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Museu de Topografia Prof. Laureano Ibrahim Chaffe
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS
minerais preciosos
Texto original: Wikipedia, a enciclopédia livre
Junho/2011
Ampliação e ilustrações: Iran Carlos Stalliviere Corrêa-IG/UFRGS
ÁGATA
Ágata
Ágata (ag' it) é um termo aplicado não a uma espécie mineral
distinta, mas a um conjunto de várias formas de sílica, principalmente
Calcedônia. De acordo com Teofrasto o termo ágata (achates) provém
do rio Achates atualmente denominado de Drillo, na Sicília, onde o
mineral foi primeiramente encontrado.
A maioria das ágatas ocorre como nódulos em rochas eruptivas,
ou antigas lavas, onde preenchem as cavidades produzidas
originalmente pela desagregação do vapor na massa derretida, e então
preenchido, completamente ou parcialmente, pela matéria silicosa
depositada em camadas regulares em cima das paredes. Tais ágatas,
quando cortadas transversalmente, exibem uma sucessão de linhas
paralelas, frequentemente de extrema tenuidade, dando uma aparência
unida à seção, e por isso tais minerais são conhecidas como ágata
unida e ágata listrada.
Na formação de uma ágata ordinária, é provável que as águas
que contêm sílica dissolvida – derivada, talvez, da decomposição de
alguns dos silicatos presentes na própria lava – infiltraram-se através
da rocha, depositando um revestimento silicoso no interior das
vesículas produzidas por vapor. As variações no caráter da solução, ou
nas condições de deposição, podem causar variações correspondentes
nas camadas sucessivas, de modo que as faixas de calcedônia
frequentemente se alternam com camadas de quartzo cristalino.
Várias vesículas de vapor podem unir-se enquanto a rocha for viscosa,
e assim dar forma a uma cavidade grande que possa se transformar em
receptáculo de uma ágata de tamanho excepcional; assim um geôdo
brasileiro, revestido de ametista, pesando 35 toneladas, foi exibido na
Exposição de Dusseldorf de 1902.
Geodo de ágata com quartzo
O primeiro depósito na parede de uma cavidade, dando forma à
"pele" da ágata, é geralmente uma substância mineral esverdeada
escura, como celadonita, delessita ou "terra verde," os quais são ricos
em ferro, derivado provavelmente da decomposição de augita na
rocha-mãe. Este silicato verde pode dar origem, por alteração, a um
óxido de ferro (limonita), produzindo uma aparência oxidada na parte
externa do nódulo de ágata. A superfície exterior de uma ágata
liberta da sua matriz é frequentemente áspera, aparentemente na
consequência da remoção do revestimento original. A primeira camada
depositada sobre a parede da cavidade é por alguns chamada de
"iniciador," e em cima desta base os minerais zeolíticos podem ser
depositados.
Muitas ágatas são ocas, uma vez que a deposição não prosseguiu
pelo tempo suficiente para encher a cavidade, e nesses casos o último
depósito consiste geralmente de quartzo, frequentemente ametista,
tendo os ápices dos cristais dirigidos para o espaço livre, formando uma
cavidade ou um geodo revestido por cristais.
No o Islã, as ágatas são pedras muito preciosas. Segundo a
tradição, acredita-se que o portador de um anel de ágata, por
exemplo, está protegido contra vários infortúnios e gozará de longa
vida, entre outros benefícios. Em outras tradições crê-se que a ágata
cura as picadas do escorpião e as mordidas de serpente acalmam a
mente, previne doenças e contágios, pára a trovoada, promove a
eloquência, assegura os favores dos poderosos e traz a vitória sobre os
inimigos. Os magos Persas também apreciavam os anéis de ágata no
seu trabalho e nas suas crenças.
O Brasil é o primeiro produtor mundial de ágata e suas jazidas, as
mais importantes da Terra, encontram-se principalmente no Rio Grande
do Sul. As primeiras jazidas brasileiras foram descobertas em 1827, por
imigrantes oriundos de Idar-Oberstein, na Alemanha, para o sul do
Brasil, uma vez que as jazidas do seu país de origem esgotaram-se
desde o princípio do século XIX. Também é encontrada no Uruguai.
CITRINO
Citrino ou Quartzo-Citrino
Citrino, também chamado de quartzo citrino (há várias outras
denominações impróprias, como citrino-topázio) é uma variedade de
quartzo de cor amarela, laranja, excepcionalmente vermelha.
Basicamente, é um quartzo com impurezas férricas.
A maior parte do citrino comercial é na verdade ametista ou
quartzo fumado aquecido artificialmente. Contudo a pedra tratada
termicamente pode apresentar diferenças, entre elas uma cor mais
rosada característica da pedra original. O quartzo citrino é uma pedra
preciosa de baixo preço, mais barata que a ametista, mas, mesmo
assim muito apreciada e muito usada em joalheria.
Quartzo citrino
Uma das mais importantes fontes brasileiras dessa gema preciosa
e acessível é a Mina da Serra, localizada no Rio Grande do Sul, que
hoje produz cerca de trezentos quilos de citrino por mês. Outros
estados produtores são: Goiás, Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo.
Também é extraído na República de Madagáscar e na Espanha.
AMETISTA
Ametista
A ametista é uma variedade violeta ou púrpura do quartzo, muito
usada como ornamento. Diz-se que a origem de seu nome é do grego
a, "não" e methuskein, "intoxicar", de acordo com a antiga crença de
que esta pedra protegia seu dono da embriaguez. Entretanto, de
acordo com o Rev. C. W. King, a palavra provavelmente é uma
corruptela de um nome oriental da pedra.
A ametista foi usada como pedra preciosa pelos antigos egípcios
e era amplamente empregue na antiguidade por entalhadores. Contas
de ametista foram encontradas em túmulos anglo-saxônicos na
Inglaterra.
A ametista é a variedade mais apreciada do quartzo. Os seus
cristais sempre crescem sobre uma base. Quando têm formato de
pirâmides, a cor mais intensa predomina nas pontas dos cristais.
Existem algumas variedades de ametista que podem apresentar
faixas brancas de quartzo leitoso.
Druzas de ametista
Na mitologia grega, Ametista seria o nome de uma ninfa que, para
ser protegida do assédio de Dioniso, (Baco, na versão romana), foi
transformada pela deusa da castidade num cristal transparente. Baco
então nada mais podia fazer, a não ser mergulhá-la no vinho - de onde
teria vindo sua coloração arroxeada.
Em 1928, no distrito de Brejinho das Ametistas, na cidade baiana
de Caetité, foi encontrada uma pedra pesando mais de 90 kg, sendo
esta localidade uma das principais produtoras do mineral no Brasil.
Até ao século XVIII a ametista foi a principal pedra preciosa
(sendo até esse momento a Rainha das Pedras Preciosas) até mesmo
ao nível do diamante. Contudo a descoberta de abundantes jazidas no
Brasil fez com que se tornasse numa pedra preciosa de médio valor.
