HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA SERVIÇO DE ORTOPEDIA-TRAUMATOLOGIA ARISTIDES SABOIA DE ANDRADE AVALIAÇÃO DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA ARTROSCÓPICA POR LESÃO DO MANGUITO ROTADOR EM HOSPITAL TERCIÁRIO DO SUS NO CEARÁ FORTALEZA – CEARÁ 2015 ARISTIDES SABOIA DE ANDRADE AVALIAÇÃO DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA ARTROSCÓPICA POR LESÃO DO MANGUITO ROTADOR EM HOSPITAL TERCIÁRIO DO SUS NO CEARÁ Monografia apresentada ao Serviço de Ortopedia e Traumatologia do HGF, como requisito para obtenção do Título de especialista em Ortopedia e Traumatologia Orientador: Dr. Marco Aurélio Almeida Lacerda FORTALEZA – CEARÁ 2015 Monografia apresentada ao Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Geral de Fortaleza – HGF e submetido à Escola de Saúde Pública do Ceará como requisito para a conclusão do programa de Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia. Aristides Saboia de Andrade Monografia aprovada em : ______/______/______ Orientador: ___________________________________________________________ Dr. Marco Aurélio Almeida Lacerda 1º Examinador(a): ____________________________________________________________ 2º Examinador (a): __________________________________________________________ Coordenador do Curso : _______________________________________________________ .Dr. Leonardo Heráclio do Carmo Araújo Coordenador da Residência Médica de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Geral de Fortaleza Chefe do Serviço: ____________________________________________________________ Dr. Manuel Joaquim Diógenes Teixeira Chefe do Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Geral de Fortaleza 4 TERMO DE CONCORDÂNCIA DE ORIENTAÇÃO Eu, M a r c o A u r e l i o A l m e i d a L a c e r d a , na condição de orientador do edital ____/_____ do curso de Especialização em Ortopedia e Traumatologia , da Escola de Saúde Ceará, aceito orientar o Pública do aluno Aristides Saboia de Andrade, durante a construção do projeto de pesquisa, sua qualificação em Setembro / 2015 e finalização com apresentação do trabalho de conclusão de curso (TCC) até Abril/2016. Fortaleza, 09 de Setembro de 2015. ________________________________ Assinatura do orientador 5 RESUMO O estudo deste trabalho de pesquisa tem como objetivo geral realizar uma avaliação clínica e funcional dos pacientes que apresentavam lesão da musculatura no manguito rotador e que foram submetidos ao reparo artroscópico no Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Através deste estudo pretende-se caracterizar sócio-demograficamente os pacientes que realizaram tratamento cirúrgico por artroscopia no Hospital Geral de Fortaleza (HGF) devido à lesão no manguito rotador, relacionando o lado dominante do paciente com o lado afetado pela lesão no manguito rotador e conhecer o tempo de dor desses pacientes no pré operatório, a causa da lesão e a realização de tratamentos prévios à cirurgia artroscópica. A aplicação da Escala de Avaliação do Ombro UCLA com esses pacientes busca avaliar por meio deste instrumento, a funcionalidade e o grau de satisfação com a realização do procedimento. Palavras-chave: Manguito rotador; ombro; artroscopia; funcionalidade; satisfação 6 ABSTRACT The study of this research has the general objective perform a clinical and functional assessment of patients with muscles of the rotator cuff injury and underwent arthroscopic repair in the General Hospital of Fortaleza (HGF) Through this study aims to characterize socio- demographically the patients who underwent surgical treatment by arthroscopy at the General Hospital of Fortaleza (HGF) due to injury rotator cuff, relating the dominant side of the patient with the side affected by the injury rotator cuff and know the time of pain these patients preoperatively , the cause of the injury and the realization of previous treatments to arthroscopic surgery. The application of the UCLA Shoulder Rating Scale for these patients is to evaluate through this instrument, the functionality and degree of satisfaction with the procedure. Keywords: Rotator cuff ; shoulder; arthroscopy ; functionality; satisfaction 7 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO....……………....…………….………………..PÁGINA 8 2. OBJETIVOS......………….………..…..….….….…..….…….PÁGINA 9 3. REVISÃO DE LITERATURA.........…….…….…….…….…..PÁGINA 10 4. METODOLOGIA..…...……….….……….……..….…….…….PÁGINA 22 4.1 TIPO DE ESTUDO 4.2 LOCAL DE ESTUDO 4.3 SUJEITOS DA PESQUISA 4.4 COLETA DE DADOS 4.5 ANÁLISE DE DADOS 4.6 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS 5. CRONOGRAMA…………………………………………….PÁGINA 24 6. ORÇAMENTO……………………………………………….PÁGINA 24 7. RESULTADO E DISCUSSÕES…………………………...PÁGINA 26 8. CONCLUSÃO……………………………………………….PÁGINA 27 7. REFERÊNCAS BIBLIOGRÁFICAS……………………....PÁGINA 28 ANEXOS: ANEXO I: ESCALA UCLA MODIFICADA ANEXO II: QUESTIONÁRIO ANEXO III: TERMO DE FIEL DEPOSITÁRIO ANEXO IV: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ANEXO V: FOLHA DE ROSTO DO PROJETO DE PESQUISA ANEXO VI: FOLHA DE ROSTO PARA PESQUISA ENVOLVENDO SERES HUMANOS 8 1. INTRODUÇÃO O manguito rotador (MR) é formado pela união dos tendões dos músculos supraespinal , infraespinal, redondo menor e subescapular , originados da escápula , que envolvem a articulação glenoumeral e se inserem nos tubérculos umerais . As lesões degenerativas e traumáticas que afetam o manguito rotador (MR) estão entre as mais freqüentes causas de dor no ombro . O quadro clínico é caracterizado por dor insidiosa, de caráter progressivo associada a perda de arco de movimento (ADM) ativo. A dor apresenta piora noturna. O ADM passivo é preservado, sendo