Revista Diabetes - Volume 21 numero 03

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Volume 21 – número 03 – agosto 2014
A Diabetology & Metabolic Syndrome,
revista científica da SBD, alcança
2,5 de fator de impacto e passa a
ocupar o 1º lugar entre as publicações
científicas da América Latina.
Diabetes e Desastres Naturais
Como se preparar e cuidar de uma
pessoa com diabetes para enfrentar uma
situação de catástrofe?
KiDS
IDF desenvolveu o projeto Kids and
Diabetes in Schools e São Paulo é uma
das duas primeiras cidades do mundo
para a implantação do projeto piloto.
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www.diabetes.org.br
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Palavra do Presidente
Vol. 21 - nº 03 - agosto 2014
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Meus caros,
C
ada edição da nossa revista é
sempre uma oportunidade para
prestação de contas de nossa
diretoria, o que faço agora, informando sobre alguns projetos em desenvolvimento, ações em andamento e
outras em fase de finalização.
O novo Ebook versão 2.0 será lançado no final de setembro, com atualização dos conteúdos e design, para acesso
pela internet e possibilidade de download para dispositivos móveis (tablets e
smartphones). Nessa última versão, novos medicamentos e estudos de impacto
serão adicionados, à medida que forem
surgindo na literatura, o que garantirá
seu conteúdo sempre atualizado. Vídeos
e entrevistas serão postados frequentemente, com foco em maior informação
e em interatividade.
As ações para o Dia Mundial do Diabetes estão sendo ultimadas e neste ano
tentaremos ampliar o período dentro
do qual ocorrerão. Assim, atividades terão lugar não só no dia 14 de novembro,
mas também durante o mês inteiro. A
participação conjunta de todos os agentes envolvidos, quais sejam SBD e SBEM,
FENAD e ADJ, assim como de empresas
farmacêuticas, é de fundamental importância e essa mobilização vem sendo coordenada pela SBD.
No congresso do EASD em Viena,
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neste setembro próximo, estaremos retomando uma experiência que fizemos
no congresso da ADA 2014, para cobertura do evento, de modo a informar, em
tempo real e no nosso site, as conferências e notícias mais importantes do tradicional encontro.
Ainda na linha de educação continuada, encontra-se em desenvolvimento
um portal de educação da SBD, o que
permitirá a produção e a transmissão
de videoconferências, em tempo real,
para várias capitais ao mesmo tempo.
Discussões com colegas em vários pontos do Brasil e do exterior serão assim
viabilizadas.
Finalmente, comunico que já iniciamos um levantamento em todo o Brasil,
da disponibilidade de acesso a análogos
de insulina e tiras de glicemias, para os
diabéticos de tipo 1, diabéticos de tipo
2 em insulinização intensiva, gestantes e
idosos. Isto permitirá, quero crer, desenvolvermos uma ação junto à comunidade, para que façamos parte das nações
modernas do mundo, que fornecem esses materiais a todos aqueles que deles
necessitam.
Contamos com vocês.
Walter Minicucci
Presidente da SBD 2014/2015
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Índice
Vol. 21 - nº 03 - agosto 2014
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1Palavra do Presidente
3Palavra do Editor-Chefe
4Saúde e Ciência
6Dr. José Egidio
8O Que Vem Primeiro: Ataques Cardíacos ou Diabetes?
9Campanhas Temáticas Online para Pacientes
com Diabetes
10
12
Educando Educadores Sem Fronteiras: Edição Roraima
Desastres Naturais e Diabetes:
Qual a Hora Certa de Agir?
14
16
18
19
20
21
22
24
25
26
27
28
2,5 D&MS Journal
KiDS: A Vida Escolar da Criança com Diabetes
Juntos pelo Dia Mundial do Diabetes
Expectativas para o XX Congresso da SBD
Diabetes Tipo 2: É Viável a Prevenção?
Ponto de Vista: Uma Luz no Fim do Túnel
Pelo Brasil
Tecnologia & Diabetes
Lançamentos da Indústria Farmacêutica
Pelo Mundo
Comunicados da SBD
Agenda
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Editorial
I
nicio cumprimentando efusivamente
a Comissão Editorial da nossa Revista Científica - Diabetes & Metabolic
Syndrome (DMS&Journal) por ter
atingido o maior índice de impacto
das revistas científicas da América Latina (fator de impacto 2,5). Parabéns
ao editor, Daniel Giannella, e a Marília
de Brito Gomes, idealizadora e responsável pela criação, quando presidente
da SBD. A ex-presidente contou sobre
o projeto nas Páginas Azuis, quando
foi entrevistada pela nossa equipe. Dedicamos uma das nossas reportagens à
DMS&Journal. O Giannella vai nos contar sobre seu trabalho.
Nesse número também abordamos
diferentes temas na área de educação
e diabetes como o projeto Educando
Educadores sem Fronteiras. Claudia
Pieper nos relata uma experiência que
sensibilizou a todos. Ela esteve à frente da equipe em Roraima e realizaram
um trabalho junto aos profissionais de
saúde que atendem a tribos indígenas.
Nossos leitores vão saber sobre a
parceria da SBD, ADJ e IDF no projeto
“KiDS”, que tem como objetivo conscientizar crianças nas escolas, que começa por São Paulo e Índia.
Apesar de ainda distante, o próximo
Congresso da SBD, presidido pelo Balduíno, em 2015 é assunto nesta edição, como
foi na anterior. A ideia é acompanhar cada
passo da organização deste evento que é o
mais importante da nossa entidade.
Além dos nossos colunistas já tradicionais - Augusto Pimazoni e Ney Cavalcanti -, nossa convidada nesta edição
é a Reine Marie Chaves. Outros virão a
cada edição. Desta forma, penso, estamos abrindo espaço para um número
maior de colegas nos brindarem com
suas ideias. A colega, importante endocrinologista da Bahia, comenta em seu
artigo a necessidade de intenso trabalho
na prevenção do diabetes tipo 2.
Estimulo os colegas a lerem as colunas
Saúde & Ciência, Tecnologia & Diabetes
e a recentemente lançada com as novidades da indústria farmacêutica. Recebemos a aprovação de muitos leitores.
As Páginas Azuis continuam resgatando o trabalho dos ex-presidentes da
SBD. É uma forma de homenagearmos
e reconhecermos a dedicação desses
profissionais. Quem nos fala sobre sua
gestão é José Egídio de Oliveira, presidente nos anos de 2002 e 2003.
Fechamos a edição com notícias sobre o planejamento das comemorações
do Dia Mundial do Diabetes 2014. É
bom ver todas as entidades unidas em
torno da divulgação dessa importante
data. A SBEM, com quem trabalhamos
em parceria em 2013, está ampliando
sua participação este ano, o que para
mim particularmente é motivo de grande alegria devido a dificuldades no relacionamento entre nossas entidades
vencidas no período em que presidi
a SBD. Juntos, sempre, seremos mais
DIRETORIA BIÊNIO – 2014-2015
Presidente: Dr. Walter José Minicucci; Vice-Presidentes: Dra.
Hermelinda Cordeiro Pedrosa, Dr. Luiz Alberto Andreotti Turatti, Dr. Marcos Cauduro Troian, Dra. Rosane
Kupfer e Dr. Ruy Lyra da Silva Filho; primeiro secretário: Dr.
Domingos Augusto Malerbi; segundo secretário: Dr. Luis
Antonio de Araujo; tesoureiro: Dr. Antonio Carlos Lerário;
segundo tesoureiro: Dr. Edson Perrotti dos Santos; conselho
fiscal: Dr. Antonio Carlos Pires, Dra Denise Reis Franco,
Dr. Levimar Rocha Araújo, Dr. Raimundo Sotero de
Menezes Filho
SEDE
Rua Afonso Brás, 579, salas 72/74, Vila Nova
Conceição, São Paulo, SP, CEP 04511-011; Email:
[email protected],
Site: www.diabetes.org.br; Tel.: (11) 3846-0729; Gerente:
Anna Maria Ferreira; Secretária: Maria Izabel Homem de
Mello e Eliana Andrade.
Filiada à International Diabetes Federation.
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fortes. Trabalharão harmoniosamente
SBD, SBEM, ADJ e FENAD. Boa sorte e
todo nosso apoio para o amigo Márcio
Krakaeur, que está à frente desse trabalho.
Esperamos que gostem das nossas escolhas e boa leitura.
Saúde para todos.
Leão Zagury
Editor-chefe
REVISTA DA SBD
Editor-chefe: Dr. Leão Zagury
Presidente da SBD: Dr. Walter Minicucci
Equipe de Jornalismo: DC Press
Editora: Cristina Dissat – MTRJ 17518; Redação: André Dissat, Tainá Oliveira,
Flávia Garcia e Isabel Struckel (colaboração).
Colunistas: Dr. Augusto Pimazoni e Dr. Ney Cavalcanti.
Redação: Rua Haddock Lobo, 356 sala 202- Tijuca - Rio de Janeiro - RJ;
Tels.: (21) 2205-0707; email: [email protected]
As colunas e artigos assinados são de inteira responsabilidade de
seus autores.
Comercialização: AC Farmacêutica, tel.: (11) 5641-1870 e
(21) 3543-0770, [email protected]
Projeto gráfico: DoisC Editoração Eletrônica e Fotografia
([email protected]); Direção de Arte e Fotografia: Celso Pupo; Diagramação: André
Borges
Periodicidade: Bimestral
Impressão e CTP: Melting Color Grafica e Editora Ltda; Tiragem: 4000
exemplares.
Editoração Eletrônica e Fotografia
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Saúde e Ciência
Foto: asloo Group Production Studio
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6
Cirurgia
Bariátrica
e o DM2
U
m estudo da Universidade da Columbia, nos Estados Unidos, publicado pelo Journal of Dental Research,
apontou que uma simples consulta ao
dentista pode ajudar a descobrir se o
paciente tem ou não diabetes.
A pesquisa seguiu um protocolo de
identificação de altos índices de açúcar
no sangue de pacientes odontológicos.
Para que esse estudo fosse elaborado,
foram avaliadas 530 pessoas com risco
relacionado ao diabetes como histórico familiar, colesterol alto, hipertensão
ou sobrepeso. Todos os pacientes passaram por um exame periodontal que
confirmou que 73% deles possuíam pré-diabetes ou diabetes e tinham dentes
ausentes e alta porcentagem de bolsas
periodontais profundas. n
A
Universidade de Gotemburgo, na Suécia, divulgou em
junho deste ano uma pesquisa mencionando as evidências de
que a cirurgia bariátrica é eficaz
no tratamento do diabetes tipo
2 em obesos. Cerca de 600 pacientes obesos com diabetes tipo
2 foram avaliados. Uma parte foi
submetida à cirurgia bariátrica e o
restante a um tratamento convencional, com medicamentos contra
a doença.
Segundo conclusões da pesquisa, dois anos após o início do estudo, o diabetes regrediu em 72,3%
dos pacientes operados e em
16,4% dos indivíduos tratados com
remédios. Após 15 anos, a taxa de
remissão da doença passou a ser
de 30,4% e 6,5%, respectivamente. A remissão do diabetes tipo 2
foi medida a partir dos níveis de
glicose na corrente sanguínea dos
pacientes.
A pesquisa ainda divulga que
todos os tipos de cirurgia bariátrica foram associados à regressão
do diabetes. Além disso, durante
esses anos, o procedimento diminuiu a incidência de complicações
cardiovasculares decorrentes do
diabetes em comparação com a
abordagem convencional. n
Dentistas
Podem Identificar
Pacientes Diabéticos
Chip Detecta Diabetes em Minutos
T
ecnologia desenvolvida na Universidade de Stanford, nos Estados
Unidos, pode facilitar o diagnóstico de diabetes tipo 1. É um microchip,
feito com nanopartículas de ouro, que
reduz o tempo de confirmação da doença de alguns dias para poucos minutos. O dispositivo, ainda não aprovado
pela FDA, é preparado para detectar as
proteínas produzidas pelo organismo
que sofrem com a variação da doença
autoimune e atacam as células beta pancreáticas.
Segundo os pesquisadores, a utilização do microchip é simples e pode ser
feita por qualquer pessoa. A tecnologia
foi testada em 39 pacientes e mostrou-se
precisa quanto o teste tradicional. Esta
foi apenas a primeira etapa da pesquisa
que sugere, ainda, que o dispositivo possa ser utilizado como teste preventivo
em familiares de pacientes com diabetes
tipo 1, pois o chip permite identificar a
existência de anticorpos nocivos, mesmo naqueles que ainda não desenvolveram a resistência à insulina. n
Pernambuco Tem Altos Índices de Diabetes
R
egistros da Secretaria Estadual de
Saúde de Pernambuco mostram
um aumento de 46%, nos casos de
atendimento a pessoas com diabetes, de
2012 a 2013. O estado possui, ainda, altos índices de amputações decorrentes
da falta de controle do diabetes. Segundo a Dra. Geisa Macedo, presidente da
SBD-PE, falta maior atenção aos pacien-
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tes, com relação aos riscos de amputação. Ela defende a realização do exame
periódico para medir a sensibilidade
dos pés, com o monofilamento. “Os
pacientes devem ser orientados desde
a primeira consulta a observar e cuidar
melhor dos membros inferiores, em razão da neuropatia que diminui a sensibilidade e mascara lesões na pele que
acabam levando à amputação”, alerta.
A médica afirma que um em cada
quatro pacientes com diabetes terá pé
diabético e metade destes pode não
apresentar qualquer sintoma. O sistema de saúde pernambucano relata que
o número de amputações relacionadas
ao diabetes aumentou de 139, em 2012,
para 203, em 2013. n
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Novo Dispositivo Ocular em Teste Busca por
m estudo publicado na revista Ap- intensidades diferentes.
Medicamentos
plied Optics apresentou uma nova
Dez parâmetros derivados do diâmetecnologia ótica capaz de detectar tro da pupila, do tempo de resposta da em Guarulhos
a neuropatia autonômica diabética pre- pupila e da velocidade de resposta da
U
pupila foram avaliados. Os resultados
mostram que três em cada quatro parâmetros relacionados com diâmetros de
pupila; um em cada quatro relacionados
com intensidades de luz; e um em cada
dois relacionados com a velocidade de
resposta da pupila podem ter diferenças
significativas entre indivíduos saudáveis​​
e em pacientes diabéticos. Segundo a
pesquisa, o mostrou-se eficaz, portátil
e de baixo custo para o diagnóstico de
diabetes em estágio inicial. n
Foto: Ai825
cocemente. A pesquisa foi desenvolvida
por uma equipe do Hospital Universitário de Taiwan, que testou o novo pupilômetro em 36 indivíduos saudáveis e 10
pacientes diabéticos.