A ametista é um mineral amplamente distribuído, mas espécimes
bonitos, adequados para uso como pedra preciosa, estão confinados a
comparativamente poucos locais. Tais cristais ocorrem tanto em
cavidades alongadas (veios) em rochas graníticas, como revestindo
internamente (geodos) de ágata. Um geodo enorme (ou "grotto de
ametista"), de perto de Santa Cruz no sul, do Brasil, foi mostrado na
exibição de 1902 em Düsseldorf, na Alemanha.
Muitas das ágatas ocas do Brasil e do Uruguai contêm um punhado
de cristais de ametista no seu interior. Muitas belas ametistas vêm
da Rússia, especialmente de perto de Mursinka no distrito de
Ekaterinburg, onde ela ocorre em cavidades existentes em rochas
graníticas. Muitas localidades na Índia têm ametista e ela também é
encontrada no Sri Lanka, principalmente como seixos rolados.
As jazidas mais importantes estão no Brasil nas cidades de
(Caetité na Bahia,Chopinzinho no Paraná, Montezuma em Minas Gerais
e principalmente Ametista do Sul no Rio Grande do Sul). Neste
município, não são raros geodos com mais de 2 metros de altura.
Outros centros importantes são o Departamento de Artigas no
Uruguai, e Madagáscar.
O corindon roxo ou a safira com tons de ametista são por vezes
chamados de ametista oriental, mas esta expressão é frequentemente
empregue por joalheiros para belos exemplares de quartzo ametista
comum, mesmo quando não são provenientes de fontes orientais.
ESMERALDA
Esmeraldas
Esmeralda é uma variedade do mineral berilo, a mais nobre
desse grupo. Outras pedras do grupo do berilo são a água-marinha a
morganita e o próprio berilo. Sua cor verde é devida à presença de
quantidades mínimas de cromo e às vezes vanádio. É altamente
apreciada como gema e onça por onça é a pedra mais valiosa no
mundo, perdendo algum desse valor frequentemente devido às
inclusões que ocorrem em todas as esmeraldas, porém são essas
inclusões que podem determinar se a gema é verdadeira. Tem dureza
de 7,5 – 8,0 pontos na Escala de Mohs de dureza, no entanto esta
dureza pode ser bastante reduzida dependendo do número e tamanho
das inclusões numa determinada pedra.
Sua transparência é de transparente a opaca, mas apenas as
variedades mais preciosas são transparentes. A etimologia da palavra
"esmeralda" pode provir de duas origens:
- do grego "smaragdos";
- do hindu antigo, de significado "pedra verde"
A esmeralda é extremamente sensível a pancadas fortes, riscos e
mudanças de temperatura repentinas.
DIAMANTE
Diamante Lapidado
Diamante Bruto
O diamante é uma forma alotrópica do carbono, de fórmula
química C. Cristaliza no sistema cúbico, geralmente em cristais com
forma octaédrica (8 faces) ou hexaquisoctaédrica (48 faces),
frequentemente com superfícies curvas, arredondadas, incolores ou
coradas. Os diamantes de cor escura são pouco conhecidos e o seu
valor como gema é menor devido ao seu aspecto pouco atrativo.
Diferente do que se pensou durante anos, os diamantes não são
eternos, pois o carbono definha com o tempo, mas os diamantes
duram mais que qualquer ser humano.
A origem do nome, "Adamas", é grega. Significa invencível,
indomável.
Sendo carbono puro, o diamante arde quando exposto a uma
chama, transformando-se em dióxido de carbono. É solúvel em
diversos ácidos e infusível, exceto a altas pressões.
O diamante é o mais duro material de ocorrência natural que se
conhece, com uma dureza de 10 (valor máximo da escala de Mohs).
Isto significa que não pode ser riscado por nenhum outro mineral ou
substância, exceto o próprio diamante. No entanto, é muito frágil, esse
fato deve-se à clivagem octaédrica perfeita segundo {111}. Estas duas
características fizeram com que o diamante não fosse talhado durante
muitos anos. As maiores jazidas do mundo são de África do Sul.Outras
jazidas importantes situam-se na Rússia (segundo maior produtor) e na
Austrália (terceiro maior produtor), entre outras de menor importância.
A densidade é de 3,48. O brilho é adamantino, derivado do
elevadíssimo índice de refracção (2,42). Recorde-se que todos os
minerais com índice de refracção maior ou igual a 1,9 possuem este
brilho. No entanto, os cristais não cortados podem apresentar um brilho
gorduroso. Pode apresentar fluorescência sob luz ultravioleta,
originando colorações azul, rosa, amarela ou verde.
Não são só os diamantes incolores ou com matizes bonitos que
se constituem como pedras preciosas como antigamente se pensava e
usava, mas hoje em dia já são usados diamantes de cor (alguns de cor
natural são mesmo de maior valor do que os incolores) e com formatos
irregulares, que se utilizam em joalharia, montados em metais
preciosos e/ou em associação com outras gemas.
O interesse popular nos diamantes centra-se no seu valor como
gemas, mas os cristais têm ainda uma maior importância como
ferramentas industriais. As variedades negras e microcristalinas, não
tendo valor comercial, utilizam-se na indústria como abrasivos de alta
qualidade ou como ferramentas de talha ou como perfuradores para
materiais de dureza elevada (para a própria lapidação do diamante, por
exemplo) . Estes podem ser usados para cortar, tornear e furar
alumina, quartzo, vidro e artigos cerâmicos. O pó de diamante é
usado para polir aços e outras ligas.
Diamantes azulados ou rosados são raros e, por isso, muito
valiosos. Já os amarelados são mais comuns. Uma marca do diamante
autêntico – e a primeira coisa que o distingue de falsificações
grosseiras, como as de zircônio – é a sua leveza. O Diamante Koh-iNoor, da Coroa Britânica, tem quase o tamanho de uma bola de
pingue-pongue e não chega a 22 gramas.
O valor do diamante reside na ausência total de impurezas e de
cor. Uma vez selecionados, os diamantes são cortados e talham-se ao
longo de direções nas quais a dureza é menor. Uma talha bem
realizada é aquela que realça o foco, ou seja, o conjunto de reflexos de
cores derivados dos reflexos.
Atualmente, existe a possibilidade de fazer diamantes
sintéticos, submetendo grafite a pressões elevadas. No entanto, o
resultado são quase sempre cristais de dimensões reduzidas para
poderem ser comercializados como gemas. A chance de adquirir um
diamante sintético no lugar de um natural é quase nula, sendo
inclusive inferior à possibilidade de encontrar gemas que os
comerciantes dizem ser diamante mas que não o são realmente.
A estabilidade térmica do diamante sintético é menor do que o
natural, em ambiente oxidativo, como ao ar, o diamante sintético
oxida (grafitiza) a temperaturas en torno de 850 °C. Já em atmosfera
controla sua resistência a grafitização é proxima aos 1200 °C.
