Apostila do 3º Ano 2011.

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COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”
ALUNO (a):__________________________________________________, Nº ________
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
site: http://givaldohistoria.webnode.com.br
e-mail: [email protected]
“A História é o estudo orientado cientificamente que analisa o passado e suas
relações com o tempo presente, buscando linhas de ação (transformação) para o
futuro”.
Lucien Febvre
Ribeirópolis –SE
2011
3º ANO
1
Terceira Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
SUMÁRIO
1 – Esquema dos conteúdos do primeiro bimestre ............................................................................... 03
2 – Esquema dos conteúdos do segundo bimestre ...............................................................................08
3 – Esquema dos conteúdos do terceiro bimestre ................................................................................ 11
4 – Esquema dos conteúdos do quarto bimestre .................................................................................. 13
5 – Esquema dos conteúdos de História de Sergipe ............................................................................ 17
6 – Questões referentes ao primeiro bimestre ...................................................................................... 20
7 – Questões referentes ao segundo bimestre ..................................................................................... 23
8 – Questões referentes ao terceiro bimestre ....................................................................................... 26
9 – Questões referentes ao quarto bimestre ......................................................................................... 31
10 – Questões de História de Sergipe .................................................................................................. 34
11 – Questões do ENEM........................................................................................................................ 35
12 - Lista de siglas ................................................................................................................................ . 45
13 – Referências Bibliográficas ............................................................................................................. . 45
14 - Anexos (mapas) ................................................................................................................................ 46
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
PRIMEIRO BIMESTRE:
- A Primeira Guerra Mundial e seus reflexos no Brasil;
- Revolução Russa;
- A Questão Social na República Velha;
- A Cultura na República Velha;
- O Movimento Tenentista no Brasil e em Sergipe;
SEGUNDO BIMESTRE:
- A Crise do Capitalismo e o Período Entreguerras;
- Os Regimes Totalitários Europeus e Latino-americanos;
- A Segunda Guerra Mundial;
- A Era Vargas. Sergipe sob o domínio dos Interventores (1930-1945);
- Descolonização da Ásia e da África;
TERCEIRO BIMESTRE:
- A Redemocratização (1945-1964) e o Desenvolvimentismo;
- Os Governos Militares e a Política Econômica e Social;
- Movimentos Sociais na América Latina;
- Sergipe sob o Regime Militar;
- A Crise do Regime Militar: a Abertura e o Movimento Sindical no Brasil;
QUARTO BIMESTRE:
- Movimentos Sociais e Culturais no Brasil nas décadas de 60 e 80;
- Sociedade e Cultura em Sergipe Contemporâneo;
- A Crise do Socialismo, as Lutas Inter étnicas na Europa e no Oriente Médio;
- A Globalização e seus efeitos.
“O principal objetivo da educação é ensinar as pessoas a pensar com autonomia”.
Kant
Bom estudo !!
2
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HISTÓRIA
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Tríplice Entente – Inglaterra, França e
Rússia;
Tríplice Aliança – Alemanha, Itália e
Império Austro-Húngaro;
-
HISTÓRIA
TERCEIRA SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
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ESQUEMA DOS CONTEÚDOS
PRIMEIRO BIMESTRE
I - A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914 –
1918)
1 – Introdução: “O século XX foi marcado por
inúmeras guerras e revoluções. Muitas dessas
ocorrências estiveram ligadas às disputas
imperialistas travadas entre as grandes potências
pela dominação e exploração de grande parte do
mundo. O Imperialismo praticado a partir da
segunda metade do século XIX pelas potências
industrializadas, foi responsável, entre outros, por
um dos mais terríveis conflitos armados da
história da humanidade, que foi a Primeira Guerra
Mundial”.
(PETTA e OJEDA. 1999:195)
2- O que foi a primeira guerra mundial?
Um conflito armado entre as potências
imperialistas que lutavam por uma nova divisão
de mercados.
3 – Fatores:
As
rivalidades
imperialistas
das
grandes
potências
que
competiam
violentamente por colônias e mercados;
- Ressentimentos nacionalistas.
- Pontos de atritos permanentes:
* A rivalidade anglo-germânica onde os
ingleses desejavam eliminar a concorrência
econômica da Alemanha;
* O revanchismo francês – os franceses
queriam recuperar a região da Alsácia-Lorena
e barrar as ambições dos alemães no
Marrocos;
* O Pan-eslavismo russo – a Rússia desejava
aumentar sua influência nos Bálcãs e
encontrar uma saída para o Mediterrâneo,
incentivando a união de todos os povos
eslavos que se encontrava sob o domínio do
império Austro-Húngaro e do Otomano;
* O nacionalismo da Sérvia que lutava pela
sua emancipação contra os turcos e austrohúngaros.
5 – Alianças:
6 – Estopim da guerra: Assassinato do imperador
austríaco Francisco Ferdinando e de sua esposa
(28/06/1914) em Sarajevo, capital da Bósnia.
- Obs.: Esse fato acabou por desencadear
sucessivas declarações de guerras entre os
países europeus.
7 – Fases da Guerra:
- 1a - Guerra de Movimentos (agosto/novembro de
1914) – caracterizou-se pela rápida mobilização
das tropas contra os inimigos. Os alemães
usando o plano Schlieffen invadiram a França e
foi derrotada na batalha de Marne;
- 2a - Guerra das Trincheiras (novembro de 1914
– março de 1918)– marcada pelo relativo
equilíbrio dos países e pelo uso de metralhadoras
e tanques blindados. Cada centímetro que se
avançava no mapa custava longa preparação e
milhares de vidas.
- 3ª - Ofensivas de 1918: elementos que
modificaram as condições da guerra:
* uso de tanques a partir de 1916;
* maior eficácia dos aviões de caça, bombardeio
e observação;
* saída da Rússia e a entrada dos Estados
Unidos na guerra 1917.
8 – A Entrada dos Estados Unidos na Guerra
-Acontecimentos:
* posição de neutralidade dos Estados Unidos;
* a política de solidariedade aos aliados (Tríplice
Entente).
- Causa da entrada dos EUA na guerra:
* Torpedeamento do navio norte-americano
Vigilentia e a revelação de que os alemães
tinham oferecido ao México uma aliança contra os
Estados Unidos.
9 – O fim da guerra:
- O presidente dos E.U.A Wilson apresenta um
plano de paz, composto de 14 pontos baseados
na idéia de uma paz sem vencedores que foi
inviabilizado devido as pressões da França e
Inglaterra;
- Conferência de Paris – Paz de Versalhes;
* Alemanha, além de perdas territoriais foi
obrigada a pagar indenizações aos vencedores e
reduzir seus exércitos;
* Criação da Liga das Nações.
10 – Conseqüências:
* Perdas humanas;
* Ascensão dos E.U.A;
* Decadência da Europa;
* Revolução Russa;
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* Aparecimento dos Estados Totalitários;
* Modificação do mapa político da Europa;
* A crise do capitalismo liberal que cedeu lugar ao
Estado Intervencionista;
11 - O Brasil na Primeira Guerra Mundial
– A situação econômica, social e política do
Brasil na época da primeira guerra:
* Presidente Venceslau Brás;
* Situação econômica instável, obrigando o Brasil
a recorrer novo empréstimo;
*Ganha impulso a exportação de borracha;
– A Participação do Brasil:
*Após a entrada dos E.U.A e o afundamento dos
navios brasileiros Paraná e Macau pelos
alemães;
* Participou fornecendo alimentos e matériasprimas aos aliados, policiando o Atlântico e
enviando uma equipe médica, soldados e
aviadores para a Europa;
– Os reflexos da Primeira Guerra Mundial no
Brasil:
* Impulso à industrialização (substituição das
importações);
- O papel da guerra na indústria;
* Tese tradicional – Roberto Simonsen e Caio
Prado Júnior – aumento da produção industrial;
* Tese revisionista (Warren Dean) – ocorreu
apenas um avanço no setor industrial (açúcar,
frigoríficos e tecidos) que pôde vender seus
produtos no mercado mundial. Não ocorreu
aumento de energia elétrica, entrada de capitais
estrangeiros e máquinas, e chegou a ocorrer falta
de combustíveis;
- O processo de industrialização;
*Ausência de uma política industrial;
* Os agentes eram os imigrantes;
II – A REVOLUÇÃO RUSSA DE 1917
- Introdução: “Assim como a Revolução Francesa
de 1789 foi o modelo clássico de revolução
burguesa, que desmantelou a velha ordem feudal
e aristocrática, criando as condições para o
desenvolvimento do capitalismo moderno, a
Revolução Russa de 1917 é considerada o
modelo clássico de revolução proletária, que
destruiu a ordem capitalista e burguesa e lançou
os fundamentos do primeiro Estado socialistas da
história”.
(MELLO e COSTA. 1999:295)
1 – A Rússia Pré-revolucionária:
- Agricultura semifeudal;
* Economia agrária, onde os camponeses viviam
em condições semifeudais, condenados à
miséria;
* As terras pertenciam aos boiardos e ao clero
que exploravam os camponeses e os mujiques
(servos);
- Industrialização tardia:
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* Industrialização financiada por capitais
estrangeiros onde surgiram industrias em Moscou
e São Petersburgo;
* Aparecimento de uma burguesia fraca e um
operariado forte e organizado;
- Autocracia política: governo de Nicolau II:
* Ausência de liberdade de opinião, eleições livres
e direitos democráticos;
- A oposição ao Czarismo:
- Partido Socialista – Revolucionário (PSR):
* Propunham uma ampla frente de classes sociais
para derrubar o czarismo;
* Defendiam democracia e revolução agrária;
- Partido Constitucional Democrático;
* Seus membros eram chamados de Kadetes;
* Lutavam por reformas políticas que implantasse
a monarquia constitucional;
- Partido Operário Social – Democrata Russo
(POSDR) – defensores dos princípios marxistas;
* Bolcheviques (maioria) – eram revolucionários e
defendiam a revolução Socialista com a aliança
entre camponeses e operários;
* Mencheviques (minoria) – defendiam a aliança
com a burguesia e a passagem gradual ao
socialismo através de reformas;
3 – O Ensaio Revolucionário de 1905:
- A derrota da Rússia na guerra russo-japonesa
pelo controle da Manchúria agravou a miséria das
camadas baixas da população;
- Domingo Sangrento – (Revolução de 1905);
- Surgimento dos Soviets – Conselho de
Operários;
* Criação da Duma;
- Em 1907, o czar organizou a contra-revolução
dissolvendo os Soviets e a Duma;
4 – A Revolução Menchevique (Fevereiro):
- Derrotas da Rússia frente aos alemães agrava a
crise econômica;
- A população reage com greves e manifestações
populares apoiadas por soldados e marinheiros
liderados pelos Soviets;
- Derrubada do czarismo e ascensão de um
governo liberal-burguês;
- Dois centros de poder:
# Duma – controlada pela burguesia;
# Soviets – controlado pelos trabalhadores que
fazia a oposição;
* Manteve a Rússia na Primeira Guerra Mundial;
* Concedeu anistia geral – volta de Lênin que
divulgou as teses de Abril – Terra, Pão e Paz e de
Trotski que foi eleito Presidente do Soviete de
Petrogrado e organiza a Guarda Vermelha;
5 – A Revolução Bolchevique (outubro):
- Queda de Kerenski;
- Ascensão dos Bolcheviques – Lênin:
 Reforma agrária;
 Nacionalização de bancos
industrias;
e
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
Assinatura do tratado de BrestLitovsk com a Alemanha;
- A Guerra Civil:
* Envolvia o exército branco (burguesia,
latifundiários apoiados pelos países europeus) e o
Exército Vermelho liderado por Trotski que lutava
para preservar a ordem Socialista;
* Lênin para garantir a produção e o
abastecimento colocou em prática o comunismo
de guerra;
* Vitória de Lênin;
6 – A NEP e a Estabilização do Regime:
- Lênin colocou em prática a Nova Política
Econômica (NEP) – retorno parcial a formas de
economia capitalista para superar a crise,
aumentando a produção;
- Surgimento da URSS (União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas) – (1923);
- Morte de Lênin e a disputa pelo poder entre
Trotski (Revolução Permanente) e Stálin
(socialismo em um só país);
7 – Totalitarismo Stalinista:
- Substituiu a NEP pelos planos Qüinqüenais
caracterizados pela rígida planificação do Estado
na economia:
* Os dois primeiros planos tinham como objetivo o
incentivo a indústria pesada e a coletivização da
economia (Rolkhozes e Sovrhozes); e o terceiro o
desenvolvimento da indústria química.
- No aspecto político criou o ROMINFORM e
procurou reprimir a oposição e acabou com os
Soviets;
- A Internacional Comunista, Moscou 1935;
- Os desafios dos partidos comunistas nos dias
atuais.
III – REPÚBLICA VELHA
(1889 – 1930)
- Introdução: “O período que se estende da
queda da monarquia, em 1889, até a revolução
de 1930, é conhecido em nossa história como
República Velha. Esta, por sua vez, divide-se em:
República da Espada (1889 – 1904), controlada
pelos militares, e República Oligárquica (190430), dominada pelos fazendeiros de café. A
República da Espada, conhecida também como
República Jacobina, corresponde à época de
consolidação do regime republicano federativo
contra as tentativas de restauração monárquica
no Brasil”.
(COSTA e MELLO. 1999:238)
1 – República da Espada (1889 – 1904)
1.1 – Governo Provisório de Deodoro da
Fonseca;
- Grande naturalização de estrangeiros;
- Separação entre Igreja e Estado;
- Banimento da família real;
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- Instituição do casamento civil;
- Política econômica – encilhamento – Rui
Barbosa:
 Estímulos à industrialização;
 Aumento
das
tarifas
de
importação;
 Agitações na bolsa de valores:
especulação
e
empresas
fantasmas;
 Crise
econômica:
inflação,
falência e destituição de Rui
Barbosa;
- A constituição de 1891:
 Federalismo;
 Três poderes;
 Sufrágio universal;
 Liberdade de culto;
1.2 – Governo Constitucional de Deodoro
- Antagonismo entre o governo e o congresso:
 Dissolução do congresso;
 Renúncia;
- 1a Revolta da Armada;
1.3 – Floriano Peixoto (1891 – 1894)
- Reintegração do congresso;
- Acusado de continuísmo (não convocar
eleições)
- Política econômica – Serzedelo Correia –
Protecionista favorável à indústria;
- Revoltas: Federalista e 2a Revolta da Armada, e
agitações populares;
2 – República Oligárquica (1904 – 30)
- Política dos Governadores – autonomia
estadual, apoio eleitoral ao governo federal;
- Coronelismo – obtenção de votos pela
manipulação dos currais eleitorais;
- Política do café-com-leite – alternância de
presidentes do PRP e PRM;
- Hegemonia dos cafeicultores.
2.1 – Prudente de Morais (1894 – 1898)
- Primeiro presidente civil;
- Incentivo a industrialização – reação das
oligarquias cafeeira e o fim do protecionismo;
- Guerra de Canudos.
2.2 – Campos Sales (1898 – 1902):
- 1º Funding-Loan e o saneamento financeiro
colocado em prática por Joaquim Murtinho;
- Política dos governadores;
- Questão do Amapá (Guiana Francesa);
2.3 – Rodrigues Alves (1902 – 1906):
- Erradicação, no Rio de Janeiro, da febre
amarela;
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- Surto da borracha;
- Revolta da vacina;
- Questão do Acre – ampliação de fronteiras;
- Convênio de Taubaté – política de valorização
do café.
2.4 – Afonso Pena (1906 – 1909) – governar
é povoar
- Incentivo à imigração;
- Colocou em prática o convênio de Taubaté;
- Participação do Brasil na conferência de Haia,
destaque para Rui Barbosa;
2.5 – Nilo Peçanha (1909 – 1910)
- Criação do Serviço de proteção ao índio (SPI)
presidido pelo Marechal Rondon;
- Sucessão: campanha civilista (Rui Barbosa que
defendia a necessidade de reformas políticas e
moralização das eleições) Hermes da Fonseca.
Primeira cisão da política café-com-leite.
2.6 – Hermes da Fonseca (1910 – 1914)
- Revoltas: Contestado, Chibata e Padre Cícero
(Pacto dos coronéis);
- Política das Salvações;
- Crise da borracha;
- Pacto de ouro fino (reatamento de relações
entre PRP e PRM);
2.7 – Venceslau Brás (1914 – 1918)
- Continuação da guerra do Contestado;
- Promulgação do código civil – Clóvis Beviláquia;
- 1a guerra – impulso a industrialização;
- Greve de 1917;
- Morte de Rodrigues Alves antes de tomar posse
assumindo o vice-presidente Delfim Moreira que
convocou eleições;
2.8 – Epitácio Pessoa (1919 – 1922)
- Lei de repressão ao Anarquismo para conter as
greves;
- Queda nas exportações; novo empréstimo e
valorização do café;
- Semana de Arte Moderna;
- Fundação do PCB (1922);
- Revolta do 18 do Forte de Copacabana.
2.9 – Artur Bernardes (1922 – 1926)
- Permanente estado de sítio (reforma
constitucional - ampliou os poderes do executivo);
- Eclosão de diversos movimentos tenentistas
(Revolta de Isidoro Dias Lopes e a Coluna
Prestes) – visava combater o regime vigente;
- Intervenção no Rio Grande do Sul – onde
assinou o Pacto de Pedras Altas;
2.10 – Washington Luís (1926 – 1930)
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- “Governar é abrir estradas” e a “questão social é
um caso de polícia”;
- Inflação e crise econômica (crise de 29 e
superprodução do café);
- Sucessão: rompimento da política café-com-leite
Júlio Prestes (PRP) e Getúlio Vargas (Aliança
Liberal);
- Vitória do PRP e insatisfação das oligarquias
dissidentes (tenentistas e camadas urbanas);
Iv - A Questão Social na República Velha
– Introdução: “O continuísmo político da
República Velha esteve longe de suprir as
necessidades da grande massa da população
brasileira. Durante esse período, a exclusão
social gerada pelo regime propiciou o surgimento
de revoltas, demonstrando o descontentamento
das camadas populares para com as oligarquias
dominantes”.
(PETTA e OJEDA.1999:207)
1 – As Tensões Sociais no Campo
1.1 – Guerra de Canudos (Ba) 1896 – 1897
- Governo de Prudente de Morais;
- Fatores: Latifúndio, exploração, miséria, seca e
abandono da população;
- Movimento Messiânico liderado por Antônio
conselheiro contra o governo e defendendo a
instalação de uma sociedade igualitária, assim
como a vinda de um Messias (catolicismo
rústico);
- Em 1893, conselheiro e seus seguidores se
estabeleceram na antiga fazenda de Canudos
fundando o Arraial de Belo Monte, onde a
população encontrava solidariedade, conforto
espiritual, abrigo e trabalho; economia baseada
na agricultura e pecuária e o comércio de couro;
- Canudos resistiu a três expedições, sendo
destruída pela quarta expedição em (05/10/1897);
- Euclides da Cunha escreveu “Os Sertões”;
1.2 – A Guerra do Contestado (19/12/1916):
- Governo de Rodrigues Alves e Venceslau Brás;
- A região de contestado era disputada pelo
Paraná e Santa Catarina;
- Representou a luta dos camponeses que foram
expulsos da região pelos proprietários da
empresa Brazil Railway para a construção de
uma ferrovia;
- Nesta época a população era formada por
posseiros, desempregados da ferrovia e
camponeses;
- Em 1912, o monge José Maria fundou um
núcleo de povoamento chamado Monarquia
Celeste, onde pretendia preservar os valores da
Monarquia até a volta do rei D. Sebastião;
- Foi destruída pelo governo por parecer uma
conspiração anti-republicana;
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1.3 – Revolta de Juazeiro (1914)
- Padre Cícero Romão era considerado protetor
dos sertanejos e apoiava os coronéis;
- Tinha suas origens no quadro de miséria e
abandono da população rural;
- Em 1911 elegeu-se prefeito de Juazeiro e firmou
o Pacto dos coronéis, um acordo para manter a
família Accioly no poder no Ceará;
- Teve início devido à política das Salvações de
Hermes da Fonseca que derrubou a família
Accioly substituindo pela família Rabelo;
1.4 – O Cangaço:
- Fenômeno típico do Nordeste, onde a miséria, a
fome, a perda de terras e roças, as secas e as
arbitrariedades dos coronéis geraram bandos que
queriam fazer justiça com as próprias mãos;
- A figura do cangaceiro tem sua origem no “cabra
ou capanga” pagos para servir ao coronel. O
cangaceiro ao contrário do coronel agia em
beneficio seu e de seu bando e não defendia o
latifúndio;
- O mais famoso cangaceiro do período imperial
foi Jesuíno Brilhante (defensor dos fracos e
oprimidos - tinha o apelido de Robin Hood
sertanejo);
- Surgiram Antônio Silvino que entrou no cangaço
para vingar a morte de seu pai e Virgulino
Ferreira da Silva (Lampião) onde foi massacrado
na gruta de Angico (Sergipe);
- Em geral, a idéia de vingança constituía a
justificativa mais comum para a adesão do
cangaço ou a volante (policiais que caçavam
cangaceiros);
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- Os marinheiros amotinados assumiram o
controle dos navios e ameaçaram bombardear a
cidade, caso o presidente não atendesse as
reivindicações. Ele prometeu atender e depois
mandou prender o líder;
- Alguns marinheiros foram mortos e deportados
para regiões distantes do Rio de Janeiro;
2.3 – Greves de 1917
- Greves em São Paulo e Rio Janeiro, em reação
ao alto custo de vida e aos baixos salários;
- Sofreram
influência
da ideologia do
anarcosindicalismo;
- Reivindicavam aumentos salariais e legislação
trabalhista;
2.4 – O Movimento Tenentista
- Movimento da jovem oficialidade do exército de
contestação ao domínio da oligarquia cafeeira,
cujas ações expressavam os anseios de
mudanças
dos
grupos
sociais
urbanos,
especialmente aos ligados às classes médias;
Combatia a corrupção na vida pública, defendia o
voto secreto e o nacionalismo econômico;
2.4 – Revolta do Forte de Copacabana (Rj –
1922)
- Primeira revolta tenentista;
- Líderes: Euclides da Fonseca, filho do Marechal
Hermes;
- Causa: A prisão do Marechal Hermes da
Fonseca e o fechamento do clube Militar;
- Objetivo: Renúncia do candidato recém-eleito
Artur Bernardes e ainda não empossado;
2.5 – Revolução Paulista de 1924:
2 – Tensões Sociais na cidade:
2.1 – A Revolta da Vacina
- Governo de Rodrigues Alves;
- Devido aos recursos oriundos do Funding-Loan
e a exportação da borracha, o governo federal,
mandou sanear e urbanizar o Rio de Janeiro;
- Ocorre a destruição das moradias populares no
centro da cidade e sua população expulsa para
dar passagem ao progresso;
- Em outubro de 1904 foi aprovada a lei da vacina
obrigatória e o médico Sanitarista Osvaldo Cruz
promoveu o combate a varíola.
- O estopim foi do poder aquisitivo e frustrações
da população;
2.2 – A Revolta da Chibata (1910)
- Governo de Hermes da Fonseca;
- Foi a luta contra os castigos físicos aplicados
aos marinheiros e contra os baixos salários;
- Líder: João Cândido;
- Causa: Descontentamento contra o governo
Artur Bernardes e exigiam sua renúncia.
- Líder: Izidoro Dias Lopes e Miguel Costa;
- Ocorreram combates violentos e com a chegada
de reforço federal, os rebeldes se retiram para o
interior integrando depois a Coluna Prestes;
2.6 – A Coluna Prestes
- Ápice do movimento tenentista;
- Líder: Luís Carlos Prestes e Miguel Costa;
- Percorre o Nordeste e o centro do Brasil,
incentivando a população a lutarem contra as
oligarquias. Enfrentou exércitos sem perder uma
batalha;
- Com o fim do governo de Artur Bernardes, a
coluna se desfez e os principais líderes
refugiaram-se na Bolívia;
V - A Cultura na República Velha
- Papel da Igreja – fundar escolas, orfanatos e
seminários;
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Terceira Série do Ensino Médio
- Ciências:
* Nina Rodrigues – medicinal legal;
* Adolfo Luz e Emílio Ribas – pioneiros na
pesquisa sobre a transmissão da febre amarela;
* Osvaldo Cruz – erradicou a febre amarela no
Rio de Janeiro;
* Carlos Chagas – pesquisa sobre a doença
transmitida pelo mosquito barbeiro;
* Fundação do Instituto Marquinhos (Osvaldo
Cruz) e Vital Brasil fundou o Instituto Butantã
* Capistrano de Abreu e Afonso Taunay
desenvolveram estudos sobre a história do Brasil;
- Manifestações Artísticas;
- Artes plásticas estiveram sob a influência das
técnicas e dos temas da Belle Epoque européia;
- Destaques:
 Pedro Américo – A Batalha de
Aval;
 Vitor Meireles de Lima – Primeira
Missa no Brasil e a Batalha dos
Guararapes;
-
-
-
Música:
 A elite curtia as polcas e as
valsas
européias
ou
de
compositores eruditos como:
Carlos Gomes e Basílio Itaberê
da Cunha;
 Principais óperas de Carlos
Gomes – “O Guarani”, “Maria
Tudor”, “Fosca”;
Teatro:
 Caracterizou-se
pela
improvisação cômica dos atores
que não respeitavam o texto e as
idéias do autor;
 Principais destaques do Teatro
de ator: Procópio Ferreira,
Apolônia Pinto e Joaquim José da
França Júnior que retratava os
costumes de forma humorística;
Cinema:
 Em 1896, o cinematographo foi
lançado na Rua do Ouvidor, no
Rio de Janeiro, onde foram feitos
os primeiros filmes nacionais;
-
Futebol:
 O foot-ball, esporte inglês,
introduzido no Brasil por Charles
Miller em 1894, passou a ser
cada
vez
mais
popular.
