dossi ê t é cnico - Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas

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DOSSIÊ TÉCNICO
Plantas medicinais
Roseli Nunes
Instituto de Tecnologia do Paraná
Setembro
2007
DOSSIÊ TÉCNICO
Sumário
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................3
1.1 O que são plantas medicinais? ..................................................................................3
1.2 O que são medicamentos fitofármacos? ...................................................................3
1.3 O que são medicamentos fitoterápicos? ...................................................................3
1.4 Como funciona a fitoterapia? .....................................................................................3
2 PRINCÍPIOS ATIVOS DAS PLANTAS MEDICINAIS........................................................4
3 PLANTIO E COLHEITA DAS PLANTAS MEDICINAIS ....................................................4
3.1 Preparação do solo......................................................................................................5
3.1.1 Plantas medicinais cultivadas em canteiros ................................................................5
3.1.2 Plantas medicinais cultivadas em vasos ou floreiras...................................................5
3.2 Adubação .....................................................................................................................5
3.3 Controle de doenças e pragas....................................................................................5
3.4 Colheita ........................................................................................................................6
3.5 Secagem.......................................................................................................................7
3.6 Embalagem ..................................................................................................................10
3.7 Armazenamento ...........................................................................................................11
4 PLANTAS MEDICINAIS E SUAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS ............................11
4.1 Abacateiro ....................................................................................................................11
4.2 Abacaxi .........................................................................................................................12
4.3 Açafrão .........................................................................................................................12
4.4 Alecrim .........................................................................................................................13
4.5 Alho...............................................................................................................................13
4.6 Arruda...........................................................................................................................14
4.7 Babosa..........................................................................................................................14
4.8 Bardana ........................................................................................................................15
4.9 Boldo ............................................................................................................................15
4.10 Calêndula ...................................................................................................................16
4.11 Camomila ...................................................................................................................16
4.12 Capim-cidreira............................................................................................................17
4.13 Canela.........................................................................................................................18
4.14 Carqueja .....................................................................................................................18
4.15 Castanha-da-índia......................................................................................................19
4.16 Cavalinha....................................................................................................................19
4.17 Dente-de-leão .............................................................................................................19
4.18 Doril ............................................................................................................................20
4.19 Dormideira..................................................................................................................20
4.20 Erva-cidreira...............................................................................................................21
4.21 Erva-mate ...................................................................................................................22
4.22 Espinheira-santa........................................................................................................22
4.23 Eucalipto ....................................................................................................................22
4.24 Funcho........................................................................................................................23
4.25 Gengibre.....................................................................................................................23
4.26 Guaco .........................................................................................................................24
4.27 Guaraná ......................................................................................................................24
4.28 Hortelã ........................................................................................................................25
4.29 Ipê-roxo ......................................................................................................................25
4.30 Kava-kava ...................................................................................................................25
4.31 Limão ..........................................................................................................................26
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4.32 Losna ..........................................................................................................................27
4.33 Macela.........................................................................................................................27
4.34 Malva...........................................................................................................................28
4.35 Mamão ........................................................................................................................28
4.36 Maracujá .....................................................................................................................28
4.37 Mastruz .......................................................................................................................29
4.38 Noz-moscada .............................................................................................................29
4.39 Novalgina....................................................................................................................30
4.40 Picão ...........................................................................................................................30
4.41 Poejo-das-hortas........................................................................................................31
4.42 Quebra-pedra .............................................................................................................31
4.43 Sabugueiro .................................................................................................................31
4.44 Salsa ...........................................................................................................................32
4.45 Sene ............................................................................................................................32
4.46 Serralha ......................................................................................................................32
4.47 Tanchagem.................................................................................................................33
4.48 Unha-de-gato..............................................................................................................33
4.49 Urtiga ..........................................................................................................................34
4.50 Urucum .......................................................................................................................34
5 PREPARAÇÃO DE FITOTERÁPICOS .............................................................................34
Conclusões e recomendações .........................................................................................38
Referências ........................................................................................................................38
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DOSSIÊ TÉCNICO
Título
Plantas medicinais
Assunto
Fabricação de medicamentos fitoterápicos para uso humano
Resumo
Este dossiê apresenta o significado de plantas medicinais, medicamentos fitofármacos e
fitoterápicos e como funciona a fitoterapia e seus princípios ativos. Também relata o plantio
e a colheita das plantas, assim como as formas de secagem, embalagens, armazenamento
e o transporte do produto. Bem como a descrição de algumas plantas medicinais e suas
propriedades terapêuticas.
Palavras-chave
Colheita; embalagem; fitoterapia; planta medicinal; plantio; produto fitoterápico; secagem
Conteúdo
1 INTRODUÇÃO
O interesse sobre plantas medicinais vem aumentando a cada dia e suas possíveis
aplicações terapêuticas. A grande variedade de plantas usadas tradicionalmente é rica,
predominando as formulações vegetais sobre os remédios de origem mineral e animal,
também muito difundidos nas práticas da medicina popular brasileira. Segundo o EMATER
o Paraná é responsável pelo abastecimento de 90% da demanda nacional dos produtos
naturais e fatura anualmente cerca de R$ 25 milhões. O Instituto Emater orienta os
produtores destas culturas dando ênfase à produção orgânica.
1.1 O que são plantas medicinais?
São plantas utilizadas no tratamento e cura de determinadas doenças, na visão popular.
Nem tudo aquilo que as pessoas utilizam para o tratamento de enfermidades é realmente
bom e serve. A população precisa tomar conhecimento de que, mesmo sendo um
medicamento natural, as plantas como uso medicinal podem causar sérios problemas de
saúde se forem utilizadas de maneira errada.
1.2 O que são medicamentos fitofármacos?
São medicamentos à base de plantas que contêm o princípio ativo isolado, ou seja, que
contêm uma substância medicamentosa isolada a partir de extratos de plantas.
1.3 O que são medicamentos fitoterápicos?
Nos fitoterápicos ou fitomedicamentos, os princípios ativos não são isolados (ex.: extratos,
tinturas e chás).
1.4 Como funciona a fitoterapia?
Muitas espécies vegetais possuem princípios ativos que talvez não existam nas drogas
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farmacêuticas. Os componentes fortalecem o organismo e combatem algumas doenças.
Freqüentemente a fitoterapia complementa os tratamentos convencionais em doenças
crônicas, pois os efeitos colaterais dos medicamentos farmacêuticos incentivam a procura
por tratamentos fitoterápicos.
A maioria das plantas medicinais são seguras, porém algumas podem apresentar efeitos
colaterais. Por isso é fundamental só utilizar ervas com orientação de um profissional. Um
fitoterápico tem capacidade de afetar os sistemas corporais dependendo de seus
componentes químicos.
Os efeitos dos fitoterápicos atuam de forma específica em determinado sistema do corpo e
é indicado para determinados males.
Os fitoterápicos fornecem nutrientes e auxiliam no bom funcionamento do sistema digestivo,
pois aceleram o processamento da comida e melhora a absorção das substâncias. Também
estimulam o sistema circulatório, alguns fitoterápicos fazem o sangue fluir até a superfície,
outros estimulam o coração a bombear com mais eficiência, outros relaxam os músculos
arteriais, diminuindo a pressão sanguínea.
2 PRINCÍPIOS ATIVOS DAS PLANTAS MEDICINAIS
O cultivo de plantas medicinais deve atender algumas necessidades básicas, não esquecer
que as plantas devem conter uma concentração satisfatória de seus princípios ativos. Por
exemplo, os Alcalóides que atuam no sistema nervoso central, com ativos calmante,
sedativo, estimulante, anestésico e analgésico. Alguns podem ser cancerígenos e outros
antitumorais.
As Mucilagens que revestem as mucosas do trato digestivo, protegendo contra irritações,
acidez e inflamações.
Flavonóides são antiinflamatórios e auxiliam uma boa circulação.
Taninos constroem os tecidos da pele, melhorando sua resistência a infecções.
Óleos voláteis são extraídos das plantas para produzir óleos essenciais, que possuem
diversos efeitos terapêuticos.