Embora já em 1880 J. Balentine Hannay, um químico escocês,
tivesse produzido minúsculos cristais, só em 1955 cientistas da General
Electric Company conseguiram um método eficaz para a síntese de
diamantes. Este feito foi creditado a Francis Bundy, Tracy Hall,
Herbert M. Strong e Robert H. Wentorf, depois de investigações
efetuadas por Percy W. Bridgeman na Universidade de Harvard. Os
diamantes assim conseguidos eram de qualidade industrial (não
gemológica), sendo hoje em dia produzidos em larga escala. Cristais
com a qualidade de pedras preciosas, só se conseguiram sintetizar em
1970 por Strong e Wentorf, num processo que exige pressões e
temperaturas extremamente elevadas.
JADE
Jade
Jade (do francês jade; em espanhol piedra de la ijada, "pedra do
flanco") é uma pedra ornamental muito dura e compacta, variando, na
cor, de esbranquiçada a verde-escura. Designa a associação de dois
minerais, a forma em nefrite da actinolita e um mineral chamado
jadeita. É geralmente empregada em objetos de adorno, em
estatuetas, etc.
Jade
Jade é um nome que era aplicado às pedras ornamentais que
eram trazidas à Europa da China e da América Central. Somente em
1863 se percebeu que o termo "jade" estava sendo aplicado a dois
minerais diferentes. O jadeita quase nunca é encontrado em cristais
individuais e composto dos cristais bloqueando microscópicos que
produzem um material muito resistente. Nephrite é realmente um não
mineral, mas uma variedade da actinolita mineral. A variedade do
nephrite é composta dos cristais fibrous inter-inter-twinned em uma
massa compacta resistente. A dureza do jade é notável. Tem uma
resistência maior do que o aço e é posto para trabalhar por muitas
civilizações adiantadas para machados, facas e armas.
MALAQUITA
Malaquita
Malaquita é um mineral do grupo dos carbonatos (carbonato de
cobre (II)) com dureza entre 3,5 e 4,0 na Escala de Mohs. Seu sistema
cristalino é monoclínico, e frequentemente forma massas botrioidais,
fibrosas ou estalagmíticas.
A malaquita geralmente resulta da alteração de minérios de
cobre e ocorre frequentemente associada com azurita, goethita e
cuprita. À exceção da cor verde, as propriedades da malaquita são
muito similares àquelas da azurita, e agregados conjuntos dos dois
minerais são encontrados com frequência, embora a malaquita seja
mais comum do que a azurita.
Foi usado como um pigmento mineral em pinturas verdes da
antiguidade até aproximadamente 1800. O pigmento é moderadamente
resistente à luz, muito sensível a ácido e variável na cor. O tipo natural
tem sido substituído por sua forma sintética, verditer entre outros
verdes sintéticos.
As origens e mitos da malaquita remontam há três mil anos a.C..
Os egípcios honravam-na como pedra da esperança, sorte e harmonia
nas parcerias. Através de sua forte coloração verde, atribuindo-se a
Malaquita, por milênios, uma alta posição entre pedras curativas e de
adornos.
Malaquita
QUARTZO
Quartzo
O
quartzo
é
o
mais
abundante
mineral
da
Terra
(aproximadamente 12% vol.). Possui estrutura cristalina trigonal
composta por tetraedros de sílica, pertencendo ao grupo dos
tectossilicatos. O seu hábito cristalino é um prisma de seis lados que
termina em pirâmides de seis lados, embora frequentemente
distorcidas e ainda colunar, em agrupamentos paralelos, em formas
maciças (compacta, fibrosa, granular, criptocristalina), maclas com
diversos pseudomorfos. É classificado como tendo dureza 7 na Escala
de Mohs. Apresenta as mais diversas cores (alocromático) conforme as
variedades. O nome "quartzo" é de origem incerta, sendo a mais
provável a palavra alemã "quarz", que por sua vez será de origem
eslava.
GRANADA
Granada – variedade Almandina
A Granada (do latim granatus, um grão) é o nome geral dos
membros de um grupo de minerais com habitus cristalinos constituído
por dodecaedros e trapezoedros. As granadas não apresentam
clivagem, mas mostram partição dodecaédrica. A fratura é conchoidal a
desigual; algumas variedades são muito resistentes e são valiosas para
finalidades abrasivas. O brilho varia entre vítreo e resinoso, podendo
ainda ser transparentes ou opacas, conforme a presença ou ausência
de inclusões. As granadas podem apresentar as seguintes cores:
vermelho, amarelo, marrom, preto, verde, ou incolor. As variedades de
granadas são:
Piropo, ou Rubi do Cabo, é uma granada de cor vermelhosangue, devido a seu conteúdo de ferro e cromo. A sua fórmula é
Mg3Al2(SiO4)3. O magnésio pode ser substituído em parte por cálcio
e/ou ferro ferroso (Fe2+). O piroro raramente possui inclusões, mas,
quando presentes, estas se encontram em forma de cristais
arredondados ou apresentam contorno irregular. Como todas as
granadas, o piropo não possui clivagem, e a fratura é de subconcóide
a irregular.
Piropo
O piropo é encontrado em rocha vulcânica e depósitos aluviais e
pode, juntamente com outros minerais, indicar a presença de rochas
portadoras de diamantes. As localizações de jazidas incluem Arizona,
África do Sul, Argentina, Austrália, Brasil, Myanmar, Escócia, Suíça e
Tanzânia.
Os exemplares transparentes são usados como gemas. Uma
variedade importante de piropo - a rodolite, do grego a rosa - é
originária do condado de Macon na Carolina do Norte, é caracterizada
pela cor violeta-vermelha e por constituir uma solução sólida de 2:1
entre piropo e almandina.
A palavra
flamejante.
piropo
deriva
do
grego
pyropos,
significando
Grossularite ou grossulária é uma granada de cálcio-alumínio
com a fórmula Ca3Al2(SiO4)3, embora o cálcio pode em parte ser
substituído por ferro ferroso (Fe2+) e o alumínio por ferro férrico (Fe 3+).
As cores mais comuns deste mineral são verde, canela, marrom,
vermelho, e amarelo. A grossulária é um mineral típico de
metamorfismo de contacto de calcários, onde se encontra associada a
vesuvianite, diópsido, wollastonite e wernerite. Grossulária é um
termo derivado da botânica.
Grossulária
Almandite, almandina ou carbúnculo é uma granada do ferroalumínio com a fórmula Fe3Al2(SiO4)3. As variedades transparentes
podem ter bastanto valor enquanto pedras preciosas. A almandina é
um mineral comum em rochas metamórficas como o micaxisto, onde
ocorre associado a estaurolite, distena, andalusite, entre outros.
Almandina
Espessartita é uma granada de manganês e alumínio granada de
fórmula Mn3Al2(SiO4)3. O nome é derivado da cidade de Spessart na
Baviera. Esta variedade pode apresentar cores variadas, de acordo com
o tipo e quantidade de impurezas. As mais famosas são as
espessartitas laranja de Madagascar e os exemplares violetavermelhos que ocorrem em riólitos do Colorado e Maine.
Espessartita
Uvarovite ou Uvarovita é uma granada de cálcio e cromo de
fórmula Ca3Cr2(SiO4)3. Dentro do grupo da granadas, é a variedade
mais rara, surgindo em pequenos cristais de cor verde associados a
cromita e serpentina.
