1 DISCIPLINA: Produção de Hortaliças PROFESSORA: Caciana Cavalcanti Costa 2 1- Origem e importância Econômica A cebola de cabeça, da família Liliaceae (Amarylidaceae ou Alliaceae), é originária da Ásia Central- Turquia, Irã e Paquistão e tida por muitos como uma das mais antigas plantas cultivadas. Do velho mundo foi trazida para as Américas pelos primeiros colonizadores europeus para a região do Rio Grande do Sul, daí disseminando-se para os demais Estados. A espécie é um condimento cosmopolita com propriedades medicinais. Possui alto teor de carboidratos, baixos teores de proteínas e quantidades razoáveis de riboflavina e cálcio. É excelente fonte de vitaminas A, B, e principalmente C, possuindo compostos sulfurosos que dão odor ao produto e têm função bacteriostática (Resende et al., 2002). A cebola (Allium cepa L.) destaca-se dentre as várias espécies olerícolas cultivadas, pelo volume produzido e valor econômico (Melo & Ribeiro, 1990). A produção mundial de cebola em 2007 segundo (Embrapa 2005) foi de 55.153.027 t/ha ano. Os três principais produtores mundiais foram a China (18.035.000 / t), a Índia (5.500.000 /t) e os Estados Unidos (3.669.540 /t). O Brasil foi o nono produtor mundial, com 1.120.680 t. No ano de 2005 o Brasil produziu cerca de 1.065.605 toneladas de cebola. A região de maior destaque foi a Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) que contribuiu com 54,39% da produção nacional; Sudeste (São Paulo e Minas Gerais) com 24,62% e Nordeste (Pernambuco e Bahia), 20,98%. O estado com maior área plantada foi o de Santa Catarina (24.500 ha), segundo o Rio Grande do Sul (14.055 ha), e São Paulo (7.980 ha). A área colhida no Brasil foi de (65.305 ha), média de 17,16 t/ha dados (Agrianual 2003). 3 Não são mais novidades as dificuldades enfrentadas pelos produtores brasileiros ante a competição da cebola argentina. Essa verdadeira invasão reflete a excelente qualidade do produto argentino e seus preços competitivos. A cebolicultura nacional é uma atividade praticada principalmente por pequenos produtores e a sua importância sócio-econômica fundamenta-se não apenas em demandar grande quantidade de mão de obra, contribuindo na viabilização de pequenas propriedades, como, também, em fixar os pequenos produtores nas zonas rurais, reduzindo desse modo a migração para as grandes cidades. Parece estar definida a estratégia para o produtor nacional tentar sobreviver à invasão e manter a possibilidade de crescimento, procurando produzir para um mercado mais segmentado, onde surgem importantes nichos para cebolas suaves e doces. Além disso, será preciso tratar de atender a consumidores mais exigentes em termos de qualidade. Hoje é imperativo que o cebolicultor conduza a atividade de forma empresarial e se profissionalize. Que domine com detalhes todos os conhecimentos necessários para produzir com eficiência econômica e quantidade. Isto o obriga a planejar em função de uma série histórica e não baseando-se no que aconteceu na última safra, a conhecer a capacidade que o mercado tem para absorver a produção, a avaliar a mão-de-obra disponível para fazer frente às necessidades da cultura, principalmente nas suas fases críticas, avaliar a sua capacidade de armazenagem ou a necessidade de expansão e conhecer qual é o seu custo de produção. Enfim, há de se repensar as tecnologias adotadas na produção de cebola. Não se pode esquecer que o binômio qualidade e preços competitivos, além da organização do produtor, serão os fatores que irão determinar sua permanência ou não na atividade ceboleira. 4 A sazonalidade da cebola calculada a partir dos preços praticados no Entreposto Terminal de São Paulo da CEAGESP é bastante definida. O produto tem preços mais altos de abril a junho e mais baixos de novembro a fevereiro. A lucratividade média dos cebolicultores tem sido regular nos últimos anos, ou seja, é suficiente para remunerar os custos de produção e proporcionar um lucro modesto, logicamente dependendo do sistema de plantio utilizado pelo produtor, (plantio de bulbinho, mudas e semeadura direta). Com a globalização e a formação do Mercosul o comércio da cebola tornou-se mais competitivo, fazendo com que o produtor brasileiro procurasse novas técnicas, com mais eficiência e baixo custo, a fim de obter uma alta produção, com bulbos de boa qualidade (Ferreira, 1997). O Brasil é o maior mercado e também possui a maior produção de cebola entre os quatro países integrantes do Mercosul. A produção do Brasil e da Argentina é responsável pelo abastecimento do Mercosul, de forma que as produções do Uruguai e Paraguai são marginais. (Debarba,1998; FAO, 1997) citado por( Barum, 1998). 2. Valor nutracêutico O termo nutracêutico representa um novo conceito que engloba uma ampla variedade de nutrientes, que atuam maximizando funções fisiológicas relevantes, físicas ou mentais, em adição ao seu valor nutritivo, ou seja, além de suas características nutricionais básicas (Scalabrin, 2001). Entre os alimentos funcionais mais investigados hoje, destacam-se a cebola, alho, soja, tomate, peixes e óleos de peixe, linhaça, crucíferas (brócolis, couve-de-bruxelas, repolho etc.), frutas cítricas, chá verde, uvas/vinho tinto e cereais como a aveia (Bertolucci et al., 2002). 5 Apesar do baixo valor nutricional da cebola quando comparada com as outras espécies do gênero Allium, apresenta propriedades medicinais importantes, ou seja, reduz a pressão arterial, o colesterol, previne câncer, bronquite, hipertensão, hiperglicemia (Youssef, et al., 1985), dermatomicoses (Sharma & Dwivedi, 1990), arteriosclerose (Khushbaktova et al, 1991) e outros. É um alimento protetor contra doenças cardíacas por ser ativadora de reações enzimáticas que dissolvem os coágulos, combatendo a obstrução das artérias. Como é rica em alguns sais minerais (P, Fe, Ca) torna-se um bom diurético, ajudando na eliminação das substâncias tóxicas. O baixo teor protéico somado ao baixo teor de aminoácidos essenciais limitam a utilização da cebola como fonte protéica. Os teores vitamínicos e minerais de alguns cultivares mostram que os níveis de Ca e Fe são muito inferiores às exigências diárias. A cebola apresenta alto teor de zinco, constituinte essencial de enzimas que atuam em vários processos metabólicos. Entre eles, ressaltam-se: o metabolismo do Ca, a utilização de vitaminas do grupo B, a síntese protéica. O zinco é também importante por fazer parte da insulina, cujo rendimento é consideravelmente aumentado pela adição de sais de zinco no extrato pancreático. Embora estudos mostrem o baixo valor protéico e de alguns sais minerais, a cebola é importante na alimentação por ter uma boa fonte de vitaminas, especialmente B1, B2, e C. Possui ainda na sua constituição química, cerca de 92,15% de água, 5,6% de hidratos de carbono, 1,6% de proteínas, 0,3% de gorduras e 0,65% de sais (Balbach, 1975; Franco, 1999). 3. Classificação e características botânicas A planta de cebola pertence à família Alliaceae, gênero Allium e espécie Allium cepa L.cepa. A cebola é uma planta herbácea, de tamanho variável, em torno de 60 cm de 6 altura, de ciclo anual para produção de bulbos (150 a 220 dias ) e bianual para produção de sementes. As folhas são geralmente cerosas, de formato tubular, afilando-se da base para a extremidade. O limbo foliar é de seção arredondada e oca. As bainhas foliares são anéis cilíndricos, cuja superfície concêntrica forma o pseudocaule. O caule verdadeiro tem crescimento reduzido, com a forma de um prato (disco), e desenvolve-se na base do bulbo. Os bulbos são formados em condições climáticas favoráveis, processo conhecido como bulbificação. Os bulbos representam uma adaptação à vida geofítica. Na cebola (Allium cepa ) as catáfilas, carnosas e sobrepostas, provêm de folhas basais largas. O caule está reduzido a um eixo quase em forma de disco, no qual as folhas se inserem. Nas axilas das catáfilas localizam-se gemas, que brotam no início do novo período vegetativo, quando são utilizadas as substâncias de reserva nelas armazenadas. O bulbo é formado por diversas túnicas, que são bainhas foliares superpostas, a externa constituindo uma película seca, colorida. A planta possui uma raiz principal e raízes adventícias, pouco ramificadas, concentradas num raio de 15 cm de solo e de 40 a 50 cm de profundidade. Quando ocorre o amadurecimento do bulbo, as raízes morrem e o pseudocaule tomba com algumas folhas ainda verdes. Esse tombamento é conhecido como estalo. Posteriormente, as folhas vão perdendo água, secando, e o bulbo torna-se curado. Os bulbos curados, depois de vernalizados, são plantados e darão origem a hastes florais eretas, com uma umbela globosa contendo centenas de flores pequenas, de coloração branco-esverdeadas, por vezes arroxeadas. As flores são hermafroditas. Predomina a polinização cruzada, efetuada por dípteros, devido à protandria (a parte masculina está apta antes da feminina). Os frutos são cápsulas triloculares que encerram sementes pequenas (+ 300 sementes /grama ), irregularmente rugosas e de coloração preta (Fontes,1998). A cebola pode ser propagada vegetativamente por meio de bulbos ou sexuadamente por meio de sementes. 7 4. Estádios de desenvolvimento da cebola Por ocasião da semeadura, a cebola apresenta germinação epígea, isto é, o cotilédone emerge do solo juntamente com a plântula, no ato da germinação. A influência da temperatura neste processo foi estudada por Kretschmer et al.; (1994), onde estes autores usaram diferentes temperaturas (10, 15, 20 e 25º C) para estudar a emergência das sementes de cebola. Verificaram que extremos de temperaturas de 10 e 25º C, reduziram a emergência das sementes. Temperaturas de 15 e 20o C propiciaram melhores resultados, quando comparadas com as temperaturas extremas. Durante a fase inicial de emergência da plântula, a ponta do cotilédone permanece no tegumento absorvendo as reservas nutritivas do endosperma que, aos poucos, vai se 8 esgotando. Assim que o cotilédone se torna verde e completamente expandido, a raiz primária já está bem fixada no solo a ponto de suprir a plântula com a umidade e os nutrientes necessários, sendo que a partir deste ponto as raízes adventícias iniciam seu desenvolvimento. Com a emergência da plântula, a primeira folha inicia o desenvolvimento, alongando-se dentro da bainha tubular do cotilédone, e sua lâmina foliar logo causa uma protrusão no topo da bainha cotiledonar. Uma vez estabelecida, a plântula continua o seu desenvolvimento. O crescimento ocorre pela adição de novas folhas no ápice do caule e de novas raízes adventícias nos lados do caule. Como conseqüência da contínua emissão de folhas e raízes, o caule se expande e torna-se mais largo até que estabilize, não mais crescendo, parecendo um disco comprimido na parte inferior do bulbo. As raízes são fasciculadas, pouco ramificadas e exploram um volume de solo equivalente a 25 cm de diâmetro e até 60 cm de profundidade, sendo