Fenóis são anti-sépticos e combatem inflamações quando ingeridos, porém tem efeito
irritante se aplicado sobre a pele.
Glicocídeos cianogênicos exercem efeito sedativo e relaxante sobre o coração e os
músculos.
Muitos fatores podem influenciar a quantidade de princípios ativos, tais como, clima, solo, as
estações do ano, falta ou excesso de água, qualidade da água, época do plantio e colheita,
entre outros.
3 PLANTIO E COLHEITA DAS PLANTAS MEDICINAIS
Para o cultivo de plantas medicinais são necessários alguns cuidados, tais como, seleção
da área para o cultivo, manejo do solo, rotação de culturas, plantio na época correta, usar
sementes, mudas ou estacas de plantas sadias e fazer o plantio num espaço adequado. Os
produtores devem seguir as especificações técnicas de cada planta, sendo, formas de
adubação, clima, irrigação e/ou manuseio.
O local escolhido para o plantio deve ter pelo menos 2 km de distância de rodovias
movimentadas, pois, as plantas absorvem os gases tóxicos emitidos pelos veículos,
também não devem ser plantadas em solos contaminados, tanto por metais pesados quanto
redes de esgoto.
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3.1 Preparação do solo
Para o plantio de plantas medicinais o preparo do solo é importantíssimo. O preparo
compreende um conjunto de práticas que se forem utilizadas de forma correta, pode
permitir uma alta produtividade das culturas e baixo custo. No entanto, quando usadas de
maneira incorreta, tais práticas podem levar rapidamente o solo às degradações físicas,
químicas e biológicas.
O solo deve ser preparado através de aração, escarificação ou gradagem pesada, atingindo
profundidade suficiente para romper a camada superficial compactada e permitir a
infiltração de água.
As plantas medicinais podem ser cultivadas em canteiros, covas ou recipientes,
dependendo da espécie e da disponibilidade de espaço. As espécies de crescimento
rasteiro são cultivadas em canteiros, que devem ter a largura de 1m e comprimento
variável. Várias plantas podem ser cultivadas em um mesmo canteiro, no entanto, deve-se
observar as espécies, pois algumas espécies possuem características diferentes.
A irrigação deve ser aplicada de acordo com as necessidades de cada espécie em termos
de quantidade e o sistema de irrigação é de acordo com as características de cada solo. A
água a ser irrigada é uma fonte de fácil contaminação, principalmente microbiológica. Por
esta razão deve-se fazer uma análise da água a ser utilizada, certificando-se de que está
dentro dos padrões de qualidade estabelecidos em relação a contaminantes, como fezes,
metais pesados e agrotóxicos. A irrigação deve ser realizada pela manhã ou ao entardecer.
3.1.1 Plantas medicinais cultivadas em canteiros
Podem ser tratadas como hortaliças, por possuírem um ciclo curto. Para cultivá-las em
canteiros, estes devem possuir 1 metro de largura e de comprimento variável e uma
distância de pelo menos 50 cm para facilitar a movimentação. Sendo recomendada a
utilização de canteiros para plantas de pequeno porte e anuais.
3.1.2 Plantas medicinais cultivadas em vasos ou floreiras
Podem ser plantadas sementes ou mudas de plantas, o tamanho dos vasos podem variar,
tanto de tamanho quanto de formas e de materiais. Todos os vasos precisam ter buracos
para drenagem e uma camada de cascalho ou cacos no fundo, para que não haja excesso
de água, devem ser cheios de uma boa mistura de terra e adubo.
3.2 Adubação
A adubação pode ser feita de seis em seis meses, misturando a terra com um composto
orgânico, esterco de gado, esterco de aves ou de coelhos curtido. Também pode ser feito a
fosfatagem, com fosfatos naturais para corrigir a deficiência de fosfato no solo.
A realização de adubação auxilia no combate de pragas e doenças comuns em plantações,
sem comprometer a qualidade da produção.
Para realizar a correção básica do solo recomenda-se usar 150g de calcário/m²/canteiro. O
esterco de gado pode ser colocado na proporção de 6 a 101/m²/canteiro e esterco de ave
de 2 a 3 litros/m²/canteiro, estes devem estar totalmente curtidos. Em covas deve-se colocar
1/4 das dosagens recomendadas/ m² para cada canteiro. Nas sementeiras a adubação é a
mesma dos canteiros.
3.3 Controle de doenças e pragas
As espécies medicinais normalmente apresentam alta resistência ao ataque de doenças e
pragas, mas, por algum desequilíbrio, este pode ocorrer em níveis prejudiciais. Num
ambiente equilibrado, com plantas bem nutridas, a possibilidade de ataque diminui. O uso
de produtos químicos (agrotóxicos) é condenado para o cultivo de espécies medicinais.
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Isto se justifica pela ausência de produtos registrados para estas espécies, conforme
exigência legal e pelas alterações que tais produtos podem ocasionar aos princípios ativos.
Algumas pragas como ácaros, fungos, besouros, bactérias, formigas, lagartas, pulgões,
lesmas e nematóides podem ocorrer durante o cultivo.
Apresenta-se a seguir uma receita de inseticida caseiro segundo a Associação Brasileira de
Horticultura, que não compromete a qualidade das plantas medicinais.
Modo de preparo:
Aquecer um litro de água, acrescentando 50 gramas de fumo de corda picado e deixar
ferver por cinco minutos. Desligar o fogo, deixar esfriar e coar.
Como aplicar:
Dissolver a mistura em dois litros de água e pulverizar a planta, de preferência no fim da
tarde, não regando logo após esta aplicação.
Podem-se acrescentar pimentas malaguetas esmagadas, para aumentar o efeito de
controle.
A adição de um pouco de sabão na mistura facilita a aderência deste produto na planta.
Mas atenção: para consumir as plantas nas quais a calda foi aplicada, deve se esperar pelo
menos 24 horas.
Uma grande área de produção de plantas da mesma espécie pode facilitar o surgimento e
rápido desenvolvimento de pragas e doenças específicas. A consorciação de duas ou mais
espécies reduz este risco. Porém é necessário fazer um planejamento desta consorciação
por causa da ação de uma espécie sobre o desenvolvimento da outra que pode ocorrer.
Quando não há informações sobre o efeito da consorciação ela deve ser testada
anteriormente em uma pequena área.
3.4 Colheita
A colheita é um dos passos mais importantes para a produção de plantas medicinais de
qualidade, colher no momento certo. O denominado ponto de colheita varia segundo órgão
da planta, estágio de desenvolvimento, época do ano e hora do dia. O estágio de
desenvolvimento também é muito importante para que se determine o ponto de colheita,
principalmente em plantas perenes e anuais de ciclo longo, onde a máxima concentração é
atingida a partir de certa idade e/ou fase de desenvolvimento.
A colheita das plantas medicinais deve ser feita no tempo seco e colhidas logo pela manhã,
assim que o orvalho evaporar. A época do ano também pode exercer efeitos nos teores dos
princípios ativos, assim a colheita de raízes no começo do inverno ou no início da primavera
(antes da brotação), são citados como melhores épocas.
As cascas são colhidas quando a planta está completamente desenvolvida, ao fim da vida
anual ou antes da floração (nas perenes). Nos arbustos, as cascas são separadas no
outono e, nas árvores, na primavera.
No caso de sementes recomenda-se esperar até o completo amadurecimento; no caso de
frutos deiscentes (cujas sementes caem após o amadurecimento), a colheita deve ser
antecipada.
Os frutos carnosos, com finalidade medicinal, são coletados completamente maduros. Os
frutos secos, como os aquênios, podem cair após a secagem da planta, por isso
recomenda-se antecipar a colheita.
Deve-se salientar que a colheita das plantas em determinado ponto tem o intuito de obter o
máximo teor de princípio ativo. No entanto, na maioria das vezes, nada impede que as
plantas sejam colhidas antes ou depois do ponto de colheita para uso imediato. O maior
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problema da época de colheita inadequada é a redução do valor terapêutico e/ou
predominância dos princípios tóxicos.
