CENTRO EDUCACIONAL CHARLES DARWIN AVALIAÇÃO OBJETIVA DE FÍSICA E HISTÓRIA Segunda Avaliação – 2ª Série – Ensino Médio Primeiro Período – 2017 Assinale com um X se estiver fazendo Progressão Parcial: ____ Aluno(a):______________________________________ Série e Turma: _______ Nº: _____ Professor(a): __________________________________ Data: _____/_____/2017 OBSERVAÇÕES [ 01 ] - É proibido o acesso à Escola em horário de prova, portando celular. Caso o aluno esteja com celular, deverá entregá-lo à coordenação e só poderá retirá-lo após o horário oficial de término da prova. [ 02 ] - Assine, também, com nome completo (legível), no canto superior, à direita, todas as folhas de questões. [ 03 ] - Verifique se a prova está completa. Ela contém 27 (vinte e sete) questões com 05 (cinco) opções cada uma. Se alguma parte não tiver sido impressa, solicite ao fiscal a troca. [ 04 ] - Leia as questões atentamente antes de respondê-las. [ 05 ] - Preencha o cartão resposta colocando seu nome e o número de matrícula. [ 06 ] - O preenchimento do cartão resposta deve ser feito à caneta esferográfica azul ou preta, completando totalmente o quadrinho. [ 07 ] - Respostas rasuradas serão anuladas. [ 08 ] - Duas respostas em uma mesma questão serão anuladas. [ 09 ] - Todas as provas corrigidas serão pontuadas de 0 a 10. O mínimo para aprovação é 60%. [ 10 ] - O prazo para pedido de revisão de prova é de até 30 dias após a sua aplicação. ''A prova deve servir como instrumento de aprendizagem.” Valor da Prova de Física 1: ........................................................................ 10,0 Valor da Prova de Física 2: ....................................................................... 10,0 Valor da Prova de História: ..........................................................................10,0 GABARITO.AV.OBJ.2S.1P.2017.FÍSICA E HISTÓRIA NOME COMPLETO (LEGÍVEL): _____________________________________________ HISTÓRIA Caro(a) aluno(a), a sua prova é composta de 12 questões objetivas acerca dos conteúdos estudados no período. Leia atentamente o comando de cada questão, as alternativas propostas e marque com atenção o gabarito. Faça uma boa prova e tenha muito sucesso! Prof. Rondinelli F. Vieira e Prof. Gabriel T. Meira. 16. A expansão territorial dos Estados Unidos, no século XIX, foi o resultado da compra da Luisiana francesa pelo governo central, da anexação de territórios mexicanos, da distribuição de pequenos lotes de terra para colonos pioneiros, da expansão das redes de estradas de ferro, assim como da anexação de terras indígenas. Esse processo expansionista foi ideologicamente justificado pela doutrina do Destino Manifesto, segundo a qual a) b) c) d) e) o direito pertence aos povos mais democráticos e laboriosos. o mundo deve ser transformado para o engrandecimento da humanidade. o povo americano deve garantir a sobrevivência econômica das sociedades pagãs. as terras pertencem aos seus descobridores e primeiros ocupantes. a nação deve conquistar o continente que a Providência lhe reservou. Comentário: Segundo a crença do Destino Manifesto, os EUA e os norte-americanos foram escolhidos pela Providência Divina para dominar a maior parte dos territórios da América do Norte e para espalhar sua influência pelo restante do continente. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Leia o texto abaixo, sobre os Estados Unidos, e responda à(s) questão(ões). Há cem anos, um grande americano, sob cuja simbólica sombra nos encontramos, assinou a Proclamação da Emancipação. Esse decreto fundamental foi como um grande raio de luz de esperança para milhões de escravos negros que tinham sido marcados a ferro nas chamas de uma vergonhosa injustiça. Veio como uma aurora feliz para pôr fim à longa noite de cativeiro. Mas, cem anos mais tarde, devemos encarar a trágica realidade de que o negro ainda não é livre. Cem anos mais tarde, a vida do negro está ainda infelizmente dilacerada pelas algemas da segregação e pelas correntes da discriminação. (...) Eu tenho um sonho de que um dia, nas montanhas rubras da Geórgia, os filhos dos descendentes de escravos e os filhos de donos de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da fraternidade. 17. Assinale a alternativa que apresenta o grande americano, citado no texto, responsável pela Proclamação da Emancipação, bem como o contexto em que tal lei foi aprovada: a) George Washington – Independência dos EUA; b) Thomas Jefferson – Promulgação da Constituição; GABARITO.AV.OBJ.2S.1P.2017.FÍSICA E HISTÓRIA 1 NOME COMPLETO (LEGÍVEL): _____________________________________________ c) James Monroe – Lançamento da Doutrina Monroe; d) James Polk – Expansão Territorial e Doutrina do Destino Manifesto; e) Abraham Lincoln – Guerra de Secessão. Comentário: Somente a proposição [E] está correta. O texto faz referência ao presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln, no contexto da Guerra de Secessão, 1860-1865, que aboliu a escravidão na 13ª Emenda. 