diminuído nos pacientes que desenvolvem capsulite adesiva. Nos casos cirúrgicos, pode-se optar pelo reparo aberto, por mini-incisão ou totalmente artroscópico. A artroscopia tem-se sedimentado como opção para tratamento dessas lesões por combinar máxima visualização da articulação com mínimo dano tecidual. Para avaliar pacientes que se submetiam à artroplastia de ombro, a Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) Escala de Avaliação do Ombro foi originalmente descrita por Amstutz et al, em 1981. Em 1986, foi modificada por Ellman et al. A UCLA-modificada (Anexo 1) é composta pelos seguintes domínios: dor (10 pontos), função (10 pontos), amplitude da flexão anterior ativa (5 pontos), teste de força manual para flexão anterior (5 pontos) e satisfação do paciente (5 pontos), somando 35 pontos no total. Os itens dor, função (em atividades de vida diária) e satisfação do paciente são avaliados por meio de questionamentos e os itens amplitude da flexão anterior ativa e teste de força manual para flexão anterior, por meio de exame físico rotineiro, o que torna a escala de fácil aplicação e extremamente viável para acompanhamento em clínicas, consultórios ou ambiente hospitalar. 9 2.0 OBJETIVO Realizar uma avaliação clínica e funcional dos pacientes que apresentavam lesão no manguito rotador e que foram submetidos ao reparo artroscópico no Hospital Geral de Fortaleza (HGF). 2.1.Objetivos Específicos Caracterizar sóciodemograficamente os pacientes que realizaram tratamento cirúrgico por artroscopia no Hospital Geral de Fortaleza (HGF) devido à lesão no manguito rotador. Relacionar o lado dominante do paciente com o lado afetado pela lesão no manguito rotador. Conhecer o tempo de dor desses pacientes no pré-operatório, a causa da lesão e a realização de tratamentos prévios à cirurgia artroscópica. Aplicar a Escala de Avaliação do Ombro UCLA com esses pacientes e avaliar , por meio deste instrumento, a funcionalidade e o grau de satisfação com a realização do procedimento 1 0 3. REVISÃO DE LITERATURA Anatomia e Biomecânica do Ombro Ombro Compõe-se de quatro articulações: esternoclavicular, acromioclavicular, glenoumeral e escapulotoracica. Trabalham em conjunto para o funcionamento do ombro. Os grupamentos musculares extrínsecos e intrinsicos funcionam coordenadamente. Qualquer desequilíbrio pode causar doenças. Biomecânica O manguito rotador traciona a cabeça do úmero contra a cavidade glenóidea, contrabalanceando as forças de cisalhamento do deltóide. Na falha do primeiro, há ascenção cefálica vertical livre e pinçamento das estruturas do espaço subacromial contra o acrômio. O centro de rotação da cabeça se situa próximo ao centro geométrico, mas pode se deslocar até 1 cm na insuficiência do manguito rotador. Durante o arco de movimento há a necessidade de desaceleração excêntrica e contração concêntrica combinadas do manguito e do tendão do bíceps a fim de se manter a estabilidade. A manutenção de uma escápula estável é de extrema importância ao se considerar a manutenção de forças compressivas em detrimento das de cisalhamento. Um funcionamento síncrono dos estabilizadores escapulares fornece uma posição funcional mais estável à glenóide. Dois terços do movimento acima da cabeça ocorrem através da glenoumeral, sendo um terço escapulotorácico. Com o braço a 90 graus de abdução, a forca de reação articular chega a 90% do peso do corpo. A atividade física aumenta essa força. O manguito e o deltóide, cada um, são responsáveis por 50% da força necesaria para levantar o braço acima da cabeça. Glenoide A fossa glenoidal é uma estrutura achatada e discóide, não produzindo estabilidade inerente. Apenas ¼ da cabeça se articula com a glenóide em qualquer momento. 1 1 A presença do labrum aprofunda a glenóide em 50%. O lábio aumenta o contato umeral em 75%. Lábio: interconexão entre periósteo, osso, cartilagem articular, membrana sinovial e cápsula. Tecido fibroso denso que margeia a glenoide circunferencialmente. Interage com os ligamentos e a sinóvia. Alagarmento da glenóide em 1cm. Centra a cabeça na articulação. O tendão longo do bíceps faz parte do lábio e se insere na sua parte superior. A perda do lábio reduz em 20% o efeito estabilizador compressivo que o manguito oferece ao úmero. Articulação Glenoumeral Articulação de bola e soquete. Superficie articular essencialmente esférica. Arco de 1600 coberto por cartilagem. A escapula se encontra antevertida 30 a 40 graus do plano coronal. A superfície articular e perpendicular ao plano da escápula. A retroversão da cabeça umeral compensa essa angulação (20 a 30 graus). Na posição anatômica, com o ombro em rotação neutra, a cabeça umeral olha para póstero-medial. A retroversão é relativa ao eixo epicondilar distal. Superficie da glenoide varia de 20 de anteversão a 70 de retroversão. Ângulo cervicodiafisario de 450. Varia de 30 a 50. Raio da cabeça de 25mm, maior em homens. Cavidade glenóidea com raio 2 a 3mm maior que o da cabeça. A margem superior da superfície articular está cerca de 10mm proximais ao tubérculo maior. 