Os talos e folhas devem ser colhidos antes do florescimento. As flores no início da floração,
a colheita de frutos e sementes deve ser feita quando estiverem maduros, a raiz deve ser
extraída quando a planta estiver adulta e a casca e entrecasca quando a planta estiver
florida.
O material colhido deve ser colocado em cestos e caixas abertas preferencialmente, precisa
de cuidado especial de não amontoar os cestos e não amassar as plantas, para não
acelerar a degradação e perda da qualidade. Deve-se evitar a colheita de plantas doentes,
com manchas, fora do padrão, com terra, poeira, órgãos deformados, ou seja, colher
apenas plantas saudáveis. Não deve misturar as espécies de plantas, colher uma espécie
de cada vez.
Após colher as plantas, pode-se fazer o uso imediato do material ainda fresco, extrair as
substâncias ativas e aromáticas do material fresco ou efetuar a secagem para fins de
comercialização "in natura", a qual requer mais atenção.
3.5 Secagem
O consumo de plantas medicinais frescas garante ação mais eficaz dos princípios curativos,
Entretanto, nem sempre se dispõe de plantas frescas para uso imediato e a secagem
possibilita conservação quando bem conduzida.
A secagem reduz o peso da planta, em função da evaporação de água contida nas células
e tecidos das plantas, promovendo o aumento percentual de princípios ativos em relação ao
peso inicial da planta. Deve-se utilizar menor quantidade de plantas secas do que frescas.
No entanto, esta percentagem varia com a idade da planta e condições de umidade do
meio.
A umidade existente nas plantas colhidas varia de 60 a 80%, para evitar a fermentação ou
degradação dos princípios ativos é necessário reduzir o conteúdo de água. A secagem deve
ser realizada corretamente para preservar as características de cor, aroma e sabor do
material colhido e ser iniciada o mais rápido possível. A secagem deve ser realizada até que
a planta atinja 8% a 12% de água, conforme a espécie e a parte da planta.
Com essa porcentagem de umidade, a maioria das espécies pode ser armazenada por um
bom período sem que ocorra deterioração. Porém não se deve esquecer que várias
espécies reabsorvem a umidade do ar. Isso deve ser levado em consideração na definição
do método de embalagem e armazenamento.
O tempo de secagem depende do fluxo de ar, da temperatura e da umidade relativa do ar,
sendo que maior a temperatura e maior o fluxo de ar, mais rápida será a secagem. A
temperatura de secagem é determinada pela sensibilidade dos princípios ativos da planta;
portanto, para cada espécie, há uma temperatura ideal de secagem.
Os métodos de secagem se dividem em natural ou artificial. O método artificial pode ser
dividido em secagem com fluxo de ar frio ou aquecido. Todos os métodos podem ser
usados na secagem de plantas, desde que haja um mecanismo de controle de temperatura
que permita mantê-las na temperatura recomendada para cada espécie.
Secagem à temperatura ambiente é o método mais antigo e simples é a secagem ao sol, no
local de cultivo. Tem como desvantagem o risco de perda do produto devido às condições
climáticas adversas e aos compostos ativos, pela ação do sol. A fim de diminuir esses
problemas, a secagem deve ser feita à sombra, por exemplo, em galpões bem arejados.
A secagem natural não é recomendada para cultivos comerciais e em regiões com alta
umidade relativa do ar. É recomendada, sim, para a pré-secagem de ramos e raízes.
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Para a secagem de flores retire a sujeira e coloque as flores sobre um papel absorvente em
local seco, deixando espaço entre elas, remova as pétalas e guarde num saco de papel ou
num vidro escuro (FIG. 1).
Figura 1 - Secagem de flores
Fonte: CHEVALLIER, 2005.
Para a secagem das sementes pendure os ramos de frutos, cápsulas de sementes ou
caules de flores de ponta cabeça sobre uma bandeja com papel ou sobre um saco de papel.
Deixe secar, sacuda suavemente removendo as sementes maiores e guarde (FIG. 2).
Figura 2 - Secagem das sementes
Fonte: CHEVALLIER, 2005.
Para a secagem de frutas silvestres colocar em uma assadeira forrada de papel absorvente.
Leve ao forno aquecido, desligado, deixando a porta entreaberta por aproximadamente
quatro horas. Ponha em local seco e escuro, revirando de vez em quando, descartando as
frutas com mofo (FIG. 3).
Figura 3 - Secagem de frutas silvestres
Fonte: CHEVALLIER, 2005.
Para a secagem das folhas pendure ramos de oito a dez caules num local escuro, morno e
ventilado. Quando estiverem quebradiços, separe as folhas dos caules esfregando-as.
Guarde em vidro escuro com tampa ou em sacos de papel (FIG. 4).
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Figura 4 - Secagem das folhas
Fonte: CHEVALLIER, 2005.
Para a secagem das raízes limpe-ás em água morna. Pique ou fatie e espalhe em bandejas
forradas com papel absorvente. Leve ao forno aquecido, desligado, deixando a porta
entreaberta por aproximadamente três horas. Deixe-as num local morno até que sequem e
depois guarde (FIG. 5).
Figura 5 - Secagem das raízes
Fonte: CHEVALLIER, 2005.
Após a secagem, as plantas devem ser preparadas para comercialização no atacado ou no
varejo. As operações necessárias para esta fase são chamadas operações de manipulação
(FIG. 6). As mais freqüentes são: separação e limpeza (remoção de partes indesejadas),
classificação, rasura, corte e moagem. Todo o material deve ser separado ou peneirado
para eliminar impurezas como terra, restos de insetos e corpos estranhos. Pode-se também
trabalhar em mesas teladas para facilitar esta operação.
As peneiras devem ser mantidas limpas e sofrer manutenção regularmente. O produto seco
deve ser empacotado a fim de protegê-lo e reduzir o risco de ataques de pragas.
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Figura 6 - Fluxograma de pós-colheita
Fonte: BRASIL, 2006.
3.6 Embalagem
Após efetuar um controle de qualidade, a fim de eliminar qualquer material de baixa
qualidade e corpo estranho, o produto deve ser embalado.
As embalagens dependem do tipo de planta, quantidades, modo de transporte, distância e
demais exigências específicas do comprador.
As embalagens mais utilizadas são fardos, sacos de papel ou plástico e caixas de papelão.
As raízes e cascas não podem ser comprimidas, por isso, são colocadas em sacos grandes,
também chamados de fardos. Outra maneira de embalar é colocar as plantas em sacos de
polietileno e depois em barricas de papelão. Sementes e frutos são embalados em sacos
menores.
As embalagens devem conter pelo menos o nome popular e científico, número do lote e
código da partida, data da colheita, prazo de validade, nome do produtor, data da
embalagem e número da respectiva ficha que contém as informações agronômicas
referentes ao lote das plantas produzidas.
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Recomenda-se embalagens com uma ou duas camadas externas de papel tipo Kraft, para
evitar exposição à luz e uma camada interna de polietileno atóxico, para evitar reidratação
do produto.
Os materiais utilizados para embalar devem ser armazenados em lugar limpo e seco, livre
de insetos e outros animais domésticos.
3.7 Armazenamento e transporte
O produto embalado deve ser armazenado em menor tempo possível, pois, em geral, pode
ocorrer uma diminuição e alteração dos princípios ativos.
O local do armazenamento deve ser seco, escuro e arejado, para manter o ambiente
arejado, podem-se utilizar, por exemplo, exaustores eólicos. O armazém deve ter piso de
concreto ou similar, de fácil limpeza e estar livre de insetos, roedores ou poeira.
O produto seco e embalado deve ser armazenado sobre estrados, em uma distância
suficiente da parede para evitar absorção de umidade, completamente separado de outros
lotes de plantas, para evitar contaminação secundária e os produtos orgânicos devem ser
armazenados separadamente. As plantas fortemente aromáticas devem ser mantidas
separadas das outras.
