Introdução de Sociologia Prof. Petterson A. Vieira www.profpetterson.com Petterson A. Vieira O que é Sociologia? A Sociologia é um ramo da ciência que estuda o comportamento humano em função do meio e os processos que interligam o indivíduo em associações, grupos e instituições. O que faz Sociologia? A sociedade explora todas as estruturas sociais que ditam a vida social, examina todos os processos sociais, tais como desvio, crime, divergência, conflitos, migrações e movimentos sociais, que fluem através da ordem estabelecida socialmente; e busca entender as transformações que esses processos provocam na cultura e estrutura social. IDENTIFICAÇÃO NO TEMPO Início do século XIX Época de plenitude da Revolução Industrial Dos métodos das Ciências Naturais Revolução Francesa O QUE É SOCIOLOGIA? Sociologia é uma tentativa de compreender o ser humano. Concentra-se em nossa vida social. Não enfoca a personalidade do indivíduo como causa do comportamento, mas examina a interação social e os padrões sociais ( papéis, classes, cultura, poder e conflito) e a socialização em processo. TRÊS GRANDES PERGUNTAS: 1. O QUE SOMOS AFINAL? 2. O QUE MANTÉM A SOCIEDADE COESA? 3. POR QUE EXISTE DESIGUALDADE SOCIAL? CINCO ÁREAS TEMÁTICAS 1. SOCIEDADE Entidade abstrata na qual os seres existem 2. ORGANIZAÇÃO SOCIAL Maior: a sociedade Menor: um par de indivíduos interagindo CINCO ÁREAS TEMÁTICAS 3. INSTITUIÇÕES SOCIAIS Estruturas cujas leis e valores regem a sociedade 4. INTERAÇÃO FACE A FACE Modo como moldamos a organização e compartilhamos a visão de mundo 5. PROBLEMAS SOCIAIS Pobreza, desagregação familiar, discriminação, violência, conflitos etc. Quem fundou a Sociologia? O termo Sociologia foi criado por Auguste Comte, que esperava unificar todos os estudos relativos ao homem, inclusive a História, a Psicologia e a Economia. Comte nega que a explicação dos fenômenos naturais, assim como sociais, provenha de um só princípio. A visão positiva dos fatos abandona a consideração das causas dos fenômenos (Deus ou natureza). Como a sociedade deve ser mantida unida quando se torna maior, mais complexa, mais variada, mais diferenciada, mais especializada e mais dividida? Lei dos 3 Estados 1- Estado TEOLÓGICO 2- Estado METAFÍSICO 3- Estado POSITIVO A Lei dos 3 Estados 1- ESTADO TEOLÓGICO Explicação baseada na fé, Deus como única verdade; IMAGINAÇÃO = papel relevante; seres sobrenaturais; mentalidade teológica fundamenta a vida moral da época; crença em poderes IMUTÁVEIS A Lei dos 3 Estados 1- ESTADO METAFÍSICO Substituição dos deuses por forças físicas, químicas e vitais; NATUREZA = Deus (teológico) substituição da imaginação pela argumentação; homem se desvincula do sobrenatural. A Lei dos 3 Estados 1- ESTADO POSITIVO OBSERVAÇÃO em troca da imaginação e da argumentação; Cada proposição positiva deve corresponder a um fato, seja ele particular ou universal; Foge ao empirismo, ou seja, não reduz o conhecimento a fatos isolados; Abandona a consideração das CAUSAS Fato POSITIVO pode ser quantificado, analisado e comprovado. DURKHEIM – (1858-1917) • Fundador da sociologia científica na França. • Seguiu vários ensinamentos da sociologia positivista francesa de Comte. • Um dos 3 clássicos sociológicos. • Inspirou várias correntes, como funcionalismo e estruturalismo. • É um dos paradigmas da sociologia. DURKHEIM – (1858-1917) Durkheim prioriza o social, o coletivo, sobre o individual, na análise sociológica. Suas teorias são uma tentativa de explicar como a sociedade determina o comportamento dos seres humanos. Nossos pensamentos, crenças, idéias e símbolos são representações do que a sociedade acredita e valoriza. O indivíduo é um meio através do qual a sociedade se expressa. A sociedade possui uma vida própria e ela busca a ordem e a organização. Todos os seus segmentos têm funções e visam adequar as partes ao todo. DURKHEIM – (1858-1917) A sociedade funciona através da SOLIDARIEDADE. Durkheim distingue duas formas: Solidariedade mecânica = pessoas iguais – baixa divisão social e pouca complexidade social = sociedades primitivas. Solidariedade orgânica = pessoas diferentes – grande divisão social e muita complexidade social = sociedades modernas. Sociologia deve resgatar essas formas de solidariedade, evitando que o individualismo competitivo cresça e desintegre o mundo atual. DURKHEIM – (1858-1917) Consciência Coletiva, de acordo com o sociológo francês Émile Durkheim, é um arcabouço cultural de idéias morais e normativas, a crença em que o mundo social existe até certo ponto à parte e externo à vida psicológica do indivíduo. Um pedido de ajuda Quem pensa em suicídio, fala em suicídio, tenta suicídio, o faz porque está sofrendo. • Suicidar-se pode significar não resistir à dor intensa, à angústia, ao medo, à solidão, etc. Estes sentimentos são comuns a todas as pessoas, em alguns momentos da vida. No suicídio, a pessoa vê na morte o único descanso, ou melhor, a única saída para aliviar a tensão. O termo “suicídio” para Émile Durkheim • Chama-se suicídio todo caso de morte que resulta direta ou indiretamente de um ato positivo ou negativo praticado pela própria vítima, ato que a vítima sabia dever produzir este resultado. • Émile Durkheim estudou as conexões entre os indivíduos e a sociedade. Para ele, o suicídio é resultado de causas e fatos sociais. Dessa forma os fatores suicidas dependeriam necessariamente das causas sociais e constituiriam um fenômeno coletivo, excluindo assim as causas individuais. Destaca três categorias de suicidas • O suicida egoísta • O suicida altruísta • O suicida anômico O suicídio egoísta O egoísmo • É um estado onde os laços entre o indivíduo e os outros na sociedade são fracos. Uma vez que o indivíduo está fracamente ligado à sociedade, para ele, terminar sua vida terá pouco impacto no resto da sociedade. O suicídio altruísta O altruísmo • É o oposto do egoísmo, onde um indivíduo está extremamente ligado à sociedade, de forma que não tem vida própria. Acredita que sua morte pode trazer uma espécie de benefício para a sociedade. O suicídio anômico A anomia • É um estado onde existe uma fraca regulação social entre as normas da sociedade e o indivíduo, mais freqüentemente trazidas por mudanças dramáticas nas circunstâncias econômicas e/ou sociais. Uma vez que o indivíduo não se identifica com as normas da sociedade, o suicídio passa a ser uma alternativa de escape.