que nos 30 cm superiores do solo ocorre a maior concentração. A partir do centro da parte superior do caule vão se formando novas folhas, que emergem deste ponto de crescimento como um anel, formando um tubo e constituindo-se numa bainha foliar. As folhas emergem em posição alternada, sendo que cada uma cresce a partir do lado oposto ao da antecedente, e as mais novas são cobertas pelas mais velhas. Com o crescimento, a bainha das folhas projeta-se para fora do solo e o conjunto delas forma uma estrutura firme, conhecida como pseudocaule ou “pescoço”. As folhas vão sendo formadas numa taxa uniforme, à proporção de uma por semana, até o início da formação dos bulbos. Com o desenvolvimento normal da planta, se as condições ambientais e climáticas forem satisfeitas, ocorre o estímulo para a bulbificação e a planta passa a acumular as reservas na base das folhas. O entumescimento gradual das bainhas, que se sobrepõem umas às outras, constitui o bulbo, que começa a ficar visível. Com o início do 9 desenvolvimento do bulbo, cessa a produção de raízes e folhas, e após a completa formação dos bulbos, a planta entra em repouso vegetativo e inicia a maturação. Com a maturação plena, as bainhas das folhas externas secam completamente, formando uma película externa chamada túnica ou catáfila, brilhante, de coloração variável, conforme a cultivar. Neste estágio a cebola pode ser colhida e armazenada, pois entra em estado de dormência. Com a quebra da dormência inicia-se o ciclo seguinte, que é a fase reprodutiva, envolvendo a floração e a produção de sementes. Com o plantio dos bulbos, em condições ambientais favoráveis, a cebola emite as hastes florais. A iniciação do processo de florescimento ocorre dentro das partes vegetativas do bulbo verificando-se, subseqüentemente, a emissão e o alongamento da gemas que se transformam em escapos florais. Apesar de existirem poucas informações sobre as trocas bioquímicas associadas à transição da fase vegetativa para a reprodutiva, tem sido observada uma intensificação da atividade hormonal antes do início da formação da inflorescência. Podem ocorrer até vinte hastes florais por planta, as quais apresentam, no topo, as inflorescências. Quando ainda na fase de formação de botões, a umbela é envolta por uma película que se rompe antes da abertura das flores. As flores são numerosas, podendo ocorrer em número de até 2 mil por umbela. São flores perfeitas, hermafroditas, com pétalas brancas ou violáceas, com duas ou três brácteas. Os estames são inferiores e salientes, com um dente de cada lado, sendo o ovário ínfero, séssil e trilocular. O fruto é uma cápsula globular com duas sementes em cada lóculo. Após a maturação, as sementes tornam-se deiscentes, exigindo cuidados especiais na colheita para evitar perdas. 10 5. Cultivares Para que a cebolicultura possa continuar se desenvolvendo e se torne destaque no âmbito nacional, faz-se necessária a adoção de adequada tecnologia de produção, incluindo a utilização das cultivares que apresentam alto potencial genético para a qualidade e produtividade. De fato, a escolha da cultivar é o sucesso do produtor na produção e comercialização de sua safra. Como a preferência dos consumidores nos principais mercados nacionais e internacionais é pela cebola de formato arredondado e globular, este aspecto também passou a ser considerado para o planejamento das safras (Gandin et al., 2001). Grande variação pode ser observada entre as cultivares de cebola conhecidas atualmente. Segundo Gandin et al., (2001), as principais diferenças estão em relação às características de ciclo, à cor, ao formato e tamanho de bulbos, percentagem de matéria seca, pungência, índice de florescimento prematuro, respostas ao fotoperíodo, resistência a pragas e doenças, produtividade, tempo de armazenamento, retenção de casca e outros. Para a indústria, visando a desidratação, os bulbos devem apresentar alta concentração de sólidos solúveis, coloração branca e gosto pungente (forte). Para o uso em saladas as escamas devem ter o sabor adocicado, ser suaves e ter aspecto cremoso. Obviamente, todas essas características não podem estar presentes em um único cultivar, assim são necessárias cultivares específicas para as mais diversas finalidades e adaptação às mais diferentes épocas e regiões de cultivo. Além disso, o produtor deve levar em consideração o escalonamento de plantio, a fim de proporcionar melhor distribuição de atividades de transporte e colheita, práticas que exigem grande quantidade de mão-de-obra. Na cultura da cebola há disponibilidade de cultivares de polinização aberta e híbridos, sendo estes em menor escala. No Brasil predominam as cultivares do tipo `Baia Periforme´, as quais foram selecionadas para as principais regiões produtoras, embora o 11 país ainda importe sementes de cultivares precoces tipo `Texas Grano-502´ que são plantadas, principalmente, nas regiões de São Paulo e Vale do São Franscisco. Os híbridos mais comumente plantados são `Granex 429´, `Mercedes´ e `Linda Vista´, todos importados. Vale salientar a importância de o país desenvolver seus próprios híbridos, aspecto relevante para o sistema produtivo. De acordo com as exigências de fotoperíodo para bulbificação, as cultivares podem ser classificadas como sendo de dias curtos, intermediários e longos. As cultivares designadas de dias curtos simplesmente satisfazem-se com 11 a 12 horas diárias de luz para a bulbificação; as de dias intermediários necessitam 13 a 14 horas diárias de luz, e as de dias longos exigem comprimento de dia com 14 horas ou mais de luz. Se uma cultivar é exposta a uma determinada condição de fotoperíodo menor que o requerido para bulbificação, não há formação de bulbos e as plantas ficam imaturas, vegetando indefinidamente e não se desenvolvem, dando formação aos “charutos”. Por outro lado, se uma cultivar é submetida a um fotoperíodo acima do requerido (cultivares de dia curto em fotoperíodo maior que o crítico), a bulbificação iniciará precocemente, sem que a planta tenha se desenvolvido completamente, podendo haver a formação prematura e indesejável de bulbos de tamanho reduzido e sem valor comercial. As cultivares podem ainda ser agrupadas, quanto à duração do período vegetativo, como sendo de ciclo precoce, médio e tardio. As de ciclo precoce são pouco exigentes quanto ao comprimento do dia, apresentam paladar suave e não resistem ao armazenamento prolongado; as de ciclo médio, por sua vez, necessitam de dias mais longos para a bulbificação, apresentam paladar mais picante, amadurecem em dias longos e resistem melhor ao armazenamento que as precoces; as de ciclo tardio formam bulbos e amadurecem em dias mais longos que as anteriores, têm sabor picante e resistem bem ao armazenamento. 12 Quanto ao formato dos bulbos as cultivares de cebola classificam-se em: Cultivares de cebola cascuda bronzeada, que é o tipo-padrão da cebola da Argentina, necessitam ser desenvolvidas para as condições de cultivo brasileiro. Outro segmento que apresenta chances de expansão é o mercado de cebola doce, com menor pungência, visando exportação para o mercado americano. Seleções recorrentes fenotípicas para redução da pungência das diferentes populações de cebola precisam ser implementadas. A seguir estão descritas as cultivares de cebola mais plantadas no Brasil, classificadas em três grupos: Cultivares precoces (dias curtos), ciclo médio, e cultivares tardias (dias longos), a utilização dessas variedades varia segundo as regiões produtoras de cada estado, e também de acordo com o sistema de produção utilizado na região. 13 Cultivares de dias curtos Características (até 150 dias) Cultivar tropical de dias curtos (140-145 dias), vigorosa, uniforme e de elevada produtividade. Os bulbos apresentam formato redondo a um pouco alongado, casca Régia de coloração castanha, sabor médio a suave. Recomendada para plantio em SP, MG, Centro-oeste e SC (plantio precoce). Híbrido tropical de dias curtos (135-140 dias), uniforme no estalo, folhas cerosas, alta produtividade. Os bulbos apresentam formato redondo a um pouco alongado, Nova Fronteira casca de coloração castanha escura, sabor médio a pungente. Recomendada para plantio em SP, MG, Centrooeste e SC (plantio precoce). Híbrido tropical de dias curtos (125-135 dias), uniforme para estalo, alta produtividade; dos híbridos tropicais é o que apresenta ser mais precoce. Os bulbos XP6943 apresentam formato redondo, casca de coloração marrom, sabor médio. Recomendada para plantio em SP, MG, Centro-oeste e SC (plantio precoce). Híbrido tropical de dias curtos (135-140 dias), estalo uniforme, folhas cerosas. Os bulbos apresentam XP8418 formato redondo, casca de coloração marrom-escura, sabor médio. Recomendada para plantio em SP, MG, Centro-oeste e SC (plantio precoce). 14 Ciclo de 130 dias. Apresenta resistência ao Colletotrichun gloeosporioides e moderada tolerância ao Franciscana IPA 10 Thrips tabacci, bulbos de formato globoso-achatado e coloração roxo-avermelhada. Pode ser cultivada o ano todo na região nordeste. Híbrido de dias curtos (110-120 dias), vigorosa, resistente ao pendoamento. Os bulbos Híbrido Granex 33 apresentam formato tipo Granex, casca clara, sabor suave. Recomendada para plantio em SP e MG. Híbrido de dias curtos (105-115 dias), vigorosa, elevada produtividade. Os bulbos apresentam Híbrido Granex 429 formato redondo, casca clara, sabor suave. Recomendada para plantio no Nordeste. Cultivar de dias curtos (100-105 dias), super precoce. Os bulbos apresentam formato tipo pião, casca Texas Grano 502 clara, sabor suave. Recomendada para plantio no Nordeste. Cultivar de dias curtos (100-105 dias), super precoce, resistente à doença Raiz Rosada. Os bulbos Texas Grano 502 PRR apresentam formato tipo pião, casca clara, sabor suave. Recomendada para plantio no Nordeste. Variedade de dias curtos (145-150 dias), resistente à doença Raiz rosada. Os bulbos apresentam Red bone formato redondo, de cor arroxeada, sabor médio. Recomendada para plantio no Nordeste. 15 Ciclo de 140-150 dias. Híbrido de dias curtos para climas tropicais, resistente à Raiz Rosada, apresenta folhagem vigorosa, e forte. Os bulbos são uniformes de Mercedes formato globular, casca firme de coloração amarelodourada. Ciclo de 130-150 dias. Híbrido de dias curtos, resistente à Raiz Rosada, apresenta fechamento de talo Princesa firme, folhagem vigorosa e boa capacidade de armazenamento. Os bulbos são uniformes de formato arredondado, casca de coloração amarela. Ciclo de 140-150 dias. Híbrido de fechamento de talo firme, resistente à Raiz Rosada, apresenta Linda Vista folhagem vigorosa. Os bulbos são uniformes de formato globular, casca firme de coloração amarelo-clara, pouco pungente e doce. Ciclo de 140-150 dias. Híbrido de dias curtos, resistente à Raiz Rosada, apresenta folhagem vigorosa, Duquesa boa adaptação a climas tropicais e temperados. Os bulbos são uniformes de formato globular, casca de coloração amarelo-dourada, sabor suave. Ciclo de 145-150 dias. Híbrido resistente à Raiz Rosada. Os bulbos são uniformes de formato Lara globular e casca de coloração amarela. 