O pupilômetro testado investiga a
neuropatia autonômica por meio de
uma gravação dinâmica das imagens da
pupila ocular, por meio de uma fonte
de luz. Os testes foram realizados com
pelo menos quatro cores de luz (branco,
verde, vermelho e azul), bem como duas
Números da ADA
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7
A
Rede Pública de Guarulhos (SP)
apresentou um aumento de 7,5%
na demanda por medicamentos
para o tratamento da hipertensão e do
diabetes. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, no primeiro semestre de
2013 foram distribuídos gratuitamente
mais de 52 milhões de remédios. Em
2014, nesta mesma época, a saída de
medicações superou 56 milhões.
Dados ainda apontam que nos seis
primeiros meses deste ano houve a distribuição de 11 milhões e 450 mil comprimidos para o tratamento de diabetes
e outros 87.500 frascos de insulina na
rede municipal de saúde. No mesmo
período de 2013, 10 milhões de comprimidos para o tratamento de diabetes e outros 82.500 frascos de insulina
saíram das Unidades Básicas de Saúde
(UBS). n
Cresce o Número
de Diabéticos em
Alagoas
D
D
ados da prevalência do diabetes nos Estados Unidos, no ano de 2012, foram
divulgados em um relatório da American Diabetes Association (ADA), no dia
10 de junho de 2014. O documento aponta que 29,1 milhões de americanos, ou seja, 9,3% da população dos Estados Unidos, têm diabetes. Destes, 8,1
milhões não tiveram a doença diagnosticada.
A maior incidência da doença, nos EUA, continua entre a população idosa,
com 11,8 milhões de idosos (diagnosticados e não diagnosticados). Também
foi divulgada a incidência de pré-diabetes na população com mais de 20 anos,
indicando que 86 milhões de americanos tiveram esta condição diagnosticada
em 2012. O estudo indica, ainda, o diabetes como a sétima maior causa de
morte nos Estados Unidos. n
ados da Secretaria Estadual de Saúde de Alagoas mostram que o número de pacientes atendidos pela
rede pública no estado vem crescendo a
cada ano. Comparando os anos de 2011,
2012 e 2013, a quantidade de pacientes
com suspeita ou com diabetes confirmado cresceu de 45.565 para 52.011, chegando a 52.434 no último ano. As cidades de maior registro de pacientes são
Maceió, Arapiraca, Coruripe, Delmiro
Gouveia e Marechal Deodoro.
Endocrinologistas locais alertam muitos pacientes, tanto no serviço público
quanto no privado, mostram resistência
ao tratamento do diabetes, fazendo com
que os mesmos avancem para um estágio mais perigoso da doença. n
Na edição digital da Revista Diabetes os leitores podem acessar os links dos estudos apresentados na coluna Saúde & Ciência.
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Páginas Azuis
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Dr. José Egídio
E
le ocupa a posição de coordenador
do Departamento de Ética da SBD,
e já esteve em outros cargos da Sociedade, chegando a presidente nos
anos de 2002 e 2003. O Dr. José Egídio
Paulo de Oliveira é paulista, nascido em
São José do Rio Preto, mas mora no Rio
de Janeiro há cerca de 50 anos. Formou-se pela Universidade Federal do Rio
de Janeiro (UFRJ) e lembra que sempre esteve ligado a assistência, ensino,
e pesquisas em prol do paciente com
diabetes, tendo sido responsável, no Rio
de Janeiro, pelo Estudo Multicêntrico
Sobre Prevalência de Diabetes Mellitus
no Brasil, do Ministério da Saúde. Na
sua gestão como Presidente da SBD,
um dos destaques foi a aproximação da
SBD com o Ministério da Saúde e as Sociedades de Hipertensão e Cardiologia,
através do Plano de Reorganização dos
Programas de Diabetes e Hipertensão.
Conheça um pouco mais da história
e da trajetória do Dr. Egídio, dentro da
diabetologia brasileira.
Revista Diabetes: Como foi a sua formação
profissional?
Dr. José Egídio: Desde o início do curso médico estive ligado ao ensino e à
pesquisa. Fui monitor das disciplinas de
Histologia e depois de Farmacologia, até
a minha formatura. Após a colação de
grau, continuei como bolsista de pesquisa no Serviço Universitário, e logo após
o mestrado fui aprovado em concurso
público para Professor Assistente da Faculdade de Medicina da UFRJ. Após o
doutorado, cheguei à chefia do Serviço
de Nutrologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho e logo me
tornei Professor Titular da Universidade, após concurso público. Em paralelo,
dei assessoria ao Ministério da Saúde,
na antiga Divisão Nacional de Doenças
Crônico-Degenerativas e junto à Central
de Medicamentos.
Revista Diabetes: Como a endocrinologia e
o diabetes entraram na sua vida?
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Dr. José Egídio: Quando estava no final
do curso médico, praticamente direcionando para uma especialidade cirúrgica, frequentava um Centro de Tratamento Intensivo de um grande hospital do
Rio, acompanhando o pré e o pós-operatório, como acadêmico bolsista. Nesta
fase, um grupo de pacientes passou a
polarizar minha atenção: eram diabéticos em coma e com cetoacidose. Esses
pacientes, com o tratamento adequado, conseguiam se recuperar em horas
e com um prognóstico muito diferente
dos pacientes cirúrgicos, principalmente os de neurocirurgia pós-trauma. Em
um ano, tive a oportunidade de acompanhar 31 casos com resultados satisfatórios e, assim, fui para a endocrinologia
e diabetologia, onde continuo até hoje.
Revista Diabetes: Como foi a sua eleição
para a presidência da SBD naquela época?
Dr. José Egídio: Foi um processo gradativo e contínuo. Na década de 90, recebi
convites para participar em eventos em
praticamente todos os estados e territórios brasileiros, proferindo aulas e conferências. Assim, tive a oportunidade de
entrar em contato com muitos endocrinologistas, diabetólogos e clínicos, trocando ideias e propondo soluções para
os problemas relacionados à assistência,
ensino e pesquisa do diabetes mellitus.
Desta forma, minha candidatura à presidência da SBD ganhou força. Além disso, no Rio de Janeiro, fui apoiado por
todos os Serviços de Diabetes das Universidades e dos grandes hospitais. Fui
eleito por aclamação no Congresso Brasileiro realizado em Sergipe, em 1999.
Revista Diabetes: Como foi ser presidente
da SBD?
Dr. José Egídio: Dirigir a SBD foi colocar em prática algumas ideias, em especial relacionadas à educação continuada para todos os especialistas, não só os
médicos, mas toda a equipe de saúde.
Quando assumi a presidência, em 2002,
a SBD já tinha um passado de realizações
direcionadas ao fomento do bem-estar
do paciente com diabetes em nosso país.
Mas, para continuar esta caminhada era
necessário um suporte maior na infraestrutura da Sociedade, que contava com
apenas uma pequena sala na Avenida
Paulista e uma jovem secretária. Para
viabilizar projetos, vi que a SBD precisava de uma gerente administrativa e de
uma empresa que pudesse oferecer os
produtos da SBD (posicionamentos, diretrizes, selos de qualidade etc.). Assim,
contratamos a Anna Maria Ferreira, que
continua trabalhando na Sociedade e
é elogiada por todos, e a empresa do
Silvio Araújo, que permanece em parceria com a SBD até o presente. Por fim,
compramos a nova sede da Sociedade,
com cerca de 100m2, localizada na Vila
Nova Conceição, em São Paulo. Foi uma
experiência extraordinária!
Revista Diabetes: O que mais marcou a sua
gestão como presidente da SBD?
Dr. José Egídio: Acredito que tenha
sido a compra da sede para a Sociedade, mas, com certeza, a estruturação da
SBD, com a contratação da Anna Maria, junto com a Kariane Krinas, deu um
ritmo novo e dedicado ao crescimento
da Sociedade. Em relação à parte científica, a criação dos Simpósios de Atualização sobre Diabetes Mellitus merece destaque, com a realização de dois
eventos em 2002 e quatro em 2003. Os
simpósios promoveram o fomento da
educação continuada. Além disso, teve a
atualização do Consenso, que de forma
democrática envolveu 1.200 colegas e
foi impresso em três formatos (integral,
resumido e pocket book), e a consolidação dos Estatutos da SBD, com a inserção das Regionais da Sociedade, cujas
quatro primeiras foram aclamadas na
Assembleia Geral Extraordinária, realizada durante o Simpósio de Atualização
em Salvador, dia 12 de abril de 2003.
Outras realizações durante a minha
gestão foram: a criação do Prêmio Procópio do Valle, uma homenagem ao
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fundador da Sociedade, que reconhece os melhores trabalhos científicos na
área de monitorização do diabetes, durante o Congresso da SBD; e a realização do primeiro Curso de Formação de
Educadores em Diabetes, em parceria
com a IDF.
Em relação aos projetos mais voltados para os pacientes, tivemos dois destaques: a produção do Manual Oficial
de Contagem de Carboidratos, coordenado por Josefina Bressan, responsável
pelo Departamento de Nutrição na época; e a realização do projeto de apoio ao
paciente com diabetes em corridas de
rua no Brasil, realizado pelo Departamento de Exercício e Esporte da SBD,
criado nesta gestão, sob a coordenação
da Dra. Ana Claudia Ramalho.
Revista Diabetes: Qual é a importância da
SBD no tratamento do diabetes?
Dr. José Egídio: Diabetes é uma doença que envolve endocrinologistas, nefrologistas, cardiologistas, nutricionistas, educadores físicos, fisioterapeutas,
dentre outros profissionais da saúde e o
bem-estar do paciente. Este é o foco da
Sociedade. A SBD é a única Sociedade
médica brasileira que tem o perfil
de englobar diversos profissionais de saúde, especialistas e
não médicos, que são fundamentais para a atenção ao
paciente, em todos os seus
projetos e eventos. O aumento dos casos de diabetes faz
com que a SBD tenha um
papel ainda mais importante na preparação desses
profissionais.
Revista Diabetes: A que atribui esse aumento nos casos de
diabetes?
Dr. José Egídio: Há 50, 60
anos, o Brasil era um país
com a maior parte da população morando no campo, com
uma alimentação considerada
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“O acompanhamento
de uma síndrome,
que vem tendo
sua prevalência
aumentada
gradativamente,
muito por causa do
estilo de vida da
população, é tarefa
de todos.”
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mais natural e atividade física compatível. Com a industrialização e o êxodo
rural, essa população teve que se adaptar a um ritmo de vida das cidades, com
menos atividade física, mais estresse e
mudança na alimentação, voltados para
o ganho ponderal e o fomento do diabetes. Por outro lado, fatores positivos e
benéficos à saúde, como o acesso à água
tratada, às vacinas e ao tratamento de
diversas enfermidades encontrados nas
cidades aumentaram a sobrevida das
pessoas, com crescimento do diabetes
com aumento da idade e, bem como as
suas complicações.
Revista Diabetes: Que mensagem deixa aos
associados da SBD?
Dr. José Egídio: Os principais membros
da SBD são profissionais de saúde que
estão diretamente ligados aos pacientes
com diabetes e são peças fundamentais
para promover a melhora da qualidade
de vida dessa população.
A convivência destes associados de
maneira adequada, respeitosa e harmoniosa age positivamente no tratamento
do paciente. Precisamos ter noção da
importância de cada profissional,
no auxílio do melhor controle e
no bem-estar da pessoa com diabetes. O acompanhamento de
uma síndrome, que vem tendo
sua prevalência aumentada gradativamente, muito por causa
do estilo de vida da população, é tarefa de todos. Aos
colegas, principalmente aos
mais jovens, deixo a mensagem de que sigam ao
encontro dos objetivos da
sociedade, que é de promover maior qualidade
de vida ao paciente com
diabetes. n
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Atualidades
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8
Dr. Augusto Pimazoni Netto
Coordenador dos Grupos de Educação e
Controle do Diabetes do
Hospital do Rim e Hipertensão da Universidade
Federal de São Paulo – UNIFESP.
[email protected]
O Que Vem Primeiro: Ataques
Cardíacos ou Diabetes?
U
m trabalho apresentado no último Congresso da American Heart
Association, em junho de 2014,
mostrou mais alguns dados que
nos permitem avaliar as complexas e perigosas associações entre ataques cardíacos e diabetes. Reconhecer e tratar a
doença de forma precoce previne complicações cardiovasculares. Nada menos
que 10% dos pacientes tiveram seu diabetes diagnosticado enquanto estavam
hospitalizados para o tratamento de ataques cardíacos.
O estudo analisou dados de 2.800 pacientes com ataques cardíacos que não
tinham sido diagnosticados com diabetes. O estudo foi desenvolvido em 24 hospitais americanos. Um dado do estudo,
ainda mais preocupante, mostrou que
menos de 1/3 dos pacientes que tiveram
o diagnóstico comprovado durante a hospitalização recebeu alta hospitalar acompanhada de uma orientação educacional
ou mesmo um tratamento adequado vi-
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sando o controle do diabetes.
Além disso, também foi altamente
preocupante o fato de que os médicos
atendentes não reconheceram a presença do diabetes em 69% desses pacientes
previamente não diagnosticados antes
da hospitalização. A probabilidade desses médicos reconhecerem a presença
do diabetes seria 17 vezes maior se eles
tivessem solicitado a realização de um
simples teste de hemoglobina glicada,
como componente importante do conjunto de medidas diagnósticas aplicáveis
a pacientes admitidos por problema de
ataques cardíacos. Muito embora o teste isolado de glicemia possa mostrar alteração no momento do diagnóstico, o
fato é que, em muitos casos, a glicemia
isolada pode estar normal. Quando consideramos não apenas a glicemia isolada
mas, sim, a glicemia média, representada pelos valores do teste de hemoglobina glicada, melhoramos consideravelmente a probabilidade de detectar o
diabetes em pacientes hospitalizados e
até então ainda não diagnosticados com
a doença.
Para complicar a situação, a American Heart Association ressalta o fato de
que duas entre três pessoas com diabetes morre de doença cardíaca. Apesar
da histórica polêmica sobre o eventual
papel do diabetes mal controlado no
aumento do risco cardiovascular, vários
estudos têm demonstrado uma correlação bastante provável entre essas duas
condições clínicas.
E você, o que acha que vem primeiro:
o ataque cardíaco ou o diabetes? n
Fontes:
American Heart Association. News Release. June 3, 2014. Which Comes
First: Heart Attacks or Diabetes?
