Espaço de Práticas em Sustentabilidade Casos Práticos / Torre Santander Sustentabilidade começa em casa Torre do Santander é exemplo de construção coeficiente Uma das frentes de atuação do Santander é o desenvolvimento e a aplicação de conceitos de construção sustentável em seus projetos e obras patrimoniais. Assim, o Banco não somente diminui, cada vez mais, os impactos ambientais causados por suas agências e prédios administrativos, mas também incentiva seus funcionários a adotarem boas práticas em favor do meio ambiente. A Torre Santander, sede administrativa localizada na esquina da Avenida Juscelino Kubitschek com a Marginal Pinheiros, em São Paulo, por exemplo, é considerada um prédio ecoeficiente por suas iniciativas em cinco grandes áreas: desenvolvimento local sustentável, uso racional da água, eficiência energética, seleção de materiais e qualidade ambiental interna. Economia de recursos em todos os ambientes Os projetos implementados no edifício buscam tornar a operação e o cotidiano do edifício cada vez mais sustentáveis. Edmar Cioletti, Superintendente de Manutenção e Operação, é o prefeito da Torre e zela pela manutenção dos processos implementados e por sua melhoria constante, ouvindo reclamações e sugestões dos funcionários e garantindo a qualidade de todos os serviços de infraestrutura e manutenção. Ele explica que as preocupações com a sustentabilidade estão presentes em todos os ambientes do 1 de 4 santander.com.br/sustentabilidade Espaço de Práticas em Sustentabilidade Casos Práticos / Torre Santander edifício. “Consideramos o tema em todos os nossos processos, desde a escolha do material e dos recursos utilizados na construção e reforma do prédio até o gerenciamento dos resíduos gerados diariamente”, afirma. A economia de recursos começa com o uso racional da água. Um sistema capta a água da chuva, que posteriormente é utilizada para regar canteiros e abastecer o sistema de ar-condicionado. A instalação de descarga a vácuo nos banheiros permite uma redução de consumo de pelo menos 70% em relação ao sistema de descarga comum. Em relação à energia, um sistema automático de acionamento das luzes possibilita economia quando o fluxo de funcionários é menor. Nos elevadores, a O aproveitamento da iluminação natural substituição das lâmpadas fluorescentes pelas de colabora com a economia de energia LED propiciou uma redução de 70% no consumo energético. Esses equipamentos ainda são dotados de um sistema inteligente, que acumula energia e a destina para o funcionamento do próprio elevador. Os vidros refletivos, que retêm até 80% do calor externo, diminuem a necessidade do uso do ar-condicionado. Desde o início da operação do prédio, foi possível baixar o consumo de energia elétrica em 10%, o que representa uma economia mensal de 200 mil kWh ou R$ 60 mil. O desperdício de papel vem sendo evitado na Torre. O gerenciamento das impressoras é feito por uma empresa fornecedora que aperfeiçoou o serviço. A impressão só é autorizada mediante identificação do funcionário, o que inibe cópias desnecessárias. Além disso, o padrão estabelecido imprime duas páginas por folha, frente e verso. Essas ações propiciam economia de papel, cartucho e energia, e diminuem a geração de resíduos. Cada diretoria recebe relatórios mensais de impressões, para fazer o acompanhamento e Eu entendo que é uma o controle juntos às equipes. “ forma de certificar, por um instituto conceituado e independente, que praticamos no nosso dia a dia os conceitos de sustentabilidade em que acreditamos” Edmar Cioletti, prefeito da Torre. Falando em resíduos, todo o lixo é descartado de forma correta, desde a fase de obras. Os resíduos originados durante a construção foram corretamente destinados, reduzindo em pelo menos 50% o material enviado a aterros sanitários. Atualmente, o material orgânico, cerca de 51% do total produzido no edifício, passa por um programa de compostagem. Os demais descartes seguem para a reciclagem em cooperativas e associações. Para processamento do material orgânico, o Santander adquiriu quatro máquinas de compostagem. Localizados no subsolo prédio, os equipamentos de origem coreana reduzem em cerca de 75% o volume dos resíduos provenientes dos restaurantes. Além disso, ao final do processo geram um produto útil, uma biomassaque será utilizada como combustível. Com isso, gasta-se menos com o descarte de lixo e há uma redução no consumo de energia, considerando que não são mais necessárias câmaras frias para guardar os restos orgânicos. A estrutura do ambiente de trabalho conta com carpetes recicláveis e móveis fabricados com madeira certificada. Além disso, tudo foi pensado para trazer qualidade de vida aos funcionários. “Um dos nossos pré-requisitos era ter andares amplos com iluminação natural e vista para fora, fazendo com que o funcionário não se sentisse isolado. Também oferecemos na própria Torre uma série de serviços, como academia, salão de beleza, ambulatório com diversas especialidades médicas, agência de viagens e quatro restaurantes. Tudo isso para facilitar a vida dos nossos funcionários e fazer com que se sintam acolhidos e satisfeitos”, revela Ricard Krook, Gerente de Gestão Ambiental e Ecoeficiência do Santander. 