PUBLICAÇÃO DA DIREÇÃO-GERAL DE NEGÓCIOS negocios.redeglobo.com.br OUTUBRO DE 2016 | EDIÇÃO n. 616 “PUBLICITÁRIOS SÃO DE MARTE, CONSUMIDORES SÃO DE NOVA JERSEY” Entrevista exclusiva com Bob Hoffman, autor do livro que pontua os principais erros do marketing e da publicidade hoje O QUE VOCÊ PRETENDE COM SUA PUBLICIDADE TELEVISIVA? BOLETIM DE INFORMAÇÃO PARA PUBLICITÁRIOS publicação da direção-geral de negócios Para mais informações, visite o site da Direção-Geral de Negócios: Diretores ResponsáveisRicardo Esturaro negocios.redeglobo.com.br Roberto Schmidt TextosRafael Sampaio Marketing e Comunicação Thinkbox e Comunicação Globo Jornalista Responsável Mônica Oliveira Projeto Gráfico Marketing Globo Fotos Comunicação Globo/iStock. Você pode encontrar esta e as edições anteriores do BIP no site acima, em Notícias, ou ainda no aplicativo Negócios Globo, na AppStore Assinaturas: [email protected] 2 No 616 outubro/2016 nEstA EDiÇÃO 4 MERCADO PUBLICITÁRIOS SÃO DE MARTE, CONSUMIDORES SÃO DE NOVA JERSEY Em seu último livro, o consultor bob Hoffman aponta as três grandes ilusões responsáveis pelos atuais erros cometidos no marketing e na publicidade. 16 TV NEGÓCIOS o Que VocÊ PreTeNDe coM sua PubliciDaDe TeleVisiVa? Estudo analisa a capacidade de penetração da televisão e o papel dos planejadores nas propostas de comunicação dos anunciantes. case Laboratório São Marcos No 616 outubro/2016 3 MERCADO AS TRÊS GRANDES ILUSÕES DO MARKETING E DA PUBLICIDADE bob Hoffman, hoje autor, consultor e palestrante, foi durante mais de 20 anos o líder de sua própria agência, a Hoffman/Lewis, além de ter dirigido a criação e ter sido CEo de outras. Em sua carreira, atendeu dezenas de grandes marcas, como McDonald´s, toyota, Shell, Nestlé, blue Cross, Chevrolet, Pepsico, bank of America e At&t. É essa ampla experiência, temperada com mordacidade e um senso crítico bem acima do padrão, que ele emprega em seu mais recente livro, Marketers are from Mars, consumers are from New Jersey, que consolida dezenas de artigos e palestras feitas nos últimos tempos sobre o estado atual do marketing e da propaganda e os muitos erros que têm sido cometidos em função da ânsia de tudo mudar para adequar essa atividade aos tempos que estamos vivendo. o livro trabalha essencialmente as três grandes ilusões que se está vivendo: a ilusão da marca, do digital e da idade. Na resenha feita nesta edição é possível saber a essência dos pensamentos de Hoffman, muito úteis para quem deseja obter maior retorno para os investimentos feitos em propaganda. 4 No 616 outubro/2016 No 616 outubro/2016 5 MERCADO bob Hoffman aponta no prefácio de seu livro algumas das razões pelas quais ele considera que o marketing e a propaganda vivem em meio a uma era de ilusões de proporções épicas: um enorme exagero no papel das marcas, a mutilação do papel das agências, o erro de considerar alguns gimmicks como tendências, a desconsideração do segmento mais poderoso de mercado que já houve na história, o whishful thinking com relação às mídias sociais e as fraudes da mídia digital. Logo no primeiro capítulo, o autor explica o título do livro, Publicitários são de Marte, consumidores são de Nova Jersey, lembrando que essas duas “espécies” vivem em mundos diferentes(1). Enquanto os executivos de marketing e os publicitários pensam em termos de um mercado idealizado, os consumidores, as pessoas normais, vivem com os pés no chão. As pessoas têm necessidades simples e buscam soluções que sejam as mais fáceis para atender a seus desejos. os profissionais de marketing são criaturas complicadas, com estranhos hábitos e misteriosas crenças. Eles não pensam de forma simples e acreditam que há forças que interferem na mente dos consumidores que só profissionais altamente treinados são capazes de interpretar. E com frequência se esquecem que as massas de consumidores (que dão escala para os negócios) escolhem produtos e serviços porque são baratos, gostosos, bonitos, funcionam melhor ou são mais acessíveis. Fechando esse primeiro capítulo, Hoffman ressalta que consumidores querem simplicidade e os profissionais de marketing tendem a complicar as coisas. Após alguns capítulos detalhando as anomalias do marketing e da publicidade nos últimos anos, o autor destaca as profecias de que a tV morreu, a publicidade morreu e, mais recentemente, o marketing morreu. Na sua análise, nada disso é de fato verdade e decorre de algumas ilusões que têm dominado o marketing e a publicidade, estimuladas por novos fornecedores e profissionais que pretendem ocupar seu espaço no mercado de serviços de marketing e comunicação e têm feito isso atacando as fórmulas do passado, que até podem estar um pouco cansadas, mas continuam oferecendo resultados bem mais sólidos que as soluções que pretendem substituí-las. Como bem define Hoffman, essas pessoas e empresas operam seguindo a lógica de que “quanto mais eles conseguem convencer os anunciantes (e os dirigentes das Muito o que nós, do marketing e da publicidade, chamamos de “lealdade” de marca é, na perspectiva dos consumidores, simplesmente hábito, conveniência, satisfação média e facilidade/ conveniência de encontrar/usar. agências) de que tudo está mudando – e de que eles são essenciais para interpretar e operar as mudanças –, mais garantem seus empregos e seus negócios”. Na sequência, o autor desenvolve o que chama das três grandes ilusões do marketing e da publicidade atuais: a ilusão da marca, do digital e da idade. Essas ilusões derivam de um fundo de verdade, ou seja, a força da marca, as novas oportunidades do digital e a relevância dos segmentos mais jovens, mas são muito exagerados e colocados como revolucionários, e não evolucionários, como de fato são, chegando ao ponto de fazer mais mal do que bem aos negócios no presente momento do mercado. (1) Seria como considerar que profissionais de marketing e publicidade pensam nos Jardins ou no Leblon e seus clusters equivalentes em outras poucas dezenas de cidades, enquanto a massa do mercado está na Zona Norte, na periferia, na baixada Fluminense e assim por diante, em centenas dos municípios com diferente potencial de mercado. 