Uvarovita
A atraente e brilhante cor verde da uvarovite se deve à presença
de cromo. Os cristais são muito frágeis, com fratura de subconcóide a
irregular. A uvarovite ocorre em rochas de serpentina. Os melhores
cristais são encontrados nos Urais, na Rússia, em torno de cavidades
ou fissuras na rocha. Outras fontes são a Finlândia, a Turquia e a Itália.
Andradita é uma granada de cálcio e ferro de fórmula
Ca3Fe2(SiO4)3, embora sejam comuns substituições catiónicas
importantes. As cores dependem destas variações e podem ser
vermelho, amarelo, marrom, verde ou preto. As subvariedades
reconhecidas são topazolite (amarelo ou verde), demantóide (verde) e
melantite (preto). A andradita pode ser encontrada em rochas ígneas
de profundidade, como os sienitos, e em rochas metamórficas como os
xistos e calcários.
Granada – variedade Andradita
Granadas lapidadas
ÁGUA MARINHA
Água Marinha
A água-Marinha é uma variedade do berilo, com uma composição
química de silicato de alumínio e berílio. A sua dureza é de 7,5 - 8
Mohs. A cor da Água-Marinha varia do verde-azul a azul claro. Esta
gema é encontrada um pouco por todo o mundo, já foi encontrada em
Elba - Itália; Mourne Mountains - Irlanda do Norte; Mursinsk, Takovaja
River, Shaitansk Hills, Adun-Tchilone Baikal - Rússia; Rossing e KI.
Spitzkopje - Namíbia; Marambaia Minas Gerais, Rio Grande do Norte Brasil; Madagascar; Zimbábue; Tanzânia; Quénia; Sri Lanka; Índia;
Mianmar; Califórnia,Colorado,Connecticut e Maine - Estados Unidos da
América; Austrália; Paquistão; Afeganistão.
No Brasil as maiores aquamarines mineradas sempre foram
encontradas em Marambaia, Minas Gerais. A mais pesada tinha 110 kg,
e suas dimensões eram de 48,5 cm de comprimento e 42 cm de
diâmetro. A sua cor varia desde o azul claro ao azul esverdeado ou até
mesmo de tons escuros. São raros os exemplares com um azul intenso
e sem tons esverdeados, a maioria das águas-marinhas com um azul
perfeito foram sujeitas a tratamentos especiais, o principal é o
aquecimento da gema. Este tratamento elimina os tons esverdeados
fazendo com que a gema fique com um aspecto mais impressionante.
Contudo nem sempre as pessoas preferiram assim, algumas pessoas
preferem os tons naturais por ser mais parecido com o azul do mar.
Aquamarine ou Água-marinha é uma gema da família do berilo
azul, relativamente próxima à esmeralda. Essa pedra preciosa é
chamada assim porque, como a água do oceano, pode ter vários tons
de azul. Ficou conhecida como a pedra dos marinheiros e acredita-se
que dê sorte para quem viaja. A cor vem da presença de ferro em sua
composição e, quanto mais forte o azul, maior o valor.
LÁPIS-LAZÚLI
Lápis-lazúli
Lápis-lazúli , conhecido também como lápis, é uma rocha
metamórfica de cor azul utilizada como gema ou como rocha
ornamental desde antes de 7000 a.C. em Mehrgarh, na Índia, situado
nos dias de hoje no Paquistão. A sua cor, azul-escura e opaca, fez com
que esta gema fosse altamente apreciada pelos faraós egípcios, como
pode ser visto por seu uso proeminente em muitos dos tesouros
recuperados dos túmulos faraônicos. Trata-se de uma rocha, e não de
um mineral, porque é composta de vários minerais. A primeira parte do
nome, lapis, em latim, significa pedra. A segunda parte, lazuli, é a
forma genitiva no latim de lazulum, que veio do árabe (al)- lazward,
que veio do persa ‫الژور د‬, lāzhward, que veio do sânscrito Raja Warta,
significando "anel", "vida do rei". Lazúli era originalmente um nome,
mas logo veio a significar azul por causa de sua associação com a
pedra. A palavra em inglês azure, o azul espanhol e português e o
azzurro italiano são cognatos.
O componente principal do lápis-lazúli é o lazurita (25% 40%),
um
mineral
silicato
feldspatóide
de
fórmula
química
(Na,Ca)8(AlSiO4)6(S,SO4,Cl)1-2. A maioria do lápis-lazúli contém
também calcita (branca), sodalita (azul) e pirita (amarelo metálico).
Outros constituintes possíveis são augita, diópsido, enstatita, mica,
hauinite, horneblenda e noselita. Alguns contêm quantidades mínimas
de lollingite, rico em enxofre, variedade do geierite. O lápis-lazúli
ocorre geralmente em mármores cristalinos como resultado de
metamorfismo de contato. A sua melhor cor é o azul intenso, com
pequenos grãos de pirita dourada. Não deve haver nenhum veio de
calcita e as inclusões da pirita devem ser pequenas. As pedras que
contêm demasiadamente calcita ou pirita não são artigo de grande
valor. Os grão de pirita são uma ajuda importante em identificar a
pedra como genuína e não diminuem o seu valor. Frequentemente, os
lápis de qualidade inferior são tingidos para melhorar sua cor, mas
estes são frequentemente muito escuros - ficando azul acinzentado.
Lápis-lazúli
Os lápis mais valiosos vêm da área de Badakshan do Afeganistão.
Shortugai, um povoamento da civilização do Vale do Indo no rio Amu
Dária no norte do Afeganistão, situava-se perto de minas de lápislazúli. Esta fonte dos lápis pode ser a mais antiga das minas no
mundo, e as mesmas minas que operam ainda hoje podem ter
fornecido os lápis aos faraós e antigos sumérios. Usando esta fonte
antiga, os artistas do Vale do Indo lapidavam estas pedras, que
comerciantes negociavam nos locais mais distantes. Além dos depósitos
afegãos, os lápis são encontrados nos Andes perto de Ovalle, Chile,
onde são geralmente mais pálidos que o azul escuro. Outras fontes
menos importantes são a região do Lago Baikal na Rússia, a Sibéria,
Angola, Myanmar, Paquistão, EUA (Califórnia e Colorado), Canadá e
Índia.
O lápis com um polimento adequado pode ser usado em jóias,
caixas, mosaicos, ornamentos e vasos. Na arquitetura, foi usado nas
paredes e colunas dos palácios e das igrejas. Quando moído e
processado, dá origem ao pigmento para a têmpera (método de pintura
utilizado por artistas japoneses) e, mais raramente, pintura a óleo.
O pó de lápis-lazúli, depois de processado para remover as
impurezas, e uma vez isolado o componente lazurite, dá origem ao
pigmento ultramarine. Este azul livre, brilhante, era um do poucos
disponíveis aos pintores antes do século XIX, mas era de alto custo.
Quando a pintura de têmpera foi substituída pelo advento da pintura a
óleo no Renascimento, os pintores acharam que o brilho do ultramarine
ficava diminuído quando moído e misturado em óleo e isto, junto com
seu alto custo, conduziu a um declínio constante no seu uso. Desde que
a versão sintética do ultramarine foi descoberta no século XIX (junto
com outros azuis, tais como o azul do cobalto), a produção e o uso da
variedade natural quase cessou, embora diversas companhias ainda a
produzam e alguns pintores ainda sejam atraídos pelo seu brilho e pela
sua história romântica.