Diabetes in Control. 06 June, 2014 and appeared in Cardiovascular, Issue 732.
Disponível em: http://www.diabetesincontrol.com/articles/53-/16432-which-comes-first-heart-attacks-or-diabetes. Acesso em 11 de agosto
de 2014.
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Internet
9
N
o início do ano, a diretoria da
SBD apresentou uma nova proposta para o site da entidade.
Uma delas criava um elo cada
vez maior entre a Sociedade e o público.
Além de todas as mudanças realizadas,
o comitê editorial encontrou mais uma
forma de ajudar as pessoas com diabetes
e seus familiares, através da informação.
A ideia é desmistificar que festas e ocasiões especiais podem se transformar em
grandes problemas para o controle da
doença.
Dentro do www.diabetes.org.br foram criadas as Campanhas Temáticas
que estão sendo publicadas ao longo de
2014. A escolha dos assuntos é feita de
acordo com a sazonalidade, aproveitando as festividades e datas importantes do
calendário.
De acordo com o presidente da SBD,
Dr. Walter Miniccuci, é importante para
que as pessoas com diabetes possam
aproveitar ocasiões especiais, sabendo
corretamente o que fazer. “Nossa ideia
foi trazer os pacientes para as atividades
relacionadas aos festejos de uma forma
mais saudável e segura, dando informações de qualidade, de um jeito leve e
lúdico. Isso permite que possam ‘curtir’
melhor as festas”, comentou o endocrinologista.
Até o momento foram feitas quatro
campanhas. A primeira sobre o Carnaval, com o tema: Folia com Saúde. O objetivo foi de divulgar práticas saudáveis,
1699_Revista_SBD_v21n03_web.indd 11
selecionando oito tópicos básicos, para
que o paciente diabético não se sentisse
excluído de uma das maiores comemorações nacionais por conta de empecilhos relacionados à sua rotina. Para ver
a reportagem, acesse: www.diabetes.org.
br/ultimas/501-folia-com-saude
A segunda “matéria temática” de
2014 foi sobre a Páscoa, com o título “A
Páscoa Chegou!”. Como é uma época de
muito consumo de chocolate, a finalidade foi incentivar o consumo consciente
para que todos aproveitassem, sem, entretanto, cometer excessos. O link para
acessar a matéria é: www.diabetes.org.
br/pascoa
A terceira campanha foi sobre Festa
Junina e seu tema “Junho é Mês de Arraiá, Gostosuras e Diversão”. Com isso,
foram divulgadas receitas típicas das
festas juninas, selecionadas pelo Departamento de Nutrição da SBD. Confira
essas receitas no link: www.diabetes.org.
br/festa-junina.
A Copa do Mundo de 2014 também
foi tema para a seleção: “A Copa do Seu
Jeito”. Como muitas partidas foram entre
as 16h e 17h, hora do lanche da tarde, a
SBD mostrou medidas importantes para
que o paciente assistisse aos jogos, em
casa ou no barzinho, sem grandes estragos no controle da glicemia. Uma das dicas lembrava da proibição de entrada de
lanches nos estádios e como evitar possíveis problemas. Para acessar a reportagem o link é: copa2014.diabetes.org.br/
Vol. 21 - nº 03 - agosto 2014
Campanhas Temáticas Online
para Pacientes com Diabetes
Estão programados para os próximos
meses: Semana de Nutrição; Diabetes e
Atividade Física; Mês das Crianças; Dia
Mundial do Diabetes e Fim de Ano/Férias.
No primeiro semestre a aceitação do
público em relação às “Matérias Temáticas” foi grande. Nos últimos seis meses de campanhas, o crescimento foi de
34,37% de páginas acessadas e 57,38%
no tempo de permanência no site. Esses números mostram que o público
buscou a informação e permaneceu
no site. No Facebook, uma das redes
sociais da SBD, publicações tiveram picos de 126.000 pessoas alcançadas diariamente.
A equipe de conteúdo está monitorando as preferências para oferecer temas
que são de interesse dos internautas. n
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Desafios na Educação
10
Vol. 21 - nº 03 - agosto 2014
Educando
Educadores Sem
Fronteiras: Edição
Roraima
O
Educando Educadores Sem
Fronteiras é um projeto de
educação em diabetes da SBD,
com patrocínio da World Diabetes Foundation (WDF), que começou este
ano e já com um desafio pela frente: a
distância. O primeiro estado escolhido
foi Roraima.
Para o grupo da SBD que esteve durante os dias 8 e 13 de abril nesta primeira
fase do projeto, foi uma experiência que
ficará para sempre na memória de cada
um. Os problemas encontrados em uma
população com tantas dificuldades fez repensar conceitos e ter a certeza de que há
muito o que fazer pelo interior do país.
Equipe Comprometida – O grupo que
vem realizando o trabalho do Educando
Educadores é o mesmo que está à frente
desse novo braço do projeto. A equipe
responsável pelo “EE Sem Fronteiras” é
composta pelas médicas. Claudia Pieper
e Denise Franco; psicóloga e educadora
Graça Câmara; enfermeiras Roseli Rezende e Elessandra Sicsu; nutricionistas
Fernanda Castelo Branco e Tarcila Ferraz de Campos; professor de educação
física William Valadares; e cirurgiã dentista Ana Paula Camargo.
Segundo a Dra. Claudia Pieper, coordenadora do projeto, depois do sucesso
do Educando Educadores, o grupo quis
partir para novos desafios e enfrentar
uma realidade diferente, trabalhando
junto a populações distantes dos grandes centros. Para a equipe, o aprendizado poderia ser o grande responsável pelo
resgate da saúde. A médica lembra que
as cidades distantes dos grandes centros
não despertam muito interesse e, por
isso, era importante encontrar apoio financeiro com entidades internacionais
para viabilizar o EE Sem Fronteiras.
“A ideia surgiu há algum tempo, mais
precisamente em 2011, quando encontramos com um representante da WDF,
1699_Revista_SBD_v21n03_web.indd 12
no Congresso da IDF, em Dubai”, relembrou a Dra. Claudia. Bent Lautrup Nielsen (da Dinamarca, e que trabalha para
a WDF) queria investir no Brasil na área
de educação e foi apresentado à iniciativa pela endocrinologista. “Mostramos a
consistência do projeto e o que pretendíamos com ele.” Depois de reuniões e
definições, era preciso montar o escopo
e escolher os locais onde o projeto começaria. Roraima, Amazonas e Paraíba
foram os estados selecionados.
O primeiro Curso contemplou uma
população indígena em Boa Vista e demorou seis meses para ser montado,
com as adaptações necessárias, e um
formato que visava capacitar e atualizar em diabetes médicos, enfermeiros,
nutricionistas, psicólogos e agentes de
saúde ligados a vários grupos indígenas.
Foram 74 inscritos, provenientes de
32 unidades de saúde da capital e dos
municípios vizinhos de Boa Vista, alguns
situados a mais de 400 Km de distância
(Caroebe e Rorainópolis). O Curso foi
direcionado a um grupo abrangente de
médicos e profissionais da área de saúde, selecionados de todos os municípios
de Roraima, das UBSs, da Secretaria de
Saúde do Índio (SESAI), da Casa de
Apoio à Saúde Indígena (CASAI), dos
hospitais públicos, de professores da
Universidade Federal de Roraima e de
alguns parceiros da rede privada.
Participaram desta edição, através de
um trabalho em conjunto com a equipe do “EE sem Fronteiras”, uma equipe engajada em suas cidades e que foi
decisiva para que tudo desse certo: Dr.
Edson Bussad (delegado da SBD e organizador local do evento), Profa. Tânia Soares (diretora geral do ETSUS),
Maria Alexandra Moura (coordenadora
do setor de capacitação do DSY- Distrito
Sanitário Yanomami), Prof. Alex Cirbajev (diretor do CCS - Centro de Ciências
de Saúde), Prof. Calvino Camargo (co-
ordenador do mestrado em ciências da
saúde), Janira Costa e Silva e Keila Cinara (técnicas do NCDANTES - Núcleo de
Doenças Crônicas não Transmissíveis).
Ponto de Partida – Ao todo, o grupo de
profissionais de saúde passou por 40 horas teórico-práticas, que começaram às
8h do dia 8 e se encerraram às 18h do
dia 11 de abril. Na sequência, foi realizada uma Feira de Saúde para a Comunidade local.
O Curso começou no Hotel Aipana
em Boa Vista, Roraima, com uma extensa e intensa programação, que incluiu
aulas teórico-práticas (oficinas) e vivências (dramatização), com o objetivo de
promover um melhor aprendizado dos
participantes.
O grupo aprendeu a desenvolver
planos educativos e didáticos para uma
Feira de Saúde, dirigida à comunidade,
e realizada no dia 13 de abril de 2014,
com repercussão na mídia local. O objetivo final é que eles se tornem multiplicadores de informação em suas cidades.
Foram noves meses de trabalho para
a finalização de todas as etapas da primeira edição do “EE Sem Fronteiras”,
que obedece um molde diferente para
cada região do Brasil. “Criamos um
novo conceito do trabalho em uma região muito carente que tem a população
indígena como a maioria a ser atendida
pelos profissionais de saúde”, explicou
a Dra. Claudia Pieper.
O longo período de preparação também se deve a uma falta de continuidade entre os gestores de governo. “As
mudanças de governo são problemas
graves que atrasam uma atividade tão
importante.” A Dra. Claudia destaca o
trabalha de Tania Soares, que ocupava
o cargo de diretora geral do ET SUS
(Escola Técnica do Sistema Único de
Saúde), onde são treinados centenas
de profissionais de saúde. Ela ajudou na
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Vol. 21 - nº 03 - agosto 2014
11
divulgação e na mobilização do grupo.
Dentro da programação, além das aulas, estava incluída uma visita a CASAI
(Casa de Saúde Indígena), que fica a 12
Km do centro de Boa Vista, e foi uma das
localidades onde esteve o Projeto SBD
Vai ao Gestor, em 2011. É considerado
ideal para um melhor entendimento da
interface entre a comunidade indígena
aldeada e os centros de referências de
saúde do SUS.
Segundo a médica, a realidade de
atendimento nesta unidade é bem diferente dos moldes tradicionais, como
por exemplo as “enfermarias”, que são
separadas por etnias na região (Macuxi,
Wapixana, Yecuana e Yanomami, entre
outros).
Novos Hábitos, Velhos Problemas – Roraima também foi escolhida por apresentar
um quadro muito preocupante. A Dra.
Claudia explica que 60% da população
é indígena, um dos maiores índices no
país. “O número de pacientes diabéticos
cresceu muito entre os indígenas nos últimos anos na região. Entre os motivos,
a desnutrição proteico-calórica em várias tribos, que moram no interior ou
na beira dos rios.” A Dra. Claudia conta
que os ribeirinhos passaram a ter problemas com a pesca, pois os rios ficaram
contaminados com metais pesados em
função do garimpo. A mudança dos hábitos alimentares foi determinante para
o aparecimento de várias doenças.
O consumo de álcool entre os indígenas também cresceu, e somado à desnutrição proteico-calórica da infância, torna o pâncreas vulnerável, aumentando
o número de casos de diabetes. “Acompanhamos pacientes com diabetes tipo
1 e várias complicações; com puberdade
atrasada e baixa estatura; outros que não
usam insulina porque não chega até a
aldeia e precisam ir até a capital para
adquirir o medicamento; além do pou-
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co tempo para aprender a lidar com as
particularidades do diabetes.
O maior problema dos profissionais
de saúde, observado pela Dra. Cláudia
Pieper, é o total desconhecimento sobre como lidar com o diabetes. “Treinamos 77 profissionais em Roraima, a
maioria médicos, convocados de várias
regionais. A falta de informação é muito
grande. O objetivo é que eles saiam do
curso e repliquem o aprendizado para
minimizar o problema.” Segundo a Dra.
Claudia Pieper vários profissionais de
saúde não tiveram apoio governamental suficiente para o período do Curso,
mas estiveram presentes, se mantendo
com recursos próprios.
O encerramento foi com uma feira
de saúde para a população com repercussão na mídia local. Quem participava
e apresentava alteração na glicemia capilar passava pelas sete estações desenvolvidas pelo grupo do curso EE Sem
Fronteiras. Foram feitos: rastreamento
de glicemia capilar; informes sobre cuidados em relação ao diabetes; medida
de cintura abdominal; peso; e esclarecimentos sobre complicações. Foram
levantados muitos dados dessa população que serão tema de um artigo a ser
publicado em breve.
Conhecimento e Lição de Vida – “Sempre
fazemos uma avaliação inicial e no fim do
curso para verificar o nível de aprendizado e incremento de informação no grupo. Observamos que a maior dificuldade
é a implementação do curso na prática.
Foi um impacto muito grande visitar o
CASAI e ver a quantidade de famílias de
índios que, independentemente da sua
etnia, apresentavam acentuada desnutrição proteico-calórica, com os cabelos cor
de fogo em função do problema, barrigas dilatadas e uma enorme carência de
informação. É uma simplicidade somada
ao que nós criamos com a invasão à cul-
tura indígena. Tiramos a forma natural
de vida deles. Doenças que não tinham
antes e que passaram a fazer parte da rotina”, relatou a endocrinologista.
O grupo da SBD voltou sob o efeito
de um impacto muito forte do cenário
que encontrou em Roraima. “Quando
você pensa que já viu de tudo, não viu
nada. Ninguém quer ver o interior do
Brasil, as regiões carentes e locais com
difícil acesso, que levam até seis horas
de barco. Os postos de saúde são taperas indígenas. Uma cena de arrepiar. Os
profissionais que visitam essas localidades distantes trabalham como os ‘médicos sem fronteiras’ na África. É uma
medicina diferente da que imaginamos.
Eles precisam de tudo, como orientações de higiene, nutricionais, medicamentos. Voltamos de lá sabendo que é
preciso fazer muito mais. Foi só o início de um longo trabalho. Precisamos
mobilizar e mostrar o que existe para
conseguir conscientizar da necessidade
de projetos como o EE Sem Fronteiras.
São diabéticos no meio de populações
indígenas”, relatou emocionada a endocrinologista.
A equipe da SBD foi em busca do
diabetes e encontrou diversas carências
na área de saúde pública. Graves problemas de saúde e a falta de questões
básicas, como a alimentação.
Próximo Passo – Quem participou do
Curso realizará Feiras de Saúde em suas
cidades e uma das solicitações à equipe
da SBD foi que o contato com o público seja mais abrangente em relação à
informação.
