Fundamentos básicos de eletricidade

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Eletricidade
Professor Valdeckson Burgo Pequeno
Sumário
-Fundamentos básicos de eletricidade......................................................................... 03
-Associação de resistores e circuitos em corrente contínua..................................... 13
-Magnetismo e Eletromagnetismo................................................................................. 25
-Circuitos elétricos em corrente alternada................................................................... 39
-Sistema trifásico............................................................................................................ 51
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Fundamentos básicos de eletricidade
O átomo:
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Estrutura Atômica
A figura abaixo é a representação esquemática de um átomo de Bohr.
Elétron (-)
Núcleo(+ ou 0)
Este átomo é composto por um núcleo e por uma ou mais camadas de elétrons
(eletrosfera). O núcleo é composto de prótons (carga eletrica positiva) e neutrons (carga
elétrica neutra).
Carga Elétrica
Foi descoberto experimentalmente que a carga de um elétron é igual a 1,6.10 -19 C.
Ou seja, um material que possui n elétrons terá uma carga elétrica Q igual a:
Q  n.e
, onde e = 1,6.10-19 C e n é o número de elétrons.
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O QUE É ELETRICIDADE?
Vamos falar um pouco a respeito da eletricidade:
Você já parou para
pensar que está
cercado de
eletricidade por todos os lados?
Na realidade, a eletricidade é invisível.
O que percebemos são seus efeitos como:
Esses efeitos são devidos a:
Tensão Elétrica; Corrente Elétrica; Resistêcia Elétrica; Potência Elétrica; Energia
Elétrica.
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Conceitos:
Tensão Elétrica:
É a força que movimenta os elétrons, ou força que impulsiona os elétrons livres nos fios
condutores, também conhecida como Diferença de Potencial (d.d.p.) ou Força
Eletromotriz (f.e.m.).
 Símbolo é o ( V ), podendo também ser o ( U ) ou ( E );
 A unidade é o Volt ( V );
 Instrumento de medida é o voltímetro, ligado em paralelo com a carga.
Corrente Elétrica:
É o movimento ordenado de elétrons no interior dos condutores.
 Símbolo é o ( I ) - Intensidade de corrente;
 A unidade é o Ampére ( A );
 Instrumento de medida é o amperímetro, ligado em série com a carga.
Resistência Elétrica:
É a força que se opõe ao movimento dos elétrons.
 Símbolo é o ( R );
 A unidade é o Ohm (  );
 Instrumento de medida é o ohmímetro, ligado a cargas desenergizadas.
Potência Elétrica:
Capacidade do elétron de realizar trabalho na unidade de tempo.
 Símbolo é o ( P );
 A unidade é o Watt ( W );
 Instrumento de medida é o wattímetro, ligado em série-paralelo com a carga.
Energia Elétrica:
Capacidade do elétron de realizar trabalho com o passar do tempo.
 Símbolo é o ( E );
 A unidade é o Watt-hora ( Wh );
 Instrumento de medida é o wattímetro-hora, ligado em série-paralelo com a carga.
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Condutores e Isolantes
Chamamos de condutor o corpo que possui elétrons livres em sua estrutura cristalina,
de forma análoga, o corpo que não possui esta propriedade é chamado de isolante.
São exemplos de Condutores: ferro, prata, ouro, cobre e alumínio.
Exemplos de materiais Isolantes: Madeira, plástico, vidro e mica.
Isolante
Condutor
Princípio da Atração e Repulsão
Cargas de mesmo sinal se repelem, e cargas de sinais diferentes se atraem.
Corrente Elétrica (A) em um material condutor
É o fluxo ordenado de elétrons que vai sempre do menor potencial para o maior
potencial (do mais negativo para o mais positivo).
Condutor
+
-
Q
, onde Q é a quantidade de carga em C e ∆t é o intervalo de tempo
t
gasto pelos elétrons para atravessar o material.
C
Unidade: [ I ]   A (Ampère)
s
Intensidade: i 
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Corrente Contínua e Alternada
Corrente alternada é aquela que alterna (muda) de sinal com o passar do tempo.
Exemplos:
+
+
+
t
-
-
+
+
-
-
+
+
-
t
Corrente contínua é aquela que não alterna no decorrer do tempo. Ou seja:
+
+
+
t
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Múltiplos e Submúltiplos
TERA (T) = 1012
GIGA (G) = 109
MEGA (M) = 106
KILO (k) = 103
Exemplo: Converta
UNIDADE = 1 = 100
10-3
MILI (m) =
MICRO (μ) = 10-6
NANO (n) = 10-9
PICO (p) = 10-12
G
M
k
un
9
6
3
0
542,2kV em MV
= 0,5422MV
5000000V em kV
= 5000kV
3,5MV em kV
= 3500kV
12MV em V
= 12000000V
5,4kV em mV
= 5400000mV
0,00054mA em A
= 0,00000054 A
500μA em mA
= 0,5mA
12000μA em A
= 0,012 A
0,4MV em V
= 400000 V
123456mA em MA
= 0,000123456 MA
1245,765V em MV
= 0,001245765 MV
m
-3
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μ
n
-6
-9
Número de Zeros
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Resistor
É considerado como um elemento que converte energia elétrica em energia
térmica.
Simbologia:
Unidade: [R]  Ohm  
DEFINIÇÃO: Resistores são componentes que tem por finalidade oferecer uma oposição
à passagem da corrente elétrica, através de seu material.
Primeira Lei de Ohm
A corrente elétrica que atravessa um resistor linear (de resistência constante) é
proporcional à tensão aplicada em seus terminais, ou seja:
R
A
B
I
U
I
U
U
, desta forma, U  R  I e R  .
R
I
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LEI DE OHM – FORMULÁRIO
POTÊNCIA
V.I
R . I2
V2 / R
RESISTÊNCIA
V/I
P / I2
V2 / P
CORRENTE
P/V
V/R
P/R
TENSÃO
R.I
P/I
P.R
Obs. Lembrar que E = V = U
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Segunda Lei de Ohm – Resistividade()
Esta lei descreve as grandezas que influenciam na resistência elétrica de um condutor,
conforme cita seu enunciado:
A resistência de um condutor homogêneo de secção transversal constante é
proporcional ao seu comprimento e da natureza do material de sua construção, e é
inversamente proporcional à área de sua secção transversal. Em alguns materiais
também depende de sua temperatura.
A resistividade é uma grandeza característica do material de que é constituido o
resistor e que depende da temperatura do material.
A
R

 .L
A
L
R  Resistência ()
  resistividade (.m)
L  Comprimento (m)
A  Área (m2 ou mm2)
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Associação de resistores e circuitos em corrente contínua
a) Associação em Série
Neste tipo de associação todos os resistores são percorridos pela mesma corrente
elétrica, e a tensão total aplicada à associação é a soma das tensões aplicadas em
cada resistor, ou seja:
Rn
R2
R1
A
=
I
I
U1
B
=
I
Un
U2
UT
Características Elétricas Fundamentais:
UAB = UT
IT = I1 = I2 = ... = In
UT = U1 + U2 + U3 + ... + Un
RT = R1 + R2 + R3 + ... + Rn
b) Associação em Paralelo
Nesta associação todos os resistores têm a mesma tensão entre seus terminais, e em
contrapartida, a corrente total desta associação é a soma das correntes nos resistores, ou
seja:
R1
I1
R2
A
=
IT
B
=
IT
I2
Rn
In
UT
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Características Elétricas Fundamentais:
UT = UAB = U1 = U2 = U3 = ... = Un
IT = I1 + I2 + I3 + … +In
1
1
1
1
1
1



 ... 
ou então: RT 
1
1
1
RT R1 R2 R3
Rn

 ... 
R1 R2
Rn
Casos Particulares:
a) Dois Resistores
RT 
R1  R2 Multiplica

R1  R2
Soma
b) Resistores Iguais
RT 
R
n
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Geradores Elétricos
Chama-se de gerador elétrico a todo dispositivo ou equipamento que transforma
qualquer outra forma de energia em energia elétrica.
Força Eletromotriz do Gerador (E) – F.E.M.:
É a tesão nos terminais do gerador quando o mesmo não é percorrido por
nenhuma corrente elétrica. A FEM pode ser chamada também de tensão em vazio.
+
+
Simbologia associada:
E
Ri
-
Equação do Gerador:
+
E
U
Ig
U  E  Ri  I g
Ri
-
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Capacitores
Um capacitor consiste em dois condutores separados por um isolante. A principal
característica de um capacitor é a de armazenar cargas nesses dois condutores. Acompanhando essa carga está a energia que o capacitor pode fornecer.
Capacitância é a propriedade elétrica dos capacitores; é a medida da capacidade do
capacitor de armazenar cargas nos condutores. Especificamente, se a diferença de potencial entre os dois condutores é V volts quando existe uma carga positiva de Q
coulombs em um condutor e uma carga igual negativa no outro, o capacitor possui uma
capacitância de
QC V
onde C é o símbolo de capacitância.
A unidade SI de capacitância é o farad, em homenagem a Michael Faraday, cujo símbolo
é F. Mas o farad é uma unidade muito grande para aplicações práticas, sendo o
microfarad (F) e o picofarad (pF) mais comumente utilizados.
CONSTRUÇÃO DE UM CAPACITOR
Um tipo comum de capacitor é o de placas paralelas. Esse capacitar possui duas placas
condutoras espaçadas, que podem ser retangulares ou, o que é mais comum, circulares.
O isolante entre essas placas é chamado de dielétrico. O dielétrico pode ser o ar ou uma
fatia de um isolante sólido
Uma fonte de tensão conectada a um capacitor, faz com que o capacitor fique carregado.
Os elétrons da placa superior são atraídos pelo terminal positivo da fonte, passam pela
fonte para o terminal negativo e então são repelidos para a placa superior. Em virtude
dessa perda de elétrons pela placa superior e ganho de elétrons pela placa inferior, o
valor da carga Q é o mesmo para as duas placas. A tensão sobre o capacitor após essa
carga é igual à tensão da fonte. O trabalho realizado pela fonte no deslocamento dos
elétrons foi transformado em energia armazenada no capacitar, em um campo elétrico.
Para um capacitor de placas paralelas, a capacitância em farad é
onde A é a área de cada uma das placas em m 2, d é a distância em metros entre as
placas, e  é a permissividade do dielétrico em farads por metro (/m). Aumentando a área
das placas ou reduzindo a distância entre elas ou aumentando a permissividade do
dielétrico, teremos um aumento na capacitância.
A permissividade  é relativa ao comportamento atômico do dielétrico. A carga do
capacitor altera os átomos do dielétrico, fazendo com que eles formem uma região de
cargas negativas na superfície de cima do dielétrico e de cargas negativas na superfície
inferior. Essa carga do dielétrico neutraliza parcialmente os efeitos das cargas
armazenadas, de forma a permitir um aumento na carga para o mesmo valor de tensão.
A permissividade do vácuo designada por 0 é 8,85 pF/m. A permissividade de outros
dielétricos são referidas à do vácuo por um fator designado por constante dielétrica ou
permissividade relativa, representada por r A relação é =r0 A constante dielétrica do ar
é 1,0006, do papel parafinado é 2,5, da mica é 5, do vidro é 7,5 e da cerâmica é 7500.
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CAPACITÂNCIA TOTAL
A capacitância total ou equivalente (CT ou Ceq) de capacitores em paralelo, pode ser
encontrada a partir da carga total armazenada e pela equação,
Q=CV
A carga total armazenada QT é igual à soma das cargas individuais.
QT = Q 1 + Q 2 + Q 3
Com a substituição de Q = CV para cada Q, a equação se transforma em
C T V = C1V + C2V + C3V.
Após uma divisão por V obtemos
CT = C1+ C2 + C3.
Esse resultado pode ser generalizado para qualquer número de capacitores. Dessa
forma, a capacitância equivalente de capacitores em paralelo é a soma das capacitâncias
individuais.
Para capacitores em série, a fórmula de capacitância total é obtida pela substituição de
Q/C para cada V na equação da malha. O Q em cada termo é o mesmo, pois quando um
capacitor se carrega cessa o fluxo de corrente, e estando em série cessa o processo de
carga dos outros capacitores assim que o primeiro se carregar.
A equação da malha é:
Vs = V1+ V2 + V3
Com a substituição de Q/C, a equação fica:
Q
Q Q
Q