18. A abolição da escravatura, nos EUA, foi decretada por Abraham Lincoln em janeiro de 1865. No entanto, não foi acompanhada de nenhum programa que possibilitasse a integração do negro liberto na sociedade americana. Essa situação de desvantagem social tendeu a se perpetuar, sobretudo, devido ao aparecimento de sociedades secretas no Sul, que por meio de segregacionismo e de intimidações violentas impediam os ex-escravos de assumirem plenamente sua cidadania. O grupo mais radical, contrário à abolição dos escravos estadunidenses, foi: a) b) c) d) e) Grupo Natural. Ku Klux Klan. Defensores Brancos. Congressista de Washington. Conferencista de Ialta. Comentário: A questão remete à Guerra Civil dos Estados Unidos ou Guerra de Secessão, 1861-1865. No final desta guerra, o presidente Abraham Lincoln aboliu a escravidão no país através da emenda número 13. Porém, surgiram grupos secretos racistas que impediam a inserção do negro na sociedade bem como a cidadania. Entre estes grupos o que mais se destacou foi o Ku Klux Klan. A abolição da escravidão para os mais de 4,5 milhões de negros, contudo, não significou direitos iguais aos brancos, mantendo-se a segregação social e política que motivaria seguidas lutas e radicalismos pelo resto do século XIX e também durante o século seguinte. 19. Sobre o processo histórico da denominada Guerra do Ópio, ocorrida na China, em 1841, assinale a alternativa correta. a) Os Estados Unidos da América iniciaram a expansão para o Oriente, comercializando o ópio monopolizado pelos chineses, o que provocou uma guerra entre eles, encerrada com o acordo de divisão igualitária das cotas comerciais. b) O Japão, em suas conquistas imperialistas no continente asiático, travou uma guerra com a China pelo domínio do comércio do ópio na região; nesse processo, estabeleceram o Tratado de Pequim, no qual Hong Kong passou ao domínio japonês. c) O império russo, parceiro da China no comércio do ópio, transportava-o para os portos de Xangai com maior agilidade e com altas taxas aduaneiras, o que fez com que exigisse a franquia desse produto. d) A Inglaterra, que dominava a comercialização do ópio na China, impôs aos chineses uma indenização por eles terem, a pretexto de proteger a saúde de sua população, confiscado e destruído uma grande carga de ópio. e) A França teve uma de suas colônias, o Afeganistão, como um grande produtor de ópio e concorrente comercial dos chineses, que monopolizavam essa atividade com elevados lucros; visando a quebrar tal monopólio, os franceses bloquearam os portos chineses. GABARITO.AV.OBJ.2S.1P.2017.FÍSICA E HISTÓRIA 2 NOME COMPLETO (LEGÍVEL): _____________________________________________ Comentário: Durante a tentativa de resistência chinesa à venda inglesa do ópio, o governo chinês promoveu um ataque a navios ingleses carregados de ópio, afundando os mesmos. Após vencer em definitivo a China da chamada Guerra do Ópio, a Coroa inglesa impôs o pagamento de uma indenização por esse fato. 20. Leia o texto a seguir. Por mais que retrocedamos na História, acharemos que a África está sempre fechada no contato com o resto do mundo, é um país criança envolvido na escuridão da noite, aquém da luz da história consciente. O negro representa o homem natural em toda a sua barbárie e violência; para compreendê-lo, devemos esquecer todas as representações europeias. Devemos esquecer Deus e as leis morais. HEGEL, Georg W. F. Filosofia de la historia universal. Apud HERNANDEZ, Leila M.G. A África na sala de aula: visita à história contemporânea. São Paulo: Selo Negro, 2005. p. 20-21. [Adaptado]. O fragmento é um indicador da forma predominante como os europeus observavam o continente africano, no século XIX. Essa observação relacionava-se a uma definição sobre a cultura, que se identificava com a ideia de a) progresso social, materializado pelas realizações humanas como forma de se opor à natureza. b) tolerância cívica, verificada no respeito ao contato com o outro, com vistas a manter seus hábitos. c) autonomia política, expressa na escolha do homem negro por uma vida apartada da comunidade. d) liberdade religiosa, manifesta na relativização dos padrões éticos europeus. e) respeito às tradições, associado ao reconhecimento do valor do passado para as comunidades locais. Comentário: O texto da questão expressa a visão europeia de dominação com o olhar exótico para as populações africanas. Para a burguesia europeia do final do século XIX que vivia um período de grande expansão do sistema capitalista para todo o planeta, o continente africano era uma região a ser incorporada e explorada a partir das necessidades do capitalismo. O pensamento eurocêntrico apontava a “missão civilizadora” do europeu no momento do Neocolonialismo e Imperialismo do século XIX. A África, bem como a Ásia, deveria ser “civilizada” pelo contato com o europeu. 