Fundaram-se clubes como ªª
Ponte Preta (1900), O PalestraItália (Palmeiras);
-
Carnaval;
 Em 1917 foi gravado o primeiro
samba do Brasil: Pelo telefone.
Inicialmente foi muito criticado por
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quem queria continuar ouvindo as
canções francesas, valsas ou
modinhas;
-
Semana de Arte Moderna – (S. Paulo –
1922);
SEGUNDO BIMESTRE
VI - A CRISE DO CAPITALISMO
- Introdução: “A década de 1930 seria atingida
por uma das maiores crises econômicas da
história
capitalista,
a
chamada
Grande
Depressão. A crise favoreceu a polarização de
forças no plano político, opondo de um lado as
“frentes populares” e de outro os partidos
fascistas. No plano das relações internacionais,
os países fascistas efetivaram agressões
expansionistas enquanto os países democráticoliberais
promoviam
uma
política
de
apaziguamento”.
1 – Situação dos E.U.A após a Primeira Guerra
Mundial:
* Ascensão econômica americana;
* O american way of life (modo de vida
americano) caracterizado pelo grande consumo,
difusão do consumo supérfluo e crescimento das
cidades;
2 – Causa gerais da Depressão:
* Superprodução agrícola e industrial;
* Diminuição do consumo;
* O crack da bolsa de Nova York;
* Dependência econômica dos E.U.A – ocorrendo
crises por causa da redução das importações
americanas e repartimento dos capitais;
3 – O New Deal – Franklin Roosevelt.
- Programa de recuperação que abrangia a
agricultura, a industria, área social e previa uma
intervenção do Estado na economia;
VII – REGIMES TOTALITÁRIOS
- Introdução: “O período entre-guerras assistiu
ao aparecimento de um regime que procurou,
pelo cerceamento às liberdades individuais,
sustentar o capitalismo então em crise. Trata-se
do fascismo, que, embora apresentando
peculiaridades de país para país, instalou-se em
vários Estados europeus, asiáticos e latinoamericanos. Em nações como Alemanha, Itália e
Japão, o fascismo desenvolveu uma forte atitude
imperialista, em grande parte responsável pela
Segunda Guerra Mundial”.
(MELLO e COSTA. 1999:314)
1 – Fascismo – Itália
1.1 – Origens:
8
Terceira Série do Ensino Médio
- A crise econômica do pós-guerra - inflação,
recessão, desemprego e a perda de confianças
nas soluções liberais;
- Insatisfações com o resultado da guerra e o
fortalecimento dos movimentos nacionalistas;
- Em 1919, Mussolini fundou o Fascio di
Combatimento que deu origem ao Partido
Fascista e a formação das Squadras (camisas
negras) que usavam da violência para atacar
seus adversários;
- As esquadras eram apoiadas pela burguesia;
1.2 – Ascensão do Fascismo:
- Marcha sobre Roma e o rei Vitor Emanuel
nomeou Mussolini para o cargo de primeiro
ministro e no poder convocou eleições, onde os
fascistas foram vitoriosos;
- Denúncia de Matteotti, que foi assassinado;
1.3 – O Governo dos Fascistas:
- Consolidação da ditadura por prisões,
seqüestros e morte dos opositores, censura à
imprensa e instituição do unipartidarismo;
- Instituição da carta Del Lavoro (carta do
trabalho) introduzindo o corporativismo;
- No plano econômico promoveram a intervenção
do Estado na economia/ obras públicas;
- Em 1929 é assinado o tratado de Latrão, onde
reconhecia a supremacia do Papa sobre o
Vaticano;
2 – Nazismo – Alemanha:
2.1 – Origens:
- Crise econômica – Ascensão da República de
Weimar que enfrentou dificuldades financeiras,
levando o governo a emitir papel-moeda
agravando a inflação e o custo de vida;
- Fundação do Partido Nazista em 1919 por Adolf
Hitler, onde tentou chegar ao poder através do
Putsch de Munique, onde foi preso e escreveu o
livro Mein Kampf (Minha Luta) onde sistematizou
a ideologia nazista;
2.2 – Ascensão do Nazismo:
- Vitória eleitoral dos nazistas em 1930, onde
Hitler torna-se Chanceler;
- Incêndio no Reischtag (Parlamento) e noite dos
Longos Punhais;
2.3 – Governo Hitler:
- A morte de Hindenburg, Hitler proclama a
criação do terceiro Reich (império);
- Eliminou Todos os Partidos;
- Colocaram em prática as leis de Nuremberg e
criou campos de concentração;
- Adoção dos planos quadrienais estimulou a
expansão da industria, investimentos no setor
bélico e um plano de obras públicas;
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
2.4 – Características:
Totalitarismo,
Nacionalismo,
Militarismo,
corporativismo
(Itália),
Expansionismo,
Anticomunismo e Racismo;
3 – Salazarismo – Portugal:
- Ascensão de Antônio Salazar em 1933, onde
instituiu o Estado Novo inspirado no fascismo,
instituindo o corporativismo, suprimiu as
liberdades e submeteu os sindicatos ao controle
do Estado;
- Em 1974 foi derrubado pela Revolução dos
Cravos;
4 – Franquismo – Espanha:
- Em 1931 foi proclamada a República;
- As esquerdas uniram-se na Frente Popular
vencendo as eleições de 1936 e adotaram um
programa de Reforma agrária;
- As forças de direita organizaram a Falange e
liderados pelo General Franco inicia uma revolta,
dando inicio a guerra Civil Espanhola;
- O General Franco recebe ajuda de Hitler e
Mussolini e as forças republicanas da Rússia;
- Vitória dos Franquistas e destruição de Guernica
que foi pintada por Pablo Picasso;
VIII - A Segunda Guerra Mundial
(1939 – 1945)
-Introdução: “O desfecho da Primeira Guerra
Mundial não proporcionou a paz que se esperava.
Primeiro, porque alguns países, sobretudo
Alemanha e Itália, ficaram em situação
econômica bem difícil; segundo, porque as
disputas imperialistas que levaram ao primeiro
conflito não foram resolvidas, e as potências
continuavam disputando as áreas de dominação;
terceiro, porque, após se reorganizar militarmente
sob o governo nazista, a Alemanha estava
novamente preparada para disputar seu espaço
entre as nações mais poderosas do mundo”.
(PETTA e OJEDA. 1999:234)
1 – Causas:
- As frustrações e ressentimentos da Primeira
Guerra Mundial;
- A ineficiência da Liga das Nações para
preservar a paz;
- A política de apaziguamento colocada em
prática pela França e Inglaterra;
2 – Blocos:
- Eixo – Alemanha, Itália e Japão;
- Aliados – Inglaterra, França, Estados Unidos,
União Soviética e Brasil;
9
Terceira Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
3 – As agressões na década de 1930:
- Japão conquistou a Manchúria e invadiu a
China;
- Itália invadiu a Etiópia e ocupou a Albânia;
- Expansão da Alemanha – ocupou a Renânia,
participou da guerra Civil Espanhola, anexou a
Áustria e exigiu os Sudetos;
- Em 1939 assinou o Pacto Germano-Soviético e
em seguida invadiu a Polônia;
4 – A Guerra:
II – Fases da Guerra
1ª Fase (1939 – 1942) – marcada pelo domínio
das tropas do eixo, verificado através das
conquistas em relação à França, em 1940, o
bombardeio da Inglaterra pela Luftwaffe. A
estratégia utilizada pelos nazistas foi denominada
de Blitzkrieg (guerra relâmpago). Em 1941, Hitler
desrespeita o acordo com a União Soviética e
invade o seu território. No mesmo ano o Japão
bombardeia a base militar norte-americana no
Havaí, Pear Harbor .
2ª Fase (1942 – 1945) – caracterizada pela
ofensiva dos aliados com a entrada dos EUA e da
URSS. Foram organizadas três frentes de
batalhas: a 1ª frente chefiada pelos soviéticos na
Europa oriental; a 2ª frente liderada pelas trapas
aliadas na áfrica e no pacifico e a 3ª frente ao
norte da Europa com o propósito de libertar a
França dos nazistas, organizando o dia D, em
1944. Em 01 de maio de 1945 o exercito soviético
derrota o exercito nazista em Berlim. No entanto,
a guerra só terminou em agosto com os ataques
atômicos no Japão, nas cidades de Hiroxima e
Nagasáqui.
5 – Decisões Diplomáticas:
- Conferência de Teerã – os líderes decidiram o
desembarque na França e a ocupação da
Normandia;
- Conferência de Yallã – divisão da Coréia e
reformulação do mapa europeu;
- Conferência de Postdam – destino da Alemanha
criando o Tribunal de Nuremberg e a divisão da
Alemanha em zonas de influência;
- Conferência de S. Francisco – criação da ONU;
6 – Conseqüências:
- Redefinição da nova ordem
Bipolarização;
- Descolonização afro-asiática;
- Guerra Fria;
mundial:
IX - A ERA VARGAS (1930 – 1945)
1 – Governo Provisório (1930 – 1934):
- Nomeação de interventores e dissolução do
Congresso Nacional, Câmaras Estaduais e
Municipais;
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
- Criação do conselho Nacional do café;
Criação de dois Ministérios: o da Educação e
Saúde e do Trabalho, industria e comércio;
- Proteção ao café – queima de estoques;
- Revolução constitucionalista de 1932 – foi à
reação paulista ao governo de Getúlio, que
derrotou o movimento, mas convocou uma
Assembléia constituinte;
- Constituição de 1934:
* Voto feminino, voto secreto;
* Voto do mandato de segurança;
* Representação Classista e direitos trabalhistas;
2 – Governo Constitucional (1934 – 1937):
- Radicalização Político-ideológica:
* Direita – Aliança Integralista Brasileira (Fascista
– Plínio Salgado);
* Esquerda – Aliança Nacional Libertadora
(antifascista – Luís Carlos Prestes) que defendia
a suspensão da dívida externa, nacionalização
das empresas estrangeiras, reforma agrária e
governo popular;
- A Intentona Comunista de 1935 – teve como
pretexto o fechamento da sede da ANL e foi
reprimida com violência;
- O golpe de 1937:
* Pretexto: Plano Cohen e foi apoiado pelos
militares;
3 – O Estado Novo (1937 – 1945):
- Constituição de 1937 – (“a Polaca”)
característica autoritária e antidemocrática;
- Fortalecimento ao poder do Estado;
- Criou a DASP (Departamento de Administração
do Serviço Público) e o DIP (Departamento de
Imprensa e Propaganda);
- Política externa oscilando entre E.U.A e
Alemanha;
- Criou a polícia especial dirigida por Filinto Muller
criou a CLT (43);
- Intervenção do Estado na economia:
nacionalismo, planejamento econômico, criação
da Usina Siderúrgica de Volta Redonda e da Vale
do Rio Doce (43);
- Fundação da UNE (1938);
- Participação do Brasil na segunda guerra:
 Guerra ao EIXO
 Envio da FEB e da FAB sob o
comando do General Mascarenha
de Morais;
4 – A Decadência do Estado Novo:
- Passeata dos estudantes (1942);
- Manifesto dos mineiros (43);
- Primeiro Congresso Brasileiro de Escritores
(45);
- Queremismo (45);
10
Terceira Série do Ensino Médio
- Convocações de eleições e o surgimento de
partidos: PSD, PTB, UDN;
- Golpe de 45, afastamento de Vargas e o poder
passa para José Linhares;
X – DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
- A conferência de Genebra decidiu pela
independência dos países e pela divisão do
Vietnã;
- A guerra civil (Vietnã do Norte e Sul) contribuiu
para a reunificação em 1976 com a vitória dos
Vitcongues e instalação de um governo
comunista;
- Introdução: “O século XX assinalou,
simultaneamente, a decadência do colonialismo
europeu e a ascensão do nacionalismo nos
países coloniais que, após a Segunda Guerra
Mundial, iniciaram o processo de descolonização
africano e asiático. Os jovens Estados que
emergiram da descolonização constituíram o
bloco do Terceiro Mundo, que enfrenta
atualmente as seqüelas do subdesenvolvimento,
da dependência e do neocolonialismo”.
(MELLO e COSTA. 1999:382)
4 – Descolonização da África:
1 – Causa:
- Declínio do poderio europeu após a guerra;
- Ascensão do Nacionalismo afro-asiático;
- Emergência das superpotências: E.U.A e URSS;
- A conferência de Bandug (1955) – debateu os
problemas do terceiro mundo e apoio ao
anticolonialismo;
3 – África Portuguesa:
- Angola – as lutas foram lideradas pela MPLA
(Movimento Popular pela Libertação de Angola)
que após várias lutas conseguiu a sua
independência em 1975;
- Moçambique – FRELIMO – (Frente pela
Libertação de Moçambique) liderada por Eduardo
Mondlane;
2 – Características:
- Guerras de libertação Nacional;
- Independência por meios pacíficos;
3 – Descolonização Asiática:
3.1 – Índia (1947):
- A luta foi inicialmente liderada pelo partido do
congresso fundado em 1885 de população hindu.
Em 1906 foi criada a liga mulçumana;
- O movimento da Índia foi liderado por Mahatma
Gandhi, que defendia métodos não violentos de
luta, como a desobediência civil e resistência
pacífica;
- Independência e divisão da Índia em: Índia,
Paquistão e Srilanka. Permaneceram os conflitos
étnicos e religiosos;
3.2 – Indonésia:
- Foi liderado por Sukarno, que instalou uma
democracia dirigida e aproximou-se da China;
- Shuarto derrubou o governo, instalou uma
ditadura e anexou o Timor Leste em 1975;
3.3 – Indochina:
- Colônia francesa formada pelo Laos, Camboja e
Vietnã;
- A luta foi liderada por Ho Chi Min que fundou a
Liga Revolucionária para a independência do
Vietnã (Vietminh), onde a França não reconhece
a independência;
1 – Argélia:
- Entre 1952 e 1956 desencadearam-se as lutas
contra o domínio francês, sob a liderança da
Frente de Libertação Nacional. Em 1962, a
França concedeu a independência;
2 – Congo:
- Vendido pelo rei belga ao próprio governo, após
muitas lutas conquistou a independência;
TERCEIRO BIMESTRE
XI – REPÚBLICA DEMOCRÁTICA
POPULISTA (1946 – 1964)
- Introdução: “Entre 1946 e 1964, a sociedade
brasileira tentou, de maneira inédita, a
implantação de um modelo democrático no
processo político da nação. O fim da ditadura do
Estado Novo, a vitória das democracias na
Segunda Guerra Mundial e a influência do
american way of life marcaram esse período”.
I – Eurico Gaspar Dutra (46 – 51):
- A Constituição de 1946:
* Preservação da estrutura fundiária;
* Liberal – conservadora;
* Promulgada; mandato de cinco anos; voto
secreto; federalismo; liberdade de expressão;
direito de greve e livre associação sindical;
- Plano SALTE (saúde, alimentação, transporte e
energia);
- Rompimento das relações diplomáticas com a
URSS;
- Criação da OEA;
- Missão Abbink;
- Política econômica marcada pelo liberalismo, e
a partir de 1917 ocorre à volta do
Intervencionismo estatal;
2 – Segundo governo de Vargas (51 – 54)
11
Terceira Série do Ensino Médio
- Eleito pelo PTB/PSP, mas Carlos Lacerda
(UDN) tenta impedir a posse;
Política
econômica
–
nacionalismo,
intervencionismo
e
industrialismo;
desenvolvimento da industria de base;
- Criação da Petrobrás (1953) – “O petróleo é
nosso”;
- Criação do Banco Nacional de desenvolvimento
econômico BNDE;
- Plano LAFER – investimento nos setores de
base, em transporte e energia;
- Criação da SUMOC (Superintendência da
Moeda e do Crédito);
- Reajuste de 100% no salário mínimo (1954) –
Ministro do Trabalho: João Goulart, os militares
lançam o manifesto dos coronéis;
- Crime na rua Tonoleiros (05/agosto/1954)
atentado contra Carlos Lacerda;
- Suicídio de Vargas – (24/agosto/1954);
3 – Café Filho (56):
- Período de turbulência social e política;
- Café Filho (vice): Carlos Luz (presidenta da
Câmara) e Nereu Ramos (presidente do Senado).
A instabilidade foi contornada pelo general
Teixeira Lott;
- Programa de combate à inflação que incluía a
restrição ao crédito e contenção aos gastos
públicos;
4 – Juscelino Kubitschek (56 – 61);
- Lema “50 anos em 5”;
- Plano de Metas – conjunto de programas de
desenvolvimento econômico setorial, energia,
transporte, industria, educação e alimentação;
- Inauguração de Brasília (24 – 04 – 1960);
- Criação da SUDENE;
-Implantação da industria automobilística;
- Abertura da economia ao capital estrangeiro –
submissão político – econômica aos E.U.A;
- Criação da operação Pan-Americana (OPA)
visava obter o apoio financeiro dos E.U.A, para o
desenvolvimento econômico da América Latina;
- Descontrole inflacionário;
- Desenvolvimento cultural:
* Destaque para a temática social: Guimarães
Rosa, Jorge Amado;
* Surgimento da Bossa Nova;
* Surgimento do Cinema Novo;
* Em 1958 o Brasil foi campeão mundial de
futebol;
* Éder Jofre tornava-se campeão de boxe na
categoria “peso-galo”.
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
- Condecoração de Che Guevara com a ordem do
Cruzeiro do Sul;
- Programa de estabilização econômica com a
redução de despesas e compressão de salários;
- Política interna:
* Proibiu a briga de galo no Brasil;
* Proibiu o uso de lança-perfume no carnaval;
* Proibiu o uso de biquinis nas praias;
- Economia Anti-inflacionária ortodoxa.
- Renúncia de Quadros após sete meses de
governo;
6 – João Goulart (1961 – 1964)
- A crise do populismo e a organização da
campanha da legalidade por Leonel Brizola e a
campanha dos militares apoiados pela UDN para
impedir a posse;
- Posse de Goulart em 7 – setembro de 1961 e
com a realização do Plebiscito em janeiro e a
volta do presidencialismo;
- Elaboração do Plano Trienal elaborado por
Celso Furtado para a retomada do crescimento
econômico e a buscar a estabilização;
- Programa de Reforma de Base: agrária,
administrativa, urbana, bancária e educacional;
- Promulgação do Estatuto do Trabalhista Rural;
- Criação da Eletrobrás;
- Articulação com a frente de mobilização popular,
CGT, UNE e ligas camponesas (NE);
- Atuação de organizações antigovernistas de
caráter burguês: Instituto de Pesquisa e Estatuto
Sociais (IPES), Instituto Brasileiro de ação
Democrática (IBAD);
- Goulart busca apoio popular no comício de
13/março/64;
- Em 19 de março – Marcha da família com Deus
pela liberdade;
- 31 de março começa em Minas Gerais a
mobilização militar que derruba João Goulart;
XII – GOVERNOS MILITARES
(1964 – 1967)
- Introdução: “Após a derrubada do governo João
Goulart, a República Militar instalada suprimiria
paulatinamente as liberdades democráticas e
imporia um modelo econômico concentrador de
rendas e aberto ao capital internacional. A
República Militar durante seus 21 anos de
existência modernizaria a economia brasileira à
custa do sacrifício dos setores populares e da
ampliação da dependência em relação ao capital
internacional”.
(MELLO e COSTA. 1999:349)
1 – Castelo Branco (1964 – 1967):
5 – Jânio Quadros – 1961:
- Eleições de 1960
- Jânio Quadros tinha como símbolo uma
vassoura para “varrer a corrupção”.
- Política externa independente;
- Publicação dos Atos Institucionais:
* A1 – Suspensão dos direitos políticos;
* A2 – Extinção dos partidos políticos e criou a
ARENA e MDB;
* A3 – Eleições indiretas para governador;
12
Terceira Série do Ensino Médio
* A4 – Determinou a forma a ser votada a
constituição;
- Instituição do PAEG – Plano de Ação
Econômica do Governo:
* Controle do déficit público e da inflação;
* Estimulo as exportações e retomada do
crescimento econômico;
- Promoveu a operação limpeza do país;
- Instituição do FGTS;
- Criação do Banco Central e do SNI (Serviço
Nacional de Informação);
2 – Costa e Silva (67 – 69):
- Constituição de 1967;
- Instituição da lei de imprensa e da lei de
Segurança Nacional;
- Articulação da Frente ampla organizadora por
Carlos Lacerda, Kubitschek e Goulart visando
reconduzir o país à democracia;
- Movimento estudantil de 1968 e a passeata dos
cem mil no Rio de Janeiro;
- Ato Institucional nº 5;
- Estruturação da Guerrilha Urbana – Carlos
Marighela e a adesão de Carlos Lamarca;
- PED – Plano Estratégico de Desenvolvimento;
3 – Médici (69 – 74):
- Apogeu da ditadura e a repressão política;
- Criação do PIN (Plano de Integração Nacional) e
do PIS (Plano de Integração Social);
- Criação do MOBRAL;
- Ponte Rio – Niterói, transamazônica e ampliação
do território marítimo para 200 milhas;
- I PND – Plano Nacional de Desenvolvimento:
* Maior presença do Estado na economia;
* Modernização industrial;
* Expansão da renda e competitividade externa
da economia nacional;
- Milagre econômico:
* Brasil avança a níveis de crescimento do
Primeiro mundo;
* Crescimento econômico em todos os setores
(industria, comércio e agricultura). Brasil nos anos
70, oitava economia do mundo;
* Suporte do milagre – empresa estatal (autuação
na siderúrgica, petroquímica e comunicação);
Empresa Nacional (investimento em bens de
consumo duráveis e não duráveis: agricultura de
exportação) e capital estrangeiro (atuação das
multinacionais);
* Declínio do Milagre – queda dos investimentos,
altas de juros, aumento do preço do petróleo, alta
inflação e dependência do crédito externo.
- A reação a Ditadura:
* Guerrilha urbana;
* Guerrilha rural;
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
- II PND – Plano Nacional de Desenvolvimento:
* Continuidade do processo de modernização;
* Apoio ao capital Nacional e estrangeiro;
- O fim do milagre e o inicio da crise;
- Instituição do Proálcool;
- Programa Nuclear (Angra I e II) – acordo com a
Alemanha;
- Ferrovia do aço;
- Vitória eleitoral do MDB em 1974;
- Publicação do pacote de abril de 1977:
* Senadores biônicos (1/3 do senado);
* Lei falcão;
- Assassinato de Wladimir Herzog e Manuel Fiel
Filho – reflexos da repressão política
- Ondas de greves no ABC lideradas por Lula.
- Revogação do A5;
5 – João Batista Figueiredo (79 – 85):
- Continuidade da abertura;
- Pressões para a volta da democracia;
- Em 1979 intervenção no sindicato do ABC e no
ano seguinte prisão de Lula;
- Aprovação da lei da anistia (1980);
- Reformas partidária – PDS, PMDB, PTB, PT,
PDT;
- Extinção dos senadores biônicos, voto vinculado
e eleições diretas para governador em 1982;
- Atentados à bomba: Câmara Municipal do Rio
de Janeiro, Sede da OAB e Rio centro;
- O fortalecimento dos movimentos sindicais:
criação da CUT e CONCLAT e os prefeitos
formam a Frente Municipalista Nacional pela luta
da autonomia financeira municipal;
- Na área econômica – III PND, incentivo a novas
alternativas no campo dos combustíveis e
medidas se austeridades;
- A campanha pelas diretas já – Emenda Dante
de Oliveira;
- Transição conciliadora – Paulo Maluf (PDS) e
Tancredo Neves (PMDB + PFL);
QUARTO BIMESTRE
4 – Ernesto Geisel (74 – 79):
XIII - A NOVA REPÚBLICA
- Introdução: “Os cinco anos do governo Sarney
efetivaram a transição para a democracia. Ao final
de sua gestão (1990) uma nova Constituição
estava promulgada e realizou-se a primeira
eleição direta para presidente da República desde
1960. As instituições democráticas mostraram-se
suficientemente consolidadas para suportar um
surto hiper-inflacionário, a destruição de um
presidente pelas vias legais previstas na própria
Constituição e a posse de seu sucessor, também
respeitando-se
as
normas
vigentes.
A
estabilização da moeda e a solução dos graves
problemas sociais passaram a ser os grandes
desafios da Nova República”.
( MELLO e COSTA. 1999:393)
- Retorno da democracia lenta, gradual e segura;
1 – José Sarney (1985 – 1990):
13
Terceira Série do Ensino Médio
- Transição democrática e medidas para retirar o
entulho autoritário:
* Convocação de uma Assembléia Constituinte;
* Eleições em todos os níveis;
* Liberdade partidária;
- Economia:
* Plano cruzado (Dílson Funaro) nova moeda;
cruzado; congelamento de preços e salários,
aumento do consumo, falta de produtos (ágio e
estocagem especulativa) e fim da ORTM e
criação da IPC;
* Plano cruzado II – descongelamento de preços,
aumento de impostos;
* Plano Bresser – congelamento de preços por 90
dias e fim do subsídio do trigo;
* Plano verão – Maílson da Nóbrega – nova
moeda (cruzado Novo), congelamento de preços
e salários e elevação das taxas de juros. Todos
resultaram na hiperinflação;
- Reabertura de processos sobre tortura, greves,
assassinato de Chico Mendes em Xapuri;
- Constituição de 1988:
 Conquistas sociais;
 Voto aos analfabetos.