CT C1 C 2 C 3
dividindo por Q e colocando CT em evidência, temos:
CT 
1
1 C1  1 C 2  1 C3  ...  1 C n
que especifica que a capacitância total de capacitores em série é igual ao inverso da
soma dos inversos das capacitâncias individuais. Observe que a capacitância total de
capacitores em série é obtida da mesma forma que a resistência total de resistores em
paralelo e para o caso especial de N capacitores em série com a mesma capacitância
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CT = C / N
e para dois capacitores em série podemos fazer:
CT = (C1x C2)/(C1 + C2)
ENERGIA ARMAZENADA
A energia armazenada em um capacitor, que pode ser comprovada por cálculos, é dada
por:
Wc  1 2 .CV 2
onde Wc é em joules, C em farads e V em volts. Observe que essa energia armazenada
não depende da corrente no capacitor.
CORRENTES E TENSÕES VARIÁVEIS NO TEMPO
Em circuitos CC resistivos, as correntes e tensões são constantes - nunca variam.
Quando algumas chaves são colocadas nesses circuitos, uma operação de chaveamento
pode fazer com que a tensão e a corrente mudem de um valor constante para outro, em
um intervalo de tempo igual a zero. Quando capacitores são incluídos, entretanto, a
tensão e a corrente nunca passam de um valor constante para outro em tempo zero.
Quando chaves são abertas ou fechadas. Algumas tensões ou correntes podem
inicIalmente mudar instantaneamente de valor, mas não para um valor final; elas
geralmente variam exponencialmente até atingirem o valor final. Essas tensões e
correntes variam no tempo.
Os símbolos para quantidades variáveis no tempo diferem das quantidades constantes
por serem representados por letras minúsculas. Por exemplo, v e i são símbolos para
correntes e tensões variáveis no tempo. Algumas vezes a letra minúscula t, para tempo, é
utilizada como argumento, como em v(t) e i(t). Os valores numéricos de v e i são
chamados valores instantâneos ou tensões e correntes instantâneas, porque esses
valores dependem do (ou variam com) exato instante de tempo.
Uma corrente constante é a relação entre a carga Q que passa por um ponto em um
condutor e pelo tempo T requerido para a passagem dessa carga: I = Q/T. A
especificação do tempo T não é importante, porque a carga em um circuito CC resistivo
flui a uma taxa constante. Isto significa que, dobrando o tempo, dobramos a carga,
triplicando o tempo, triplicamos a carga e assim por diante, mantendo I constante.
Para uma corrente variável no tempo, o valor de i se modifica a cada instante, Assim, para
encontrar a corrente em um determinado instante, é necessário trabalharmos com um
intervalo de tempo muito pequeno, t. Se q é a pequena carga que flui durante esse
intervalo de tempo, então a corrente é aproximadamente q/t. Para um valor exato de
corrente, esse quociente deve ser encontrado nos limites onde t se aproxima de zero.
i  lim
t o
q dq