21. A industrialização do continente europeu marcou um intenso processo de expansão econômica. O crescimento dos parques industriais e o acúmulo de capitais fizeram com que as grandes potências econômicas da Europa buscassem a ampliação de seus mercados e procurassem maiores quantidades de matériaprima disponíveis a baixo custo. Foi nesse contexto que, a partir do século XIX, essas nações buscaram explorar regiões da África e da Ásia. Disponível em: http://mestresdahistoria.blogspot.com.br/2011/04/aprenda-asdiferencas-entre-o.html Acesso em: 14/09/2015, às 14h06min. GABARITO.AV.OBJ.2S.1P.2017.FÍSICA E HISTÓRIA 3 NOME COMPLETO (LEGÍVEL): _____________________________________________ Comparando o imperialismo do século XIX com o colonialismo do século XVI, podemos concluir que a) o imperialismo do século XIX esteve voltado para a procura de mercados consumidores de produtos industrializados e fornecedores de matéria-prima. b) o colonialismo do século XVI buscava colônias para instalar o excedente populacional e novas áreas de investimentos de capitais industriais. c) o imperialismo do século XIX demonstrou respeito em relação aos povos das colônias conquistadas, preservando seus costumes e sua identidade cultural. d) o imperialismo do século XIX se dedicou à busca de especiarias, gêneros tropicais e metais preciosos, enquadrando-se no Mercantilismo. e) o colonialismo do século XVI limitou-se à costa africana, enquanto o imperialismo do século XIX voltou-se somente para a América do Norte. Comentário: A questão aponta para o Imperialismo que ocorreu a partir da segunda metade do século XIX quando as potências capitalistas industrializadas saíram em busca de matéria-prima e mercado consumidor. As vítimas foram à África, à Ásia e à Oceania. A Europa passava pela Segunda Revolução Industrial, aço, petróleo e eletricidade, surgindo à necessidade de expandir para escoar o excedente populacional, investir capital, busca de matéria-prima e mercado consumidor. 22. Vossa majestade verá que fiz de minha parte tudo quanto podia e, por mim, no dito tratado, está feita a paz. É impossível que vossa majestade, havendo alcançado suas reais pretensões, negue ratificar um tratado que lhe felicita seus reinos, abrindo-lhe os portos ao comércio estagnado, e que vai pôr em paz tanto a nação portuguesa, de que vossa majestade é tão digno rei, como a brasileira, de que tenho a ventura de ser imperador. Paulo Rezzuti. D. Pedro: a história não contada. O homem revelado por cartas e documentos inéditos. O fragmento é parte da carta de D. Pedro a D. João VI, versando sobre o tratado por meio do qual Portugal reconhecia a independência do Brasil, mediante a) b) c) d) e) a renovação dos tratados comerciais de 1810; a concessão aos portugueses da Ilha de Trindade; a assinatura de um acordo de reciprocidade; o compromisso assumido pelo Brasil de cessar o tráfico negreiro; o pagamento pelo Brasil de uma indenização de 2 milhões de libras. Comentário: Somente a alternativa [E] está correta. A carta de D. Pedro I a seu pai, D. João VI, que estava reinando em Portugal remete ao contexto da independência do Brasil em 1822. Para realizar o comércio internacional, o país precisava do reconhecimento externo dos principais países em especial de Portugal. Com o intermédio da Inglaterra, Portugal reconheceu a independência do Brasil em 1825, mediante uma indenização de dois milhões de libras esterlinas. 