16 Ciclo de 120-130 dias. Híbrido com bulbos Primavera uniformes de formato globular achatado, sabor suave, e casca de coloração amarelo-brilhante. Ciclo de 125-130 dias. Híbrido resistente à PS 1190 Raiz Rosada. Os bulbos são uniformes de formato globular, sabor suave, e casca de coloração amarela. Ciclo de 100-120 dias. Resistente à Raiz Texas Early Grano 502 Rosada. Os bulbos são uniformes de formato globular e casca de coloração amarelo-clara. Cultivar tropical de dias curtos (145-150 dias) do tipo baia periforme, folhas cerosas e alta uniformidade para estalo. Os bulbos apresentam formato redondo, casca Serrana de coloração amarelo-ouro, sabor médio a pungente. Recomendada para plantio em SP, MG, Centro- oesteeSC(plantio precoce). Ciclo de 150 dias. Específica para conserva. White Creole Os bulbos apresentam formato globular, de coloração branca. Cultivares de dias Intermediários Características (150-180 dias) Ciclo de 165 dias. Os bulbos apresentam Pera Ipa 6 formato globular alongado, de coloração amarela. 17 Ciclo de 170 dias. Os bulbos apresentam Rio Grande Bojuda formato globular, de coloração amarela. Ciclo de 170 dias. Os bulbos apresentam Texas Grano 502 formato globular, de coloração amarelo-clara. Ciclo de 165 dias. Os bulbos apresentam Bola Precoce formato globular, de coloração amarela. Ciclo de 165 dias. Resistente à Raiz Rosada, Híbrida Granex Isla baixa conservação. Os bulbos apresentam formato Importada globular, de coloração amarelo-clara. Híbrido tropical de dias intermediários (160170 dais) com ciclo 10-15 dias mais precoce que a variedade Crioula, estalo uniforme, folhas cerosas. Os XP8010 bulbos apresentam formato redondo, casca de coloração marrom-escura com várias camadas, sabor médio e pungente. Recomendada para plantio em PR, SC e RS, excelente desempenho no Nordeste. Ciclo de 170-180 dias, excelente uniformidade de maturação (estalo), mais precoce que a Baia Periforme, Híbrido Baiadura AG-732 vigorosa. Os bulbos apresentam formato bojudo, de coloração amarelo-castanha, com excelente conservação. Cultivar apresenta ciclo de 160 a 170 dias, a planta é vigorosa, os bulbos apresentam formato Baia Periforme periforme, de coloração amarelo-castanha, com boa conservação. 18 Ciclo de 170-180 dias. Mais precoce que a Baia Periforme, vigorosa. Os bulbos apresentam formato Bola precoce EMPASC352 bojudo, de coloração amarelo-castanha, com boa conservação. Ciclo de 165 dias. Utilizada a planta toda para Baia Periforme Super Precoce tempero, fácil rebrote. Os bulbos apresentam formato globular alongado, de coloração amarela. Cultivares de dias longos Características (mais de180 dias) Ciclo de 180-200 dias. Resistente ao Mal das Sete Folhas, vigorosa. Os bulbos apresentam formato Roxa do Barreiro bojudo achatado, de coloração roxa, com média conservação. Ciclo de 180-200 dias. Ótima conservação. Os Baia Periforme bulbos apresentam formato globular alongado, de coloração amarela. Ciclo 180 dias. Os bulbos apresentam formato Roxa (Red Creole) achatado, de coloração roxa. Cultivar tropical de dias intermediários (180200 dias), vigorosa, estalo uniforme, folhas cerosas. Os Montana bulbos apresentam formato redondo, casca de coloração marrom-escura com várias escamas, sabor pungente. Recomendada para plantio em PR, SC e RS. 19 Crioula Os bulbos apresentam formato globular, de coloração amarela. Ciclo de 180-200 dias. Adapta-se bem na Região Sul, vigorosa. Os bulbos apresentam formato Jubileu periforme achatado, de coloração amarelo-castanha, com boa conservação. Ciclo de 180 dias. Resistente à Peranospora destructor. Os bulbos apresentam formato globular Conquista alongado, decoloração amarela. 6. Condições edafo-climáticas preferenciais para cebola É uma hortaliça cuja adaptação em determinada localidade é condicionada por fatores ambientais, notadamente o fotoperíodo e a temperatura (Jones & Mann, 1963). Brewster, (1977) também mostrou que a formação de bulbos e crescimento vegetativo são influenciados pela temperatura e fotoperíodo, e que este governa a produção de bulbos e a temperatura atua sobre o florescimento e a produção de sementes (Brewster, 1994). Mesmo que o comprimento do dia seja o principal fator indutivo da bulbificação, seus efeitos são modificados pela temperatura, durante a etapa de formação do bulbo. Uma vez alcançado o fotoperíodo crìtico para a bulbificação, ou seja, sob condições favoráveis de fotoperíodo, as temperaturas baixas têm retardado a bulbificação, enquanto que as altas aceleram a formação do bulbo nesta etapa, demonstrando a existência de uma interação entre estes dois fatores (Guimarães et al., 1988; Silva & Vizzoto, 1990; Melo & Ribeiro, 1989). Warnock et al, 1993) também demonstra em seus trabalhos a interação entre fotoperíodo, temperatura e idade da planta no desenvolvimento de cebola. Portanto, se as 20 condições climáticas não satisfizerem às exigências próprias da cultivar, pode ocorrer a não-bulbificação, a emissão precoce do pendão floral, a formação de ``charutos´´ e de pequenos bulbos (Mascarenhas, 1980), ou seja, independente do manejo a cebola sempre necessitará de um fotoperíodo e temperatura para iniciar a bulbificação (Barbedo et al., 1991). Entretanto, mesmo com a interação de fotoperíodo e temperatura satisfeitas outros fatores como irrigação (de Lis et al., 1967; van Eeden and Myburgh, 1971; Chaudhry and Erinne, 1984), aplicação de fertilizantes (Hassan and Ayoub, 1978), competição de plantas daninhas (Hewson and Roberts, 1973) e densidades de plantas (Rogers, 1977) são limitantes no processo de bulbificação. A taxa máxima de desenvolvimento fisiológico no interior do bulbo ocorre a 15ºC, quando a cebola está armazenada. Já a iniciação floral normalmente requer temperaturas baixas, não devendo exceder a 17ºC, sendo que a amplitude é de 9 a 13ºC, indicando que as perdas por brotação que ocorrem na região produtora têm uma relação com este fator. Isto pode ser interpretado como um efeito direto da temperatura sobre o processo de vernalização ou pode envolver uma interação entre vernalização e taxa de desenvolvimento. A emergência das hastes florais, subseqüente à iniciação floral, tem seu desenvolvimento favorecido sob temperaturas próximas a 17ºC (Brewster, (1 e 2), 1977; Melo & Ribeiro, 1989). A reversão da fase reprodutiva à condição vegetativa (desvernalização) pode ocorrer quando os bulbos que iniciaram a fase reprodutiva são submetidos a temperaturas de 28 a 30ºC. No entanto, existem diferenças varietais quanto às exigências de temperatura e duração do período de vernalização (Melo & Ribeiro, 1989). Portanto, o fotoperíodo é decisivo na bulbificação, sendo a cebola planta de dia longo para bulbificar, ou seja: requer um fotoperíodo igual ou maior do que um valor 21 crítico exigido pela cultivar. Entretanto, somente haverá bulbo se a temperatura for favorável (interação). As temperaturas devem ser amenas durante o período de vegetação, ligeiramente mais elevadas na bulbificação e ainda mais altas na maturação. A época de plantio deve ser definida em função da compatibilização das exigências fisiológicas da cultivar a ser plantada, com as condições ambientais locais e do mercado consumidor. Em linhas gerais, no Centro-Sul a semeadura é efetuada, diretamente ou para a produção de mudas, de fevereiro a maio. A alta luminosidade origina plantas e bulbos maiores, elevando a produtividade, uma vantagem em clima tropical. Semeadura tardia origina colheita sob chuvas intensas, o que é negativo. A Região Sul, que compreende os estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, efetua a semeadura no período compreendido de abril a junho, com colheita de novembro a janeiro. A Região Sudeste, representada por São Paulo e Minas Gerais, faz semeadura no período de fevereiro a maio e colheita de julho a novembro.A Região Nordeste, representada pelos estados da Bahia e Pernambuco, privilegiada pelas condições climáticas, pratica a semeadura de janeiro a dezembro com concentração nos meses de janeiro e março, possibilitando um escalonamento de plantio e produção com oferta de cebola em diferentes períodos. Com isso, há condições de auto-suficiência no abastecimento interno do país ao longo do ano (Costa et al., 2002). 22 A altitude e a latitude condicionam o clima e a época de plantio. Variação do fotoperíodo em função da latitude e da época do ano, Brasil Latitude Fotoperíodo Janeiro (horas de luz) Junho Dezembro 0º 12,0 12,0 12,0 09º S (PE) 12,5 11,5 12,5 15º S (DF) 12,5 11,1 12,0 23º S (SP) 13,5 10,0 13,5 32º S (RS) 14,5 9,0 14,5 FONTE: Silva e Vizzotto (1990). 7. Tipos de Propagação utilizada em cebola : A cultura da cebola pode ser propagada de maneira Botânica e Vegetativa. 7.1 Propagação Botânica A semente é o principal insumo para o estabelecimento de uma lavoura de cebola. É dela que depende, prioritariamente, a qualidade e a quantidade da produção. Embora a cebolicultura seja uma atividade tradicional em São Paulo, Bahia e Pernambuco, esses estados não dispõem de frio suficiente para a produção de sementes de cebola. Tais condições climáticas são encontradas apenas no extremo Sul do Brasil. O Rio Grande do Sul foi o primeiro Estado a se organizar e manter um serviço de produção de sementes fiscalizadas (Madail & Stumph, 1987). As sementes de maior peso expressam condições fisiológicas superiores, originando mudas melhores. 23 Santa Catarina não alcançou ainda auto-suficiência na produção de sementes, necessitando importar anualmente em torno de mais de 90% da sua demanda, principalmente do Estado do Rio Grande do Sul (Debarba et al., 1998). A semente de cebola utilizada no Estado de Santa Catarina é proveniente das cultivares de polinização aberta, sendo o seu preço diretamente relacionado à disponibilidade dos bulbos que lhe dão origem. Por isso é comum o agricultor adquirir maior quantidade de semente nos anos de baixo preço e armazenar para a semeadura nas safras seguintes. Muitos cebolicultores produzem suas próprias sementes, mas nem sempre armazenam corretamente (Debarba et al., 1998). Dentre os fatores limitantes do meio ambiente que mais influem na conservação das sementes, os mais importantes são: temperatura e umidade relativa (Beattie et al., 1953; Amaral et al., 1982; Thomazelli et al., 1990). Thomazelli et al., (2000) avaliaram que sementes de cebola acondicionadas em sacos plásticos e armazenadas em freezer, com temperatura de aproximadamente –18ºC além de não perderem suas características fisiológicas ainda apresentaram uma boa germinação. Em seis anos de experimentação a variação de germinação foi de apenas 2,5% em média, considerando que a germinação inicial da semente era de 96% e os resultados dos testes apresentaram variação 89 a 95% media de 93,5%. Segundo Paulo César de Melo, em entrevista publicada no Informe Agropecuário 2000, o uso de sementes híbridas no Brasil corresponde a 10 a 12% do total da área cultivada e a semente de cebola é 100% importada com preços muito altos chegando a equivaler 15% do custo total de produção para plantio de 1,0 ha. Quanto às vantagens dos híbridos ele destaca: uniformidade de bulbificação, vigor e potencial produtivo. Mas o desempenho dos híbridos logicamente vai depender de outros fatores culturais adotados pelos produtores. 