O transporte das plantas deve ser feito preferencialmente em veículos com carroceria
fechada, mas bem arejada.
Todo produto transportado para comercialização deve estar acompanhado da
documentação pertinente, como por exemplo nota fiscal e se for o caso, licença ambiental e
laudo fitossanitário.
4 PLANTAS MEDICINAIS E SUAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS
4.1 Abacateiro
Nome científico: Persea americana Mill.
Família: Lauraceae
Nome popular: abacate, louro-abacate,
pêra-abacate.
Parte utilizada: folha, fruto e semente.
Propriedades terapêuticas: diurético,
carminativo, afrodisíaco, anti-reumático.
Indicações terapêuticas: diarréia,
disenteria, dor de cabeça, contusão.
Informações complementares: a polpa
do abacate é considerada afrodisíaca. Já
no caroço concentra-se parte do poder de
aumentar a libido. A polpa é muito rica em
nutrientes, vitaminas, sais minerais,
antioxidantes e principalmente gordura
boa. Suas gorduras são parecidas com as
do azeite de oliva e seu teor de colesterol é
irrisório ao contrário do que muita gente
pensa. É boa para o coração e vasos.
Figura 7 - Abacateiro
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
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4.2 Abacaxi
Nome científico: Ananas comosus (L.)
Merri.
Família: Bromeliaceae
Nome popular: ananás.
Parte utilizada: fruto.
Propriedades terapêuticas:
antiinflamatório, estomáquico, carminativo
e diurético.
Informações terapêuticas: indicado para
tosse catarral, bronquite, auxilia na
digestão, é utilizado para problemas nas
vias respiratórias e para neurastenia.
Figura 8 - Abacaxi
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
4.3 Açafrão
Nome científico: Curcuma longa L.
Família: Zingiberaceae
Nome popular: açafrão-da-índia, açafrãoda-terra, açafroa, batata-amarela.
Parte utilizada: rizoma.
Propriedades terapêuticas:
antiinflamatória, alivia dores estomacais e
antibacteriano.
Informações terapêuticas: existem vários
açafrões: um é a planta chamada Crocus
sativus, Lineo, conhecida alhures como
Açafrão oriental, Açafrão cultivado, Açafrão
verdadeiro, Flor da aurora, Flor de
Hércules, que é um arbusto pequeno muito
comum nos jardins do Brasil.
Cuidados: não tomar mais que 10 gramas
por dia (30 estigmas ou quatro colheres de
sobremesa) porque esta planta é tóxica em
grandes doses, podendo dar alteração no
sistema nervoso, ou provocar abortos.
Figura 9 - Açafrão
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
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4.4 Alecrim
Nome científico: Rosmarinus officinalis L.
Família: Labiatae
Nome popular: alecrim-de-jardim, alecrimrosmarinho, alecrim-de-cheiro, erva-coada,
erva-da-graça, flor-de-olimpo e rosamarinha.
Parte utilizada: folhas.
Propriedades terapêuticas:
antiespasmódico e antiácido.
Indicações terapêuticas: problemas
digestivos, anti-séptico, diurético, colagogo,
colerético, carminativo, antiinflamatório
intestinal, usado externamente contra o
reumatismo e cicatrizante.
Cuidados: não ingerir em grandes
quantidades, pode provocar intoxicação.
Figura 10 - Alecrim
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
4.5 Alho
Nome científico; Allium sativum L.
Parte utilizada: dentes (bulbilhos).
Propriedades terapêuticas: expectorante,
antigripal, febrífugo, desinfetante,
antiinflamatório, antibiótico, antisséptico,
vermífugo.
Indicações terapêuticas: bulbos depois
de transformados em chá têm ação contra
vermes e parasitos, hipertensão, picada de
inseto, contra ácido úrico, gripe, resfriado,
tosse, rouquidão, dor de ouvido,
arteriosclerose.
Cuidados: contra-indicado para pessoas
com problemas estomacais e de úlceras,
inconveniente para recém-nascidos e mães
em amamentação e em pessoas com
dermatites. Em doses muito elevadas,
pode provocar dor de cabeça, de
estômago, dos rins e até tonturas.
Figura 11 - Alho
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
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4.6 Arruda
Nome científico:.Ruta graveolens L.
Família: Rutaceae
Nome popular: arruda-fedorenta, ruta-decheiro-forte, erva-arruda.
Parte utilizada: folhas.
Propriedades terapêuticas: antihelmíntica, febrífuga e emenagoga.
Indicações terapêuticas: desordens
menstruais, inflamações na pele, dor de
ouvido, dor de dente, febre, câimbras,
doenças do fígado e verminose.
Cuidados: não deve utilizada durante a
gestação.
Figura 12 - Arruda
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
4.7 Babosa
Nome científico: Aloe Vera (L.) Burm. f.
Família: Liliaceae
Parte utilizada: folha, polpa, seiva.
Propriedades terapêuticas: emoliente,
resolutivo, antioftálmica, vulnerária,
vermífuga, cicatrizante.
Indicações terapêuticas: queda de
cabelo, caspa, brilho no cabelo, combate a
piolho e lêndea, inflamação, queimadura,
eczema, erisipela, retite hemorroidal,
entorse, contusão, dor reumática.
Informações complementares: o suco
das folhas é emoliente e resolutivo, quando
usadas topicamente sobre inflamações,
queimaduras, eczemas, erisipelas, queda
de cabelo, etc. A polpa é antioftálmica,
vulnerária e vermífuga (uso interno). A
folha despida de cutícula é um supositório
nas retites hemorroidais. É ainda utilizada
externamente em entorses, contusões e
dores reumáticas.
Figura 13 - Babosa
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
Cuidados: Não deve ser ingerida por
mulheres durante a menstruação ou
gravidez. Não usar internamente em
crianças.
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4.8 Bardana
Nome científico: Arctium lappa L.
Família: Compositae
Nome popular: gobô, orelha-de-gigante,
bardana-maior, pega-pega e carrapichão.
Parte utilizada: raiz, folhas e sementes.
Propriedades terapêuticas: depurativa,
diurética (eficaz eliminador do ácido úrico),
colerética, laxativa, diaforética, anti-séptica,
estomáquica, antidiabética, atua nos casos
de insuficiência hepática, dermatoses,
antibiótico externo principalmente para
bactérias gram-positivas.
Indicações terapêuticas: purificar o
sangue, afecções reumáticas, queda de
cabelo, picadas de insetos, torções,
hemorróidas, enfermidades crônicas da
pele, acnes, eczemas, pruridos, seborréia
da face, herpes, vesícula inflamada, cálculo
biliar, hepatite viral, cirrose e herpes
simples.
Figura 14 - Bardana
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
4.9 Boldo
Nome científico: Plectranthus barbaus
Andrews
Família: Labiatae
Nome popular: falso-boldo, boldobrasileiro, alum, malva-santa, malvaamarga, sete-dores e boldo-do-jardim.
Parte utilizada: folhas.
Propriedades terapêuticas:
hipossecretora gástrica e antiinflamatório.
Indicações terapêuticas: controle da
gastrite, azia, dispepsia, mal-estar-gástrico,
ressaca e como estimulante da digestão e
do apetite.
Figura 15 - Boldo
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
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4.10 Calêndula
Nome científico: Calendula officinalis L.
Família: Compositae
Nome popular: margarida-dourada,
malmequer, bonina e flor-de-todos-osmales.
Parte utilizada: inflorescências e folhas.
Propriedades terapêuticas: cicatrizante,
antisséptico, sudorífico, analgésico,
colagogo, antiinflamatório, antiviral,
antiemético, vasodilatador, tonificante da
pele.
Indicações terapêuticas: antiinflamatória,
cicatrizante.
Informações complementares:
indicações: cicatrizante e antisséptico (uso
externo). Sudorífico, analgésico, colagogo,
antiinflamatório, antiviral, antiemético,
vasodilatador e tonificante da pele (contra
acne). Externamente é empregada contra
conjuntivite, eczema, herpes, gengivite,
feridas e úlceras.