6 No 616 outubro/2016 MERCADO a ilusão da marca o primeiro grande erro dos anunciantes é pensar que outras pessoas além deles realmente se preocupam com suas marcas. “Criar uma marca forte”, destaca Hoffman, “deve ser o objetivo primordial de cada empresa, e a função principal da publicidade é justamente criar marcas fortes. Mas o nosso setor tem deformado essas verdades e as transformou em tolas fantasias. Há uma crença generalizada de que os consumidores estão apaixonados pelas marcas, de que eles querem ter experiências e relacionamentos de marca e estar pessoalmente envolvidos com elas, ler e contar histórias de marcas. tudo isso é uma grande bobagem. A nossa atividade passou quase dez anos e empregou bilhões de dólares exortando as pessoas a participar da conversa com as marcas, mas ainda não está bem claro o que é ‘conversa de marca’.” No 616 outubro/2016 Como resultado de toda a nossa confiança na tecnologia digital, fizemos coletivamente um desvio muito imprudente da lógica. Assumimos que a tecnologia digital tem tornado irrelevante tudo o que existia antes dela. 7 MERCADO O autor lembra que “as pessoas têm empregos instáveis e famílias instáveis, têm doenças, têm dívidas, têm máquinas de lavar roupa que não funcionam, têm crianças que são infelizes, têm um monte de coisas para se preocupar profundamente, e é muito imprudente acreditar que eles se preocupam profundamente com os outros produtos que consomem e suas marcas”. Hoffman lembra que “muito do que nós, do marketing e da publicidade, chamamos de ‘lealdade’ de marca é, na perspectiva dos consumidores, simplesmente hábito, conveniência, satisfação média e facilidade/conveniência de encontrar/usar”. Para ele, “as marcas são muito importantes para nós, do marketing, e muito ‘desimportantes’ para a maioria dos consumidores. Por favor, leia essa frase novamente...”. “Há marcas com as quais cada um de nós”, continua o autor, “temos fortes ligações? Claro. Existem marcas que adquirimos regularmente? Com certeza. Nossas ligações com algumas marcas são fortes e emocionais? Certamente. O problema é que compramos marcas em centenas de categorias e temos ligações sólidas apenas com uma parte delas.” Assim como, assegura, “a verdadeira razão do sucesso das marcas de massa não é a quantidade de consumidores que elas tem, mas sim quantos consumidores no total elas conquistaram e mantêm”. A ilusão do digital A outra falsa crença que Hoffman garante que está prejudicando a atividade publicitária é o exagero sobre a importância do digital. “Como resultado de toda a nossa confiança na tecnologia digital”, analisa, “fizemos coletivamente um desvio muito imprudente da lógica. Assumimos que a tecnologia digital tem tornado irrelevante tudo o que existia antes dela. Por mais de uma década, temos ouvido e lido sobre como a revolução digital estava mudando tudo, como o digital estava matando a publicidade e o marketing tradicional, como ia liquidar tudo no seu caminho.” “No entanto”, continua, “basta caminhar pelas ruas, em todos os lugares, e ver nos hambúrgueres, nos ônibus, nas camisetas, nas peças do mobiliário urbano, em cada canto urbano do planeta, que vivemos cercados pela publicidade – que inclusive está presente em todos os momentos do meio de comunicação mais consumido pela massa da população, que é a TV.” “Enquanto isso”, lembra Hoffman, “o digital está infestado de fraudes e oferece números obscuros e contaminados pelo viés de quem os contabiliza, que são os próprios operadores 8 das mídias digitais. Apesar disso, os anunciantes estão derramando mais e mais dinheiro em publicidade on-line. Eles não sabem o que estão comprando, não sabem até mesmo de quem estão comprando, nem sabem direito pelo que estão pagando.” O autor lista uma série de fatos capazes de deixar qualquer anunciante de cabelos em pé e seriamente desconfiado sobre se usar e como usar o digital. Mas a grande maioria desses fatos é ignorada, mesmo quando conhecida, pelos profissionais de marketing e publicitários. Um desses fatos, como destacou o The Wall Street Journal, é a fraude, referindo-se a um estudo da comScore que constatou que 54% dos anúncios tipo display pelos quais os anunciantes pagaram, na realidade jamais foram vistos por um ser humano. Outro ponto, segundo Hoffman, é o erro em apostar em uma improvável interatividade dos consumidores com a No 616 outubro/2016 MERCADO publicidade. “Por anos”, pontuou, “o setor sonhou com a interatividade, que faria a propaganda ser mais relevante e efetiva como jamais havia sido o monólogo das mídias de massa. Com o advento do digital se imaginou que o sonho se tornaria realidade, mas a fantasia bateu de frente com a realidade de que as pessoas normais demonstraram quase nenhum interesse em interagir com a publicidade.” Na verdade, em sua análise, essa possibilidade de interação se tornou até mesmo contraproducente e transformou a interação, na grande maioria dos casos, em uma inimiga da publicidade. A exceção, lembra, é quando o consumidor está fazendo compras, está buscando alguma coisa para efetivamente comprar. Neste caso, a interatividade do digital é muito bem-vinda – e é o que faz do searching a grande força da mídia digital. Mas para a publicidade dita de marca e mesmo boa parte No 616 outubro/2016 Os números de interação efetiva das pessoas com as marcas através das mídias sociais são próximos do irrelevante, especialmente quando comparados com a força avassaladora da mídia de massa mais utilizada, a televisão. 