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Prescrição
em Foco
Ano 1 • n° 2 • Vol 1 • Agosto 2014 • ISSN 2358-1158
Automedicação - Uma triste realidade
Pesquisas sondam como os brasileiros lidam com os medicamentos
68%
RECOMENDAM
medicamentos
67%*
46%
NÃO
leem a bula
27%
AUMENTAM
a dose por conta
76%
CONSOMEM
NUNCA
respeitam a
prescrição
por indicação
Estudos on-line
Dicas importantes para
acessar estudos e metanálises
Siglas e abreviações
* MONTEIRO, PP, et al. Farmácia de Auto-medicação. Disponível em: http://www.saudeemmovimento.com.br/
revista/artigos/cienciasfarmaceuticas/v1n1a15.pdf. Acesso em abril 2014. 29. DEPARTAMENTO DE PESQUISAS
DO ICTQ. Pesquisa – Uso Racional de Medicamentos, 2014.
Evitar para não confundir
Eficácia MBE
Editorial
Que a automedicação é um hábito dos brasileiros, isso todo mundo sabe.
Mas uma pesquisa feita em doze capitais brasileiras deu a dimensão exata
do problema: 76% dos entrevistados compram e tomam medicamentos por
conta própria e 68% indicam medicamentos para amigos e familiares. Nesta
edição de Prescrição em Foco, esses e outros dados da pesquisa Uso Racional de Medicamentos são comentados por três especialistas, o infectologista
Juvencio José Duailibe Furtado, o endocrinologista Márcio Mancini e o gastroenterologista Jaime Eisig. Eles analisam os resultados da pesquisa e indicam o que pode ser feito para que o uso racional de medicamento comece a
ser uma realidade no país.
Na seção Informação Essencial analisamos um hábito frequente na hora de escrever prescrições e outros documentos médicos: o uso de abreviaturas. Como a questão ainda não está devidamente regulamentada, um parecer
do Conselho Regional de Medicina de São Paulo recomenda que abreviaturas e siglas sejam evitadas sempre que
isso for possível, para não dar margem a erros de interpretação ou de leitura.
E duas bibliotecárias da Bireme dão um roteiro para encontrar as informações necessárias para a prática diária
da Medicina Baseada em Evidências. Veronica Abdala e Rosemeire Rocha Pinto listam portais e plataformas que
disponibilizam estudos clínicos e metanálises no Brasil e no exterior, e dão dicas de como utilizá-las no dia a dia.
Entre outras coisas, elas indicam portais onde as informações são disponibilizadas gratuitamente e outros em que
é exigido registro prévio.
Boa leitura!
Sumário
Eficácia MBE
Evidências a Dois Cliques.............................................................. 3
Em Consulta
Pacientes Doutores.............................................................................. 4
Informação Essencial
Abreviar sem Confundir....................................................................6
Responsabilidade
Aché promove formação profissional e social de
jovens .............................................................................................................. 7
Algumas fontes de informação disponíveis com
acesso gratuito, porém controlado, são:
• Portal Saúde Baseada em Evidências – <http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/
periodicos> –, do Ministério da Saúde em parceria com
a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (Capes/MEC), permite acesso rápido ao conhecimento científico por meio de publicações atuais e sistematicamente revisadas. Acesso gratuito, mas controlado.
Alguns portais canadenses:
• Health Evidence – <http://www.healthevidence.
org> – portal com foco na saúde pública.
• RX for change – <http://www.cadth.ca/en/resources/
rx-for-change>.
• Health Systems Evidence: <http://www.healthsystemsevidence.org>.
Evidências a dois
Cliques
Medicina Baseada em Evidências pode ser traduzida
como o resultado obtido através da comprovação científica, associada à sua aplicabilidade clínica.
Nesta entrevista, duas bibliotecárias da BIREME–
OPAS, Veronica Abdala, gerente de Serviços Cooperativos de Informação e de Produção de Fontes de Informação, e Rosemeire Rocha Pinto, supervisora do Serviço
de Atenção ao Usuário, dão um roteiro sobre as principais plataformas on-line, que permitem acesso a textos
do cenário científico na área da saúde em tempo real.
Como é feita a pesquisa?
Os sistemas de informação atuais fazem pesquisas por
palavras ou termos compostos, pois reconhecem as
palavras-chave ou descritores de assunto, permitindo
resultado mais preciso.