24 7.2 Propagação Vegetativa O processo baseia-se em não permitir que a planta de cebola cresça muito para bulbificar, dando origem a bulbos pequenos que são chamados bulbinhos. Isto é feito por meio de semeadura tardia e maior competição entre plantas por água, nutrientes e luz. Os bulbinhos são colhidos e armazenados e, posteriormente, plantados no campo (Oliveira, 1957). Método muito utilizado em regiões montanhosas do estado de São Paulo, onde semeia-se em junho-julho, colhe-se com 3 meses e o novo plantio, agora dos bulbinhos, é feito em fevereiro-março, com colheita em 4 meses. A grande vantagem é a colheita em maio-junho, quando os preços geralmente são mais elevados. 8. Tipos de plantio A diferenciação entre os métodos não está somente no tipo de plantio, mas também nas práticas culturais utilizadas. A seguir são apresentados os três tipos de cultivo de cebola mais utilizados no Brasil: 8.1 Semeadura direta Um dos maiores desafios do produtor, ao fazer a semeadura direta, é obter adequada emergência das sementes plantadas, que é largamente dependente do potencial de água no solo. Para que haja emergência acima de 80%, o solo deve estar na capacidade de campo, ou seja, próximo a 0 (zero) MPa de potencial osmótico . Uma vez atendida a necessidade da água , a taxa média de emergência e a distribuição das plântulas emergidas são amplamente determinadas pela temperatura, cuja faixa ideal é de 20ºC a 22ºC (Brewster,1994). 25 A semeadura direta da cebola é comum nos Estados Unidos e em diversos países da Europa, sendo pouco utilizada no Brasil, embora em expansão nos estados de Minas Gerais, Goiás e São Paulo (Ferreira, 2000) . No entanto, esta técnica exige maiores cuidados, principalmente em relação ao tipo de solo e sua umidade. A emergência de sementes de cebola é afetada pelo encrostamento do solo e à taxa de evaporação que determina o conteúdo de água no campo (Rapp et al., 2000). Em solos bem drenados, a irrigação por aspersão, convencional ou por pivô, a semeadura poderá ser feita no nível do solo, em fileiras ou sulcos com utilização de 12 a 50 sementes por metro de sulco ou fileira (Fontes et al., 1980; Guimarães et al., 1996; Voss, 1999). Os sulcos de semeadura são feitos com 1,0 a 1,5 cm de profundidade, espaçados de 20 a 40 cm, ou linhas duplas de 20 x 20 x 40 cm. Se houver a necessidade, faz-se o desbaste do excesso de plantas (Kassab, 1994; Minami & Tessarioli , 1994). Neste caso, a semeadura direta pode tornar-se mais cara em relação ao transplante de mudas, uma vez que há maior gasto de sementes. As maiores produções foram obtidas com densidades de 80 pl/m2 com produção comercial de 32,8 t/ha no primeiro ano e 59,0 t/ha no segundo ano (Rumpel, 2000). A semeadura com semeadouras a vácuo espaçam as sementes adequadamente sem necessidade de estas serem revestidas ou peletizadas. A peletização aumenta a eficácia da semeadura, porém também aumenta os custos. Embora pareça ser pouco generalizado, a menção do uso de sementes de cebola condicionadas osmoticamente pelo método priming, isto é, a controlada hidratação da semente seguida pela secagem (Lopes et al., 1996), já vem sendo usada para quebrar a dormência e acelerar a germinação e melhorar a uniformidade de aparecimento da radícula. 26 8.2 Transplante de mudas Atualmente, a produção de mudas de hortaliças está se expandindo, surgindo produtores especializados. Essa tecnologia desenvolveu-se gradativamente e hoje está consolidada no sistema produtivo de hortaliças. Isto foi possível devido a vários fatores como: uso de híbridos, ambiente protegido, sistemas automatizados e precisos de semeadura e de irrigação, substratos específicos e fertilizados, bandejas para produção de mudas, entre outros produtos específicos. O cultivo da cebola na maioria dos estados brasileiros baseia-se na produção de mudas em canteiros e transplante destas para local definitivo. Este processo absorve grande quantidade de mão-de-obra, o que contribui significativamente para o aumento do custo de produção. Segundo Guimarães et al., (1996) o transplante apresenta um aumento de 21% no custo de produção. A qualidade da muda utilizada na propagação apresenta papel importante dentro do contexto produtivo, sendo o sucesso de seu cultivo diretamente relacionado com a qualidade das mudas utilizadas no transplante. Minami, (1995 ab); Souza & Ferreira, (1997), consideram a formação de mudas uma fase de extrema importância. Uma muda mal formada, debilitada, compromete todo o desenvolvimento da cultura, aumentando seu ciclo e, em muitos casos, ocasionando perdas na produção. Segundo Boff & Debarba (1999), as recomendações para transplante são mudas com pesudocaule com 5 a 7 mm de diâmetro, altura média de 18 a 20 cm, que geralmente ocorrem de 40 a 60 dias da semeadura. Para a semeadura gasta-se de 3 a 5g de semente/m2, é realizada direto no canteiro a lanço ou em sulco(Blanco et al., 1997). Controle fitossanitário, capinas e irrigação ocorrem quando necessário. 27 As mudas formadas na sementeira são transplantadas com raiz nua, sem torrões ao seu redor, sendo muito sensíveis às variações climáticas, podem sofrer danos no sistema radicular que fica exposto a contaminações de patógenos (Souza & Ferreira, 1997). No canteiro não há uma restrição de espaço e o volume de solo explorado pelo sistema radicular das plantas é muito superior, favorecendo a produção de bulbinhos maiores. Neste sistema, a distribuição regular das plantas não ocorre, nem a uniformidade nas características físico-químicas do solo, quando comparado à produção nas bandejas (Cardoso, 1997). Com isso, produtores estão procurando uma alternativa no método de plantio. Observa-se uma mudança da produção de mudas no campo para a produção de mudas em estufas, utilizando bandejas de isopor (poliestireno expandido). A produção de mudas em recipientes é uma evolução com relação à produção de mudas em canteiros. Permite individualizar a produção, tendo, portanto, um melhor controle ambiental no processo produtivo (Tessarioli, 1994). Dentre os sistemas de produção de mudas, o uso de bandejas de isopor tem se mostrando eficiente sob diversos aspectos: menor custo no controle de doenças e pragas, economia de espaço dentro da casa de vegetação, bem como alto índice de pegamento após transplante (Modolo & Tessarioli, 1999). Geralmente, a formação de mudas é feita em bandejas de isopor com 288 células, e o transplante ocorre 40-60 dias após a semeadura, com três plantas por células (Ferreira, 2000). Pereira & Martinez (1999) ressaltaram que a existência de tipos de bandejas com materiais e tamanhos de células diferentes possibilita a automação de operações, como semeadura, irrigação, adubação, controle fitossanitário e manejo do ambiente; tem reduzido os custos e aumentado a qualidade de mudas produzidas. 28 As bandejas utilizadas são de plástico ou de poliestireno expandido, sendo que o último apresenta a vantagem de possuir melhor isolamento térmico, permitindo um melhor desenvolvimento das mudas, mesmo em condições extremas de temperatura (Tessarioli Neto, 1995). O sistema de bandejas proporcionou um aumento no número de culturas desenvolvidas a partir de transplantes, devido à presença do torrão, que causa menor trauma de transplante, o que reduz ainda mais o ciclo da cultura no campo e torna a cultura mais rentável (Minami, 1995). As regiões produtoras de cebola do Brasil têm utilizado diversas densidades de plantio. Para o plantio por mudas, em algumas regiões utiliza-se 40-50 cm entre linhas e 10-22 plantas/metro linear de cultivo. Esta variação no número de plantas por metro linear ocorre principalmente devido ao tipo de cultivo e a cultivar utilizada. Segundo Ferreira, (2000) alguns cultivares, em especial os híbridos, aceitam um aumento da densidade de plantio; para outros cultivares essa maior densidade pode ocasionar um aumento da incidência de doenças ou produção de bulbos de menor tamanho. Outro importante fator a ser mencionado relaciona-se à localização do terreno. Plantios em locais menos sujeitos à alta umidade, com melhor ventilação, aceitam melhor um aumento na densidade. Plantamse as mudas na mesma profundidade em que estavam, na sementeira. Em outras regiões, o espaçamento de plantas utilizado no canteiro definitivo é de: 25-30 cm x 5-10 cm. Os canteiros construídos com enxadas rotativas apresentam largura de 1,0 a 1,2 m (Ferreira, 2000) Estudos desenvolvidos por Mondal et al., (1986) mostraram que o espaçamento e a densidade na população das plantas influenciam significativamente no desenvolvimento dos bulbos. Dependendo do método de cultivo utilizado, obtêm-se bulbos de diferentes formatos. Mudas de cebola plantadas em maior profundidade podem formar bulbos de 29 formato mais alongado. Solos leves possuem tendência à formação de bulbos mais arredondados, ou, em alguns casos, mais achatados; e o contrário ocorre em solos pesados. 8.3 Método dos Bulbinhos: O processo de bulbinho compreende duas fases: a semeadura em canteiro para a sua obtenção e, após um período de armazenamento, o plantio destes bulbinhos para a produção de bulbo comercial. A formação de bulbinho baseia-se em não permitir que a planta de cebola cresça muito para bulbificar, dando origem a bulbos pequenos. Isto é feito por meio de semeadura tardia e maior competição entre as plantas por água, nutrição e luz (Oliveira, 1957). A semeadura pode ser feita de fins de junho a fins de agosto, época com fotoperíodo indutivo que estimula a formação rápida de bulbos, utilizando-se de 0,3 a 0,5 g de sementes por metro linear de sulco, espaçadas em 15 cm, ou 3 a 4 g de sementes por metro quadrado de canteiro, sendo semeadas a lanço. Os bulbinhos apresentando as folhas quase secas e a maioria tombada, com diâmetros em torno de 0,8 a 2,5 cm, são colhidos em outubro e novembro, curados ao sol, protegidos pelas folhas, e depois são colocados em galpões bem arejados e sem luz, retirando-se periodicamente os bulbinhos que apodrecerem (Barbedo et al., 1991; Minami & Tessarioli, 1994; Cardoso, 1997). Os cultivares devem apresentar boa conservação durante o período de armazenamento, que vai até fevereiro do ano seguinte (período de dormência). A produção de bulbinhos em canteiros e a campo aberto é um sistema pouco eficiente quanto à parte fitossanitária, pois é muito vulnerável quando exposto às condições ambientais. As sementes ficam bastante desuniformes (solo, chuvas etc) conseqüentemente a germinação, emergência e crescimento das plântulas também são irregulares, levando a obtenção de estandes falhos e desuniformes (Minami, 1995). 