9 MERCADO da comunicação promocional, a interatividade mais atrapalha que ajuda. Especialmente desastroso para o marketing e a publicidade tem sido, na visão de Hoffman, a aposta nas mídias sociais como uma substituta mais efetiva que a propaganda tradicional. os números de interação efetiva das pessoas com as marcas através das mídias sociais são próximos do irrelevante, especialmente quando comparados com a força avassaladora da mídia de massa mais utilizada, a televisão. todas as marcas de massa que se aventuraram a apostar nessa alternativa, em detrimento dos investimentos em tV, terminaram com fortes revezes em termos de volume de vendas, market share e força da marca, segundo uma variada fonte de relatos, como o livro destaca em diversos capítulos. O erro de não levar os consumidores maduros a sério pode ter consequências desastrosas para a maioria das marcas de produtos e serviços. a ilusão da idade A terceira ilusão apontada e comentada por Hoffman em seu livro é a da idade: “os executivos de marketing e os publicitários estão muito preocupados em obter a atenção dos jovens, dos millennials, quando na realidade o mercado mais lucrativo é o da faixa acima dos 50 anos”. o autor provoca: “Sabe todos os millennials que vemos em anúncios de carros? Nos Estados unidos, as pessoas com idade acima de 75 anos compram seis vezes mais carros novos que as pessoas com idade entre 18 e 24. o que leva a me perguntar se seria mesmo uma boa ideia evitar falar e mostrar essas pessoas de mais idade na publicidade de carros...”. “Enquanto aqueles com mais de 50 anos”, diz Hoffman, “tendem a ter muito mais dinheiro e tempo livre para gastar do que os seus filhos e filhas, proporcionalmente muito pouco das verbas dos anunciantes é direcionado para a geração mais velha. De acordo com os dados da Nielsen, as pessoas com mais de 50 são o target mais importante na história do marketing. Nos EuA, eles são responsáveis por 50% de todos os gastos feitos pelos consumidores e controlam cerca de 70% da riqueza do país. No entanto, as pessoas com mais de 50 anos são alvo de apenas 10% de atividade de marketing nos EuA.” “Penso”, ironiza o autor, “que a maioria dos anunciantes escolhe os jovens como alvo principal porque observa todos os outros fazendo isso e assume que em algum lugar alguém deve saber por que está fazendo isso.” o erro de não levar os consumidores maduros a sério pode ter consequências desastrosas para a maioria das marcas de produtos e serviços, pois a realidade é que o 10 segmento de mais de 50 anos nos Estados unidos seria o terceiro mercado do mundo, atrás apenas dos Estados unidos como um todo e da China, como destacou Hoffman. atenção com as tendências o autor também destacou um ponto relevante para fazer todos os profissionais de marketing e publicitários refletirem bastante: o excesso de “tendências” dessa área, quantidade só comparável em ritmo à da música popular e da moda. Ele lembra que a cada dois ou três anos a atividade inventa um novo milagre que leva a esmagadora maioria de seus profissionais a correr cegamente atrás. Às vezes são milagres de mídia, como as chamadas redes sociais. Às vezes são milagres tecnológicos, como o big data. E qualquer que seja a área, tipo e jeito do milagre, seus defensores asseguram que ele vai mudar tudo, que vai fazer décadas de experiência se tornarem obsoletas. Para Hoffman, existe de fato apenas um único e solitário No 616 outubro/2016 MERCADO milagre em nossa atividade: chama-se “ideia” – o milagre de uma grande ideia criativa. Mas até porque fazer esse milagre não é tarefa nada fácil e demanda talentos excepcionais e competências elevadas, a maioria dos praticantes da atividade tenta vender o tipo errado de milagre. Nesse campo da concepção das grandes ideias de mar­ keting e comunicação, o autor lembra que o talento e a experiência são insubstituíveis, que não há algoritmo sofisticado capaz de entregar os mesmos resultados. Sua crença é a de que criativos realmente bons são capazes de trabalhar sobre o que ele chama de precision guessing(2) e que não tenham medo de vender, indo na contramão de muitos profissionais da área de publicidade que não entendem que a tarefa central da atividade sempre foi e continua sendo “vender”. Hoffman também chama a atenção para o excesso de teorização e análise no campo do marketing e da publicidade e compara isso com os jogos esportivos que se tornaram (2) Poderia ser traduzido para “adivinhação com precisão” ou “adivinhação com foco”. campeões de audiência. As pessoas vão ao campo e assistem às transmissões na TV para ver o talento dos jogadores, e não a performance dos árbitros. Dessa forma, quando a publicidade dá mais atenção a seus teóricos e analistas, ela