No antigo Egito o lápis-lazúli era a pedra favorita para amuletos
e ornamentos; foi usado também pelos assírios e pelos babilônicos nos
selos cilíndricos (locais onde se gravavam pinturas contando a história
do povo). As escavações egípcias que datam de 3000 a.C. continham
milhares de artigos como jóias, muitos feitos de lápis-lazúli. Os lápislazúlis pulverizados foram usados por senhoras egípcios como uma
sombra cosmética para os olhos.
Como inscrito no capítulo 140 do Livro dos Mortos egípcio, o
lápis-lazúli, na forma de um olho, foi considerado um amuleto de
grande poder. No último dia do mês, oferecia-se este olho simbólico,
porque se acreditava que, nesse dia, um ser supremo colocou tal
imagem em sua cabeça. Os antigos túmulos reais sumérios de Ur,
situados perto do rio Eufrates no baixo Iraque, continham mais de 6000
estatuetas belamente executadas, de lápis-lazúli, de pássaros, cervos,
e roedoras bem como pratos, grânulos, e selos de cilindro. Estes
artefatos vieram indubitavelmente do material minado em Badakhshan
no norte do Afeganistão.
OLHO DE TIGRE
Olho de Tigre
Olho de tigre é uma gema que exibe acatassolamento
apresentando normalmente cor amarela a vermelho-marrom, com um
lustre sedoso. Trata-se de crocidolita silicificada, um clássico
exemplo de pseudomorfismo. Uma variedade não totalmente silicificada
é chamada olho de falcão. Um membro do grupo do quartzo, suas
propriedades físicas e visuais são idênticas ou muito próximas às
propriedades de um cristal simples de quartzo.
As gemas são geralmente lapidadas em cabochão para melhor
exibirem o efeito de acatassolamento. Pedras de cor vermelha são
obtidas por tratamento térmico. Pedras cor-de-mel são usadas para
imitar a muito mais valiosa variedade de crisoberilo olho-de-gato
(cimófano), porém, o efeito final não é convincente.
Ferro tigre (tiger iron) é uma rocha alterada composta de olhode-tigre, jaspe vermelho e hematita negra. As camadas de cores e
listras onduladas e contrastantes fazem dela um atrativo. É usado como
material ornamental em várias aplicações, de gemas facetadas em
cabochão (gemas convexas polidas) a cabos de facas. Junto com o
olho-de-tigre é encontrado e explorado sobretudo na América do Sul e
Austrália Ocidental. Outras notáveis fontes de olho-de-tigre incluem:
EUA, Canadá, Namíbia, Índia e Mianmar.
ALEXANDRITA
Alexandrita lapidada
Alexandrita bruta
Alexandrita ou alexandrite é uma variedade do mineral
crisoberilo e uma pedra preciosa muito apreciada e de grande valor.
Muda sua cor de acordo com a luz: à luz natural é geralmente verdeoliva, mas à luz artificial assume cor vermelha. O crisoberilo algumas
vezes pode conter minúsculas inclusões em forma de agulhas,
paralelas, que refletem uma luz prateada e ondulante (efeito de
acatassolamento). Quando lapidada em cabochão, a alexandrita é
conhecida como Olho de Gato. O seu nome homenageia o Czar
Alexandre II da Rússia. As histórias contam que foi descoberta em
1830 no mesmo dia que o Czar Alexandre II fazia aniversário e o seu
nome foi dado à pedra.
É uma das pedras mais caras, sendo encontrada nos Montes Urais
na Rússia e no município de Antônio Dias em Minas Gerais.
Uma das mais místicas pedras. É uma "esmeralda" de dia e um
"rubi" de noite. À luz do dia é verde e, com luz artificial, vermelha.
Quanto mais espessas as pedras, maior a facilidade de se ver a
mudança de cor.
ÔNIX
Ônix
É uma variedade da ágata. Também é chamado de "pedra unha".
Usado com frequência para confecção de camafeus. O ônix preto era
muito valorizado para contas de rosários (terços). O livro "The Magick
of Kiram, King of Pérsia" publicado em 1686 afirmava que era possível
ficar invisível usando-se um anel de ônix! Existem ônix com variadas
cores uns de faixas brancas alternando-se com preto, marrom,
vermelho e preto.
Ônix vermelho
OPALA
Opala
O mineralóide Opala é sílica amorfa hidratada, o percentual de
água pode chegar a 20%. Por ser amorfo, ele não tem formato de
cristal, ocorrendo em veios irregulares, massas e nódulos. Tem a
fratura conchoidal, brilho vítreo, dureza na escala de Mohs de 5,5-6,6 e
uma cor altamente variável.
A opala varia do branco direto incolor, azul leitoso, cinza,
vermelho, amarelo, verde, marrom e preto. Frequentemente muitas
destas cores podem ser vistas simultaneamente, em decorrência de
interferência e difração da luz que passa por aberturas regularmente
arranjadas dentro do microestrutura da opala, conhecido como difração
de Bragg.
Estas aberturas são preenchidas com silicone secundário e dão
forma a "lamellae" finas dentro da opala durante a solidificação. O
termo opalescente é usado geral e erroneamente para descrever este
fenômeno original e bonito, que é denominado corretamente de jogo da
cor. Contrário a isto, opalescente é aplicado à leitosa aparência turva
de terra comum ou opala do potch. Potch não mostra um jogo da cor.
As veias da opala que indicam o jogo da cor são frequentemente
muito finas, e esta causou métodos incomuns de preparar a pedra
como uma gema. Uma opala doublet é uma camada fina de material
colorido, suportada por um mineral preto, como basalto ou obsidiana. O
revestimento protetor mais escuro enfatiza o jogo da cor, e resultados
em uma exposição mais atrativa do que um potch mais claro. Dado a
textura das opalas, podem ser completamente difíceis de polir a um
lustre razoável. As partes traseiras cortadas triplet, o material colorido
com um revestimento protetor escuro, e têm então um tampão do
espaço livre com quartzo (cristal de rocha) no alto, que faz exame de
um lustrador elevado, e agem como uma camada protetora para a
opala comparativamente delicada.
Além das variedades de gema que mostram um jogo da cor, há
outros tipos da opala comum, tais como: opala leite (um azulado
leitoso a esverdeado); opala resina (mel-amarelo com um lustre
resinoso); opala madeira (causado pela recolocação do material
orgânico na madeira com opala); Menilite (marrom ou cinza) e
hialite, uma opala vidro-desobstruído incolor chamado às vezes Vidro
de Müller.
Opala de fogo
Menilite
A opala é um mineralóide gel que é depositado em temperatura
relativamente baixa para escorrer nas fissuras de quase todo tipo de
rocha, geralmente sendo encontrado nas formações ferríferomanganesíferas, arenito, e basalto. A palavra opala vem do sânscrito
upala, do Grego opallios e do latim opalus, significando "pedra
preciosa."