Na área da saúde existe um vocabulário estruturado que apresenta a terminologia e sinônimos, conhecido como Descritores em Ciências da Saúde – DeCS –
<http://decs.bvs.br/>. Esse vocabulário foi desenvolvido
a partir do Medical Subject Headings – MeSH, permitindo a consulta dos documentos nos idiomas português, inglês e espanhol, e conta com mais de 30 mil termos. Esta terminologia é utilizada internacionalmente
para entrada e recuperação de documentos nas bases de
dados em saúde. Você pode pesquisar diretamente por
descritor de assunto DeCS. Clique na opção “Localizar
descritor de assunto”.
Acesso gratuito, porém controlado, demanda registro do profissional de saúde ou informação.
Parte dessas fontes ou bases de dados possibilita
acesso à pesquisa, mas nem sempre ao texto completo
do documento, que precisa ser solicitado a um serviço de envio de documentos disponível em bibliotecas
da área da saúde ou diretamente pelo SCAD – <http://
scad.bvs.br/php/index.php> – Serviço Cooperativo de
Acesso a Documentos da BIREME.
Onde/quais bases de dados é possível pesquisar?
Portal de Pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde –
BVS – <http://bvsalud.org> – permite acesso aberto gratuito a todo conteúdo na íntegra. Inclui:
• Base de dados LILACS – Literatura Latino Americana em Ciências da Saúde – <http://lilacs.bvsalud.org> – que
permite acesso aberto gratuito a todo conteúdo na íntegra.
• Portal de Evidências da BVS – <http://evidences.
bvsalud.org>.
• Cochrane Library, uma das mais importantes fontes
de informação para a pesquisa de evidências científicas
em saúde, no BVS.
Comprovação científica
associada à sua aplicabilidade clínica é o conceito central da MBE
Alguns, como o Portal de Pesquisa da BVS –
<http://bvsalud.org/> – e Pubmed – <http://www.ncbi.
nlm.nih.gov/pmc/> – possuem interface amigável para
estes dispositivos móveis (smartphones e tablets).
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Em Consulta
Pacientes doutores
Duas pesquisas – a maior delas em andamento – analisam, entre outros aspectos, um hábito arraigado entre os brasileiros: a automedicação. A primeira, Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de
Medicamentos no Brasil – PNAUM, iniciada em 2013 pelo Ministério da Saúde, de âmbito nacional, avalia questões
como o uso racional de medicamentos e a automedicação e foi motivada por dados estatísticos – o uso indevido
de medicamentos provoca a cada ano, no Brasil, cerca de 10 mil internações por intoxicação e mais de 500 mortes.
Outra pesquisa, Uso Racional de Medicamentos, feita pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade Industrial
– ICTQ, foi conclusiva: a maioria dos brasileiros pratica o uso irracional dos medicamentos com ênfase na automedicação. Prescrição Aché ouviu as opiniões de três especialistas, os médicos Juvencio José Duailibe Furtado, chefe
do Departamento de Infectologia do Hospital Heliópolis; Márcio Mancini, endocrinologista do Hospital das Clínicas
da Faculdade de Medicina da USP, e Jaime Eisig, chefe do Grupo do Estômago e do Ambulatório de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Os resultados do ICTQ revelam que a automedicação é
uma prática frequente no país: 76% dos entrevistados consomem remédios indicados pela família, amigos, colegas e
vizinhos; 68% recomendam para outras pessoas os remédios que lhes fizeram bem; 67% nunca respeitam os horários prescritos para o tratamento; 27% às vezes aumentam
a dose do medicamento por conta própria para potencializar seu efeito e 32% não leem as informações sobre data de
fabricação e validade.
Na opinião do Dr. Juvencio, a automedicação e a
medicação por indicação sempre ocorreram ao longo da
história do Brasil, enxerga a automedicação como resultado do difícil acesso ao atendimento médico, assim como
o Dr. Mancini: “A população em geral não tem fácil acesso à saúde, existem muitas farmácias e poucos postos de
saúde, sem contar que nunca todos estão em pleno funcionamento. Se todo mundo pudesse procurar o médico
quando precisasse e fosse bem atendido, talvez pudéssemos
diminuir o uso indiscriminado de qualquer tipo de medicação”, diz. Para o infectologista, o Brasil tem índices
altos em relação aos países desenvolvidos quando se fala
em automedicação, mas mesmo nos Estados Unidos, onde
a venda dos medicamentos é mais controlada, supermercados e farmácias vendem livremente alguns remédios, o
que, na opinião dele, não está errado quando se tem uma
população bem informada.