Figura 16 - Calêndula
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
4.11 Camomila
Nome científico: Matricaria chamomilla L.
Família: Compositae
Parte utilizada: flor seca ou fresca.
Propriedades terapêuticas: antiinflamatória, antiespasmódica, analgésica, anti-séptica,
antimicrobiana, anti-helmíntica, cicatrizante.
Indicações terapêuticas: ansiedade, insônia, síndromes febris, dispepsia, flatulência,
náusea, vômito, inflamação bucal e do aparelho geniturinário. Dor de origem reumática.
Clareadora dos cabelos. Menstruação dolorosa.
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Informações complementares: indicada
nos quadros de ansiedade e insônia, nas
síndromes febris, dispepsia, flatulência,
náuseas, vômito, inflamações bucais e do
aparelho geniturinário. Uso externo: dores
de origem reumática e como clareadora
dos cabelos (utilizada pela indústria
cosmética para preparo de xampus). Tem
atividade reguladora das funções
gastrointestinais e ação sedativa.
Constatou-se experimentalmente ações
antiinflamatórias, antiespasmódica,
analgésica, anti-séptica, antimicrobiana,
anti-helmíntica (nas parasitoses intestinais)
e cicatrizante.
Cuidados: reações adversas são tênues e
incluem distúrbios dermatológicos.
Figura 17 - Camomila
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
4.12 Capim-cidreira
Nome científico: Cymbopogon citratus
Família: Gramineae
Nome popular: capim-cheiroso, capimlimão, cidró, capim-santo.
Parte utilizada: folhas.
Propriedades terapêuticas: analgésica,
calmante, espamolítica.
Indicações terapêuticas: nervosismo,
cólicas uterinas e intestinais.
Cuidados: evitar a presença de
microfragmentos da folha no chá, os quais
podem causar pequenas lesões nas
mucosas que revestem o aparelho
digestivo, da boca aos intestinos.
Figura 18 - Capim-cidreira
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
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4.13 Canela
Nome científico: Cinnamomum verum
Família: Lauraceae
Nome popular: canela-verdadeira,
canela-de-cheiro, canela-da-índia e
canela-rainha.
Parte utilizada: casca.
Propriedades terapêuticas: estimulante
e calorífica, carminativa, antisséptica e
antiviral.
Indicações terapêuticas: digestão,
náuseas, gripes e resfriados e
circulação.
Figura 19 - Canela
Fonte: CHEVALLIER, 2005.
Cuidados: pode ser tóxica se ingerida
em excesso, não utilizar como
medicamento durante a gravidez.
4.14 Carqueja
Nome científico: Baccharis trimera (Lees.) DC.
Família: Compositae
Nome popular: carqueja amarga, vassoura, carquejado-mato e carque.
Parte utilizada: folhas.
Indicações terapêuticas: gripe, doenças do fígado,
estômago e intestinos, anemia, cálculos biliares,
diarréias, enfermidades do baço, bexiga, diurética e
fígado.
Informações complementares: planta amarga
indicada na gripe com muito proveito e nas doenças do
fígado, estômago e intestinos. Nas diversas dispepsias
que trazem má digestão e debilidade e no mau
funcionamento do intestino, ora como diarréia, ora
como prisão de ventre, a Carqueja produz sempre bom
resultado. Na diabetes ou glicosúria faz diminuir o
açúcar até sua completa eliminação, ficando o
organismo apto para uma perfeita nutrição. Em formas
de chás, nos casos de anemia, cálculos biliares,
diarréias, enfermidades do baço, da bexiga e do
fígado.
Figura 20 - Carqueja
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
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4.15 Castanha-da-índia
Nome científico: Aesculus hippocastanum
L.
Família: Hipocastanáceae
Parte utilizada: cascas e sementes.
Indicações terapêuticas: hemorróidas,
varizes e reumatismo.
Cuidados: se ingerida, é potencialmente
tóxica.
Figura 21 - Castanha-da-índia
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
4.16 Cavalinha
Nome científico: Equisetum arvense L.
Família: Equisetáceas
Nome popular: cavalinha.
Propriedades terapêuticas: diurética,
anti-hipertensivo, mineralizante,
antiinflamatória e antiprostático.
Indicações terapêuticas: osteoporose,
reumatismo, ajuda nos tratamentos para
emagrecer, edema pré-menstrual, favorece
o metabolismo do cálcio na coagulação
sangüínea.
Figura 22 - Cavalinha
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
4.17 Dente-de-leão
Nome científico: Taraxacum officinale Weber
Família: Compositae
Nome popular: alface-de-cão, alface-de-côco, amargosa, amor-dos-homens, chicórialouca, chicória-silvestre, coroa-de-monge, dente-de-leão-dos-jardins, leutodonte, quartilho,
radite-bravo, relógio-dos-estudantes, salada-de-toupeira, soprão, taraxaco, taraxacum.
Parte utilizada: rizoma, folhas, inflorescência, sementes, raiz.
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Propriedades terapêuticas: alcalinizante,
anódina, anti-anêmica, anti-colesterol, antidiarréica, antiescorbútica, antiflogística,
anti-hemorrágica, anti-hemorroidária, antihipertensiva, antiinflamatória, antilítica
biliar, anti-oxidante.
Indicações terapêuticas: ácido úrico;
acidose, acnes, afecções biliares, afecções
hepáticas, afecções ósseas, afecções
renais, afecções vesicais, aliviar
escamações da pele, aliviar irritações da
pele, aliviar vermelhidões na pele,
anemias; arteriosclerose, astenia.
Figura 23 - Dente-de-leão
Fonte: PLANTAS MEDICINAIS
4.18 Doril
Nome científico: Alternanthera brasiliana
(L.) O. Kuntze
Família: Amaranthaceae
Nome popular: carrapichinho, ervanço,
nateira, quebra-branca, terramicina,
acônito-do-mato e infalível.
Parte utilizada: folhas e inflorescências.
Propriedades terapêuticas: diurética,
digestiva, depurativa.
Indicações terapêuticas: prisão de ventre,
diarréia, moléstia do fígado e da bexiga.
Figura 24 - Doril
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
4.19 Dormideira
Nome científico: Mimosa pudica L.
Família: Leguminosae-mimosoideae
Nome popular: dormideira, dorme-dorme, não-me-toque, erva-viva, arranhadeira, papoula
e mimosa.
Parte utilizada: folhas, flores e raízes.
Propriedades terapêuticas: analgésico, sedativo e no tratamento da diarréia.
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Indicações terapêuticas: as raízes são
irritantes, purgativas e eméticas,
empregadas contra difteria e na forma de
banhos, contra o inchamento das juntas
causadas por reumatismo. Pode-se fazer
gargarejos para dores de garganta.
Figura 25 - Dormideira
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
4.20 Erva-cidreira
Nome científico: Melissa officinalis L.
Família: Lamiaceae
Nome popular: melissa, cidreiraverdadeira, melitéia.
Parte utilizada: folhas.
Propriedades terapêuticas:
rejuvenescedora, calmante, revitalizante,
antidepressivo, antialérgico, carminativo,
hipotensor, nervino, sudorífero, tônico
geral, antiespasmódico, bálsamo cardíaco,
antidisentérico, antivômitos.
Indicações terapêuticas: regular
menstruação, cólicas, tem efeito tônico no
útero e, às vezes, pode ajudar em casos de
esterilidade, insônia nervosa, problemas
gastrintestinais funcionais, herpes simples,
lava feridas, combate mau hálito, revigora
em banhos.
Figura 26 - Erva-cidreira
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
Cuidados: embora seja antialérgica, pode
irritar peles sensíveis.
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4.21 Erva-mate
Nome científico: Ilex paraguariensis St.Hill
Família: Aquifoliaceae
Nome popular: mate, erva-do-paraguai,
chá-mate, congonha e erva-verdadeira.
Parte utilizada: folhas
Propriedades terapêuticas: estimulante,
diurética.
Indicações terapêuticas: fraqueza,
cansaço, depressão, má digestão.