23. Após a Independência, integramo-nos como exportadores de produtos primários à divisão internacional do trabalho, estruturada ao redor da Grã-Bretanha. O Brasil especializou-se na produção, com braço escravo importado da África, de plantas tropicais para a Europa e para a América do Norte. Isso atrasou o desenvolvimento de nossa economia por pelo menos uns oitenta anos. Éramos um país essencialmente agrícola e tecnicamente atrasado por depender de produtores cativos. Não se poderia confiar a trabalhadores forçados outros instrumentos de produção que os mais toscos e baratos. GABARITO.AV.OBJ.2S.1P.2017.FÍSICA E HISTÓRIA 4 NOME COMPLETO (LEGÍVEL): _____________________________________________ O atraso econômico forçou o Brasil a se voltar para fora. Era do exterior que vinham os bens de consumo que fundamentavam um padrão de vida "civilizado", marca que distinguia as classes cultas e "naturalmente" dominantes do povaréu primitivo e miserável. (...) E de fora vinham também os capitais que permitiam iniciar a construção de uma infraestrutura de serviços urbanos, de energia, de transportes e de comunicações. Paul Singer. Evolução da economia e vinculação internacional. In: I. Sachs; J. Willheim; P. S. Pinheiro (Orgs.). Brasil: um século de transformações. São Paulo: Cia. das Letras, 2001, p. 80. Levando-se em consideração as afirmações anteriores, relativas à estrutura econômica do Brasil por ocasião da independência política (1822), é correto afirmar que o país a) se industrializou rapidamente devido ao desenvolvimento alcançado no período colonial. b) extinguiu a produção colonial baseada na escravidão e fundamentou a produção no trabalho livre. c) se tornou dependente da economia europeia por realizar tardiamente sua industrialização em relação a outros países. d) se tornou dependente do capital estrangeiro, que foi introduzido no país sem trazer ganhos para a infraestrutura de serviços urbanos. e) teve sua industrialização estimulada pela Grã-Bretanha, que investiu capitais em vários setores produtivos. Comentário: O texto destaca a estrutura agrário exportadora do Brasil, organizada no período colonial e que foi preservada após a independência. A manutenção de tal estrutura manteve a dependência econômica, vinculando a economia do país aos interesses ingleses, em um contexto marcado pela expansão da industrialização e de um modelo de capitalismo expansionista. Desde a independência até o segundo reinado percebe-se a presença de interesses e capitais ingleses no Brasil. 24. Em 25 de março de 1824, Dom Pedro I outorgou a Constituição Política do Império do Brasil. Em relação à Constituição de 1824, assinale a alternativa correta. a) O Texto Constitucional foi construído coletivamente pela Câmara de Deputados, votado e aprovado em 25 de março de 1824. Expressava os interesses tanto do partido liberal quanto do partido conservador, para o futuro na nação que recém conquistara sua independência. b) A Constituição de 1824 instaurava a laicidade no território nacional, extinguindo a religião católica como religião oficial do império e expressando textualmente que “todas as outras religiões serão permitidas com seu culto doméstico, ou particular em casas para isso destinadas, sem forma alguma exterior do Templo”. c) A organização política instaurada pela Constituição de 1824 dividia-se em 4 poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador, sendo que este último determinava a pessoa do imperador como inviolável e sagrada. d) A Constituição de 1824 determinou a cidadania amplificada e o direito ao voto para todos os nascidos em solo brasileiro, independentemente de: gênero, raça ou renda. e) A Constituição de 1824 promoveu, em diversos artigos, ideais de cunho abolicionista. Tais ideais foram respaldos para movimentos políticos posteriores, tais como a Revolta dos Farrapos e a Revolta dos Malês. Comentário: A Constituição de 1824 instituía a divisão do poder político brasileiro em quatro. Além dos três poderes tradicionais (executivo, legislativo e judiciário), houve a adoção do Poder Moderador. De atribuição exclusiva do Imperador, tal poder interferia nos três demais poderes. GABARITO.AV.OBJ.2S.1P.2017.FÍSICA E HISTÓRIA 5 NOME COMPLETO (LEGÍVEL): _____________________________________________ 25. Leia atentamente o texto abaixo e, em seguida, responda: O Ato Adicional de 1834 reformou a constituição em sentido descentralizante. Criou as assembleias provinciais, concedendo mais poder às províncias, e aboliu o Conselho de Estado. À maior descentralização, seguiu-se um recrudescimento dos conflitos e das revoltas provinciais. Nunca houve período mais conturbado na história do Brasil. CARVALHO, J. M.. D. Pedro II: ser ou não ser. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 36. As revoltas ocorridas durante o período regencial expressavam um grande descontentamento com o projeto centralizado de Estado, liderado pelas elites enraizadas na Corte. Sobre as revoltas regenciais, é CORRETO afirmar que a) os revoltosos eram formados, exclusivamente, por grandes proprietários de terra que disputavam entre si o direito de maior representatividade e projeção no cenário nacional. b) em sua maioria, as revoltas regenciais ameaçavam a unidade do Império por meio de reivindicações que poderiam levar à fragmentação do território em pequenas repúblicas. c) índios e africanos foram os grupos sociais que representaram maior resistência aos movimentos revoltosos, lutando ao lado do governo imperial. d) a luta contra a escravidão era uma reivindicação comum a todas as revoltas que ocorreram no período, representando o início das manifestações abolicionistas no país. e) o sucesso dos conflitos armados contribuiu para que as províncias alcançassem maior autonomia administrativa e que suas elites pudessem implementar projetos políticos baseados no federalismo. Comentário: Somente a proposição [B] está correta. A questão faz alusão às revoltas que ocorreram no Brasil durante o Período Regencial, 1831-1840. No Primeiro Reinado, 1822-1831, governo de D. Pedro I, começou a surgir um projeto de Estado com poder político centralizado como observamos na constituição de 1824. Com a abdicação de D. Pedro I em sete de abril de 1831 começou o Período Regencial. As elites agrárias começaram a entrar em conflito sobre a questão do poder político. Surgiram dois partidos políticos: o Liberal, denominado Luzia, defensor da descentralização do poder e o Conservador, chamado de Saquarema, defensor da centralização do poder. Surgiram inúmeras revoltas ameaçando a unidade territorial do Brasil. Farroupilha e a Sabinada possuíam uma proposta separatista embora a segunda defendesse um separatismo provisório, até a maioridade de D. Pedro II. 26. “Queremos Pedro II, Ainda que não tenha idade. A nação dispensa a Lei E viva a maioridade.” As ações pela antecipação da maioridade, expresso na quadrinha popular do século XIX, confirma a esperança de superação da crise vigente durante o Período Regencial. Sobre o golpe da maioridade, podemos afirmar: a) Esse ato significou a diminuição das atribuições de D. Pedro II e uma tentativa de solucionar a crise social e econômica que atingia as províncias do norte do país. b) A proposta da antecipação da maioridade do imperador foi apresentada pelos liberais para solucionar a crise política vivida pelo país. GABARITO.AV.OBJ.2S.1P.2017.FÍSICA E HISTÓRIA 6 NOME COMPLETO (LEGÍVEL): _____________________________________________ c) O golpe da maioridade foi uma manobra dos conservadores para antecipar a maioridade de D. Pedro, o qual assume o poder aos 17 anos. d) O golpe da maioridade ocorre no momento em que os problemas sociais que marcaram o período regencial: fome, seca e estagnação das culturas tradicionais tinham sido totalmente superados. e) A medida foi apresentada no momento em que a revoltas regenciais foram reprimidas pelos governos locais com ajuda do governo central. Comentário: O golpe da maioridade foi articulado pelos deputados liberais, frente a uma Regência conservadora, sob a premissa de que apenas a figura de um Imperador conseguiria apaziguar as crises pelas quais o Brasil passava, em especial aquelas geradas pelas revoltas regenciais. 27. O Período Regencial é considerado como um dos mais agitados da História do Brasil. A Independência ainda era recente e os debates acerca do grau de autonomia das Províncias eram muito presentes. Sobre esse contexto e sobre as revoltas dele decorrentes, marque V para verdadeiro e F para falso. Em seguida, assinale a alternativa que representa a sequência correta: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) O grupo político dos liberais exaltados defendia, dentre outras ideias, uma maior autonomia das Províncias. A Revolta dos Malês, que ocorreu em Salvador, 1835, demonstrou às elites o poder de contestação de africanos e escravos, desencadeando o aumento da repressão aos revoltosos. A Sabinada e a Cabanagem foram exemplos dos poucos movimentos ocorridos no Brasil durante a Regência. As demais Províncias vivenciaram esse período sem conflitos. Nesse período, o chamado Ato Adicional estabeleceu a criação das Assembleias Provinciais e da Regência Una, eletiva e temporária. A Farroupilha, que durou cerca de 10 anos, foi um movimento do período regencial que resultou na Independência do Rio Grande do Sul e na sua união com o Uruguai. A sequência correta é: a) b) c) d) e) V, V, F, V, F. V, F, F, V, V. F, V, F, V, V. F, F, F, V, V. V, V, F, F, F. Comentário: A terceira afirmativa é falsa porque, além da Cabanagem e da Sabinada, ocorreram outras revoltas no período regencial, como a Balaiagem, a Farroupilha e a Revolta dos Malês, em províncias diferentes. A quinta afirmativa é falsa porque a Revolução Farroupilha não levou o Rio Grande do Sul à Independência. A revolta terminou com um acordo entre revoltosos e governo, no qual ambos atingiram parcialmente seus objetivos. GABARITO.AV.OBJ.2S.1P.2017.FÍSICA E HISTÓRIA 7