Dr. Juvencio considera um grande avanço a exigência
da prescrição médica na venda de antibióticos, determinação obtida após uma campanha iniciada pela Federação
Brasileira de Infectologia.
Muita farmácia, pouco posto
Dr. Eisig acredita que a automedicação é um dos pilares do
uso irracional dos medicamentos. “Na nossa especialidade,
a facilidade de se usar medicamentos vendidos nas gôndolas de farmácias e supermercados pode trazer um prejuízo
muito grande aos pacientes que compram influenciados
pelas propagandas da mídia e também por ‘palpites’ dos
amigos e parentes”, diz. Já para o Dr. Mancini, essa situação pode mudar com a melhora do acesso ao atendimento
primário à saúde e com a melhora do padrão financeiro da
população favorecendo a contratação de planos privados
de saúde. No Brasil, quase toda medicação tem uma faixa
vermelha onde se lê “venda sob prescrição médica”, isso é
racional, mas não é respeitado.
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mente, os resultados clínicos não são satisfatórios, já que
alguns medicamentos devem ser utilizados regularmente
em horários específicos, pois agem com maior eficácia, por
exemplo, em jejum”. Para o Dr. Mancini, a baixa adesão
ao tratamento é extremamente comum, assim como pular o horário ou mesmo alguns dias de tratamento, como
interromper uma semana ou mais para comprar o medicamento, mesmo quando é de uso contínuo. Para reverter
este quadro, é necessária a orientação médica ao paciente.
Dietas milagrosas versus educação
Ao comentar o comportamento de 68% dos entrevistados
pelo ICTQ que alegaram recomendar a amigos e familiares
os remédios que usaram e aprovaram, Dr. Mancini diz que
isso é mais comum quanto mais “natural” for o remédio:
“Se for fitoterápico ou chás é como troca de receitas de
cozinha, alguns indivíduos apresentam esse traço: querem
medicar as outras pessoas sem serem médicos”. Critica
também as dietas da moda: “Infelizmente, a obesidade não
é vista pela maioria das pessoas como uma doença, fruto
da mídia que estampam, semanalmente, nas capas de suas
revistas, centenas de dietas absurdas. Alguns medicamentos
para obesidade são vendidos somente com retenção de receita médica, mas há remédios indicados para outras doenças, que se forem divulgados em matéria jornalística que
podem ajudar a emagrecer, alguns indivíduos são capazes
de ir com o jornal ou a revista na farmácia para perder
alguns quilos”. Para ele, assim como para o Dr. Juvencio,
somente com educação e aumento do nível sociocultural o
problema pode ser enfrentado. Segundo o infectologista:
“A educação em saúde tem de ocorrer de forma ampla.”. A
pesquisa do ICTQ revela que 50% dos entrevistados carregam medicamentos na bolsa ou carteira, o que pode alterar
seus efeitos terapêuticos em consequência da variação de
temperatura. Em relação às campanhas sobre o uso racional de medicamentos, a pesquisa mostrou que 61% dos
entrevistados já receberam folhetos ou viram cartazes ou
campanhas de TV ou rádio orientando sobre os riscos da
automedicação. Apesar disso, 20% já consumiram medicamentos com tarja vermelha e 18% consumiram antibióticos sem prescrição nos últimos 12 meses.
Outro dado alarmante é o desrespeito a horários prescritos da medicação e aumento da dose por conta própria
por 32% dos entrevistados.
Dr. Jaime informa que trabalhos realizados pelo grupo
que chefia no Hospital das Clínicas mostraram aderência
reduzida ao tratamento, mesmo por aqueles que receberam cuidados e recomendações médicas. “Consequente-
Possíveis soluções
Nossos entrevistados são unânimes em ressaltar a necessidade de campanhas públicas e privadas. O gastroenterologista Jaime Eisig acha que a campanha para uso correto de
medicamentos deve ser feita pelos órgãos governamentais
e não especificamente pelas sociedades médicas, que dariam suporte e apoio. O Dr. Mancini também considera as
campanhas importantes, mas defende outra medida de impacto econômico: “Quando a venda sem receita pesar no
bolso, ou seja, com receita o remédio custar mais barato ou
for subsidiado, o paciente vai procurar assistência médica e
não comprar remédio por conta própria”, diz. Dr. Juvencio
afirma que uma campanha de longo prazo é essencial, pois
a constância na educação é importante. Atingir o máximo
da população pode ser mais eficaz, para tanto poderiam
contar com apoio das diversas mídias, visto que qualquer
casa, até as mais humildes, tem televisão, ao contrário de
décadas atrás. Ele defende campanhas nos noticiários, novelas, programas de humor, no rádio e nos jornais.