2 – Fernando Collor (1990 – 1992):
- Características: Neoliberal e Neopopulismo;
- Plano Collor – Zélia Cardoso de Melo:
 Confisco das cadernetas de
poupança por 18 meses;
 Nova moeda: Cruzeiro;
 Aumento de impostos;
 Abertura ao capital estrangeiro.
- Plano Collor II:
 Novo congelamento do IOF;
 Aumento das tarifas públicas;
 Redução
das
tarifas
de
importação;
- ECO 92 no Rio de Janeiro;
- Extinção da lei de Sarney de incentivo a cultura;
- Denúncia de corrupção – Impeachment (papel
dos estudantes – movimento caras pintadas);
3 – Governo Itamar Franco (1992 – 1994):
- Plano Real – FHC (criação de uma nova moeda
e dolarização da economia);
- Realização do Plebiscito;
- Abertura de CPTS e processos contra a
corrupção;
- Campanhas da sociedade civil: ação da
cidadania contra a miséria e fome (Betinho);
4 – Governo de FHC (1995 – 2003):
- Revisão constitucional;
- Programa comunidade solitária;
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
- Quebra do monopólio estatal do petróleo, nas
telecomunicações;
Indenização
a
familiares
mortos
e
desaparecidos políticos;
- Novo código Brasileiro de Trânsito e o código
civil Brasileiro;
- Continuação das Privatizações – Cia, Vale do
Rio Doce, Telebrás;
- Aumento do desemprego;
- Massacres: Eldorado do Carajás, Corumbiara e
greves (petroleiros, professores universitários),
marcha dos Sem Terra a Brasília e marcha dos
100 mil, e gritos dos excluídos;
5 – O segundo mandato de FHC
- Em 1997 o congresso aprovou emenda à
constituição permitindo a reeleição para
presidente, governadores e prefeitos.
- Vitória de Fernando Henrique no primeiro turno
com 53% dos votos contra 31% de Lula.
- Colapso da economia mundial e brasileira.
- Aumento do desemprego e da violência.
- Crise de abastecimento de energia (apagão).
- Alguns avanços de seus dois mandatos:
* Implementação de programas de combate à
AIDS;
* Queda na taxa de mortalidade infantil;
* Queda nos índices de analfabetismo;
* Aprovação da LDB;
* Aprovação, em 2000, da lei de responsabilidade
fiscal.
6 – O Governo Lula (1° mandato)
- Crise política: atingido pelas denúncias de
corrupção do deputado Roberto Jefferson, o
governo de Lula enfrentou grave crise em
meados de 2005, perdendo seus dois principais
ministros: Antônio Palocci e José Dirceu, ambos
do PT.
- Economia: Lula manteve as linhas gerais de seu
antecessor. Garantiu o superávit primário
(arrecadação menos gastos) para pagar a dívida
pública e preservou as metas de inflação, o que,
apesar do cenário externo favorável, fez com que
o país crescesse pouco.
- Gastos públicos: como conseqüência do
superávit, houve forte contenção de gastos com
educação, saúde e saneamento básico.
Investimentos em infra-estrutura, necessários
para o país superar deficiências básicas, também
foram contidos.
- Reforma Agrária: Lula assentou 81,7 mil famílias
por ano, em média, 17% a mais do que seu
antecessor. O número de famílias sem terra
acampadas cresceu para 230 mil famílias (um
milhão de pessoas).
XIV – A AMÉRICA LATINA E AS LUTAS
SOCIAIS
14
Terceira Série do Ensino Médio
-Introdução: “A excessiva exploração das
camadas pobres, realizada pelas elites nacionais
em aliança com o capital estrangeiro, tem sido,
historicamente, fator de revoltas e de formação de
grupos revolucionários que têm por objetivo
mudar o governo e expulsar os exploradores
externos”.
- Em termos gerais, foram poucas alterações na
estrutura econômico-social da América no início
do século XIX.
1 – México:
- A revolução iniciada em 1911 resultou da
política econômica do governo de Porfírio Díaz,
com intensa concentração fundiária e entrada de
elevadas somas de capital estrangeiro voltadas
para a exploração e controle dos recursos
minerais e produção de artigos para a
exportação;
- A revolução mexicana foi chefiada inicialmente
por Francisco Madero, a revolução radicalizou-se
com a exigência de reforma agrária por parte dos
camponeses liderados por Emiliano Zapata e
Francisco Vílla;
- Mesmo sofrendo forte oposição e dos Estados
Unidos, consolidou-se através da Constituição de
1917, promulgada por Carranza que legitimava as
conquistas da revolução;
2 – Cuba:
- Ditadura de Fulgêncio Batista;
- Fidel Castro tentou tomar de assalto o quartel de
Moncada, foi preso, onde retomou e junto com
Che Guevara organizou guerrilhas contra o
governo, recebendo apoio dos camponeses e
trabalhadores urbanos, derrubando Fulgêncio
Batista;
- No governo Fidel, decretou reforma agrária,
urbana e rompeu com os E.U.A, que tentou
derrubar o novo governo através da invasão da
Baía dos Porcos, que fracassou e foi imposto um
bloqueio econômico;
- Enfrenta atualmente o desafio de seguir
construindo praticamente o socialismo;
3 – As Ditaduras:
- Durante esse ciclo, a perseguição política, a
anulação dos democráticos, a tortura, o
desaparecimento de opositores se tornavam
regra na vida política do continente;
- No campo econômico abriu a economia ao
capital estrangeiro e implantação de um modelo
econômico baseado na alta concentração de
renda, e no achatamento dos salários;
- Exemplos, Galtiere na Argentina, Augustos
Pinochet no Chile, Anastácio Somoza Nicarágua;
4 – Populismo:
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
- Exemplos: Vargas (Brasil), Perón (Argentina) e
Lázaro Cárdenas, (México);
- Os governos prometiam a realização de amplas
reformas econômicas de cunho nacionalista,
rápido desenvolvimento industrial e diminuição
dos conflitos sociais;
- Argentina – Perón:
* Colocou em prática o justicialismo (programa
social) fez concessão aos trabalhadores, apesar
de seus órgãos representativos (sindicato e CGT)
serem controlado pelos trabalhadores;
* Na área econômica estimulou a industrialização
e nacionalizou empresas estrangeiras;
* Em 1955 foi deposto por um golpe militar, sendo
novamente eleito em 1973;
* Em 1983 foi eleito Rául Afosín (Plano Austral) e
Carlos Menem (1989) que colocou em prática o
Plano Carvalho integrando o país ns princípios do
neoliberalismo;
5 – Chile:
- Eleição de Salvador Allende em 1970 que
colocou
em
prática
um
programa
de
nacionalização reforma agrária com objetivo de
implantar um governo socialista;
- Sofrendo oposição dos E.U.A e da sociedade
burguesa que realiza a marcha das Panelas
Vazias;
- Foi derrubado em 11/setembro de 1973, por um
golpe liderado por Augusto que instalou uma
ditadura até 1988;
XIV – A CRISE DO SOCIALISMO
- Introdução: “No final da década de 1950, Nikita
Kruchev, sucessor de Stalin no Cargo de
secretário-geral do Partido Comunista Soviético
(PCUS), costumava dizer que a URSS logo
alcançaria e superaria o desenvolvimento dos
EUA, garantindo, assim, a vitória do comunismo
sobre o capitalismo. Mas, apesar de todos os
esforços e dos êxitos obtidos pela economia
soviética em vários setores, a previsão de
Kruchev não se confirmou. Além de nunca ter
alcançado os EUA, a URSS se revelou um
império frágil, incapaz de acompanhar a
revolução tecnológica que caracterizou os últimos
trinta anos no mundo capitalista”.
(FIGUEIRA. 2002:394)
1 – O Governo de Gorbatchev:
- A situação econômica – a partir de 1970, a
economia apresentava taxas de crescimento cada
vez menores;
- Reformas – Glasnot;
Perestroika;
- A reação Stalinista – as forças conservadoras
promoveu um golpe liderado pelo vice-presidente
Guennadi Yanayev que assumiu o poder e Boris
15
Terceira Série do Ensino Médio
Yeltsin procurou liderar a população contra o
golpe;
- Em 19991 as repúblicas bálticas – Letônia,
Lituânia e Estônia proclamaram a independência
e no mesmo ano foi criada a comunidade de
Estados Independentes decretando o fim da
União Soviética e Boris Yeltsin torna-se
presidente da Rússia;
- Boris Yeltsin acelerou a transição do socialismo
burocrático de Estado para o capitalismo,
abolindo os controles dos preços e privatizando
as empresas estatais. Paralelo a essas
transformações crescia a inflação, desemprego e
as tensões regionais, e em 1998 a economia
entrou em colapso provocando a queda das
bolsas, e o governo recorreu a empréstimos.
-
2 – As mudanças no Leste Europeu:
2.1 – Polônia – a oposição ao regime
- Foi conduzida pelo Sindicato Solidariedade
liderada por Lech Walessa que em 1990 foi eleito
presidente por voto popular.
- 2.2 – Alemanha – em 1989 derrubaram o Muro
de Berlim e no ano seguinte foi aprovada a
reunificação;
- 2.3 – Iugoslávia: Formada pela Sérvia,
Eslovênia,
Croácia,
Macedônia,
BósniaHerzegovina e Montenegro, onde viviam diversos
povos e etnias; sérvios (cristãos ortodoxos),
eslovenos (católicos), bósnios (muçulmanos);
- Apesar das diferenças permaneceu até 1980,
sob liderança de Tito, e após a sua morte foi
estabelecido um sistema de rodízio no governo;
- Em 1991, os sérvios se opuseram que um
croata assumiu o poder, e ao mesmo tempo a
Croácia e a Eslovênia proclamaram a sua
independência;
- O presidente Milosevic da Sérvia declarou
guerra aos croatas e eslovenos. No ano seguinte
a Bósnia e a Macedônia se declararam
independentes, ficando a Sérvia e Montenegro
formando a nova Iugoslávia;
- A declaração de independência da Bósnia
provocou um conflito entre a os bósnios e os
sérvios que viviam na região, dando origem a
Guerra de Kosovo. Milosevic promoveu a limpeza
étnica a expulsando a população albanesa e
muçulmana provocando a intervenção da OTAN e
os conflitos foram suspensos em 1995 com o
acordo de Payton.
2.4 – Tchecoslováquia:
- Em 1968 a população iniciou um movimento –
Primavera de Praga, onde reivindicava um
socialismo humanizado. O país sofreu a
intervenção do Pacto de Varsóvia (Brejnev)
provocando o fim do conflito e desposição de
Dubcek;
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
- Em 1989 devido às pressões populares, o
presidente renunciou e Dubcek foi eleito
presidente, processo que ficou conhecido como
Revolução de Veludo;
2.5 – China:
- Dominada pelos europeus desde a Guerra do
Ópio;
- A guerra civil entre os comunistas e socialistas
contribuiu para que após a Longa Marcha, MãoTse-Tsung proclamasse a República Popular da
China em 1949;
- Mão-Tse-Tsung realizou a reforma agrária,
abolição dos privilégios feudais, educação
obrigatória e as bases da industrialização;
- Em 1958, o governo lançou o Grande Salto para
Frente, programa que pretendia aumentar a
produção agrícola e de que acabou fracassando;
- Enfraquecido Mão-Tse-Tsung deflagrou a
Revolução Cultural – um movimento de massas
contra os seus adversários a quem clamou de
agentes da burguesia infiltrados no Partido
Comunista. Através desse movimento, afastou os
opositores e fortaleceu o governo;
- Em 1976, com a morte de Mão-Tse-Tsung, teve
início o processo de “desmoralização” em que
afastou os adeptos da Revolução Cultural e a
partir de 1978 deu início à abertura comercial e
um
programa
de
reformas econômicas,
procurando a modernização da indústria,
agricultura, da defesa e da produção cultural.
XV - TENSÕES E CONFLITOS NO
ORIENTE MÉDIO
- Introdução: “O Oriente Médio se configurou, ao
longo do século XX, numa das áreas mais
conflituosas do mundo. Parte das razões para
isso tem fundamento histórico. O lugar é berço de
três das mais importantes religiões da atualidade,
o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. As
diferenças existentes entre essas religiões
servem como pano de fundo para disputas
políticas entre os povos da região. Outra
característica é a cobiça que o Oriente Médio
desperta, há séculos, nas potências mundiais,
devido às suas riquezas e à posição geográfica
estratégica (...)”
(FIGUEIRA. 2002:418)
1 – A Questão Árabe – Israelense:
- As tensões são originadas por conflitos políticoreligiosos, imensas reservas petrolíferas e
ascensão do nacionalismo islâmico;
- Após a Primavera Guerra, o território ficou
dividido em áreas de influência entre os ingleses
e franceses. A Mesopotâmia (Iraque), Palestina e
Transjordânia (Jordânia) ficaram submetidas à
Inglaterra, enquanto a Síria e o Líbano, à França.
Aos
poucos
alguns
países
tornaram-se
16
Terceira Série do Ensino Médio
independentes; Líbano (1941), a Síria e a
Jordânia em 1946 e o Kuwait em 1961;
- Em 1948, por decisão da ONU foi criado o
Estado de Israel em território palestino (habitado
por maioria árabe, junto com minorias de judeus e
cristãos). Em 1945, os países da região tinham
fundado a Liga Árabe para enfrentar o
expansionismo judeu na região (mov. Sionista);
- A Primavera Guerra Árabe-israelense (19481949) – em represália a criação do Estado de
Israel, a Liga Árabe (Egito, Síria, Líbano,
Transjordânia e Iraque) invadiu a Galiléia, Israel
ampliou seu território anexando parte da palestina
e a outra parte ficou com a Jordânia que ocupou
a Cisjordânia e a faixa de Gaza e o restante ficou
com o Egito;
- A principal conseqüência foi a fuga dos
palestinos das áreas incorporadas por Israel;
- Segunda Guerra Árabe-Israelense ou Guerra de
Siiez (1956), onde Israel ocupa a Península do
Sinai;
- Em1967, ocorre a Guerra dos Seis Dias – a
organização para a libertação da Palestina (O L
P) promove ataques a Israel apoiado pelos sírios.
Nessa guerra Israel ocupa a Península do Sinai, a
Faixa de Gaza, a Cisjordânia e as Colinas de
Golã.
- Em 1973, ocorre a Guerra do Yom Kippur (Dia
do Perdão) – tropas da Síria e do Egito ataca
Israel que vence a guerra.
- Em 1979, Israel e Egito assinam o acordo de
Camp David onde previa a devolução da
Península do Sinai ao Egito e autonomia aos
palestinos de Gaza e da Cisjordânia. Houve
protestos por parte de outros países;
- A Intifada – ocorreu em Gaza em 1987
motivadas pelo o atropelamento e morte de
quatro palestinos por israelenses. Yasser Arafat é
eleito autoridade Nacional Palestina.
2 – A Revolução no Irã:
- Em 1978, revolucionários liderados pelo aiatolá
Khomein derrubaram o governo do Xá Reza
Pahlev (aliado dos E.U.A.) implantando um
regime baseado nos princípios islâmicos;
- Em 1979, Iranianos xiitas invadiram a
embaixada dos E.U.A e, Teerã, mantendo seus
funcionários como reféns durante meses;
- No ano seguinte ocorre a guerra Irã – Iraque.
HISTÓRIA
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onde sem condições de resistir, Saddam Hussein
ordenou a desocupação do Kuawait e tornou-se
inimigo dos americanos;
- Em 1998, o Iraque foi invadido pelos E.U.A
(Operação Raposa no Deserto (Bill Clinton) por
ter expulso técnicos norte – americanos que
fiscalizavam em nome da ONU, a existência de
armas químicas;
- George W. Bush articulou uma coalizão
internacional contra o terrorismo, após o 11 de
setembro de 2001, para capturar Osama Bin
Laden, e por isso invadiu o Afeganistão, devido à
recusa do Teleban a entrega-lo para julgamento.
XVI – A GLOBALIZAÇÃO
Introdução: “A formação de grandes grupos
econômicos, que englobam várias nações, não se
deu por causa do fim da bipolarização mundial.
Esse processo já vinha se organizando há
bastante tempo. Os países da Europa que
formavam a Comunidade Econômica Européia
(CEE), já estudavam essa questão desde o fim da
Segunda Guerra Mundial. Em outras partes do
mundo, essas negociações também já eram
antigas. O fim da Guerra Fria foi um
acontecimento paralelo, mas não determinante,
da globalização econômica”.
(PETTA e OJEDA, 1999:283)
- Etapas da internacionalização do capitalismo:
* Grandes Navegações, séculos XV e XVI
(Expansão do capitalismo comercial);
* Imperialismo, século XIX (Expansão do capital
financeiro e pela divisão internacional do
trabalho);
* Segunda Guerra Mundial (Expansão do
capitalismo através do poder militar e econômico
dos EUA).
* Fim da Guerra Fria (Início de uma nova fase
denominada
globalização,
marcada
pela
expansão do capitalismo e pela intensificação do
comércio internacional).
-
O processo de Globalização:
* Formação de gigantescos grupos econômicos;
*Formação de empresas tansnacionais;
* Comércio em escala mundial;
3 – A Guerra do Golfo:
- Teve como causa a invasão do Kuawait pelo
Iraque que alegava deslealdade na política
petrolífera do Kuawait que vendia seu petróleo a
preços baixos;
- Diante da ocupação, a ONU decretou embargos
ao Iraque e ordenou a retirada das tropas
invasoras;
- Sem sucesso, os E.U.A comandaram a
operação Tempestade no Deserto (George Bush),
* Informação ao alcance de todos.
- Problemas da globalização: desemprego; não
favorece a distribuição da riqueza entre os
países; aumento da exclusão social, etc.
HISTÓRIA DE SERGIPE
SERGIPE REPUBLICANO
17
Terceira Série do Ensino Médio
A Oligarquia Olimpista (1899- 1906)
Nos primeiros anos do século XX, a política
sergipana foi marcada pela presença de dois
partidos políticos: Partido Republicano de Sergipe
(cabaús) e pelo Partido Republicano Sergipense
(pebas). A partir de 1900 o Monsenhor Olímpio
Campos membro do Partido Republicano de
Sergipe, conseguiu impor-se aos velhos políticos
cabaús e tornou-se líder de seu partido. O
Monsenhor foi Presidente do Estado, indicou os
seus
sucessores
no
governo,
influiu
poderosamente na eleição de deputados e
elegeu-se senador da República.
Nos municípios eram eleitos para os cargos
eletivos os homens ligados a Olímpio Campos e
os empregos públicos eram distribuídos entre
seus correligionários. Manteve controladas as
classes subalternas através do esquema de
poder e repressão, apoiado nos coronéis.
Procurou contemplar as classes dominantes,
principalmente os senhores de engenho, com um
plano de recuperação da economia açucareira.
A Revolta de Fausto Cardoso (1906)
A Revolta foi uma tentativa de golpe para
derrubar o governo olimpista.
Motivos: a longa permanência dos olimpistas no
poder; a formação de um grupo mais radical da
oposição; a criação do Partido Progressista:
oposição radical ao olimpismo.
Causa Imediata: visita pela primeira vez depois
de eleito pelo partido dos pebas, do deputado
federal Fausto Cardoso (natural de Divina Pastora
e residente no Rio de Janeiro, foi professor e
escritor.)
Movimento de Revolta
No dia 10.08.1906, um contingente da Polícia
Militar iniciou a revolta, tomou o Palácio do
Governo e depôs e Presidente. Formou-se um
novo governo com membros das camadas
médias urbanas do Partido Progressista. O
movimento alcançou Maruim, Itabaiana, N. Srª
das Dores, Laranjeiras, Rosário, Itaporanga,
Propriá, capela, Riachuelo e Japaratuba.
Intervenção Federal
Em 28.08.1906 o governo federal articulado com
Monsenhor Olímpio Campos enviou uma força
interventora para Sergipe, que depôs os
progressitas, retomou as sedes municipais e
repôs o olimpista Guilherme Campos na
Presidência do Estado. Fausto Cardoso foi
assassinado durante os embates militares da
intervenção. Dois meses mais tarde os filhos de
Fausto Cardoso assassinaram Olímpio Campos
no Rio de Janeiro.
O Governo de Graccho Cardoso (1922-1926)
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
Fazia parte do grupo político que dominou
Sergipe de 1910 a 1930, o chamado Partido
Republicano Conservador (PRC)
Medidas: procurou modernizar a capital e atingiu
em certa medida o interior do Estado
(saneamento básico, abastecimento de água,
urbanização e embelezamento de cidades,
construção de estradas, pontes e escolas no
interior).
Revolta de 13 de Julho (1924)
Movimento tenentista em Sergipe que depôs
Gracho Cardoso, aderindo à revolta movida em
São Paulo para depor o presidente da República
Arthur Bernardes.
Motivos: crise política vivida pelo Brasil a nível
nacional; a presença do 28º BC de oficiais
implicados na revolta do Forte de Copacabana
(RJ): foco de propaganda do antiliberalismo
(oposição ao Governo Federal).
Causa Imediata:
A participação de tropas do 28º BC na deposição
do governador baiano J. J. Seabra, indignou os
oficiais sergipanos que se sentiram instrumento
da política vingativa e arbitrária do Presidente da
República.
Os rebeldes depuseram Gracho Cardoso e
tomaram as cidades de Aracaju, Carmópolis,
Rosário, Japaratuba, Itaporanga e São Cristóvão.
Repressão Federal:
Os revoltosos foram violentamente derrotados
pelas forças militares e pelas tropas formadas
pelos “coronéis” sergipanos.
Conseqüências: divisão da sociedade sergipana
em vencedores e vencidos; desgaste de Gracho
Cardoso que se tornou mais submisso ao
Governo Federal e aos “coronéis”.
O Movimento Tenentista em Sergipe
As revoltas tenentistas em Sergipe, 1924 e 1926
faziam parte do movimento nacional e foram
lideradas pelos tenentes: Augusto Maynard
Gomes e João Soarino e pelo capitão Eurípedes
Lima.
A Revolta de 1924
Em 13 de julho de 1924, oficiais do 28º Batalhão
de Caçadores prenderam o governador do
Estado, o Sr. Gracho Cardoso, o comandante da
Polícia Militar e ocuparam o governo do Estado
por aproximadamente um mês.
Seguindo ordens nacionais do presidente Arthur
Bernardes, as tropas nacionais comandadas pelo
General Marçal de Faria, marchou para Sergipe,
debelando
a
revolta
e
prendendo
os
conspiradores.
Revolta de Augusto Maynard (19.01.1926)
Motivos: a repressão ao movimento tenentismo,
passagem da Coluna prestes pelo Nordeste.
O Movimento: O tenente Augusto Maynard fugiu
da prisão, comandou uma operação que a partir
18
Terceira Série do Ensino Médio
do controle do 28º BC, tentou tomar o Quartel da
Polícia e depor o governo.
A Repressão: Gracho Cardoso mobilizou as
forças leais ao governo: Augusto Maynard foi
ferido e os tenentes pediram rendição.
O Cangaço em Sergipe
O movimento do Cangaço aglutinou homens e
mulheres através do sertão nordestino em peleja
contra a polícia.
As principais causas desse movimento se
encontram na fome, falta de terras, dominação
dos poderosos latifundiários.
Esses homens e mulheres se embrenhavam pelo
sertão a pé ou a cavalo, armados de facas,
facões, revólveres e espingardas. Praticavam
vingança, roubos, atacavam cidades para
conseguir dinheiro e alimentos.
Em 1928, Lampião e seu bando começaram a
agir em Sergipe. Tendo como lugares
preferenciais os municípios do sertão e do
agreste. Entre eles: Porto da Folha, Poço
Redondo, Monte Alegre, Canindé, Gararu, Carira,
Frei Paulo, Pinhão, Aquidabã e Capela.
Uma dos fatos que contribuiu para o
desenvolvimento do cangaço foi a existência dos
coiteros, ou seja pessoas que os ajudavam lhes
proporcionando: alimentos, bebidas, roupas,
armas, hospedagem e esconderijo e informações.
Dentre os combates entre cangaceiros e a
volante, os mais significativos em Sergipe foram
os de Maranduba, Cangaleixo, Zitaí, de Poço da
Volta e Lagoa de São Domingos.
Finalmente em 1938, uma volante de Alagoas
conseguiu por fim as ações do bando de Lampião
na gruta Angico em Porto da Folha (atualmente
município de Poço Redondo), próximo ao rio São
Francisco.
A Revolução de 1930 em Sergipe
O maior líder tenentista em Sergipe foi Maynard
Gomes, que estava preso desde 1926. Contudo,
nas eleições de 1930, os tenentes sergipanos
apoiaram Getúlio Vargas, que graças às fraudes
eleitorais perdeu para Júlio Prestes.
O Estado nesse momento era governado pelo
usineiro Manuel Dantas que buscou resistir.
Em 16 de outubro de 1929, um avião sobrevoou
Sergipe conclamando a população para apoiarem
a revolução.