Uma fração grande da opala do mundo vem da Austrália. A cidade
de Coober Pedy, em particular, é uma das principais fontes. As
variedades terra comum, água, geléia, e opala de fogo são encontradas
na maior parte no México e Mesoamérica.
Assim como ocorrem naturalmente, as opalas de todas as
variedades sintéticas estão disponíveis experimental e comercialmente.
O material resultante é distingüível da opala natural por sua
regularidade; sob a ampliação, os remendos da cor são vistos para
serem arranjados em forma de "pele de lagarto" ou "chicken wire"
padrão. Os sintéticos são distinguidos mais dos naturais pela falta de
reflexo fosforecente sob luz UV. As sintéticas são, também, geralmente
de densidade mais baixa e freqüentemente mais porosas.
Dois notáveis produtores do opala sintética são as companhias
Kyocera e Inamori do Japão. A maioria das opalas chamadas
sintéticas, entretanto, são denominadas mais corretamente de
imitações, porque contêm as substâncias não encontradas na opala
natural (por exemplo, estabilizadores plásticos). As opalas de Gilson
vistas frequentemente na jóia do vintage são, na realidade, um vidro
laminado consistindo imitação com os bocados da folha interspersed.
A Opala também é encontrada no Brasil, municipío de Pedro II,
localizado no ao Norte do Estado Piauí. A reserva de opala da cidade
de Pedro II, no Piauí, é a única de qualidade nobre no Brasil que,
juntamente com as reservas australianas formam as únicas reservas de
opala com importância no planeta. As reservas de opala de Pedro II
estão estimadas em: 12 milhões, 469 mil, 354 gramas de reserva
medida; 50 milhões, 269 mil, 416 gramas de reserva indicada e 38
milhões, 529 mil. 230 gramas de reserva inferida.
A opala, pedra preciosa conhecida por produzir lampejos das sete
cores do arco-íris, tem sua maior jazida brasileira na cidade piauiense
de Pedro II.
OLIVINAS
Peridoto
Os membros do grupo das olivinas são constituídos por silicatos
de magnésio e ferro, com fórmula química (Mg,Fe)2SiO4, formando uma
solução sólida em que a razão Fe/Mg varia entre os dois extremos.
Sendo esses extremas a forsterita Mg2SiO4 e a faialita Fe2SiO4.
Este mineral dá ainda o nome a um grupo de minerais com estrutura
semelhante (o grupo da olivina) que inclui os minerais monticellite e
kirschsteinite. Os minerais do grupo da olivina cristalizam no sistema
ortorrômbico, e são nesossilicatos.
Fosterita
Faialita
É um dos minerais mais comuns na Terra, tendo também sido
encontrada em rochas lunares, em meteoritos e inclusive em rochas de
Marte.
A olivina apresenta-se geralmente com cor verde-oliva ou
amarelo-claro, apesar de poder apresentar uma cor avermelhada
devido à oxidação do ferro. Tem fratura concoidal, sendo bastante
friável. Pensa-se que a cor verde seja devida à presença de pequenas
quantidades de níquel. O hábito das olivinas é normalmente granular e
maciço.
A olivina transparente é por vezes usada como gema
joalharia, sendo geralmente designada como perídoto. Também
vezes chamada crisólito. As melhores amostras de olivina
qualidade gemológica têm sido obtidas de um jazigo constituído
rochas do manto, na iIlha Zabargad, no Mar Vermelho.
em
por
de
por
A olivina ocorre em rochas ígneas máficas e ultramáficas e ainda
como mineral primário em algumas rochas metamórficas pois cristaliza
a partir de magma rico em magnésio e pobre em sílica, o qual dá
origem à formação de rochas máficas e ultramáficas, como gabro,
basalto, peridotito e dunito. A olivina ou as suas variantes estruturais
de alta pressão constituem cerca de 50% do manto superior, tornando
a olivina um dos minerais mais comuns do planeta, em volume. O
metamorfismo de dolomite impura ou de outras rochas sedimentares
com alto teor de magnésio e baixo teor de sílica, pode produzir
forsterite.
RUBI
Rubi
O nome rubi vem do latim "Ruber" que significa vermelho. O Rubi
é uma variedade do mineral corindon (óxido de alumínio) cuja cor é
causada principalmente pela presença de crômo. Os rubis naturais são
excepcionalmente raros, mas produzem-se rubis artificialmente que
são comparativamente baratos.
O rubi é minerado na África, Ásia e na Austrália. Eles são mais
comuns em Myanmar, no Sri Lanka e na Tailândia, porém também são
encontrados em Montana e na Carolina do Sul nos EUA. Algumas vezes
ocorrem juntamente com espinelas nas mesmas formações geológicas
ocorrendo confusão entre as duas espécies: no entanto, bons
exemplares de espinelas vermelhas têm um valor próximo do rubi.
O rubi tem dureza 9 na escala de Mohs, e entre as gemas naturais
somente é ultrapassado pelo diamante em termos de dureza. As
variedades de corindon não vermelhas são conhecidas como safiras.
As gemas de rubi são valorizadas de acordo com várias
características incluindo tamanho, cor, claridade e corte. Todos os
rubis naturais contêm imperfeições. Por outro lado, rubis artificiais
podem não conter imperfeições. Quanto menor o número e menos
óbvias as imperfeições, mais caro é o rubi - a menos que não tenha
imperfeições (i.e., um rubi "perfeito") - então ele é suspeito de ser
fabricado artificialmente e seu status de gema sem preço não é
garantido. Alguns rubis manufaturados têm substâncias adicionadas a
eles para que possam ser identificados como artificiais, mas a maioria
requer testes gemológicos para determinar a sua origem.
O maior rubi estrela do mundo é o Rajaratna, que pesa 495 g. O
maior rubi estrela-dupla do mundo (com uma estrela de 12 pontas) é o
Neelanjali, pesando 274 g. Ambos pertencem à G. Vidyaraj de
Bangalore na Índia.
SAFIRA
Safira
Safira (do hebraico:
Sapir e do grego quer dizer "azul".) é
uma variedade da forma monocristalina de óxido de alumínio, (Al2O3),
um mineral chamado corindon. Pode ser encontrada na natureza sob a
forma de gemas ou produzida de forma sintética para uma infinidade
de aplicações
Chama-se safira a qualquer variedade de corindon de qualidade
gemológica que não seja de cor vermelha (a variedade vermelha do
corindon é o rubi). Pode ser incolor (safira branca ou leucossafira), azul
(devida, em parte, ao ferro), púrpura, dourada ou rósea, entre outras.
As cores devem-se à presença de cobalto, cromo, titânio ou ferro. A
safira azul, ao filtro de Chelsea, fica cinza a preta.
As safiras cor-de-rosa, amarelas, verdes, brancas e multicoloridas são frequentemente menos valorizadas do que a variedade
azul de mesma qualidade e tamanho. No entanto, a safira cor-derosa/alaranjada, designada por Padparacha ou Padparadja, é
altamente valiosa. Há também safiras que mudam de cor,
apresentando uma cor azul sob a luz do sol e uma cor púrpura sob a
luz artificial. Esta variedade de cores deve-se às impurezas na safira. A
safira pura é transparente. Traços de ferro e titânio dão a coloração
azulada.
