, os fundamentos e a importância do conhecimento.
-
História da Filosofia => Reflexão criteriosa sobre evolução do
pensamento humano através do estudo dos temas, problemas e soluções
apresentadas pelos diversos filósofos ao longo da história.
- Psicologia Filosófica => A psicologia filosófica debruça-se sobre os os
critérios de mentalidade, a relação entre mente e consciência, a existência,
o inconsciente e o subconsciente, a estrutura da mente, a origem do
espírito, a natureza do eu, a relação corpo/espírito, a liberdade da vontade,
a metodologia psicológica e a relação entre o espírito e a cognição.
-
Cosmologia => Chamada também de Filosofia da Natureza, tem por
objeto o estudo dos corpos como tais, vivos ou não. Distingue-se das
ciências físico-químicas enquanto visa a determinar a natureza
dos princípios intrínsecos dos corpos, ao passo que as ciências físicoquímicas, deixando de lado as questões de natureza ou de essências, se
limitam ao estudo das aparências sensíveis dos corpos e de suas leis
empíricas.
FILOSOFIA DO CONHECIMENTO
Desde seus primórdios, a Filosofia se ocupou do problema do
conhecimento. Os primeiros filósofos na Grécia que questionaram
sobre o mundo (cosmos), sobre o homem, a natureza e etc.,
tentaram encontrar a verdade em um princípio único (arché) que
abarcasse toda a realidade, isto é, sobre o Ser.
Confiantes de que somos seres capazes de conhecer o universo e
sua estrutura, os gregos se perguntavam como era possível o erro,
a falsidade e a ilusão, já que não era possível falar sobre o Não Ser
e sim somente sobre o Ser. Foi preciso, pois, estabelecer a
diferenciação entre o mero opinar e o conhecer verdadeiro, entre o
que percebemos pelos sentidos e aquilo que compreendemos pelo
pensamento, raciocínio ou reflexão, estabelecendo, assim, graus
de conhecimento e até mesmo uma hierarquia entre eles. Isso
porque o conhecimento não era entendido como a mera apreensão
particular de objetos (pois isso seria conhecimento de algo), mas
pretendido como o modo universal de apreensão (não o
conhecimento de várias coisas, mas o que é realmente o
conhecer).
Com o advento do cristianismo, a verdade que os homens poderiam
conhecer estava sujeita à autoridade da fé revelada. Na concepção
cristã, que vê o homem como um degenerado do paraíso, sua
salvação depende de Deus e não da sua mera vontade e só através
da fé o homem poderia compreender o mundo e a si mesmo,
alcançando, assim, a verdade. O homem, tido como um duplo
corpo/alma, tem acesso a duas realidades, uma temporal e finita
(corpo) e a outra eterna e semelhante ao divino (alma) pela qual
poder-se-ia chegar à verdade e à salvação. A fé auxilia a razão para
que não sofra desvios por conta da vontade e liberdade de uma
alma encerrada em um corpo.
Mas foi somente com a Modernidade que a questão do
conhecimento foi devidamente sistematizada. Retomando os
antigos, a Filosofia procurou não só saber quantos conhecimentos
existiam nem de quantos objetos, mas questionar a sua
possibilidade e condições de realização.
Eis as perspectivas mais adotadas
nesse período:
• Ceticismo – posição filosófica que afirma a impossibilidade do
homem conhecer seja qual for o objeto, negando a verdade do
saber e que tudo em que acreditamos não passa de hábitos.
(Hume);
• Dogmatismo – posição que afirma ser nossa razão portadora de
capacidades inatas para conhecer o mundo, capacidades estas
independentes da experiência sensorial. Aqui, o sujeito do
conhecimento é valorizado em detrimento da experiência sensível
(Descartes, Leibniz);
• Empirismo – doutrina que nega a existência de ideias em nossa
mente antes de qualquer experiência. Além disso, afirma que tudo
que conhecemos tem origem nos dados dos sentidos. Nessa
filosofia o objeto determina por suas características o
conhecimento do sujeito (Hobbes, Locke);
• Criticismo – posição que visa ao mesmo tempo criticar as
anteriores, porém sintetizando-as. Desenvolvida pelo filósofo alemão
Immanuel Kant, visa mostrar as condições de possibilidades que um
sujeito tem para conhecer um objeto. Para Kant, não podemos
conhecer os objetos em si mesmos, mas somente representá-los
segundo formas a priori de apreensão da nossa sensibilidade
(tempo e espaço). Significa dizer que conhecemos o real não em si,
mas como podemos organizá-lo e apreendê-lo segundo modelos
esquemáticos próprio do nosso intelecto.
Todo esse desenvolvimento dos filósofos modernos culminou com
o debate contemporâneo sobre o conhecer. Até aqui, percebe-se
que o conhecimento necessitava de provas e demonstrações
racionais tendo um correspondente na realidade que seguisse leis
como causalidade, reversibilidade, publicidade etc. Hoje, a ciência
cada dia mais especializada se preocupa não em provar uma
teoria, mas refutá-la ou falseá-la, pois os critérios de cientificidade
dependem da ação do homem ao construir seu mundo e não mais
desvendar as leis ocultas da natureza, já que em todos os
períodos da história esses critérios são elaborados segundo
paradigmas vigentes que influenciam nossa visão de mundo.
FILOSOFIA DA CIÊNCIA
A filosofia da ciência consiste no estudo da natureza da própria
ciência, entendendo-se por natureza os métodos, conceitos,
pressuposições e o seu lugar num esquema geral de disciplinas.