1 2 O eixo perpendicular da cabeça corresponde ao eixo perpendicular da fossa. A borda inferior da glenóide tem uma dimensão horizontal maior que a borda superior, dando o formato de pêra à cavidade. A superfície da cabeça parece ter um formato similar. Para a maioria dos movimentos do ombro, o centro da cabeça do úmero se encontra em 1mm do eixo central da cavidade glenóidea. Isso e a diferença de raio provem grande arco de movimento e pouca estabilidade a articulação. Cápsula Articular e Ligamentos A cápsula é frouxa e delgada, oferecendo pouca resistência e instabilidade. Anteriormente, é reforçada por três espessamentos ou ligamentos que se encontram fundidos com a inserção do lábio. O ligamento glenoumeral superior se insere na borda glenoidal, perto do ápice do lábio, em conjugação com a cabeça longa do bíceps. No úmero, está preso à região anterior do colo anatômico. É o limitador primário contra a subluxação inferior em 00 de abdução e estabilizador primário para as forças anteriores e posteriores em 00 de abdução. O encurtamento do intervalo rotador diminui essa translação. O glenoumeral médio tem uma inserção ampla que se estende desde de o LGUS ao longo da borda anterior da glenóide, continuando até a junção dos terços médio e inferior da borda. Também se fixa na região anterior do colo anatômico. Limita a rotação lateral quando o braço se encontra em um arco inferior e médio de abdução, tendo pouco efeito a 90˚ (melhor a 45˚). E denso e tem formato de corda. Inexistente em 30% dos pacientes. Confluente com o tendão do subescapular. 1 O ligamento glenoumeral inferior insere-se na borda glenoidal desde as posições de 2 e 3 horas até as 3 posições de 8 e 9 horas posteriormente. A inserção umeral se encontra abaixo do nível da fise, no aspecto inferior dos colos. O LGUI apresenta as suas bandas anterior e posterior, uma em a cada lado do recesso axilar. A banda posterior e menos desenvolvida. A borda ântero-superior desse ligamento é bem espessa. Comporta-se como uma rede. Durante a rotação lateral, a rede desliza anterior e superiormente. A faixa anterior fica retesada e a posterior se abre em leque. Na rotação medial ocorre o oposto. Sendo assim, o complexo do ligamento inferior é o principal estabilizador, tanto a forças anteriores quanto posteriores, quando o ombro é movimentado em abdução de 45˚. Ainda limita os extremos de movimento e ajuda no rolamento da cabeça na glenóide. É considerado o principal estabilizador estático do ombro. Restringe rotação externa excessiva quando abduzido. O coracoumeral se origina fora da articulação. Provem do aspecto lateral do coracóide, passa no intervalo rotador e se insere nas tuberosidades maior e menor. Ele está tenso quando o ombro é aduzido e se torna frouxo na abdução do ombro. Previne a rotação externa excessiva na adução do braço, assim como a subluxação inferior. Estabilidade A versão da cavidade glenóidea é de valia na avaliação dos pacientes com deformidades do cíngulo e predispõe a lesões traumáticas. A capsula articular contem órgãos terminais de Ruffini e corpúsculos de Pacini, o que denota a propiocepção como fator contributivo da estabilidade. A coesão causada pelo liquido e o efeito de vácuo na articulação desempenham papaéis secundários. A capsula é frouxa e redundante na maioria do arco, se aprisionando nos extremos do movimento. Pressão negativa. O sinóvia remove articular. Menor que 1ml. 146N. Adesão e coesão entre as superfícies cartilagíneas. Laminas de vidro. Os músculos do manguito além de proverem estabilização dinâmica, se encontram interdigitados com a cápsula, posibilitando estabilização estática da articulação. 1 O bíceps se origina do tubérculo supraglenoidal, cursa ao longo do intervalo rotador e sai da 4 articulacao pelo seu sulco. Sua contração esta relacionada com uma diminuição da translação em todas direções especialmente no ombro aduzido, prevenção de uma luxação anterior e retirada de tensão do LGUI. O arco coracoacromial limita a transalação ântero-superior, superior e póstero-superior. E a última restrição a luxação anteroposterior nas lesões do manguito. Durante a movimentação normal, o arco força o manguito para baixo, limitando o deslocamento superior. A inserção capsular no lábio tem relação com uma cápsula mais tensa, sendo que uma inserção mais medial(colo) relaciona-se com uma mais frouxa. A parca cobertura da cabeça e evidenciada na flexão, adução e rotação interna ou na extensão, abdução e rotação externa. Cápsula no intervalo rotador previne a subluxação inferior e posterior. A cápsula posterior e o redondo menor limitam a rotação medial. Anatomia Loco-regional As origens do deltóide são a clavicula, acromio e espinha escapular. Insere-se na face lateral do úmero. Inervado pelo axilar. A zona segura, distalmente a 5 cm do acrômio, não leva em consideração as ramificações anteriores, que podem se encontrar a 2 cm dessa referência. Os peitorais fletem e aduzem o ombro. Inervado pelo peitoral medial e lateral. O coracóide é sede do coracobraquial, cabeça curta do bíceps e peitoral menor. O tríceps tem a inserção da sua cabeça longa no colo inferior da glenóide. Lateralmente, a cabeça lateral se origina da diáfise, assim como a cabeça medial, profunda a cabeça longa. Nervo axilar: anteriormente passa inferiormente ao subescapular. Emerge na face posterior pelo espaço quadrangular. Avança profundamente ao deltóide. Delimitado superiormente pelo redondo menor, inferiormente pelo redondo maior, medialmente pela cabeça longa do tríceps e lateralmente pela cabeça lateral do tríceps (ou diáfise do úmero). O nervo musculocutaneo atravessa a região profundamente ao coracoide. Sua zona segura são os 5cm distais a ele. Penetra no coracobraquial. 