A próxima parada já está definida e
será Manaus. A Dra. Claudia comenta
que a disputa entre os profissionais da
SDB que desejam participar está sendo
grande. “Eles querem vivenciar o nosso país. Um Brasil que muita gente não
quer ver.” n
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Sobrevivência
12
Vol. 21 - nº 03 - agosto 2014
Desastres Naturais
e Diabetes:
Qual a Hora Certa de Agir?
D
esastres naturais, como o próprio nome diz, são fenômenos
incontroláveis da natureza. Alguns são detectáveis com certa
antecedência. Outros, não. Nos últimos anos, ocorreram diversas catástrofes com proporções difíceis de imaginar, tais como terremotos e tsunamis
na Ásia. Mas não é preciso ir tão longe.
Em janeiro de 2011, a região serrana do
Rio de Janeiro, principalmente os municípios de Nova Friburgo e Teresópolis,
sofreu com enchentes e deslizamentos
de terras causados por fortes chuvas.
Independente do tipo de desastre, a
preparação para sobreviver a ele é de
extrema importância. A grande preocupação das entidades é que pacientes
sobrevivem às catástrofes e morrem por
falta de medicamentos para o tratamento do diabetes.
O CDC (Centers for Disease Control and
Prevention), uma agência americana responsável pelo controle e prevenção de
doenças, possui diversos manuais sobre
como proceder em desastres naturais e
até mesmo em casos de guerras.
Segundo o Dr. Ammar Ibrahim, diretor geral do Instituto Nacional de
1699_Revista_SBD_v21n03_web.indd 14
A “lua de mel” começa
uma semana depois
do desastre e pode
durar até três meses.
Caracteriza-se pelo
auxílio e dever de
compartilhar.
Diabetes Endocrinologia e Nutrição
(INDEN), da República Dominicana,
existem diversas classificações para os
desastres naturais (terremotos, furacões, vulcões e outras como terrorismo,
guerras e até mesmo situações de acidentes, como incêndios e enchentes) e
dentro desse contexto ocorrem quatro
fases cíclicas: resolução, “lua de mel”,
desilusão e reconstrução.
A primeira fase acontece imediatamente após o desastre. Momento em
que ocorrem fatos físicos e emocionais
muito fortes em toda a comunidade abatida pela catástrofe, além do esforço pes-
soal para superar a crise nessa fase aguda. A “lua de mel” começa uma semana
depois do desastre e pode durar até três
meses. Caracteriza-se pelo auxílio e dever de compartilhar. É o momento em
que ocorrem as ajudas humanitárias e
todos os que sofreram com o desastre
se sentem em um momento de grande comunhão. A terceira fase é a mais
complicada, que pode começar no segundo mês do desastre e durar até dois
anos. Nesta ocasião não há sentimento,
especialmente se a recuperação foi prolongada. A última fase é a de reconstrução ou adaptação, que acontece muitos
anos depois, tendo como característica
a recuperação do estado físico e emocional e quando já não existem quaisquer
manifestações de efeitos colaterais devido ao desastre.
Para a sobrevivência em casos como
estes é necessário estar preparado. Se
para pessoas saudáveis é uma situação
extrema, para os diabéticos é muito
pior. O Dr. Ibrahim listou - durante o
Fórum Internacional de Diabetes -, os
pontos mais importantes para a sobrevivência do paciente diabético em situações de catástrofes naturais. São eles:
06/10/14 18:04
ço é a única que sobra. Os pés ficam
sem a proteção necessária. Se ocorrer
qualquer machucado, não há primeiros socorros para evitar que o problema se agrave. “A maior preocupação
é a de desenvolver a patologia conhecida como Pé de Trincheira”.
• Cuidados básicos: É preciso cuidado
especial, principalmente entre os idosos, com a higiene dos dentes e com a
hidratação dos olhos.
Contudo, o especialista afirma que o
mais importante é o conhecimento e a
preparação antes que o desastre ocorra.
Jamais se deve esperar o fato acontecer
para pensar em como agir. As primeiras
72 horas são essenciais em qualquer tipo
de catástrofes e para o portador de diabetes se tornam ainda mais importantes.
Então, como se preparar e cuidar de
uma pessoa com diabetes para enfrentar
uma situação de catástrofe?
Fotos: Nova Friburgo (RJ), após
tragédia em janeiro de 2011; Dr.
Ammar Ibrahim, diretor geral do
INDEN, da República Dominicana.
• Medicamentos: Neste item, dois fatores preocupam: a falta de medicamentos, incluindo o problema do
armazenamento dos remédios que
necessitam de refrigeração, como a
insulina; e a dificuldade ou impossibilidade de cumprir horários, principalmente nos horários que se está
habituado.
• Alimentação: A quebra da rotina de
alimentação se torna um fator de
perigo pela escassez e limitação de
quantidade e variedade dos alimentos. O que leva também a uma falta de
energia para o corpo, podendo levar a
uma hipoglicemia. Porém o mais importante é a água.
• Monitoração da glicemia: Dificuldade
em ter o equipamento disponível, falta de baterias ou perda da noção de
tempo para o controle do horário dos
testes de glicemia.
• O pé: Muitas vezes em situações de
desastres as pessoas acabam sem ter o
que calçar e a opção de andar descal-
1699_Revista_SBD_v21n03_web.indd 15
O que deve incluir um plano básico de
desastres para as pessoas portadoras de
diabetes?
O Governo Brasileiro não possui nenhum tipo de regulamentação ou manual de orientação sobre como proceder em casos de desastres naturais.
Porém, foi criado em dezembro de 2011
o Centro Nacional de Monitoramento
e Alerta de Desastres Naturais (CEMADEN), ligado ao Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação, que tem como
principal objetivo auxiliar nas ações
preventivas, e também possibilitar e
identificar vulnerabilidades no uso e
ocupação do solo, com destaque para o
planejamento urbano e a instalação de
infraestruturas. Atua ainda no aumento da consciência e consequente prontidão da população em risco, induzindo
ações efetivas e antecipadas de prevenção e redução de danos.
O Dr. Walter Minicucci, presidente
da SBD, comenta a necessidade, para
o Brasil, de um planejamento em casos
de desastres e catástrofes, bem como
da existência de um manual adequado às condições geográficas e climáticas do país (incluindo, por exemplo,
as enchentes e deslizamentos de terra)
sobre como agir, como se preparar e o
que fazer nessas situações. Dr. Minicucci afirma que tais instruções e manuais
devem ser veiculados de forma a serem
o mais acessível possível. “A intenção é
preparar as pessoas para que elas consigam se planejar antes da ocorrência do
desastre”, enfatizou o presidente.
Vale ressaltar que o Dr. Ibrahim listou os seguintes temas como essenciais
dentro de um manual de sobrevivência
em desastres naturais:
• Informação correta sobre o desastre:
Qual a natureza do desastre e quais
são os lugares seguros onde a população poderá se proteger e conseguir
água potável e comida? Como conter
a distribuição da eletricidade e gás
para evitar outros desastres?
• Informações claras sobre emergência:
Contatos que o diabético e cada pessoa
deve fazer com a Cruz Vermelha e com
hospitais. É importante ter uma lista de
medicamentos que o diabético utiliza,
cópias de receitas médicas e uma lista
dos equipamentos básicos necessários
para o cuidado do diabético.
• Dieta: A pessoa que não é diabética
pode consumir até metade da ingestão calórica que está acostumada, assim os suprimentos duram por mais
tempo. Esse princípio não se aplica
ao diabético, pois para ele, traria complicações ainda mais graves, portanto
precisa de um plano de alimentação
com horários corretos. Para esses casos é incentivado o armazenamento
de alimentos. Ter uma quantidade de
comida para até sete dias, todos sempre na validade, cobrindo o essencial
para a alimentação do diabético. Se
preocupar com o modo de armazenamento da comida e sua preparação,
além de pensar em como consumi-la,
por isso é indicado que se armazene
pratos, copos e talheres de plástico. O
mais importante é a água: calcula-se
um galão (2 litros) por dia por pessoa.
• Medicamentos: É essencial que não
falte nenhum item de necessidade
para o cuidado com o diabético como
seus remédios ou a quantidade necessária de insulina.
• Itens essenciais: Agulhas, medidor de
glicose e fitas, kit de emergência de
glucagon e uma garrafa plástica descartável vazia, para o descarte de fitas
e agulhas usadas, tabletes de açúcar
e um kit de primeiros socorros. É importante saber que a insulina pode ser
conservada e usada até um mês e pode
ser mantida em temperatura ambiente até 30 graus. É de extrema importância se identificar como diabético. n
Vol. 21 - nº 03 - agosto 2014
Fotos: Celso Pupo
13
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Publicação
Vol. 21 - nº 03 - agosto 2014
14
D&MS Journal
Por Cris Dissat
A
D&MS Journal – Diabetology &
Metabolic Syndrome –, revista
científica da SBD, alcança 2,5 de
fator de impacto e passa a ocupar o primeiro lugar entre as publicações científicas da América Latina. Um
índice comemorado por toda a comissão editorial e diretoria da SBD.
A Revista Científica Online da SBD
já havia obtido boas avaliações até 2013
– recebendo 1,9 como fator de impacto
– e tinha boas perspectivas para 2014,
mas a boa notícia veio mais rápida do
que se esperava.
O critério de avaliação para o fator
de impacto segue o mesmo padrão das
revistas impressas, ou seja, só o meio de
divulgação (internet) é diferente. Atualmente são 109 revistas científicas brasileiras cadastradas e o segundo lugar está
com 1,6 de fator de impacto. “Revistas
já tradicionais estão abaixo de nós”, comemora o editor Dr. Daniel Giannella-Neto, da Universidade Nove de Julho
(UNINOVE), que coordena o projeto
desde o lançamento em 2009.
“Logo no primeiro momento optamos apenas por uma revista digital e
não impressa. Era uma alternativa que
estava começando na época, mas acreditávamos nela”, explicou o Dr. Giannella,
elogiando o pioneirismo e ousadia da
Dra. Marília de Brito Gomes, que presidia a entidade na ocasião. “Sem o apoio
dela, não teríamos conseguido.”
O conteúdo da publicação – que
pode ser acessado no endereço www.
1699_Revista_SBD_v21n03_web.indd 16
dmsjournal.com/ – inclui artigos sobre
a pesquisa básica e estudos clínicos nas
áreas de genética, fisiopatologia, imunologia, epidemiologia, tratamento clínico, estratégias terapêuticas, educação,
nutrição e pesquisa psicossocial relevante para o estudo do diabetes e da Síndrome Metabólica.
Todos os artigos publicados estão
incluídos no PubMed, gerido pela Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, e o conteúdo também
está indexado nos seguintes banco de
dados: CAS, Citebase, DOAJ, Embase,
Google Scholar, OAIster, PubMed Central, Science Citation Index Expanded,
Scopus, Socolar e Zetoc.
Atualmente, os associados da SBD envolvidos com pesquisa podem publicar
sem custos, passando pelos critérios de
seleção habitual, ou seja, o material é recebido pelos editores, avaliado e depois,
se aprovado, é encaminhado à publicação (ver box com a Comissão Editorial
da D&MS Journal). “Selecionamos os
artigos que se identificam com a nossa
especialidade e os editores se dividem,
de acordo com a especialidade de cada
um, para a avaliação”, explicou o Dr.
Giannella.
O Dr. Giannella explica que o projeto iniciou sendo totalmente aberto para
publicações brasileiras e internacionais.
“O mundo inteiro podia publicar e com
isso foi um ‘boom’ de conteúdo em
2009. Lançamos em agosto e de forma
integral. O plano era de iniciar aberto
e ao alcançar um número de publicações o formato seria repensado. Entre-
Trajetória em Cinco Anos
A
Revista foi uma das principais
propostas da diretoria da Dra.
Marília de Brito Gomes, lançada durante sua gestão (2008/2009), no dia
26 de agosto de 2009. A primeira
submissão de artigos aconteceu em
1 de fevereiro do mesmo ano. Atualmente a revista, que tem só versão
online e em inglês, recebeu 135 trabalhos de pesquisadores brasileiros
(33,3% das publicações) e 271 de
estrangeiros (66,7%).
O tempo médio de aceitação dos
trabalhos tem sido de 4,8 meses e
o índice de rejeição, no período de
2009 a 2013, foi de 44,5%.
O envio de submissão e publicações continua crescendo, como
mostra o gráfico a seguir.
Tipos de artigos aceitos
06/10/14 18:05
Vol. 21 - nº 03 - agosto 2014
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Dr. Daniel Giannella-Neto
tanto os custos aumentaram muito e foi
impossível se manter por um período
maior”, detalhou o Dr. Giannella.
O editor da D&MS Journal diz que
tem recebido cerca de 250 submissões
por ano, o que considera um volume
de trabalho muito grande. “Temos que
dar conta de todo o trabalho e minha
proposta é convidar novos editores para
trabalhar conosco. Com o aumento do
fator de impacto, o interesse em publicar aumentará também.”
O Futuro da Revista – Para o Dr. Giannella
o momento é de comemoração, mas
também de avaliação, pois se houver
mais estímulo para novas publicações
será difícil suportar os gastos. “O Brasil
não me preocupa mais porque já chegamos a um excelente patamar.”
Ele enfatiza a responsabilidade de ser
uma publicação séria e na manutenção
do nível de revisão do material que é
recebido.
O ganho da SBD é institucional e
não financeiro. “Não temos prejuízo,
mas também não temos lucro. Recentemente, o Dr. Antonio Carlos Lerário,
tesoureiro da SBD, refez o contrato com
algumas mudanças, visando trazer mais
benefícios para a entidade. Foi uma alteração significativa e positiva para nós.
Ainda vamos demorar a ter o retorno
de todo o investimento, mas é o início
desse processo. Sabíamos que não é um
trabalho a curto prazo.”