t dt
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Esse limite, designado por dq/dt, é chamado de derivada da carga em relação ao tempo
CORRENTE NO CAPACITOR
Uma equação da corrente em um capacitor pode ser encontrada pela substituição q = C
V em i = dq/dt, ficando
I = C.(dv/dt),
observar que C é constante ficando fora da derivada.
Essa equação define que a corrente em um capacitor, em qualquer instante do tempo, é
igual ao produto da capacitância pela taxa de variação da tensão nesse instante, mas a
corrente não depende do valor da tensão nesse instante.
Se a tensão no capacitor é constante, então a tensão não está variando e portanto dv/dt é
zero, fazendo com que a corrente no capacitor seja zero. É claro que, a partir de
considerações físicas, se a tensão em um capacitor é constante, não existem cargas em
movimento, o que significa que a corrente é zero. Com uma tensão sobre ele e uma
corrente zero, o capacitor é um circuito aberto para circuitos CC. Lembre-se, entretanto,
de que somente após a tensão em um capacitor se tomar constante é que ele passa a se
comportar como um circuito aberto. Capacitores são sempre usados em circuitos para
bloquear correntes e tensões CC.
Outro dado importante a partir da equação i = C dv/dt é que a tensão em um capacitor
não pode mudar de um valor a outro instantaneamente. Se, por exemplo, a tensão em um
capacitor passar de 3V para 5V em um tempo zero, então V = 2V e t = 0, o que
resultará em uma corrente infinita. Uma corrente infinita é impossível, porque nenhuma
fonte pode fornecer essa corrente. Além do mais, uma corrente infinita produziria uma
potência infinita em um resistor, e não existem fontes de potência infinita nem resistores
capazes de absorver tal potência. A corrente em um capacitor não possui restrição similar
- ela pode variar instantaneamente em ambas as direções. Dizer que a tensão em um
capacitor não varia instantaneamente significa dizer que a tensão nesse capacitor antes
de uma operação de chaveamento é exatamente igual após o chaveamento. Este é um
fato importante na análise de circuitos RC (resistor e capacitor).
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CAPACITOR ALIMENTADO POR TENSÃO CC
Quando ocorrem chaveamentos de uma tensão CC em um circuito RC com um único
capacitor, todas as tensões e correntes variam exponencialmente a partir de um valor
inicial para o final, como pode ser visto nas equações diferenciais. Os termos exponenciais em expressões de tensão e corrente são chamados de termos transientes, porque
em circuitos práticos eles chegam a um valor final zero.
Mostra essa variação exponencial para uma operação de chaveamento no instante t = O
s.
A tensão e a corrente aproximam-se assintoticamente de seus valores finais,
graficamente falando, o que significa que nunca chegam realmente a esses valores. Mas
na prática, após cinco constantes de tempo (definida a seguir), elas estão tão próximas
desses valores finais que pode-se considerar que os tenham atingido.
A constante de tempo com símbolo  é a medida de tempo necessária para uma mudança
específica na tensão e na corrente. Para um circuito RC simples, a constante de tempo é
o produto da capacitância pela resistência de Thévenin "vista" pelo capacitor:
Fenômenos magnéticos e eletromagnetismo
Consideremos inicialmente o circuito abaixo, alimentado por uma tensão contínua,
formado por um resistor em série com um capacitor.
Quando o interruptor SW estiver aberto, não haverá corrente no circuito e portanto,
a tensão no resistor e no capacitor será nula.
Quando o interruptor for fechado, a tensão no resistor será igual a tensão da
bateria, pois o capacitor ainda está descarregado. Isto significa que no momento em que
o interruptor é fechado, a corrente no circuito será máxima, sendo dada por:
Io = E/R
A corrente continuará fluindo pelo circuito até que o capacitor fique completamente
carregado.
Desta forma, à medida que o capacitor se carrega a corrente vai progressivamente
diminuindo, até tornar-se praticamente nula.
Matematicamente a tensão no resistor é expressa por:
VR = E.e - t/RC (I)
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onde:
VR = tensão no resistor
E = tensão da fonte
e = 2,718 (constante)
t = tempo durante o qual a corrente circula
A tensão no capacitor será:
VC = E - VR (II)
Assim:
VC = E - E.e -t/RC (III)
Teremos então:
VC = E (1 - e -t/RC ) (IV)
A equação acima fornece a tensão no capacitor em um instante qualquer.
O produto RC recebe o nome de constante de tempo, normalmente representada
pela letra grega  (tau). A unidade de medida é o segundo (SI).
A constante de tempo é a mesma para a carga e descarga de um capacitor,
quando em série com um resistor.
Quando um capacitor carregado for posto em contato com um resistor, ocorrerá a
descarga do capacitor, segundo a equação:
VC = Eo . e -t/ (V)
I = Io . e - t/ (VI)
Através das equações (IV) e (V), pode-se levantar o gráfico universal que mostra
as variações percentuais da tensão em função das unidades RC (constante de tempo - )
Vejamos um exemplo:
Qual será a constante de tempo () quando um capacitor de 10F for associado a
um resistor de 330k?
Solução:
 = RC = 10x10 -6 . 330x10 3 = 3,3s (1 constante de tempo).
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O gráfico de carga e descarga é mostrado abaixo:
Do gráfico mostrado, pode-se levantar uma tabela com as porcentagens de carga e
descarga de um capacitor:
FATOR
0,2
0,5
0,7
1
2
3
4
5
VARIAÇÃO (%)
20
40
50
63
86
96
98
99
Uma constante de tempo significa que o capacitor carrega-se com 63% da tensão
de entrada. No processo de descarga, o fator será também de 63%.
Para melhor ilustrar, consideremos um circuito com um capacitor de 470F e dois
resistores de 100k, alimentado por uma tensão de 10V, conforme ilustra a figura:
Observa-se que no circuito a constante de tempo para a carga é igual para a
descarga. Quando o interruptor estiver posicionado em A, ocorrerá a carga do capacitor
através de R1; em B ocorrerá a descarga do capacitor através de R2.
O tempo para carga e descarga será:
 = RC = 470x10 -6 . 100x10 3 = 47 segundos
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Isto significa que a tensão no capacitor será de 6,3V após 1 constante de tempo,
ou seja, 47s.
A tabela abaixo ilustra melhor as tensões no capacitor no processo de carga e
descarga no circuito.
Constante de tempo
0,2
0,5
0,7
1
2
3
4
5
Tensão no capacitor
Tempo
Variação
Carga
9,4s
20%
2V
23,5s
40%
4V
32,9s
50%
5V
47s
63%
6,3V
94s
86%
8,6V
141s
96%
9,6V
188s
98%
9,8V
235s
99%
9,9V
Descarga
8V
6V
5V
3,7V
1,4V
0,4V
0,2V
0,1V
A figura abaixo mostra a curva de carga e descarga para o capacitor do circuito,
para 1 constante de tempo.
Se ao invés de chaves manuais para o processo de comutação (liga-desliga),
utilizarmos uma sucessão de pulsos quadrados fornecidos por um gerador, podemos
analisar simultaneamente o processo de carga e descarga na tela de um osciloscópio.
Para tanto, basta aplicar na entrada de um circuito composto por um resistor e um
capacitor, uma trem de pulsos quadrados.
Consideremos o conjunto de pulsos quadrados mostrado a seguir.
Durante o intervalo de 0 a 2ms a tensão nos terminais do gerador é 6V; no
intervalo de 2 a 4ms a tensão nos extremos do gerador será de 0V e assim
sucessivamente.
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Considerando o circuito abaixo.
circuito 3
Obteremos em função da tensão da tensão quadrada aplicada entre os pontos A e
B do circuito 3 e tensão resultante no capacitor em virtude do processo de carga e
descarga.
Essa tensão poderá ser vista na tela de um osciloscópio, conforme ilustra a figura abaixo.
Quando utiliza-se um osciloscópio de 2 canais, em um dos canais pode-se
visualizar a tensão aplicada na entrada do circuito, enquanto que no outro canal,
visualiza-se a tensão nos extremos do capacitor.
No instante 0-t1 o capacitor carrega-se, pois nesse intervalo de tempo a tensão de
entrada é máxima; no instante t1-t2 o capacitor descarrega-se, pois nesse intervalo de
tempo a tensão de entrada é nula.
A amplitude da tensão nos extremos do capacitor vai depender da constante de
tempo RC do circuito ou ainda, da freqüência da tensão do gerador.
Quando ocorre um aumento da constante de tempo ou um aumento da freqüência,
a amplitude da tensão nos extremos do capacitor diminui.
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MAGNETISMO E ELETROMAGNETISMO
Ímãs Permanentes
Magnetita, encontrada na natureza em estado bruto. Tem o poder de atuar metais
ferrosos.
Eletroímãs
Ímãs fabricados através de indução eletromagnética. Possuem a vantagem de poderem
ser desligados e de terem o poder de atração ou repulsão regulável.
Lei de Faraday
Só existe fenômeno induzido se o fenômeno indutor variar
Lei de Lenz
Todo fenômeno induzido se opõe a causa que o criou.
Correntes de Foucault
Corrente induzida sem sentido definido que aparece em superfícies metálicas que sofrem
variação de fluxo perpendicularmente a sua área. Provocam aquecimento do núcleo de
máquinas de indução.
Na maioria dos casos este aquecimento é prejudicial ao bom funcionamento da máquina.
Exceção: Forno de indução de metalúrgica.
Técnicas para atenuar os efeitos desta corrente:
 Laminar o núcleo metálico paralelamente a variação de fluxo.
 Isolar as lâminas antes de reuni-las
Utilizar na confecção do núcleo Ferro + Silício (maior resistência elétrica)
Fenômenos Magnéticos Fundamentais
A magnetite (Fe3O4 - óxido de ferro) é um minério que possui a propriedade de atrair
outros corpos.
A mesma propriedade pode ser adquirida por meio de tratamento especial, pelo ferro,
gusa e aço de forma acentuada, e em menor proporção pelo níquel, cromo, etc.
Estas propriedades e outras derivadas chamam-se fenômenos magnéticos.
Corpos que podem adquirir propriedades magnéticas são conhecidos como corpos
magnéticos; àqueles que já as possuem por sua natureza ou por tratamento especial
chamam-se corpos magnetizantes, como por exemplo os ímãs. Temos então ímãs
naturais ou artificiais, e estes últimos podendo ser permanentes ou temporários.
Ferro Doce produz ímãs temporários, já o Aço produz ímãs permanentes. Isto está
relacionado ao teor de carbono no material. Estes materiais são chamados de forma
genérica de ferromagnéticos.
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Os ímãs são constituídos de dois pólos, a saber Norte e Sul. A zona central é denominada
zona neutra, pois não tem polaridade definida e nela o efeito magnético é muito fraco.
A existência de um pólo Norte e outro Sul em um ímã permite sua utilização como
bússola. Seu pólo norte sempre apontará para o pólo sul da terra, ou pólo sul geográfico,
e vice-versa. Esta propriedade pode ser observada aproximando-se dois ímãs. Os pólos
de mesmo nome irão se repelir enquanto os de nome contrário irão se atrair.
Outra característica interessante dos ímãs é que quando partidos, as partes sempre se
organizarão de forma que metade seja pólo Norte e a outra metade seja pólo Sul. Isto
significa dizer que independentemente do tamanho do ímã, ele sempre terá dois pólos e
estes sempre ocuparão 50% da área do ímã. Claro que ímãs pequenos tem propriedades
magnéticas, por exemplo poder de atração e repulsão, menor que ímãs grandes.
A menor divisão possível, seguindo este raciocínio, se chamará ímã elementar. A
constituição atômica da matéria obedece este raciocínio, ou seja, o átomo pode ser
encarado como um ímã elementar.
Sendo assim, o fenômeno da magnetização é então a orientação destes ímãs
elementares, que originalmente estão dispostos de forma desordenada dentro da matéria.
Campo Magnético
Em volta de um corpo magnetizado existe uma região dentro da qual corpos
