a construção do processo de consumismo infantil e sua relação com

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A CONSTRUÇÃO DO PROCESSO DE CONSUMISMO INFANTIL E SUA
RELAÇÃO COM A CULTURA E OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA.
Adriane Sara K. Zillmer 1
Rosane S. Junckes 2 *
Rosane S. Junckes, Dra. Professora SOCIESC Maquês de Olinda . Curso de Pedagogia. E-mail:
[email protected]
Rua: Erna Laura Exel, 150. Guanabara.
INTRODUÇÃO
Vivemos em uma sociedade de consumo, onde as crianças são consideradas consumidoras em
potencial, passando a serem estudadas com destaque, pois essas aquecem economicamente o mercado
trazendo significativos resultados as organizações.
As crianças estão sujeitas a exposição dos meios de comunicação de massa, a partir das quais recebem
mensagens dirigidas com conteúdos de fácil assimilação e com isso desenvolvem raciocínio para decodificar
essas mensagens e por fim atender aos apelos dos meios de comunicação e do mercado consumista. Dessa
forma questiona-se até que ponto essa influencia é positiva e como podemos desenvolver a educação para o
consumo nas instituições de ensino visto que os meios de comunicação de massa possuem recursos e
tecnologia melhores que a escola para o processo de educação.
A CRIANÇA E OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA
Na atualidade o consumismo extremado e exagerado tem influenciado cada vez mais cedo nossas
crianças, desta forma faz-se necessário abordar a questão da influência e participação da sociedade em
relação ao consumismo infantil, o relacionamento cultural e familiar na construção do processo de educação
para o consumo. (GADE, 1980, p.108).
Dentre estes meios de comunicação, ganha especial destaque a televisão, pois, evidentemente, ela é o
mais interessante e sugestivo para crianças. Mesmo que existam bons programas destinados especificamente
ao público infantil, não há nenhuma garantia de que as crianças vejam apenas esses programas. Na verdade,
atualmente, as crianças vêem muito mais propagandas que o programa infantil.
É preciso, portanto, estar atento a esse poder de influência que a mídia exerce sobre as crianças. Se
for mantida a tendência de se deixar uma criança em frente da televisão de maneira indiscriminada, ela estará
cada vez menos apta a formar, por si mesma, uma visão crítica e consciente do mundo em que vive. Os
meios de comunicação apresentam, explicações para todos os problemas, soluções rápidas e eficientes para
todas as necessidades, respostas prontas para todos os questionamentos. Mas tem-se a impressão de que isso
vai levando, aos poucos, a uma apatia e massificação, na qual todos consomem, todos trabalham, todos
reagem do mesmo modo, todos respondem da mesma maneira aos estímulos da propaganda e
publicidade.(GUARESCH, 2001). A infância é uma fase caracterizada por construção de hábitos e conceitos,
bem como, iniciação na moldura de valores sociais, que, por sua vez, podem ser certamente influenciados
pela proposta de vida apresentadas pela mídia, desta forma torna-se muito importante compreender a
importância de consumir com consciência e responsabilidade, considerando as necessidades reais.
METODOLOGIA
Este trabalho se configura em uma pesquisa qualitativa, exploratória e blibliográfica, a qual tem como
princípio, a interpretação de dados que explicitam sentidos, significados e concepções dos sujeitos da
pesquisa. A pesquisa qualitativa não procura enumerar e/ou medir os eventos estudados, envolve a obtenção
de dados descritivos sobre pessoas, lugares e processos interativos pelo contato direto do pesquisador com a
situação estudada, procurando compreender os fenômenos segundo a perspectiva dos sujeitos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os meios de comunicação de acordo com Guareschi (2001) se desenvolvem e ocupam um lugar de
destaque na sociedade, onde sua influência esta diretamente ligada ao modo que produzimos e consumimos.
Essa influência pode atingir-nos de forma positiva para que se desenvolvam seres humanos autônomos,
equilibrados, democráticos e cooperadores em nossa sociedade, ou então está influência dos meios de
comunicação pode atingir-nos de forma negativa, desenvolvendo e transformando-nos em sujeitos
dependentes e submissos a moldes e comportamentos para que sejam seguidos.
Os reflexos dessas práticas na criança é preocupante, pois transpõem os aspectos sociais, gerando e
agravando problemas de saúde, psicossociais, econômicos e financeiros. Espera-se que a sociedade
estabeleça limites de consumo momentâneo, para que não seja gerado frustrações do jovem consumidor do
futuro. O papel das escolas é justamente trabalhar com essa possibilidade.
REFERÊNCIAS
GADE, Christiane. Psicologia do Consumidor. São Paulo: EPU, 1980.
_______________. Psicologia do Consumidor e da Propaganda. Edição revisada e ampliada. São Paulo:
EPU, 1998.
GUARESCHI, Pedrinho A. Guareschi (ORG.) Comunicação e controle social. Editora Vozes, 2001
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila.
CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 2. ed. São Paulo: Cortez. 1995, 164 p.
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