A SBD tem um grande mérito nessa
conquista importante para a diabetologia brasileira. n
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Compõe o Corpo Editorial da publicação os seguintes especialistas:
Editor-Chefe: Daniel Giannella-Neto - Universidade Nove de Julho (UNINOVE), Brasil
Editora Fundadora: Marília de Brito Gomes - Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Brasil
Gerente de Edição: Sergio Vencio - Universidade Católica de Goiás, Brasil
Editor Associado: Humberto Dellê - UNINOVE, Brasil
Conselho Editorial Brasileiro: André Fernandes Reis - Universidade Federal de São
Paulo; Angelo Carpinelli - Universidade de São Paulo; Antonio Chacra - Universidade Federal de São Paulo; Beatriz D’Agord Schaan - Universidade Federal do
Rio Grande do Sul; Durval Damiani - Universidade de São Paulo; Eduardo Tibiriçá
- Fundação Oswaldo Cruz; Fabio Bessa Lima - Universidade de São Paulo; Fani Eta
Korn Malerbi - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; Hermelinda Cordeiro
Pedrosa - International Diabetes Federation no Brasil; Jean Jorge Silva de Souza Escola de Medicina Nilton Lins; João Roberto de Sá - Universidade Federal de São
Paulo; José Barreto Campello Carvalheira - Universidade Estadual de Campinas;
José Cipolla-Neto - Universidade de São Paulo; Lenita Zajdenverg - Universidade Federal do Rio de Janeiro; Luis Henrique Canani - Universidade Federal do
Rio Grande do Sul; Maria Bressan - Universidade Federal de Viçosa; Maria Lucia
Correa-Giannella - Universidade de São Paulo; Milton Cesar Foss - Universidade
de São Paulo; Monica Antar Gamba - Universidade Federal do Rio de Janeiro;
Paulina Sannomiya - Universidade de São Paulo; Regina Celia Mello Santiago
Moises - Universidade Federal do Rio de Janeiro; Renan Magalhães Montenegro-Jr
- Universidade Federal do Ceará; Ricardo Martins da Rocha Meirelles - Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro; Rodrigo Nunes Lamounier - Santa Casa
de Belo Horizonte; Sandra Roberta Gouvea Ferreira - Universidade de São Paulo;
Sergio Atala Dib - Universidade Federal de São Paulo; Silmara Aparecida Oliveira
Leite - Universidade Positivo; Silvana Emília Speggiorin - Instituto da Criança com
Diabetes; Ubiratan Fabres Machado - Universidade de São Paulo; Zuleica Bruno
Fortes - Universidade de São Paulo.
Conselho Editorial Internacional: Andre A Kengne - South African Medical Research
Council (África do Sul); Ilias Migdalis - NIMTS Hospital (Grécia); Klaus Kaestner
- University of Pennsylvania (Estados Unidos); Koon-Hou Mak - Mak Heart Clinic
(Cingapura); Markus Niessen - University Hospital of Zurich (Suíça); Michael Weinem - Society for Biomedical Diabetes Research (Alemanha); Sanjay Kalra - Bharti
Hospital (Índia); Simon Dunmore - University of Wolverhampton (Reino Unido);
Thomas Caceci - Virginia Tech (Estados Unidos); Trevor Orchard - University of
Pittsburgh (Estados Unidos).
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Internacional
16
Vol. 21 - nº 03 - agosto 2014
KiDS: A Vida
Escolar da Criança
com Diabetes
Por Flavia Garcia
U
ma criança sai do consultório
médico com o diagnóstico de
diabetes e com uma série de regras que precisa seguir, até que
entenda melhor as reações de seu organismo em relação à doença. Algumas,
como testes de glicemia e aplicação de
insulina, farão parte de todos os dias
de sua vida. Esta deve ser uma situação
corriqueira para você, médico e profissional de saúde, mas você já se colocou
no lugar dela? Já parou para pensar em
como ficará a vida escolar dessa criança?
E mais, você sabia que muitas crianças e
pais sofrem discriminações nesta “volta
às aulas”?
No Brasil, a Associação de Diabetes
Brasil (ADJ) tem o registro de diversas
reclamações e pedidos de ajuda de pais
de crianças com diabetes, pois algumas
escolas se negam a receber crianças com
diabetes ou mesmo chegam a expulsar
essas crianças, com a “justificativa” de
que não têm condições de cuidar delas.
Em outros casos, um dos responsáveis
chega a parar de trabalhar para cuidar
da saúde de seu filho, indo à escola todos os dias para fazer a “ponta de dedo”
e dosar a insulina.
Existem muitos casos de discriminação do paciente diabético, principalmente pela falta de informação da população, e a criança em idade escolar
sofre consequências sociais e emocionais com isso. Diante de situações como
essas, que acontecem pelos quatro cantos do mundo, a International Diabetes
Federation (IDF) desenvolveu o projeto
KiDS (Kids and Diabetes in Schools) e escolheu as cidades de Nova Delhi, na Índia,
e São Paulo, no Brasil, para a implantação do projeto piloto.
O KiDS foi lançado oficialmente no
Brasil em 5 de agosto, em uma entrevis-
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Números Apresentados
•No Brasil existem cerca de 200 mil escolas, com 52 milhões de alunos. O KiDS
pretende atingir diretamente 20% dos alunos de cada escola escolhida para
participar deste programa piloto.
•5 a 10% da população com diabetes no Brasil é infanto-juvenil com o diabetes
tipo 1, sendo insulino-dependente.
•Cerca de 5 mil novos casos de DM1 são diagnosticados anualmente no país.
ta coletiva realizada em São Paulo, que
reuniu jornalistas e blogueiros de diversos estados. Na Índia, o projeto havia
sido apresentado em 23 de julho.
Para falar sobre o projeto, estiveram
presentes representantes das entidades
que apoiam a iniciativa: o Dr. David Chaney, médico especialista em educação
do paciente na IDF; Carlos José, presidente da ADJ; Fabiola Correia, representante do Ministério da Saúde; Sérgio
Metzger, representante da IDF-SACA e
relações internacionais da ADJ; Dr. Walter Minicucci, presidente da SBD; Dr.
Luiz Eduardo Calliari, representante da
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP);
Dra. Denise Franco, membro da diretoria da SBD e diretora da ADJ; Lisandra
Paes, coordenadora pedagógica de uma
escola na qual o piloto já foi implantado
e mãe de uma adolescente de 17 anos,
com diabetes desde o primeiro ano de
vida; Mark Barone, líder do grupo Jovens Líderes em Diabetes da IDF; e Marcus Diniz, diretor da Unidade de Terapias Especiais da Sanofi, patrocinadora
do projeto no Brasil.
Cada participante deu o seu depoimento sobre o projeto, que tem como
principal objetivo levar para as escolas uma educação em diabetes, causas,
consequências e prevenção da doença.
Ele busca promover o melhor entendimento e apoiar as crianças nas escolas
públicas e privadas a envolverem-se em
estratégias de cuidados eficazes, para
participar plenamente na vida escolar
e desmistificar o diabetes.
Segundo o Dr. Chaney, o projeto começou na IDF há mais de dois anos,
com a realização de pesquisas em diversos países e reunião de um conteúdo
informativo para que se pudesse montar um kit a ser distribuído nas escolas
participantes e disponibilizado nos sites
dos apoiadores do projeto. “Montar esse
kit demorou bastante, pois o material
precisou ser feito em vários idiomas e
adaptado para a realidade de cada país,
inclusive nas ilustrações. Afinal roupas e
hábitos alimentares são bem diferentes
e o material precisava ser atrativo para
todos os povos”, afirmou ele.
Ainda segundo o especialista americano, o KiDS cria um ambiente escolar
que promove o engajamento da criança
com diabetes e todos os outros alunos
e professores, que devem atuar como
embaixadores do programa. O projeto
inclui distribuição de livros e realização
de atividades para quatro diferentes
públicos, dentro do ambiente escolar:
professores (equipe da escola), pais de
crianças com diabetes, outros pais e familiares e as crianças (alunos do ensino
fundamental).
O Dr. Walter Minicucci, presidente
da SBD, acredita que este projeto tem
grande importância não só para o meio
escolar, como também para os profissionais de saúde e para a saúde pública.
Além disso, ele ressaltou que todos co-
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nhecem alguma pessoa com diabetes.
“Se temos 10% da população com essa
doença, toda criança terá contato com
um paciente, seja do tipo 1 ou tipo 2,
sendo seu coleguinha de escola ou um
familiar. Por mais nova que seja a criança, aprendendo os cuidados e indicações básicas de nutrição, na escola, acaba sendo um agente disseminador da
informação e da prevenção da doença e
complicações”, completou o presidente.
O Dr. Luiz Eduardo Calliari, da SBP,
afirmou que o pediatra é um grande
aliado deste processo, pois é ele quem
lida diretamente com a criança e familiares, desde o nascimento. “Nossa missão é fazer com que as crianças com diabetes tipo 1 possam participar de todas
as atividades naturais da infância, além
de atuar na prevenção da obesidade infantil e auxiliando diretamente na prevenção do diabetes tipo 2. A desinformação, no caso do diabetes, é um grande
problema, pois muitas pessoas, mesmo
querendo ajudar, não sabem como. Então, com esse projeto, conseguiremos
disseminar a informação e preservar os
direitos da criança”, disse.
Sergio Metzger, representante da IDF
na América Central e América do Sul
(IDF-SACA), acredita que a informação
salva vidas e esse projeto tem grande poder. “Nossa luta é pelo binômio ‘educação’ e ‘acesso’. Um sem o outro não
funciona, e, sozinhos, não conseguimos
nada. Quanto mais pessoas estiverem informadas sobre o diabetes, melhor, e a
mídia tem um papel fundamental de informar a população”, lembrou.
Já a Dra. Denise Franco, da SBD e
ADJ, fez um levantamento com os números do diabetes no Brasil, em especial
DM1, e apresentou o Estatuto da Criança e do Adolescente. A médica relacionou ainda dados do estudo DAWN Youth, que abordam o tema “diabetes care in
school” e completou que não existe trei-
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1
2
3
4
5
6
7
namento no cuidado básico do paciente
com diabetes nas escolas em nenhuma
parte do mundo. “É preciso diminuir o
preconceito em relação à criança com
diabetes”, afirmou ela. Ciente de que as
leis nacionais não permitem que professores e outros profissionais fora do âmbito da saúde realizem determinados
procedimentos, como a aplicação de
insulina nos alunos, ela lembrou que
algumas ações não médicas podem e
devem ser tomadas como, por exemplo,
oferecer um copo de suco a uma criança em crise de hipoglicemia, mas, para
isso, é importante que o professor saiba
identificar uma crise e esteja atento ao
aluno. É também dever do educador diminuir a discriminação e aproximar a
escola dos postos de saúde.
A coordenadora pedagógica Lisandra Paes lembrou que, na maioria das
vezes, a criança passa mais tempo nas
escolas do que (acordadas) com seus
pais e que a educação em diabetes é
fundamental, com resultados imediatos. Ela relatou que uma semana após
o treinamento dos professores em sua
escola, um educador identificou uma
crise de hipoglicemia em uma criança
que a escola não tinha conhecimento
de que tinha o diabetes, e agiu a tempo.
Vol. 21 - nº 03 - agosto 2014
1. Dra. Denise Reis Franco
2. Dr. Luiz Eduardo Calliari
3. Dr. Walter Minicucci
4. Sergio Metzger
5. Carlos José
6. Dr. David Chaney
7. Marcus Diniz
Fotos: Elias Gomes
17
O Programa KiDS na Prática – O piloto do
Programa KiDS será realizado no Brasil
até o final de 2014. Para participar, 15
escolas, entre públicas e privadas, estão
em processo de seleção. Serão 13 do Estado de São Paulo e duas do Ceará, devido a uma demanda localizada.
A implantação do programa dura um
dia em cada escola, conforme horários
combinados com a instituição de ensino. Para se candidatar, a escola precisa
ter pelo menos dois alunos matriculados, com o diagnóstico de diabetes tipo
1, e ter entre 700 e 1000 alunos matriculados no ensino fundamental, com faixa
etária entre 6 e 14 anos.
O material, desenvolvido pela IDF,
será disponibilizado para download gratuito nos sites das entidades parceiras.
No Brasil, o programa está sendo coordenado pela ADJ. A iniciativa pretende
alcançar cerca de 15 mil estudantes e
260 pessoas dentre pais, educadores e
cuidadores. Após a visita às escolas, o
programa escolherá cinco unidades
educacionais para retornar e fazer um
balanço das mudanças. n
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14 de Novembro
18
Vol. 21 - nº 03 - agosto 2014
Juntos
pelo Dia
Mundial
do
Diabetes
“Q
uando reunimos várias entidades, conseguimos crescer
mais e unificar as informações.” Assim o coordenador
do Dia Mundial do Diabetes, Dr. Márcio
Krakauer, atribui a parceria da campanha entre a SBD, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
(SBEM), a Associação Diabetes Brasil
(ADJ), a Associação Nacional de Assistência de Diabético (ANAD) e a Sociedade Brasileira de Cardiologia (CARDIOL).
Segundo o médico, está sendo feito
um grande planejamento das ações que
serão realizadas em todo o país. “Reforçamos, no ano de 2014, uma parceria
que espero que seja duradoura, para
realização das ações do Dia Mundial
do Diabetes. Já coordeno o projeto há
cinco anos e acredito que é hora de
unirmos ainda mais as forças da SBD e
da SBEM também nesta questão. Para
tanto a SBD firmou a parceria com a
SBEM Nacional e já foram definidos
alguns pontos importantes do projeto.
Tudo será comunicado e todos os materiais terão a marca da SBEM ao lado da
SBD”, afirma o coordenador.
Além disso, para este ano, as negociações com diversos pontos turísticos
do Rio de Janeiro já começaram. Como
em 2013, estão sendo acordadas ações
como a iluminação azul do Cristo Redentor, do Maracanã e diversos outros
monumentos. O Pão de Açúcar, após
1699_Revista_SBD_v21n03_web.indd 20
uma reunião com a organização do Dia
Mundial da SBD, já avisou que estará
participando também. No ano passado
trocou seu nome, no dia 14 de novembro, para Pão Sem Açúcar. Outra atividade que está sendo planejada é um
concurso de culinária, cujos dados serão
passados em breve.
A Campanha 2014 – Tornar a vida do paciente mais saudável é o principal objetivo da campanha do Dia Mundial do Diabetes, no período entre 2014 e 2016. O
tema Vida Saudável e Diabetes foi escolhido pela IDF (International Diabetes
Federation) e será trabalhado pela SBD
nos próximos anos, divulgando ações e
informações para o público, governo e
imprensa.
No Site e nas Mídias Sociais – Em todos
os anos, o mês de novembro é marcado
por diversas atividades em prol da data
e, em 2014, não será diferente. A campanha nas mídias sociais da SBD vem ganhando cada vez mais força. O site também foi atualizado ainda no segundo
trimestre do ano e com isso fortaleceu
as informações divulgadas nas redes sociais - www.diamundialdodiabetes.org.br.
No site foi incluída uma mensagem do
Dr. Márcio Krakauer, coordenador do
Dia Mundial do Diabetes no Brasil, incentivando as ações com antecedência.