coloca os jogadores, que são os criativos, em segundo plano e fazem o produto da área de marketing e das agências ser bem menos eficiente em termos de cumprir sua tarefa de vender. E disso deriva outro problema da ilusão do digital, que seria sua capacidade de tudo mensurar e analisar, que à primeira vista parecia uma vantagem, mas na prática também se mostrou contraproducente, pois “o negócio da propaganda é a propaganda”, como frisou, e “não há análise que compense a ausência de uma grande ideia criativa e vendedora”. Por fim, como bem coloca o autor tanto na obra quanto em suas apresentações, “A atividade de marketing e publicidade tem gasto muito tempo em outro planeta. Nós precisamos voltar para a Terra e os reais consumidores, que fazem e garantem o sucesso das marcas”. No 616 outubro/2016 11 MERCADO A TV NÃO ESTÁ MORTA, ELA NEM MESMO bob Hoffman mantém uma newsletter regular na qual vai direto ao ponto e dá informações muito contundentes sobre fatos do mercado. Em um de seus números, aborda a questão da anunciada e jamais concretizada morte da tV, que na verdade se reflete na crescente força desse meio no mercado americano. Como diz um insuspeito observador, o fundador e CEo da Amazon, Jeff bezos: “Estamos vivendo a era de ouro da televisão”. Hoffman reproduz três gráficos muito significativos nessa mesma edição de sua newsletter. o primeiro mostra que de acordo com o bureau de Estatísticas dos Estados unidos, a tV suplanta qualquer outra atividade de lazer e entretenimento da população, tanto no final de semana como nos dias úteis. a TV ultrapassa todas as outras atividades de lazer combinadas MÉDIA DE MINutoS DIÁrIoS QuE AMErICANoS GAStAM CoM AtIVIDADES DE LAZEr, 2014 DIAS DE SEMANA FIM DE SEMANA 156 Vendo TV Socializando/conversando Jogando/usando computador Lendo Esportes, exercícios, recreação Relaxando/pensando Outras atividades/esportes 35 25 31 19 21 17 20 16 19 20 37 201 61 Fonte: bureau of Labor Statistics. Todas as marcas de massa que se aventuraram a apostar nessa alternativa, em detrimento dos investimentos em TV, terminaram com fortes revezes em termos de volume de vendas, market share e força da marca. 12 No 616 outubro/2016 MERCADO PEGOU UM RESFRIADO como as pessoas consomem conteúdo em vídeo PIVotAL rESEArCH GrouP, 3º trIMEStrE/2015 o segundo gráfico demonstra que a ideia de assistir à programação linear da tV não está superada, ao contrário, suplanta todas as demais alternativas. Enquanto 79% do consumo de vídeo é na forma tradicional, 9% é da programação alternativa de tV (time-shifted), 5% através de tablets e smartphones, 4% via devices multimídia e 3% via DVD ou blue-ray. 3% 4% 5% DVD / Blue-Ray Aparelho multimídia Computador / tablet / telefone TV ao vivo 79% TV time-shifted 9% consumo semanal de vídeo por minuto MINUTOS 2000 NIELSEN, total Audience report, 3º trimestre 2015, Adultos 18+ 1.922 1500 1000 500 0 83 Na TV No computador 16 No smartphone o terceiro mostra o consumo de vídeo por minuto semanalmente e foi levantado pela nova pesquisa de audiência total, multimeios, da Nielsen. A tV é a opção consumida por 1.922 minutos por semana, o PC é utilizado para ver vídeos por 83 minutos a cada semana, e o smartphone é a opção de visualizar vídeo em 16 minutos semanais. Isso para a população americana de 18 anos ou mais no terceiro trimestre de 2015. No 616 outubro/2016 13 MERCADO Entrevista com Bob Hoffman “Há muita pressão para profis e publicidade aceitarem os ba BIP – Quais as principais razões dessa miopia dos jovens profissionais de marketing e publicidade? Eles estão vendo o mundo mais pela própria perspectiva de suas vidas do que pela observação neutra do que acontece com a maioria dos consumidores? Há alguma outra razão que se destaca? HoFFMaN – Eles estão apenas refletindo o que lhes foi ensinado. Durante mais de 20 anos, as escolas de negócios, os departamentos de publicidade dessas escolas e as faculdades de arte (*) têm ensinado princípios e práticas questionáveis aos estudantes de publicidade e de marketing. BIP – A TV tem sido a mídia publicitária dominante por muitos anos e permanece a mais efetiva e para onde é destinada a maior parte dos recursos dos anunciantes. Por quais razões muitos criativos têm tanta resistência em admitir isso e tanto incensam uma mídia que apresenta tantos problemas, como o digital? HoFFMaN – Duas razões: primeiro, mais uma vez a escola lhes ensinou que a tV é um meio que está morrendo. Em segundo lugar, a mídia em geral e o jornalismo desenvolveram uma narrativa que tem convencido muitas pessoas crédulas de que a tV não é mais relevante. Junto com isso, as falhas e os problemas dos meios digitais têm sido largamente ignorados e encobertos pela indústria da publicidade. (*) Nos EuA não há faculdade de publicidade. As escolas de negócios e administração ensinam a atividade em cadeiras e departamentos especializados na área para os alunos que irão se dedicar ao atendimento, planejamento e mídia, enquanto as faculdades de arte têm cadeiras e departamentos especializados em publicidade para quem deseja trabalhar na área criativa e de produção. 