magnetizados ou que possam assumir este estado por indução, por exemplo, sofrem
ação de forças. Esta região é chamada de campo magnético, similar ao campo elétrico e
ao campo gravitacional.
Força Magnética
A força magnética pode ser calculada da seguinte forma, pela Lei de Coulomb para as
massas magnéticas:
m .m
F  k0 1 2 2
d , onde k0 é uma constante relacionada ao meio onde o fenômeno é
observado, e tem valor 1 para o ar; “m1“e “m2“são as massas magnéticas e “d” a
distâncias entre elas.
Se o fenômeno ocorre no ar e as massas são iguais, temos:
m2
F 2
d
O campo magnético é uma região do espaço onde corpos sofrem efeito magnético, como
já foi dito. Este efeito magnético pode ser maior ou menor dependendo da posição relativa
entre os corpos. A isto chamamos intensidade do campo magnético (H), que é uma
grandeza vetorial medida em Tesla (T). A intensidade de um Tesla age sobre a carga de
massa unitária com a força um Newton.
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Fluxo Magnético
O fluxo de indução ou de força que atravessa uma superfície, é o produto da intensidade
de campo (H) pela projeção da superfície sobre o plano normal ao vetor H. O fluxo pode
ser chamado ainda de densidade de campo magnético, devido a sua relação com a área.
  S n .H
onde Φ é o fluxo em Weber (Wb) , Sn é a projeção da superfície normal ao vetor H em m
2 e H é a intensidade do campo magnético em Tesla (T).
aplicando à figura:
  S .H . cos 
obs.: sendo a área perpendicular ao vetor H, teremos cos α = 1 e então   S.H .
Fenômenos Eletromagnéticos
Os fenômenos eletromagnéticos são aqueles decorrentes da interação de um campo
magnético e de um campo elétrico, particularmente pela interação entre um campo
elétrico gerado pela passagem da corrente em um condutor e o campo magnético no qual
este condutor está imerso.
Estes fenômenos regem o funcionamento de motores e transformadores, ou seja, regem
todo o sistema industrial de nossa sociedade.
O físico dinamarquês OERSTED realizou a seguinte experiência:
Uma agulha magnética suspensa pelo centro de massa e livre, foi colocada paralelamente
a um condutor retilíneo. Quando começa a circular corrente contínua pelo condutor a
agulha começa a deslocar-se em uma superfície normal ao condutor. Invertendo-se a
polaridade da corrente contínua, o movimento da agulha também se inverte em 180º.
Daí foi possível deduzir que no espaço que circunda um condutor energizado existe um
campo magnético, que terminará quando a corrente for interrompida. O sentido do campo
depende do sentido da corrente.
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A regra da mão esquerda ajuda a definir o sentido do campo em torno de um condutor
energizado, tendo como conhecido o sentido da corrente (de menos para mais – sentido
eletrônico).
O polegar aponta o sentido eletrônico da corrente enquanto os outros dedos abraçam o
condutor mostrando o sentido do campo.
Solenóide
O solenóide é um conjunto de espiras, ou seja, de voltas de fio. Observe as figuras. A
linha ao centro é o eixo do solenóide.
Pelo que se vê nas figuras, nota-se que um solenóide tem pólo Norte e Sul, ou seja, atua
como um ímã, ou melhor, um eletroímã. Invertendo o sentido da corrente no solenóide,
inverte-se a localização dos pólos.
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A regra da mão esquerda pode ser aplicada a um solenóide, como uma adaptação. Agora
os dedos, exceto o polegar, acompanharão o sentido da corrente e o polegar apontará o
pólo Norte.
Quando ocorre sobreposição de dois campos, gera-se um campo resultante. O campo
resultante B fica intensificado em todos os pontos internos do núcleo e em todos os
pontos externos próximos de suas extremidades magnéticas, ou seja, região frontal aos
pólos Norte e Sul. Por outro lado fica enfraquecido na zona externa lateral a superfície do
núcleo.
Do exposto acima chegou-se a uma relação entre H(campo magnético principal) e
B(campo magnético resultante).
 = B/H
Esta relação recebe o nome de permeabilidade magnética do material. É adimenssional e
característica de cada material. Indica a aptidão que um determinado material possui em
reforçar um campo magnético inicial, ou seja:
B=.H
No ar, nos gases e em todos os materiais não magnéticos  =1, ou seja, B = H.
As características magnéticas de cada material, como a permeabilidade, estão ligadas à
sua estrutura atômica e molecular, daí a variação de um material para outro. Sendo
assim adicionando ao ferro corpo
Ação da força magnética entre condutores retilíneos
Um condutor retilíneo percorrido por uma corrente I e imerso em um campo B, fica sujeito
a uma Força F.
F = B.I.L sem (I.B). O sentido da força é dado pela regra da mão esquerda.
Tendo dois condutores paralelos percorridos por I1 e I2 separados por d. cada corrente
gera um campo magnético que exerce força no outro condutor.
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1º caso: I1 e I2 no mesmo sentido
usando a regra da mãe esquerda, temos duas forças
produzindo um efeito de atração entre os cabos.
2º caso: I1 e I2 em sentidos opostos
usando a regra da mão esquerda, temos agora duas
forças produzindo repulsão entre os cabos
Lei de Ampére
B.(2. .d )  .I
que resulta em
.I
2. .d
Para calcular a F de atração ou repulsão entre os
cabos, faremos:
B
B1 
.I1
2. .d considerando o condutor 1, e sabendo
que entre I2 e B1 o ângulo é de 90º teremos:
.I 1 .I 2 .L
F2  B1 .I 2 .L.sen90º 
2. .d
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FERROMAGNETISMO
Torna-se conveniente escrevermos o vetor indução magnética total B no interior do
solenóide como a soma de dois termos: B = B 0 + BN, em que B0 refere-se ao campo
criado apenas pela corrente elétrica que flui através das espiras do solenóide e B N referese ao campo adicional devido ao núcleo.
Os materiais constitutivos dos núcleos magnéticos podem estar em três categorias.
Diamagnéticos: são substâncias nas quais B é ligeiramente menor que Bo, ou seja, o
campo magnético adicional BN do núcleo contribui para diminuir o campo do solenóide.
Nesse grupo podem ser incluídos o cobre (Cu), o bismuto (Bi), o antimônio (Sb), o
chumbo (Pb) e a água.
O diamagnetismo está associado aos momentos magnéticos orbitais dos elétrons nos
átomos ou moléculas que constituem a substância em questão. Por isso, está presente
em todas as substâncias embora, na maioria, com uma intensidade tão pequena que sua
presença é mascarada por outros comportamentos. Nos supercondutores, parece que o
diamagnetismo é forte o suficiente para que o campo magnético resultante no interior da
amostra seja nulo.
Ao aplicar um campo magnético a uma substância qualquer, cada elétron que se move
nos átomos ou moléculas fica sujeito a uma força adicional que provoca uma perturbação
no seu movimento, equivalente a uma velocidade adicional e, portanto, uma mudança no
seu momento magnético orbital.
Paramagnéticas: são substâncias que fazem com que B seja apenas ligeiramente maior
que Bo, isto é, o campo magnético adicional B N do núcleo contribui muito pouco para
aumentar o campo do solenóide. Nesse grupo se enquadra a maioria das substâncias
como, por exemplo, manganês (Mn), cromo (Cr), estanho (Sn), alumínio (AI), platina (Pt) e
o ar.
Átomos ou moléculas com camadas atômicas incompletas, como no caso dos elementos
de transição, das terras raras e dos actinídeos, têm momentos magnéticos permanentes
devido aos momentos magnéticos intrínsecos (associados aos spins) dos elétrons dessas
camadas. As substâncias compostas de tais átomos ou moléculas são paramagnéticas. A
presença de um campo magnético externo produz um torque que tende a alinhar os
momentos magnéticos na mesma direção do campo, causando o aparecimento de uma
certa magnetização. Nos metais, o paramagnetismo é também devido a um alinhamento
dos momentos magnéticos associado aos spins dos elétrons de condução. O alinhamento
não é perfeito devido às colisões entre os átomos ou moléculas, se a substância está na
fase gasosa, ou devido às vibrações microscópicas associadas à energia interna, se está
na fase sólida. A substância adquire, então, uma magnetização, quando colocada num
campo magnético externo, muito menor do que a máxima possível. Portanto, a substância
é atraída pelo imã que cria o campo com uma pequena força.
Ferromagnéticas: são substâncias que fazem com que B seja centenas de vezes maior
que Bo (em alguns casos, até milhares de vezes maior); em outras palavras, o campo
magnético adicional BN do núcleo é muitas vezes maior que o campo Bo criado apenas
pela corrente que circula no solenóide. Nesse grupo temos: ferro (Fe), cobalto (Co), níquel
(Ni), gadolínio (Gd), disprósio (Dy) e algumas ligas especiais como o aço temperado.
As substâncias ferromagnéticas têm uma magnetização permanente que surge da
tendência natural de alinhamento dos momentos magnéticos permanentes de seus
átomos ou moléculas, tendência essa fruto de suas interações mútuas. O resultado
dessas interações é um alinhamento perfeito dos momentos magnéticos em regiões
chamadas domínios, cujas dimensões vão de 10 a 0,001 milímetros cúbicos. Como a
direção de alinhamento é diferente de um domínio para outro, a magnetização da
substância pode ser nula ou muito pequena. Isso acontece, por exemplo, com um pedaço
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de ferro não magnetizado. Num campo magnético externo ocorre o aumento de tamanho
dos domínios favoravelmente orientados às custas dos demais e o desvio angular dos
momentos magnéticos de cada domínio, tendendo a um melhor alinhamento com o
campo externo. O resultado final é uma grande magnetização e a substância transformase num imã. Por outro lado, devido ao efeito desalinhador das vibrações microscópicas
associadas à energia interna, para cada substância ferromagnética existe uma
temperatura, chamada temperatura de Curie, acima da qual a substância se torna
paramagnética. À temperatura ambiente são ferromagnéticos o ferro, o níquel, o cobalto e
o gadolínio, com temperaturas de Curie de 770 °C, 365 °C, 1075 °C e 15 °C,
respectivamente.
O ferromagnetismo é um processo físico no qual certos materiais eletricamente
descarregados atraem atraem fortemente outros materiais. Iodestone (ou magnetita, um
óxido de ferro, FeO) e ferro são dois materiais encontrados na natureza que têm a
capacidade de adquirir forças atrativas e por isso são frequentemente chamados
ferromagnéticos naturais. Eles foram descobertos a mais de 2000 anos atrás e serviram
de base para os primeiros estudos científicos do magnetismo. Hoje em dia os materiais
ferroelétricos são usados numa ampla variedade de aparelhos essenciais do dia-a-dia
como por exemplo motores elétricos, geradores, transformadores, telefones e autofalantes.
As propriedades de um ferroelétrico têm como base a simetria de seu cristal. Os cristais
que possuem um ou mais eixos polares apresentam o fenômeno da piezoeletricidade
que consiste em provocar uma deformação mecânica através da aplicação de um campo
elétrico e vice-versa. Os cristais que possuem apenas um eixo polar podem adquirir
cargas de sinais opostos sobre suas faces perpendiculares quando submetidos a uma
variação de temperatura. Este fenômeno é chamado de piroeletricidade. Quando, através
de um campo elétrico, pode-se inverter o sentido dessa polarização, acontece o
fenômeno da ferroeletricidade.
Temperatura de Curie
Quando aquecido a uma certa temperatura chamada temperatura de Curie, a qual é
diferente para cada substância, os materiais ferroelétricos perdem suas propriedades
características e deixam de ser magnéticos tornando-se paramagnéticos, no entanto, eles