Uma coluna de aproximadamente 2.000 soldados
revolucionários
marcharam
para
Sergipe,
causando a fuga do governador Manuel Dantas
para a Bahia, enquanto a força policial juntava-se
a eles.
Em 18 de outubro as tropas revolucionárias
entraram em Sergipe, sob aclamação popular e
Eronildes de Carvalho foi empossado como
governador provisório, sendo depois substituído
pelo general José Calazans. Após a posse de
Getúlio, Augusto Maynard assume como
Interventor.
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
Grupos Políticos
Após a Constituição de 1934, dois grupos
políticos se formaram em Sergipe:
 URS (União Republicana de Sergipe), o
partido dos usineiros, junto com o PSD
(Partido Social Democrático) de Leandro
Maciel.
 PRS (Partido Republicano de Sergipe) do
interventor Augusto Maynard, formado
pelo PSP (Partido Social progressista) de
Gracho Cardoso e a APS (Aliança
Proletária de Sergipe).
Sergipe durante a 2ª Grande Guerra
Durante o segundo conflito mundial houve um
ataque da marinha alemã em águas sergipanas.
O submarino U –507 comandado por Harro
Schacht afundou cerca de nove embarcações na
costa sergipana. Os ataques eram noturnos e os
torpedos do submarino atingiram os navios
mercantes.
Os principais navios afundados foram: Baependy,
Araraquara, Aníbal Benevolo, Bagé, Itagiba e
Arara.
Morreram aproximadamente 652 pessoas. Os
cadáveres forma sepultados nas dunas dos
Mosqueiro, dando origem ao primeiro cemitério
de náufragos da América Latina.
O Governo de Seixas Dórea (1962 1964)
Procurou trazer recursos para Sergipe e
conseguiu o início da exploração de petróleo em
1963, implantou várias escolas no interior.
Incorporou-se à luta pelas reformas de base do
presidente João Goulart ; Participou do comício
de 13 de maio no Rio de Janeiro, no qual
anunciou a realização da reforma agrária em
Sergipe. Essas atitudes provocaram inquietação
nos grupos conservadores. O golpe militar de 31
de março de 1964, que derrubou João Goulart,
também depôs Seixas Dórea.
A Ditadura Militar em Sergipe
Durante o período dos governos militares foram
indicados de forma indireta (biônica) alguns
governantes para Sergipe. Dentre eles: Lourival
Batista (1967-1970), Paulo Barreto (1975-1979) e
Augusto Franco (1979- 1982).
Preocupados com os movimentos de esquerda,
as autoridades militares realizaram em 1975 a
“Operação Cajueiro” que consistia na caça e
prisão aos políticos, estudantes e intelectuais
contrários ao regime. A tortura fazia parte do
prato do dia.
- A partir de 1982 todos os governadores de
Sergipe foram eleitos pelo voto popular:
* João Alves Filho – PFL (1983 – 1987);
* Antônio Carlos Valadares – PFL (1987 – 1991);
* João Alves Filho – PFL (1991 – 1995);
19
Terceira Série do Ensino Médio
* Albano Franco – PSDB (1995 – 1999);
* Albano Franco – PSDB (1999 – 2003);
* João Alves Filho – PFL (2003 – 2007);
* Deda (2007 ...)
CADERNO DE ATIVIDADES
PRIMEIRO BIMESTRE
01. (UFS – 2002) Analise as proposições abaixo.
00 – A crise balcânica de 1914 precipitou a
Guerra entre a Tríplice Aliança (França, Inglaterra
e Rússia) e Tríplice Entente (Alemanha, Áustria e
Itália).
11 – A luta que se imaginava rápida, alongou-se,
numa guerra de trincheiras. Os inimigos
concentraram-se na produção de armas e
equipamentos; pela primeira vez, a população se
mobilizou, daí o nome de Grande Guerra.
22 – Os vencedores da Primeira Guerra de 1914 1918 se reuniram em Paris para estabelecer as
regras da paz. Não se tratava de um acordo com
a Alemanha: a Alemanha não estava presente. O
Tratado imposto aos alemães mutilava os catorze
pontos da proposta de Woodrow Wilson. Criava
áreas de atrito, como as reparações de guerra.
33 – A Revolução Russa de 1917 resultou da
desagregação do regime czarista e da ação da
oposição organizada, mas explodiu sob forma de
revolta espontânea e imprevista das massas
exasperadas pela guerra e pela miséria.
44 – Floriano Peixoto governou durante a 1ª
Guerra Mundial, que trouxe a queda de
importações e, como conseqüência, um pequeno
surto industrial.
02. (UFAL – 2004)
O mundo acompanhou a disputa presidencial nos
Estados Unidos, e os defensores da democracia,
da autodeterminação dos povos e da paz estão
apreensivos com a reeleição de George Bush.
Essa apreensão está relacionada às ações
desenvolvidas por vários governos desse país ao
longo da sua história. Identifique fatos que
estejam relacionados à mensagem sugerida na
ilustração.
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
0 0 – Visando atender às necessidades do capital
industrial, os governos dos Estados Unidos
iniciaram uma expansão imperialista na América
Latina para garantir fontes fornecedoras de
matérias-primas e mercado consumidor.
1 1 – A política expansionista dos Estados Unidos
foi realizada com intuito de realizar a conversão
dos latinos americanos à doutrina religiosa
calvinista, vista como único caminho para civilizar
os povos subdesenvolvidos.
2 2 – O processo de colonização do México pelos
Estados Unidos representou um dos fatores
fundamentais para a integração dos dois países
ao NAFTA, em condições de igualdade social,
política e econômica.
3 3 – Na defesa de interesses econômicos,
políticos e estratégicos, governos dos Estados
Unidos valeram-se da política do big stick para
intervir em vários países da América Latina, a
partir do início do século XX.
4 4 – Durante a Primeira Guerra Mundial, o
presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson,
adotou uma política agressiva contra os países
latino-americanos que não os apoiassem na luta
contra a Tríplice Entente.
03. (UFS – 2006) Analise a tabela abaixo.
Ano
Nº de
estabelecimentos
1889 <(1)
636
1907 (3)
3.250
1914(11
7.430
1920 (2)
13.336
Nº de
operários
150.841
153.163
275.512
(Edgar Carone in Aguinaldo Kupfer o Paulo A. Chenso.
Brasil:História Critica. São Paulo: FTD, 1998, p. 218)
A Primeira Guerra Mundial acarretou profundas
mudanças na economia brasileira, até então
fundamentalmente alicerçada na agricultura de
exportação. Com base nos dados da tabela e nos
conhecimentos históricos, pode-se afirmar que:
0 0 – A conversão da indústria européia à
produção bélica levou a uma diminuição gradual
das importações brasileiras de produtos
industrializados, com o conseqüente estimulo à
produção nacional.
1 1 – Houve o aumento de preço dos produtos
agrícolas exportados pelo Brasil, porém, as
dificuldades de importação de máquinas,
equipamentos e até de matérias-primas acabou
por levar a uma desaceleração da produção
industrial.
2 2 – O conflito criou condições para que se
iniciasse no país o trabalho de coordenação e
planejamento econômico, com ênfase no
prosseguimento
da
industrialização
por
substituição de importação
3 3 – A abertura da economia ao capital externo
acelerou a produção de produtos manufaturados
20
Terceira Série do Ensino Médio
para os países em guerra e consolidou o
processo de industrialização do país.
4 4 – Grupos sociais urbanos se desenvolveram e
passaram a ter uma importância inédita no país,
convertendo-se, inclusive, em grupos de pressão
política com atuação crescente, como os dos
anarquistas que influenciaram a greve geral de
1917.
04. (UFS – 2008) Como conseqüências da
Primeira Guerra Mundial ocorreram mudanças
significativas no cenário mundial, em termos de
geopolítica, economia e comportamento. Analise
as
proposições
que
abordam
essas
conseqüências.
0 0 - A expansão dos ideais liberais e
democráticos favoreceu a ampliação da
participação popular na política e possibilitou um
maior equilíbrio entre os diversos governos que
se estabeleceram na Europa nas décadas
seguintes.
1 1 - Os altos índices de desemprego, as taxas
de mortalidade e os danos materiais causados
pela guerra abalaram profundamente o papel da
Europa como potência mundial, dando lugar à
ascensão dos Estados Unidos e do Japão.
2 2 - A criação da Liga das Nações, por iniciativa
do governo norte-americano, cujo objetivo era
fomentar acordos e evitar conflitos armados,
contou com a participação apenas dos países
vitoriosos mas se transformou, posteriormente, na
Organização das Nações Unidas.
3 3 - O impulso ao neocolonialismo ocorreu como
uma tentativa de recuperação política e
econômica, por parte dos países derrotados, em
função das perdas territoriais causadas pelo
surgimento de novos países e das restrições
determinadas pelo Tratado de Versalhes.
4 4 - A descrença generalizada e a precariedade
das condições de vida na Europa, após a guerra,
intensificaram sentimentos de revanchismo, que
somados a forte nacionalismo, culminaram na
ocorrência de movimentos fascistas.
05. (UFS – 2003) Analise as afirmações sobre a
Revolução Russa de 1917.
0 0 – O processo da revolução teve duas fases
distintas: na primeira fase, destaca-se a atuação
reformista dos socialistas e, na segunda, a
atuação revolucionária dos bolcheviques.
1 1 – A revolução teve um caráter social urbano,
pois foi realizada pelos operários e pela classe
média, não tendo o apoio de todos os
camponeses, que defendiam a monarquia.
2 2 – Um dos fatores desencadeadores da
revolução foi a insatisfação da população
camponesa contra as péssimas condições de
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
vida e de trabalho, agravadas com a entrada da
Rússia na Guerra.
3 3 – A revolução de outubro de 1917
representou a vitória das teses defendidas por
Lênin que, dentre outras, destacava a idéia de
que o poder deveria estar em mãos dos sovietes.
4 4 – Para os russos, a revolução representou o
fim da Primeira Guerra Mundial, já que o governo
Lênin enviou imediatamente proposta de paz aos
alemães.
06. (UFS – 2007) A Revolução Russa
representou, para milhões de pessoas, o começo
de uma nova “era histórica”. Dessa revolução
nasceu a União Soviética. Analise as afirmações
sobre o processo de desenvolvimento dessa
revolução.
0 0 - A revolução de fevereiro de 1917 assumiu
um caráter nitidamente burguês de derrubada do
absolutismo e implantação de república
representativa, sem, no entanto, aprofundar as
transformações econômica e social.
1 1 - A NEP (Nova Política Econômica) foi o
conjunto de medidas adotadas pelo governo
soviético, em março de 1921, para reconstruir a
nação, depois do chamado comunismo de guerra.
2 2 - O fim do regime de servidão, que possibilitou
o progresso agrícola e o acesso à terra de grande
parcela do campesinato foi um dos fatores
responsáveis pelo desencadeamento do processo
revolucionário russo.
3 3 - O governo de Stalin, por meio de
planejamento econômico, desenvolveu a indústria
pesada, mecanizou a agricultura e desenvolveu a
educação pública, tornando o país numa das
maiores potências do século XX.
4 4 - A luta pelo socialismo, durante a Revolução
Russa, teve como objetivo promover o
desenvolvimento através da distribuição da renda
e da consolidação de um Estado cooperativo e
assistencial.
07. (UFS – 2009) Entre as consequências da
Revolução Russa para a história do século XX,
pode-se considerar:
0 0 - O reforço do poder do Vaticano na Europa
Oriental e na Ásia, pois a Igreja Católica era anticapitalista e favorável a uma sociedade
igualitária.
1 1 - A implantação de regimes totalitários, de
tipo soviético, em vários países das Américas,
como Bolivia, Paraguai, México e Cuba.
2 2 - O apoio da burguesia a regimes fascistas
em vários países da Europa, como a Itália e
Alemanha, com medo das revoluções socialistas
inspiradas no exemplo russo.
3 3 - A divisão do mundo em duas grandes zonas
21
Terceira Série do Ensino Médio
de influência - capitalista liberal e socialista
soviética após a I I Guerra Mundial.
4 4 - A volta de monarquias inspiradas no Antigo
Regime, apoiadas pelas burguesias européias,
temerosas
da
expansão
dos
ideais
revolucionários.
08. (UFS – 2003) Analise as proposições sobre a
questão social na Primeira República (18891930).
0 0 – Os governos republicanos desenvolveram
projetos sociais de interesse dos trabalhadores
urbanos, razão pela qual obtinham elevados
índices de aprovação nas eleições.
1 1 – A Revolta da Vacina, no Rio de Janeiro,
acabou representando uma reação da população
contra o autoritarismo das medidas de
saneamento decretadas pelas autoridades
governamentais.
2 2 – Os líderes da Guerra do Contestado foram
condenados pelo governo do presidente
Wenceslau Brás por atuarem contra a exploração
e o poder político dos coronéis do Nordeste.
3 3 – Os operários das indústrias paulistas tinham
salários relativamente superiores ao do conjunto
dos trabalhadores do país, pois os movimentos
grevistas
que
realizavam
forçaram
os
empresários a atenderem suas reivindicações.
4 4 – O cangaço do Nordeste brasileiro foi
alimentado pelas próprias condições de fome e
de miséria do povo decorrentes da estrutura
latifundiária daquela região.
09. (UFS – 2002) Analise as proposições abaixo.
00 – A fundação da República veio, na realidade,
atender aos interesses dos grandes fazendeiros
de café paulista, mineiros e fluminenses. A
República Velha, por isso foi chamada de
República do Café com Leite. Grande parte da
população dependia da economia cafeeira, direta
ou indiretamente, considerando inclusive os
setores urbanos em desenvolvimento. A massa,
que fôra marginalizada na própria elaboração da
república,
permaneceria
como
espectador
passivo até o final da República Velha.
11 – No Brasil, o rompimento com a estética
tradicional deu-se em 1942, com a Semana de
Arte Moderna – o Modernismo.
22 – O descontentamento contra a oligarquia
dominante (Primeira República) atingiu o auge
com as Revoltas Tenentistas, que tiveram dois
focos principais: o Rio de Janeiro (1923) e Minas
Gerais (1924).
33 – A 11 de novembro de 1930, através do
decreto nº 19.398, dissolveu-se a Junta
Governativa que derrubara Washington Luís,
formando-se o Governo Provisório de Sergipe,
sob chefia, do interventor tenente João Alberto. O
decreto definia as atribuições do novo governo e
ratificava as medidas da Junta Governativa.
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
Confirmava-se nele a dissolução do Congresso
Nacional e das Casas Legislativas estaduais e
municipais.
44 – Depois da Revolução de 1930, que levou
Getúlio Vargas à presidência da República,
Maynard Cardoso ficou como interventor até
1935. Durante dois anos, o Estado de Sergipe
teve um governador eleito, Eronides Ferreira de
Carvalho, mas voltou ao regime de interventoria
federal após o golpe de Estado dado por Vargas
em 1937 e que instaurou o regime ditatorial que
se prolongaria até 1945.
10. (UFS – 2004) Analise as proposições sobre o
movimento tenentista no Brasil.
0 0 – Na década de 1920, mais que a luta social
dos trabalhadores anarquistas, socialistas e
comunistas, foi o movimento tenentista que se
destacou na cena política, abalando as bases de
sustentação da República Velha.
1 1 – Em 1922, a Guarnição do Forte de
Copacabana rebelou-se contra a repressão
desencadeada pelo governo federal e pelos
proprietários de terras aos movimentos sociais de
trabalhadores rurais e urbanos, iniciados em
1919.
2 2 – Do ponto de vista ideológico, o tenentismo
defendia
proposições
nacionalistas
e
moralizantes. Seu lema era ‘representação e
justiça’ e suas principais reivindicações giravam
em torno do voto secreto, da moralização da vida
pública e da formação de um governo
centralizador.
3 3 – A revolta tenentista de 1906, chefiada pelo
oficial Fausto Cardoso, empolgou grande parte
do povo sergipano na luta contra a política do
presidente Rodrigues Alves, que concedia muito
privilégio às oligarquias rurais do Estado.
4 4 – Em 1924, os militares ameaçaram o poder
constituído do Estado de Sergipe, quando oficiais
do 28 B.C., solidários à revolução tenentista, se
rebelaram e depuseram Maurício Graco Cardoso.
11. (UFS – 2005) Durante a Primeira República
(1889-1930), o Brasil vivenciou momentos de
grandes tensões sociais no campo e nos centros
urbanos. Analise as proposições sobre os
movimentos sociais nesse contexto histórico.
0 0 – Na busca de uma solução para os
problemas da miséria e da fome no Nordeste,
muitos se uniram aos bandos de cangaceiros. No
entanto, estes não questionavam a grande
propriedade rural sertaneja, que era uma das
causas desses problemas, pois, apesar de
atacarem a propriedade de seus inimigos,
respeitavam e defendiam a de seus protetores.
1 1 – As Revoltas de Canudos, do Contestado e
de Juazeiro do Norte tornaram-se conhecidas por
todo o país como movimentos rurais e religiosos,
uma vez que tinham o apoio explicito da cúpula
da igreja Católica, que fornecia amparo moral e
22
Terceira Série do Ensino Médio
espiritual aos seus líderes e recursos materiais
para serem utilizados contra o poder público.
2 2 – Em razão das péssimas condições de vida e
trabalho nas fábricas, a classe operária criou
organizações
sindicais
lideradas
predominantemente por adeptos do anarquismo.
Para estes, os sindicatos deveriam formar a base
de uma nova sociedade e convocar greves gerais
contra o Estado e contra os patrões.
3 3 – O movimento operário de São Paulo e do
Rio de Janeiro, por ter lideranças de
nacionalidades italianas e alemãs, apoiou-se nos
ideais corporativo-fascistas, razão pela qual as
confederações de trabalhadores adotaram
estratégias colaboracionistas com os industriais,
visando conquistas trabalhistas.
4 4 – A insatisfação de grande parte dos
marinheiros brasileiros deu origem à Revolta da
Chibata, no Rio de Janeiro, contra castigos físicos
e morais aviltantes que eram aplicados na
Marinha aos que desrespeitassem as regras
estabelecidas por essa instituição.
SEGUNDO BIMESTRE
12. (UFAL – 2003). Considere o texto para
analisar as proposições.
O que deu ao fascismo sua oportunidade após a
Primeira Guerra Mundial foi o colapso dos velhos
regimes, e com eles das velhas classes
dominantes e seu maquinário de poder, influência
e hegemonia. Onde estas permaneceram em boa
ordem de funcionamento, não houve necessidade
de fascismo.
(Eric Hobsbawm. A Era dos
extremos. Trad. São Paulo: Companhia das
Letras, 1995. p. 129).
O autor faz referência à ascensão dos regimes
fascistas no período entre as duas grandes
guerras do século XX. A partir do conhecimento
histórico, identifique as afirmações corretas e que
não se contraponham ao pensamento do autor do
texto.
0 0 – A grande maioria das camadas de classe
média e média baixa representou um dos
alicerces dos movimentos que garantiu o
fortalecimento do fascismo.
1 1 – A ascensão da direita radical na Europa do
pós Primeira Guerra foi uma resposta ao perigo
da revolução social e do poder operário.
2 2 – Os fascista faziam oposição aos ideais
democratas, defendidos pelos liberais, uma vez
que estes ideais possibilitavam a ascensão dos
partidos de esquerda ao poder.
3 3 – Os liberais conseguiram manter a
estabilidade econômica na Espanha, razão pela
qual este pais manteve-se distante dos
movimentos fascistas.
4 4 – A derrota dos franceses na Primeira Guerra
Mundial criou o clima propício para a ascensão
dos movimentos fascistas contra as instituições
liberais na França.
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
13. (UFS – 2006) Um dos fenômenos mais
marcantes do período que se segue ao término
da Primeira Guerra Mundial foi a crise da
democracia. Do início dos anos 1920 ao fim dos
anos 1930, em muitos países implantou-se a
ditadura. Nesse período, pode-se afirmar que:
0 0 – A trajetória política institucional dos países
latino-americanos foi marcada por um conjunto de
normas de exceção com a dissolução de partidos
políticos e sindicatos com objetivo de estabelecer
uma ordem de poder democrático e popular.
1 1 – Nos países nazi-fascistas, nenhuma
atividade intelectual e artística estava livre da
ingerência dos Estados, pois estes, impediam
qualquer manifestação cultural que podia
contrariar a ideologia oficial.
2 2 – A posição de neutralidade da França,
Inglaterra e Estados Unidos, em relação à guerra
civil espanhola, permitiu que os radicais de direita
se consolidassem na Espanha, fortalecendo o
movimento fascista internacional.
3 3 – A ideologia nazi-fascista foi assimilada, no
Brasil, pela Ação integralista Brasileira, fundada
por Plínio Salgado, em 1932. Com o apoio dos
integralistas, Getúlio Vargas implantou a ditadura
do Estado Novo, em 1937.
4 4 – A ascensão de Hitler ao poder, no início dos
anos 1930, ocorreu através de uma ação golpista
cuja ponta de lança foram as forças paramilitares
do partido nazista e os comunistas.
14. (UFS – 2004) Analise as informações sobre a
crise do capitalismo e o período entre guerras.
0 0 – Durante a década de 1930, os governos
totalitários da Itália, Alemanha e Japão adotaram
uma política de apaziguamento para se
beneficiarem da ordem internacional em vigor.
1 1 – O período entre as duas guerras mundiais
foi marcado pela crise do capitalismo, do
liberalismo e da democracia e pela polarização
ideológica entre fascismo e comunismo.
2 2 – Os EUA entraram em crise de produção e
começaram a baixar perigosamente os índices de
sua economia, depois que a Europa, recuperada
da guerra, ter-se soerguido economicamente e
voltado a controlar os mercados mundiais.
3 3 – As elites européias constando que as
democracias liberais mostravam-se incapazes de
administrar os graves problemas da época e
temerosas do avanço das lutas sociais,
mostraram-se favoráveis à formação de governos
fortes e autoritários, capazes de impor disciplina e
recompor a ordem capitalista.
4 4 – Na primeira metade do século XX,
repercutiam em toda a Europa e em diversas
partes do mundo as doutrinas de inspiração nazifascista. Na Espanha, uma violenta Guerra Civil
resultou na tomada de poder pelo general
Francisco Franco, com o apoio dos proprietários
de terra, do alto clero e de setores do exército.
23
Terceira Série do Ensino Médio
15. (UFS – 2009) Considere o texto a seguir:
Em 1929 irrompeu nos Estados Unidos mais uma
das crises periódicas que vinham ocorrendo nos
países industrializados desde o século XIX. Como
nas crises anteriores, a crise iniciada em 1929 foi
marcada pela superprodução e pelo subconsumo,
propagando-se dos países centrais para a
periferia do mundo capitalista. No entanto ela se
distinguiu das demais por ter tido efeitos mais
amplos e graves.
(Wagner Pinheiro Pereira. 24 de outubro de
1929: a quebra da bolsa de Nova York e a
Grande Depressão. Série Rupturas, São
Paulo: Nacional, 2006, p. 3)
Pode-se afirmar que a crise em questão:
0 0 - Atingiu não apenas o mercado de bens de
consumo, prejudicando o comércio mundial,
como afetou a exportação de produtos primários
de vários países, como o café brasileiro, que
sofreu uma crise sem precedentes.
1 1 - Foi a primeira a ser enfrentada pelo sistema
capitalista globalizado, e teve início com a
dificuldade das indústrias em fornecer produtos
para atender a demanda crescente dos
consumidores.
2 2 - Originou-se devido a desorganização do
sistema capitalista, no final dos anos 1920, como
consequência das revoluções socialistas e
neoliberais que se espalharam pelo mundo, a
partir de 1917.
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
O mapa contém informações sobre a política
internacional da Europa nos anos considerados
decisivos para a emergência da Segunda Guerra
Mundial. Analise as afirmações relacionadas ao
mapa e ao contexto histórico mencionado.
0 0 – Os chefes de Estado da Alemanha e da
Itália testaram os seus novos armamentos contra
os socialistas e democratas na Guerra Civil
Espanhola, contribuindo para a formação do Eixo
Berlim-Roma.
1 1 – Os governos da França e da Inglaterra
envolveram-se militarmente na Guerra Civil
Espanhola com o objetivo de combater as forças
nazi-fascistas, contribuindo para a formação dos
acordos entre os países aliados.
2 2 – Os chefes de Estado da Itália e da união
Soviética
estabeleceram
negociações
e
assinaram um pacto político visando barrar o
expansionismo alemão sobre seus territórios,
contribuindo para a formação da Tríplice Aliança.
3 3 – Os governos da Alemanha e da união
Soviética, por interesses estratégicos, fizeram um
acordo de não-agressão e neutralidade,
relegando a segundo plano suas diferenças
ideológicas entre o nazismo e o socialismo.
4 4 – As forças armadas da França, da Inglaterra
e da Polônia desencadearam a guerra contra os
países do Eixo em razão do ataque e da invasão
fulminante dos alemães e italianos na região
Nordeste da França.
17. (UFS – 2003) Considere a caricatura, do
brasileiro Belmonte, de 22/09/1939, mostrando as
fragilidades do pacto nazi-soviético.
3 3 - concentrou-se na América Latina, periferia
do sistema capitalista, após ter despontado nos
Estados Unidos, sendo logo controlada com a
ajuda financeira de grandes empresários
europeus.