30 Os cebolicultores paulistas utilizam o sistema de produção por bulbinhos, a fim de produzir bulbos na entressafra (Costa, 1978). Após o período de formação do bulbinho inicia-se a segunda etapa com o plantio dos mesmos. O plantio no campo é realizado de fevereiro a março, após a quebra de sua dormência. Para tal, pode ser realizado um teste de germinação com uso de um substrato úmido (Barbeto et al., 1991). Plantios rasos resultam em bulbos mais achatados, enquanto plantios profundos resultam em bulbos mais alongados. No momento do plantio, eles deverão estar maduros, uniformes, firmes, livres de podridões e danos causados por insetos, doenças, excesso de umidade, danos mecânicos ou outros. O plantio dos bulbinhos é feito manualmente, embora em outros países seja feito com máquinas. No ato do plantio, de preferência colocar os bulbinhos de cabeça para cima, pois, quando plantados na posição horizontal (deitados) produzem apenas 75%, e se plantados na posição invertida (cabeça para baixo) produzem apenas 20% (Colby et al., 1945). A condução da cultura segue as orientações enumeradas para o transplante de mudas. A colheita dos bulbos ocorrerá em maio-junho não sendo normalmente produzidos bulbos de excelente qualidade (Fontes et al., 2002). 9. Preparo do solo O preparo do solo dependerá do método de plantio. Quando efetuado diretamente no campo (semeadura direta), o solo deverá ser bem destorroado, geralmente são feitas duas arações e duas gradagens. Entretanto, alguns produtores já adotaram a técnica de plantio direto, onde não há a necessidade de revolvimento do solo. 31 Quando feito por mudas ou bulbinhos, o destorroamento não necessita ser tão rigoroso. A calagem e o manejo das ervas daninhas, anteriormente ao plantio, são práticas indispensáveis ao preparo do solo. A cebola é fracamente tolerante à acidez (pH 6,0 –6,8). Pode ser cultivada em solos neutros e alcalinos até pH 7,6, desde que não haja deficiência de nutrientes. Solos profundos de textura média e suficientemente férteis devem ser preferidos para se cultivar a cebola, pois possibilitam bom desenvolvimento das raízes e dos bulbos. Solos muito argilosos dificultam a formação dos bulbos, além de deformá-los, aumentando o número de “charutos’’. Solos fracamente arenosos apresentam o inconveniente de baixa retenção, tanto de umidade como de adubos aplicados. Solos de má drenagem, facilmente encharcáveis, devem ser evitados. A topografia deve favorecer as práticas de mecanização, irrigação, bem como as medidas conservacionistas. 10. Calagem Valores de pH em água menores que 4,9 (Jasmin et al., 1962) e 4,0 ou menor em KCl 1,0 N (Lierop et al., 1980), em solos orgânicos, e valores de pH em água 6,2 a 6,4 ou em CaCl2 5,7 a 5,9 (Asigbu, 1989) mostraram-se satisfatórios na produção de cebola . Portanto, em solos com pH em água entre 6,0 e 6,5, a cebola produzirá bem, e naqueles ácidos, a prática da calagem torna-se essencial para neutralização do alumínio trocável e fornecimento de cálcio e magnésio. 11. Nutrição Mineral da planta As quantidades de elementos extraídos por uma cultura dependem, entre outros fatores, da cultivar e da produtividade das colheitas. Algumas cultivares, plantadas em 32 determinados tipos de solo, extraem maiores quantidades de elementos nutritivos que outras, isto, talvez, se deva ao fato de que as diversas cultivares necessitam de diferentes quantidades de elementos e, quando disponíveis, alguns deles podem ser absorvidos em quantidades que excedam suas exigências metabólicas. De um modo geral, a absorção de nutrientes segue o padrão de crescimento da planta (Magalhães, 1988; Fontes, 1980). Haag et al., (1970) estudaram a absorção dos nutrientes pela cebola da variedade Baia Periforme Precoce de Piracicaba. Observaram que o crescimento da planta é lento até 85 dias, intensificando-se após esta idade. O acúmulo de matéria seca, nos bulbos, é lento no início, intensificando-se após os 145 dias, chegando a aumentar 50% do peso final nos últimos 30 dias do ciclo. Observaram que a absorção de nutrientes acompanha o crescimento, a concentração de nutrientes eleva-se lentamente para atingir o seu máximo em torno dos 130 dias, tanto na parte aérea como no bulbo para nitrogênio e para fósforo. Por outro lado, o potássio atinge o máximo aos 100 dias e o seu teor porcentual, à semelhança daqueles de nitrogênio e fósforo, decresce à medida que a planta vai atingindo o final do ciclo. Quanto à absorção de nutrientes, verificaram que dos 85 dias aos 145 dias, aumenta a intensidade de absorção, especialmente do potássio e do nitrogênio. A partir dos 145 dias até o final do ciclo ocorre um sensível aumento na absorção do potássio, do nitrogênio e em menor escala do enxofre, fósforo, magnésio e cálcio. O nitrogênio contribui decisivamente para a melhoria da produção de cebola, sendo absorvido em grandes quantidades, superado somente pelo potássio. Dentre as práticas culturais para a melhoria do manejo da adubação nitrogenada da cebola, inclui-se o parcelamento das doses aplicadas, que pode diminuir as perdas por lixiviação, principalmente em solos de textura arenosa, e também reduzir custos de produção e promover aumentos na produtividade. A melhoria do manejo da adubação nitrogenada se faz necessária, uma vez que a eficiência da absorção de nitrogênio varia de 15 a 30% 33 (Wiedenfeld & Braverman, 1991), de modo que quantidades substanciais permanecem no solo após o cultivo, representando risco de poluição de águas subterrâneas (Greenwood, 1990). Deve-se também alertar para o fato de que aplicações de N próximas ao final do ciclo podem retardar o amadurecimento dos bulbos e, ainda, resultar na produção de bulbos com “pescoço grosso” (Brewster et al., 1989). A quantidade de nutrientes absorvida pela cebola varia com os fatores água, luz, temperatura, outros nutrientes, e população de plantas por área etc. Assim, a obtenção da marcha de absorção de nutrientes torna-se ferramenta indispensável para uma recomendação de fertilizantes, preferencialmente em condições locais (Haag et al., 1970). Geralmente, a falta do elemento no solo resulta no aparecimento de sintomas de carência na planta. Entretanto, para se fazer a identificação do elemento, é necessário que se tenha um conhecimento preciso e claro da sintomatologia da falta do nutriente. As principais deficiências minerais são: Nitrogênio: Diminuição no ritmo de crescimento. Folhas mais velhas amarelecem, secam e caem. As poucas folhas novas mostram-se finas e delicadas. Bulbos de tamanho reduzido (Haag et al., 1968). Fósforo: Folhas mais velhas mostram-se amarelecidas e secam facilmente. As folhas intermediárias e as mais novas apresentam coloração verde-escura. Bulbos de tamanho reduzido (Haag et al., 1968). Potássio: Folhas velhas de coloração amarelada e secamento nas pontas. Desenvolvimento menor do bulbo (Haag et al., 1968). Cálcio: Folhas novas, de aspecto aparentemente normal, tombam repentinamente sem se fraturarem, e após alguns dias secam a partir do ápice no sentido da base. Com a progressão da carência, o fenômeno se repete nas folhas intermediárias e nas velhas (Haag et al., 1968). 34 Magnésio: Secamento do ápice das folhas. Bulbos pequenos (Carolus, 1934 e Haag et al., 1968). Boro: Inicialmente as folhas tomam uma tonalidade verde-azulada. As folhas mais novas tornam-se mosqueadas e enrugadas. Surge fendilhamento nas folhas velhas que ficam quebradiças. Paralisação do crescimento e morte das folhas a patir do ápice (Stuart & Griffin, 1944 e Kayama et al., 1964). Bulbos deficientes em boro apresentam sintomas de necrose interna, mais intensa ao redor e no ponto de crescimento. As escamas apresentam-se desidratadas. Microscopicamente, observa-se ausência da cutícula e mudança de forma das células epidérmicas das escamas. Os núcleos das células parenquimatosas apresentam-se entumescidos (Ribeiro, 1978). Cobre: Folhas adquirem coloração amarelo-parda. Necrose nas margens. Falta de solidez e firmeza da planta (Forsee, 1940 ; Adams, 1949). 11.1 Adubação da cebola em vários estados Tabela 1: Recomendação de adubação com fósforo (P) e potássio (K) para a cultura da cebola no estado de Minas Gerais. Argila (%) Baixo 60-100 < 5,4 Médio Bom Fósforo disponível (mg/dm3) 5,5-12,1 8,1-12,0 35-60 <8,0 8,0–20,0 12,1-18,0 >18,0 15-35 <12,0 8,1-20,1 20,1-30,0 >30,0 0-15 <20,0 12,0-30,0 300 16-40 __ 180 FONTE: Ribeiro et al., (1999). 30,1-45,0 Dose total de P2O5 (Kg/ha) 220 100 Potássio disponível ( mg/dm3) 41-70 71-120 Dose total de K2O (Kg/ha) 120 50 Muito bom >12,0 >45,0 50 >120 50 35 Tabela 3: Recomendação de adubação para a cultura de cebola nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina Nitrogênio (N) Fósforo (P) Potássio (K) Teor de MO Dose de N Teor de P Dose de P2O5 Teor de K Dose de K2O no solo (Kg/ha) no solo (Kg/ha) no solo (Kg/ha) < ou = 2,5 95 Limitante 250 Limitante 210 2,6 a 5,0 75 Muito baixo 200 Muito baixo 170 > 5,0 55 Baixo 160 Baixo 130 Médio 120 Médio 90 Suficiente 80 Suficiente 60 Alto < ou = a 50 Alto < ou = a 60 (dag/Kg) Valor de Reposição ® Valor de 35 Reposição ® > ou = a 90 FONTE: Comissão de Fertilidade do Solo- RS/SC (1995). Tabela 4: Adubação com fósforo e potássio com base na análise de solo Fósforo Potasio P no solo Dose de P2O5 K no solo Dose de K2O (mg/dm3) (Kg/ha) (cmolc/dm3) (Kg/ha) <6 180 < 0,08 180 6 a 10 135 0,08 a 0,15 135 11 a 20 90 0,16 a 0,25 90 > 20 45 > 0,25 45 FONTE: Costa et al., (1998). Na nossa biblioteca encontra-se cópia da Recomendação para o Estado do Pernambuco e da Paraíba. 36 Nas adubações em cobertura as maiores e menores quantidades de nitrogênio ou potássio dependerão do estado vegetativo das plantas no campo e da cultivar utilizada. As terras destinadas à cultura da cebola são muito adubadas e atingem facilmente níveis muito elevados de determinados elementos o que pode levar ao desequilíbrio na interação de nutrientes no solo (Vidigal et al., 2002). 11.2 Adubação orgânica Atualmente, é quase impossível pensar ou praticar produção de hortaliça sem reportar-se ao manejo orgânico dos solos, seja através da adubação verde, da cobertura morta ou de adubos orgânicos, tais como, esterco de galinha, suíno, bovino, compostagem etc. Os adubos orgânicos têm sua aplicação aprovada com diversas vantagens, tanto diretas como indiretas. Dentre estas pode-se citar a melhoria química e biológica do solo (Kiehl, 1985). A aplicação da adubação orgânica deve ocorrer cerca de 15 dias antes da semeadura ou plantio de mudas ou bulbinhos. A quantidade a ser aplicada no solo dependerá logicamente da análise de solo para matéria orgânica. Para o sistema de bulbinhos, deve-se analisar a textura do solo, tomando-se cuidado de empregar adubos orgânicos com baixos teores de nitrogênio. 