tornam-se novamente ferromagnéticos quando submetidos a um resfriamento.
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Lei de Faraday
Michael Faraday, físico inglês (1791 – 1867), descobriu, simultaneamente embora
independentemente, que um campo magnético pode gerar uma corrente elétrica.
A Lei de Faraday diz que: “Uma força eletromotriz (fem) induzida é produzida por uma
variação do campo magnético”.
Isto significa dizer que corrente contínua pura, que resulta em campo magnético
constante, não pode ser responsável por fenômenos induzidos. Estes fenômenos só
poderão ser produzidos por corrente alternada ou contínua pulsante. No caso da corrente
contínua pura haverá indução apenas no momento em que a fonte CC é ligada, pois
neste momento haverá uma variação de campo magnético.
Lei de Lenz
Heinrich Friedrich Lenz, físico estoniano (1804 – 1865) enunciou a seguinte lei: “A fem
induzida no circuito fechado gera uma corrente induzida cujo campo magnético se
opõe à causa que determinou sua origem”.
O princípio físico encontrado nesta lei é usado particularmente em freios
eletromagnéticos.
Curva de Histerese Magnética
Eixo vertical “B”
Eixo horizontal “B0 “
Origem “a”
A curva se desenvolve seguindo a ordem
alfabética.
No ponto “a” poucas partículas do núcleo estão
orientadas de acordo com o campo magnético
externo. Mas, à medida que Bo aumenta de
intensidade, mais e mais partículas vão se
orientando, até que no ponto b praticamente
todas (+/- 70%) estarão alinhadas com o campo
externo, ou seja, o núcleo atingiu a imantação
de saturação. A partir desse ponto, se Bo continuar a aumentar, B aumentará muito
lentamente e para que 98% das partículas se orientem, Bo deverá aumentar milhares de
vezes acima de seu valor no ponto b.
Agora começamos a reduzir o campo externo Bo diminuindo a corrente I. Quando I = 0
(ponto c do gráfico) as partículas não estão totalmente
desalinhadas. Algum magnetismo permanece no núcleo de ferro
(imantação residual ou remanescente). Esta imantação residual
depende, entre outras coisas, diretamente do teor de carbono do
núcleo, de forma que materiais duros, ou seja, com alto teor de
carbono (ferro fundido), tem elevado magnetismo residual, se
prestando a produção de ímãs permanentes. Por outro lado, uma
curva com valores baixos para ac e af (como se vê ao lado), ocorre
para materiais moles, ou seja, com baixo teor de carbono, por
exemplo o chamado "ferro doce". Tais materiais são preferíveis
para uso em eletroímãs controláveis, isto é, não permanentes.
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A partir do ponto “c” se a corrente mudar de sentido, essas partículas podem ser desalinhadas de modo que B = O no ponto d. O campo gerado no sentido contrário gera uma
força desmagnetizante conhecida como Força Coercitiva. Se a corrente continuar a
aumentar de intensidade, o núcleo tende a atingir o ponto de saturação em sentido oposto
(ponto e). Finalmente, se a corrente é novamente reduzida a zero e depois aumentada no
sentido inicial, o campo total segue o caminho efgb do gráfico, retomando novamente ao
ponto de saturação (ponto b), e fechando com isto o que se conhece como Curva de
Histerese Magnética.
Observe que o campo não retoma ao valor inicial (ponto a) nesse ciclo. O fato de a curva
não retomar sobre si mesma pelo mesmo caminho é denominado histerese (do grego
hysteresis, atraso).
Um material ferromagnético pode ser desmagnetizado.
Isso é conseguido fazendo-se a corrente de magnetização
inverter repetidamente seu sentido enquanto sua
intensidade diminui gradativamente no ponto de inversão.
O resultado é a curva mostrada no gráfico 3. As cabeças
de gravação de um gravador de fita cassete atuam dessa
maneira quando o equipamento está na função de
"apagar" o conteúdo da fita.
Correntes de Foucault
Essas correntes induzidas, denominadas correntes de Foucault - em homenagem ao
físico francês Jean Bernard Léon Foucault (1819-1868) -, são induzidas em massas
metálicas que sofrem variação perpendicular de fluxo magnético. Por não terem sentido
definido costumam ser chamadas de correntes em redemoinho.
As correntes de Foucault, ao circularem num condutor metálico com pequena resistência
elétrica, podem atingir intensidades elevadas, o que provoca a dissipação de grandes
quantidades de energia em forma de calor.
As correntes de Foucault constituem a base do funcionamento das fornalhas de indução.
Numa fornalha de indução, a peça metálica, que será fundida pelo calor dissipado por
efeito Joule, é colocada no interior de uma bobina através da qual circula uma corrente
alternada. Verifica-se que as correntes em redemoinho, com freqüências
comparativamente baixas, criam um efeito de agitação no metal fundido, enquanto as
correntes com freqüências mais elevadas são mais eficientes no aquecimento do metal.
Por esse motivo algumas fornalhas de indução possuem duas bobinas, uma na qual
circula corrente alternada de baixa freqüência e outra em que circula corrente alternada
de alta freqüência. As fornalhas de indução mais antigas operam com correntes
alternadas cujas freqüências variam entre 60 Hz e 60.000 Hz. Uma moderna fornalha de
indução é projetada para operar com freqüências de 106 Hz ou mais.
Os efeitos das correntes de Foucault também baseiam a construção de freios magnéticos.
Tais freios são usados, por exemplo, em amperímetros, voltímetros e wattímetros-hora.
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Nos dois primeiros é necessário que o movimento do ponteiro seja rapidamente
amortecido para permitir a leitura, no terceiro o freio tem o objetivo de impedir que o
cliente pague pelo que não consumiu.
No caso dos amperímetros e voltímetros, o ponteiro tem acoplado a si um pequeno disco
metálico disposto entre os pólos de um ímã. Quando o ponteiro se movimenta, o disco
também é movimentado e nele surgem as correntes de Foucault que, de acordo com a lei
de Lenz, devem se opor à causa que as originaram e assim o ponteiro é rapidamente
freado pelas forças magnéticas.
Entretanto, nem sempre as correntes de Foucault são úteis ou desejáveis. Nos
transformadores e motores CA, a energia dissipada provoca o aquecimento das peças do
equipamento. Nesse caso as correntes de Foucault são chamadas de correntes parasitas,
e para reduzir seus efeitos as peças são construídas com lâminas finas (para reduzir a
área de circulação das corrente) de ferro silício – SiFe – (para aumentar a resistência
elétrica), isoladas entre si por um verniz isolante, e dispostas paralelamente às linhas de
indução do campo magnético.
Propriedades Magnéticas da Matéria
Como não existem monopolos magnéticos, isto é,
partículas às quais se possa associar apenas um pólo
magnético, a estrutura com efeitos magnéticos mais
simples é uma partícula com um momento (de dipolo)
magnético, ou seja, uma partícula que se comporta
como um pequeno imã. Assim, o elétron, tem um
momento magnético intrínseco, que se supõe associado
ao seu spin. Por outro lado, como uma espira com uma
corrente elétrica (convencional) tem um momento magnético com direção perpendicular
ao plano da espira e sentido dado pela regra da mão direita, um elétron numa órbita
atômica tem um momento magnético orbital perpendicular ao plano da espira mas com
sentido
contrário
àquele
dado
pela
regra
da
mão
direita.
O momento magnético total de uma amostra de uma dada
substância por unidade de volume é o que se chama de
magnetização dessa substância. As substâncias são
classificadas em vários grupos conforme seus comportamentos
quando em presença de um campo magnético externo, ou seja,
conforme a sua magnetização. Aqui são discutidos apenas os
três grupos básicos, ou seja, as substâncias diamagnéticas,
paramagnéticas e ferromagnéticas, e isso numa visão
semiclássica que dá apenas uma idéia do que está acontecendo.
Os comportamentos das substâncias quando em presença de um campo magnético
externo só podem ser plenamente compreendidos no contexto da Mecânica Quântica.
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CIRCUITO MAGNÉTICO – FLUXO DE INDUÇÃO
Chama-se circuito magnético o espaço em que se
desenvolve o conjunto das linhas de força de um campo
magnético.
Considere-se o núcleo de ferro M indicado na figura e
observe-se que, uma vez magnetizado o núcleo, gera-se um
campo magnético intenso que se desenvolve parte no
núcleo e parte no ar.
No interior do núcleo, cuja seção é relativamente pequena,
as linhas de força são concentradas e paralelas ao eixo do
núcleo, o que indica que a indução no interior do núcleo é
elevada e homogênea. No ar, a distribuição do campo não é bem definida, pois as linhas
de força que saem do pólo Norte e vão rumo ao Sul, espalham-se em uma área bastante
grande, segundo caminhos não definidos, o que indica que no ar a indução não é
homogênea, resultando muito menor do que no núcleo. Uma coisa no entanto é certa, isto
é, o número das linhas de força: que atravessam o ar é perfeitamente igual ao número
das linhas de força que agem no núcleo. Querendo determinar qual é o fluxo de indução
que existe neste circuito magnético, convém lembrar que o fluxo de indução é sempre
constante em todas as seções do circuito magnético e que o valor deste fluxo é dado por:
  B.S
Para determinar o valor do fluxo relativo ao circuito magnético indicado anterior, deve-se
escolher uma seção do mesmo em que tanto B como S sejam perfeitamente medíveis.
Para tal fim considere-se uma das seções do núcleo na qual a área é conhecida e a
indução facilmente calculável, o que não acontece na parte externa do núcleo, onde não é
possível determinar o espaçamento das linhas de força.
Nota-se, porém, que o fluxo  = B . S, que existe no núcleo, é o mesmo que existe
externamente a este.
Lembrando que a intensidade dos campos magnéticos é medida em gauss e as áreas em
cm2, resulta que a unidade de fluxo correspondente deve ser definida como o produtO de
1 gauss por 1 cm2. Esta unidade é chamada maxweIl.
Um circuito magnético de 4 cm2 de seção, que possui a indução B = 10 000 gauss, será
sede de um fluxo de  = 4 x 10 000 = 4 x 10 4 maxweIl.
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CIRCUITO MAGNÉTICO PERFEITO – LEI DE HOPKINSON
O circuito magnético perfeito é o de um solenóide em forma de anel, enrolado sobre um
anel de material, homogêneo ou não, pois que as linhas de força ou de indução desse
circuito se desenvolvem num espaço fechado, sem sair. Portanto será fácil observar a
relação existente entre as espiras, a corrente magnetizante, o comprimento do circuito, a
permeabilidade do meio e o fluxo que vai existir neste meio sobre o qual o solenóide é
enrolado.
Considere-se, para tal fim, o solenóide da figura, o qual tem N
espiras percorridas por uma corrente de intensidade I, e enrolado
sobre um anel de material homogêneo. A corrente que circula no
solenóide gera, no seu interior, um campo magnetizante H,
determinado sobre a circunferência de comprimento l pela
fórmula:
H 
4. .N .I
10.l
Sob a ação desse campo magnetizante, o meio envolvido pelo solenóide magnetiza-se, e
no interior dele estabelece-se o campo resultante, cuja intensidade é dada por:
B   .H 
4. 
. .N .I
10 l
Considerando l e B constantes para todas as linhas de indução do campo, o fluxo de
indução  que atravessa cada seção do anel fica determinado pela relação:
  B.S  .H 
4. .S
.
.N .I
10 l
de onde,
N .I  .
10 l
.
4. .S
que representa a equação do circuito magnético perfeito.
No caso em que o anel sobre o qual está enrolado o solenóide não seja homogêneo, mas
subdividido em pedaços distintos de diferente material, de comprimento l, área S e
permeabilidade , a equação acima escrita se transformará em:
N .I   .
O produto
R.
10
l