2 de 4 santander.com.br/sustentabilidade Espaço de Práticas em Sustentabilidade Casos Práticos / Torre Santander Os impactos no entorno também foram levados em consideração e, dentro do possível, minimizados. O escalonamento de entrada e saída de funcionários (a entrada pode acontecer das 7h às 10h da manhã), a disponibilização de fretados e o programa “Carona Amiga” – que cadastra veículos de funcionários que possam oferecer transporte aos colegas – diminuem o impacto no tráfego da região. A Torre Santander ainda possui um bicicletário instalado na garagem do prédio e vestiários com produtos de higiene para os funcionários e visitantes que utilizam a bicicleta como meio de transporte. Juntas, essas iniciativas retiram de circulação cerca de mil veículos por dia. O prédio também possui diversas salas de videoconferência. A utilização desses espaços para a realização de reuniões evita o deslocamento das pessoas e, consequentemente, reduz as emissões de carbono do Banco. O Santander também se preocupou com a adequação do edifício às necessidades de seus usuários. A Torre possui 100% de acessibilidade. Para atingir esse percentual, o Banco investiu em obras como a construção de rampas, a instalação de elevadores, a criação de sanitários mais amplos e dotados de acessórios especiais, e a instalação de piso tátil. Para oferecer um ambiente ainda mais adequado, foram implantadas vagas demarcadas e comunicações visuais específicas. Além disso, foi realizada a troca de mobiliário, o que ampliou o espaço livre e melhorou a circulação de cadeirantes. A Torre possui 100% de acessibilidade Reconhecimento internacional Devido a todos esses projetos, em dezembro de 2010, a Torre recebeu a certificação Leadership in Energy and Environmental Design – Core and Shell (LEED – CS), categoria Gold. O selo, concedido pela ONG norte-americana U.S. Green Building Council (GBC), é reconhecido internacionalmente na área de edificações sustentáveis. Sua avaliação considera o uso racional dos recursos nas diferentes etapas da construção de um prédio, desde o projeto, e em seu uso cotidiano. Para conseguir o LEED, é preciso acumular pontos. Quanto mais soluções a empresa implementa, mais avança na escala de certificação: prata, ouro e platina. “Ter o prédio certificado mostra a continuidade do nosso compromisso com a sustentabilidade, com os clientes, investidores, com o entorno e o meio ambiente”, analisa Krook. Ele conta que houve dois grandes desafios no processo de obtenção da certificação. O primeiro deles foi conseguir participar ativamente da construção e reforma de algumas partes do prédio. “Era preciso participar o máximo possível para perceber rapidamente onde poderíamos implantar medidas que nos garantissem maior ecoeficiência”. O segundo foi a preparação do relatório para o GBC. “Queríamos enviar um relatório perfeito, com evidências detalhadas do nosso trabalho, para que não houvesse falta ou falha de documentação”, afirma. Com a consultoria do Centro de Tecnologia de Edificações (CTE), o relatório foi aprovado sem ressalvas e a Torre Santander conseguiu toda a pontuação pleiteada (36 pontos), conquistando a categoria ouro. A estrutura deve ser mantida e aprimorada ao longo do tempo. Afinal, a cada dois anos é necessário prestar contas ao GBC para comprovar a continuidade das iniciativas implantadas. A certificação é refeita a cada cinco anos. Para Cioletti, prefeito da Torre, um selo como esse representa muito para o Banco, para os funcionários e para a sociedade. “Eu entendo que é uma forma de certificar, por um instituto conceituado e independente, que praticamos no nosso dia a dia os conceitos de sustentabilidade em que acreditamos”, diz. 3 de 4 santander.com.br/sustentabilidade Espaço de Práticas em Sustentabilidade Casos práticos / Torre Santander Para saber mais Green Building Council Brasil: http://www.gbcbrasil.org.br/ Relatório Anual Santander e Indicadores de Sustentabilidade: http://sustentabilidade.santander.com.br/pt/Governanca/Paginas/Relatorios.aspx Apresentação sobre Construção Sustentável http://sustentabilidade.santander.com.br/pt/Espaco-de-Praticas/Paginas/ Apresentacoes.aspx?Item=10 4 de 4 santander.com.br/sustentabilidade