1 Os ramos motores do supraespinhal (supraescapular) estão aproximadamente 3cm mediais ao 5 tubérculo supraglenóideo. Os do infraespinhal estao a 2cm do colo posterior da glenóide. Arco córaco-acromial Arco córaco-acromial: processo coracoide e acrômio anterior, sendo interligados pelo ligamento coracoacromial. O tendão do manguito rotador, a bursa, o tendão do bíceps e a porção proximal do úmero passam abaixo desse arco. Vascularização A maioria da circulação da cabeça provem da artéria arqueada, ramo da circunflexa anterior do úmero, proveniente da terceira divisão da artéria axilar. A artéria arqueada ascende lateral ao sulco do bíceps, entrando na cabeça através desse sulco, provendo a maior parte da vasculatura articular. A circunflexa posterior envia ramos para tuberosidade maior e segmento articular. Atravessa o espaço quadrangular. As inserções do manguito proporcionam uma contribuição menor às tuberosidades e cápsula. Vasos na porção medial da cápsula presumivelmente mantêm a irrigação em uma fratura de 4 partes impactada em valgo. 1 6 Articulação acrômio-clavicular A articulação acrômio-clavicular e diartroidial. Incialmente suas superfícies articulares são cartilagem hialina. Um disco fibrocartilaginoso, que varia de tamanho e forma, se encontra dentro da articulação. Vista de frente, a inclinação e praticamente e vertical, podendo ser inclinada medialmente, com a clavícula sobrepondo o acrômio em cerca de 50. Suas superfícies são incongruentes e se sobrepõem em apenas 50% do tempo. Com a idade, o menisco entra em rápida degeneração até que não haja mais função (após quarta década). E inervada por ramos do axilar, supraescapular e peitoral lateral. E envolvida por uma cápsula delgada, reforçada anterior, posterior, superior e inferiormente pelos ligamentos acrômio-claviculares. A porção superior e a mais resistente e se une as fibras do deltóide e trapézio. Estabilizam a articulação no plano horizontoral. Inserção a 1,5 cm da articulação. Os ligamentos coraco-claviculares são espessos e resistentes. Dois componentes: conóide e trapezóide. Conoide menor e mais medial. Sua inserção e no seu tubérculo, localizado no ápice da curva clavicular posterior, na transição do terço lateral achatado e os mediais triangulares. A inserção do trapezóide e anterior e lateral ao conoide, em uma linha saliente na porção inferior da clavícula. São os principais ligamentos de suspensão da extremidade superior. A estabilidade da articulação acromioclavicular e mantida principalmente pelas estruturas ligamentares a sua volta, mais especificamente pelos ligamentos coracoclaviculares, cápsula e ligamentos acromioclaviculares. Os músculos deltóide e o trapézio provêm sustentação dinâmica a extremidade superior.Lesão do Manguito Rotador Muitos pacientes não lembram de um incidente traumático prévio que originou o problema. A perda da continuidade pode ser descrita por diversas maneiras: aguda e crônica, parcial em uma substancia ou total, traumática ou degenerativa Três fases evolutivas de Neer 1 7 Fase I: edema e hemorragias reversíveis em jovens, e de tratamento conservador Fase II: fibrose, tendinite do manguito em pacientes de 25 a 45 anos.O tratamento conservador costuma ser eficiente nos primeiros episódios de dor. Acromioplastia clássica tem sua grande indicação nesta fase.Alivia os sintomas dolorosos e previne a ruptura do manguito Fase III: ruptura completa do manguito com alterações ósseas ao Raio X. Em pacientes de 40 a 50 anos. A indicação cirugica é formal e tem como objetivo acromioplastia e reconstrução. Quadro Clinico Muitos pacientes com uma afecção do manguito rotador demonstram surgimento insidioso de dor e disfunção progressivas, com perda concomitante do movimento ativo. A principio, o movimento passivo permanece completo, até que a dor limite o movimento ativo o bastante para causar formação de uma capsulite adesiva. Geralmente, a dor ocorre à noite e pode referir-se a área da inserção do deltóide. A dor é menor de dia pelo fato do paciente conseguir acomodar o braço em leve abdução e flexão anterior. Está presente em todas as fases mas costuma ser mais intensa enquanto o músculo estiver integro ou parcialmente lesionado. Quando a ruptura se instala , existe um relaxamento das fibras do supra, o que leva a uma diminuição do quadro doloroso A crepitação está presente nas fases II e III de Neer.Corresponde a ruptura da bursa subacromial. As forcas de abdução e rotação externa estão diminuidas geralmente do lado afetado. Estes testes podem não ser evidentes enquanto não houver lesão maciça do tendão. Sinal do braço caído: ocorre quando o membro superior é elevado passivamente até 120 a 150˚ e o paciente não consegue mantê-lo. Haverá queda pela forca da gravidade. Teste da xilocaína (Neer): injeta de 8 a 10 ml de xilocaina no espaço subacromial proporcionará alivio imediato da dor, negativando os testes irritativos e o arco doloroso. A articulação acromioclavicular pode estar envolvida no processo de degeneração articular e lesão do manguito. Há indicação de ressecção da extremidade distal da clavícula apenas em situações precisas e resumem-se ao fato de haver sintomatologia dolorosa à palpação. Atualmente não se considera necessário ressecar a extremidade distal da clavícula apenas devido a formação de osteofitos sem que exista sintomatologia, mesmo que osteófito seja grande e a imagem radiográfica sugira que o supra esteja comprimido. Etiologia 1 8 Duas correntes antagônicas: Teoria de Neer do fator extrínseco: impacto entre a cabeça do úmero e o arco coracoacromial causando pressão continua no supra e na cabeça longa do bíceps. Quanto maior a curvatura do acrômio, maior será a possibilidade de lesão tendinea. A acromioplastia seria a melhor forma de tratamento para reduzir a área de contato entre as superfícies. Teoria do fator intrínseco acreditam que as lesões inflamatórias e a progressão do músculo são determinadas pelor envelhecimento, sobre-uso da lesão traumática. Preconizam a reparação do tendão sem acromioplastia. Fukuda defendeu que a patogênese da ruptura é mutifatorial, com perfeita interrelação entre