O Aché Laboratórios, em ação contínua através da
Campanha Respeito Pela Prescrição e Pela Adesão ao Tratamento, reforça junto à classe médica a importância e o
protagonismo dos mesmos na comunicação com a população para que os dados alarmantes apresentados sejam reduzidos ao longo dos próximos anos e para que se entenda
a importância da adesão correta aos tratamentos prescritos.
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Informação essencial
Responsabilidade
V.O.
Gt SG
Abreviar sem confundir
V
E amp
MCG
O uso de abreviaturas, símbolos, siglas e expressões não
turas desconhecidas para não ocasionar incompreensões
padronizadas na prescrição médica para indicar o medipor ambiguidades, obscuridades, prolixidades, omissões,
camento ou mencionar dose, frequência e via de admiequívocos. Nos prontuários em suporte de papel, é obriganistração é uma causa recorrente e conhecida de erros
tória a legibilidade da letra do profissional que atendeu o
de medicamentos. As prescrições eletrônicas diminuem
paciente (Resolução CFM nº 1.638/02).
erros e eventos adversos em até 80%.*
Critica-se amplamente o uso inadequado e abusivo de
Abreviar tem duas grandes vantagens: ganha-se tempo
reduções, taquigrafias, regionalismos já que siglas e abreviaao escrever documentos médicos e tem-se o máximo de inforções poderão ocasionar, em relação aos muitos consultores
mação com o menor número de palavras. Seria perfeito, não
dos prontuários, ou pacientes e farmacêuticos na leitura das
fosse o risco de ocorrerem erros de interpretação. No Hospital
prescrições, justo constrangimento ou falsa compreensão. Há
Albert Einstein, o Manual Farmacêutico informa que compriregionalismos, siglas restritas a especialidades, siglas com várias
mido pode ser abreviado como CP ou comp; gotas como Gt
interpretações, o que impossibilita a compreensão do escrito,
e gt e centímetro cúbico como cm3 ou cc. Já o Hospital Sírio
tornando especialmente inadequada a anotação dos diagnóstiLibanês, em suas Regras Para Segucos e prescrições em forma de siglas.
rança do Paciente Relacionadas à
Em 2005, o Conselho ReO PROTOCOLO DE SEGURANÇA NA PRESCRIPrescrição de Medicamentos, proígional
de Medicina de São Paulo –
ÇÃO, USO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
do
MINISTÉRIO
DA
SAÚDE
recomenda
que
be as abreviações de nomes de meCREMESP – respondeu à consulta
os medicamentos sejam prescritos sem o uso
dicamentos; abreviações para lado
de um profissional que perguntava
de abreviaturas, pois seu uso aumenta a chandireito e lado esquerdo e quaisquer
como deve ser o uso de siglas e abrece de erro de medicação.
medidas em centímetro cúbico, opviaturas em prontuários e se existem
Caso seja indispensável em meio hospitalar, a
tando por mililitros. O objetivo das
normas para uso. O parecer aprovainstituição deve elaborar, formalizar e divulgar
duas instituições ao lançar seus pródo na época, em resumo, afirmava:
uma lista de abreviaturas padronizadas, de
prios manuais sobre o tema é o mescomo não existe padronização nem
modo a promover a adequada comunicação
entre os membros da equipe de saúde. Essa lismo: evitar possíveis confusões na
normas rígidas, o uso regional, insta
não
deve
conter
abreviatura
de
“unidades”
grafia e entre letras e números que
titucional e mesmo individual de
(U) e “unidades internacionais” (UI), utilização
possam provocar erros e prejudicar
determinadas abreviações torna
de fórmulas químicas (KCl, NaCl, KMnO4 e ouo paciente, já que até hoje não existe
impossível decifrar-se documentos
tras) e nomes abreviados de medicamentos
uma padronização para as abreviaou prontuários médicos em deter(HCTZ, RIP, PEN BEZ, MTX, SMZ-TMP e outros).