14 No 616 outubro/2016 MERCADO sionais de marketing ixos resultados da web” BIP – Por que a alta direção das empresas anunciantes tem deixado que se façam tantas experiências com seus recursos de marketing em detrimento das fórmulas e mídias que tradicionalmente produzem mais resultados? HoFFMaN – Qualquer um que questione a eficácia da mídia digital é imediatamente rotulado como antiquado e “por fora”. Ninguém nas indústrias de marketing e publicidade quer esse rótulo. Por conseguinte, a pressão para se aceitar os baixos resultados da web é irresistível. BIP – Para a área de marketing e publicidade, além da deficiência de visão e de clareza dos profissionais, os principais problemas poderiam ser falta de competência estratégica e de capacidade criativa? HoFFMaN – Acredito que muitos dos problemas que estamos tendo devem-se ao fato de que a web é um meio mais adequado para as vendas diretas, e não de construção de marca. o resultado é que temos treinado nosso pessoal para que sejam táticos, não estratégicos. outro problema é que pessoas criativas talentosas estão se afastando da publicidade por causa dos novos procedimentos corporativos. Conseguir fazer propaganda de qualidade exige um processo de aprovação diferente do que está sendo empregado, pois a maioria das pessoas que estão nessa cadeia decisória não é adequada para fazer bons julgamentos criativos. “Os anunciantes estão derramando mais e mais dinheiro em publicidade on-line. Eles não sabem o que estão comprando, eles não sabem até mesmo de quem estão comprando, eles nem sabem direito pelo que estão pagando” No 616 outubro/2016 15 tv negócios 16 No 616 outubro/2016 tv nEgóCiOs O QUE VOCÊ PRETENDE COM SUA PUBLICIDADE TELEVISIVA? A televisão é infinitamente versátil e flexível. Ela tem a capacidade de cumprir uma série de tarefas que vão desde lançar uma marca de alto nível para toda a população de um país até incentivar jovens de 18 anos a se matricular em determinada universidade. Aqui estão apenas alguns dos objetivos que os planejadores costumam encontrar na proposta de comunicação de um anunciante. thinkbox é a entidade britânica que cuida da promoção mercadológica da televisão em todo o reino unido. Como fruto da parceria firmada com eles, o bIP traz seus conteúdos exclusivamente para o mercado brasileiro. No 616 outubro/2016 17 tv negócios Reposicionar Marcas Mudar a percepção a respeito de uma marca é uma das tarefas mais árduas que um anunciante pode ter. Ele precisa apagar as atuais associações, crenças e sensações a respeito da marca e substituí-las por novas. Essa tarefa requer uma mídia capaz de criar novas associações fortes e reprogramar o cérebro, como a TV. Por exemplo, a Tesco queria chamar a atenção para sua linha de brinquedos e conseguiu isso posicionando-se como uma loja de brinquedos confiável e combinando TV aberta com conteúdo digital. O patrocínio pode ser uma forma altamente eficaz e sutil de reposicionar uma marca. Associações implícitas com um programa podem ser transferidas para a marca com sucesso, ao passo que comerciais com um argumento mais direto podem sofrer rejeição. O licor irlandês Bailey’s ficou famoso por se tornar uma bebida muito sensual depois de patrocinar o seriado Sex and the City por muito tempo. Mudar Comportamentos Nem toda publicidade está ligada ao consumo. Às vezes o objetivo da publicidade é convencer as pessoas a mudar o que fazem. O mais interessante de tudo é que a Volvo aumentou a percepção a respeito da marca para torná-la mais desejável e virou parceira do canal Sky Atlantic por dois anos. Após apenas cinco meses, houve aumentos significativos na avaliação da imagem da marca entre os telespectadores que viram o patrocínio na TV. A Volvo passou a ser vista como uma marca mais inovadora, atual e moderna com maior reputação de qualidade. Também houve aumentos em métricas da marca, como carisma, consideração e recomendação. O mais importante de tudo é que a Volvo aumentou significativamente as vendas, com um crescimento no mercado de quase três vezes. Algumas campanhas de mudança de comportamento têm que desafiar hábitos de longo prazo e até dependências químicas. Muitas campanhas notórias de saúde pública e segurança, desde o uso do cinto de segurança até o combate ao fumo, têm usado o poder emotivo da TV para chegar às pessoas que provavelmente preferiam não vê-las. Elas também são capazes de atrair famílias e amigos para a causa. Mas as marcas comerciais também precisam que nós mudemos de comportamento. A campanha “Turn to 18 30” do sabão em pó Ariel usou a TV para nos fazer reduzir o consumo de água da máquina de lavar; Andrex conseguiu convencer as pessoas a mudarem para papel higiênico úmido usando o poder emotivo da TV; e os trens East Coast usaram a TV para sensibilizar os clientes e aumentar as vendas on-line. Uma técnica de planejamento de mídia relevante para a mudança de comportamento é a frequência e a onipresença. Uma boa mescla de programas e materiais comerciais pode funcionar muito bem. Conteúdos de marca de maior duração, como um infomercial ou um programa financiado por publicidade, são uma excelente forma de fornecer a inspiração e a ajuda prática para fazer alguém mudar sua vida para melhor. No 616 outubro/2016 tv negócios Gerar Resposta A televisão é altamente eficiente em gerar respostas, seja diretamente em uma loja ou tornando mais eficiente a publicidade de resposta em outras mídias. Resposta direta Todo mundo sabe que os varejistas usam a TV para maximizar o sucesso de qualquer promoção: vendas sazonais, ofertas de produtos, inauguração de lojas etc. Mas as marcas também podem usar a capacidade da TV para levar as pessoas a comprarem diretamente on-line ou off-line. Desde os anos 1980, os anúncios de TV trazem números de telefone, e foi desenvolvida