4 4 - começou na Bolsa de Valores de Nova
York, com a queda nos valores das ações dada a
super-oferta das mesmas, mas logo atingiu a
economia de vários países, causando falências
bancárias e desemprego em massa.
16. (UFS – 2005) Considere o mapa histórico da
Europa de 1936 a 1939.
Analise as proposições corretas de fatos
relacionados à caricatura.
0 0 – O pacto de não-agressão, realizado entre
Hitler e Stálin, foi rompido pelos soviéticos após a
Segunda Guerra Mundial, quando teve início a
chamada Guerra Fria.
1 1 – O pacto mencionado na caricatura nunca foi
realizado entre os dois governantes, pois os
nazistas pregavam a destruição total de todos os
comunistas.
2 2 – A Alemanha assinou o pacto de nãoagressão com a União Soviética, pois estava
24
Terceira Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
preocupada em garantir a neutralidade deste país
no caso de um confronto com a França e a
Inglaterra.
3 3 – A caricatura ressalta a importância do pacto
assinado pelos governos da Alemanha e da
União Soviética que pôs fim à Segunda Guerra
Mundial.
4 4 – O caricaturista ironiza os interesses políticomilitares e estratégicos dos governos da
Alemanha e da União Soviética no período que
antecede à Segunda Guerra Mundial.
3 3 – Nos dias atuais, é possível descrever a
estrutura econômica do capitalismo como um
sistema internacional com forte tendência de
substituir o dólar como principal veículo de
comércio entre os países pela libra e pelo euro.
4 4 – Nos últimos 30 anos, a economia japonesa
atingiu um espantoso ritmo de crescimento que a
transformou numa das mais importantes e
competitivas economias do mundo, destacandose nos setores eletrônicos, automobilístico e
naval.
18. (UFS – 2002) Analise as afirmações que
seguem.
00 – O Fascismo surgiu como uma doutrina de
aceitação dos ideais burgueses de liberalismo e
democracia. O primeiro país onde o fascismo
triunfou foi a Espanha, com a ascensão de
Mussolini em 1922.
11 – Temendo a expansão dos movimentos
socialistas, a Igreja Católica na Alemanha,
passou a apoiar integralmente o Partido Nazista –
autoritário e antidemocrático – liderado por Adolf
Hitler.
22 – No Brasil, a ideologia nazi-fascista foi
assimilada pela Ação Integralista Brasileira,
fundada por Plínio Salgado, em 1932. Com o
apoio dos integralistas, Getúlio Vargas implantou
a ditadura do Estado Novo em 1937.
33 – N o período de 1964 a 1985, o Brasil foi
governado por militares, que impuseram a
ditadura. Para evitar os protestos da sociedade, o
regime militar cassou o direito de voto, mas deu
liberdade às oposições.
44 – o AI-5 conferia ao presidente da República
poderes apenas para suspender os direitos
políticos exclusivamente dos docentes das
Universidades.
20. (UFS – 2006 – Campus de Itabaiana) Ao
analisar o contexto internacional do fim da
Primeira Guerra Mundial até o final da Segunda
Guerra Mundial, pode-se afirmar que:
0 0 – O fortalecimento dos partidos liberais na
Europa e nos Estados Unidos foi o fator decisivo
para a derrota dos fascistas nas eleições para o
legislativo.
1 1 – O Japão, a Alemanha e a Itália
desenvolveram, na década de 1930, uma política
de agressão visando alterar a hegemonia no
cenário político internacional.
2 2 – A crise de 1929 foi uma das crises de
superprodução do sistema capitalista que não
atingiu os países industriais, mas afetou
profundamente a economia dos países pobres.
3 3 – A ascensão do nazifascismo teve como
causas, dentre outras, os efeitos dos acordos do
pós Primeira Guerra Mundial e da grande crise da
economia capitalista de 1929.
4 4 – A Batalha de Stalingrado representou um
momento decisivo na Segunda Guerra Mundial
pois, ao ganharem essa batalha, os alemães
tornaram-se quase invencíveis.
19. (UFAL – 2002) A partir do pós-Segunda
Guerra Mundial, o capitalismo ingressa numa
nova fase de desenvolvimento, baseada numa
dinâmica produtiva com sofisticada tecnologia.
Analise as afirmações abaixo sobre esse
contexto.
0 0 – O Tratado de Maastricht, que criou a União
Européia (EU) em 1992, previa a unificação da
moeda, das políticas externas e de defesa, das
leis trabalhistas e de imigração, garantindo
cidadania única para todos os habitantes dos
paises membros.
1 1 – A nova ordem internacional que vem se
estruturando a partir da década de 1990 tem
contribuído para a redução das diferenças
sociais, pois a renda gerada pelo capitalismo
beneficia grande parcela da população das áreas
européias e americanas.
2 2 – A reconstrução econômica do Japão,
acelerada após 1950, é explicada principalmente
pela facilidade de exportação de matérias-primas
para os países industrializados e a construção de
numerosos meios de transporte.
21. (UFS – 2007) A abertura de nova frente de
Aliados devido à invasão da Normandia, a
chegada do Exército Vermelho a Berlim e as
bombas atômicas lançadas pelos norteamericanos em Hiroshima e Nagasaki encerraram
a Segunda Guerra Mundial. Analise as
afirmações sobre as conseqüências dessa
guerra.
0 0 - A Europa deixou de ocupar o papel de
economia periférica face às nações industriais do
Atlântico sul com a adoção de padrões
econômicos semelhantes aos da União Soviética.
1 1 - Houve uma acentuada degradação de ideais
liberais e democráticos, agitações políticas de
esquerda espartaquista -,
crise econômica e desemprego.
2 2 - A expansão do comunismo, que criou uma
área de influência para si próprio no leste da
Europa, constituiu-se num desafio para os países
ocidentais.
3 3 - O desenvolvimento de partidos nacionalistas
que pregavam a existência de um Executivo forte,
capaz de solucionar crises generalizadas
resultantes da desorganização do pós-guerra.
25
Terceira Série do Ensino Médio
4 4 - Os países africanos, embalados pela defesa
do princípio da autodeterminação dos povos
aplicado aos países balcânicos e do leste
europeu, organizaram seus movimentos de
independência.
TERCEIRO BIMESTRE
22. (UFS – 2002) Analise as seguintes
proposições:
00 – As eleições de 1945 reafirmaram o Estado
Novo e a ditadura varguista no Brasil.
11 – A posse de Vargas, em janeiro de 1951,
significou a ascensão de um presidente
descompromissado com o nacionalismo.
22 – O longo governo de Café Filho foi marcado
por uma retomada dos princípios econômicos que
haviam sido abandonados por Vargas. Buscou
combater a crescente inflação com medidas
monetaristas levando inevitavelmente à recessão
e a uma aguda crise bancária.
33 – O governo de Kubitschek (1956-1961)
costuma ser lembrado como período o que aliou
tranqüilidade política e prosperidade econômica.
44 – Em 1960 realizaram-se eleições para a
sucessão de Juscelino. O PSD e o PTB repetiram
a aliança vitoriosa de 1955 e que foi um sucesso
durante os cinco anos de Juscelino. A UDN
apoiou o então governador de São Paulo, Jânio
Quadros, político independente, com vínculos
partidários inconstantes e ambicionando a
presidência.
23. (UFS – 2003) Analise as informações sobre a
chamada “Era Vargas”.
0 0 – O Estado de Sergipe teve a autorização
para realizar eleições diretas para governador,
em razão da política de privilégios que Vargas
concedeu ao Nordeste durante o Estado Novo.
1 1 – O governo de Vargas, de 1951 a 1954, foi
marcado pela falta de garantias constitucionais,
por prisões arbitrárias e pela censura prévia,
controladas pelo Departamento de Imprensa e
Propaganda.
2 2 – Ainda que seu discurso fosse nacionalista,
Vargas desenvolveu esforços concretos na busca
de financiamento externo para a construção de
infra-estrutura industrial para o país.
3 3 – Com o objetivo de controlar politicamente a
classe trabalhadora, Vargas concedeu direitos
trabalhistas e atrelou os sindicatos ao poder
estatal, especialmente durante o Estado Novo.
4 4 – O governo Vargas, de 1937 a 1945,
contribuiu para a implantação do ideal liberal no
Brasil, já que restabeleceu a harmonia política
entre os três poderes constituídos.
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
24. (UFS – 2006 – Campus de Itabaiana) Analise
as afirmações nas quais pode-se constatar
aspectos da conjuntura política que precedeu ao
Golpe de Estado desferido por Getúlio Vargas em
1937.
0 0 – Os integralistas difundiram idéias
totalitárias e de capitalização das massas
populares, influenciando grupos golpistas.
1 1 – A Aliança Nacional Libertadora foi
radicalmente contra as medidas governamentais
que levaram à implantação do Estado Novo.
2 2 – Os liberais temiam as reformas sociais e
aceitavam, ou até mesmo incentivavam, a
interrupção do jogo democrático para defender
seus interesses econômicos.
3 3 – O tenentismo forneceu as bases ideológicas
e o apoio militar necessários para que Getúlio
Vargas rompesse a ordem constitucional no país.
4 4 – Os comunistas deram apoio estratégico a
Getúlio Vargas porque este defendia o
nacionalismo e a estatização das empresas
petrolíferas.
25. (UFS – 2009) A queda de Getúlio Vargas e o
fim do Estado Novo, ocorrido em outubro de
1945, foi um processo histórico complexo,
marcado por críticas por parte dos liberais ao
regime, tentativas de liberalização política para
viabilizar a permanência de Vargas no poder e
sua reaproximação com a esquerda, antes
duramente combatida. Analise as proposições
que apresentam eventos históricos ocorridos
durante esse processo.
0 0 - Elaboração de um documento de critica ao
regime conhecido como "Manifesto dos Mineiros";
anistia política no início de 1945 e Movimento
Queremista, que pedia "Constituinte com Getúlio".
1 1 - Divulgação da represália do Senado a
Getúlio através da "Carta aos Brasileiros", fim do
monopólio do Petróleo pelo Estado e nomeação
de Luis Carlos Prestes para ministro do Trabalho.
2 2 - Suicídio do jornalista Libero Badaró, em
sinal de protesto contra a censura, criação da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e
legalização do Partido Comunista Brasileiro.
3 3 - Volta dos soldados da FEB após
participação na Segunda Guerra Mundial ao lado
dos países democráticos como Estados Unidos
e Inglaterra, difusão do ideário trabalhista e
abrandamento da censura à imprensa.
4 4 - Assalto ao Palácio do Catete pelos
membros da Ação Integralista Brasileira,
convocação da Assembléia Constituinte e
legalização
do
Comando
Geral
dos
Trabalhadores, dominado pelos comunistas.
26. (UFS – 2006 – Campus de Itabaiana)
Considere a charge de Théo.
26
Terceira Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
controle monetário, restrição ao crédito e
contenção salarial.
4 4 – O ato institucional nº 1, de abril de 1964,
criou o mecanismo de eleições para presidente
da República, mas permitia a participação popular
no processo eleitoral.
META DO FAMINTO
JK – Você agora tem automóvel brasileiro, para
correr em estradas pavimentadas com asfalto
brasileiro, com gasolina brasileira. Que mais
quer?
Jeca – Um prato de feijão brasileiro, seu douto!
(Careta, 12/3/1960. In: Renato Lemos. Uma
História do Brasil através da caricatura. Rio de
Janeiro: Letras e Expressões, 2001. p. 79)
Analise os argumentos que podem ser
relacionados à visão do autor sobre o contexto
histórico referido na charge.
0 0 – O autor utilizou-se de ironia para mostrar a
dependência econômica do Brasil em relação ao
capital estrangeiro.
1 1 – O Brasil destacava-se na economia mundial
porque produzia automóveis com capital
predominantemente nacional.
2 2 – As metas simbolizadas na charge fazem
referência à idéia do desenvolvimentismo
expressa no lema “50 anos em 5”.
3 3 – O governo brasileiro incrementou a indústria
petrolífera, conseguindo alcançar a meta da autosuficiência do consumo da gasolina.
4 4 – A charge sugere que a política
desenvolvimentista do governo prejudicava
interesses das classes menos favorecidas.
27. (UFS – 2003) Analise as proposições do
contexto histórico da ditadura militar no Brasil
(1964-1985).
0 0 – O golpe militar de 1964 foi justificado por
seus executores como intervenção necessária
para a defesa da ordem e da democracia,
ameaçadas, segundo eles, pelos comunistas e
populistas.
1 1 – O golpe de 1964 teve como objetivo conter
as reformas sociais e as mobilizações populares,
vistas como ameaças aos interesses das classes
dominantes.
2 2 – O governador de Sergipe, Seixas Dória,
cumpriu todo o seu mandato político, pois foi
mantido no cargo após o golpe militar de 1964
por ter apoiado a junta militar que tomou o poder.
3 3 – Logo após o golpe militar, o governo
Castelo Branco anunciou duras medidas
econômicas de combate à inflação por meio do
28. (UFAL – 2002) Considere as proposições
abaixo referentes a fenômenos ocorridos no
Brasil a partir de 1945.
0 0 – No governo Dutra foram reatadas as
relações diplomáticas com a União Soviética e
Cuba e como conseqüência adotou-se o modelo
econômico nacionalista que impediu a abertura
da economia do país às empresas estrangeiras e
à importação de produtos de bens de base.
1 1 – O setor industrial alagoano é responsável
por 39,2% do produto interno bruto (PIB) do
Estado. O pólo principal fica em Tabuleiro, a
poucos quilômetros do porto do Jaraguá. Surgido
em 1979, com objetivo inicial de reunir indústrias
químicas, a partir dos anos 90. Tabuleiro recebe
também empresas de setores variados, que se
beneficiam da infra-estruruta de estradas e
energia existentes.
2 2 – No governo Médici, o poder ditatorial e a
violência repressiva contra as oposições ao
regime foram intensificadas. Os direitos
fundamentais do cidadão foram suspensos,
qualquer um que se opusesse ao governo
poderia ser preso. Nas escolas, nas fábricas, nos
teatros, na imprensa sentia-se a “mão-de-ferro”
do autoritarismo.
3 3 – No início do século XXI, o Brasil é um dos
campeões mundiais de desigualdade social.
Vivemos, na prática, um apartheid social. De um
lado, uma elite ostentando um padrão de vida de
primeiro mundo e usufruindo os direitos
democráticos. De outro, uma enorme massa de
subcidadãos, subnutridos.
4 4 – A divida pública alagoana é a menor de
todos os estados brasileiros, não ultrapassando a
três bilhões de dólares em 1999, e nos dez
primeiros meses desse ano, o estado conseguiu
reduzir os seus gastos em mais de 30%, o que
favoreceu também a redução da dívida com o
governo federal.
29. (UFS – 2007) Considere o texto e a imagem a
seguir. Em 1968, movimentos de protesto e
mobilização política agitaram o mundo todo (...)
entretanto, 1968, teve especificidades locais
determinantes no Brasil, acima da influência dos
fatores internacionais. Por exemplo, o movimento
estudantil seguiu uma dinâmica de luta própria,
anterior ao famoso maio de 1968 na França.
(Marcelo Ridenti. “Breve recapitulação de 1968 no
Brasil”. IN: Rebeldes e contestadores. 1968:
Brasil, França e Alemanha. São Paulo:
Fundação Perseu Abramo, 2000. p.55-56)
27
Terceira Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
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naturais do Brasil como o mar a graça feminina
ou as praias cariocas.
1 1 - Os Integrantes do movimento Tropicalista,
que propunham de forma provocativa uma
reflexão sobre os contrastes sociais, políticos e
culturais do pais, contaram com o apoio unânime
do público jovem, principalmente dos estudantes
universitários, o que Ihes rendeu rápida fama.
(Foto. Jornal Última Hora, Rio de Janeiro, abril de
1968. Apud Gilberto Cotrim. História do Brasil.
Um olhar crítico. São Paulo: Saraiva, 1999. p.
334)
Entre as características específicas do movimento
estudantil brasileiro, em relação aos outros
movimentos de contestação jovem e estudantil
dos anos 1960, pode-se considerar:
0 0 - A luta pela ampliação de vagas no ensino
superior, para acabar com os “excedentes”, isto é,
alunos que tinham média para ingressar nas
faculdades, mas não conseguiam matrícula por
falta de vagas.
1 1 - A crítica ao sistema capitalista, baseado no
alto consumo de bens descartáveis, a luta pela
liberalização dos costumes e da moral sexual e
contra o envio de tropas brasileiras para o Vietnã.
2 2 - A crítica ao regime socialista-burocrático
implantado pelo golpe militar de 1964, que
estatizou as universidades e obrigou os
estudantes brasileiros a prestarem serviços
gratuitos ao Estado.
3 3 - A luta contra o regime militar, considerado
um regime anti-popular e anti-nacional, que dava
ao
movimento
estudantil
brasileiro
uma
característica mais politizada, menos focado na
questão comportamental e na crítica cultural ao
sistema.
4 4 - O movimento estudantil brasileiro dos anos
1960 foi pouco politizado, mais preocupado com
as questões comportamentais e marcado pela
crítica aos valores católicos, que eram muito
fortes no Brasil.
30. (UFS – 2008) Durante a década de 60 do
século XX, no Brasil houve uma grande
efervescência criativa nas artes. Surgiram
movimentos culturais importantes e muitos dos
seus protagonistas sofreram as consequências
do autoritarismo do regime militar e da pressão
exercida pela censura. Analise as proposições
que tratam desses movimentos.
0 0 - Os músicos identificados com a Bossa Nova
cujas canções convidavam as pessoas a
desfrutarem livremente os prazeres da Vida,
foram obrigados pelo regime militar a aderir a
temas nacionalistas e a cantar as belezas
2 2 - Os cineastas ligados ao Cinema Novo que
buscavam uma estética que traduzisse a
realidade brasileira sem abrir mão de
experimentalismos na linguagem cinematográfica
produziram filmes ousados e manifestos que
protestavam contra a situação política e social do
Brasil.
3 3 - O movimento da Jovem Guarda divulgava
uma proposta de rebeldia comportamental mas
era considerado politicamente "alienado' pelos
jovens militantes e os universitários de esquerda,
por exaltar símbolos de consumo e modismos
norteamericanos sem contestar diretamente o
contexto ditatorial.
4 4 - Os Festivais de Música Popular Brasileira e
os Festivais Internacionais da Canção realizados
a partir do final dos anos 60 revelaram vários
intérpretes como Elis Regina e Geraldo Vandré
que participaram apresentando canções de
protesto transmitidas pela televisão ao vivo, a
milhares de espectadores.
31. (UFAL – 2004) Analise as afirmações abaixo
sobre a realidade histórica brasileira de 1945 aos
dias atuais.
0 0 – Com a Constituição de 1946, as liberdades
e os direitos civis tomaram forma de lei. Mas o
autoritarismo e o personalismo dos tempos da
ditadura varguista deixaram marcas profundas na
vida política brasileira, e em pouco tempo
contaminaram e fragilizaram o incipiente
processo democrático.
1 1 – A instalação de um regime militar no Brasil,
após 1964, interferiu no processo de produção
cultural, como pode ser exemplificado pelo
estímulo dos governos ao tropicalismo, durante a
ditadura.
2 2 – Enquanto teve sustentação no chamado
“milagre econômico” entre os anos 1968 e 1973,
o regime militar navegou com vento favorável.
Quando o “milagre” começou a dar sinais de
esgotamento e o vento mudou, o regime viu-se
obrigado a aceitar maior participação da
sociedade. Começou aí sua agonia, na forma de
uma “lenta e gradual” abertura política.
3 3 – A Emenda Constitucional das “Diretas já”,
relativas à eleição direta para presidente e vicepresidente da República, foi aprovada pela
Câmara dos Deputados, obrigando o governo
28
Terceira Série do Ensino Médio
Figueiredo a controlar os grupos militares de
extrema direita.
4 4 – No governo de Fernando Henrique Cardoso
toda a atenção voltou-se para o equilíbrio
financeiro a fim de atender, antes de tudo, aos
interesses dos investidores internacionais. Os
problemas sociais desse período, transformaram
o Brasil num país com os piores indicadores
sociais.
32. (UFS – 2005) Considere o Panfleto distribuído
pelo comitê Brasileiro de Anistia, em 1979.
Reflita sobre a mensagem do panfleto procurando
associa-la ao referido contexto histórico e analise
as afirmações.
0 0 – O autor do panfleto faz uma clara alusão
aos exilados e presos políticos que estavam
impedidos de manifestar-se livremente no seu
próprio país.
1 1 – O panfleto expressa o grande envolvimento
de organizações civis e sindicais na luta e nas
manifestações pela redemocratização do país.
2 2 – A divulgação do panfleto e a realização das
manifestações políticas provam que o governo
brasileiro garantia o pleno direito de cidadania.
3 3 – Os governos militares aprovaram a “anistia
ampla, geral e restrita”, defendida no panfleto,
conforme a integra do Projeto de Lei proposto
pelo Partido dos Trabalhadores.
4 4 – O poder executivo federal incentivou a
realização das manifestações no dia dos
trabalhadores, como demonstra claramente o
conteúdo do panfleto.
33. (UFS – 2005) Considere o texto.
Os anos de arbítrio do Regime Militar que
se encerra vão constituir, com certeza, um marco
de referência para o historiador, período bemdelimitado na trajetória política brasileira. Não
será o menor, mas será o pior, nesses longos
anos. Experiência importante, passará à História
como o intervalo mais negro da nação. Golpe que
se denominou revolução, tirando à palavra sua
dignidade, nada teve de revolucionário, pois na
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
verdade foi contra-revolucionário, eminentemente
reacionário, de características fascistas.
(Francisco Iglésia. A humilhação de todo povo, In:
Retrato do Brasil. V. 4 São Paulo: Política, 1984.
Depoimentos).
Analise as afirmações que se relacionam com o
encerramento do regime a que o texto se refere.
0 0 – O despertar da sociedade civil e sua
mobilização em torno da bandeira da
redemocratização contribuíram para que o
presidente Geisel, após sofrer inúmeras pressões
da “linha dura” do Exército, avançasse no
processo de abertura política com o afastamento
dos militares identificados com a tortura e com a
corrupção.
1 1 – No processo de redemocratização, no final
dos anos 1970, o governo enviou Projeto de
reforma
constitucional
contemplando
a
restauração do presidencialismo, seguida de uma
polarização entre direita e esquerda.
2 2 – As manifestações contrárias ao regime
tiveram fim com o fechamento dos partidos de
esquerda, da UNE e do processo de intervenção
nos sindicatos, os quais se tornaram redutos
governistas.
3 3 – Apesar da repressão, mobilizações como a
dos metalúrgicos do ABC paulista, em 1979,
foram importantes movimentos contra a ditadura
militar.
4 4 – Á pressão popular em favor da democracia
que marcou o início da abertura política, o
terrorismo de direita respondia com atentados a
bombas nas grandes cidades.
34. (UFS – 2006) Analise o texto.
Após os quarenta anos do Golpe de 1964,
quando se realizaram vários eventos em que
intelectuais e políticos buscavam exorcizar a
herança autoritária da ditadura militar, temos
agora no mês de agosto o cinqüentenário do
trágico suicídio de Getúlio Vargas. Há relações
inexoráveis entre as duas datas, na medida em
que, em ambas, João Goulart, talvez o principal
herdeiro político de Vargas, ocupava o centro do
debate
político.
Ao
mesmo
tempo,
o
acontecimento traumático do seu suicídio
conseguiu evitar o golpe que a direita armara
para derruba-lo do poder, adiando-o, pelo menos,
até 1964.
Do ponto de vista político, nunca se viu na história
do Brasil uma manifestação popular igual de dor e
revolta pela morte de um político como a de
Getúlio Vargas. A repercussão de seu suicídio
nos meios populares foi intensa nas principais
cidades do país. Em Sergipe, principalmente em
Aracaju,
as
manifestações
representaram
verdadeiros motins populares contra os políticos
vinculados à União Democrática Nacional (UDN).
29
Terceira Série do Ensino Médio
Entretanto,
espontaneamente,
a
multidão
exaltada saiu às ruas, depredando as seções
eleitorais da UDN, rádio Liberdade de Sergipe e o
Jornal Correio de Aracaju. A multidão só foi
contida com a intervenção política das lideranças
petebistas, combinada com a ação da polícia e do
Exército. Embora os motins tenham acabado no
dia 25 de agosto, inúmeras homenagens a
Vargas estenderam-se até o trigésimo dia de seu
falecimento.
(Antônio Fernando de Araújo Sá.
http//www.infonet.com.Br)
O texto faz uma reflexão de aspectos relevantes
da história do Brasil durante o século XX. Analise
as afirmações que estão de acordo com o texto
proposto.
0 0 – A exaltação da multidão, logo após o
suicídio de Getúlio Vargas, estava relacionada,
entre outros fatores, a grande influência que a
imprensa e a propaganda oficial do governo
exerceram sobre a população durante o Estado
Novo.
1 1 – As manifestações da população de Sergipe
refletiram o espírito de liberdade de organização e
de expressão que as organizações dos
trabalhadores urbanos tiveram durante o Estado
Novo.
2 2 – Parte da população reagiu contra a União
Democrática Nacional porque este partido
combatia o trabalhismo, o nacionalismo e a
intervenção do Estado na economia, que eram
princípios da política de Getúlio Vargas.
3 3 – De acordo com o texto, o presidente João
Goulart ocupou o centro do debate político
nacional porque participou do governo ditatorial
de Getúlio Vargas e defendeu ativamente o Golpe
de 1964.