12. Plantas daninhas O manejo feito para a implantação da cultura, a exigência da cultura por solos férteis e as sucessivas irrigações até próximo a colheita favorecem a germinação, crescimento e desenvolvimento das plantas daninhas, uma vez que a cultura é pouco competitiva com a comunidade infestante. Devido ao seu ciclo ser relativamente longo, são 37 necessárias várias capinas manuais, o que representa considerável aumento no custo de produção. A baixa competitividade da cultura em relação as plantas daninhas está relacionada com as características morfo-fisilógicas da planta. Segundo Shadbolt e Holm (1956), as folhas eretas e cilíndricas, o porte baixo e o lento desenvolvimento inicial da cebola, propiciam baixa capacidade de sombreamento do solo e, conseqüentemente baixo poder competitivo com as plantas daninhas. Dentre os vários fatores que influenciam na competição, a duração do tempo ou período em que as plantas daninhas podem provocar maior interferência na cultura, o controle com objetivo de minimizar as perdas na produção torna-se importante (Pitelli, 1985). Esse período, denominado por Pitelli & Durigan (1984) de período crítico de interferência (PCPI), possui amplitude que varia de acordo com o clima, com a população de plantas daninhas e com o balanço de folhas estreitas e folhas largas. Pitelli (1987) acrescenta ainda a cultivar, espaçamento, densidade de semeadura, ou transplante, tipo de solo e manejo cultural. O (PCPI) compreende o período antes da interferência (PAI) e o período total de interferência (PTPI). Tecnicamente, o final do (PAI) é a época ideal para iniciar o controle das plantas daninhas; entretanto, outros fatores devem ser considerados, como a susceptibilidae da cultura e das plantas daninhas à modalidade de controle empregada. O (PTPI) é o período em que a cultura deve ser mantida livre da presença de plantas daninhas, a fim de que a produtividade não seja reduzida significativamente, ou seja, plantas daninhas emergidas após este período não terão mais condições de interferir na produção (Pitelli e Durigan, 1984). 38 Portanto, o conhecimento das características morfo-fisilogicas das culturas econômicas e o período critico de interferência das plantas daninha é de fundamental importância para o sucesso do controle. Em cebola de semeadura direta como de transplante, a interferência das plantas daninhas, é muito prejudicial. 13. Irrigação As espécies olerícolas, de maneira geral, necessitam de altas disponibilidades de água para o seu bom desenvolvimento e produção, razão pela qual a suplementação com irrigação torna-se necessária, quando se pretende alcançar altas produções e produtos de melhor qualidade (Garrido & Caixeta, 1980). A cebola é considerada medianamente exigente em água, sendo a freqüência e o volume das regas dependentes dos fatores climáticos. São preferíveis as irrigações por aspersão ou infiltração, com o alagamento do terreno podendo levar ao apodrecimento dos bulbos. A irrigação deve cessar logo após a maturação, ou seja, pouco antes da colheita. Tal medida contribui para a conservação do produto após sua colheita (Angeletti & Fonseca, 1987; Minami & Tessarioli, 1994). Para Garrido & Caixeta, (1980) a escolha do método de irrigação deve levar em consideração suas características, ou seja, a eficiência de aplicação do método uma vez que este envolve desperdícios de água, podendo acarretar problemas de drenagem ou custos de produção altos. Segundo Araujo, et al. (1997) o consumo de água durante o ciclo da cebola corresponde a uma lâmina entre 4 e 5 mm/dia. O estádio mais sensível da cultura ao déficit hídrico é durante o crescimento dos bulbos, que se inicia aproximadamente aos 70 dias após a semeadura, podendo comprometer significativamente a produção. Quando o solo é mantido relativamente 39 úmido, sem excessos, o crescimento das raízes é reduzido, favorecendo o desenvolvimento do bulbo (Doorenbos; Kassam, 2000). O momento de suspender a irrigação pode ser verificado em campo, apertando-se o pseudocaule (pescoço) da planta entre os dedos. Quando cerca de 50% das plantas apresentarem “pescoço” macio é o momento de parar a irrigação (Araujo et al., 1997) Tanto a irrigação como o nitrogênio afetam a bulbificação (Ferreira, 1999), existindo um intervalo no teor de umidade do solo que proporciona melhores condições de disponibilidade de água às plantas, visando ao crescimento e produção, sendo que teores de água no solo concorrem intensamente para o decréscimo do desenvolvimento das plantas de cebola (Klar et al.,1972). A irrigação em excesso, além de favorecer a formação de bulbos duplos, também prolonga o crescimento das folhas e atrasa o processo de maturação. Riekels, (1977) ressaltou que atrasos na maturidade dos bulbos são causados por excesso de irrigação na ordem de 5 a 19 dias. A aspersão apresenta boa eficiência de aplicação, tendo como vantagem não exigir solo sistematizado para sua implantação (Garrido & Caixeta, 1980). Este método é o mais utilizado, recomendando-se uma irrigação a cada 4-6 dias; porém, de acordo com o tipo de solo e as chuvas que ocorrerem no período, o intervalo poderá ser menor ou maior (Ferreira, 2000). A irrigação por infiltração é mais econômica, aplica-se água aos sulcos, uma ou duas vezes por semana, até o bulbo atingir seu tamanho máximo, quando diminui-se o fornecimento de água (Filgueira, 2000). Sonnenberg (1981) ressaltou que a falta de água nos meses quentes causa o endurecimento e secagem das películas externas, comprometendo o desenvolvimento máximo do bulbo. 40 14 COLHEITA, CLASSIFICAÇÃO E EMBALAGEM A colheita é realizada procedendo-se ao arrancamento das plantas que tenham tombado. Após o arrancamento, são deixadas sobre o terreno por um ou dois dias para iniciar o processo de secamento das folhas e cura dos bulbos. Após esse período, deve-se recolher o produto colhido para completar a cura à sombra. Esta cura pode ser realizada de duas formas: a campo (deixar até 7 dias, sem exposição direta do sol) e no galpão (cura lenta, local arejado, seco, até a película soltar, a permanência das folhas favorece a cura). Após completar o processo de cura, a cebola tem a sua parte aérea eliminada, então pode ser classificada e embalada para a comercialização. A comercialização do produto é feita por bulbos com raízes e folhas aparadas, embalados em sacos telados de fibra de 20 ou 45 Kg podendo ser comercializados nos mercados atacadistas ou diretamente para grandes consumidores, como os supermercados. Os bulbos médios são preferidos e o enresteamento ainda é usado. Uma estocagem prolongada pode ser economicamente vantajosa. Para isso, colhem-se bulbos completamente maduros, e promove-se a cura perfeita. Os bulbos conservam-se bem, na forma de réstias, dependuradas. Também são armazenados soltos, ainda com a parte aérea, espalhados em camadas finas, sobre prateleiras. Uma perfeita circulação de ar é fundamental, na conservação (Deore et al.,1985). O ambiente deve ser amplo, arejado, fresco, seco e sombrio. Na Holanda existem armazéns apropriados, com circulação de ar forçada, promovida por exaustores. A cultivar é o fator preponderante na capacidade de conservação da cebola produzida. Aquelas menos exigentes em comprimento de dia, mais tardias, com película de cor mais carregada, apresentam maior capacidade de armazenamento. Contrariamente, as menos exigentes em fotoperíodo, mais precoces, que produzem bulbos de coloração muito clara, são as de menor capacidade de conservação. 41 É viável a frigorização de cebola utilizando-se câmaras com temperaturas em torno de 0 oC, ou de 2-4 oC, com umidade relativa do ar de 70-80% (Flores & Rivas,1986). 15. BIBLIOGRÁFICAS CONSULTADAS ADAMS, A.F.R. Copper defficiency of onions grown on peat. N. Z. J. Sci. Sect., 31 (3): 34-40,1949. AMARAL, A.S.; BICCA, L.H.F. Armazenamento de sementes de cebola em latas herméticas. Lavoura Arrozeira, v. 36, n. 337, p. 16-20, 1982. ANGELETTI, M. P.; FONSECA, A. F. A. da Instruções técnicas para o cultivo comercial de cebola em Rondônia, Porto Velho: UEPAE de Porto Velho, 1987. 21 p. (UEPAE de Porto Velho. Circular Técnica, 12). ARAUJO, M. de T. ARAUJO, B. V.; RODRIGUES, A. G. Semeadura direta versus transplantio no em cbola de primavera/verão. Horticultura brasileira, v.11, n.1, p.61., 1993. ARAÚJO, M. de T.; PERREIRA, L. S.; SILVA, H.R.; MASCARENHAS, M. H. T. Cultivo da cebola. Brasília: EPAMIG/EMBRAPA/CODEVASF, 1997, Folder. ASIEGBU, J. E. Response of onion to lime and fertilizer N in a tropical Ultisol. Tropical agriculture, London, v.66, n.2, p.161-166, 1989. BALBACH, A. As hortaliças na medicina domestica. 6a.ed. São Paulo: M. V. T., 1975. 398p. BARBEDO, C. J.; OLIVEIRA, D. L.; RODRIGUES,L. A. S. Influência de épocas de plantio e diâmetros dos bulbinhos para plantio, no cultivo de cebola em Bandeirantes – PR. Poliagro, Bandeirantes, v. 10, n. 1, p. 79-85, 1991. 42 BARUM, A. et al., Estudo de viabilidade técnica, econômica e financeira de um complexo produtivo, agroalimentar na zona sul do Rio Grande do Sul, 51p., Documento do Word 97, 1998. BEATTIE, J.H.; BOSWELL, V.R. Longevity of onion seed in relation to storage conditions. Proceedings American Society Horticultural Science, v. 35, p. 553, 1953. BERTOLUCCI, S. K. V.; PINHEIRO, R. C.; PINTO, J. E. B. P.; de SOUZA, R. J. Qualidade e valor nutracêutico da cebola. Informe Agropecuário, v.23, n.218, p.88-92, 2002. BLANCO, M.C.S.; GROPO, G.A.; NETO,J.T. Cebola (Allium cepa L.). Manual Técnico das Culturas. Campinas-SP, v.2, p.37-50, 1997. BOCK, K.R. Purple blotch of onion in Kenya. Annals Applied Biology, v.54, n.3, p.303-11, 1964. BOFF, P. Levantamento de doenças na cultura da cebola, em Santa Catarina. Fitopatologia brasileira, v.21, n.1, p.110-114, 1996. BOFF, P.; DEBARBA, J. F. Tombamento e vigor de mudas de cebola em função de diferentes profundidades e densidades de semeadura. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 17, n. 1, p. 15-19, mar. 1999. BREWSTER, J.L. The physiology of the onion (Part 1). Horticultural Abstracts, v.47, n.1, p.17-23, 1977. BREWSTER, J.L. The physiology of the onion (Part 2). Horticultural Abstracts, v.47, n.2, p.103-112, 1977. BREWSTER, J. L. Onions and other vegetable alliums. Cambridge: CAB International, 1994. p. 236 (Crop Production Science in Horticulture). Paulo. Piracicaba. 43 BREWSTER, J. L. BUTLER, H. A. Effects of nitrogen supply on bulb development in onion (Allium cepa L.). Journal of Experimental Botany, v.40, n.219, p.1155-1162, 1989. CAMPEGLIA, O.G. Competencia de las malezas con las cebollas (Allium cepa L.) de siembra directa. In: Congreso de la Asociacion Latinoamericana de Malezas, 3º, Mar del Plata, 1976. Trabajos y Resumenes, pp.75-85. CARDOSO, A. L. I., Seleção e cebola (Allium cepa L.) para bulbificação e maturidade no sistema de cultivo de bulbinhos de ‘ciclo curto’. 1997. 