Chat com a Dra. Monika – Dia 04 de novembro de 2015 Tema: A evolução do tratamento da LMC resultando em melhor qualidade de vida Total atingido de pessoas na sala: 40 usuários Limite permitido na sala: 40 usuários Duração: 1h30 Perguntas respondidas: 15 Convidada: Dra. Monika Conchon - Hematologista do Hospital Santa Marcelina, sócia e responsável médica do Laboratório inSitus Genética e membro do Comitê Científico Médico da ABRALE Moderador: Miguel Mod Estado: São Paulo Seja bem-vindo ao Chat! 09:01:16 - moderador : Vamos dar inicio ao chat Abrale de hoje. 09:02:09 - moderador : Tema - A evolução no tratamento da LMC 09:06:37 - moderador : Convidada: Dra. Monika Conchon - Hematologista do Hospital Santa Marcelina, sócia e responsável médica do Laboratório inSitus Genética e membro do Comitê Científico Médico da ABRALE. 09:09:55 - moderador : Seja bem vinda Dra. Monika, vou liberar a primeira pergunta 09:11:28 - fernandaveras : 'Quando tratar ou não a LLC?' 09:19:15 - convidado : O tratamento da LLC vai ser debatido em outro chat 09:22:09 - diniz : bom dia 09:22:26 - Su : Sabemos que o tratamento da LMC evoluiu bastante, mas ainda tenho dúvidas com relação a tratamentos dentários, como por ex. implantes, existe alguns senões que se devem ser levados em conta nesse tipo de situação? ou é tranquilo... 09:24:56 - convidado : Bom dia Su. Se o paciente estiver em remissão hematológica completa, não há nenhuma contra indicação do ponto de vista hematológico. Ou seja, qualquer tratamento poderá ser realizado. 09:26:10 - DIANA : Bom dia 09:26:16 - Rique18 : Bom dia a todos 09:26:35 - Milton Thiago pergunta para convidado: Doutora, bom dia! Li recentemente um artigo sobre adicionar Pioglitazona, juntamente com o imatinibe e que de 3 pacientes, nenhum teve recaída depois de descontinuar com o imatinibe. Tem alguma novidade à esse respeito? Obrigado. 09:30:50 - convidado : Cloridrato de Pioglitazona não tem nenhuma relação com o tratamento da LMC. Se você tiver o artigo, pode encaminhar para a ABRALE. 09:31:26 - moderador : Contato Abrale: [email protected] ou 0800 773 9973 09:31:32 - Joãozinho : Bom dia 09:31:45 - Rique18 fala para convidado: Bom dia, minha esposa faz tratamento da LMC a quase 7 anos com o 'Dasatinibe', nos últimos dias ela tem apresentado tonturas e fraquezas constantes. Podem ser efeitos do medicamento? 09:35:02 - convidado : Bom dia Rique. Acho muito difícil que esses sintomas estejam relacionados ao tratamento com dasatinibe, ou outro inibidor de tirosina quinase, principalmente após todo esse tempo. Outras causas clínicas deverão ser investigadas. 09:36:34 - Joãozinho : Faço tratamento contra LMC, faço uso do Glivec a mais de 3 anos, e quero saber se ainda posso ter um filho? 09:39:43 - convidado : Pode sim Joãozinho. É bastante seguro quando o paciente é o homem. 09:40:35 – fernandaveras : ok obrigada. Poderiam nos informar a data/hora do chat sobre a LLC? 09:41:04 - moderador : Teremos um chat sobre LLC no dia 12 de novembro. 09:41:39 - moderador : Acessem nossa agenda: http://abrale.org.br/evento/categoria/chats 09:41:58 - Luciana pergunta para convidado: Quando não conhecemos o transcrito no diagnóstico da LMC ainda assim é possível fazer o monitoramento molecular? 09:45:12 - convidado : Sim, é possível o monitoramento molecular, pois testamos os transcritos de uma maneira bem ampla 09:46:38 - moderador : Cadastre-se na ABRALE e tenha acesso aos nossos materiais informativos, conteúdos, receba nossa revista, saiba dos eventos, apoio jurídico e psicológico. Para solicitar seu cadastro ligue gratuitamente para 0800-7739973 09:46:56 - Daniela fala para convidado: Olá Dra, bom dia. Meu marido tem LMC e faz o tratamento correto com o Glivec todos os dias. Existe alguma chance de, mesmo fazendo o tratamento de forma correta, a leucemia evoluir para aguda? 09:52:45 - convidado : Olá Daniela. O tratamento da LMC com Glivec ou qualquer outro inibidor, deve ser monitorado com exames laboratoriais. Primeiro deve ser observado uma resposta hematológica, logo nas primeiras semanas. Depois, nos primeiros meses, deve ser observado resposta citogenética (quando desaparece o cromossomo Philadelphia). Desde o início o paciente também deve ser monitorado com o exame de PCR. Teremos certeza da resposta ao tratamento apenas com os resultados laboratoriais. Poderei responder a sua pergunta apenas se seu marido tiver esses resultados destes exames 09:54:12 - paulinho : Qual a importância do exame PCR para o paciente de LMC? 09:57:59 - convidado : O PCR é um exame muito sensível, que detecta a doença mesmo em níveis muito baixos, que são os transcritos BCR/ABL. Ao longo do tratamento, estes transcritos devem ir baixando cada vez mais. Com isso, podemos acompanhar o resultado do tratamento e detectar precocemente resistência ou recaída. Quando detectamos mais cedo uma falha ao tratamento, mais cedo poderemos trocar de tratamento. 