a degeneração pela idade, microtrauma de repetição, trauma, entesopatia e o conceito do impacto pelo acrômio. Zona crítica de Codman: área de inserção do supra espinhal com suprimento sanguineo inadequado, onde o lado bursal possui vascularização escassa e o lado capsular possui uma rica rede anastomótica. A camada bursal é mais resistente ao estiramento e são mais resistentes a rupturas. Teoria de lesão na região hipovascular. Com certeza este não é um problema isolado e as causas possíveis são alterações degenerativas decorrentes do processo de envelhecimento, impacto ou traumatismo. Lesões de espessura parcial e total Geralmente localiza-se na superfície articular do supra-espinhal, perto da sua inserção e podem envolver o infra espinhal. Lesões parciais são frequentemente mais dolorosas que totais, pois causam enrijecimento e tensão sobre as fibras remanescentes. Tratamento inicial Conservador, com modificação da atividade, exercícios de alongamento e fortalecimento e medicação AINH. A resolução dos sintomas ocorreu em 33 a 90% dos pacientes. Será indicado tratamento cirúrgico na falha do tratamento conservador. Contra-indicado se lesões do manguito rotador e rigidez concomitante (secundaria a uma capsulite adesiva). Segundo Neer, qualquer limitação da amplitude articular pré operatória significativa deve ser corrigida antes do reparo do manguito rotador, para que se evite uma rigidez pós operatória grave. A cirurgia é apropriada para lesão aguda do manguito rotador em um paciente jovem ou em um paciente mais idoso com uma lesão definida e que, subitamente, mostra-se incapaz de fazer rotação lateral do braço contra a resistência. Quanto maior for o tempo de sintomas, mais extenso é a degeneracão gordurosa e maior índice de re-rotura Avaliação artroscópica: determina a extensão da lesão e é indicada descompressão subacromial se estiver ocorrendo impacto no túnel. 1 Se menor que 50% de lesão deve ser realizada acromioplastia e desbridamento, por uma via anterior para 9 acromioplastia (lesão até 3 cm). Se a lesão for maior que 50% de espessura haverá indicação de excisão elíptica do tendão doente, suturando-o a uma calha criada no osso. Geralmente são necessárias vias maiores para mobilização de tecidos Cinco razões de McLaughlin para evitar o reparo imediato da ruptura media: •pelo menos 25% dos ombros de cadáveres tinham um manguito rompido ou degenerativo •50% dos pacientes se recuperaram espontaneamente •reparo imediato não ofereceu vantagens porque o tendão já era doente •resultados iguais entre o reparo imediato e tardio •dificuldade no diagnostico precoce Lesões de Espessura Total e Não reparáveis Algumas lesões são tão grandes e/ou estão tão retraídas a ponto de impossibilitar um reparo anatômico. Nessa situação, ha varias opções disponíveis, mas nenhuma delas é ideal. McLaughlin descreveu a sutura do tendão a uma calha no osso, em qualquer ponto que pudesse ser avançado sobre a cabeça umeral. Este ponto pode ser um tanto mais proximal (2 cm) através da área anterior do colo umeral. Embora este procedimento possibilite uma oclusão confiável, ocorre perda do ganho mecânico da unidade musculotendinea com esse avanço demasiadamente proximal. Cofield descreveu a transposição do tendão subescapular para preenhimento de grande defeitos na inserção do supraespinhal. Este retalho é separado do tubérculo menor e superiormente mobilizado, de modo a cobrir a cabeça umeral. Gerber descreveu a transposição do tendão latíssimo do dorso para lesões do supra-espinhal e infra-espinhal maciças. Será mais apropriado se o sub escapular estiver intacto. Se a lesão for do subescapular associada a lesão do supraespinhal pode ser optado pela transposição do peitoral maior. Classificação Classificação - Cofield: De acordo com o tamanho da lesão Pequeno: < 1cm Médio: > 1 cm, <3cm Grande: >3cm, < 5cm Enorme: >5cm 2 0 Classificação – Goutalier: De acordo com a degeneração gordurosa na RM ou TC Estágio 0: normal Estágio 1: faixas de gordura Estágio 2: infiltração importante, porém há mais músculo do que gordura Estágio 3: gordura = músculo Estágio 4: mais gordura do que músculo Classificação de Ellman: Descrição da lesão Quanto a localização: (parciais) Bursal (mais comum na pop. comum) Intersticial Quanto ao grau: Articular (91% - atletas) 1: profundidade <3mm 2: 3 a 6mm 3: > 6mm Quanto a area: em mm2 Pós Operatório 6 semanas de tipóia ou ortese de abdução seguido de fisioterapia com mobilização precoce do ombro. Complicações Lesão do nervo supraescapular ( lesões maciças).Se situa apenas a 1,8 cm da borda glenoidal postero-superior Instabilidade anterior (após mobilização do subescapular) Aderências Atrofia por desuso Capsulite adesiva (ocorre em 14% por imobilidade decorrente da dor) Rigidez no pós operatório. pela imobilização Dor noturna persistente Apenas 80% tem alívio completo da dor 2 1 Artropatia do Manguito Rotador É a doença do manguito rotador no estágio terminal Desaparece a depressão normal do supra na cabeça umeral e a tração não impedida do deltóide faz com que surjam forças de cisalhamento ao longo da glenóide A cartilagem não esta devidamente preparada para resisitir a forças do tipo de cisalhamento, e por isso ocorrem alterações degenerativas. Os achados radiográficos incluem o sinal da sobrancelha (uma erosão da superfície acromial inferior), osteofitos na parte inferior da cabeça do úmero, e diminuição do espaço articular glenoumeral. O tratamento operatório consiste na substituição da cabeça umeral com manutenção do arco coracoacromial. É preferível uma hemiartroplastia usando uma cabeça umeral de tamanho habitual ou ligeiramene maior. 