4. .S
10
l

4.  .S
é chamado relutância do circuito magnético, indicado pela letra
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Daí a equação do circuito magnético toma a forma:
N . I   .R
ou

N .I fmm

R
R , onde fmm é a força magnetomotriz..
O produto NI representa a causa primária que determina a formação do campo
magnético, e portanto, do fluxo de indução em cada circuito magnético, e por esta razão é
chamado de força magnetomotriz (f.m.m.).
Com esta determinação, a equação do circuito magnético pode ser traduzida no seguinte
enunciado, conhecido com o nome de "Lei de HOPKINSON".
“Em um circuito magnético qualquer, o produto do fluxo de indução pela relutância
é igual à. f.m.m., agente no circuito, ou, em outras palavras, o fluxo de indução é
determinado pela relação entre a f.m.m. e a relutância do circuito”.
Para um circuito magnético qualquer, a f.m.m. agente é representada sempre pelo
produto da intensidade de corrente I, que produz. o campo magnetizante, pelo número
das espiras N do circuito considerado, que esta corrente atravessa. Se sobre este circuito
agem vários circuitos elétricos atravessados por corrente, a f.m.m. total é dada pela soma
algébrica das f.m.m. atuantes nos vários circuitos.
A relutância unitária é possuída por um circuito em que a f.m.m. de 1 A.esp, gera o fluxo
de 1 maxwell.
A lei de HOPKINSON mostra uma estrutura formal, completamente análoga à lei de OHM,
para os circuitos elétricos.
Circuito Elétrico
Força Eletromotriz – fem
Circuito Magnético
Força Magnetomotriz –
fmm
Corrente Elétrica – I
Fluxo Magnético - 
Resistência Elétrica – R
Relutância Magnética – R
Aproveitando essa analogia, foi criada, para, os circuitos magnéticos, uma linguagem
figurada, semelhante à usada mais apropriadamente para os circuitos elétricos:
justamente disto derivaram as denominações de circuito magnético, força magnetomotriz
e relutância.
Não se deve, porém, estabelecer entre as duas ordens de fenômenos analogias físicas ou
conceituais que resultariam sem fundamento.
Observa-se que, se a corrente elétrica é realmente constituída por um movimento de
cargas elétricas no interior do circuito, o fluxo de indução nos circuitos magnéticos não
representa nada de semelhante, pois é simplesmente o produto da indução magnética B
pela seção normal do circuito magnético que se considera.
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Circuitos elétricos em corrente alternada
Onda alternada (CA), é um sinal de tensão ou corrente que varia no tempo entre
dois níveis.
É comum associar o termo CA às ondas senóides e chamar as outras formas de
onda pelos seus nomes (quadradas, triangular, dente de serra, etc).
O sinal CA é periódico, ou seja, varia de forma regular com o tempo. O sinal CA
que vamos considerar é senoidal, e a cada senóide formada chamaremos ciclo.
O ciclo se repete com uma certa freqüência (f); a freqüência é a quantidade de
ciclos realizados em um determinado tempo normalmente um segundo. A freqüência (f) é
medida em ciclos por segundo ou Hertz (Hz) (Heinrich Rudolph Hertz – 1857-1894), físico
alemão. Ocorrendo 60 ciclos em um segundo, temos 60hz, que a freqüência em todo o
Brasil. Por outro lado o tempo gasto para realizar um ciclo chama-se período “T”, e é o
inverso da freqüência, sendo medido em segundos.
Todo o sistema gerador girante gera CA (geração hidráulica, eólica, a vapor,
diesel, etc.).
A lei de Faraday rege o processo gerador CA. Quando o processo é girante temos
e
como
resultado “E” induzido alternado
d
d
E  N
dt
dt
A onda alternada tem alguns pontos particulares:
Valor de pico: Valor máximo da onda (positivo ou negativo).
Valor de pico a pico: Diferença entre os valores máximos negativo e positivo.
Valor médio e valor eficaz que serão detalhados em seguida
Embora seja comum usar graus para o eixo dos “x” em um gráfico de tensão,
também é muito usual o radiano (arco cujo comprimento é igual ao raio da circunferência).
Sendo “x” o número de intervalos, ou arcos, d comprimento “r” que cabem em
uma circunferência, podemos fazer:
C  2. .r  x.r  x  2.
o comprimento de minha circunferência tem:
360º = 2 radianos de onde chegamos a:
360º
 57,296º  1.radiano
2
O uso do radiano é interessante em eletricidade, pois em muitas fórmulas o termo
 aparce.
 é a razão entre o comprimento da circunferência e o seu diâmetro:
2. .R
   3,14159265358979323846......
2.R
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Página 39
obs.:
ângulo.em.radiano 
w
 .x.ângulo.em.grau
180º
ângulo.em.grau 
180º.x.ângulo.em.radiano

ângulo. percorrido .em.graus.ou.radianos
ciclos
2.
 2 .
 2. . f 
tempo.em.segundos
segundo
T
Onde w(ômega) é a velocidade angular
De forma geral a velocidade angular w pode ser calculada da seguinte forma:
w
 (ângulo.qualquer )
t (tempo.qualquer )
de onde podemos fazer   w.t ângulo percorrido
A expressão geral para tensões e correntes senoidais instantâneas é:
v = Vmax.sen()
e
i = Imax.sen()
onde Vmax. ou Imax. são os valores máximos da onda alternada considerada,  é o ângulo
onde o sinal está no momento considerado e v e i são os valores instantâneos da tensão
e da corrente, respectivamente.
Sendo  = wt teremos:
v = Vmax.sen(wt) ou i = Imax.sen(wt)
se uma senóide é deslocada para a direita ou para esquerda a equação geral torna-se:
v = Vmax.sen(wt+/-) ou i = Imax.sen(wt+/-)
sendo  o ângulo, em graus ou radianos, de deslocamento ou defasagem.
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Página 40
Quando a defasagem é zero dizemos que os sinais estão em fase. Claro que esta
consideração só tem sentido para sinais de mesma freqüência.
Valor.médio 
 a lg ébrica.da.área
período.da.curva
As áreas acima do eixo são tomadas com sinal (+), e as áreas abaixo do eixo são
tomadas com sinal negativo (-).
O valor médio de qualquer corrente ou tensão é o indicado por um medidor de CC, ou
seja, ao longo de um ciclo completo, o valor médio de uma onda periódica é o valor CC
equivalente.
A área do semiciclo pode ser calculada integrando os valores instantâneos formadores do
intervalo em questão:


0
Amax . sen .d  Amax  cos 0   Amax cos   cos 0º   Amax  1  (1)  2. Amax

e sendo o valor médio do sinal periódico a área pelo período considerado, vem:
valor.médio 
2. Amax

 0,637. Amax
obs.: para uma solenóide completa o valor médio será zero, pois se os semiciclos são
iguais e simétricos a soma das áreas será zero, que dividido por PI continua sendo zero,
isto significa dizer que o valor médio, ou seja, o equivalente CC de um sinal CA puro é
zero. Isto pode ser verificado aplicando um voltímetro na escala CC em uma tomada
residencial CA, o voltímetro zero volt, que é valor médio do sinal CA, o mesmo de dizer
que não há componente CC neste sinal CA.
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Página 41
Na figura ao lado se vê uma onda CC
adicionada a uma onda CA pura. Teremos aí uma
composição que fará a onda CA se deslocar para
cima. Neste caso se a medição CC da onda
resultante for feita com o multímetro na escala
CC, teremos a leitura do valor CC que foi
adicionado. Este valo é chamado valor médio do
sinal CA ou sinal CC equivalente.
21
Vamos calcular o valor médio e
valor
eficaz
da
função
sendo
o
y(t )  y m sen( wt ) ,
período 2  .
o
20 sin( ( 377t ) )
20
19
0
2
4
6
8
t
O valor eficaz é aquele valor do
sinal
CA que dissipará a mesma potência em WATTS em um resistor, que o valor
médio. Como já foi mostrado que o valor médio é o equivalente CC do sinal CA
em análise, podemos afirmar que o valor eficaz de um sinal CA dissipa a mesma
potência ativa, ou seja, em WATTS que o seu equivalente CC.
Obs.: Estamos relacionando o valor eficaz de um sinal CA com o equivalente CC
(valor médio) deste mesmo sinal CA.
I ef2 .R  I cc2 R  I m2 R
Isto implica:
Daí vamos usar o cálculo integral para chegar ao valor eficaz:
2
I ef2  I médio
 I cc2 
I ef 
Obs.:
1
2

 sen
2
0
2
1 2
1
2
. Ymax sen( wt ).d ( wt )  
T 0
2

2
0
2
Ymax
sen 2 (wt ).d ( wt )
2
Ymax
sen 2 ( wt ).d ( wt )
x.dx 
x sen 2 x

2
4
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Página 42
Ymax
2
Ymax
2
Ymax
2
.

2
0
sen ( wt ).d ( wt ) 
2
Ymax
2
2
 wt sen( 2wt ) 
 2 

4
0
2
Y
 wt sen( 2wt ) 
 2 sen 4   0 sen 0º 
 max  
 
 2 

4
4   2
4 
2  2
0
  0  0  0  Ymax   Ymax
2
2
Este é o valor eficaz de um sinal periódico de tensão ou de corrente.
O valor eficaz também é conhecido pela sigla RMS (root mean square – raiz
média quadrática). Como se vê abaixo temos na equação a raíz quadrada do valor médio
ao quadrado.
1 2 2
I ef 
Ymax sen 2 ( wt ).d ( wt )

0
2
OBS.:
PMPO é a sigla de Peak Music Power Output (Potência de Saída de Pico Musical).
Segundo alguns fabricantes de amplificadores e alto-falantes, é a potência suportada por um pico de tensão com
duração de milésimos de segundo.
RMS significa "Root Mean Square" (Raiz média quadrada).
É o valor confiável, a potência real dos amplificadores e falantes.
FATOR DE FORMA
É a relação entre o valor eficaz e o valor médio da onda. Para ondas simétricas, como as
senóides, o valor médio é zero. Para estes casos considera-se o valor médio de meio
ciclo:
Vmax
fator.de. forma 
Vef
Vmed

2
2.Vmax



2. 2
 1,11
Este é fator de forma de um sinal senóide.
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Página 43
Circuito Resistivo
x  0 

32
 6
v  10 sin ( wt )
i  2 sin ( wt )
-
+
R
5
v = 10.sen(wt)
p  20 ( sin ( wt ) )
2
Circuito Indutivo
x  0 

32
 6
v  24 sin ( wt)


i  8 sin  wt 
-
+
XL
3



p  192 sin  wt 
v = 24.sen(wt)

2


2
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Página 44
Circuito Capacitivo
wt  0 

32
 6
v  15 sin ( wt)
XC
2
i 
-
+
+
p 
v = 15.sen(wt)
15
2


 sin  wt 
225
2




2
 sin  wt 


2
Circuitos RC série, RL série e RLC série.
Resposta em freqüência nos circuitos RC e RL série
Circuito Indutivo – RL série:


para frequências altas, tendendo a infinito, temos XL= 2  f L >> R, ou seja, para
freqüência infinita temos um circuito aberto.
para frequências baixas, tendendo a zero, temos XL= 2  f L << R, ou seja, em
zero hertz o indutor é um curto e o resistor atua sozinho.
Circuito Capacitivo – RC série:


para frequências altas, tendendo a infinito, temos XC= 1 / 2  f C << R, ou seja,
para freqüência infinita o capacitor atua como um curto e o resistor atua sozinho.
para frequências baixas, tendendo a zero, temos XC= 1 / 2  f C >> R, ou seja, em
zero hertz temos um circuito aberto.
obs.: a frequência não interfere no funcionamento da resistência.
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Página 45
Para facilitar o estudo dos circuitos em paralelo utilizaremos os parâmetros inversos:
Condutância (G) que é o inverso da Resistência
Susceptância (B) que é o inverso da reatância, podendo ser Susceptância Indutiva (BL) ou
Capacitiva (BC)
Admitância (Y) que é o inverso da Impedância
Na forma polar temos:
1
G
R
1
BL 
 BL .  90º   jBL
X L. 90º
1
e Y
 Y. 
Z .
ou BC 
1
 BC .  90º  jBC
X C .  90º
A unidade dos parâmetros inversos é o -1 (mho) ou (siemens).
O uso dos parâmetros inversos permite resolver um circuito em paralelo como se fosse
um circuito em série.
Circuitos RC paralelo, RL paralelo e RLC paralelo
Circuito RL Paralelo
E
20 2
2
53,13º  20 53,13º V
+
1
1
1
YT 
 