A página contém, ainda, relatos das
ações que aconteceram em 2013 em
todas as regiões do Brasil e também o
passo a passo de como fazer o download
do aplicativo que a IDF lançou este ano,
com o objetivo de aumentar o entendimento e consciência da população sobre o círculo azul por meio da postagem
de fotos com o símbolo.
Além do site, o público pode obter
informações da campanha interagindo
pela página do Facebook (www.facebook.com/diamundialdodiabetes) com
cerca de 15 mil curtidas; pelo Twitter
(www.twitter.com/wdd_brasil), que tem
mais de 3 mil seguidores; pelo Flickr
(www.flickr.com/diamundialdodiabetes), por meio de divulgação de fotos
do público que participa da campanha
e das atividades que são realizadas; e
via Youtube (www.youtube.com/diamundialdodiabetes), com vídeos sobre
a campanha.
O Material da Campanha – A SBD produz,
todos os anos, materiais informativos
sobre o Dia Mundial do Diabetes, que
podem ser usados gratuitamente por
todos os envolvidos na campanha. São
folhetos, cartazes e imagens para aplicar
em camisetas. Todos os anos, novos materiais são produzidos e utilizados pelo
público e profissionais de saúde em suas
atividades. Faça o download do material
e use em suas atividades pelo Dia Mundial do Diabetes. Os arquivos estão no
site oficial e ficam localizados no menu
“Campanha”. n
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Diabetes 2015
Vol. 21 - nº 03 - agosto 2014
19
Expectativas para o
XX Congresso da SBD
Foto: Lisandro Luis Trarbach
Porto Alegre (RS) sediará o próximo Congresso.
Lançamento oficial aconteceu em agosto.
A
s novidades para o próximo Diabetes 2015 vão aumentando a
cada mês. O lançamento oficial
do XX Congresso da Sociedade
Brasileira de Diabetes, em 21 de agosto, marca uma nova fase nos preparativos. A expectativa é de que a atividade,
que tem data marcada para 11 a 14 de
novembro de 2015, conte com a participação de 4 mil pessoas no Centro de
Eventos da Federação das Indústrias do
Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS).
A FIERGS possui 10 mil metros quadrados e recebe inúmeros encontros da
área de inovação, congressos e grandes
eventos da cidade de Porto Alegre. A
comissão organizadora tem feito visitas
frequentes ao local para avaliação do espaço a fim de adequar às necessidades
dos participantes do Diabetes 2015.
O tema central, junto com as primeiras informações sobre a programação
científica e social do congresso, está
apresentado no site (www.diabetes2015.
com.br) e em todo material de divulgação do evento. As comissões estão reunidas para a elaboração dos programas
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desde o início do ano e são presididas
pelo Dr. Marcello Bertolucci. O Dr. Balduíno Tschiedel, presidente do evento,
esclarece que assuntos relacionados
a todas as áreas da diabetologia serão
abordados.
Segundo o Dr. Balduíno, os preparativos estão indo muito bem. Já foram
feitos os contatos e convites aos participantes internacionais e toda essa antecedência é necessária, pois suas agendas são complexas e a organização do
Congresso quer garantir a presença de
todos. O desejo do Dr. Balduíno para o
Diabetes 2015 é de que ele tenha também uma boa receptividade junto à indústria, que, por estar lançando diversos produtos, possui novidades a serem
apresentadas e o evento é um dos meios
para alavancar a divulgação junto à comunidade médica e científica.
Como lembrado na última edição
da Revista Diabetes, a cidade de Porto
Alegre recebeu o Congresso da SBD em
setembro de 1997, 18 anos antes desta
edição. A XI edição do evento aconteceu no Hotel Plaza São Rafael. “A cada
Dr. Balduíno Tschiedel, presidente
do Diabetes 2015, fala dos
preparativos para o próximo
congresso da SBD.
ano o Congresso é realizado em uma cidade diferente e Porto Alegre sentia-se
pronta para receber de volta a atividade.
Hoje uma das grandes capitais brasileiras, a cidade possui toda a infraestrutura necessária para realizar e receber um
evento deste tamanho”, afirma o presidente do evento.
Para finalizar, o Dr. Balduíno expressa suas expectativas e o desejo que este
seja um grande Congresso, assim como
foram as outras edições. “Minha expectativa para o XX Congresso da Sociedade Brasileira de Diabetes é, no mínimo,
que possamos manter a mesma qualidade dos anteriores. Todos da SBD e SBD
Regional Rio Grande do Sul esperam e
desejam que o Diabetes 2015 seja um
grande sucesso.” n
06/10/14 18:05
Colunista Convidado
Foto: Celso Pupo
Vol. 21 - nº 03 - agosto 2014
20
Dra. Reine Marie Chaves*
N
ão há dúvidas da necessidade de
se disseminar intervenções para
retardar o aparecimento do diabetes. Contudo, estudos clínicos
têm mostrado que programas de saúde
voltados para modificações no estilo de
vida com foco na perda ponderal podem retardar o início do DM2 em indivíduos com alto risco para desenvolver
a doença, mas infelizmente, nenhum
estudo demonstrou que o diabetes pode
ser prevenido ou retardado em programas de saúde pública.
Embora sabendo-se que a prevenção
é extremamente importante, os resultados evidenciados nos colocam em
questionamento se devemos investir recursos públicos em programas de prevenção comunitária, considerando-se
que a população estimada com pré-diabetes é muito grande e isto significaria
uma relação custo x benefício não bem
determinada.
Estudos clínicos com foco na modificação de hábitos de vida, como o DPP
(Diabetes Prevention Study) e o DPPOS
(DPPout come study), visaram a redução
ponderal e o aumento da atividade física,
e quando todas as variáveis foram analisadas, observou-se que o efeito positivo obtido nestes estudos deveu-se à perda ponderal, parecendo ser este o alvo dentro
das modificações de estilo de vida. Portanto, embora a atividade física seja importante, não há estudos randomizados
mostrando o benefício isolado da atividade física na prevenção do diabetes, e também que tipo de exercício e por quanto
tempo (meses, anos) deverá ser mantido
e incorporado no “mundo real”.
Em metanálise de estudos comunitários com pelo menos um ano de acompanhamento, com foco na perda de
peso para adultos com risco de obesidade, observou-se reganho ponderal, e
1699_Revista_SBD_v21n03_web.indd 22
Diabetes Tipo 2:
É Viável a
Prevenção?
o grau de perda sempre menor do que
o observado nos ensaios clínicos de
prevenção. A experiência da Finlândia
nos mostra claramente esta evidência,
quando num estudo baseado no DPS,
observou-se que a perda ponderal de
2,5-4,9% levou à redução de risco de
diabetes de apenas 18%, enquanto no
DPS houve 58% de redução de risco
após três anos de acompanhamento.
A maioria dos programas comerciais
para redução de peso, que poderia ser
considerado como intervenções de base
comunitária, demonstra que alguns participantes conseguem perder 3 a 4% de
peso no 1º ano do programa, porém o
reganho ponderal é sempre um desafio
a ser enfrentado, principalmente quando os indivíduos têm que incorporar na
rotina diária. Não há também ao certo
uma definição da relação entre a perda
de peso em kg e a redução do risco de
diabetes.
Portanto, admite-se que uma perda de 3 a 4% num período maior (>4
anos?), com manutenção por mais de
10 anos, seria necessária para se alcançar alguma prevenção significativa do
DM2 (em torno de 15%), parecendo
ser o retardo no desenvolvimento do
diabetes decorrente e proporcional à
perda ponderal. Uma perda pequena e
não sustentada não parece trazer benefícios a longo prazo, assim como os testes genéticos para avaliação de risco do
DM2 não têm aumentado a motivação
dos indivíduos identificados para adesão aos programas de prevenção.
A utilização de drogas tem sido considerada em alguns estudos, e com exceção da metformina, nenhuma outra foi
usada por mais de 3 anos, parecendo
ser esta a melhor droga para reduzir a
incidência do diabetes. Contudo, o sucesso requer adesão a longo prazo, e se
tivermos que usar rotineiramente drogas para prevenção do diabetes em in-
divíduos de risco, estaremos retardando
a doença ou diminuindo ainda mais o
ponto de corte para o diagnóstico, o que
merece uma ampla discussão.
Novas drogas que promovem perda
ponderal e melhoram fatores de risco
cardiovascular, como os análogos e miméticos do GLP, poderão vir a ter um papel importante na prevenção, mas ainda
se faz necessário considerar o alto custo
destes medicamentos e tempo de uso.
Finalmente, é necessário frisar que
o objetivo de retardar ou prevenir o
desenvolvimento do diabetes está relacionado à prevenção de complicações,
e, portanto, é importante obtermos evidências clínicas de quanto reduziríamos
complicações com o retardo de 4 a 5
anos no diagnóstico do DM2.
A discussão persiste, sendo prematuro concluir se existe relação custo
x eficácia favorável, em se estabelecer
programas comunitários para prevenção do diabetes. Estes programas devem
ser ininterruptos, como políticas públicas de saúde, com foco na população
de risco, visando educá-los para redução progressiva do consumo exagerado
de alimentos calóricos, a fim de garantir uma perda ponderal de pelo menos
4%, mantida a longo prazo.
E nós, profissionais de saúde, devemos continuar estimulando os nossos
pacientes à persistência da perda de
peso sustentada, e à prática rotineira de
atividade física, e, em campanhas públicas de educação, buscar não somente
a determinação da glicemia capilar ao
acaso, mas principalmente a orientação
da população de risco para a importância da perda ponderal na prevenção do
DM2. n
*
Dra. Reine Marie Chaves Fonseca, endocrinologista, Mestra em Medicina Interna pela Univ. Fed. da Bahia- UFBA, Diretora Fundadora do
CEDEBA - Centro de Diabetes e Endocrinologia do Estado da Bahia.
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Ponto de Vista
Foto: Ricardo Oliveira
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Dr. Ney Cavalcanti
Uma Luz no Fim do Túnel
A
demência é uma síndrome decorrente da diminuição acentuada da nossa função cognitiva, o
processo mental que nos permite
viver em sociedade. Com o decorrer dos
anos, o cérebro, assim como todo nosso organismo, envelhece, prejudicando
a memória e a capacidade de aprender,
julgar, raciocinar e realizar tarefas.
Por conta disso, são comuns pequenos lapsos de memória nos idosos. Muitos permanecem neste estágio, outros
evoluem com perdas maiores da cognição, inclusive, perdendo a capacidade de realizar as tarefas mais simples.
Quando instalada, a demência é mais
frequente de acordo com a idade do
paciente. Rara até os 60 anos, quando
o idoso passa dos 85 a chance de surgimento é 50% maior. Como a população
vem cada vez vivendo mais, o número
deste tipo de doente cresce também.
A Organização Mundial de Saúde calcula que existem mais de 65 milhões de
pessoas acometidas. Como não poderia
deixar de ser, o problema preocupa as
autoridades de saúde, visto que é uma
doença que implica em muitos gastos,
assistência permanente, intercorrências
variadas etc. A perspectiva, inclusive, é
1699_Revista_SBD_v21n03_web.indd 23
que a demência ultrapassará, em breve, os gastos com os dois problemas que
consomem mais recursos: as doenças
cardiovasculares e o câncer.
Apesar de uma série de condições serem capazes de acarretá-la, como tumor
cerebral, doença da tireoide, neurofilis,
entre outras, na maioria dos casos ela
decorre do Alzheimer ou da arteriosclerose cerebral. Na primeira, existe um
aumento, no cérebro, da quantidade de
uma substância chamada beta amiloide,
cujo motivo desse crescimento ainda é
desconhecido pelos médicos, dificultando o tratamento e a prevenção. Este aumento tem uma ação maléfica sobre as
células cerebrais.
Na segunda, os neurônios sofrem
por falta de irrigação, decorrente da
obstrução dos vasos pela arteriosclerose. O recurso para prevenir, ou pelo
menos retardar o seu surgimento, é
procurar evitar ou tratar os conhecidos
fatores de risco da doença: sedentarismo, hipertensão, colesterol elevado,
diabetes etc.
Nos últimos anos os cientistas fizeram uma importante descoberta: o
número de idosos dementes continua
crescendo em função de grande au-
mento da população da terceira idade.
Mas, por outro lado, também tem havido uma maior incidência de pessoas
idosas livre deste problema. A redução
do percentual tem sido observada em
muitas pesquisas em vários países. Uma
delas, analisando 17 anos (1982-1999),
mostrou que a redução foi de 5,7%
para 2,9 % na população americana.
Outros países como Holanda, Suécia,
Inglaterra e Finlândia realizaram pesquisas semelhantes, demonstrando que
o percentual de dementes na população
idosa vem caindo. Qual o fator ou fatores responsáveis por esta diminuição?
As pesquisas sugerem que ela é menos frequente nos mais escolarizados,
com melhor situação financeira e com
menores fatores de risco da doença
vascular (hipertensão, colesterol alto,
tabagismo, obesidade etc.) e com uma
vida feliz.
E qual deles é o mais importante?
Não sabemos. Enquanto isto não acontece, as recomendações para que o idoso diminua a chance de se tornar uma
pessoa com demência é: estudar, ganhar dinheiro, viver bem, tratar bem os
fatores de risco cardiovasculares, amar
muito e, se possível, ser muito amado. n
06/10/14 18:05
Pelo Brasil
Vol. 21 - nº 03 - agosto 2014
22
Mutirão em Sergipe
Congresso
ANAD
O
O
19º Congresso Brasileiro
Multidisciplinar em Diabetes aconteceu entre os dias
24 e 27 de julho e trouxe como
tema: Traduzindo a atualização
científica para a prática. O congresso teve como finalidade levar
atualização e reciclagem em diabetes aos médicos e multiprofissionais da saúde, além de capacitar
profissionais de saúde.
O evento foi presidido pelo Dr.
Fadlo Fraige Filho. “O congresso
tem contado com um público de
aproximadamente 3.000 profissionais da área da saúde, médicos
endocrinologistas, clínicos, cardiologistas, nefrologistas, especialidades afins e multiprofissionais com
formação universitária. O congresso é constantemente ampliado e
apresenta atualmente oficinas de
diversas especialidades, além de
atividades paralelas como cursos
profissionalizantes.” n
CBEM em
Curitiba
A
cidade de Curitiba recebe, 20 anos
depois, mais uma edição do Congresso da Sociedade Brasileira de
Endocrinologia e Metabologia. Durante os dias 5 a 9 de setembro, médicos,
congressistas, estudantes e profissionais
de diversas áreas acompanharão os mais
variados temas. A presidência do Comitê Executivo está a cargo do Dr. Cesar
Luiz Boguszewski.