2 2 3.. MATERIAIS E MÉTODOS No período de abril de 2012 a fevereiro de 2013, 22 pacientes com lesão no manguito rotador foram submetidos a tratamento cirúrgico artroscópico pelo cirurgião ortopedista-traumatologista orientador deste trabalho no Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Todos os pacientes foram submetidos ao procedimento cirúrgico em posição de “cadeira de praia”, sob anestesia geral associada a bloqueio do plexo braquial. Todos foram também submetidos à inspeção intra rticular, em que foram visualizadas as lesões associadas. Nos casos em que foi observada lesão do tendão da cabeça longa do bíceps, foi realizada a tenotomia, seguida de tenodese, antes da reparação do manguito. Após desbridamento das partes moles, mobilização dos tendões e preparo do leito ósseo no tubérculo maior, a sutura foi feita com o uso de âncoras, pontos tendão-tendão ou combinações dessas técnicas. A tenodese do tendão da cabeça longa do bíceps, acromioplastia e ressecção da extremidade distal da clavícula foram consideradas procedimentos associados, conforme a necessidade. Destes, 22 pacientes, todos com mais de um ano de pós operatório e com RM pré cirúrgica comprovando a lesão no manguito rotador (critérios de inclusão), responderam ao contato realizado e foram reavaliados, em Março de 2014, no ambulatório de ortopedia do HGF, pela equipe integrante deste trabalho, após aceitarem o convite para participação na pesquisa e assinarem o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE). Os dados foram coletados com os seguintes instrumentos: formulário e escala de avaliação do ombro UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles) modificada. A análise foi feita com auxílio dos programas Microsoft Excel 2007, Epi Info 6.04 e Numbers em abril de 2014. 3.1 Tipos de Estudo Trata-se de um estudo retrospectivo descritivo e analítico . 2 3 3.2 Local do Estudo A pesquisa foi realizada no Hospital Geral de Fortaleza – HGF no ambulatório de Ortopedia. 3.3 População e Amostra O universo engloba pacientes portadores de lesão do manguito rotador que foram submetidos ao tratamento artroscópico de lesão do manguito rotador no período de Abril de 2012 a Fevereiro de 2013 pelo cirurgião ortopedista-traumatologista orientador deste trabalho. Foram adotados com critérios de inclusão todos os pacientes com mais de um ano de pós-operatório e com Ressonância Magnética pré cirúrgica comprovando a lesão no manguito rotador, que aceitaram participar do estudo e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A amostragem utilizada é a não probabilística intencional, onde a seleção e a escolha do sujeito foram de acordo com os critérios de inclusão julgado e averiguado pelo pesquisador. Portanto, a amostragem é por conveniência. 3.4 Coleta dos dados Foi aplicado o formulário e escala de avaliação do ombro UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles) modificada. 3.5 Análise dos dados A análise foi feita com auxílio dos programas Microsoft Excel 2007, Epi Info 6.04 . 3.6 Aspectos Éticos Os aspectos éticos foram contemplados de acordo com a Resuloção 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, que dispõe sobre as normas para pesquisa com seres humanos, no qual a ética na 2 pesquisa implica em sempre tratar os seres humanos com dignidade, respeitá-los em sua autonomia e 4 defendê-los em sua vulnerabilidade. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Geral de Fortaleza onde foi autorizada a execução desse estudo, após sua aprovação e sua execução respeitou os princípios e os preceitos éticos de confidencialidade, sigilo, anonimato, autonomia, beneficência, não maleficência, justiça e equidade. Essa pesquisa nos proporcionará subsídio para melhor atender os pacientes que procuram atendimento no Serviço de Ortopedia do HGF. Além disso nos permitirá comparar nossos resultados pós-operatórios de tratamento artroscópico de lesão do manguito rotador com a literatura atual. 3.7 Cronograma Atividades/Período 2015 Fev Mar Abr Mai Levantamento bibliográfico x e elaboração do projeto Jun Jul Ago Set Out Nov Dez X Submissão ao CEP X Coleta de dados (entrada em campo) Processamento e análise dos dados Elaboração da redação final X X X Apresentação da pesquisa e encaminhamento para publicação X 3.8 Orçamento Material de Expediente Especificação Quantidade Papel ofício A4 Fotocópias 01 resma 100 unidades Valor unitário em Valor total Reais Reais 18,00 18,00 0,10 10,00 em Pasta arquivo 01 unidade Canetas esferográficas 03 unidades Cartucho de tinta para impressão 02 unidade (preto) 10,00 1,00 40,00 2 5 10,00 3,00 80,00 Material Permanente Especificação Quantidade Computador Impressora TOTAL 01 unidade 01 unidade Valor unitário em Valor total Reais Reais Já possui Já possui Já possui Já possui 121,00 em Este projeto não contou com auxílio financeiro de nenhuma instituição, e os recursos supracitados e demais custos, necessários para a realização do projeto, foram financiados pelo pesquisador do projeto sem acarretar nenhum ônus para a instituição que sediou o estudo, nem para o orientador. 