4 4 – O texto revela implicitamente a resistência
da população de Sergipe, que utilizou de várias
formas de organização e dos meios de
comunicação para combater o regime militar,
instaurado no poder a partir do Golpe de 1964.
35. (UFS – 2007) O regime militar implantado em
1964, após a derrubada do governo João Goulart,
era baseado na Doutrina de Segurança Nacional
e no anticomunismo, procurando desenvolver o
capitalismo brasileiro preservando os interesses
dos grandes proprietários de terra, financistas e
capitalistas nacionais e estrangeiros, que haviam
avaliado as Reformas de Base de Jango como
uma ameaça à ordem social vigente. Neste
sentido, analise as afirmações que seguem.
0 0 - O regime militar foi um regime que aplicou
inicialmente, durante o governo do General
Castelo Branco (1964-1967), uma política
econômica anti-inflacionária e recessiva, para
depois aplicar uma política de forte estímulo ao
desenvolvimento
industrial,
baseada
em
financiamento externo.
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
1 1 - A política econômica do regime militar,
desde o início, foi baseada na retomada da
política de substituição de importações e na
ênfase aos investimentos no setor das indústrias
de base, recuperando estratégias executadas por
Getúlio Vargas durante o Estado Novo.
2 2 - A partir do governo Costa e Silva (1967) e
até o final do governo Ernesto Geisel (1979), o
regime militar caracterizou-se por uma forte
política industrializante, tanto na área de bens de
consumo
duráveis
(automóveis,
eletrodomésticos), quanto na área de infraestrutura e indústrias de base, sobretudo petróleo
e energia.
3 3 - A política econômica do regime militar
caracterizou-se pela ênfase na privatização e na
desnacionalização da indústria brasileira e pela
entrega de importantes setores industriais, como
o petróleo e a energia nuclear para o capital
multinacional e, por esta razão, os militares foram
acusados pelos nacionalistas de “entreguistas”.
4 4 - A política econômica do regime militar
“sucateou” o setor industrial moderno (bens
duráveis, informática e bens de capital) para
defender os interesses dos setores agrários
baseados no latifúndio, subsidiando o cultivo para
exportação de produtos primários como o açúcar,
a soja e o café.
36. (UFS – 2009) o processo de "abertura" do
regime militar brasileiro, iniciado durante o
governo do General Ernesto Geisel em meados
dos anos 1970,
0 0 - Resultou da pressão diplomática dos países
do Mercosul, bloco no qual o Brasil queria
ingressar, mas que não aceitava a entrada de
países que violavam os direitos humanos.
1 1 - Derivou de uma política de distenção cuja
origem estava no próprio governo militar,
preocupado em construir uma transição sob
controle para um futuro governo civil.
2 2 - Ocorreu após a primeira crise do petróleo, e
o conseqüente fim do "milagre econômico",
quando o governo militar procurou atenuar as
medidas repressivas para agradar a classe
média e as elites liberais.
3 3 - Foi uma conquista das reivindicações feitas
pelas greves operárias comandadas pelo Partido
Comunista Brasileiro, cujo principal foco
encontrava-se na região do ABC paulista.
4 4 - Correspondeu a uma demanda da
sociedade, com apoio de setores da Igreja e
pressão internacional que exigia a volta das
liberdades democráticas.
30
Terceira Série do Ensino Médio
QUARTO BIMESTRE
37. (UFS – 2004) Analise as proposições sobre
os movimentos sociais e culturais no Brasil nas
décadas de 1960 e 1980.
0 0 – Em 1960, estudantes, professores e líderes
políticos organizaram uma passeata pelo centro
da cidade de Aracaju, contra os desmandos
policiais na capital da república. As autoridades
estaduais, com o intuito de enfraquecer o
movimento, suspenderam as aulas do Colégio
Atheneu Sergipano.
1 1 – Nas principais cidades brasileiras, milhares
de pessoas saíram às ruas em manifestações
espontâneas,
exigindo
a
destituição
do
presidente.
A
indignação
moral,
forte
principalmente entre a juventude estudantil, e o
impacto causado sobre as lideranças políticas
levou-os abrir um processo de impeachment
contra o presidente no Congresso Nacional.
2 2 – Na década de 1970, setores da igreja e
organizações da sociedade civil, como a
Associação Brasileira de Imprensa e a Ordem
dos Advogados do Brasil, mobilizaram-se para
apoiar as lutas operárias e também outros
movimentos, como a campanha pela anistia e
pelas eleições diretas.
3 3 – A principal corrente que se insurgiu contra o
convencionalismo dos festivais, o Tropicalismo,
procurou soluções de síntese entre a música
internacional e a brasileira, incorporando efeitos
eletrônicos e recursos literários de vanguarda na
elaboração das letras.
4 4 – O debate político, as questões nacionais
sobre a pobreza, a oposição às estratégias
oficiais do poder e encontros para discussão da
situação política do país não fizeram parte dos
interesses dos estudantes e intelectuais
sergipanos, na época.
38. (UFS – 2004) No século XX, na América
Latina, a pobreza gerada por séculos de
exploração colonial, e preservada pelas políticas
imperialistas da Inglaterra e dos EUA, acabou
provocando numerosas revoltas populares.
Analise as afirmações sobre esse contexto
histórico.
0 0 – O movimento popular liderado por Fidel
Castro contra a ditadura estabelecida sob a
presidência de Fulgêncio Batista (1951-1959)
pretendia implantar a “ditadura do proletariado”
na ilha, para combater a pobreza e a miséria do
povo cubano.
1 1 – No início do século XX, no México, Emílio
Zapata e Pancho Vila comandando milhares de
camponeses,
mobilizaram-se
contra
os
latifundiários, a igreja e as elites constituídas,
reivindicando uma justa distribuição de terras, por
meio da reforma agrária.
2 2 – As revoltas sociais que levaram à deposição
de Salvador Allender, em 1973, acarretaram a
nacionalização das companhias de petróleo e
HISTÓRIA
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estradas de ferro, bem como a formação de
sindicatos operários e camponeses no Chile.
3 3 – No final dos anos 1970 e principalmente
nos anos 1980, os movimentos populares
cresceram na América Central, abalando a
tradicional supremacia norte-americana na
região. O principal exemplo dessa nova
conjuntura foi a Revolução Sandinista, de 1979,
na Nicarágua, que derrubou a ditadura de
Anastácio Somoza.
4 4 – O Movimento Revolucionário Tupac-Amaru,
fundado em 1984 no Peru, foi apoiado pelo
movimento camponês pelo direito à terra e
incentivou
as
revoltas
populares
que
reivindicavam a reforma agrária e a democracia
política de cunho burguês no país.
39. (UFS – 2006) Considere o mapa histórico.
O mapa mostra alguns aspectos relacionados aos
movimentos sociais na América Latina entre as
décadas de 1950 e 1990. Faça a associação
entre os dados do mapa e o conhecimento sobre
esses movimentos.
0 0 – Os movimentos sociais na América Central
tiveram o apóio bélico dos Estados Unidos na luta
contra as ditaduras de direita que impediam o
avanço da democracia na região.
1 1 – A Frente Sandinista de Libertação Nacional
(FSLN) conseguiu depor o ditador Anastácio
Somoza com o apoio de movimentos sociais na
Nicarágua, governando sob a ameaça de
intervenção dos Estados Unidos.
2 2 – Os movimentos sociais em Cuba tiveram
recursos financeiros dos banqueiros dos Estados
Unidos para o financiamento de armas utilizadas
para a deposição do ditador Fulgêncio Batista.
3 3 – Os Estados Unidos utilizaram vários
métodos para combater os movimentos sociais da
América Central porque estes defendiam, entre
outros, o nacionalismo, a luta pela terra e a
política de autodeterminação dos povos.
4 4 – A Frente Farabundo Martí de libertação
Nacional (FMLN) foi um movimento social que
contou com ajuda estratégica dos Estados Unidos
no combate aos grupos que desejavam implantar
o comunismo em El Salvador.
40. (UFS – 2008) Na América Latina, nos anos 60
aos 80 do século XX, proliferaram movimentos
31
Terceira Série do Ensino Médio
sociais em oposição aos regimes militares.
Analise as proposições que tratam das
características desses movimentos.
0 0 - O movimento guerrilheiro dos "tupamaros",
cujo nome provém de uma homenagem ao líder
indígena Tupac Amaru, que lutou contra os
colonizadores espanhóis no século XVIII, surgiu
nas comunidades indígenas da Bolívia, nos anos
60, contra a ditadura vigente.
1 1 - O chamado "novo peronismo", movimento
popular que emergiu nos anos 70, contra o
governo
militar
argentino
instituído,
foi
responsável pela vitória eleitoral de Juan Perón,
que procurou, em seu curto mandato, reatar
relações com o bloco socialista.
2 2 - A "Unidade Popular", coligação de partidos
chilenos de esquerda, conquistou apoio popular
que garantiu a eleição do presidente Salvador
Allende que efetuou nacionalizações ousadas e
foi vítima de um golpe militar encabeçado pelo
general Augusto Pinochet.
3 3 - O "Exército Rebelde" liderado por nomes
como Fidel Castro e Che Guevara, destituiu o
ditador Fulgêncio Batista e instituiu um novo
governo em Cuba, que durante anos, após a
Revolução de 1959 acolheu e treinou
guerrilheiros latino-americanos.
4 4 - Os "montoneros", como eram conhecidos os
guerrilheiros camponeses da Nicarágua, foram
responsáveis por uma revolução, nos anos 70,
que contou com a participação de amplos setores
da sociedade, incluindo parte da burguesia e da
Igreja Católica.
41. (UFS – 2004) Analise as proposições sobre a
crise do socialismo e as lutas interétnicas na
Europa.
0 0 – Na Polônia, nos anos de 1980, a pressão
pela participação do operariado no governo,
liderada pelo Sindicato Solidariedade, reativou a
questão do socialismo democrático. Ganhando
crescente prestígio nacional e internacional, a
atividade de Lech Walessa e do Solidariedade
acirrou as dificuldades nas relações leste-oeste.
1 1 – No leste europeu as divergências de caráter
religioso, despertando paixões e radicalizando as
posições dos indivíduos, levando ao sectarismo e
à intolerância entre as partes, tiveram início na
década de 1980 e resultaram da crise do
socialismo soviético e da queda do Muro de
Berlim.
2 2 – A pulverização étnica da população em
inúmeros grupos culturalmente diferenciados no
Leste europeu, em busca de afirmação em nível
regional e internacional fortaleceu os ideais
socialistas e promoveu a integração das
Repúblicas Socialistas, na década de 1970.
HISTÓRIA
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3 3 – O confronto entre as tradicionais estruturas
sócio-culturais e o enfraquecimento das forças
capitalistas,
auxiliado
pelo
discurso
de
“modernização”, após a queda do socialismo,
ameaçam as negociações de paz no Oriente
Médio e intensificam os conflitos na região.
4 4 – Os interesses da Sérvia em restaurar a
Grande Sérvia, impulsionaram os combates entre
bósnios muçulmanos e bósnios sérvios dos quais
resultou na chamada limpeza étnica: expulsão
dos não-sérvios, massacres de civis, prisão de
populações de outras etnias em campos de
concentração.
42. (UFAL – 2003) O século XX na América
Latina foi marcado pelas intervenções norteamericanas. A pobreza gerada por séculos de
exploração colonial e preservada pelas políticas
imperialistas da Inglaterra e dos EUA, acabou
provocando numerosas revoltas populares no
continente. Analise as afirmações sobre esse
fenômeno.
0 0 – A ruptura de relações diplomáticas com os
EUA os seus aliados, em 1961, levou Cuba a
opções radicais, Bloqueada economicamente, o
pais entrou para o bloco socialista e passou a
treinar, financiar ou incitar o movimento
revolucionário na América Latina.
1 1 – A via pacífica para o socialismo não surgiu
em nenhum pais capitalista desenvolvido, onde a
maturidade política poderia dar-lhe condições de
existência:
surgiu
no
Chile,
um
país
subdesenvolvido, onde o capitalismo fracassou
em melhorar a vida da população, e em um
continente sujeito a constantes golpes militares.
2 2 – A Inglaterra incentivou os movimentos
revolucionários na América Latina para impor sua
hegemonia no continente, dominar o comércio
exterior, investir capitais especulativos e criar
condições para a abertura dos mercados latinoamericanos.
3 3 – O governo chileno do presidente Salvador
Allende (1970-1973) adotou uma política de
grande mobilização popular, com apoio da URSS,
de Cuba e da China comunista, para implantar o
socialismo, segundo modelo de Fidel Castro e de
Che Guevara.
4 4 – A maioria dos Estados nacionais da
América Latina adotou sistemas políticos e
modelos de governo ocidentais inspirados nas
experiências republicanas e democráticas das
suas antigas metrópoles.
43. (UFS – 2002) Analise as proposições abaixo.
00 – Desde a Idade Antiga, o Oriente Médio é
uma região de fundamental importância
geopolítica e estratégica.
11 – A população do Oriente Médio caracteriza-se
pela heterogeneidade étnica, fruto da ocupação
da região por diferentes povos desde a
Antigüidade.
32
Terceira Série do Ensino Médio
22 – O Oriente Médio é uma região de grande
emaranhado
de
culturas
diferenciadas,
antagonismos religiosos, múltiplas formas de
organização política-econômica e os interesses
das grandes potências industriais do petróleo que
acirram bastante os problemas regionais.
33 – A globalização é processo de amplas
dimensões sociais, que atinge países, instituições
e pessoas de todo o mundo. Suas inúmeras
conseqüências, muitas das quais ainda não bemavaliadas, vão alterando o modo de vida neste
início de século.
44 – No início do século XXI o mundo organiza-se
sobre novas bases. Anteriormente, as relações
internacionais estavam baseadas em Estados
tradicionais, que procuravam riquezas a qualquer
custo, mediados por questões ideológicas
(capitalismo/socialismo) sem perder de vista o
frágil equilíbrio entre guerra e paz. Atualmente,
ganham
precedência
as
questões
do
desenvolvimento econômico, paralelamente à
procura do equilíbrio ecológico global e regional,
sob o enfoque da cooperação internacional.
44. (UFS – 2005) Considere o texto.
O sociólogo Alain Touraine, em sua obra
Crítica da modernidade, se expressou da
seguinte maneira sobre os anos de 1990: É
verdade que neste final de século XX vemos
sobretudo deslocar-se o pêndulo da história da
esquerda para a direita: depois do coletivismo, o
individualismo; depois da revolução, o direito;
depois da planificação, o mercado.
Analise as afirmações sobre o fenômeno a que o
texto se refere.
0 0 – A expansão do processo de globalização
favoreceu a concentração de empresas
multinacionais em todos os continentes e reduziu
as desigualdades entre os países pobres e ricos
do mundo contemporâneo.
1 1 – O desmonte do Estado previdenciário
agravou o processo de exclusão social, pois as
políticas de proteção social tornaram-se mais
limitadas, deixando o cidadão desprotegido.
2 2 – O total desregramento da economia mundial
para a conquista de novos mercados, pelos
países ricos do final do século XX, desencadeou
o colapso do capitalismo internacional.
3 3 – O desemprego estrutural e conjuntural é
apenas um dos efeitos perversos da globalização,
que alguns observadores têm apontado como um
processo capaz de causar um “apartheid social”
de natureza mundial.
4 4 – O fortalecimento das economias de países
em desenvolvimento, por meio de investimentos
de capitais externos, provocou acentuada
diminuição
das
disparidades
sociais
e
econômicas
em
relação
aos
países
desenvolvidos.
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
45. (UFS – 2006 – Campus de Itabaiana) Reflita
sobre a charge de Santiago, de 1996.
O chargista revela sua visão sobre um dos
aspectos do processo histórico que caracterizou a
sociedade brasileira na década de 1990. Ao
contextualizar a charge, pode-se afirmar que o
autor:
0 0 – Expressa sua crítica à desnacionalização de
empresas do Estado que marcou a política
econômica no governo Fernando Henrique
Cardoso.
1 1 – Defende a necessidade de o Estado intervir
no domínio econômico com o intuito de
desenvolver a atividade agropecuária.
2 2 – Revela explicitamente sua concepção
favorável à internacionalização do capital nos
diferentes setores da economia.
3 3 – Critica uma das medidas da política
neoliberal adotadas no Brasil no contexto da
globalização econômica.
4 4 – Mostra o intervencionismo econômico do
Estado na economia brasileira que caracteriza o
governo Collor de Mello.
46. (UFS – 2006) Considere o texto.
Gorbachev
lançou
sua
campanha
para
transformar o socialismo soviético com slogans
“Perestroika” e “glasnost”. Entre eles havia o que
se revelou um conflito insolúbel. (...) A URSS sob
Gorbachev caiu nesse fosso em expansão entre
“glasnost” e “Perestroika”.
(Eric Hobesbaw. Era dos extremos. Trad. São
Paulo: Companhia das letras, 1995. p. 465-6)
O texto faz referência a determinadas medidas
adotadas pelo governo Gorbachev na União
Soviética na década de 1980. Reflita sobre as
proposições relacionando-as com a interpretação
do texto.
0 0 – Um dos elementos que colocava em xeque
o sistema socialista foi a “glasnost”, pois
significava a introdução de um Estado
Constitucional e democrático baseado na garantia
das liberdades civis.
33
Terceira Série do Ensino Médio
1 1 – O governo de Gorbachev promoveu intensa
campanha em defesa da “glasnost” com o
objetivo de destruir as bases econômicas e
políticas do sistema comunista que vigorava
desde o final da Segunda Guerra Mundial.
2 2 – A “Perestroika”, trazia conflitos à
implantação da “glasnost”, pois o sistema
centrado no mercado era incompatível com os
princípios do liberalismo econômico que o
governo Gorbachev tentou implantar na União
Soviética.
3 3 – Com o objetivo de tirar a União Soviética da
estagnação econômica, Gorbachev implementou
a “Perestroika” que visava conciliar princípios da
economia de mercado com o modelo socialista.
4 4 – Gorbachev acelerou o processo que
culminou com o fim do socialismo real ao tentar
administrar a construção de uma política mais
livre e de uma economia mais moderna para a
União Soviética.
47. (UFS – 2007) Analise as proposições abaixo
sobre as características e os efeitos da
globalização.
0 0 - A flexibilização das leis trabalhistas, a rápida
movimentação de capitais nos mercados
financeiros, a abertura de mercados e a formação
de blocos multinacionais e o crescimento da
imigração dos países pobres para os países ricos.
1 1 - A criação do Estado do bem-estar social, a
defesa dos interesses agrícolas dos países
desenvolvidos contra a importação de alimentos,
a formação de dois blocos político-econômicos
baseados no capitalismo e no fundamentalismo e
o fechamento das fronteiras dos países em
desenvolvimento.
2 2 - A flexibilização das movimentações de
capital, a expansão econômica dos países
africanos, a política de alianças militares múltiplas
e a mundialização do Estado do bem-estar social.
3 3 - A corrida armamentista entre os blocos
econômicos, a disputa por novas colônias na Ásia
e na África, a industrialização dos países
periféricos e o crescimento da imigração dos
países ricos, com alto desemprego estrutural,
para os países em desenvolvimento.
4 4 - A formação dos blocos econômicos
multinacionais, a supremacia do poder militar e
político norte-americano, a livre movimentação de
capitais e a abertura de mercados, sobretudo nos
países subdesenvolvidos.
48. (UFS – 2008) O fim da Guerra Fria e a
desintegração do bloco socialista nas décadas de
80 e 90 do século XX provocaram amplas
transformações nas relações entre os países, e
na cena política e econômica internacional de
modo geral, configurando o que se chamou de
uma Nova Ordem Mundial. Nesse contexto
considere as afirmações que tratam das
conseqüências da chamada "crise do socialismo".
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
0 0 - Os problemas econômicos vividos pela
URSS desde os anos 60 impulsionaram o
governo de Mikhail Gorbatchev a lançar políticas
de abertura política e de reestruturação da
economia,
respectivamente
denominadas
glasnost e perestroika.
1 1 - A Queda do Muro de Ber1im, em 1989
ocorreu como uma forma simbólica de coroar o
processo de reunificação da Alemanha, iniciado
nos anos 70 por iniciativa do governo da
República
Democrática
Alemã,
dada
a
precariedade da situação econômica do lado
comunista.
2 2 - O fim da URSS e a formação da
Comunidade
dos
Estados
Independentes
provocaram, nas antigas repúblicas soviéticas, a
emergência de movimentos separatistas e
conflitos internos, muitos deles movidos por
antigas questões étnico-religiosas.
3 3 - A abertura econômica vivida pela República
Popular da China, a partir dos anos 90, com o
apoio dos Estados Unidos, facilitou as
negociações e a conseqüente reincorporação de
Taiwan, fato que contribuiu para o grande
fortalecimento da China no mercado mundial.
4 4 - A Guerra da Bósnia que contou com a
intervenção da ONU e da OTAN, eclodiu no
contexto da desintegração soviética polarizando
de forma muito violenta os sérvios, que lutavam
pela manutenção do comunismo e os croatas, a
favor da implementação do capitalismo.
QUESTÕES DE HISTÓRIA DE SERGIPE
49. (UFS – 2006 – Campus de Itabaiana) Analise
as proposições sobre fatos ocorridos em Sergipe,
sob o regime militar.
0 0 – O governador João de Seixas Dória
reafirmou ao povo sergipano, logo após o Golpe
Militar, sua disposição de permanecer na luta em
favor das reformas estruturais defendidas no
governo do presidente João Goulart.
1 1 – O governo militar respeitou a Constituição
do Estado de Sergipe mantendo o seu
governante pelo fato de ele ter contribuído com as
forças conservadoras na repressão aos
movimentos de esquerda.
2 2 – Logo após o Golpe de Estado, os militares
invadiram o Palácio do governo estadual e
prenderam o chefe do executivo por suas
posições em defesa do estado de direito e dos
princípios da Constituição de 1946.
3 3 – Nas escolas, além das prisões de
professores e alunos, os militares em Sergipe
anteciparam-se em uma prática que se tornaria
comum no final dos anos sessenta e na década
de setenta.
34
Terceira Série do Ensino Médio
4 4 – Os prefeitos das cidades pequenas e
médias não sofreram intervenção militar na
política local, pois esses municípios não
colocavam em risco a “nova” política de
segurança nacional.
50. (UFS – 2008) A chamada Revolução de 30,
que contou com o apoio de parte do movimento
tenentista, teve repercussão em todo o país,
provocando mudanças no cenário político
sergipano. Analise as afirmações que tratam
dessa repercussão em Sergipe.
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
3 3 - O visitado Centro de Arte e Cultura de
Sergipe, que foi criado há cerca de trinta anos
num espaço arquitetônico de estilo barroco, se
destina a promover o artesanato produzido em
todo o vale do rio São Francisco.
4 4 - Os ritmos musicais populares que são mais
presentes em Aracaju e em todo o Estado de
Sergipe são a catira, o baião, a guarânia e a
música sertaneja, que durante o verão é
difundida em diversos festivais.
QUESTÕES DO ENEM
0 0 - A atuação da Legião de Outubro, surgida
por ocasião da Revolução de 30, em Sergipe,
buscava aglutinar grupos políticos identificados
com a revolução e angariar apoio da população
civil para o novo governo.
1 1 - A nomeação de tenentes para atuar como
interventores nos governos estaduais foi uma
prática generalizada após a Revolução de 30, que
provocou reações contrárias na maioria dos
estados brasileiros, inclusive em Sergipe.
2 2 - Os latifundiários e proprietários de engenho
se aliaram a membros do clero e a profissionais
liberais para fundar a Coligação Sergipana, em
apoio ao novo governo assumido por Getúlio
Vargas.
3 3 - O capitão Augusto Maynard Gomes foi
nomeado interventor federal em Sergipe e, ao
longo de seu mandato, fundou e estimulou o
crescimento do movimento integralista que o
apoiou em sua reeleição.
4 4 - A Aliança Proletária de Sergipe, ligada ao
Partido Comunista, teve grande influência na
efetivação das medidas decretadas após a
Revolução de 30, ao apoiar a Aliança Liberal,
partido ao qual pertencia Getúlio Vargas.
51. (UFS – 2009) Analise as proposições que
trazem informações sobre Sergipe.
0 0 - As cidades de São Cristóvão e Laranjeiras
são importantes cidades coloniais de Sergipe, e a
segunda almeja o título de Patrimônio Histórico
da Humanidade, que é concedido pela Unesco.
1 1 - Dentre os intelectuais sergipanos ilustres
estão o folclorista e crítico literário Silvio Romero,
o artista plástico Arthur Bispo do Rosário, o poeta
João Cabral de Mello Neto e a escritora Cora
Coralina.
2 2 - Igrejas de arquitetura jesuítica e grupos
folclóricos remanescentes de povoamentos
quilombolas constituem parte do patrimônio
histórico sergipano, material e imaterial,
reconhecido pelo Iphan.