10:00:01 - Ramon : Bom dia Dra. Monika. Qual é hoje em dia o medicamento TKI com os melhores resultados clínicos, em geral, para o tratamento da LMC? Já há a expectativa de novas alternativas no mercado? 10:06:14 - convidado : Ramon, existem 3 TKI hoje no mercado brasileiro. O imatinibe é o mais utilizado, há mais tempo, e o único aprovado (pelo menos até hoje) em primeira linha. O nilotinibe (Tasigna) e o dasatinibe (Sprycel) são aprovados no Brasil como segunda linha. Essa duas medicações já são aprovadas em outros países como primeira linha também. Os estudos mostram que os TKI de segunda geração produzem uma resposta mais rápida quando comparado ao imatinibe. O ideal é detectar rapidamente falha ao tratamento, para que a troca do tratamento seja mais eficaz 10:09:39 - moderador : Curta nossa página do facebook: www.facebook.com/CaminhosdaLMC. Através dela, vocês irão conhecer o início e toda a evolução do tratamento da LMC, além das perspectivas para o futuro. 10:10:24 - diniz : Já tem estudos, de portadores de LMC pararem de usar o imatinibe, como anda esses estudo? 10:14:55 - convidado : Há vários estudos nesse sentido, Diniz. Existem critérios muito rigorosos para que os pacientes possam entrar nestes protocolos, que incluem resposta muito profundas (BCR/ABL próximo a ZERO) há alguns anos. Aproximadamente metade destes pacientes não apresentaram recaída. Todos são seguidos com PCR de maneira rigorosa. Entretanto, qualquer tentativa de suspensão não está aprovada, apenas dentro de estudos clínicos. 10:16:40 - Flor : Bom Dia! 10:17:06 - Flor : O que significa exatamente queda de logs? 10:23:02 - convidado : Bom dia Flor, a queda de logs significa uma diminuição da "quantidade" de doença (número de transcritos BCR/ABL), que deve ser mensurada através do PCR quantitativo em tempo real. Ele mostra a quantidade de BCR/ABL ao longo do tratamento. É uma forma matemática de mostrar uma boa resposta. Exemplo: a quantidade de BCR/ABL em torno de 0,1% significa uma queda de aproximadamente 3 logs 10:24:11 - carlos : Olá doutora, bom dia! Tenho LMC há quatro anos, e faço o PCR uma vez por ano desde que comecei o tratamento. É o certo ou eu deveria fazer mais vezes por ano? 10:25:47 - convidado : Olá Carlos! Deveria fazer a cada 3/6 meses, se a sua resposta for boa (BCR/ABL abaixo do que 0,1%). 10:27:38 - Milton Thiago fala para moderador: obrigado, vou enviar. 10:27:56 - Rodrigo : Bom dia, tomo imatinib a 7 anos e a quase 6 anos tenho PCR na casa dos 4,5 log (faço sempre no laboratório Einstein para usar a escala internacional do HCFMUSP) os últimos resultados de PCR ainda mais baixo 0,0036 e 0,0077 porém nunca chega a zerar (não sei se é devido a alta sensibilidade deste laboratório), DUVIDA: Teria como entrar num teste clinico para parar com a medicação, ou tomar DASATINIB por um tempo antes de parar? 10:32:08 - convidado : O seu resultado está ótimo Rodrigo! Abaixo de 5 logs, não há metodologia sensível, em nenhum laboratório. No momento não há, no Brasil, nenhum protocolo de suspensão aberto para inclusão de novos pacientes. O protocolo que tem já fechou. Mas você teria sim critérios para entrar em algum protocolo que abrir no futuro. Fora de protocolo clínico eu não aconselho a mudança de tratamento. 10:32:54 - Carlinhos Costa : Bom dia a todos! Dra. Monika, Saudades de ti! desde o começo do meu tratamento no hospital dia isso a 11 anos atrás, sempre muito atenciosa e por inúmeras vezes conversamos por lá! Mas faz tempo que não lhe encontro, hoje estou no Inst. do Câncer, firme e forte, graças a Deus.! Minha singela pergunta é, faz mais de 2 ou até anos que não faço o exame da medula, mas faço a cada retorno em média de 3 meses o BCR, sendo assim, devo solicitar ao meu médico um exame da medula, assisti um vídeo seu recentemente falando sobre isso, que deve se cobrar dos médicos os exames da medula. 10:36:19 - convidado : Olá Carlinhos!!! Que bom que nos reencontramos!. Se você está com uma resposta molecular boa (e esse é seu caso!) não há necessidade de fazer o cariótipo de medula óssea. Você poderá ser acompanhado com PCR-Q a cada 3 meses. Está perfeito! 10:36:52 - moderador : O chat está encerrado, obrigado a todos que participaram. Se permaneceu alguma dúvida ao final do chat, peço por gentileza que envie para nosso fale conosco ([email protected] ou 0800 773 9973) que teremos o prazer em responder! 10:36:57 - moderador : Obrigado Dra. Monika pela disponibilidade, a ABRALE agradece sua colaboração voluntária. Fique a vontade caso queira deixar uma mensagem aos participantes. 10:37:28 - convidado : Espero que as dúvidas tenham sido respondidas. Qualquer outra questão ficarei feliz em respondê-las através da ABRALE. 10:37:48 - convidado : Abraços a todos 10:37:49 - moderador : A ABRALE realiza chat com especialistas de 15 em 15 dias, acesse www.abrale.org.br e participe! 10:38:01 - convidado : Convidado 'convidado' saiu da sala.