Figura 27 - Erva-mate
Fonte: PLANTAS MEDICINAIS
4.22 Espinheira-santa
Nome científico: Maytenus ilicifolia Mart.
ex Reiss.
Família: Celastraceae
Nome popular: cancorosa-de-seteespinhos, sombra de touro, erva-santa e
cancerosa.
Parte utilizada: folhas.
Propriedades terapêuticas: antiasmática,
contraceptiva, anti-séptica, tônica,
analgésica, cicatrizante, diurética.
Indicações terapêuticas: tumores
estomacais, ressaca alcoólica, feridas,
úlceras, azia, gastralgia, úlcera gástrica.
Cuidados: é contra-indicada para
lactantes, pois poderá reduzir a produção
de leite.
Figura 28 - Espinheira-santa
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
4.23 Eucalipto
Nome científico: Eucalyptus globulus Labill.
Família: Myrtaceae
Nome popular: árvore-da-febre, comeiro-azul, mogno-branco e eucalipto-limão.
Parte utilizada: folhas.
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Propriedades terapêuticas: expectorante,
adstringente, anestésico e antisséptico.
Indicações terapêuticas: rinite crônica,
coriza, gripes, congestão nasal e sinusite.
Cuidados: a aplicação em crianças deve
ser cautelosa, para não provocar
espasmos.
Figura 29 - Eucalipto
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
4.24 Funcho
Nome científico: Foeniculum vulgare Mill.
Família: Umbelliferae
Nome popular: erva-doce, falso-anis,
fiolho-doce, funcho-bastardo, funchocomum e funcho-doce.
Parte utilizada: folhas, frutos e raízes.
Propriedades terapêuticas: carminativo,
galactagogo, digestivo, diurético, tônico
geral e antiespasmódico.
Indicações terapêuticas: cólica de
criança, eliminação de gases e estimular a
lactação.
Figura 30 - Funcho
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
4.25 Gengibre
Nome científico: Zingiber officinale Roscoe.
Família: Zingiberaceae
Nome popular: gengibre-de-jamaica, gengibre-africano.
Parte utilizada: raiz (rizomas).
Propriedades terapêuticas: estimulante gastrintestinal, aperiente, carminativo, tônico e
expectorante.
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Indicações terapêuticas: combate gases intestinais,
vômito, rouquidão, traumatismo, reumatismo, rinite,
faringite, laringite, redução do colesterol, alergias
respiratórias, diabete, asma, bronquite, amigdalite e
tosses.
Cuidados: deve-se ter cautela com receitas ou fórmulas
que incentivam a auto-medicação. Como medicamento,
deve ser tomado com orientação médica, embora seja
uma planta segura, tem efeitos adversos. Cálculos
biliares, as gestantes e as pessoas com sangramentos,
ou mesmo com menstruação excessiva, devem eximir-se
dele, pois há trabalhos científicos comprovando sua ação
antiplaquetárias.
Figura 31 - Gengibre
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
4.26 Guaco
Nome científico: Mikania glomerata Spreng.
Família: Compositae
Nome popular: cipó-almecega-cabeludo, cipó-catinga,
erva-cobreguaco-de-cheiro, guaco-liso e guaco.
Parte utilizada: folha ou planta florida.
Propriedades terapêuticas: broncodilatador, diurético,
antisséptico, expectorante, tônico, antiasmático, febrífugo,
sudorífico, anti-reumático e cicatrizante.
Indicações terapêuticas: prevenção e tratamento da asma
(atua como dilatador dos brônquios, desobstruindo as vias
respiratórias), contra picada de cobra e inseto.
Figura 32 - Guaco
Fonte: LORENZI; MATOS,
2002.
4.27 Guaraná
Nome científico: Paullinia cupana Kunth
Família: Sapindaceae
Nome popular: guaraná-uva, guaranazeiro e
guaraná.
Parte utilizada: sementes.
Propriedades terapêuticas: tônico
estomacal, energético, afrodisíaco, aperiente e
diurético.
Indicações terapêuticas: dispepsia,
flatulência, diarréia, gases e prisão de ventre.
Figura 33 - Guaraná
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
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4.28 Hortelã
Nome científico: Mentha x villosa H
Família: Labiateae
Nome popular: hortelã-rasteira, hortelã de
panela, menta-vilosa.
Parte utilizada: folhas e sumidades floridas.
Propriedades terapêuticas: condimento,
espasmolítica, antivomitiva, carminativa,
estomáquica, anti-helmíntica via oral, antiséptica e antiprurido via local.
Indicações terapêuticas: alivia doenças das
vias respiratórias superiores, para efeitos dos
gases estomacais, enxaquecas, tremores e
odontalgia.
Figura 34 - Hortelã
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
4.29 Ipê-roxo
Nome científico: Tabebuia avellanedae Lor. ex Griseb.
Família: Bignoniaceae
Nome popular: ipê-cavatã, ipê-roxo-da-mata, lapacho,
peúva e piúva.
Parte utilizada: parte interna da casca seca.
Propriedades terapêuticas: antibiótico, diurético,
antifúngico, imunoestimulante, analgésico e
antiinflamatório.
Indicações terapêuticas: problemas virais,
antiinflamatório e infecções por fungos.
Figura 35 - Ipê-roxo
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
4.30 Kava-kava
Nome científico: Piper methysticum.
Parte utilizada: raízes (rizomas).
Propriedades terapêuticas: estimulante, tônica, anti-séptica das vias urinárias, ação
sedativa e analgésica.
Indicações terapêuticas: reduz a ansiedade, aliviar o estresse crônico, afrodisíaco, suas
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propriedades estimulantes produzem grande excitação e muita euforia, contra artrite ajuda a
aliviar a dor e remove resíduos das articulações afetadas, para infecções urinárias ajuda a
combater infecções e a aliviar irritações na bexiga, para dores de dente e aftas.
Cuidados: não ingerir durante a gravidez e não tomar por mais de quatro semanas
consecutivas.
Figura 36 – Kava-kava
Fonte: CHEVALLIER, 2005.
4.31 Limão
Nome científico: Citrus limon (L.) Burm. f.
Família: Rutaceae
Nome popular: limoeiro, limão-verdadeiro,
limão-cicliano, limão-eureka, limão-gênova,
limão-feminello, limão-monochelo e limãolisboa.
Parte utilizada: frutos e folhas.
Propriedades terapêuticas: diurética,
antiescorbútica, anti-reumática, antidesintérica, adstringente e febrífuga.
Indicações terapêuticas: acidez
estomacal, ácido úrico, varizes,
hemorróidas, pedra nos rins, congestão
dos brônquios, eczema, dor de garganta,
picada de insetos e gripe.
Cuidados: lavar as mãos com bastante
água e sabão e não se expor ao sol após o
contato com o sumo da casca,
especialmente o óleo essencial dos vários
tipos de limão, por causa do risco de
surgirem manchas escuras e até
queimaduras provocados pela ação das
substâncias fotossensibilizantes
furocumarinas.
Figura 37 - Limão
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
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4.32 Losna
Nome científico: Artemisia absinthium L.
Família: Compositae
Nome popular: absinto, alvina, artemísia,
erva-do-fel, losma, gotas-amargas.
Parte utilizada: folhas e flores.
Propriedades terapêuticas: carminativa,
diurética, colagoga, emenagoga, abortiva,
antiparasitária, vermífugo, aperiente.
Indicações terapêuticas: queimaduras,
otites, micoses de pele, ulcerações na pele
(tópico), feridas, anemia.
Cuidados: em altas doses pode causar
vômitos, cólicas no estômago e nos
intestinos e não deve ser utilizada durante
a gestação.
Figura 38 - Losna
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
4.33 Macela
Nome científico: Egletes viscosa (L.) Less.
Família: Compositae
Nome popular: macela-do-campo, macelinha,
macela-amarela, camomila-nacional,
carrapichinho-de-agulha, marcela, losna-do-mato,
macela-do-sertão, chá-de-lagoa.
Parte utilizada: inflorescências.