01.(ENEM – 1999) Leia um texto publicado no
jornal Gazeta Mercantil. Esse texto é parte de um
artigo que analisa algumas situações de crise no
mundo, entre elas, a quebra da Bolsa de Nova
Iorque em 1929, e foi publicado na época de uma
iminente crise financeira no Brasil. Deu no que
deu. No dia 29 de outubro de 1929, uma terçafeira, praticamente não havia compradores no
pregão de Nova Iorque, só vendedores. Seguiuse uma crise incomparável: o Produto Interno
Bruto dos Estados Unidos caiu de 104 bilhões de
dólares em 1929, para 56 bilhões em 1933, coisa
inimaginável em nossos dias. O valor do dólar
caiu a quase metade. O desemprego elevou-se
de 1,5 milhão para 12,5 milhões de trabalhadores
— cerca de 25% da população ativa — entre
1929 e 1933. A construção civil caiu 90%. Nove
milhões de aplicações, tipo caderneta de
poupança, perderam-se com o fechamento dos
bancos. Oitenta e cinco mil firmas faliram. Houve
saques e norte-americanos que passaram fome.
(Gazeta Mercantil, 05/01/1999)
Ao citar dados referentes à crise ocorrida em
1929, em um artigo jornalístico atual, pode-se
atribuir ao jornalista a seguinte intenção:
A) questionar a interpretação da crise.
B) comunicar sobre o desemprego.
C) instruir o leitor sobre aplicações em bolsa de
valores.
D) relacionar os fatos passados e presentes.
E) analisar dados financeiros americanos.
02. (ENEM – 1999) Em dezembro de 1998, um
dos assuntos mais veiculados nos jornais era o
que tratava da moeda única européia. Leia a
notícia destacada abaixo.
O nascimento do Euro, a moeda única a ser
adotada por onze países europeus a partir de 1º
de janeiro, é possivelmente a mais importante
realização deste continente nos últimos dez anos
que assistiu à derrubada do Muro de Berlim, à
reunificação das Alemanhas, à libertação dos
países da Cortina de Ferro e ao fim da União
Soviética. Enquanto todos esses eventos têm a
ver com a desmontagem de estruturas do
passado, o Euro é uma ousada aposta no futuro e
uma prova da vitalidade da sociedade Européia.
35
Terceira Série do Ensino Médio
A “Euroland”, região abrangida por Alemanha,
Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França,
Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo e Portugal,
tem um PIB (Produto Interno Bruto) equivalente a
quase 80% do americano, 289 milhões de
consumidores e responde por cerca de 20% do
comércio internacional. Com este cacife, o Euro
vai disputar com o dólar a condição de moeda
hegemônica. (Gazeta Mercantil, 30/12/1998)
A matéria refere-se à “desmontagem das
estruturas do passado” que pode ser entendida
como:
A) o fim da Guerra Fria, período de inquietação
mundial que dividiu o mundo em dois blocos
ideológicos opostos.
B) a inserção de alguns países do Leste Europeu
em organismos supranacionais, com o intuito de
exercer o controle ideológico no mundo.
C) a crise do capitalismo, do liberalismo e da
democracia levando à polarização ideológica da
antiga URSS.
D) a confrontação dos modelos socialista e
capitalista para deter o processo de unificação
das duas Alemanhas.
E) a prosperidade das economias capitalista e
socialista, com o conseqüente fim da Guerra Fria
entre EUA e a URSS.
03. (ENEN – 1999) Os 45 anos que vão do
lançamento das bombas atômicas até o fim da
União Soviética, não foram um período
homogêneo único na história do mundo. (…)
dividem-se em duas metades, tendo como divisor
de águas o início da década de 70. Apesar disso,
a história deste período foi reunida sob um
padrão único pela situação internacional peculiar
que o dominou até a queda da URSS.
(HOBSBAWM, Eric J. Era dos Extremos. São
Paulo: Cia das Letras, 1996)
O período citado no texto e conhecido por
“Guerra Fria” pode ser definido como aquele
momento histórico em que houve:
A) corrida armamentista entre as potências
imperialistas européias ocasionando a Primeira
Guerra
Mundial.
B) domínio dos países socialistas do Sul do globo
pelos países capitalistas do Norte.
C) choque ideológico entre a Alemanha
Nazista/União Soviética Stalinista, durante os
anos 30.
D) disputa pela supremacia da economia mundial
entre o Ocidente e as potências orientais, como a
China e o Japão.
E) constante confronto das duas superpotências
que emergiam da Segunda Guerra Mundial.
04. (ENEM – 2000) Os textos abaixo relacionamse a momentos distintos da nossa história.
“A integração regional é um instrumento
fundamental para que um número cada vez maior
de países possa melhorar a sua inserção num
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
mundo globalizado, já que eleva o seu nível de
competitividade, aumenta as trocas comerciais,
permite o aumento da produtividade, cria
condições para um maior crescimento econômico
e favorece o aprofundamento dos processos
democráticos. Adaptado de NOVAIS, Vera.
Ozônio: aliado ou inimigo. São Paulo: Scipione,
1998)
A integração regional e a globalização surgem
assim como processos complementares e
vantajosos.” (Declaração de Porto, VIII Cimeira
Ibero-Americana, Porto, Portugal, 17 e 18 de
outubro de 1998)
“Um considerável número de mercadorias passou
a ser produzido no Brasil, substituindo o que não
era possível ou era muito caro importar. Foi assim
que a crise econômica mundial e o encarecimento
das importações levaram o governo Vargas a
criar as bases para o crescimento industrial
brasileiro.” (POMAR, Wladimir. Era Vargas — a
modernização conservadora) É correto afirmar
que as políticas econômicas mencionadas nos
textos são:
A) opostas, pois, no primeiro texto, o centro das
preocupações são as exportações e, no segundo,
as importações.
B) semelhantes, uma vez que ambos
demonstram uma tendência protecionista.
C) diferentes, porque, para o primeiro texto, a
questão central é a integração regional e, para o
segundo, a política de substituição de
importações.
D) semelhantes, porque consideram a integração
regional
necessária
ao
desenvolvimento
econômico.
E) opostas, pois, para o primeiro texto, a
globalização
impede
o
aprofundamento
democrático e, para o segundo, a globalização é
geradora da crise econômica.
05. (ENEM – 1998) A América Latina dos últimos
anos insere-se num processo de democratização,
oferecendo
algumas
oportunidades
de
crescimento econômico-social num contexto de
liberdade e dependência econômica internacional.
Cuba
continua
caracterizada
por
uma
organização própria com restrições à liberdade
econômica e política, crescimento em alguns
aspectos sociais e um embargo econômico
americano datado de 1962. Em 1998, o Papa
João Paulo II visitou Cuba e depois disse ao
cardeal Jaime Ortega, arcebispo de Havana, e a
13 bispos em visita ao Vaticano que apreciou as
mudanças realizadas em Cuba após sua visita à
ilha e espera que sejam criados novos espaços
legais e sociais, para que a sociedade civil de
Cuba possa crescer em autonomia e participação.
A resposta internacional ao intercâmbio com
Cuba foi boa, mas as autoridades locais
mostraram pouco entusiasmo, não estando
dispostas a abandonar o sistema socialista
monopartidário. A maioria dos países latino-
36
Terceira Série do Ensino Médio
americanos tem se envolvido, nos últimos anos,
em processos de formação socioeconômicos
caracterizados por:
A) um processo de democratização à semelhança
de Cuba.
B) restrições legais generalizadas à ação da
Igreja no continente.
C) um processo de desenvolvimento econômico
com restrições generalizadas à liberdade política.
D) excelentes níveis de crescimento econômico.
E) democratização e oferecimento de algumas
oportunidades de crescimento econômico.
06. (ENEM – 1998) Depois de estudar as
migrações, no Brasil, você lê o seguinte texto:
O Brasil, por suas características de crescimento
econômico, e apesar da crise e do retrocesso das
últimas décadas, é classificado como um país
moderno. Tal conceito pode ser, na verdade,
questionado se levarmos em conta os indicadores
sociais: o grande número de desempregados, o
índice de analfabetismo, o déficit de moradia, o
sucateamento da saúde, enfim, a avalanche de
brasileiros envolvidos e tragados num processo
de repetidas migrações (...) (adap.Valin,1996,
pág.50 Migrações: da perda de terra à exclusão
social.SP. Atuali, 1996).
Um dos fenômenos mais discutidos e polêmicos
da atualidade é a “Globalização”, a qual impacta
de forma negativa:
A) na mão-de-obra desqualificada, desacelerando
o fluxo migratório.
B) nos países subdesenvolvidos, aumentando o
crescimento populacional.
C) no desenvolvimento econômico dos países
industrializados desenvolvidos.
D) nos países subdesenvolvidos, provocando o
fenômeno da “exclusão social”.
E) na mão-de-obra qualificada, proporcionando o
crescimento de ofertas de emprego e fazendo os
salários caírem vertiginosamente.
07. (ENEM – 1998) Analisando os indicadores
citados no texto, você pode afirmar que:
A) o grande número de desempregados no Brasil
está exclusivamente ligado ao grande aumento
da população.
B) existe uma “exclusão social” que é resultado
da grande concorrência existente entre a mão-deobra qualificada.
C) o déficit da moradia está intimamente ligado à
falta de espaços nas cidades grandes.
D) os trabalhadores brasileiros não qualificados
engrossam as fileiras dos “excluídos”.
E) por conta do crescimento econômico do país,
os trabalhadores pertencem à categoria de mãode-obra qualificada.
08. (ENEM – 1998) Em seguida, assiste a um
filme de Steven Spielberg e volta para casa num
ônibus de marca Mercedes. Ao chegar em casa,
liga seu aparelho de TV Philips para ver o
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
videoclip de Michael Jackson e, em seguida, deve
ouvir um CD do grupo Simply Red, gravado pela
BMG Ariola Discos em seu equipamento AIWA.
Veja quantas empresas transnacionais estiveram
presentes nesse seu curto programa de algumas
horas. Adap. Praxedes et alli, 1997. O
MERCOSUL. SP, Ed. Ática, 1997.
A leitura do texto ajuda você a compreender que:
I. a globalização é um processo ideal para
garantir o acesso a bens e serviços para toda a
população.
II. a globalização é um fenômeno econômico e,
ao mesmo tempo, cultural.
III. a globalização favorece a manutenção da
diversidade de costumes.
IV. filmes, programas de TV e música são
mercadorias como quaisquer outras.
V. as sedes das empresas transnacionais
mencionadas são os EUA, Europa Ocidental e
Japão.
Destas afirmativas estão corretas:
A) I, II e IV, apenas.
B) II,IV e V, apenas.
C) II, III e IV, apenas.
D) I, III e IV, apenas.
E) III, IV e V, apenas.
09. (ENEM – 1998) Em uma disputa por terras,
em Mato Grosso do Sul, dois depoimentos são
colhidos: o do proprietário de uma fazenda e o de
um integrante do Movimento dos Trabalhadores
Rurais sem Terras:
Depoimento 1 - “A minha propriedade foi
conseguida com muito sacrifício pelos meus
antepassados. Não admito invasão. Essa gente
não sabe de nada. Estão sendo manipulados
pelos comunistas. Minha resposta será à bala.
Esse povo tem que saber que a Constituição do
Brasil garante a propriedade privada. Além disso,
se esse governo quiser as minhas terras para a
Reforma Agrária terá que pagar, em dinheiro, o
valor que eu quero.” — proprietário de uma
fazenda no Mato Grosso do Sul.
Depoimento 2 - “Sempre lutei muito. Minha família
veio para a cidade porque fui despedido quando
as máquinas chegaram lá na Usina. Seu moço,
acontece que eu sou um homem da terra. Olho
pro céu, sei quando é tempo de plantar e de
colher. Na cidade não fico mais. Eu quero um
pedaço de terra, custe o que custar. Hoje eu sei
que não estou sozinho. Aprendi que a terra tem
um valor social. Ela é feita para produzir alimento.
O que o homem come vem da terra. O que é duro
é ver que aqueles que possuem muita terra e não
dependem dela para sobreviver, pouco se
preocupam em produzir nela.”– integrante do
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
(MST), de Corumbá – MS.
A partir da leitura do depoimento 2, quais os
argumentos utilizados para defender a posição de
um trabalhador rural sem terra?
37
Terceira Série do Ensino Médio
I. A distribuição mais justa da terra no país está
sendo resolvida, apesar de que muitos ainda não
têm acesso a ela.
II. A terra é para quem trabalha nela e não para
quem a acumula como bem material.
III. É necessário que se suprima o valor social da
terra.
IV. A mecanização do campo acarreta a dispensa
de mão-de-obra rural.
Estão corretas as proposições:
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) II e IV, apenas.
D) I, II e III, apenas.
E) III, I, IV, apenas.
10. (ENEM – 1999) Um dos maiores problemas
da atualidade é o aumento desenfreado do
desemprego. O texto abaixo destaca esta
situação.
O desemprego é hoje um fenômeno que atinge e
preocupa o mundo todo. (…) A onda de
desemprego recente não é conjuntural, ou seja,
provocada por crises localizadas e temporárias.
Está associada a mudanças estruturais na
economia, daí o nome de desemprego estrutural.
O desemprego manifesta-se hoje na maioria das
economias, incluindo a dos países ricos. A OIT
estima em 1 bilhão — um terço da força de
trabalho mundial — o número de desempregados
em todo o mundo em 1998. Desse total, 150
milhões
encontram-se
abertamente
desempregados e entre 750 e 900 milhões estão
subempregados. ([CD-ROM] Almanaque Abril
1999. São Paulo: Abril.)
Pode-se compreender o desemprego estrutural
em termos da internacionalização da economia
associada
A) a uma economia desaquecida que provoca
ondas gigantescas de desemprego, gerando
revoltas e crises institucionais.
B) ao setor de serviços que se expande
provocando ondas de desemprego no setor
industrial, atraindo essa mão-de-obra para este
novo setor.
C) ao setor industrial que passa a produzir
menos, buscando enxugar custos provocando,
com isso, demissões em larga escala.
D) a novas formas de gerenciamento de produção
e novas tecnologias que são inseridas no
processo produtivo, eliminando empregos que
não voltam.
E) ao emprego informal que cresce, já que uma
parcela da população não tem condições de
regularizar o seu comércio.
11. (ENEM – 2000) Em 1999, o Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento elaborou
o “Relatório do Desenvolvimento Humano”, do
qual foi extraído o trecho abaixo.
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
Nos últimos anos da década de 90, o quinto da
população mundial que vive nos países de renda
mais elevada tinha:
• 86% do PIB mundial, enquanto o quinto de
menor renda, apenas 1%;
• 82% das exportações mundiais, enquanto o
quinto de menor renda, apenas 1%;
• 74% das linhas telefônicas mundiais, enquanto o
quinto de menor renda, apenas 1,5%;
• 93,3% das conexões com a Internet, enquanto o
quinto de menor renda, apenas 0,2%.
A distância da renda do quinto da população
mundial que vive nos países mais pobres
— que era de 30 para 1, em 1960 — passou para
60 para 1, em 1990, e chegou a 74 para
1, em 1997.
De acordo com esse trecho do relatório, cenário
do desenvolvimento humano mundial, nas últimas
décadas, foi caracterizado pela:
A) diminuição da disparidade entre as nações.
B) diminuição da marginalizacão de países
pobres.
C) inclusão progressiva de países no sistema
produtivo.
D) crescente concentração de renda, recursos e
riqueza.
E) distribuicão eqüitativa dos resultados das
inovações tecnológicas.
12. (ENEM – 2000) Para compreender o processo
de exploração e o consumo dos recursos
petrolíferos, é fundamental conhecer a gênese e
o processo de formação do petróleo descritos no
texto abaixo.
“O petróleo é um combustível fóssil, originado
provavelmente de restos de vida aquática
acumulados no fundo dos oceanos primitivos e
cobertos por sedimentos. O tempo e a pressão do
sedimento sobre o material depositado no fundo
do mar transformaram esses restos em massas
viscosas de coloração negra denominadas
jazidas de petróleo.” (Adaptado de TUNDISI.
Usos de energia. São Paulo: Atual Editora, 1991)
As informações do texto permitem afirmar que:
A) o petróleo é um recurso energético renovável a
curto prazo, em razão de sua constante formação
geológica.
B) a exploração de petróleo é realizada apenas
em áreas marinhas.
C) a extração e o aproveitamento do petróleo são
atividades não poluentes dada sua origem
natural.
D) o petróleo é um recurso energético distribuído
homogeneamente, em todas as regiões,
independentemente da sua origem.
E) o petróleo é um recurso não renovável.
13.(ENEM – 2000) O quadrinho publicado na
revista Newsweek (23/9/1991) ilustra o desespero
dos cartógrafos para desenhar o novo mapa-
38
Terceira Série do Ensino Médio
múndi diante das constantes mudanças de
fronteiras.
Levando em consideração o contexto da época
em que a charge foi publicada, dentre as frases
abaixo, a que melhor completa o texto da fala,
propondo outra correção no mapa, é:
A) “A Albânia já não faz parte da Europa”.
B) “O número de países só está diminuindo”.
C) “Cuba já não faz parte do Terceiro Mundo”.
D) “O Kasaquistão acabou de declarar
independência”.
E) “Vamos ter de dividir a Alemanha novamente”.
14.(ENEM – 2002) Segundo uma organização
mundial de estudos ambientais, em 2025, “duas
de cada três pessoas viverão situações de
carência de água, caso não haja mudanças no
padrão atual de consumo do produto. Uma
alternativa adequada e viável para prevenir a
escassez, considerando-se a disponibilidade
global, seria:
A) desenvolver processos de reutilização da
água.
B) explorar leitos de água subterrânea.
C) ampliar a oferta de água, captando-a em
outros rios.
D) captar águas pluviais.
E) importar água doce de outros estados.
15.(ENEM – 2002) Em 1958, a seleção brasileira
foi campeã mundial pela primeira vez. O texto foi
extraído da crônica “A alegria de ser brasileiro”,
do dramaturgo Nelson Rodrigues, publicada
naquele ano pelo jornal Última Hora. “Agora, com
a chegada da equipe imortal, as lágrimas rolam.
Convenhamos que a seleção as merece. Merece
por tudo: não só pelo futebol, que foi o mais belo
que os olhos mortais já contemplaram, como
também
pelo
seu
maravilhoso
índice
disciplinar.Até este Campeonato, o brasileiro
julgava-se um cafajeste nato e hereditário. Olhava
o inglês e tinha-lhe inveja. Achava o inglês o
sujeito mais fino, mais sóbrio, de uma polidez e
de uma cerimônia inenarráveis. E, súbito, há o
Mundial. Todo mundo baixou o sarrafo no Brasil.
Suecos, britânicos, alemães, franceses, checos,
russos, davam botinadas em penca. Só o
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
brasileiro se mantinha ferozmente dentro dos
limites rígidos da esportividade. Então, se
verificou o seguinte: o inglês, tal como o
concebíamos, não existe. O único inglês que
apareceu no Mundial foi o brasileiro. Por tantos
motivos, vamos perder a vergonha (…), vamos
sentar no meio-fio e chorar. Porque é uma alegria
ser brasileiro, amigos”.
Além de destacar a beleza do futebol brasileiro,
Nelson
Rodrigues
quis
dizer
que
o
comportamento dos jogadores dentro do campo:
A) foi prejudicial para a equipe e quase pôs a
perder a conquista da copa do mundo.
B) mostrou que os brasileiros tinham as mesmas
qualidades que admiravam nos europeus,
principalmente nos ingleses.
C) ressaltou o sentimento de inferioridade dos
jogadores brasileiros em relação aos europeus, o
que os impediu de revidar as agressões sofridas.
D) mostrou que o choro poderia aliviar o
sentimento de que os europeus eram superiores
aos brasileiros.
E) mostrou que os brasileiros eram iguais aos
europeus, podendo comportar-se como eles, que
não respeitavam os limites da esportividade.
16.(ENEM – 2002)
1 – “(…) O recurso ao terror por parte de quem já
detém o poder dentro do Estado não pode ser
arrolado entre as formas de terrorismo político,
porque este se qualifica, ao contrário, como o
instrumento ao qual recorrem determinados
grupos para derrubar um governo acusado de
manter-se por meio do terror”.
2 – Em outros casos “os terroristas combatem
contra um Estado de que não fazem parte e não
contra um governo (o que faz com que sua ação
seja conotada como uma forma de guerra),
mesmo quando por sua vez não representam um
outro Estado. Sua ação aparece então como
irregular, no sentido de que não podem organizar
um exército e não conhecem limites territoriais, já
que não provêm de um Estado” Dicionário de
Política (org.) BOBBIO, N., MATTEUCCI, N. e
PASQUINO, G., Brasília: Edunb,1986.
De acordo com as duas afirmações, é possível
comparar e distinguir os seguintes eventos
históricos:
I. Os movimentos guerrilheiros e de libertação
nacional realizados em alguns países da África e
do sudeste asiático entre as décadas de 1950 e
70 são exemplos do primeiro caso.
II. Os ataques ocorridos na década de 1990,
como às embaixadas de Israel, em Buenos Aires,
dos EUA, no Quênia e Tanzânia, e ao World
Trade Center em 2001, são exemplos do segundo
caso.
III. Os movimentos de libertação nacional dos
anos 50 a 70 na África e sudeste asiático, e o
terrorismo dos anos 90 e 2001 foram ações
contra um inimigo invasor e opressor, e são
exemplos do primeiro caso.
39
Terceira Série do Ensino Médio
É correto o que se afirma apenas em
A) I.
B) II.
C) I e II.
D) I e III.
E) II e III.
17. (ENEM – 2002) “O continente africano em seu
conjunto apresenta 44% de suas fronteiras
apoiadas em meridianos e paralelos; 30% por
linhas retas e arqueadas, e apenas 26% se
referem a limites naturais que geralmente
coincidem com os de locais de habitação dos
grupos étnicos”.MARTIN, A. R. Fronteiras e
Nações. Contexto, São Paulo, 1998.
Diferente do continente americano, onde quase
que a totalidade das fronteiras obedecem a
limites naturais, a África apresenta as
características citadas em virtude, principalmente,
A) da sua recente demarcação, que contou com
técnicas cartográficas antes desconhecidas.
B) dos interesses de países europeus
preocupados com a partilha dos seus recursos
naturais.
C) das extensas áreas desérticas que dificultam a
demarcação dos “limites naturais”.
D) da natureza nômade das populações
africanas, especialmente aquelas oriundas da
África Subsaariana.
E) da grande extensão longitudinal, o que
demandaria enormes gastos para demarcação.
18.(ENEM – 2002) Um jornalista publicou um
texto do qual estão transcritos trechos do primeiro
e do último parágrafos:
“‘Mamãezinha, minhas mãozinhas vão crescer de
novo?’ Jamais esquecerei a cena que vi, na TV
francesa, de uma menina da Costa do Marfim
falando com a enfermeira que trocava os
curativos de seus dois cotos de braços. (...)”.
“Como manter a paz num planeta onde boa parte
da humanidade não tem acesso às necessidades
básicas mais elementares? (...) Como reduzir o
abismo entre o camponês afegão, a criança
faminta do Sudão, o Severino da cesta básica e o
corretor de Wall Street? Como explicar ao menino
de Bagdá que morre por falta de remédios,
bloqueados pelo Ocidente, que o mal se abateu
sobre Manhattan? Como dizer aos chechenos
que o que aconteceu nos Estados Unidos é um
absurdo? Vejam Grozny, a capital da Chechênia,
arrasada pelos russos. Alguém se incomodou
com os sofrimentos e as milhares de vítimas civis,
inocentes, desse massacre? Ou como explicar à
menina da Costa do Marfim o sentido da palavra
‘civilização’ quando ela descobrir que suas mãos
não crescerão jamais?”. UTZERI, Fritz. Jornal do
Brasil, 17/09/2001. Apresentam-se, abaixo,
algumas afirmações também retiradas do mesmo
texto. Aquela que explicita uma resposta do autor
para as perguntas feitas no trecho citado é:
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
A) “tristeza e indignação são grandes porque os
atentados ocorreram em Nova Iorque”.
B) “ao longo da história, o homem civilizado
globalizou todas as suas mazelas”.
C) “a Europa nos explorou vergonhosamente”.
D) “o neoliberalismo institui o deus mercado que
tudo resolve”.
E) “os negócios das indústrias de armas
continuam de vento em popa”.
19.(ENEM – 2002) “A idade da pedra chegou ao
fim, não porque faltassem pedras; a era do
petróleo chegará igualmente ao fim, mas não por
falta de petróleo”. Xeque Yamani, Ex-ministro do
Petróleo da Arábia Saudita. O Estado de S.
Paulo, 20/08/2001.
Considerando as características que envolvem a
utilização das matérias-primas citadas no texto
em diferentes contextos histórico-geográficos, é
correto afirmar que, de acordo com o autor, a
exemplo do que aconteceu na Idade da Pedra, o
fim da era do Petróleo estaria relacionado:
A) à redução e esgotamento das reservas de
petróleo.
B) ao desenvolvimento tecnológico e à utilização
de novas fontes de energia.
C) ao desenvolvimento dos transportes e
conseqüente aumento do consumo de energia.
D) ao excesso de produção e conseqüente
desvalorização do barril de petróleo.
E) à diminuição das ações humanas sobre o meio
ambiente.
20. (ENEM – 2002)
De acordo com a história em quadrinhos
protagonizada por Hagar e seu filho Hamlet,
pode-se afirmar que a postura de Hagar:
A) valoriza a existência da diversidade social e de
culturas, e as várias representações e
explicações desse universo.
B) desvaloriza a existência da diversidade social
e as várias culturas, e determina uma única
explicação para esse universo.
C) valoriza a possibilidade de explicar as
sociedades e as culturas a partir de várias visões
de mundo.