Esta vertente filosófica divide-se, sumariamente, em três domínios:
o estudo do método, da natureza, dos símbolos científicos e da
sua estrutura lógica; a classificação e definição dos conceitos da
ciência; e o estudo dos limites das várias ciências com o objectivo
de especificar as relações entre elas. Nos últimos anos, surgiram
outros problemas como o das relações sociais da ciência, ou seja,
a sua relação com a sociedade do momento, em termos políticos,
laborais, artísticos , religiosos ou morais.
FILOSOFIA ESTÉTICA
Estética é a área da filosofia que estuda racionalmente o belo aquilo que desperta a emoção estética por meio da contemplação
- e o sentimento que ele suscita nos homens. A palavra estética
vem do grego aesthesis, que significa conhecimento sensorial ou
sensibilidade, e foi adotada pelo filósofo alemão Alexander
Baumgarten (1714-1762) para nomear o estudo das obras de arte
como criação da sensibilidade, tendo por finalidade o belo.
Embora a expressão "estética" tenha uso recente para designar
essa área filosófica, ela já era abordada sob outros nomes desde
a Antiguidade. Entre os gregos usava-se frequentemente o termo
poética (poeisis) - criação, fabricação -, que era aplicado à poesia
e a outras artes. Aos poucos, a estética passou a abranger toda a
reflexão filosófica que tem por objeto as artes em geral ou uma
arte específica. Engloba tanto o estudo dos objetos artísticos
quanto os efeitos que estes provocam no observador, abrangendo
os valores artísticos e a questão do gosto.
Contemporaneamente, sob uma perspectiva
fenomenológica, não existe mais a ideia de um
único valor estético (o belo) a partir do qual
julgamos todas as obras de arte. Cada objeto
artístico estabelece seu próprio tipo de beleza, ou
seja, o tipo de valor pelo qual será julgado. Os
objetos artísticos são belos porque são autênticos
segundo seu modo de ser singular, sensível,
carregando significados que só podem ser
percebidos por meio da experiência estética.
FILOSOFIA E POLÍTICA
A Filosofia Política investiga as relações humanas em
sentido coletivo.
A Filosofia é fruto da Antiguidade Clássica, foi criada pelos
gregos, o primeiro povo a tentar solucionar seus próprios
problemas. Os gregos refletiam sobre as inquietações de
suas vidas e buscavam soluções que acreditavam ser
eternas e aplicáveis a todas as sociedades. Inicialmente, a
filosofia grega dedicou-se ao entendimento da natureza, seus
eventos e fenômenos. Mais tarde, vieram os três grandes
pilares da filosofia grega, Sócrates, Platão e Aristóteles. Eles
desencadearam uma série de mudanças nas reflexões
filosóficas gregas e, principalmente, colocaram o homem
como ponto central de abordagem.
A partir da chamada filosofia socrática, tornar-se-ia central nas
reflexões as questões sobre o homem e seus relacionamentos,
abrindo espaço para avaliações políticas. Sócrates foi julgado e
condenado à morte por ser considerado um subversor, mas deixou
um grande legado reflexivo, ainda que fosse analfabeto. Seu
discípulo e seguidor Platão encarregou-se de manter vivo o
pensamento socrático, mas também ofereceu sua própria
contribuição para a filosofia, especialmente com a obra A
República, na qual discutiu as possibilidades de uma sociedade
justa e ideal. No entanto, Aristóteles é que se tornaria célebre para
a teoria política grega, estabelecendo o formato de democracia dos
gregos.
Na Grécia Antiga, o homem político era o cidadão, ou seja, aquele
que podia participar das reuniões na ágora e opinar juto a seus
pares por ser homem, grego e maior de 21 anos de idade. A ideia
de República, criada com Platão, venceu o tempo, foi objeto de
análise de Cícero, na Roma Antiga, de Maquiavel, na península
itálica, e de outros filósofos e intelectuais antes e depois da Revolução Francesa. Ou seja, há mais de dois mil anos, reflexões
sobre o relacionamento humano e sua forma de fazer política
fazem parte de nossas vidas. O passar dos anos e o acúmulo de
reflexões contribuíram para o enriquecimento do tema. No entanto,
desde a Grécia Antiga os temas são praticamente os mesmos, o
relacionamento humano, a participação política, a legitimação e a
justificação do Estado e também do governo.
O QUE É FILOSOFIA
Várias escolas de pensamento filosófico se seguiram, como,
por exemplo, o Liberalismo e o Socialismo, que são
perspectivas antagônicas e muito presentes nos debates e
nos confrontos ideológicos a partir do século XIX. A Filosofia
Política é indissociável de nossa condição social, através dela
foram colocadas ideais e práticas sobre os limites e a
organização do Estado, as relações entre sociedade e
Estado, as relações entre economia e política, o poder do
indivíduo, a liberdade, questões de justiça e Direto e questões
sobre participação e deliberação, por exemplo.
Referências
GHIRALDELLI, Paulo Jr. História Essencial da Filosofia.
São Paulo: Universo dos Livros, 2009. Vol.I
CORDI, Cassiano; SANTOS, Antonio Raimundo dos. Para
Filosofar. São Paulo: Editora Scipione, 1995.
MÁTTAR, João. Filosofando na Administração. São
Paulo: Makron Books, 1997.
http://criticanarede.com/politica.html
http://www.fflch.usp.br/df/cefp/
http://www.ufjf.br/eticaefilosofia/
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