Como o rubi, a safira tem o rutilo como inclusão frequente, além
de zircão (com halos pleocróicos, aparecendo como um ponto
luminoso), espinélio (em cristais octaédricos, comuns nas safiras de Sri
Lanka), mica, hematita, granada e outros minerais. Costuma ocorrer
em mármores, basaltos ricos em alumínio, pegmatitos e em
lamprófiros.
Safiras e rubis de qualidade gemológica podem ser facilmente
produzidos em laboratório, a baixo custo. As composições química e
física são idênticas às das gemas naturais correspondentes.
A safira é passível de confusão com cordierita, berilo, tanzanita,
espodumênio, cianita, topázio e outras gemas.
É produzida principalmente no Sri Lanka. Outros produtores são
Myanmar,
Tailândia,
Vietname
(em
basaltos,
no
sul
do
país),Turquestão, Índia, Quênia, Tanzânia, EUA e Austrália. As
melhores safiras vêm da Caxemira (Índia), da vila de Soomjam, mas as
jazidas estão praticamente esgotadas. Ótimas gemas vêm de Myanmar
(Ratnapura) e as maiores, da Austrália. É rara no Brasil, existindo no
Mato Grosso, Goiás, Santa Catarina e Minas Gerais.
Por tratamento térmico, a safira pode ficar tanto mais clara
quanto mais escura. A amarela fica incolor e a violeta fica rósea. Usamse temperaturas entre 1.500 °C e 1.800 °C, em forno elétrico, em
ambiente com oxigênio ou não, e o processo demora de duas horas a
três dias. Expostas a radiações, as safiras incolores ou róseas ficam
alaranjadas. A incolor ou amarelo-clara, sob ação dos raios X, fica
amarela, semelhante a alguns topázios.
A maior safira já encontrada tinha mais de 200 g no estado bruto
e foi achada em Ratnapura, Myanmar (antiga Birmânia). Das gemas
lapidadas, a maior de todas é a "Estrela da Índia", com 575 ct (ou 563
ct, segundo outras fontes), que está no Museu Americano de História
Natural de Nova Iorque. A "Logan" tem 423 ct e cor azul. A "Estrela da
Ásia", de 330 ct, está também nos Estados Unidos, na Smithsonian
Institution (Washington). É também famosa a safira "Ruspoli", de 135,8
ct.
Quando não serve para jóias, a safira é empregada em
esferográficas sofisticadas, equipamentos elétricos e óticos e em
janelas de fornalhas de alta temperatura. Safiras com impurezas de
titânio são usadas em lasers através de impulsos ultracurtos.
Em 1966, foi encontrada a maior safira estrelada (astérica), um
cristal de 63.000 quilates (=12,6kg).
Safira Long
TURMALINA
Os minerais do grupo da turmalina constituem um dos mais
complexos grupos de minerais de silicato quanto à sua composição
química, sendo todos eles ciclossilicatos. Trata-se de um conjunto de
minerais de silicato de boro e alumínio, cuja composição é muito
variável devido às substituições isomórficas (em solução sólida) que
podem ocorrer na sua estrutura. Os elementos que mais comumente
participam nestas substituições são o ferro, o magnésio, o sódio, o
cálcio e o lítio. A palavra turmalina é uma corruptela da palavra
turamali do cingalês para pedra que atrai a cinza (uma referência às
suas propriedades piroeléctricas).
A turmalina apresenta uma grande variedade de cores.
Geralmente as turmalinas ricas em ferro vão desde o preto ou pretoazulado ao castanho escuro; aquelas ricas em magnésio são castanhas
a amarelas e as turmalinas ricas em lítio apresentam-se praticamente
em todas as cores do arco-íris, azul, verde, vermelho, amarelo ou corde-rosa etc. Muito raramente são incolores. Os cristais bicoloridos e
multicoloridos são relativamente comuns, refletindo variações da
composição do fluido durante a cristalização. Os cristais podem ser
verdes numa extremidade e cor-de-rosa na outra ou verdes no exterior
com interior cor-de-rosa (este último tipo é por vezes chamado
turmalina melancia).
A turmalina é encontrada em dois tipos principais de ambientes
geológicos. Rochas ígneas, em particular o granito e os pegmatitos
graníticos e nas rochas metamórficas como o xisto e o mármore. O
schorl e as turmalinas ricas em lítio são geralmente encontradas em
granitos e pegmatitos graníticos. As turmalinas ricas em magnésio
(dravites), estão limitadas aos xistos e aos mármores. Além disso, a
turmalina é um mineral resistente e pode ser encontrada em
quantidades menores na forma de grãos em arenitos e conglomerados.
Todos
os
cristais
hemimórficos
são
piezoeléctricos
e
frequentemente também piroeléctricos. Quando aquecidos, os cristais
da turmalina tornam-se carregados electricamente - positivamente
numa extremidade e negativamente na outra, tal como uma bateria.
A turmalina é usada em joalharia, em manómetros e alguns tipos
de microfones. Nas jóias, a indicolita azul é a mais cara seguida pela
verdelita verde e pela rubelita cor-de-rosa. Ironicamente, a
variedade mais rara, a acroíta incolor, não é apreciada sendo a
menos cara das turmalinas transparentes
Indicolita
Verdelita
Rubelita
TURQUESA
Turquesa
Turquesa é uma gema geralmente de cor ciano opaca. As
variedades mais caras são a "robin's egg blue," (cor azul do céu). As
inferiores são esverdeadas. A turquesa que se desvanece na cor é
também inferior. A turquesa é um fosfato de alumínio com pequenas
quantidades de cobre e ferro. A gema é apenas ligeiramente mais dura
do que o vidro.
Em épocas antigas, turquesa foi usada pelos Egípcios e foi
retirada por eles na Península do Sinai. Existem depósitos importantes
no Irã perto de Nishapur e também no sudoeste americano. A
turquesa era considerada a pedra nacional da Pérsia e usada
intensamente na decoração de objetos. A Turquesa é usada por
artesãos Nativos Americanos especialmente os trabalhadores em
metais da tribo de índios americanos navaho.
A turquesa, juntamente com o coral, é usada extensivamente em
joalheria no Tibete e na Mongólia. A turquesa é encontrada na China e
retirada das minas para venda a outros países, mas não é usada em
joalheria. Algumas esculturas são feitas da mesma maneira que
esculturas com jade
ESPINÉLIO
Espinélio
O espinélio verdadeira é desde há muito conhecida em aluviões
do Sri Lanka e em calcários de Mianmar e Tailândia. É ainda explorada
no Tadjiquistão e Tanzânia.
Os espinélios geralmente ocorrem como cristais isómetricos,
octaédricos, geralmente maclados. Apresentam clivagem octaédrica
imperfeita e fractura concoidal. A sua dureza na escala de Mohs é 8 e
são transparentes a opacas com brilho vítreo a baço. Podem ser
incolores, mas geralmente ocorrem em tons variados de vermelho,
azul, verde, amarelo, castanho ou negro. Existe também uma espinela
branca, hoje em dia desaparecida, que foi encontrada durante algum
tempo no Sri Lanka.
