FICHAS DE INFORMAÇÃO TÉCNICA CLORIDRATO e NITRATO de VITAMINA B1 (TIAMINA) Sinónimos: Aneurina. Vitamina antiberibérica. Vitamina antineurítica. Descrição: Vitamina hidrossolúvel. Dados Físico-Químicos: Cloridrato de vitamina B1 (Cloridrato de tiamina ) Pó cristalino branco ou quase branco, ou cristais incolores. Facilmente solúvel em água, solúvel em glicerol e pouco solúvel em etanol a 96%. Ponto de fusão: 248 ºC (desc.). Fórmula molecular: C12H17ClN4OS·HCl Peso molecular: 337,27 Nitrato de vitamina B1 (Nitrato de tiamina) Pó cristalino, branco ou quase branco, ou pequenos cristais incolores. Solubilidade: bastante solúvel em água, facilmente solúvel em água em ebulição, pouco solúvel em etanol a 96 por cento e em metanol. Ponto de fusão: 196 – 200 ºC (desc.). Fórmula molecular: C12H17N4OS·NO3 Peso molecular: 327,36 Propriedades e usos: É uma coenzima essencial para o metabolismo de hidratos de carbono nos processos de produção de energia, que é absorvida no tracto gastrointestinal, sobretudo ao nível do duodeno, e se distribui extensamente em muitos tecidos. Dada a sua hidrossolubilidade, não se armazena em quantidades apreciáveis e o seu excesso é excretado pela urina em forma inalterada ou na do seu metabolito, a pirimidina. A absorção diminui em doentes com síndrome de má absorção, atrasa-se na presença de alimentos e é impedida pelo álcool. Encontra-se nos cereais, frutos secos, ervilhas, feijões, levedura, carne de porco e outras carnes, peixes e farinha e produtos de padaria (enriquecidos neste caso), embora os processos de cozedura de alimentos possam dar lugar a perdas desta vitamina. A ingestão diária recomendada é de 0,8 – 1,5 mg. A deficiência de vitamina B1 desenvolve-se quando a ingestão alimentar é insuficiente. É usado como suplemento dietético, no tratamento das deficiências de vitamina B1 (beribéri, síndrome de Wernicke – Korsakoff, situações com nutrição parenteral, etc.), nas nevrites da gravidez, nos casos de alopecia e nos problemas tróficos dos anexos. O cloridrato de tiamina é administrado de preferência por via oral, embora também possa ser administrado por via intramuscular ou intravenosa lenta, se for necessário. Em contrapartida, o nitrato de tiamina NÃO deve ser administrado por via intravenosa. FICHAS DE INFORMAÇÃO TÉCNICA O nitrato de tiamina é mais estável a seco do que o cloridrato de tiamina, pelo que se aconselha o seu uso em preparados polivitamínicos secos, embora não exista evidência de que a sua utilização seja mais favorável em preparados líquidos. O cloridrato de tiamina pode ser esterilizado por filtragem (na autoclave destrói-se a característica termossensível). Dosagem: Como suplemento dietético, é usado nos adultos em doses de 1 – 2 mg/dia por via oral, e nas crianças 500 μg – 1 mg por dia. Na terapia de deficiências leves crónicas, as doses são de 10 – 30 mg/dia, em uma ou em várias tomadas. Nas deficiências graves, a dosagem é de até 300 mg diários. Doses mais altas utilizam-se na síndrome de Wernicke – Korsakoff. Nas nevrites da gravidez, 5 – 10 mg/dia. Efeitos secundários: Tem poucos e em geral são leves e transitórios. Excepcionalmente, podem-se verificar reacções alérgicas com prurido, urticária e angioedema. Também se observou sudação, náuseas, agitação, edema pulmonar, cianose e colapso. Quando o cloridrato de tiamina é utilizado por via intramuscular, pode ocasionar dor no ponto de injecção e induração. Muito raramente, após a administração parenteral de cloridrato de tiamina, ocorreram casos fatais de choque anafiláctico. Cuidados: O álcool impede a sua absorção, enquanto a presença de alimentos a atrasa. Incompatibilidades: Agentes oxidantes e redutores, cloreto de mercúrio, iodo e iodetos, carbonatos, acetatos, fenobarbital de sódio, ácido tânico, sais de cobre (II) e ferro (III), ácido pícrico, PABA, ácido nicotínico e nicotinamida, e riboflavina. As soluções estéreis de pH 4 ou inferior perdem actividade muito lentamente, mas com pH neutro ou alcalino deterioram-se rapidamente, especialmente em contacto com o ar. Observações: O cloridrato de vitamina B1 é higroscópico, oxidável, termossensível (especialmente a pH < 5,5) e fotossensível. O Nitrato de vitamina B1 NÃO está preparado para uso alimentar. Conservação: Em embalagens não metálicas, bem fechadas. PROTEGER DA LUZ. Não o armazenar em recipientes metálicos. Exemplos de formulação: Gotas de tiamina Cloridrato de vitamina B1............................................. 3 g Ácido clorídrico 0,1 M................................................. 10 g Álcool etílico 90%..................................................... 200 g Água purificada......................................................... 787 g Cápsulas de tiamina FICHAS DE INFORMAÇÃO TÉCNICA Cloridrato de vitamina B1 …..................................... 10 mg para uma cápsula, nº 60 Cápsulas de tiamina compostas Nitrato de vitamina B1 ….......................................... 60 mg Pantotenato de cálcio................................................ 60 mg Levedura medicinal.................................................. 100 mg L-Cistina..................................................................... 20 mg Aminoácidos de queratina.......................................... 20 mg PABA.......................................................................... 20 mg Bibliografia: - Martindale, Guía completa de consulta farmacoterapéutica, 1ª ed. (2003). - The Merck Index, 13ª ed. (2001). - Formulación magistral de medicamentos, COF da Biscaia, 5ª ed. (2004). - Monografías Farmacéuticas, C.O.F. de Alicante (1998). - Formulario básico de medicamentos magistrales, Mª. José Llopis Clavijo e Vicent Baixauli Comes (2007).