105 f. Tese (Doutorado)- Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São CARDOSO, A. L. I., COSTA, C. P. da. Produção de bulbinhos de cebola em bandejas de isopor. Scientia Agrícola, v. 56, n. 4, p. 969-974, out./dez.1999. CARNEIRO, L.C.; AMORIM, L. Influência da temperatura e do melhoramento foliar no monociclo do “mal-de-sete-voltas” da cebola. Fitopatologia Brasileira, v.24, n.3, p.422427, 1999. CAROLUS, R.L. Effects of magnesium deficiency in the soil on the yield, appearance and composition of vegetable crops. Proc. Amer. Soc. Hort. Sci., 32: 610-4, 1934. CHAUDHRY, A. B. ERINNE, E. C. Determination of optimum irrigation frequency for onion in the Kainji Lake Region of Nigéria Savanna. Gartenbauwissensccahft, v.49, p.117121, 1984. CHURATA-MASCA, M.G.C.; SANTOS. M.A.P. dos. Competição de cultivares de cebola. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE OLERICULTURA, 23. Rio de Janeiro, RJ. Resumos...SOB. p.36. 1983. CIOCIOLA jr, A. I.; FRANCA, F. H. CIOCIOLA, A. I. Pragas associadas á cultura da cebola e seu controle. Informe Agropecuário, v.23, n.218, p.68-74, 2002. COLBY, W. G.; GILGUT, C.J.; YEGIAN, H. M. The culture of set onions in Connecticut Valley. Massachusetts Agricultural Experimental Station, 1945. 16p. (Bulletin, 424). 44 COMISSÃO DE FERTILÇIDADE DO SOLO RS/SC. Recomendações de adubação e de calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. 3a. ed. Passo Fundo, 1995. 223p. COSTA, N.D.; FARIA, C. M. B. de; PERREIRA, J.R.; CANDEIA, J. A. Cebola (irrigada) Allium cepa L. In: CAVALCANTI, F.J. de A. (Coord). Recomendações de adubação para o estado de Pernambuco: 2a. aproximação. Recife: IPA, 1998, 127p. COSTA, N.D.; LEITE, D.L.; SANTOS, C.A.F.; CANDEIA, J.A.; VIDIGAL, S.M. Cultivares de cebola. Informe Agropecuário, BH, v. 23, n. 218, p. 20-27, 2002. COSTA, C. P. Melhoramento de cebola (Allium cepa L.) de dias curtos para sistema de cultivo. Piracicaba, 1978. 138p. Tese (Livre-Docência) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo. DEBARBA, J.F.; THOMAZELLI, L.F.; GANDIN, C.L.; SILVA, E. Cadeias produtivas do estado de Santa Catarina: cebola. Florianópolis: EPAGRI, 1998. 115 p. (EPAGRI. Boletim técnico, 96). DELLACECCA, V.; LOVATO, A. F. S.; STOFFELLA, P. J.; CANTLIFFE, D. J.; DAMATO, G. Effects of different plant densinties and planting systems on onion (Allium cepa L.) bulb quality and yield. Acta Horticulturae, The Hague, n.533, p.197-203, 2000. de LIS, B.R.; PONCE, I.; CAVAGNARO, J.B.; TIZIO, R.M. Studies of water requirements of horticultural crpos: II influence of drought at different growth stages of onion. Agronomy Journal, v.59, p.573-576, 1967. DEORE, B.P.; PATIL, S.K.; KATE, R.N. Studies on onion storage. Journal of Maharashtra Agricultural Universities, India, v.10, n.2, p.224, 3 ref., 1985. DOORENBOS, J.; KASSAN, A. H. Efeito da água no rendimento das culturas. Campina Grande. UFPB, 200. 221p. (FAO. Irrigação e Drenagem, 33). 45 DOMICIANO, N. L.; OTA, A. Y.; TEDARDI, C. R. Momento adequado para controle químico de tripes (Thrips tabaci) em cebola. Anais da Sociedade Entomológica do Brasil, Porto Alegre, v.22, n.1, p.77-83, 1993. DUARTE, R.L.R.; VELOSO, M.E.C.; MELO, F.B.; ATHAYDE SOBRINHO, C.; RIBEIRO, V.Q.; SILVA, P.H.S. Produtividade de cultivares de cebola no Semi-árido piauiense. Horticultura Brasileira, v. 21, n.2, p. 34-36, março 2003. EVERTS, K.L.; LACY, M.L. The influence of dew duration, relative humidity, and leaf senescence on conidial formation and infection of onion by Alternaria porri.Phytopathology, v.80, n.11, p.1203-7, 1990. EVERTS, K.L.; LACY, M.L. Factors influencing infection of onion leaves by Alternaria porri and subsequent lesion expansion. Plant Disease, v.80, n.3, p.276-80, 1996. FERREIRA. P.V. Aspecto fisiológico e implicações genéticas da cerosidade foliar em cebola (Allium cepa L.). Piracicaba. 1983 (Tese Doutorado – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” / USP). FERREIRA, L.R. Eficácia e seletividade de herbicida para a cultura da cebola em semeadura direta. 1997. 130 f. tese (doutorado) -Faculdade de Ciências Agrárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal. FERREIRA, M. D. Qualidade de bulbos de cebola em função de diferentes tratamentos pré-colheita. 1999. 90 f. Tese (Doutorado) - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba. FERREIRA, M.D. Cultura da cebola: Recomendações Técnicas, Campinas, SP : [s.n], 2000, 36 p. FILGUEIRA, F.A.R. Manual de Olericultura.2a. ed. São Paulo: Agronômica Ceres, 1982. 357p., v.2, p.141-160. 46 FNP Consultoria & Comércio. Anuário Estatístico da Agricultura Brasileira AGRIANUAL-2003. Cebola. São Paulo: FNP, 2003 p. 287-292 FONTES, P.C.; CAMPOS, J.P.; CASALI, V.W.D. Métodos de plantio de cebola visando a produção de bulbos. Informe Agropecuário, n.62, p.26-31, fev.,1980. FONTES, R.R. Solos, calagem e adubação química para a cultura da cebola. Informe Agropecuário, n.62, p.21-25, fev.,1980. FONTES, P. C. R. Cultura da cebola. Viçosa:UFV, 1998. 40p. (Cadernos didáticos, 26). FONTES, P.C.R.; SILVA, D.J.H. Métodos de produção de cebola. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 23, n. 218, p. 28-35, 2002. FORSEE, W.T. Recent plant responses to some of microelements on Everglades. Soil. Sci. Soc. Florida Proc., 25: 53-8, 1940. FRANCO, G. Tabela de composição química dos alimentos. 9a.ed. São Paulo: Atheneu, 1999. 307p. GALLO, D. et al. Manual de entomologia agrícola. São Paulo. Ceres, 1988. 648p. GANDIN. C.L.; TORRES. L.; GUIMARÃES, D.R.; THOMAZELLI, L.F.; DITRICH., R.C. Competição de cultivares de cebola Agropecuária Catarinense, v.2 . n.2. p.52-54. 1989. GANDIN, C.L.; GUIMARÃES, D.R.; THOMAZELLI, L.F.; BOEING, G. Escolha da cultivar adequada para a produção de cebola . Agropec. Catarin., v. 14, n.2, julho 2001. GARRIDO, M. A. T.; CAIXETA, T. J. Irrigação em cultura de cebola. In: Informe Agropecuário, Belo Horizonte, – cebola: Auto –suficiência e normalização do abastecimento. n. 62, p. 41-44, 1980. GONÇALVES, P. A. de S.; GUIMARÃES, D.R. Controle de tripés da cebola. Agropecuária Catarinense, v.8, n.2, p.44-46, 1995. 47 GONZAGA, V. Doenças causadas por nematóide em cebola. In: Informe Agropecuário, v.17, n.183, 1995. GREENWOOD, D. J. Production or productivity, the nitrate problem? Annals of Applied Biology, v.117, p.209-231, 1990. GUIMARÃES, D.R.; VIZZOTO, V.J.; DITTRICH, R.C. Mudas e épocas adequadas resultam em sucesso de produção e qualidade. Agropecuária Catarinense, Florianópolis, v.1, n.1, p.11-13, 1988. GUIMARÃES, D.R. & TORRES, L. Períodos de interferência das plantas daninhas sobre o crescimento e produção da cultura da cebola. In: Encontro de Hortaliças da Região Sul do Brasil, 3º , Curitiba, 1986. Resumos , p.40. GUIMARÃES, D.R.; TORRES, L.; DITTRICH, R.C. Avaliação do sistema de semeadura direta para a cultura da cebola Horticultura Brasileira, Brasília, v. 14, n. 1, p. 87, 1996. Resumo do 36º Congresso Brasileiro de Holericultura HAAG, H.P; HOMA, P.; KIMOTO, T. Nutrição mineral de hortaliças; IV. Deficiências de macronutrientes em cebola. Anais da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo. Piracicaba, v.25, p.203-212, 1968. HAAG, H.P; HOMA, P.; KIMOTO, T. Nutrição mineral de hortaliças; VIII. Absorção de nutrientes pela cultura da cebola. Anais da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo. Piracicaba, v.27, p.143-153, 1970. ASAN, M. S. AYOUB, A. T. Effects of N, P and K on yeild of onion in the Sudan Gezira. Experimenta Agriculture, v.14, p.29-32, 1978. HERISON, C.; MASABNI, J. G.; ZANDSTRA, B. H. Increasing seedling density, age and nitrogen fertilization increases onion yield. HortScience, v.28, n.1, p. 23-25, 1993. HEWSON, R.T. & ROBERTS, H.A. The effect of weed removal at different times on the yield of bulb onions. Journal of Horticultural Science, v.46, p.471-483, 1971. 48 HEWSON, R.T. & ROBERTS, H.A. Some effects of weed competition on the growth of onions. Journal of Horticultural Science, v.48, p.55-57, 1973. HILDEBRAND, P.D.; SUTTON, J.C. Relationships of temperature, moisture, and inoculum densitiy to the infection cycle of Peronospora destructor. Canadian Journal of Plant Pathology, Ottawa, v.6, p.127-134, 1984b. JASMIN, J. J.; HEENEY, H. B. The effects of lime on the status of nitrogen, phosphorus, potassium, calcium and magnesium in a few vegetables grown in acid peat soils. Canadian Journal Plant of Science, v.42, p.445-451, 1962. JOHNSTON, D.N.; WICKS, G.A. & NULAND, D.S. The influence of annual weed competition on sweet spanish onions. In: North Central Weed Control Conference, 26º, USA, 1969. Proceedings, pp. 163-164. JONES, H.A. & MANN, L.K. Onions and their allies: botany, cultivation and utilization. New York, Interscience, 1963. 286p. KASSAB, A. L. Cebola. do túmulo dos faraós às exigentes mesas modernas. 2a. ed. São Paulo. Ed. Ìcone, 1994. 114p. (Coleção Brasil Agricola). KAYAMA, T.; SHORI, S; OKUDA, A. Boron nutrition of high plants; Part 2 – Influence of boron on the growth of vegetable. Soil. Sci. Plant. Nutrit., 10: 88,1964. KHUSHBAKTOVA, Z.A.; SYROV, V.N.; BATIROV, E.K. Effect of flavonoids on the course of hyperlipidemia and atherosclerosis under experimental conditions. Farmatsevticheskii Zhurnal. Uzbekistan, v.25, n.4, p.53-57, 27 ref..1991. KIEL, E. J. Fertilizantes Orgânicos. 1a ed., São Paulo, Ed. Agron. Ceres, 1985. 492p. KLAR, A. E.; KIMOTO, T.; SIMÃO, S. Os efeitos de diferentes regimes de irrigação sobre vários caracteres da cultura da cebola (Allium cepa L.) Anais da Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz, v. 29, p. 261-271, 1972. 49 KRETSCHMER, M.; QUAGLIOTTI, L.; BELLETTI, P. Influence of temperature and soil water capacity on the emergence of onion seeds. Acta Horticulturae. Italy, n.362, p. 181188, 10 ref., 1994. LEAL, F. R.; PITELLI, R.A.; CHURATA-MASCA, M. G. C. & DURIGAN, J. C. Períodos de intererencia das palntas daninhas na cultura da cebola de semeadura direta In: Congresso brasileiro de olericultura, 14. Jaboticabal, 1984. Resumos Jaboticabal, FCAV, UNESP, 1984, p.132. LEAL, F. R.; CHURATA-MASCA, M. G. C.; DURIGAN, J. C., PITELLI, R.A. Controle quimico de plantas daninhas na semeadura direta da cebola (Allium cepa L.). Revista Ceres, viçosa, v.32, n.179, p.63-74, 1985. LEIROP, W. van; MARTEL, Y. A.; CESCAS, M. P. Optimal soil pH and suficiency concentrations of N, P and K for maximum alfafa and onion yields on acid organics soils. Canadian Journal Plant of Scienc, v.60, p.107-117, 1980. LESKOVAR, D. I. Root and shoot modification by irrigation. HortiTecnology, v.8, p.510514, 1998. LIPTAY, A.; EDWARDS, D. Tomato seedling growth in response to variation in root container shape. HortScience, v.29, n.6 p. 633-635, 1994. LOPES, H. M.; FONTES, P. C. R.; MARIA, J.; CECON, P. R.; MALAVASI, M. M. Germinação e vigor de semente de cebola (Allium cepa L.) influenciados pelo período de temperatura de condicionamento osmótico. Revista brasileira de semente, v.18, n.2, p.173179, 1996. LORBEER, J.W.; BURBA, J.L.; GALMARINI, C.R. Management of diseases in Alliums. Acta Horticulturae, The Hague, p.585-591, 1987. LORINE, I.; DEZORDI, J. Flutuação populacional de Thrips tabaci na cultura da cebola. Anais da sociedade entomológica do Brasil, v.19, n.2, p.361-365, 1990. 