toda uma ciência sobre como estimular a resposta pelo telefone com eficiência de acordo com a capacidade do call center. Marcas de serviços financeiros diretos foram construídas em grande parte com base na capacidade da TV de gerar oportunidades e conquistar clientes. Mas, com o crescimento da internet, as marcas também estão incentivando a resposta em seus próprios sites, incluindo URLs e interagindo com os clientes através de links de mídias sociais. As mídias sociais tornam-se cada vez mais comuns no planejamento de comunicação. A Thinkbox examinou a ligação entre a TV e as mídias sociais em diversos estudos, inclusive em um trabalho com o Twitter, no qual investigou as atitudes em relação a elementos de mídias sociais em campanhas televisivas. Em uma época de múltiplas telas, os telespectadores usam os mecanismos de busca com naturalidade para encontrar as marcas de que ouvem falar na TV. Marcas fortes, celebrizadas através da TV, têm mais chance de ser encontradas em buscas orgânicas em vez de links patrocinados. No entanto, existe uma arte para maximizar a resposta de buscas para campanhas televisivas. As pes­soas buscam não só pelos nomes das marcas, mas também pelos slogans, músicas e atores que veem na TV. Por isso, vale a pena garantir que seu site reflita esses elementos do anúncio da TV para captar todo o interesse que a TV gerou. Atualmente, cada vez mais marcas on-line estão investindo pesado na TV. De fato, três das maiores marcas na TV no Reino Unido são marcas on-line. A cara da publicidade de resposta mudou de forma radical na última década. O quadro agora é extremamente complexo, e identificar o impacto e o papel de cada mídia na resposta é um desafio constante. Por isso, no estudo “TV Response, new rules, new roles” (Resposta à TV: novas regras, novos papéis) a Thinkbox encomendou uma análise do GroupM sobre os efeitos de resposta de uma vasta gama de canais. Estes incluíram anúncios de TV de marca e de resposta direta, no rádio, na mídia impressa, mídia exterior, mala direta, afiliados, display on-line e buscas on-line pagas. Graças a uma combinação única de metodologias analíticas, incluindo modelagem econométrica e a ferramenta Spotlift do GroupM (empresa de investimento em mídia), os efeitos das comunicações foram medidos no prazo imediato, de curto a médio prazo e a longo prazo. Induzir respostas por outras mídias Outras mídias, sobretudo a impressa, on-line e mala direta, oferecem ótimos mecanismos de resposta. São frequentemente chamadas de “mídias de ativação”, pois a consciência e a consideração geradas pela TV podem ser ativadas por elas. O perigo é que a contribuição da TV para a resposta dessas outras mídias seja incorretamente avaliada. O estudo “TV Response, new rules, new roles” também evidenciou o papel da TV em induzir respostas indiretamente. No 616 outubro/2016 19 tv negócios É muito mais fácil e barato manter os clientes existentes do que sair em busca de novos. Por isso a fidelização é um fator-chave para qualquer marca/empresa. Dessa forma, é muito importante lembrar a seus atuais clientes por que eles preferem a sua marca. Demonstração Fidelização Uma das maiores vantagens da TV é sua capacidade de demonstrar. É muito importante a possibilidade de ver exatamente como o cortador de grama funciona, o aspirador de pó limpa, o banco do carro reclina etc. Às vezes o telespectador precisa ver um produto em ação para compreender bem seus benefícios. É o poder da imagem em movimento acompanhada pelo som que torna a publicidade televisiva tão poderosa. A demonstração indica aos telespectadores como consumir um novo produto. A Magners, marca irlandesa de bebidas, lançou a moda de beber cidra com gelo através de imagens provocantes de cubos de gelo tilintando. Há muito tempo os anunciantes da televisão usam a demonstração como recurso em seus comerciais. Por exemplo, vemos duas camisas brancas, uma brilhante depois de ser lavada com a marca anunciada e a outra um pouco menos. É muito mais fácil e barato manter os clientes existentes do que sair em busca de novos. Por isso a fidelização é um fator-chave para qualquer marca/empresa. Dessa forma, é muito importante lembrar a seus atuais clientes por que eles preferem a sua marca. Enviar publicidade por mala direta com a fatura do mês como parte de seu programa de fidelização é uma forma eficiente de se comunicar com os clientes, mas não é o bastante. Uma campanha televisiva é capaz de fazer um cliente sentir orgulho de “sua” marca, lembrá-lo do porquê de tê-la comprado pela primeira vez e de todos os seus elementos positivos, além de manter a sensação positiva e agradável quanto à escolha de marca. Sobretudo, ela evita os avanços das demais marcas que querem pôr as mãos em seus clientes. 