2 6 RESULTADOS E DISCUSSÃO Entre os participantes desta pesquisa, a faixa etária foi de 32 a 77 anos. Sendo a idade média 57 anos e 5 meses. Quanto ao gênero, 17 (77,2%) pacientes eram do sexo feminino e 5 (22,8%) do masculino. A profissão dominante, com 36%, foi “dona de casa”. O lado dominante foi acometido em 59% dos casos. O tempo de dor no pré operatório variou de 0 a 20 anos, com média de 4 anos e 2 meses. Na amostra, nenhum paciente realizava esporte que utilizasse o membro afetado. Esforço físico com o membro acometido e degeneração pela idade foram juntas consideradas, por 11 (50%) pacientes, causa para a lesão, seguida por trauma com 23%. As causas restantes relatadas foram: apenas esforço físico, idiopática e lesão do manguito após vacina e abscesso, somando 27%. Com relação a tratamento prévio realizado, 86,3% relatou ter realizado alguma terapêutica não cirúrgica, sendo fisioterapia a opção mais constante, enquanto 13,7% não havia feito nenhum tratamento. O uso de tipóia funcional (imobilização pós operatória) foi relatado por 100% dos pacientes, variando de 30 a 60 dias, sendo o tempo médio de 45 dias. Quanto aos resultados de avaliação funcional do ombro pela UCLA (Ellmann, 1987), 50% dos pacientes apresentaram boa resposta, 31,8% resultado pobre, 9,1% razoável e 9,1% excelente. Também por este instrumento, constatou-se taxa de 95% de satisfação com o tratamento artroscópico realizado. 2 7 CONCLUSÃO O reparo artroscópico das lesões do manguito rotador traz resultados satisfatórios, na maioria dos pacientes, com alto grau de satisfação 2 8 REFERÊNCIAS DIMITRIOS, Varvitsiotis et al. Results of reconstruction of massive irreparable rotator cuff Tears using a fascia lataallograft . Indian Journal of Orthopaedics.v.49, n.3, Jun 2015 FEI,Wenyoung et al. A biomechanical and histological comparison af the suture bridge an conventional double-row techniques of the repair of full-thickness rotator cuff tears in rabbit model , BMC Musculoskeletal Disordres, KUMAR, RohitD’ortho et al. Functional evaluation of patient after arthoscopic repair of rotatror cuff tear.Journal of clinical orthopaedics and trauma, v.5,n.1 , March 2014 MIYAZAKI, Alberto Naoki et al . Lesões extensas domanguito rotador: avaliação dos resultados do reparo artroscópico. Rev. bras. ortop.,São Paulo , v. 44, n. 2, Apr. 2009. OKU, Elaine Cristina et al . Tradução e adaptação cultural do ModifiedUniversityofCaliforniaat Los Angeles Shoulder Rating Scale para a língua portuguesa. Rev.Bras. Reumatol., São Paulo , v. 46, n. Aug. 2006 VEADO,Marco Antônio de Castro et al . Estudoprospectivo e comparativo dos resultados funcionais após reparo aberto e artroscópico das lesões do manguito rotador. Rev.bras. ortop., São Paulo , v. 46, n. 5, Oct. 2011 CANALE. ST CAMPBELLS OPERATIVE ORTHOPAEDICS. ST. LOUIS: MOSBY 2 9 ANEXO I - ESCALA UCLA UCLA MODIFICADA- ESCALA DE ESCORES AVALIAÇÃO DO OMBRO DOR Presente todo o tempo, insuportável; uso 1 frequente de analgésicos fortes. Presente todo o tempo, suportável; uso 2 ocasional de analgésicos fortes. Fraca / ausente em repouso, presente em 4 atividades leves; uso frequente de salicilatos. Presente em atividades pesadas / 6 específicas; uso frequente de salicilatos. Ocasional e fraca. 8 Ausente. 10 FUNÇÃO Incapacidade de usar o membro. 1 Realização apenas de algumas atividades 2 leves. Capacidade de realização de atividades 4 domésticas e cotidianas. Capacidade de realização de atividades 6 domésticas, de dirigir, pentear-se e abotoar atrás. Restrição leve, capacidade de executar 8 trabalhos acima do ombro. Atividades normais. 10 FLEXÃO ATIVA > 150° 5 de 120 a 150° 4 de 90 a 120° 3 de 45 a 90° 2 de 30 a 45° 1 < 30° 0 FORÇA DE FLEXÃO ANTERIOR (TESTE DE FORÇA MANUAL) Grau 5 (normal) 5 Grau 4 (bom) Grau 3 (regular) Grau 2 (fraco) Grau 1 (contrações musculares) Grau 0 (ausente) SATISFAÇÃO DO PACIENTE Satisfeito e melhor Insatisfeito ESCORE MÁXIMO 4 3 2 1 0 5 0 35 ANEXO II - QUESTIONÁRIO 1. Idade______ 2. Gênero: ( ) Feminino ( ) Masculino 3. Profissão: ______________________________ 4. Lado dominante: ( ) Direito ( ) Esquerdo 5. Lado Afetado: ( ) Direito ( ) Esquerdo 6. Tempo de dor no pré operatório: ____________________ 7. Causa da queixa: ( ) Trauma Mecanismo: _______________ ( ) Esforço físico no ombro ( ) Degenerativa pela idade ( ) Outra: _______________ 8. Praticava esporte que utilizasse o Membro Superior afetado: ( ) Sim ( ) Não 9. Realizou tratamento prévio? ( ) Sim ( ) Não Se sim, qual (is)? __________________________________ 3 0 3 1 ANEXO III - Termo de Fiel Depositário Eu, Dr. Manuel Joaquim Diógenes Teixeira, chefe do serviço de Ortopedia do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), declaro estar ciente e de acordo com a realização do trabalho de pesquisa intitulado:AVALIAÇÃO DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA ARTROSCÓPICA PORLESÃO DO MANGUITO ROTADOR NO HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA, tendo como pesquisadores ARISTIDES SABOIA DE ANDRADE e Orientador: DR. MARCO AURÉLIO ALMEIDA LACERDA. Os pesquisadores se comprometem em seguir a Resolução nº466/12 de 12 de Dezembro se 2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS): 1) Respeito ao participante da pesquisa em sua dignidade e autonomia, reconhecendo sua vulnerabilidade, assegurando sua vontade de contribuir e permanecer, ou não, na pesquisa, por intermédio de manifestação expressa, livre e esclarecida; 2) Ponderação entre riscos e benefícios, tanto conhecidos como potenciais, individuais ou coletivos, comprometendo-se com o máximo de benefícios e o mínimo de danos e riscos; 3) Prever procedimentos que assegurem a confidencialidade e a privacidade, a proteção da imagem e a não estigmatização dos participantes da pesquisa, garantindo a não utilização das informações em prejuízo das pessoas e/ou das comunidades, inclusive em termos de autoestima, de prestígio e/ou de aspectos econômico-financeiros. 