40
Terceira Série do Ensino Médio
D) valoriza a pluralidade cultural e social ao
aproximar a visão de mundo de navegantes e
não-navegantes.
E) desvaloriza a pluralidade cultural e social, ao
considerar o mundo habitado apenas pelos
navegantes.
21.(ENEM – 2003) A seguir são apresentadas
declarações de duas personalidades da História
do Brasil a respeito da localização da capital do
país, respectivamente um século e uma década
antes da proposta de construção de Brasília como
novo Distrito Federal.
Declaração I: José Bonifácio
Com a mudança da capital para o interior, fica a
Corte livre de qualquer assalto de surpresa
externa, e se chama para as províncias centrais o
excesso de população vadia das cidades
marítimas. Desta Corte central dever-se-ão logo
abrir estradas para as diversas províncias e
portos de mar. (Carlos de Meira Matos.
Geopolítica
e
modernidade:
geopolítica
brasileira.)
Declaração II: Eurico Gaspar Dutra
Na América do Sul, o Brasil possui uma grande
área que se pode chamar também de Terra
Central. Do ponto de vista da geopolítica sulamericana, sob a qual devemos encarar a
segurança do Estado brasileiro, o que precisamos
fazer quanto antes é realizar a ocupação da
nossa Terra Central, mediante a interiorização da
Capital. (Adaptado de José W. Vesentini. A
Capital da geopolítica.)
Considerando o contexto histórico que envolve as
duas declarações e comparando as idéias nelas
contidas, podemos dizer que:
A) ambas limitam as vantagens estratégicas da
definição de uma nova capital a questões
econômicas.
B) apenas a segunda considera a mudança da
capital importante do ponto de vista da estratégia
militar.
C) ambas consideram militar e economicamente
importante a localização da capital no interior do
país.
D) apenas a segunda considera a mudança da
capital uma estratégia importante para a
economia do país.
E) nenhuma delas acredita na possibilidade real
de desenvolver a região central do país a partir da
mudança da capital.
22.(ENEM – 2003) No dia 7 de outubro de 2001,
Estados Unidos e Grã-Bretanha declararam
guerra ao regime Talibã, no Afeganistão. Leia
trechos das declarações do presidente dos
Estados Unidos, George W. Bush, e de Osama
Bin Laden, líder muçulmano, nessa ocasião:
George Bush:
Um comandante-chefe envia os filhos e filhas dos
Estados Unidos à batalha em território estrangeiro
somente depois de tomar o maior cuidado e
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
depois de rezar muito. Pedimos-lhes que estejam
preparados para o sacrifício das próprias vidas. A
partir de 11 de setembro, uma geração inteira de
jovens americanos teve uma nova percepção do
valor da liberdade, do seu preço, do seu dever e
do seu sacrifício. Que Deus continue a abençoar
os Estados Unidos.
Osama Bin Laden:
Deus abençoou um grupo de vanguarda de
muçulmanos, a linha de frente do Islã, para
destruir os Estados Unidos. Um milhão de
crianças foram mortas no Iraque, e para eles isso
não é uma questão clara. Mas quando pouco
mais de dez foram mortos em Nairóbi e Dar-esSalaam, o Afeganistão e o Iraque foram
bombardeados e a hipocrisia ficou atrás da
cabeça dos infiéis internacionais. Digo a eles que
esses acontecimentos dividiram o mundo em dois
campos, o campo dos fiéis e o campo dos infiéis.
Que Deus nos proteja deles. (Adaptados de O
Estado de S. Paulo, 8/10/2001).
Pode-se afirmar que:
A) a justificativa das ações militares encontra
sentido apenas nos argumentos de George W.
Bush.
B) a justificativa das ações militares encontra
sentido apenas nos argumentos de Osama Bin
Laden.
C) ambos apóiam-se num discurso de fundo
religioso para justificar o sacrifício e reivindicar a
justiça.
D) ambos tentam associar a noção de justiça a
valores de ordem política, dissociando-a de
princípios religiosos.
E) ambos tentam separar a noção de justiça das
justificativas de ordem religiosa, fundamentando-a
numa estratégia militar
23.(ENEM – 2003) O texto abaixo é um trecho do
discurso do primeiro-ministro britânico, Tony Blair,
pronunciado quando da declaração de guerra ao
regime Talibã: Essa atrocidade [o atentado de 11
de setembro, em Nova York] foi um ataque contra
todos nós, contra pessoas de todas e nenhuma
religião. Sabemos que a Al-Qaeda ameaça a
Europa, incluindo a Grã-Bretanha, e qualquer
nação que não compartilhe de seu fanatismo. Foi
um ataque à vida e aos meios de vida. As
empresas aéreas, o turismo e outras indústrias
foram afetadas e a confiança econômica sofreu,
afetando empregos e negócios britânicos. Nossa
prosperidade e padrão de vida requerem uma
resposta aos ataques terroristas. (O Estado de S.
Paulo, 8/10/2001).
Nesta declaração, destacaram-se principalmente
os interesses de ordem:
A) moral. B) militar. C) jurídica. D) religiosa.
E) econômica.
24.(ENEM – 2003) Leia o texto I de Josué de
Castro, publicado em 1947.
41
Terceira Série do Ensino Médio
O Brasil, como país subdesenvolvido, em fase de
acelerado processo de industrialização não
conseguiu ainda se libertar da fome. Os baixos
índices de produtividade agrícola se constituíram
como fatores de base no condicionamento de um
abastecimento
alimentar
insuficiente
e
inadequado às necessidades alimentares do
nosso povo. (Adaptado de Josué de Castro.
Geografia da Fome)
Leia o texto II sobre a fome no Brasil, publicado
em 2001.
Uma das evidências contidas no mapa da fome
consiste na constatação de que o problema
alimentar no Brasil não reside na disponibilidade
e produção interna de grãos e dos produtos
tradicionalmente consumidos no País, mas antes
no descompasso entre o poder aquisitivo de
ampla parcela da população e o custo de
aquisição de uma quantidade de alimentos
compatível com as necessidades do trabalhador e
de sua família. (http://www.mct.gov.br)
Comparando os textos I e II podemos concluir
que a persistência da fome no Brasil resulta
principalmente:
A) da renda insuficiente dos trabalhadores. D) do
processo de industrialização.
B) de uma rede de transporte insuficiente. E) da
pequena produção de grãos.
C) da carência de terras produtivas.
25.(ENEM – 2004) Os Jogos Olímpicos tiveram
início na Grécia, em 776 a.C., para celebrar uma
declaração
de
paz.
Na
sociedade
contemporânea, embora mantenham como ideal
o congraçamento entre os povos, os Jogos
Olímpicos têm sido palco de manifestações de
conflitos políticos. Dentre os acontecimentos
apresentados abaixo, o único que evoca um
conflito armado e sugere sua superação,
reafirmando o ideal olímpico, ocorreu:
A) em 1980, em Moscou, quando os norteamericanos deixaram de comparecer aos Jogos
Olímpicos.
B) em 1964, em Tóquio, quando um atleta
nascido em Hiroshima foi escolhido para carregar
a tocha olímpica.
C) em 1956, em Melbourne, quando a China
abandonou os Jogos porque a representação de
Formosa também havia sido convidada para
participar.
D) em 1948, em Londres, quando os alemães e
os japoneses não foram convidados a participar.
E) em 1936, em Berlim, quando Hitler abandonou
o estádio ao serem anunciadas as vitórias do
universitário negro, Jesse Owens, que recebeu
quatro medalhas.
26. (ENEM – 2004) A questão étnica no Brasil
tem provocado diferentes atitudes:
I. Instituiu-se o “Dia Nacional da Consciência
Negra” em 20 de novembro, ao invés da
tradicional celebração do 13 de maio. Essa nova
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
data é o aniversário da morte de Zumbi, que hoje
simboliza a crítica à segregação e à exclusão
social.
II. Um turista estrangeiro que veio ao Brasil, no
carnaval, afirmou que nunca viu tanta convivência
harmoniosa entre as diversas etnias.
Também sobre essa questão, estudiosos fazem
diferentes reflexões:
Entre nós [brasileiros], (...) a separação imposta
pelo sistema de produção foi a mais fluida
possível. Permitiu constante mobilidade de classe
para classe e até de uma raça para outra. Esse
amor, acima de preconceitos de raça e de
convenções de classe, do branco pela cabocla,
pela cunhã, pela índia (...) agiu poderosamente
na formação do Brasil, adoçando-o. (Gilberto
Freire. O mundo que o português criou.). [Porém]
o fato é que ainda hoje a miscigenação não faz
parte de um processo de integração das “raças”
em condições de igualdade social. O resultado foi
que (...) ainda são pouco numerosos os
segmentos da “população de cor” que
conseguiram se integrar, efetivamente, na
sociedade competitiva. (Florestan Fernandes. O
negro no mundo dos brancos.)
Considerando as atitudes expostas acima e os
pontos de vista dos estudiosos, é correto
aproximar:
A) a posição de Gilberto Freire e a de Florestan
Fernandes igualmente às duas atitudes.
B) a posição de Gilberto Freire à atitude I e a de
Florestan Fernandes à atitude II.
C) a posição de Florestan Fernandes à atitude I e
a de Gilberto Freire à atitude II.
D) somente a posição de Gilberto Freire a ambas
as atitudes.
E) somente a posição de Florestan Fernandes a
ambas as atitudes.
27.(ENEM – 2005) Zuenir Ventura, em seu livro
“Minhas memórias dos outros” (São Paulo:
Planeta do Brasil, 2005), referindo-se ao fim da
“Era Vargas” e ao suicídio do presidente em
1954, comenta: Quase como castigo do destino,
dois anos depois eu iria trabalhar no jornal de
Carlos Lacerda, o inimigo mortal de Vargas (e
nunca esse adjetivo foi tão próprio). Diante
daquele contexto histórico, muitos estudiosos
acreditam que, com o suicídio, Getúlio Vargas
atingiu não apenas a si mesmo, mas o coração
de seus aliados e a mente de seus inimigos.
A afirmação que aparece “entre parênteses” no
comentário e uma conseqüência política que
atingiu os inimigos de Vargas aparecem,
respectivamente, em:
A) a conspiração envolvendo o jornalista Carlos
Lacerda é um dos elementos do desfecho trágico
e o recuo da ação de políticos conservadores
devido ao impacto da reação popular.
B) a tentativa de assassinato sofrida pelo
jornalista Carlos Lacerda por apoiar os
assessores do presidente que discordavam de
42
Terceira Série do Ensino Médio
suas idéias e o avanço dos conservadores foi
intensificado pela ação dos militares.
C) o presidente sentiu-se impotente para atender
a seus inimigos, como Carlos Lacerda, que o
pressionavam contra a ditadura e os aliados do
presidente teriam que aguardar mais uma década
para concretizar a democracia progressista.
D) o jornalista Carlos Lacerda foi responsável
direto pela morte do presidente e este fato veio
impedir definitivamente a ação de grupos
conservadores.
E) o presidente cometeu o suicído para garantir
uma definitiva e dramática vitória contra seus
acusadores e oferecendo a própria vida Vargas
facilitou as estratégias de regimes autoritários no
país.
28.(ENEM – 2006) A moderna democracia
brasileira foi construída entre saltos e
sobressaltos. Em 1954, a crise culminou no
suicídio do presidente Vargas. No ano seguinte,
outra crise quase impediu a posse do presidente
eleito, Juscelino Kubitschek. Em 1961, o Brasil
quase chegou à guerra civil depois da inesperada
renúncia do presidente Jânio Quadros. Três anos
mais tarde, um golpe militar depôs o presidente
João Goulart, e o país viveu durante vinte anos
em regime autoritário.
A partir dessas informações, relativas à história
republicana brasileira, assinale a opção correta.
A) Ao término do governo João Goulart, Juscelino
Kubitschek foi eleito presidente da República.
B) A renúncia de Jânio Quadros representou a
primeira grande crise do regime republicano
brasileiro.
C) Após duas décadas de governos militares,
Getúlio Vargas foi eleito presidente em eleições
diretas.
D) A trágica morte de Vargas determinou o fim da
carreira política de João Goulart.
E)
No
período
republicano
citado,
sucessivamente, um presidente morreu, um teve
sua posse contestada, um renunciou e outro foi
deposto.
29.(ENEM – 2006) Os textos a seguir foram
extraídos de duas crônicas publicadas no ano em
que a seleção brasileira conquistou o
tricampeonato mundial de futebol. O General
Médici falou em consistência moral. Sem isso,
talvez a vitória nos escapasse, pois a disciplina
consciente, livremente aceita, é vital na
preparação espartana para o rude teste do
campeonato. Os brasileirosportaram-se não
apenas como técnicos ou profissionais, mas
como brasileiros, como cidadãos deste grande
país, cônscios de seu papel de representantes de
seu povo. Foi a própria afirmação do valor do
homem brasileiro, como salientou bem o
presidente da República. Que o chefe do governo
aproveite essa pausa, esse minuto de euforia e
de efusão patriótica, para meditar sobre a
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
situação do país. (...) A realidade do Brasil é a
explosão patriótica do povo ante a vitória na
Copa. Danton Jobim. Última Hora, 23/6/1970
(com adaptações).
O que explodiu mesmo foi a alma, foi a paixão do
povo: uma explosão incomparável de alegria, de
entusiasmo, de orgulho. (...) Debruçado em minha
varanda de Ipanema, [um velho amigo]
perguntava: — Será que algum terrorista se
aproveitou do delírio coletivo para adiantar um
plano seu qualquer, agindo com frieza e
precisão? Será que, de outro lado, algum
carrasco policial teve ânimo para voltar a torturar
sua vítima logo que o alemão apitou o fim do
jogo? Rubem Braga. Última Hora, 25/6/1970 (com
adaptações).
Avalie as seguintes afirmações a respeito dos
dois textos e do período histórico em que foram
escritos.
I. Para os dois autores, a conquista do
tricampeonato mundial de futebol provocou uma
explosão de alegria popular.
II. Os dois textos salientam o momento político
que o país atravessava ao mesmo tempo em que
conquistava o tricampeonato.
III. À época da conquista do tricampeonato
mundial de futebol, o Brasil vivia sob regime
militar, que, embora politicamente autoritário, não
chegou a fazer uso de métodos violentos contra
seus opositores.
É correto apenas o que se afirma em
A) I.
B) II.
C) III.
D) I e II.
E) II e III.
30.(ENEM – 2007) São Paulo, 18 de agosto de
1929. Carlos [Drummond de Andrade],
Achei graça e gozei com o seu entusiasmo pela
candidatura Getúlio Vargas — João Pessoa. É.
Mas veja como estamos... trocados. Esse
entusiasmo devia ser meu e sou eu que conservo
o ceticismo que deveria ser de você. (...). Eu... eu
contemplo numa torcida apenas simpática a
candidatura Getúlio Vargas, que antes desejara
tanto. Mas pra mim, presentemente, essa
candidatura (única aceitável, está claro) fica
manchada por essas pazes fragílimas de
governistas mineiros, gaúchos, paraibanos (...),
com democráticos paulistas (que pararam de
atacar o Bernardes) e oposicionistas cariocas e
gaúchos. Tudo isso não me entristece. Continuo
reconhecendo a existência de males necessários,
porém me afasta do meu país e da candidatura
Getúlio Vargas. Repito: única aceitável [Mário [de
Andrade]. Renato Lemos. Bem traçadas linhas: a
história do Brasil em cartas pessoais. Rio de
Janeiro: Bom Texto, 2004, p. 305.
Acerca da crise política ocorrida em fins da
Primeira República, a carta do paulista Mário de
43
Terceira Série do Ensino Médio
Andrade ao mineiro Carlos Drummond de
Andrade revela:
A) a simpatia de Drummond pela candidatura
Vargas e o desencanto de Mário de Andrade com
as composições políticas sustentadas por Vargas.
B) a veneração de Drummond e Mário de
Andrade ao gaúcho Getúlio Vargas, que se aliou
à oligarquia cafeeira de São Paulo.
C) a concordância entre Mário de Andrade e
Drummond quanto ao caráter inovador de Vargas,
que fez uma ampla aliança para derrotar a
oligarquia mineira.
D) a discordância entre Mário de Andrade e
Drummond sobre a importância da aliança entre
Vargas e o paulista Júlio Prestes nas eleições
presidenciais.
E) o otimismo de Mário de Andrade em relação a
Getúlio Vargas, que se recusara a fazer alianças
políticas para vencer as eleições.
31.(ENEM – 2007) Em 1947, a Organização das
Nações Unidas (ONU) aprovou um plano de
partilha da Palestina que previa a criação de dois
Estados: um judeu e outro palestino. A recusa
árabe em aceitar a decisão conduziu ao primeiro
conflito entre Israel e países árabes. A segunda
guerra (Suez, 1956) decorreu da decisão egípcia
de nacionalizar o canal, ato que atingia interesses
anglo-franceses e israelenses. Vitorioso, Israel
passou a controlar a Península do Sinai. O
terceiro conflito árabe-israelense (1967) ficou
conhecido como Guerra dos Seis Dias, tal a
rapidez da vitória de Israel. Em 6 de outubro de
1973, quando os judeus comemoravam o Yom
Kippur (Dia do Perdão), forças egípcias e sírias
atacaram de surpresa Israel, que revidou de
forma arrasadora. A intervenção americanosoviética impôs o cessar-fogo, concluído em 22
de outubro.
A partir do texto acima, assinale a opção correta.
A) A primeira guerra árabe-israelense foi
determinada pela ação bélica de tradicionais
potências européias no Oriente Médio.
B) Na segunda metade dos anos 1960, quando
explodiu a terceira guerra árabe-israelense, Israel
obteve rápida vitória.
C) A guerra do Yom Kippur ocorreu no momento
em que, a partir de decisão da ONU, foi
oficialmente instalado o Estado de Israel.
D) A ação dos governos de Washington e de
Moscou foi decisiva para o cessar-fogo que pôs
fim ao primeiro conflito árabe-israelense.
E) Apesar das sucessivas vitórias militares, Israel
mantém suas dimensões territoriais tal como
estabelecido pela resolução de 1947 aprovada
pela ONU.
32.(ENEM – 2008) O ano de 1954 foi decisivo
para Carlos Lacerda. Os que conviveram com ele
em 1954, 1955, 1957 (um dos seus momentos
intelectuais mais altos, quando o governo
Juscelino tentou cassar o seu mandato de
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
deputado), 1961 e 1964 tinham consciência de
que Carlos Lacerda, em uma batalha política ou
jornalística, era um trator em ação, era um
vendaval desencadeado não se sabe como, mas
que era impossível parar fosse pelo método que
fosse. Hélio Fernandes. Carlos Lacerda, a morte
antes da missão cumprida. In: Tribuna da
Imprensa, 22/5/2007 (com adaptações).
Com base nas informações do texto acima e em
aspectos relevantes da história brasileira entre
1954, quando ocorreu o suicídio de Vargas (em
grande medida, devido à pressão política
exercida pelo próprio Lacerda), e 1964, quando
um golpe de Estado interrompe a trajetória
democrática do país, conclui-se que:
A) a cassação do mandato parlamentar de
Lacerda antecedeu a crise que levou Vargas à
morte.
B)
Lacerda
e
adeptos
do
getulismo,
aparentemente opositores, expressavam a
mesma posição político-ideológica.
C) a implantação do regime militar, em 1964,
decorreu da crise surgida com a contestação à
posse de Juscelino Kubitschek como presidente
da República.
D) Carlos Lacerda atingiu o apogeu de sua
carreira, tanto no jornalismo quanto na política,
com a instauração do regime militar.
E) Juscelino Kubitschek, na presidência da
República, sofreu vigorosa oposição de Carlos
Lacerda, contra quem procurou reagir.
33.(ENEM – 2008) Em discurso proferido em 17
de março de 1939, o primeiro-ministro inglês à
época, Neville Chamberlain, sustentou sua
posição política: “Não necessito defender minhas
visitas à Alemanha no outono passado, que
alternativa existia? Nada do que pudéssemos ter
feito, nada do que a França pudesse ter feito, ou
mesmo a Rússia, teria salvado a Tchecoslováquia
da destruição. Mas eu também tinha outro
propósito ao ir até Munique. Era o de prosseguir
com a política por vezes chamada de
‘apaziguamento europeu’, e Hitler repetiu o que já
havia dito, ou seja, que os Sudetos, região de
população alemã na Tchecoslováquia, eram a
sua última ambição territorial na Europa, e que
não queria incluir na Alemanha outros povos que
não os alemães.”Internet: <www.johndclare.net>
(com adaptações).
Sabendo-se que o compromisso assumido por
Hitler em 1938, mencionado no texto da questão,
foi rompido pelo líder alemão em 1939, infere-se
que:
A) Hitler ambicionava o controle de mais
territórios na Europa além da região dos Sudetos.
B) a aliança entre a Inglaterra, a França e a
Rússia poderia ter salvado a Tchecoslováquia.
C) o rompimento desse compromisso inspirou a
política de ‘apaziguamento europeu’.
44
Terceira Série do Ensino Médio
D) a política de Chamberlain de apaziguar o líder
alemão era contrária à posição assumida pelas
potências aliadas.
E) a forma que Chamberlain escolheu para lidar
com o problema dos Sudetos deu origem à
destruição da Tchecoslováquia.
34.(ENEM – 2008) Na América do Sul, as Forças
Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc)
lutam, há décadas, para impor um regime de
inspiração marxista no país. Hoje, são acusadas
de envolvimento com o narcotráfico, o qual
supostamente financia suas ações, que incluem
ataques diversos, assassinatos e sequestros Na
Ásia, a Al Qaeda, criada por Osama bin Laden,
defende o fundamentalismo islâmico e vê nos
Estados Unidos da América (EUA) e em Israel
inimigos poderosos, os quais deve combater sem
trégua. A mais conhecida de suas ações
terroristas ocorreu em 2001, quando foram
atingidos o Pentágono e as torres do World Trade
Center.
A partir das informações acima, conclui-se que:
A) as ações guerrilheiras e terroristas no mundo
contemporâneo usam métodos idênticos para
alcançar os mesmos propósitos.
B) o apoio internacional recebido pelas Farc
decorre do desconhecimento, pela maioria das
nações,
das
práticas
violentas
dessa
organização.
C) os EUA, mesmo sendo a maior potência do
planeta, foram surpreendidos com ataques
terroristas que atingiram alvos de grande
importância simbólica.
D) as organizações mencionadas identificam-se
quanto aos princípios religiosos que defendem.
E) tanto as Farc quanto a Al Qaeda restringem
sua atuação à área geográfica em que se
localizam, respectivamente, América do Sul e
Ásia.
LISTA DE SIGLAS
UFS-SE – Universidade Federal de Sergipe
UFPE – Universidade Federal de Pernambuco
UFA – Universidade Federal de Alagoas
CSA – Clayton de Sousa Avelar (2001)
UFC-CE – Universidade Federal do Ceará
UFPR – Universidade Federal do Paraná
UCB-DF – Universidade Católica de Brasília
PUC-SP – Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo
UFJF – MG – Universidade Federal de Juiz de
Fora
FATEC – SP - Faculdade de Tecnologia de São
Paulo
FGV – Fundação Getúlio Vargas
UNIRIO – Fundação Universidade do Rio de
Janeiro
UFF-RJ – Universidade Federal Fluminense
ESPM-SP – Escola Superior de Propaganda e
Marketing
UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
UFSM –RS – Universidade Federal de Santa
Maria
UEL-PR – Universidade Estadual de Londrina
FUVEST – Fundação Universitária para o
Vestibular
CSA – Clayton de Sousa Avelar (2001)
GC – Gilberto Cotrim (1999)
AWMC e MVMA – Antônio Wanderley de Melo
Corrêa e Marcos Vinícius Melo dos Anjos (2003)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARRUDA, José Jobson de A e PILETT, Nelson.
Toda a História: História Geral e do Brasil. 8ª ed.
São Paulo: Ática. 1999.
CORRÊA, Antônio Wanderley de Melo e ANJOS,
Marcos Vinícius dos. História de Sergipe para
vestibulares e outros concursos. Aracaju:
Infographic’s Gráfica e Editora, 2003.
COTRIM, Gilberto. História Global: Geral e do
Brasil. São Paulo: Saraiva, 1999.
FIGUEIRA, Divalte Garcia. História: Série Novo
Ensino Médio. Vol. Unico. São Paulo: Ática. 2000.
GLÊYSE E GENIVALDO. Apostila de História
para o Primeiro ano. Aracaju: Pré-Uni, 2008.
MELLO, Leonel Itaussu Almeida e COSTA, Luís
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São Paulo: Scipione, 1999.
_______________________História
São Paulo: Scipione, 1999.
do
Brasil.
SANTOS, Lenalda Andrade e OLIVA, Terezinha
Alves. Para Conhecer a História de Sergipe.
Aracaju: Opção Gráfica, 1998.
SERIACOPI, Gislane Campos Azevedo e
SERIACOPI, Reinaldo. História: Volume único.1ª
Ed. São Paulo: Ática, 2005.
SILVA, Francisco de Assis. História do Brasil:
Colônia, Império, República. São Paulo: Moderna,
1992.
VICENTINO, Cláudio e DORIGO, Giannpaolo.
História Geral e do Brasil. Vol. Único. São Paulo:
Scipione, 2001. (Série Parâmetros).
“Ser livre é antes de tudo, escapar da
escravidão que a ignorância impõe”.
Manoel Bomfim
MAPAS EM ANEXO
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