50 LUCAS, D.A. & GUANTES, M.M. Effect of duration of weed control and weed competition on the growth and yield of onion. Central Luzan State University Scientific Journal v.7, n..2, p.178-186, 1971. Apud: Weed Abstracts 23: 2626, 1971. MADAIL, J.C.M.; STUMPF, C.L. Histórico e importância econômica. In: CULTURA da cebola para sementes no RS. Pelotas: EMBRAPA-CNPFT, 1987. p.5-8. (Circular Técnica, 12). MASCARENHAS , M..H. & LARA, J.F.R. Controle químico de plantas daninhas na cultura da cebola transplantada. In: Congresso Brasileiro de Olericultura, 23º, Rio de Janeiro, 1983 a. Resumos, p.169. MAGALHÃES, J. R. Nutrição e adubação da cebola. In: Seminário nacional da cebola, 3, 1988. Jaboticabal-SP. Anais, p. 93-118. MARK, G.L.; GITAITIS, R.D.; LORBEER, J.W. Bacterial diseases of onion. In: CURRAH, L. (Ed.). Allium crop sciences: recent advances. Wallington: CAB International, 2002. p.267-292. MASCARENHAS, M.H.T. Cultivares de cebola. Informe Agropecuário, n.62, p.17-19, fev.,1980. MASCARENHAS, M.H.T. Origem e Botânica da cebola. Informe Agropecuário, n.62, p.15-16, fev.,1980. MELO, P.C.T.; RIBEIRO, A. Produção de sementes de cebola: cultivares de polinização aberta e híbridos. 41 p. Palestra apresentada na XVI Semana de Ciência e Tecnologia Agropecuária, 8-12/05/89, na Fac. Ciências Agrárias e Veterinárias, UNESP-Campus de Jaboticabal. MELO, P.C. T. de & RIBEIRO, A. Produção de sementes de cebola: cultivares de polinização aberta e híbridos. In: CASTELLANE, P.D.; NICOLOSI, W. M. HASEGAWA, 51 M. (Coord.). Produção de sementes de hortaliças. Jaboticabal: FUNEP/SOB/UNESP, 1990. P. 15-59. MINAMI, K.; TESSARIOLI NETO, J. Cultura da cebola. Piracicaba: SEBRAE; ESALQ, p. 46. 1994 (Cursos agrozootécnicos). MINAMI, K. Produção de mudas de alta qualidade em horticultura. São Paulo: Fundação Salim Farah Maluf, 1995a,b, p.129. MODOLO, V. A.;TESSARIOLI NETO, J. Desenvolvimento de mudas de quiabeiro (Abelmoschus esculentus (L.) Moench.) em diferentes tipos de bandejas e substratos. Scientia Agrícola, Piracicaba, v. 56, p. 377-381, 1999. MONDAL, M.F.; BREWSTER, J.L.; MORRIS, G.E.L.; BUTLER, H.A. Bulb development in onion (Allium cepa L.). I. Effects of plant density and sowing date in field conditions. Annals of Botany, v.58, n.2, p.187-195, 30 ref., 1986. MORAES, E. C.; MAGNANI, M.; FREIRE, C. J. da S.; GARCIA, A. Absorção de nutrientes pela cultura da cebola para a produção de sementes. Hort. Sul, Pelotas, v.2, n.2, p.19-23, 1992. NETO, J.S.; GARCIA, A.; MACIEL, V.da S.; LUCCA, O.A. Efeito da qualidade fisiológica e sanitária das sementes sobre a produção de mudas de cebola. Pesq. Agropec. Brás. , 27 (4 ): 575-580, abr. 1992. NUNES, M.E.T.; KIMATI, H. Doenças do alho e da cebola. In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; BERGAMIN FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A.; REZENDE, J.A.M. (Ed.). Manual de fitopatologia. 3a.ed. São Paulo: Agronômica Ceres, 1997. p.49-64. OLIVEIRA, V. G. de. Cultura da cebola (Allium cepa L.) por meio de bulbinhos. Bragantia, v.16, n.8, p. 101-107, 1957. OLIVEIRA, J.R.; ROMEIRO, R.S.; MELO, L.M.M.; KUNIEDA, S. Uma bacteriose da cebola incitada por Pseudomonas sp. transmitida pela semente. Fitopatologia Brasileira, 52 v.15, n.2, p.125, 1990. Resumo dos trabalhos apresentados no 23º Congresso Brasileiro de Fitopatologia. PALLER JR., E.C.; GUANTES, M.M.; SORIANO, J.M. & VEGA, M.R. Duration of weed competition and weed control and yield. II. Transplanted onions. The Philippine Agriculturalist, v.55, n.5-6, p.221-224, 1971. PEREIRA , P. R. G. ,MARTINEZ, H. E. P. Produção de mudas para o cultivo de hortaliças em solo e hidroponia. Informe agropecuário, Belo Horizonte, v. 20, n. 200/201, p. 24-31, set/dez. 1999. PIANA, Z.; BRAGA,H.J.; GANDIN,C.L.; PANDOLFO,C.;JUNIOR,V.P.da S.J.; THOMAZELLI, L.F.; PEREIRA, E.S.; THOMÉ,V.M.R. Zoneamento agrícola para a produção de sementes de cebola em Santa Catarina. Agropec Catarin., v.14, n.1, mar.2001. PITELLI, R.A. & DURIGAN, J.R. Terminologia para períodos de convivência e de controle das plantas daninhas em culturas anuais e bianuais. In: Congreso de la Asociacion Latinoamericana de Malezas, 7º, Belo Horizonte, 1984. Resumos, p. 37-38. PITELLI, R.A.; Interferência das plantas daninhas nas culturas agrícolas. Informe Agropecuário, v.11, n.129, p.16-27, 1985. POZZER, L.; BEZERRA, I.C.; KORMELINK, R.; PRINS, M.; PETERS, D.; RESENDE, R. de O.; ÁVILA, A.C. de. Characterization of a tospovirus isolate of iris yellow spot virus associated with a disease in onion fields in Brazil. Plant Disease, v.83, n.4, p.345350, 1999. RAIJ, B. van.; CANTARELLA, H.; QUAGGIO, J.A.; FURLANI, A.M.C. Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo. 2 ed. Campinas: Instituto Agronômico & Fundação IAC, 1996. 285 p. RAPP, I,, SHAINBERG, I.; BANIN, A. Evaporation and crust impedance role in emergence. Soil Science, Baltimore, v. 165, n. 4, p. 354-364, 2000. 53 RESENDE, L.M.A.; MASCARENHAS, M.H.T.; SIMÃO, M.L.R. Panorama da produção e da comercialização da cebola em Minas Gerais. Informe Agropecuário, BH, v. 23, n. 218, p. 7-19, 2002. RIBEIRO, M.E.M. Caracterização de sintomas de deficiências de boro em pepino, alface, alho, beterraba, cebola e rabanete. Viçosa, UFV, 1978. 48 p. (Dissertação Mestrado). RIEKELS, J. W. Nitrogen-water relationships of onion grown on organic soil. Journal of the American Society for Horticultural Science, v. 102, p. 139, 1977. ROGERS, I. S. The influence of plant spacing on the frequency distribution of bulb weight and marketable yield of onions. Journal Horticultural Science, v.53, p.153-151, 1977. ROMEIRO, R.S. da .; OLIVEIRA, J.R.; MELO, L.M.M. Etiologia e transmissão por sementes de uma doença bacteriana da cebola. Revista Brasileira de Sementes, v.15, p.221226, 1993. ROMEIRO, R.S. da . Doenças causadas por bactérias em cebola. Informe Agropecuário, v.17, n. 183, p.46-49, 1995. ROTA, N.M.; FONSECA, G. de F.; FILES, P. Estudo comparativo entre semeadura direta e transplante na cultura da cebola. Agron. Sulriogr. VIII ( 2 ) : 121-128, 1972. RUMPEL, J., FELCZYNSKI, K. Effect of plant density on yield and bulb size of direct sown onions. Acta horticulturae, The Hague, v.533, p.179-186, 2000. SAINI, R. K.; DAHIYA, A. S.; V ERMA, A. N. Field evaluation of some insecticides against onion thrips. Haryana Agriculture Uni j. Research, v.19, n.4, p.336-342, 1989. SCALABRIN, D. M.O. Papel dos micronutrientes no fortalecimento da resposta imune. Revista Racine, São Paulo, n.62, p.48-53, 2001. SCHWARTZ, H.F.; MOHAN, S.K. (Ed.). Compendium of onion and garlic diseases. St. Paul: APS Press, 1995. 54p. 54 SHADBOLT, C.A. & HOLM, L.G. Some quantitative aspects of weed competition in vegetable crops. Weeds , v.4, n.2, p.111-123, 1956. SOARES, D. J.; PITELLI, R. A.; BRAZ, L. T.; TOLEDO, R. E. B.; GRAVENA, R. Efeito dos diferentes períodos de convivência das plantas daninhas sobre a produtividade da cultura da cebola transplantada. Horticultura brasileira, v.19, n.2, Suplemento, CD-ROM, 2001. STUART, N.W.; GRIFFIN, D.M. Some nutrient deficiency effects in the onion. Herberria, 11: 329,37, 1944. SATURNINO, H.M.; CRUZ FILHO, J. Doenças da cebola. Informe Agropecuário, v.6, n.62, p.47-59, 1980. SHARMA, M.C.; DWIVEDI, S.K. Efficacy of a herbal drug preparation against dermatomycosis in cattle and dog. Indian Veterinary Journal. India, v.67, n.3, p.269-271, 10 ref..1990. SILVA, N. da; KIMOTO, T. Adaptação de novos cultivares de cebola (Allium cepa L.) à cultura de inverno pelo processo de mudas. Científica, v. 14, n. 1/2, p. 85-92, 1986. SILVA, A.C.F. da; VIZZOTO, V.J. O sucesso no cultivo da cebola depende do plantio de cultivares na época certa. Agropecuária Catarinense. Florianópolis, v.3, n.1, p.33-36, 1990. SONNENBERG, P. E. Olericultura especial: cultura de alface, alho, cebola, cenoura, batata e tomate. 3. ed. Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 1981. 173 p. (Curso de Agronomia). SOUZA, R. J.; FERREIRA, A. A. Produção de mudas de hortaliças em bandejas: Economia de sementes e defencivos. A Lavoura, v.100, n.623, p.19-21, 1997. 55 SUTTON, J.C.; JAMES, T.D.W.; POWELL, P.M. BOTCAST: A forecasting system to time the initial fungicides spray for managing Botrytis leaf blight of onions. Agriculture, Ecosystems and Environment, v.18, p.123-143, 1986. TESSARIOLI NETO, J. Mudas olerícolas de alta qualidade. In; MINAMI, K.; TESSARIOLI NETO, J.; PENTEADO, S. R.; SCARPARI FILHO, J. A. Produção de mudas de hortaliças de alta qualidade. Piracicaba: SEBRAE; ESALQ, p. 10-15, 1994. TESSARIOLI NETO, J. Recipientes, embalagens e acondicionamentos de mudas e hortaliças. In: MINAMI, K.; Produção de mudas de alta qualidade em horticultura. São Paulo: Fundação Salim Farah Maluf, 1995. p. 59-64. THOMAZELLI, L.F; SILVA, R.F. da; SEDIYAMA, C.S. Como conservar a qualidade da semente da cebola. Agropecuária Catarinense, v. 3, n.4, p. 7-8, dez, 1990. THOMAZELLI, L.F.; GANDIN, C.L.; PIVA, C.A.D. Avaliação da qualidade de sementes de cebola armazenadas em condições de baixa temperatura. Agropec. Catarin., v. 13, n. 3, nov. 2000. VAN EEDEN, F. J. MYBURGH, J. Irrigation trials with onions. Agroplantae, v.3, p.5762, 1971. VANNETTI, F. Pragas da cebola e do alho. In: Minas Gerais. Universidade Rural. Cultura da cebola. Viçosa: 1960. p.1-2 (Hortaliças, 3). VIDIGAL, S.M.; FACION, C.E.; CINTRA, W. B. R. Avaliação de cultivares de três cultivares de cebola, em diferentes sistemas de produção, na região norte de Minas Gerais. Horticultura Brasileira, v.19, n.2, julho, 2001. Suplemento. Anais do 41º congresso brasileiro de olericultura. VIDIGAL, S.M.; FACION, C.E.; PACHECO, D.D. Avaliação de cultivares de cebola na região Norte de Minas Gerais. Horticultura Brasileira, v.20, n.2, julho, 2002. Suplemento 2. 56 VOSS, R.E.; MAYBERRY, K.S. Fresh market bulb onion production in California. Berkeley: University of California – Vegetable Research and Information Center, 1999. p.4. (University of California Vegetable Production Series. Publication, 7242. WARNOCK, D. F. & RANDLE, W. M. Photoperiod, Temperature and Plant Age Interact to Affect Short-day Onion Cold Hardiness. HortScience, v.24, n.11, p.1092-1094, 1993. WEERASINGHE, S. S.; FORDHAM, R. The effects of plant density on onions established from multisseded transplants. Acta Horticulturare, n.371, p.97-104, 1994. WIEDENFELD, R.; BRAVERMAN, M. Fertilizer nitrogen sources for vegetable production. Subtropical Plant Science, v.44, p.33-36, 1991. YOUSSEF, A.M.; ABD-EL-RAHIM, E.A.; HAMAMA, A.A. Biochemical effects of onion skin on hypertension, hyperglycemia and hypercholesterolemia. Journal of Agricultural Sciences. Mansoura University, v.10, n.1, p.39-43, 26 ref..1985.