Os espinélios vermelhos e transparentes são chamados de
espinélios-rubis ou rubis-balas e eram muitas vezes confundidas
com verdadeiros rubis na antiguidade. A palavra balas deriva de
Balascia, o nome antigo de Badakhshan, uma região na Ásia central
situada no vale superior do rio Kokcha, um dos principais afluentes do
rio Oxus. O espinélio amarela é chamada rubicela e o espinélio de
manganês de cor violeta, de almandina.
O espinélio pode ser encontrado em rochas metamórficas e
também como mineral primário em rochas básicas, pois em magmas
deste tipo há ausência de alcalis não permite a formação de feldspatos,
e qualquer óxido de alumínio presente formará corindon ou combinarse-á com magnésio para formar espinélio. É por este motivo que
muitas vezes o rubi e os espinélios são encontrados juntos.
Muitos rubis, famosos por se acharem incrustados em coroas da
realeza são, na verdade, espinélios. A mais famosa é a 'Black Prince's
Ruby', um espinélio de 170 quilates, de um vermelho magnífico, que
adorna a coroa imperial do estado entre as jóias da coroa britânica. O
rubi de Timur, uma gema vermelha de 352 quilates, atualmente
propriedade da Rainha Elizabeth II, tem a marca de alguns imperadores
que o possuíram antes, conferindo-lhe inegável prestígio.
Coroa do Tesouro Britânico. Na parte de trás fica a safira Stuart e no topo a safira
St. Edward, datada de 1042. Na frente, o rubi Black Prince (que na verdade é um
espinélio)
Apreciada atualmente pela sua própria natureza, o espinélio é
uma das pedras preciosas preferidas dos negociantes e colecionadores
de gemas devido ao seu brilho, dureza e ao largo espectro de cores
deslumbrantes.
O espinélio é uma gema resistente, perfeita para a indústria da
joalharia. Facetada, o mais das vezes é talhada em forma oval ou
circular, sendo muito difícil de encontrar em tamanhos calibrados dada
a sua raridade.
OBSIDIANA
Obsidiana
Obsidiana é um tipo de vidro vulcânico, formado quando a lava
esfria rapidamente, por exemplo, fluindo sobre água. Consiste em 70%
ou mais de sílica (SiO2-dióxido de silício). A obsidiana não é um
mineral verdadeiro por não ser cristalino e, além disso, é muito similar
na composição ao granito e riólito. É classificada às vezes como um
mineralóide.
As cores da obsidiana variam, dependendo da presença das
impurezas. Ferro e magnésio tipicamente dão à obsidiana uma cor
verde escura a preta. A inclusão de pequenos cristais brancos,
aglomerados radiais de cristobalite produzem um padrão manchado ou
de "floco de neve". Pode conter bolhas de ar, restantes do fluxo da
lava, alinhados ao longo de camadas criadas como a rocha derretida
estava fluindo antes de ser refrigerada. Estas bolhas podem produzir
efeitos interessantes tais como um reflexo dourado ou do arco-íris. As
pepitas pequenas de obsidiana que naturalmente foram arredondadas e
alisadas pelo vento e pela água são chamadas de "lágrimas de apache".
A obsidiana é relativamente macia, com uma típica dureza de 5 a 5,5.
Obsidiana é usada geralmente para finalidades ornamentais,
porque possui a propriedade peculiar de apresentar uma aparência
diferente de acordo com a maneira como é cortada. Quando o corte for
num sentido a superfície apresenta um preto bonito; quando cortado
através de outro sentido aparece cinza.
Porco, escultura em obsidiana "floco de neve" (10 cm)
A obsidiana foi usada em determinadas culturas da idade da
pedra porque pode ser fraturada para produzir lâminas afiadas ou
cabeças de seta. Como todo o vidro e alguns outros tipos de rochas
naturais, a obsidiana fractura-se de forma conchoidal. Pode também
ser lustrada para criar espelhos.
Na era pré-colombiana o uso da obsidiana na Mesoamérica era
sofisticado para produzir esculturas e ferramentas. As lâminas de
obsidiana podem ter uma borda de corte tão fina como os bisturis de
aço cirúrgico de qualidade muito elevada. Os mesoamericanos fizeram
também um tipo de espada com lâminas de obsidiana montados em
um corpo de madeira. Entre os astecas, essa espada tinha o nome de
macuahuitl.
Obsidiana (Pontas de flechas e lanças)
TOPÁZIO
O topázio é um mineral nesossilicato de flúor e alumínio de
fórmula química Al2[(F,OH)2SiO4]. É bastante utilizado em joalharia e
classificado como pedra semipreciosa.
Topázio incolor, Minas Gerais, Brasil
Cristaliza no sistema ortorrômbico e seus cristais são na maior
parte prismáticos terminados ou não por faces piramidais,
frequentemente apresentando pinacóide basal. Tem uma perfeita
clivagem basal e por isso as gemas ou outros espécimes finos devem
ser seguradas com cuidado para evitar que apareçam falhas de
clivagem. A fratura é concoidal e desigual.
O topázio tem uma dureza de 8 e um brilho vítreo. Quando puro
é transparente mas em geral matizado por impurezas; em termos de
cor o topázio típico apresenta-se cor de vinho ou amarelo-claro. Pode
também ser branco, cinza, verde, azul, ou amarelo-avermelhado e
transparente ou translúcido. Quando aquecido, o topázio amarelo
torna-se frequentemente rosa-avermelhado.
Topázio Azul
Topázio Imperial
O topázio ocorre em pegmatitos, veios de quartzo de alta
temperatura e em cavidades existentes em rochas ácidas como granito
e riólito e pode ser encontrado associado com fluorita e cassiterita.
Pode ser encontrado nas montanhas Urais e Ilmen (Rússia), na
República Checa, Saxônia, Noruega, Suécia, Japão, Brasil, México, e
Estados Unidos.
O nome "topázio" é derivado do grego topazos ("buscar"), que
era o nome de uma ilha no Mar Vermelho difícil de encontrar e da qual
uma pedra amarela (atualmente acredita-se que fosse uma olivina
amarelada) era minerada em tempos antigos. Na Idade Média, o nome
topázio conhecido era usado como referência a qualquer gema
amarela.
REFERÊNCIAS






Hurlbut, C. S., 1966 pr, Dana's Manual of Mineralogy, 17th ed., ISBN 0-471-03288-3
Hurlbut, C. S.; Klein, Cornelis, 1985, Manual of Mineralogy, 20th ed., ISBN 0-471-80580-7
Deer, W. A., Howie, R. A., Zussman, J. (1992). An introduction to the rock-forming minerals (2nd
ed.). Harlow: Longman ISBN 0-582-30094-0
Gemological Institute of America, GIA Gem Reference Guide 1995, ISBN 0-87311-019-6
http://webmineral.com/data/Opal.shtml Webmineral: Opal
http://mindat.org/min-3004.html Mindat.org: Opal
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