20 No 616 outubro/2016 tv negócios A TV é, sem dúvida, a mídia mais eficaz para lançar marcas. Ela combina a escala e o alcance que uma nova marca necessita com o impacto e o poder de persuasão. Nenhuma outra mídia consegue oferecer essas duas qualidades. Lançar Marcas A TV é, sem dúvida, a mídia mais eficaz para lançar marcas. Ela combina a escala e o alcance que uma nova marca necessita com o impacto e o poder de persuasão. Nenhuma outra mídia consegue oferecer essas duas qualidades. Consciência é outra forma de dizer fama. Quase todo mundo assiste à TV. A TV comercial alcança 98% das pessoas todo mês (Fonte: Barb). Fala-se muito em fragmentação, mas o fato é que as campanhas televisivas conseguem cobertura com a mesma rapidez de sempre e com o mesmo nível de audiência. Em termos reais o mesmo nível de audiência custa menos agora do que nos anos 1980. Porém não se trata só de fama e consciência. É a natureza da experiência televisiva que dá às novas marcas controle sobre as emoções e memórias dos telespectadores a longo prazo. A neurociência já provou que imagens em movimento com som estimulam principalmente nossas emoções e nossa memória de longo prazo. A publicidade, quando vista em um estado relaxado, não é filtrada pela função cognitiva do cérebro, evitando assim a triagem consciente e a rejeição que as mídias mais racionais apresentam. A publicidade televisiva cria conexões emocionais ricas e profundas e associações positivas, disparando sinapses que acabam por se fixar. A publicidade televisiva consegue criar o lugar no cérebro onde uma nova marca pode morar. No 616 outubro/2016 Integração e narrativa As pessoas levam uma vida multimídia. Mas todas as evidências sugerem que colocar a TV no centro de uma campanha integrada vai melhorar o desempenho de cada uma das demais mídias. A narrativa é a forma de comunicação humana mais poderosa, o que vale tanto para marcas como para religião ou educação. As campanhas televisivas podem estabelecer uma narrativa, talvez com um elenco de personagens, que terá repercussão mais tarde quando forem vistas em mídias mais estáticas. A TV estabelece os elementos-chave da marca – o logotipo, os slogans, a música etc. – em um contexto de mídia avançada de modo que, quando qualquer componente individual é usado em outra mídia, é capaz de evocar as memórias da comunicação mais completa da TV. O uso de músicas ou personagens de anúncios da TV no rádio pode provocar uma memória visual, contanto que esteja lá. Da mesma forma, campanhas baseadas em mídia impressa e cartazes estáticos são mais impactantes e fazem mais sentido depois de serem estabelecidas por meio de imagens em movimento. Por exemplo, uma recente campanha da Comparethemarket.com, site britânico de comparação de preços, teve um anúncio de rádio estrelado pelo suricate Aleksandr. Se você não tivesse visto o anúncio na TV, a campanha de rádio faria pouco sentido. O patrocínio de programas e os conteúdos de marca oferecem um excelente veículo de integração para as marcas. Um patrocínio bem explorado pode transferir as associações do programa para todos os aspectos do marketing de uma marca: relações públicas, comunicações em embalagens, em lojas, eventos, com funcionários, promoções para clientes, bem como publicidade em outras mídias. Um fantástico exemplo disso é como a marca Iceland se desenvolveu e melhorou constantemente sua longa parceria com o programa da ITV I’m A Celebrity Get Me Out of Here* por nove anos. *Franquia de programa de TV. É um jogo entre celebridades que têm que sobreviver por diversas semanas em uma selva e competir para serem coroados “rei ou rainha da selva”. 21 tv nEgóCiOs | CASE SUCESSO EM CAMPANHA NA GLOBO INCENTIVA LABORATÓRIO SÃO MARCOS A AMPLIAR REDE Empresa planeja expansão para cidades na área de cobertura da Globo Minas. Quando os clientes entram em uma das 60 unidades do Laboratório São Marcos não encontram senhas. Logo na recepção, um totem anuncia: “Aqui não tem senha, tem coração”. O atendimento humano, feito com carinho, é a marca de uma das empresas de saúde mais tradicionais de Minas Gerais. Com 70 anos, o Laboratório São Marcos fortalece sua participação no mercado com campanhas na TV Globo Minas e no G1/MG. Para fazer a comunicação do laboratório, o São Marcos teve o apoio da Agência Loggia. A campanha colocou a empresa em destaque no mercado. “Dez anos atrás, éramos apenas mais uma empresa no cenário competitivo dos laboratórios. Hoje, temos 30% de market share”, fala o diretor-geral, Bruno Cerqueira. A Loggia criou a nova marca – um coração. A agência produziu filmes que reforçam a ideia de excelência no atendimento e na qualidade dos serviços. A campanha olhou especialmente para os clientes e suas famílias. “A gente quer o cliente em todas as fases da vida dele”, diz Bruno, enquanto ressalta o índice de 99% de retenção que o laboratório conquistou com a campanha na Globo. Os comerciais mostraram a distribuição das unidades, a coleta domiciliar, a tecnologia e a confiabilidade dos exames, além dos novos serviços. “O São Marcos está hoje entre os três maiores em serviços de vacina em Minas”, comemora o executivo. No G1/MG, um Especial Publicitário divulgou informações sobre prevenção, cuidados e os testes rápidos para diagnóstico da dengue. A estratégia mobilizou os funcionários e a campanha reverberou nas mídias sociais. Na estreia, as equipes postaram selfies durante a exibição dos anúncios na TV. A veiculação na Globo foi motivo de orgulho e promoveu o comprometimento com as metas da campanha entre os mais de 900 funcionários. Da verba, quase 80% foram investidos na Globo, em programas de maior afinidade com o público do São Marcos, como Bom Dia Minas, Mais Você, Bem Estar e nos intervalos do MGTV 2ª Edição, Jornal Nacional e Novela III. O sucesso foi tanto que a empresa planeja abrir novas unidades em cidades na área de cobertura da Globo Minas. 