Propriedades terapêuticas: antiinflamatória,
calmante, bactericida, antidiarréica, colinolítica,
mio-relaxante, antiespasmódica, digestiva,
estomáquica, emenagoga e antiviral.
Indicações terapêuticas: problemas digestivos,
flatulências, má digestão, colecistite, diarréias,
cólicas abdominais, azia, contrações musculares
bruscas, inflamações, disfunções gástricas,
inapetência, disenterias, distúrbios menstruais,
dores de cabeça, cistite, nefrite.
Cuidados: seu uso é contra indicado às pessoas
sensíveis à planta.
Figura 39 - Macela
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
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4.34 Malva
Nome científico: Malva sylvestris L.
Família: Malvaceae
Nome popular: malva, malva-alta, malva-de-botica,
malva-grande.
Parte utilizada: folhas, flores e raízes.
Propriedades terapêuticas: adstringente,
mucilagenosa, suavizante de tecidos, antiinflamatória
e laxativa.
Indicações terapêuticas: bronquite, tosse, asma,
enfisema pulmonar, coqueluche, colite, constipação
intestinal, contusões, afecções da pele, furúnculos,
abscessos, picaduras de insetos e afecções da boca
e garganta.
Figura 40 - Malva
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
4.35 Mamão
Nome científico: Carica papaya L.
Família: Caricaceae
Nome popular: abobaia, amazonas, formoso,
havaiano, mamoeiro, mamão-de-corda, papaia e
papaya.
Parte utilizada: folha, fruto, semente, látex e raiz.
Propriedades terapêuticas: digestiva, diurética,
laxante, vermífuga.
Indicações terapêuticas: afecções das vias
respiratórias, tosses, bronquites e muco.
Figura 41 - Mamão
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
4.36 Maracujá
Nome científico: Passiflora alata Dryand.
Família: Passifloraceae
Nome popular: maracujá-de-suco, maracujá-azedo, maracujá-liso e maracujazeiro.
Parte utilizada: folhas.
Propriedades terapêuticas: diurético, depurativo, sedativo, antiinflamatório, calmante,
antitérmico, vermífugo, antiespasmódico.
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Indicações terapêuticas: dores de cabeça
de origem nervosa, ansiedade,
perturbações nervosa da menopausa,
insônia, taquicardia nervosa, doenças
espasmódicas, nevralgias, asma.
Cuidados: deve-se controlar o uso das
folhas em forma de chá, pois existem
riscos de intoxicação cianídrica,
conseqüente ao uso de doses exageradas.
Figura 42 - Maracujá
Fonte: PLANTAS MEDICINAIS
4.37 Mastruz
Nome científico: Chenopodium ambrosioides
L.
Família: Chenopodiaceae
Nome popular: ambrisina, canudo, erva-dascobras, erva-do-formigueiro, erva-santa, ervade-santa-maria e mentruz.
Parte utilizada: folhas.
Propriedades terapêuticas: estomáquica,
anti-reumática e helmíntica.
Indicações terapêuticas: o sumo das folhas
associado a um pouco de leite é utilizado para
tratar bronquite e tuberculose, a planta
triturada é usada no tratamento de contusões
e fraturas por meio de compressas ou
ataduras.
Figura 43 - Mastruz
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
4.38 Noz-moscada
Nome científico: Virola surinamensis (Rol. ex Rottb) Warb.
Família: Myristicaceae
Nome popular: árvore-do-sebo, bicuíba, ucúuba-verdadeira e ucúuba-cheirosa.
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Parte utilizada: folhas, cascas e semente.
Propriedades terapêuticas: analgésica,
antiespasmódica, antiemética, afrodisíaca,
carminativa e laxativa.
Indicações terapêuticas: facilitadora do
parto, revigora a mente, ajuda na
recuperação dos sentidos após desmaios,
tônica para os cabelos, regula
menstruações escassas, alivia cólicas
menstruais, dores musculares e
reumatismos.
Figura 44 - Noz-moscada
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
4.39 Novalgina
Nome científico: Achillea millefolium L.
Família: Asteraceae
Nome popular: mil-folhas, atroveran, macelão, prontoalívio e sanguinária.
Parte utilizada: folhas e inflorescências.
Propriedades terapêuticas: diurética, antiinflamatória,
antiespasmódica e cicatrizante.
Indicações terapêuticas: infecção das vias
respiratórias superiores, indisposição, diarréia e febres.
Figura 45 - Novalgina
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
4.40 Picão
Nome científico: Bidens pilosa L.
Família: Asteraceae
Nome popular: cuambú, guambú, macela-docampo, picão-amarelo e pico-pico.
Parte utilizada: folhas.
Propriedades terapêuticas: diurético e antibiótico.
Indicações terapêuticas: icterícia, fígado, bexiga,
dor de estômago, intestino, gripe, febre, diabetes e
inflamação da garganta.
Figura 46 - Picão
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
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4.41 Poejo-das-hortas
Nome científico: Mentha pullegium L.
Família: Lamiaceae
Nome popular: erva de são lourenço, poejo, poejo real,
poejinho, menta-selvagem e vique.
Parte utilizada: folhas.
Propriedades terapêuticas: desordens digestivas e
calmante.
Indicações terapêuticas: acidez e ardor estomacais,
distúrbios gastrintestinais, arrotos, diarréia, enjôos,
catarros, tosses, insônia, transtornos menstruais e
reumatismo.
Cuidados: não utilizar altas dosagens durante a gravidez.
Figura 47 - Poejo-das-hortas
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
4.42 Quebra-pedra
Nome científico: Phyllanthus niruri L.
Família: Euphorbiaceae
Nome popular: arranca-pedras, erva-pomba, fura-parede,
quebra-pedra-branca, saxifraga.
Parte utilizada: toda a planta.
Propriedades terapêuticas: diurético, aperiente,
analgésico, relaxante muscular e antiinfecciosa.
Indicações terapêuticas: cálculos renais (pedra nos rins),
estômago e cistite.
Figura 48 - Quebra-pedra
Fonte: LORENZI; MATOS,
2002.
4.43 Sabugueiro
Nome científico: Sambucus nigra L.
Família: Caprifoliaceae
Nome popular: sabugueiro.
Parte utilizada: folhas e frutos.
Propriedades terapêuticas: sudoríferas, diuréticas,
antiinflamatório.
Indicações terapêuticas: tosses e resfriados, sinusite,
artrite, laxante e febre do feno.
Cuidados: utilizar apenas os frutos e as folhas, pois as
outras partes da planta podem provocar efeitos colaterais.
Figura 49 - Sabugueiro
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
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4.44 Salsa
Nome científico: Petroselinum crispum (Mill.) Nyman.
Nome popular: salsinha, salsa-comum, salsa-vulgar,
salsa-de-cheiro.
Parte utilizada: folhas, sementes e raízes.
Propriedades terapêuticas: aperiente, estimulante,
diurética suave, emenagoga, carminativa.
Indicações terapêuticas: hemorragia nasal, estômago
(acidez, flatulência, gastralgia), fígado (cálculos, cólicas,
icterícia, intoxicação), rins (cólicas), aliviar a menstruação.
Cuidados: As sementes não devem ser ministradas á
gestantes e pacientes com doenças renais.
Figura 50 - Salsa
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
4.45 Sene
Nome científico: Senna occidentalis L.
Família: Leguminosae
Nome popular: café-negro, fedegoso, magirioba, mamangá,
mangerioba, peireiaba e taracucu.
Parte utilizada: folhas e frutos frescos e secos.
Propriedades terapêuticas: estimulante, laxante e purgativo.
Indicações terapêuticas: prisão de ventre, senosídeos e
halitose.
Cuidados: não recomendado a menores de 12 (doze) anos,
gestantes e não tomar por mais de 10 (dez) dias seguidos.
Figura 51 - Sene
Fonte: LORENZI; MATOS,
2002.
4.46 Serralha
Nome científico: Sonchus oleraceus L.
Família: Asteraceae
Nome popular: chicória-brava, serralha-branca, serralhalisa e serralheira.
Parte utilizada: folhas.