3 Informo-lhe ainda, que a pesquisa só deverá ser iniciada após a aprovação do Comitê de 2 Ética em Pesquisa do Hospital Geral de Fortaleza ( CEP-HGF), para garantir a todos os envolvidos os referenciais básicos da bioética, isto é, autonomia, não maleficência e justiça. Fortaleza , _______ de ________________ ____ de ___________ ________________________________________________________ Assinatura do Chefe do Serviço ANEXO IV - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO O (a) senhor(a) está convidado (a) para participar da pesquisa intitulada : AVALIAÇÃO DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA ARTROSCÓPICA POR LESÃO DO MANGUITO ROTADOR NO HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA, que sob a responsabilidade do pesquisador Marco Aurélio Almeida Lacerda, tendo como objetivos realizar uma avaliação clínica e funcional dos pacientes que apresentavam lesão no manguito rotador e que foram submetidos ao reparo artroscópico no Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Suas respostas serão tratadas de forma anônima e confidencial, isto é, em nenhum momento será divulgado o seu nome em qualquer fase do estudo. Os dados coletados serão utilizados apenas nesta pesquisa e os resultados divulgados em eventos e/ou revistas científicas . A sua participação é de caráter voluntário, isto é , a qualquer momento o (a) Sr.(a) pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento, entrando em contato com o responsável pela pesquisa pelo telefone (085)98884.08.88. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o pesquisador ou com a instituição. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido é feito em duas vias, no qual o Sr.(a) terá uma cópia. O (a) Sr.(a) não terá nenhum ou quaisquer compensações financeiras. Professor Orientador:Marco Aurélio Almeida Lacerda Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Geral de Fortaleza – HGF (85)3101-7078 3 3 Fortaleza, ____ de ____________________ de__________ _____________________________________ Participante da Pesquisa INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DE QUALIFICAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA Digitais Aluno(a): Aristides Saboia de Andrade Orientador: Marco Aurélio Almeida Lacerda Título da Pesquisa Avaliação dos pacientes submetidos a cirurgia artroscópica por lesão do manguito rotador em um Hospital Terciário do SUS 1.O projeto contempla todas as etapas essenciais ao processo de pesquisa? Sim ( ) Não ( ) Algumas ( ) 2.A formulação e delimitação do problema são claras e possuem relevância? Sim ( ) Não ( ) Pouca ( ) 3. Os objetivos são claros e atingíveis? Sim ( ) Não ( ) Estão confusos ( ) 4.Há uma revisão de literatura correlata? ( ) Sim, mas muito extensa e preenchendo a maior parte do trabalho. ( ) Sim, demonstra que o aluno buscou o que já e conhecido sobre o tema e procurou embasar o novo conhecimento, com um referencias atualizado, apresentando convergências e divergências de autores. ( ) Sim, mas muito resumida. ( ) Não. 5.A metodologia é clara e refere os passos seguidos para realização do estudo? ( ) Sim, contempla informações sobre o tipo de estudo, local, a população, amostra, período, instrumentos a serem utilizados para coleta de dados, forma como os dados serão analisados e referência aos aspectos éticos da pesquisa. ( ) Sim, além de contemplar toda a metodologia, respaldasse na literatura. ( ) Apenas alguns. ( ) Não, é confusa e não permite ao leitor do trabalho um esclarecimento sobre os passos seguidos. 6.A amostra é significativa? ( ) Sim. ( ) Não, muito pequena para o alcance dos objetivos propostos. 7.Há referências bibliográficas? ( ) Sim, atualizadas e de acordo com as normas da ABNT. ( ) Sim, mas não seguem as normas da ABNT. ( ) Não. 3 4 8.Comentários e sugestões do Avaliador(a): ____________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Assinatura do Avaliador(a) LOCAL E DATA ______/ ___ / _______ 35 RESULTADO FINAL DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC ATA DE RESULTADO FINAL DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO -TCC ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ - ESP-CE CENTRO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM ______________________ ATA DE APRESENTAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC Nº__________ COORDENAÇÃO: __________________________________________ Curso de Especialização em Ortopedia e Traumatologia 1 - IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO: Nome do Aluno: Aristides Saboia de Andrade Edição/Ano: 2013 2 – TÍTULO DO TCC – Avaliação dos pacientes submetidos a cirurgia artroscópica por lesão do Manguito Rotador em um Hospital Terciário do SUS MEMBROS 3 – BANCA EXAMINADORA 4.TITULAÇÃO Nome Completo do orientador : Assinatura: Nome Completo do Examinador: Assinatura: Nome Completo do Examinador : Assinatura: 5 – RESULTADO: A COMISSÃO EXAMINADORA, em / / ,às ______ horas, APÓS APRESENTAÇÃO DO TCC, decidi Pela Aprovação do Trabalho de Conclusão de Pela Reprovação do Trabalho de Conclusão de Curso – Projeto de Intervenção, após as Curso – Projeto de Intervenção, após as correções. correções. 6. APÓS A ENTREGA DA VERSÃO FINAL DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (A SER PREENCHIDO PELO ORIENTADOR OU COORDENADOR DO CURSO): Foram feitas as correções, conforme requerido pela Banca Examinadora, e o TCC foi aprovado. Assinatura do Orientador ou Coordenador do Curso: ______________________________________ Data: ____/____/______ Não foram feitas as correções, conforme requerido pela Banca Examinadora, e o TCC foi reprovado. Assinatura do Orientador ou Coordenador do Curso: _____________________________________ Data:____/____/______ Assinatura do Coordenador do Centro: ___ / ___ / ___ Data Assinatura do Coordenador do Curso: __________________ ___ / ___ / ___ Assinatura / Carimbo Data _______________________ Assinatura / Carimbo 3 6