 G  jBL
ZT R X L
R
3,33
-
XL
2,5
e = 28,284.sen(wt+53,13º) V
YT 
ZT 
1 0º
3,33

1  90º
2,5
 0,3 0º  0,4  90º  0,3  j 0,4  0,5  53,13º. 1
1
1

 2 53,13º.
YT 0,5  53,13º
OBS.: É possível chegar ao mesmo valor sem usar os parâmetros inversos:
ZT 
8,32 90º
( R).x.( jX L ) 3,33 0º.x.2,5 90º


 2 53,1º.
R  jX
3,33  j 2,5
4,16 36,9º
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Página 46
Continuando os cálculos
I
20 53,13º
E

 10 0º. A
ZT
2 53,13º
ou
I  E.YT  20 53,13º.x.0,5  53,13º  10 0º. A
IR 
E 20 53,13º

 6 53,13º. A
R
3,33 0º
ou
I R  E.G  20 53,13º.x.0,3 0º  6 53,13º. A
IL 
20 53,13º
E

 8  36,87º. A
XL
2,5 90º
ou
I L  E.BL  20 53,13º.x.0,4  90º  8  36,87º. A
Observe que IL está atrasada 90º em
relação a tensão (53,13 + 36,87), isto é o
esperado em um circuito indutivo, e pode
ser verificado no gráfico abaixo.
Pela Lei de Kirchoff
I  I L  I R  8  36,87º.  .6 53,13º  10 0º. A
i R  6 2 sen( wt  53,13º ). A
i L  8 2 sen( wt  36,87º ). A
P = 20V . 6A = 120 W
P  I R2 .R 
VR2
 VR2 .G
R
I
14,14
2
0º  10 0º. A
R
1,67
+
Circuito RC Paralelo
XC
1,25
i = 14,14sen(wt) A
YT 
1
1
1
1



 0,6 0º  0,8  90º  (0,6  j 0,8) 1
R X L 1,67 0º 1,25 90º
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Página 47
ZT 
1
1

 1  53,13º.
YT 0,6  j 0,8
E  I .Z  10 0º.x.1  53,13º  10  53,13º.V
IR 
E 10  53,13º

 6  53,13º. A
R
1,67 0º
IC 
10  53,13º
E

 8 36,87º. A
XC
1,25  90º
Observe que IC está adiantada 90º em
relação a tensão (53,13 + 36,87), isto é o
esperado em um circuito capacitivo, e
pode ser verificado no gráfico abaixo.
Pela Lei de Kirchoff
I  I C  I R  8  36,87º.  .6.  53,13º  10 0º. A
i R  6 2 sen( wt  53,13º ). A
iC  8 2 sen( wt  36,87º ). A
e  10 2 sen( wt  53,13º ).V
P = 10V . 6A = 60 W
P  I R2 .R 
VR2
 VR2 .G
R
+
-
E
141,42
2
1 0º
3,33
XL
1,43
XC
3,33
53,13º  100 53,13º.V
v = 141,42sen(wt+53,13º) V
YT  G  jBL  jBC 
YT 
R
3,33
+
Circuito RLC Paralelo

1  90º
1,43

1
1
1
1
1
1





R X L X C 3,33 0º 1,43 90º 3,33  90º
1 90º
3,33
 0,3 0º  0,7  90º  0,3 90º  0,3  j 0,7  j 0,3  0,3  j 0,4  0,5  53,13º. 1
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Página 48
ZT 
1
1

 2 53,13º.
YT 0,5  53,13º
CONTINUANDO
100 2
E
I

ZT
53,13º
2
 50 0º. A
2 53,13º
I R  E.G  100 53,13º.0,3 0º  30 53,13º. A
I L  E.BL  100 53,13º.0,7  90º  70  36,87º. A
e
I C  E.BC  100 53,13º.0,3 90º  30 143,13º. A
Pela Lei de Kirchoff
I  I R  I L  I C  30 53,13º.  .70  36,87º  .30143,13º  50 0º. A
i R  30 2 sen( wt  53,13º ). A
i L  70 2 sen( wt  36,87º ). A
iC  30 2 sen( wt  143,13º ). A
P = 100V . 30 = 3000 W
Resposta em freqüência nos circuitos RC e RL paralelo
Circuito Indutivo – RL paralelo:


para frequências altas, tendendo a infinito, temos XL= 2  f L >> R, ou seja, para
freqüência infinita temos o resistor atuando sozinho.
para frequências baixas, tendendo a zero, temos XL= 2  f L << R, ou seja, em
zero hertz o indutor é um curto e o resistor não existe para o circuito.
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Circuito Capacitivo – RC paralelo:


para frequências altas, tendendo a infinito, temos XC= 1 / 2  f C << R, ou seja,
para freqüência infinita o capacitor atua como um curto e o resistor não existe para
o circuito.
para frequências baixas, tendendo a zero, temos XC= 1 / 2  f C >> R, ou seja, em
zero hertz temos o resistor atuando sozinho.
Circuito RLC misto
Circuito CA série-paralelo
+
R
1
XC
2
XL
3
+
120[0º
1
V
-
a) Z paralelo 
Calcule:
a) ZT
b) IT
c) VR e VC
d) IC
e) P
 j 2.x. j3
6

 6 0º.x.1  90º  6  90º   j 6
 j 2.  . j3 j1
Z T  Z paralelo  Z R   j 6  1  1  j 6  6,08  80,54
b)
IT 
120 0º
E

 19,73 80,54. A “ circuito predominantemente capacitivo, corrente
Z 6,08  80,54
adiantada em relação a tensão “
c) VR  I T .R  19,73 80,54º.x.1 0º  19,73 80,54.V
VC  I T .Z  19,73 80,54º.x.6  90º  118,38  9,46.V
d) I C 
VC 118,38  9,46º

 59,19 80,54. A “ corrente adiantada no capacitor “
XC
2  90
e) P  I T2 .R  19,732.x.1  389,27.W
obs.: enquanto em série a impedância maior predomina, em paralelo ocorre o
contrário.
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Página 50
Sistema Trifásico
Sistema Monofásico (fase - neutro ou fase – terra)
Utilizado em sistemas residenciais (domésticos), comerciais e rurais com tensões
padronizadas no Brasil de 115V, 127V e 220V, freqüência de 60 Hz.
Sistema Trifásico (fase – fase)
Utilizado em sistemas industriais, também com freqüência de 60 Hz. Valores comuns em
BT: 220V e 380V, embora existam outros.
Conceitos Básicos:
Corrente de linha (Il): a corrente em quaisquer um dos três fios L1, L2 e L3, que
corresponderia aos condutores da rede de alimentação.
Corrente de fase (If): ou de bobina: correntes de cada uma das cargas.
Tensão de linha (Vl): ou trifásica: tensão medida entre dois quaisquer dos condutores
fase da linha, L1, L2, L3.
Tensão de fase (Vf): ou monofásica: tensão medida entre fase e neutro ou fase e terra.

SISTEMA TRIFÁSICO
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Página 51
Definição: Sistema elétrico composto por três fases defasadas entre si de 120º
elétricos no espaço. As fases são chamadas de R (rede), S(sistema) e T(trifásico),
ou A, B e C.
Sistemas trifásicos equilibrados e desequilibrados. Neutro aterrado
Sistema Trifásico Equilibrado: Sistema trifásico onde as fases são iguais em
amplitude, ou seja, tem o mesmo valor máximo.


A característica deste sistema é que o somatório das três fases em qualquer momento
é sempre ZERO, sendo assim não há necessidade de um condutor neutro.
Cargas trifásicas, como motores trifásicos, são exemplo deste tipo de sistema
equilibrado.
Sistema Trifásico Desequilibrado: Sistema trifásico onde as fases não são iguais em
amplitude, ou seja, não tem o mesmo valor máximo.


A característica deste sistema é que o somatório das três fases em qualquer momento
não será ZERO, sendo assim há necessidade de um condutor neutro. Quanto maior
este desequilíbrio maior será a corrente fluindo pelo neutro.
O desequilíbrio é característico de sistemas trifásicos que alimentam cargas
monofásicas. O sistema público da concessionária, por exemplo.
Ligação em estrela e Ligação em triângulo
Em um sistema trifásico, pode-se ligar os condutores de duas formas.
Ligação em triângulo:
Onde, pela própria disposição das bobinas temos as seguintes características:
Elinha  E fase
I linha  3xI fase
onde, 3 é chamado " fator do sistema trifásico "
Ligação em estrela:
Onde, pela própria disposição das bobinas temos as seguintes características:
Elinha  3xEfase
I linha  I fase
onde, 3 é chamado "fator do sistema trifásico "
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Página 52
Para os motores de corrente alternada as correntes podem ser determinadas pelas
seguintes expressões:

Monofásico

Trifásico
sendo
a tensão nominal (de linha) e
o fator de potência nominal.
Obs.: se usarmos tensão de bobina (vn) ao invés de tensão de linha (Vn), usaremos 3 e
não 3 .
VRN
VSN
30º
N
VST
x
VTN
Considerando o sistema trifásico ao lado, com defasagem de 120º
elétricos entre fases, poderemos fazer:
VST  VSN  (VTN )  VSN  VNT
sabendo que em módulo VSN = VTN = VB poderemos fazer:
VST  VL  2VB a projeção “x” de VB sobre o eixo de VL resulta:
VL  2.VB  2.VB cos 30º  2.VB
3
 3.VB
2
A corrente consumida por um motor varia bastante com as circunstâncias. Na maioria dos
motores, a corrente é muito alta na partida, caindo gradativamente (em alguns segundos)
com o aumento da velocidade. Atingidas as condições de regime, isto é, motor com
velocidade nominal, fornecendo a potência nominal a uma carga, ela atinge o seu valor
nominal - aumentando, porém, se ocorrer alguma sobrecarga.
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Página 53
Potência trifásica
Potência em CC
Potência Contínua: P  V .I
Potência Alternada Trifásica
P  3 . V . I .  . cos
Onde 3 é uma constante para o sistema trifásico,  é o rendimento da máquina e cos
é o fator de potência.
Ativa
Potência Ativa (P): Medida em watts (W), esta potência mede a quantidade de energia
ativa que foi utilizada na realização do trabalho pela máquina.
Esta Potência multiplicada pelo tempo em horas representa a energia ativa consumida
pela carga, e que é faturada pela concessionária.
E = P . t(h)
Reativa
Potência Reativa (Q): Medida em volt ampére reativo (var), esta potência mede a
quantidade de energia reativa que foi armazenada em um campo magnético, necessário
para preparar a máquina para funcionar de forma efetiva.
Esta energia não pode ser faturada pela concessionária, mas seu consumo acima de
limites definidos pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) pode gerar multa.
Obs.: Veja correção de fator de potência.
Aparente
Potência Aparente (S): Medida em volt ampére (VA), esta potência é o somatório
geométrico das duas anteriores.
Energia Elétrica (kWh)
Como já sabemos, a potência elétrica também pode ser calculada através do efeito
Joule, ou seja:
P  R  i 2 ou P 
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U2
R
Página 54
A energia elétrica é, por definição, a potência dissipada por um componente
elétrico no decorrer com o tempo, ou seja:
E  P  t
Unidade no Sistema Internacional: [E] = Joule (J)
Unidade no Sistema de Medição Elétrica: [E] = kWh
Condutância Elétrica (G)
A condutância elétrica é, por definição, a facilidade que um material oferece à
passagem da corrente elétrica, ou seja, é a definição inversa da resistência, então:
G
1
1
ou R 
R
G
Unidade: [G] = Siemens (S)
Rendimento()
Rendimento é a relação entre a potência de saída e a potência de entrada, ou seja:

PSaída
E
 Saída
PEntrada E Entrada
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FATOR DE POTÊNCIA
Fator de Potência: É a relação entre a potência ativa e a potência aparente. Indica a
eficiência com a qual a energia está sendo usada.
É definido pelo cosseno do ângulo formado entre os vetores que representam as
potências aparente e ativa respectivamente.
cos  = P / S
Onde: P é a potência ativa em Watts (W)
S é a potência aparente em Volt Ampére (VA)
Triângulo das Potências
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Correção do Fator de Potência
O fator de potência é motivo de preocupação, pois seu baixo valor pode causar sérios
problemas nas instalações elétricas, entre os quais podemos citar: sobre carga nos cabos
e transformadores, crescimento da queda de tensão, redução do nível de iluminamento,
além da multa prevista na legislação para valores < 0,92 para o fator de potência.
Existem equipamento que transformam energia elétrica diretamente em outra forma de
energia útil (térmica, luminosa etc.), sem necessitar de energia intermediária na
transformação, já outros equipamentos (motores, transformadores, reatores etc.)
necessitam de energia magnetizante como intermediária na utilização da energia ativa.
Esta energia é chamada reativa.
A energia reativa é uma energia trocada entre o gerador e receptor, não sendo
propriamente consumida como o é a energia ativa. O capacitor é o principal fornecedor
desta energia reativa.
Causa principal do baixo fator de potência
 Motores e indução subcarregados. De uma maneira geral, todo equipamento que
possui enrolamentos, tais como transformadores, reatores, motores etc., exige
potência reativa da rede;
 Instalações de lâmpadas fluorescentes;
 Retificadores;
 Equipamentos eletrônicos;
 instalações de ar condicionado e frio etc.
Objetivos principais da melhoria do fator de potência :




Redução dos custos da energia;
Liberação de capacidade do sistema;
Crescimento do nível de tensão, por diminuição das quedas;
Redução das pernas do sistemas
Consequências de um baixo fator de potência
A baixa no fator de potência provocará :
a) menor intensidade luminosa das lâmpadas;
b) maior corrente de partida nos motores de indução;
c) menor corrente nos equipamentos de aquecimento e conseqüente queda na
temperatura de operação
d) funcionamento das máquinas com menor rendimento.
As principais causas de um baixo fator de potência são:
a) Nível de Tensão Elevado (acima do nominal) : a tensão aplicada influencia o FP de
operação dos motores de indução. A potência ativa (KW) nos motores de indução (e
transformadores) praticamente só depende da carga e não da
tensão. Mas a reativa, é praticamente proporcional ao quadrado da tensão aplicada. Daí
a grande variação no fator de potência com a tensão.
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b) Motores operando a vazio (ou com cargas leves). Os motores de indução, quando em
operação a vazio ou a plena carga, consumirá energia reativa para manutenção do
conjunto magnético. A potência reativa varia com a variação da carga mecânica, a vazio,
o fator de potência de operação é baixíssimo.
c) Motores superdimensionados: ou seja, exageradamente dimensionados para as
respectivas máquinas. Para cargas inferiores a 50% da potência nominal do motor o FP
cai bruscamente.
d) Transformadores de grande potência a vazio ou com cargas leves: é comum deixar o
transformador ligado a vazio para evitar operações de energização e desenergização.
A potência reativa solicitada pelo transformador é devida a corrente de excitação.
e) instalações de lâmpadas fluorescentes desprovidas de reator de alto F.P.
Vantagens da correção do fator de potência
Com o aumento do fator de potência, conseguimos a redução dos custos da energia
elétrica, redução das perdas nas linhas de alimentação, diminuição da potência aparente
exigida da fonte, liberando capacidade para ligação de cargas adicionais, elevação dos
níveis de tensão melhorando o funcionamento dos motores e também o nível de
iluminamento.
Instalações de Cargas Capacitivas em derivação p/correção do fator de potência
Método mais prático e econômico para instalações existentes. Os capacitores usados são
caracterizadas por sua potência reativa nominal, fabricados em unidades 1ø e 3ø, para
BT e AT, com valores padronizados de potência reativa, tensão e freqüência.
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FORMULÁRIO PARA CIRCUITOS AC
1 - ASSOCIAÇÃO DE INDUTORES
EM SÉRIE: LT = L1 + L2 + L3 + L4 …
EM PARALELO:
1
1
1
1
1
=
+
+
+
… (para mais de dois indutores)
LT
L1
L2
L3
L4
ou
LT =
L1 . L 2
(para dois indutores)
L1  L 2
2 - ASSOCIAÇÃO DE CAPACITORES
EM SÉRIE:
1
1
1
1
1
=
+
+
+
… (para mais de dois capacitores)
CT
C1
C2
C3
C4
ou
CT =
C1 . C 2
(para dois capacitores)
C1  C 2
EM PARALELO: CT = C1 + C2 + C3 + C4 …
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3 - CIRCUITO RC EM SÉRIE
VR = R.IT
VT =
VR  VC
2
 = arctan Z=
R 2  XC
2
XC =
Z=
VC = XC . IT
2
VC
X
= - C
VR
R
VT
IT
1
, onde  = 2  f
C
IT =

XC =
VT
Z
1
2 f C
f = freqüência em hertz
C = capacitância em farads
Fasor representando a impedância total ( Z ) de um circuito RC
série.
A defasagem entre R e XC é de 90º.
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4 - CIRCUITO RC EM PARALELO
IT =
IR  IC
2
2
IR =
VT
R
 = arctan
IT =
IC =
VT
XC
IC
IR
VT
Z
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Z=
VT
IT
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5 - CIRCUITO RL EM SÉRIE
VT =
VR  VL
2
2
VR = R . I T
 = arctan
VL = XL . IT
VL
X
= L
VR
R
XL =  L , onde  = 2  f

XL = 2  f L
f = freqüência em hertz
L = indutância em henry
Fasor representando a impedância total ( Z ) de um circuito RL
série.
A defasagem entre R e XL é de 90º.
Z=
R 2  XL
2
Z=
VT
IT
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IT =
VT
Z
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6 - CIRCUITO RL EM PARALELO
IT =
IR  IL
2
2
Z=
VT
IT
 = arctan -
IT =
VT
Z
IL
IR
1  1 

   
 R   XL 
2
Z=
R . XL
R 2  XL
2

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Z=
1  1 

   
 R   XL 
2
2
2
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7 - CIRCUITO LC EM SÉRIE
XL  XC
2
Z=
2
XL - XC = X
XC - XL = X
logo: Z = X
Z=
VT
IT
IT =
VT
Z
8 - CIRCUITO LC EM PARALELO
Z=
X L . (-XC )
X L  (-XC )
- Z  capacitiva
Z  indutiva
IT =
2
I L  I C , onde: IL =
2
Z=
VT
IT
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VT
V
e IC = T
XL
XC
IT =
VT
Z
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9 - CIRCUITO RLC EM SÉRIE
R 2  X2
Z=
onde:
X = XL - XC ou
X = XC - XL
VL = XL . IT
VC = XC . IT
VR = R . I T
VT = VR  VX
onde:
VX = VL - VC ou
VX = V C - VL
2
Z=
2
VT
V
 IT = T
IT
Z
VL - VC
V
= X  ( VL > V C )
VR
VR
V - VL
V
 = arctan - C
= - X  ( VC > VL )
VR
VR
 = arctan
XL - XC
X
( XL > XC ) = arctan
R
R
XC - XL
X
 = arctan ( XC > XL ) = R
R
 = arctan
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10 - CIRCUITO RLC EM PARALELO
VT
XL
V
IC = T
XC
V
IR = T
R
IL =
IR  IX
2
IT =
2
onde:
IX = IL - IC ou
IX = I C - IL
 = arctan -
 = arctan
IL - IC
I
= - X ( IL > IC )
IR
IR
IC - IL
I
= X ( IC > I L )
IR
IR
Calculando a impedância em um circuito paralelo:
Z=
x=
x.y
x 2  y2
onde:
X L . (- X C )
X L  (-XC )
y=R
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A impedância de um circuito RLC paralelo pode também ser calculada pela fórmula:
1
 1   1
  
 R   XC XL
2
Z=
Z =
1
 1   1
  
 R   XC XL
2
VT
IT






2
2

IT =
VT
Z
Podemos também calcular  com as fórmulas abaixo:
R
X
Z
 = arccos
R
 = arctan
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11 - POTÊNCIA EM CIRCUITOS AC
Em circuitos AC existem três potências distintas: real, reativa e aparente
identificadas respectivamente pelas letras P ( W ), Q ( VAR ) e S ( VA ).
P = V . I . cos = VR . I = R . I2 (potência real = W)
Q = V . I . sen ( potência reativa = VAR)
S = V . I (potência aparente = VA)
CIRCUITO INDUTIVO:
P = VI cos
Q = VI sen
S = VI
cos 90º = 0
sen 90º = 1
Q = S (não há potência real)
CIRCUITO CAPACITIVO:
P = VI cos
Q = VI sen
S = VI
cos 90º = 0
sen 90º = 1
Q = S (não há potência real)
CONCLUSÃO: Em um capacitor ou indutor a potência reativa é igual a potência aparente.
Q = S  VAR = VA  P =0
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