O tema central é “Endocrinologia e
Sustentabilidade”, aproveitando a fama
da cidade considerada a capital ecológica do Brasil. A programação científica
também tem temas relacionados. Uma
das curiosidades é que o crachá, utilizado pelos participantes, foi produzido
com a partir de garrafas pet recicladas.
O 31º CBEM possui, ainda, um aplicativo oficial para smatphones, disponível
para os sistemas Android e iOS. n
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Oftalmologia
e Diabetes
O
ftalmologista Amigo do Jovem
Diabético é um projeto resultante da parceria da UADERJ (União
das Associações de Diabéticos do Estado
do Rio de Janeiro) com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SOB) e conta
com o apoio da SBD, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, da Assembleia Legislativa do Estado
do Rio de Janeiro e a Associação Diabetes Brasil. Os responsáveis pelo projeto
são: Dra. Solange Travassos, Dra. Maria
Delzita Neves, Enf. Fernanda de Freitas,
Claudia Maximiliano, Rodrigo Batista,
Margarida Brandão e Ricardo Sampaio,
da UADERJ, e os doutores Mário Motta
e Aderbal Júnior, da SBO.
O projeto - que consiste no atendimento gratuito, pelos oftalmologistas,
aos jovens com diabetes - conta com
574 pacientes cadastrados e cerca de
500 já atendidos. A Dra. Solange Travassos relata obter um feedback superpositivo dos pacientes. “Eles são muito
bem tratados nos consultórios, o que
melhora a autoestima. Como no SUS o
acesso ao oftalmologista é muito limitado, nós temos pacientes com vários
anos de doença que nunca tinham realizado mapeamento de retina. Como
a retinopatia não dá sintomas nas fases
iniciais, o exame anual da retina é muito
importante para prevenir casos graves.
Já realizamos angiografia e laser em vários pacientes, evitando a evolução para
cegueira”, completa. n
município de Ribeirópolis (SE)
foi o local do mutirão de diabetes no dia 19 de julho. As atividades aconteceram na clínica de saúde
Dr. Djalma Francisco de Lima e foram
realizadas pela Associação Sergipana de
Proteção ao Diabético (ASPAD) e pela
Federação Nacional de Associações e
Entidades de Diabetes (FENAD), que
contaram com o apoio da Prefeitura da
cidade. A Secretaria Municipal de Saúde forneceu a infraestrutura para a realização do evento.
O mutirão consistiu na distribuição
de materiais educativos (Jornal do Diabético e um livro para crianças com
diabetes) e também na realização de
exames gratuitamente à população.
As pessoas que apresentaram glicemia
capilar alterada foram atendidas individualmente pelos doutores Raimundo
Sotero e Adriana Araújo (endocrinologistas). Também foram feitos exames de
fundo de olho pelo Dr. Gustavo Melo
(Hospital de Olhos de Sergipe) e os participantes foram orientados, na área nutricional, pela Dra. Cinthia Fontes.
O objetivo da campanha, que é realizada durante todo o ano, é conscientizar a população sobre o diabetes e
como evitar, diagnosticar e tratar essa
patologia. No total foram realizados 459
exames. Destes, 372 estavam alterados,
contabilizando 81,05% dos pacientes. n
Encontro Paulista
A
SBEM Regional São Paulo organizou o Encontro Paulista de Endocrinologia Clínica, entre os dias
29 e 30 de agosto, em São José do Rio
Preto. Presidido pelo Dr. Evandro Portes (foto), o evento aconteceu na Sociedade de Medicina e Cirurgia da cidade.
Endocrinologia no idoso, osteoporose,
diabetes, obesidade e uso de anabolizantes foram alguns dos temas abordados. n
06/10/14 18:05
Diabetes no Sul
CODDHI 2014
correram na cidade de Caxias do
Sul o IV Encontro Gaúcho de Endocrinologia e o XIX Encontro
Gaúcho de Diabetes. O evento aconteceu nos dias 8 e 9 de agosto, na Faculdade Caxias do Sul (RS). Dentre os temas
abordados, se destacaram: o tratamento não farmacológico da obesidade; as
causas da mortalidade da DM2; o uso
de testosterona em homens e mulheres
e o manejo de tumores na hipófise. O
evento foi presidido pelo Dr. Luis Henrique Santos Canani e pelo Dr. Daniel
Panorotto. n
Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Universidade Estadual
do Rio de Janeiro (UERJ), realizou mais uma edição do CODDHi
2014 - Controvérsias em Obesidade,
Diabetes, Dislipidemias e Hipertensão.
O evento aconteceu entre os dias 14 e
16 de agosto e foram discutidos e apresentados diversos temas relacionando o
diabetes com outras patologias como a
tuberculose, além de promover discussões acerca de novos conceitos, particularidades de tratamento, abordagem em
idosos etc. n
O
Vol. 21 - nº 03 - agosto 2014
23
O
Congresso no Rio
A
terceira data de inscrição com desconto para o 1º Congresso Regional
de Diabetes, promovido pela SBD-RJ, termina em 30 de setembro. Após
essa data, os valores são: Médicos associados (SBD, SBEM E ABESO):
R$ 290; Médicos não associados: R$ 435; Residentes e pós-graduados: R$230;
Residentes não associados: R$345; Profissionais de saúde associados: R$ 175;
Profissionais não associados R$ 260; Acadêmicos em formação e técnicos não
associados R$ 220.
A ficha de inscrição se encontra no site do Congresso: www.diabetesrio2014.
com.br/index.php. A expectativa é de que o evento receba 600 congressistas,
com temas focados para especialistas em diabetes e médicos de outras áreas.
A comissão científica é formada pelos médicos: Adolpho Milech, José Egídio
Paulo de Oliveira, Lenita Zajdenverg, Marília Brito Gomes e pela presidente
da Regional e do Congresso, Dra. Anna Gabriela Fuks. n
Novo Endereço
em Pelotas
A
Associação Pelotense de Diabéticos começou, no fim de julho, a
atender os pacientes em um novo
local: Casa do Conselho, sala 401. O
atendimento havia sido interrompido
em abril deste ano quando precisaram
sair da sala onde o grupo trabalhava.
Durante três meses, a coordenação da
entidade e a prefeitura negociaram
um novo local para a sede. A entidade
tem cerca de 1.500 membros registrados e o grupo está há 23 anos em funcionamento. Realizam reuniões todas
as quartas-feiras, das 14h às 16h, onde
ocorrem troca de informações, encaminhamento para consultas médicas e
psicológicas, além do acolhimento dos
voluntários. n
Grupo de Estudos EndoSul 2014
X DIACOR
om inscrições gratuitas, pelo site
da SBD-RJ (www.diabetesrio.org.
br), o próximo encontro do Grupo de Estudos Multidisciplinar em Diabetes (GEMD) está marcado para o dia
27 de setembro, no Colégio Brasileiro
de Cirurgiões, no Rio de Janeiro. O
tema desta edição são as “Complicações Subdiagnosticadas: Disautonomia
do Trato Gastrointestinal e Genitourinário”. O evento terá como palestrantes os doutores Luiz J. Abrahão Jr, Joana Rodrigues Dantas Vezzani, Marcus
Miranda dos Santos Oliveira, Antonio
Tavares e Renato Castro Torrini. No site
da Regional, existe uma área de downloads onde é possível baixar os arquivos
contendo aulas já ministradas. n
décima edição do “Atualização em
Diabetes na Cardiologia” foi realizada nos dias 22 e 23 agosto, em
São Paulo. Em todos os anos, o foco do
evento, que é presidido pelos professores doutores Bernardo Leo Wajchenberg, Antonio Carlos Lerário e Roberto Barcellos Betti, tem sido melhorar
a saúde e o atendimento ao paciente.
O Diacor 2014 promoveu atualizações
e trocas de experiências, devido a seus
palestrantes renomados nacional e internacionalmente, com experiências
e vivências em diversas áreas como na
cardiologia, endocrinologia, angiologia,
geriatria, clínica médica entre outros. O
evento aconteceu no Centro de Convenções Rebouças, no coração da cidade. n
C
1699_Revista_SBD_v21n03_web.indd 25
A
cidade de Florianópolis (SC) receberá mais uma edição do EndoSul. O evento será realizado nos
dias 21 e 22 de novembro no Costão
do Santinho Resort, que já recebeu a
terceira edição do evento. O encontro
está sendo coordenado pelo Dr. Itarian da Silva Terres. As inscrições com
desconto estão abertas até o próximo
dia 9 de outubro. Os valores até este
período são: R$300 para Sócios quites
da SBEM/SBD/ABESO; R$750 para
sócios não quites / não sócios SBEM/
SBD/ABESO; R$300 para Residentes;
R$300 para Pós-graduandos de medicina; R$160 para Acadêmicos de medicina e R$750 para outros profissionais
de saúde. n
A
06/10/14 18:05
Mundo Digital
Vol. 21 - nº 03 - agosto 2014
24
Tecnologia & Diabetes
@
N
omes diferentes, dicas úteis
para o dia a dia do profissional
de saúde e novidades em relação às novas tecnologias na área
de diabetes são os temas da coluna. Por
isso, se você tem alguma dúvida em um
tema específico nessa área não deixe de
enviar sua pergunta para a Redação da
Revista Diabetes. Descobrir novidades é
sempre uma busca muito interessante.
Back Up Automático – Os smartphones
e tablets se tornaram companheiros
quase inseparáveis dos profissionais de
saúde nas salas de congressos. Usando
o zoom dos celulares é possível captar
com muita nitidez os slides para estudos. A qualidade e nitidez, mesmo com
equipamentos não tão sofisticados, são
excelentes. O problema está se você
perder o celular. A maioria das pessoas
comenta que o valor do equipamento
é importante, mas o conteúdo é valiosíssimo.
Entretanto lembrar-se de fazer back ups
não é das tarefas prediletas de ninguém.
Então por que não deixar isso para o Google? Se você tem um endereço de gmail,
o Google fará isso para você. No seu aparelho, baixe o Google+ e concorde com
a opção sincronizar nas configurações.
Com isso, todos cliques que você fizer
irão automaticamente para a internet
em uma pasta no Google+. Elas não são
compartilhadas a não ser que você faça
essa operação. Todas as fotos entram em
pastas nas datas que foram feitas. Tudo
organizado. Caso você perca seu apare-
1699_Revista_SBD_v21n03_web.indd 26
lho, basta entrar lá e baixar ou ver direto
na nuvem. E o melhor, você não precisa
perder um minuto para fazer isso. Deixe
o trabalho para o Google.
Pâncreas Biônico – Parece até nome de
filme de ficção científica. Os mais “antigos” vão lembrar-se do Homem de Seis
Bilhões de Dólares, uma série sobre o
ciborgue Steve Austin, interpretado por
Lee Majors, que também era conhecido
como O Homem Biônico.
Como a ficção está cada vez mais próxima da realidade, o pâncreas biônico
está longe de ser ficção. As pesquisas
não são mais novas e estão se intensificando. O pâncreas artificial é a última
versão de um dispositivo que os pesquisadores vêm aperfeiçoando há vários
anos. O sistema consiste em um iPhone 4S com um dispositivo conectado ao
monitoramento de glicose, duas bombas e reservatórios de insulina e glucagon. Um sensor é implantado sob a pele
no abdômen do paciente e fornece a
leitura para o smartphone. O software
do telefone calcula a dose de insulina e
glucagon a cada cinco minutos.
O medicamento é, então, bombeado
através de tubos finos de dois pontos de
infusão minúsculos incorporados sob a
pele do outro lado do abdômen do paciente.
A pesquisa foi descrita no The New England Journal of Medicine e foi notícia em
jornais como o New York Times.
Facebook x Twitter em Saúde – Duas das
maiores redes sociais da internet não
precisam travar uma batalha de audiência na área de saúde. Cada uma tem um
atrativo melhor e funciona bem em determinado momento. Os profissionais
de saúde preferem o Facebook porque
podem navegar com mais calma e na
hora que julgar importante. O Twitter é
muito mais instantâneo e funciona bem
em eventos de curta duração, como o
Dia Mundial do Diabetes (@wdd - da International Diabetes Federation - e o @
wdd_brasil - da Sociedade Brasileira de
Diabetes) e nos congressos da entidade.
Por isso, na dúvida onde investir suas
fichas para um projeto na área de saúde ou divulgação de um evento na área
médica prefira o Facebook (Fanpages).
Mas lembre-se que isso muda e análises
devem ser feitas regularmente.
No momento em que notícias relatavam um declínio do Twitter, a Copa
do Mundo registrou um aumento e uma
explosão de mensagens em um minuto.
Mas, o tema era futebol e não saúde.
#ficaadica n
Cristina Dissat, responsável pela coluna, é jorna-
@
lista especializada em mídias digitais, com pós-graduação em comunicação digital.
06/10/14 18:05
Novidades
Lançamentos da Indústria Farmacêutica
Sucos Zero
Novo medicamento para o DM2
JUXX apresentou, recentemente,
a linha de bebidas sem açúcar da
marca. A empresa conta com produtos
destinados a todos os tipos de consumidores, inclusive os que possuem restrições alimentares, como os diabéticos.
Todos os sabores da marca estão com a
versão zero. Estes são adoçados com Sucralose Splenda e podem ser consumidos por gestantes, lactantes e diabéticos. A JUXX foi pioneira na fabricação
do suco de cranberry e blueberry no
Brasil e conta também com os sabores
de romã, ameixa e frutas vermelhas. n
canagliflozina é uma droga, de uma
nova classe de medicamentos para
diabetes, com efeito primário sobre a
reabsorção renal de glicose, os inibidores de proteína cotransportadora de sódio/glicose. Foi aprovada pela ANVISA
e, segundo o fabricante, é mais uma
opção de tratamento aos 73% dos pacientes que não conseguem atingir os
níveis adequados de glicose no sangue.
Os estudos envolveram análise isolada
da canagliflozina em conjunto com outras terapias para diabetes como met­
formina, sulfonilureia, pioglitazona e
insulina.
A aprovação foi baseada em estudos
que envolveram cerca de 10.300 pacientes. A droga será comercializada
sob o nome de Invokana 100 mg, pela
Janssen Pharmaceuticals, inc.,Titusville,
N.J. n
A
Lente Monitora
O
laboratório farmacêutico Novartis divulgou uma parceria
com o Google para a utilização da
uma lente de contato inteligente
para monitorar o diabetes. Quando colocada no olho, ela utiliza as
lágrimas do paciente para monitorar a glicose no sangue. De acordo com um comunicado divulgado pela Alcon, filial da Novartis,
a lente é composta por um chip
wireless e um sensor miniaturizado de glicose prensado entre duas
camadas de material gelatinoso.