turas de termos médicos no Brasil.
minadas oportunidades. E por este
O Conselho Federal de Memotivo, sempre que possível, as sidicina (CFM), pela Resolução nº 1.638/02, de uma forma
glas e abreviações devem ser evitadas, para reduzir a possibilisimplificada define prontuário como conjunto de docudade de erros de interpretação e suas consequências.
mentos relativos à assistência prestada a um paciente. É
De acordo com o parecer do CREMESP, a questão do
fundamental que todos os profissionais que lidam com
uso de siglas e abreviaturas é muito importante, e por esse
o enfermo façam ali suas anotações. Pressa, negligência,
motivo deve ser discutida por sociedades e instituições da
desconhecimento sobre como preencher e outras circunsárea médica para que haja uma padronização. Como esta
tâncias concorrem para a má utilização do prontuário que
padronização ainda não existe, o CREMESP recomenda:
é um elo entre os profissionais da equipe assistencial. Reevite as abreviaturas sempre que possível quando escrever
comenda-se, portanto, que a linguagem seja clara, concisa,
uma prescrição ou qualquer outro documento médico.
sem códigos pessoais, sem excesso de siglas, sem abreviaDesta forma pode-se evitar erros e suas consequências.
Aché promove formação profissional
e social de jovens
Vencedor pela segunda vez do selo Empresa Parceira da Formação Profissional, Aché se destaca
pela educação de jovens em vulnerabilidade social
Por meio do programa Aprendiz, o Aché oferece
formação profissional e social a jovens em situação de
vulnerabilidade social, com idade entre 18 e 20 anos e
que residam em Guarulhos. Os selecionados pela companhia recebem aulas teóricas e práticas, com conteúdo técnico-pedagógico supervisionado pela
Fundação Iochpe e ministradas por
colaboradores voluntários do Aché.
O processo de formação é
desenvolvido no Aché, durante 10 meses, com atividades
teóricas e práticas de auxiliar administrativo e auxiliar
de produção farmacêutica.
As aulas práticas são realizadas em diversas áreas da
companhia, onde os jovens
são apresentados a questões
técnicas e comportamentais –
sob orientação de um profissional responsável. Os alunos também participam de aulas especiais
que tratam de questões sociais cotidianas
e auxiliam na reflexão sobre as atitudes em sociedade, como política, religião, trabalho e sexualidade.
“O diferencial do trabalho realizado é que buscamos focar não somente na qualificação profissional dos
nossos alunos, mas também trabalhar o comportamento social, formando cidadãos responsáveis”, explica Patrícia Regina Alves, responsável pelo programa.
Responsabilidade social de destaque
A primeira turma do programa Aprendiz foi formada em julho deste ano. Dos 64 alunos que concluíram o curso, seis foram contratados pelo Aché.
Os demais jovens tiveram seus currículos encaminhados à rede de relacionamento da companhia, com
o objetivo de recolocá-los no
mercado de trabalho.
Por conta do destaque
na educação profissional e
social de jovens, o programa
Aprendiz recebeu, em abril,
o Selo Empresa Parceira
da Formação Profissional,
concedido pela prefeitura
de Guarulhos para empresas
que promovem inclusão profissional de jovens. Essa é a segunda vez que o Aché é premiado
com o selo.
O prêmio – criado em 2011 com
apoio da Secretaria de Relações do Trabalho e
Emprego – é destinado a empresas e instituições de ensino que se destacam em programas de formação e qualificação profissional. Uma comissão escolhe as nove
principais empresas que se destacam no quesito e contribuem ativamente para a inserção de jovens e adultos
no mercado de trabalho.
Copyright© 2014 SCIO Conteúdo Colaborativo Ltda.
Realização: SCiO Conteúdo Colaborativo Ltda.
Gerente Comercial: Renato Almeida • Editor: Márcia Cordás • Editor de arte: Mônica Ishizaka
Jornalista Responsável: Mari Menda • Fotos: arquivo Prescrição Em Foco e banco de imagens.
E-mail para contato: [email protected]
Rua professor Olbiano Gomes de Melo, 571 - Aclimação 04104-090.
Esta publicação conta com apoio do Aché Laboratórios Ltda. Material de distribuição exclusiva à classe médica.
* Carvallho M, et al. Erros médicos em pacientes hospitalizados. J Pediatr 2002; 78(4):261-8.
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