22 “A Globo nos ajuda na busca desses resultados. Em todas as regiões, há um cliente São Marcos, e o laboratório está preparado para atender a todas as particularidades“. bruno Cerqueira, do Laboratório São Marcos ESTRATÉGIA SETOR OBJETIVO MERCADOS Medicina Diagnóstica Divulgar reposicionamento BH SOLUÇÃO Campanhas na TV Globo Minas e no G1 MG RESULTADO 99% de retenção de clientes e 30% de market share No 616 outubro/2016 SAIbA MAIS: CoNSuLtE o AtENDIMENto CoMErCIAL DA rEDE GLobo DA SuA rEGIÃo. 38º PROFISSIONAIS DO ANO ® O Prêmio Profissionais do Ano® chega a sua 38ª edição. Este ano, foram 1091 comerciais inscritos, sendo 348 na Classe Nacional e 743 na Classe Regional. Nesta edição do BIP, revelamos os vencedores regionais. NO 616 OUTUBRO/2016 1 CAMPANHA DIREÇÃO DE CRIAÇÃO MAURÍCIO GARDENAL CRIAÇÃO MAURÍCIO GARDENAL JULIANO SHIGUERU FABIANA GASPAR MAURÍCIO MORAES DÉBORA JANUÁRIO DA ROSA FRANCIELLE LOPES ADRIELE HONORATO DIREÇÃO CACO SOUZA SUL PRA VOCÊ PRODUTORA DE SOM MSG AUDIO DESIGN (CAMPINAS/SP) MÍDIA FABIANA GASPAR ATENDIMENTO MAURÍCIO GARDENAL VE N CE D ORE S DA CL ASSE REGION AL VE N CE D ORE S DA CL ASSE REGION AL SUDESTE INTERIOR CAMPANHA DIREÇÃO DE CRIAÇÃO E CRIAÇÃO ROBERTO PHILOMENA MAURICIO OLIVEIRA MÍDIA SANDRA SILVA MAGALI BARROS DIREÇÃO JOSÉ PEDRO GOULART ATENDIMENTO MAYRA BAGGIOTTO ANGÉLICA COLLET ANDRÉIA DA COSTA PRODUTORA E PÓS-PRODUTORA MÍNIMA (PORTO ALEGRE/RS) APROVADO POR CÍCERO DALLA VECCHIA GIÁCOMO DALLA VECCHIA NATALE DALLA VECCHIA ROBERTO BENITO SÓ NÃO DÁ PRA ECONOMIZAR PRODUTORA DE SOM ENOISE ÁUDIO (SÃO PAULO/SP) APROVADO POR AIRTON ALBERTO ZAFFARI DENIS ALESSANDRO AZEVEDO DA SILVA ANUNCIANTE ZAFFARI (PORTO ALEGRE/RS) AGÊNCIA MATRIZ (PORTO ALEGRE/RS) PRODUTORA E PÓS-PRODUTORA PAPRIKA FILMES (CAMPINAS/SP) ANUNCIANTE LOJAS CEM (SALTO/SP) AGÊNCIA PUBLICEM (SALTO/SP) MERCADO DIREÇÃO DE CRIAÇÃO DANIEL ZINI CRIAÇÃO DANIEL ZINI BRUNO MOTA JÉSSICA REIS ROSA DIREÇÃO THIAGO VIEIRA PRODUTORA E PÓS-PRODUTORA PAPRIKA FILMES (CAMPINAS/SP) ANUNCIANTE CIA ATHLETICA (CAMPINAS/SP) 2 VAZIO MERCADO PRODUTORA DE SOM MSG AUDIO DESIGN (CAMPINAS/SP) DIREÇÃO DE CRIAÇÃO ROBERTO PHILOMENA MAURICIO OLIVEIRA MÍDIA MAUREN BENDER CRIAÇÃO ROBERTO PHILOMENA ATENDIMENTO JULIANA MASSAIOLI DIREÇÃO FRED LUZ APROVADO POR EDWARD BILTON PRODUTORA ZEPPELIN FILMES (PORTO ALEGRE/RS) PRODUTORA DE SOM CROACIA (SÃO PAULO/SP) AGÊNCIA PORTAL PUBLICIDADE (CAMPINAS/SP) ANUNCIANTE ZAFFARI (PORTO ALEGRE/RS) NO 616 OUTUBRO/2016 LEMBRANÇAS PÓS-PRODUTORAS PSYCHO N’ LOOK (SÃO PAULO/SP) ZEPPELIN FILMES (PORTO ALEGRE/RS) MÍDIA MAGALI BARROS SANDRA SILVA ATENDIMENTO MAYRA BAGGIOTTO ROSA MARIA BUENO APROVADO POR AIRTON ALBERTO ZAFFARI DENIS ALESSANDRO AZEVEDO DA SILVA AGÊNCIA MATRIZ (PORTO ALEGRE/RS) NORTE-NORDESTE CAMPANHA SUPERE-SE DIREÇÃO DE CRIAÇÃO RODRIGO ALMEIDA ANTONIO FOLHA PRODUTORA DE SOM SAXSOFUNNY OM (SÃO PAULO/SP) CRIAÇÃO RODRIGO ALMEIDA ANDRÉ NEVES ANTONIO FOLHA JOÃO BRUGGER BRUNO HOLANDA MÍDIA LAURA TAVARES DIREÇÃO RODRIGO ALMEIDA ATENDIMENTO MARCO SIQUEIRA APROVADO POR MARCONI PERILLO LUIZ SIQUEIRA PRODUTORA E PÓS-PRODUTORA SIRIGUELA STUDIO (GOIÂNIA/GO) ANUNCIANTE DETRAN-GO (GOIÂNIA/GO) MERCADO CAMPANHA DIREÇÃO DE CRIAÇÃO PÁDUA SAMPAIO MARCEL PINHEIRO ANDRÉ MIYASAKI CRIAÇÃO MATHEUS SENA SABRINA MESQUITA MÁRIO HOLLANDA RÔMULO CARNEIRO DIREÇÃO PEDRO ANTINO IGOR BARBOSA SALVE O PORTUGUÊS PRODUTORA DE SOM TAPE OCA RECORDS (FORTALEZA/CE) MÍDIA RENATA LIMA TAYANE BARBOSA ATENDIMENTO ÍTALO CASTRO YOHANNA MAIA APROVADO POR MATHEUS LEITÃO PRODUTORA E PÓS-PRODUTORA LUMO STUDIO (FORTALEZA/CE) AGÊNCIA AMP PROPAGANDA (APARECIDA DE GOIÂNIA/GO) A ÚLTIMA GOTA DIREÇÃO DE CRIAÇÃO RUBENS FERRAZ MÍDIA JÚLIA VELOSO CRIAÇÃO GIULIANO BORGES RUBENS FERRAZ ATENDIMENTO CAMILA GONÇALVES DIREÇÃO RENATO CABRAL VE N CE D ORE S DA CL ASSE REGION AL VE N CE D ORE S DA CL ASSE REGION AL LESTE-OESTE APROVADO POR MILTON TEIXEIRA PRODUTORA, PRODUTORA DE SOM E PÓS-PRODUTORA IMAGINARE FILMES (UBERLÂNDIA/MG) ANUNCIANTE COLÉGIO MASTER (FORTALEZA/CE) MERCADO DIREÇÃO DE CRIAÇÃO PÁDUA SAMPAIO MARCEL PINHEIRO ANDRÉ MIYASAKI CRIAÇÃO MATHEUS SENA SABRINA MESQUITA MÁRIO HOLLANDA RÔMULO CARNEIRO DIREÇÃO RAFAEL NEVES JONATHAS ALPOIM AGÊNCIA DELANTERO (FORTALEZA/CE) CENTRAL DO CORPO PRODUTORA DE SOM LOOP RECLAME (PORTO ALEGRE/RS) MÍDIA RENATA LIMA TAYANE BARBOSA ATENDIMENTO ÍTALO CASTRO YOHANNA MAIA APROVADO POR GILONIO DIAS PRODUTORA E PÓS-PRODUTORA POLEGAR OPOSITOR (FORTALEZA/CE) ANUNCIANTE UNIPAM (PATOS DE MINAS/MG) AGÊNCIA AGÊNCIA ILUSTRA (PATOS DE MINAS/MG) ANUNCIANTE ACADEMIA CENTRAL DO CORPO (FORTALEZA/CE) NO 616 OUTUBRO/2016 AGÊNCIA DELANTERO (FORTALEZA/CE) 3 VE N CE D ORE S DA CL ASSE REGION AL SUDESTE CAPITAIS CAMPANHA DIREÇÃO DE CRIAÇÃO ANDRE KASSU MARCOS MEDEIROS MARCELO RIZÉRIO CRIAÇÃO NICHOLAS BERGANTIN PEDRO GALDI DIREÇÃO CAROL MARKOWICZ FERNANDA SALLOUM PRODUTORA E PÓS-PRODUTORA YOURMAMA FILMS (SÃO PAULO/SP) MAMMA CEPÊRA PRODUTORA DE SOM ANIMAL ESTÚDIOS (SÃO PAULO/SP) MÍDIA TIAGO SANTOS EDSON MELO CESAR TOMEI FABIANA MELO ATENDIMENTO ANDREA PUPO LUIZA NEVES APROVADO POR DÉCIO FILHO MERCADO DIREÇÃO DE CRIAÇÃO SERGIO GORDILHO RAFAEL PITANGUY HUMBERTO FERNANDEZ MÍDIA RODRIGO MEDEIROS BETO LIMA DANIELA MELITO CRIAÇÃO BERNARDO ROMERO BETO ROGOSKI ATENDIMENTO CELINA ESTEVES PC FREITAS ISABEL CASTRO FRANCINE NOGUEIRA DIREÇÃO CLAUDIO BORRELLI PRODUTORA KILLERS (SÃO PAULO/SP) PRODUTORA DE SOM TENTÁCULO ÁUDIO (SÃO PAULO/SP) PÓS-PRODUTORA CASABLANCA EFFECTS (SÃO PAULO/SP) ANUNCIANTE CEPÊRA (SÃO PAULO/SP) 4 AGÊNCIA CRISPIN PORTER & BOGUSKY BRASIL (SÃO PAULO/SP) CORRIDA ANUNCIANTE VIVO (SÃO PAULO/SP) NO 616 OUTUBRO/2016 APROVADO POR CHRISTIAN GEBARA CRIS DUCLOS MARINA DAINEZE MARIANA PRADO GABRIELA BORGES GIOVANNA MIRANDA AGÊNCIA AFRICA (SÃO PAULO/SP)