O dispositivo é equipado com
um LED que fica responsável por
emitir sinais sempre que houver
alteração no nível de glicose. Até
o momento, não há previsão de
entrada do equipamento no mercado. n
1699_Revista_SBD_v21n03_web.indd 27
Vol. 21 - nº 03 - agosto 2014
25
A
Insulina Inalada (Parte 2)
A
Sanofi assinou um acordo com a
MannKind Corporation para obter
a licença mundial exclusiva para a comercialização do medicamento AFREZZA. O acordo de colaboração entre
as duas empresas prevê que a Sanofi
assuma a responsabilidade do desenvolvimento, regulamentação e comercialização do produto. O produto será
lançado, nos Estados unidos, no primeiro trimestre de 2015.
A aprovação da insulina em pó, de
ação rápida, pela FDA, foi divulgada na
coluna Novidades da Indústria da última edição da Revista Diabetes. n
Reeducação Alimentar
L
ançada, no mercado brasileiro, a linha Optifast, que oferece soluções nutricionais em um programa de reeducação alimentar voltado a pacientes
com sobrepeso ou obesos com diabetes associada. Os produtos são resultado
de uma parceria da Nestlé Health Science e a Sanofi.
O programa conta com uma linha de soluções nutricionais, como substitutos de uma ou mais refeições diárias, conforme necessidade identificada
pelo profissional de saúde. fazem parte desta linha produtos como: pó para
preparo de bebida sabor baunilha, sopa de vegetais, omelete de queijo e
mousse sabor chocolate. Os produtos já são comercializados nos Estados
Unidos, Austrália e Espanha e possuem mais de 70 estudos científicos. n
06/10/14 18:05
Pelo Mundo
Vol. 21 - nº 03 - agosto 2014
26
Europeu de Diabetes
N
o período do dia 15 a 19 de setembro de 2014 será realizada a
50ª edição do encontro anual da
European Association for the Study of Diabetes (EASD 2014). O evento acontecerá
em Viena, na Áustria, e o Dr. Raimund
Weitgasser é o responsável pela coordenação desta edição.
As inscrições para o evento estão disponíveis desde o dia 8 de julho e podem
ser feitas no site da entidade - www.easd.
org - até o dia 3 de setembro de 2014.
Após este período, o cadastro só será aceito no local onde acontecerá o evento.
Aos interessados em participar desta
edição do EASD os valores de inscrição
para o evento são: €180 para membros
da EASD até 35 anos de idade, €360
para membros entre 36 e 45 anos de
idade, €440 para membros com 46 ou
mais anos de idade e €750 para não
membros da EASD.
O prazo para envio de trabalhos foi
finalizado em abril e o resultado está publicado no site do evento. Para acompanhar o andamento do EASD 2014, os
participantes poderão baixar o EASD
App, que estará disponível para download tanto para o sistema Android quanto para iOS. O aplicativo inclui todos
os resumos, junto com webcats, cartazes
eletrônicos e informações sobre o programa científico do evento.
O EASD Virtual Meeting também estará disponível online e gratuitamente
como nas outras edições do encontro.
Neste ambiente é possível encontrar todas as apresentações em áudio e slides.
Basta acessar a página: www.easdvirtualmeeting.org.
O twitter do evento é o @EASDnews
– onde estão sendo publicados informes
como links de pesquisas e programação
científica final. n
Nas Montanhas do Machu Picchu
D
epois de vencer algumas das
montanhas mais desafiadoras do
Mundo, atletas com diabetes escalaram as Montanhas do Machu Picchu, com 4.600 metros de altitude. A
expedição foi realizada pela World Diabetes Tour, com apoio da Sanofi, e teve
a presença de dois brasileiros. Um dos
objetivos foi estimular outras pessoas
com diabetes a superar seus desafios.
A escalada aconteceu entre os dias
20 e 25 de julho, com 11 alpinistas com
diabetes tipo 1. A equipe total era composta por 13 atletas, dentre eles três
médicos, e formada por diferentes nacionalidades: China, Índia, Jordânia,
Brasil, Peru, Canadá, Espanha, França
e Estados Unidos.
Os dois brasileiros foram: Alexei
Caio, paciente com diabetes tipo 1, e
o Dr. Mauro Scharf, endocrinologista
e diretor médico do Laboratório Frischmann Aisengart, ambos com experiência em montanhismo e atividades
radicais. Foi possível acompanhar à distância cada passo dos alpinistas através
do twitter @T1DChallenge e da página
no Facebook: www.facebook.com/starbemsanofi. n
1699_Revista_SBD_v21n03_web.indd 28
Pediatria e
Diabetes
A
contecerá no período de
3 até 6 de setembro a 40ª
conferência anual da International Society for Pediatric and
Adolescent Diabetes (ISPAD 2014).
O evento será realizado em Toronto no Canadá, e terá como
tema principal Diversity in Diabetes
(Diversidade em Diabetes). O Dr.
Denis Daneman e a Dra. Jill Hamilton são os responsáveis pela
coordenação da conferência,
que tem como objetivo reunir
um grande número de profissionais dedicados a cuidar de crianças e jovens diabéticos e buscar
melhorias em atendimento para
este grupo em específico.
As inscrições online para o
evento já foram encerradas. Todos aqueles que têm interesse
em participar deverão efetuar
o cadastramento no local onde
acontecerá o ISPAD 2014. É importante ressaltar que uma taxa
de 50 U$ será adicionada. Os valores são: 880 U$ para membros
ISPAD, 1.010 U$ para não membros e 550 U$ para estudantes,
professores, enfermeiros, médicos e jovens.
Entre os temas que serão abordados nos simpósios estão: “Childhood diabetes in Developing Countires: Delivering care with impact”;
“Using Accurate self-blood Glucose
monitoring systems to namange Insulin trated Diabetes Children and
Adolescents”; e ”From Clinical Trials
to Practice: When Rubber Hits the
Road”.
No dia 5 de setembro acontecerá o ISPAD Recognition Dinner
(jantar de confraternização). O
evento acontecerá às 19h30 e é
uma celebração especial para
homenagear e premiar médicos
que tiveram grandes conquistas
no ano anterior. n
06/10/14 18:05
Comunicados da SBD
Atividades da
SBD Sergipe
A
Regional Sergipe da SBD divulgou as atividades que foram desenvolvidas durante o primeiro
semestre de 2014. No total, foram cinco
reuniões científicas e seis mutirões aos
pacientes. Houve, também, uma doação do presidente da Regional SE, Dr.
Raimundo Sotero, ao Serviço de Diabetes do Instituto de Previdência do Estado, de cerca de 1.200.000 comprimidos
de Diabemed.
Para o segundo semestre estão previstas, ainda, as seguintes atividades:
Mutirões da Independência, do dia das
crianças, de Natal e uma caminhada
pelo Dia Mundial do Diabetes. n
Clipping da SBD
A
lém das importantes matérias que
o site da SBD divulga, a entidade
disponibiliza, também, para seus
associados, uma área de “clippings” com
as notícias que estão na mídia.
A área, conhecida como “Diabetes na
Imprensa”, conta com diversas publicações feitas em jornais, revistas, sites etc.
As mais recentes são: “Dispositivo detecta complicações associadas ao diabetes”;
“Glicose em alta faz crescer amputação”;
e “Os homens apresentam piores índices do que as mulheres em oito variáveis
da pesquisa”. Para acessar, visite: www.
diabetes.org.br/diabetes-na-imprensa. n
Palestras do
Fórum da IDF
O
s profissionais de saúde que
refizeram seu cadastro no
site da SBD têm acesso a todas as palestras que foram gravadas durante o Fórum Internacional de Diabetes, realizado no final
de abril, em Foz do Iguaçu.
São 62 vídeos com diversos temas que foram tratados durante o
evento, como: o Simpósio de DM1,
Evidências Científicas da Dieta
Ideal, Pré-Diabetes, Abordagem
do Paciente DM2, Controle Glicêmico, Neuropatia e Pé Diabético,
entre outros assuntos.
Para acessar as palestras é preciso estar logado na “Área de Profissionais de Saúde” e ir no menu
horizontal “Educação”. Se já estiver logado, basta ir no menu “Profissionais de Saúde”, no setor Multimídia. n
A
1699_Revista_SBD_v21n03_web.indd 29
U
ma boa indicação que os profissionais de saúde podem sugerir para
pacientes ou o público leigo que
acessa o site da SBD é a área “Para Público”, localizada na parte inferior do
portal. São dicas sobre Alimentação e
Nutrição, Receitas e Perguntas e Respostas, onde podem ser esclarecidas várias
questões.
No setor de “Alimentação & Nutrição” é possível encontrar informações
sobre os carboidratos, explicando sua
importância para o organismo, o apoio
da Campanha Mundial “Food Revolution Day”, com incentivo à alimentação
saudável, entender melhor os rótulos de
alimentos, entre outras.
Já na área de receitas o leitor tem
acesso a quatro tipos diferentes, diversificando entre as direcionadas para
crianças, com opções de lanches, doces
e outras refeições.
Na parte de “Perguntas e Respostas” o
internauta tira suas dúvidas sobre diversos itens, como: Açúcar Mascavo, Adoçantes, Atividade Física, Como Cuidar de
uma Hipoglicemia e Leis e Diabetes. n
SBD no CBEM
A
trigésima primeira edição do Congresso Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia (CBEM) acontece entre os dias 5 e 9 de setembro, em
Curitiba (PR), e a SBD estará presente
no evento com seu estande.
No local serão atendidos os associados da entidade, além da divulgação da
vigésima edição do Congresso da Sociedade Brasileira de Diabetes 2015, que
acontecerá em Porto Alegre, nos dias
11, 12, 13 e 14 de novembro do próximo ano. n
Cargo Importante
Dra. Hermelinda Pedrosa, vice-presidente da SBD, foi eleita vice-presidente da World Wide Diabetes,
sendo a única representante brasileira.
Além da médica, estão na nova diretoria: presidente - Jaime Davidson, MD
– Estados Unidos; secretário - Fernando Lavalle, MD – México; tesoureiros Richard Nesto, MD – Estados Unidos,
Chantal Mathieu, MD, PhD – Bélgica,
Francois Bonnici, MB, ChB, MMed –
África do Sul, Linong Ji, MD – China e
Petra-Maria Schumm-Draeger, MD, PhD
– Alemanha. n
Para o Público
Vol. 21 - nº 03 - agosto 2014
27
25
Próximo Simpósio da SBD
A
próxima edição do Simpósio da SBD já tem data marcada: 11 de outubro. O assunto tratado no evento será “atendimento multidisciplinar
no cuidado às pessoas com diabetes”. Irão participar os seguintes departamentos: Educação, Enfermagem, Educação Física, Farmácia, Médico,
Nutrição e Psicologia.
O Simpósio acontece no hotel Blue Tree Faria Lima, em São Paulo, entre
às 8h30 e 14h30. Informações: www.diabetes.org.br n
06/10/14 18:05
Agenda
Foto: PerseoMedusa
Vol. 21 - nº 03 - agosto 2014
28
Setembro 2014
Outubro 2014
Dezembro 2014
31º Congresso Brasileiro de Endocrinologia e
Metabologia
TODDA – Curso Avançado no Tratamento da
Obesidade, Diabetes e Doenças Associadas
The 2nd World Congresso f Clinical Lipidology
a9
|| 5Expo
Curitiba || CuritibaUnimed
(PR)
||
www.cbem2014.com.br /
|| (51)3086-9100
/ 3086-9109
||
Data:
Local:
Informações:
ASBMR – The American Society of Bone and
Mineral Research Annual
Meeting
||
||
||
|EASD
| - European Association for the Study
12 a 15
Local: Houston, Texas, EUA
Informações: www.asbmr.org
Data:
of Diabetes
||
||
||
15 a 19
Local: Viena, Áustria
Informações: www.easd.org
Data:
53º ESPE – European Society for Paediatric
Endocrinology Meeting
||
||
||
18 a 20
Local: Dublin, Irlanda
Informações: www.espe2014.org
Data:
26º Curso de Qualificação para Profissionais
de Saúde em Educação em Diabetes
a 26
|| 23Conselho
de
|| EnfermagemRegional
São
Paulo,
SP
||
www.adj.org.br
||
Data:
Local:
Informações:
18
|| 17Rioe de
Janeiro, RJ
||
Tel.: (21) 3543-0770 /
|| (11) 5641-1870
||
Data:
Local:
Informações:
84th Annual Meeting of the American Thyroid
Association
||
||
||
29 de outubro a 2 de novembro
Coronado, Califórnia, EUA
Informações: www.thyroid.org
Data:
Local:
Novembro 2014
1º Congresso Regional de Diabetes do Rio de
Janeiro
a 15
|| 13Royal
Tulip Hotel || Rio de Janeiro,
RJ
||
www.diabetesrio2014.com.br
|| / (21) 2548-5141
||
Data:
Local:
Informações:
9º Congresso de Endocrinologia e
Metabologia da Região Sul (ENDOSUL)
||
||
||
||
||
21 e 22
Local: Costão do Santinho
Resort, Florianópolis, SC
Informações: www.endosul2014.com.br /
(48) 3322-1021
Data:
XVI Congresso da SBCBM
a 29
|| 25Centro
de Convenções
|| SulAmérica
- Rio de Janeiro - RJ
||
www.sbcbm2014.com.br
|| (11) 3284-6951 / 3284-8298 /
||
Data:
Local:
||
||
||
5a7
Vienna, Austria
Informações: clinical-lipidology.com
Data:
Local:
43º Encontro do IEDE
13 e 14
|| 12,
Hotel Porto Belo,
|| Mangaratiba
(RJ)
||
(21) 2224-8587
||
Data:
Local:
Informações:
IPSA 2014 – 3º Congresso da International
Pediatric Sleep Association
||
||
||
3a5
Porto Alegre, RS
Informações: www.ipsa2014.com
Data:
Local:
Fevereiro 2015
XVI Congresso Brasileiro de Obesidade e
Síndrome Metabólica
de abril a 1º de maio
|| 30Windsor
|| Janeiro, RJBarra – Rio de
||
www.obesidade2015.com.br /
|| Tel.: (011)
3849-0099
||
Data:
Local:
Informações:
Março 2015
Endo 2015
a8
|| 5San
Diego, Califórnia, EUA
||
www.endocrine.org/
||endo-2015
||
Data:
Local:
Informações:
Informações:
1699_Revista_SBD_v21n03_web.indd 30
06/10/14 18:05
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