Propriedades terapêuticas: diurética, analgésica e
cicatrizante.
Indicações terapêuticas: para dores estomacais,
hepáticos, dores intestinais, contra edemas, afecções das
vias urinárias, para o uso externo usada contra feridas,
chagas, úlcera varicosa e escaras na forma de
compressas.
Figura 52 - Serralha
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
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4.47 Tanchagem
Nome científico: Plantago major L.
Família: Plantaginácea
Nome popular: plantagem, tanchagem-maior,
tanchagem-média, tranchagem e trasagem.
Parte utilizada: folhas.
Propriedades terapêuticas: adstringente,
cicatrizante e expectorante.
Indicações terapêuticas: dores de estômago,
afecções respiratórias, diarréia, disenteria,
inflamações da boca e garganta, gengivite,
afecções da pele (acnes e espinhas).
Figura 53 - Tanchagem
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
4.48 Unha-de-gato
Nome científico: Uncaria tomentosa (Willd.
Ex Roem. & Schult.) DC.
Família: Rubiaceae
Nome popular: unha-de-cigana, carrapatoamarelo e garra-de-gavião.
Parte utilizada: folha, raiz, casca.
Propriedades terapêuticas: analgésica,
antiinflamatória, antimutagênica, antioxidante,
antiproliferativa, antitumoral, antiviral,
citoprotetora, citostática, citotóxica, depurativa,
diurética, hipotensiva, imuno-estimulante,
imunomodulatória.
Indicações terapêuticas: artrite, intestino,
problemas digestivos.
Figura 54 - Unha-de-gato
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
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4.49 Urtiga
Nome científico: Urtica dioica L.
Família: Urticaceae
Nome popular: urtiga-vermelha, urtigão e urtigamaior.
Parte utilizada: folhas e raízes frescas ou secas.
Propriedades terapêuticas: anti-reumática, antiséptica, bactericida, adstringente, diuréticodepurativo, estimulantes circulatório, hipotensivo,
estomáquico e vermífugo.
Indicações terapêuticas: chá das folhas e ramos é
usado para estancar sangramentos.
Figura 55 - Urtiga
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
4.50 Urucum
Nome científico: Bixa orellana L.
Família: Bixaceae
Nome popular: colorau, urucu, açafroa, achiote,
bixa, falso-açafão.
Parte utilizada: semente, raiz, folhas.
Propriedades terapêuticas: expectorante,
hipotensor, vermífugo, afrodisíaco e digestivo.
Indicações terapêuticas: emagrecimento,
bronquite, faringite, doenças pulmonares, asma,
febre, moléstias cardiovasculares, ferimentos,
queimaduras e inflamação.
Figura 56 - Urucum
Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.
5 PREPARAÇÃO DE FITOTERÁPICOS
“Algumas instruções simples e detalhadas para a preparação de ervas. Utilize potes e
panelas de vidro, esmalte ou aço inoxidável, facas e espátulas de madeira ou aço e
peneiras de plásticos ou náilon. Não usar alumínio, pois é facilmente absorvido pelas ervas.
Todos os utensílios devem ser esterilizados por no mínimo trinta minutos para garantir a
higiene e evitar que os medicamentos mofem” (CHEVALLIER, 2005).
Doses
1 ml = 20 gotas
5 ml = 1 colher de chá
10 ml = 1 colher de sobremesa
20 ml = 1 colher de sopa
70ml = 1 copo de licor
150 ml = 1 xícara
A seguir, apresenta-se o preparo de decocções (fervura lenta de raízes, cascas, gravetos e
frutas) (FIG. 57), infusões (é o modo tradicional que se emprega na preparação do chá)
(FIG. 58), tinturas (são feitas mergulhando a erva em álcool de cereais) (FIG. 59), pomadas
(são feitas de óleos ou gorduras aquecidos com erva) (FIG. 60), emplastro (é uma mistura
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de ervas frescas, secas ou em pó que se aplica em uma área afetada) (FIG. 61),
compressas (são pedaços de pano embebidos em loção) (FIG. 62), loções (são preparados
de ervas à base de água, para lavar a pele irritada) e xarope (infusões e decocções
misturados com mel ou açúcar não refinado) (FIG. 63).
Figura 57 - Preparo de decocções
Fonte: CHEVALLIER, 2005.
Figura 58 - Preparo de infusões
Fonte: CHEVALLIER, 2005.
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Figura 59 - Preparo de tintura
Fonte: CHEVALLIER, 2005.
Figura 60 - Preparo de pomada
Fonte: CHEVALLIER, 2005.
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Figura 61 - Preparo de emplastro
Fonte: CHEVALLIER, 2005.
Figura 62 - Preparo de compressa e loção
Fonte: CHEVALLIER, 2005.
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Figura 63 - Preparo de xarope
Fonte: CHEVALLIER, 2005.
Conclusões e recomendações
Mesmo se tratando de medicamentos naturais deve-se tomar cuidado com a dosagem e
alguns princípios ativos de determinadas plantas, pois o consumo incorreto varia entre
alguns efeitos colaterais e a morte. Ao utilizar plantas medicinais é recomendável o
acompanhamento de um profissional da área da saúde.
Para mais informações sobre o cultivo e colheita das plantas recomenda-se a leitura do
manual do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: “Boas práticas agrícolas
(BPA) de plantas medicinais, aromáticas e condimentares”.
Referências
ALMANÇA, C. C. J.; CARVALHO, J. C. T. Formulário de prescrição fitoterápica. São
Paulo: Atheneu, 2005.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HORTICULTURA. Prepare seu inseticida caseiro.
Disponível em: <http://www.abhorticultura.com.br/Dicas/Default.asp?id=4833>. Acesso em:
18 set. 2007.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Boas práticas agrícolas
(BPA) de plantas medicinais, aromáticas e condimentares. Brasília: MAPA/SDC, 2006.
48 p. (Plantas Medicinais & Orientações Gerais para o Cultivo; 1). Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_plantas_medicinais.pdf>. Acesso em:
13 set. 2007.
CHEVALLIER, Andrew. Ervas medicinais. Trad. Ana Carolina Mesquita. São Paulo:
Publifolha, 2005.
CONCEIÇÃO, Moacir. As plantas medicinais no ano 2000. 2. ed. São Paulo: Tao, 2000.
EMATER. Plantas medicinais aromáticas e potenciais. Disponível em:
<http://www.emater.pr.gov.br/emater.php?emater=1&mid=76>. Acesso em: 13 set. 2007.
FREDERICO, M. As plantas que curam: cuide da sua saúde através da natureza. São
Paulo: Hemus, 1983.
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LAMEIRA, O. A. et al. Plantas medicinais: uso e manipulação. Disponível em:
<http://www.cpafro.embrapa.br/embrapa/infotec/plantamed.PDF>. Acesso em: 10 set. 2007.
LORENZI, H.; MATOS, F. J. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. São Paulo:
Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002.
PLANTAMED. Plantas e ervas medicinais e fitoterápicos. Disponível em:
<http://www.plantamed.com.br/>. Acesso em: 11 set. 2007.
PLANTAS MEDICINAIS. Disponível em: <http://ci67.ciagri.usp.br/pm/index.asp>. Acesso
em: 11 set. 2007.
RODRIGUES, V. G. S. Cultivo e utilização de ervas medicinais. Disponível em:
<http://www.cpafro.embrapa.br/embrapa/infotec/plantamed.PDF>. Acesso em: 10 set. 2007.
SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TÉCNICAS. Plantas medicinais. Salvador:
Retec/BA, 2006. Disponível em: <http://www.respostatecnica.org.br>. Acesso em: 17 set.
2007.
SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TÉCNICAS. Plantas medicinais. Curitiba:
Tecpar, 2007. Disponível em: <http://www.respostatecnica.org.br>. Acesso em: 18 set.
2007.
Nome do técnico responsável
Roseli Nunes
Nome da Instituição do SBRT responsável
Instituto de Tecnologia do Paraná – TECPAR
Data de finalização
22 set. 2007
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