Francisco de Assis G. Mello Grilos, gafanhotos e

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Francisco
de Assis
G. Mello
gafanhoto
gigante
Fotos: Daniela Toviansky
Dono de uma enorme
coleção de grilos, o
biólogo costuma ser
visto nesse canto de seu
abarrotado laboratório
no Instituto de Biociências
da Unesp em Botucatu
com o rosto colado
sobre a antiga lupa. Ali,
ele observa a anatomia
de cada novo espécime
coletado na Mata Atlântica
para então desenhá-lo
pacientemente. Chico Grilo,
como é conhecido entre
os colegas, já identificou
algumas dezenas de
espécies – “uma merreca”,
diz modestamente, quando
se lembra do mestre
Ubirajara Martins, do
Museu de Zoologia da
USP, que descreveu mais
de 1.500. “A biodiversidade
dos grilos é enorme, mas
muito pouco conhecida.”
VELHA
COMPANHEIRA
grilo
sambista
profissão
paciência
Comprovado
Espécie brasileira do
A lupa usada no
Vanzoliniella
Parte do trabalho
a última que morre”,
gênero Tropidacris, que
laboratório tem
sambophila, espécie
é desenhar os
diz sobre os insetos
pelo menos 30 anos
identificada pelo
detalhes anatômicos
que mais tempo
e ainda funciona
cientista, é uma
dos grilos. A tarefa
resistem ao efeito do
muito bem. Para esse
homenagem ao
requer talento manual
álcool (no qual são
tipo de trabalho,
zoólogo e compositor
e conhecimentos de
armazenados); grilos e
ela dá conta do recado,
Paulo Vanzolini, de
Photoshop para os
gafanhotos sucumbem
explica o cientista
quem é ex-aluno e fã
retoques finais
antes, compara
concentra os maiores
gafanhotos do mundo.
Parentes dos grilos,
esses insetos são mais
estudados por serem
pragas agrícolas
14 unespciência .:. abril de 2010
“A esperança é mesmo
abril de 2010 .:. unespciência
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