o que você pretende com sua publicidade televisiva?

Propaganda
PUBLICAÇÃO DA
DIREÇÃO-GERAL DE NEGÓCIOS
negocios.redeglobo.com.br
OUTUBRO DE 2016 | EDIÇÃO n. 616
“PUBLICITÁRIOS
SÃO DE MARTE,
CONSUMIDORES
SÃO DE
NOVA JERSEY”
Entrevista exclusiva com Bob Hoffman, autor do livro que pontua os
principais erros do marketing e da publicidade hoje
O QUE VOCÊ PRETENDE COM SUA PUBLICIDADE TELEVISIVA?
BOLETIM DE INFORMAÇÃO PARA PUBLICITÁRIOS
publicação da direção-geral de negócios
Para mais informações, visite o site
da Direção-Geral de Negócios:
Diretores ResponsáveisRicardo Esturaro
negocios.redeglobo.com.br
Roberto Schmidt
TextosRafael Sampaio Marketing e Comunicação
Thinkbox e Comunicação Globo
Jornalista Responsável
Mônica Oliveira
Projeto Gráfico
Marketing Globo
Fotos
Comunicação Globo/iStock.
Você pode encontrar esta e as
edições anteriores do BIP no site acima,
em Notícias, ou ainda no aplicativo
Negócios Globo, na AppStore
Assinaturas:
[email protected]
2
No 616 outubro/2016
nEstA EDiÇÃO
4
MERCADO
PUBLICITÁRIOS SÃO DE MARTE, CONSUMIDORES SÃO DE NOVA JERSEY
Em seu último livro, o consultor bob Hoffman aponta as três grandes ilusões
responsáveis pelos atuais erros cometidos no marketing e na publicidade.
16
TV NEGÓCIOS
o Que VocÊ PreTeNDe coM sua PubliciDaDe TeleVisiVa?
Estudo analisa a capacidade de penetração da televisão e o papel
dos planejadores nas propostas de comunicação dos anunciantes.
case
Laboratório São Marcos
No 616 outubro/2016
3
MERCADO
AS TRÊS
GRANDES
ILUSÕES DO
MARKETING E DA
PUBLICIDADE
bob Hoffman, hoje autor, consultor e palestrante, foi durante mais de
20 anos o líder de sua própria agência, a Hoffman/Lewis, além de ter
dirigido a criação e ter sido CEo de outras. Em sua carreira, atendeu
dezenas de grandes marcas, como McDonald´s, toyota, Shell, Nestlé,
blue Cross, Chevrolet, Pepsico, bank of America e At&t. É essa ampla experiência, temperada com mordacidade e um senso crítico bem
acima do padrão, que ele emprega em seu mais recente livro, Marketers are from Mars, consumers are from New Jersey, que consolida
dezenas de artigos e palestras feitas nos últimos tempos sobre o estado atual do marketing e da propaganda e os muitos erros que têm
sido cometidos em função da ânsia de tudo mudar para adequar essa
atividade aos tempos que estamos vivendo. o livro trabalha essencialmente as três grandes ilusões que se está vivendo: a ilusão da marca,
do digital e da idade. Na resenha feita nesta edição é possível saber a
essência dos pensamentos de Hoffman, muito úteis para quem deseja
obter maior retorno para os investimentos feitos em propaganda.
4
No 616 outubro/2016
No 616 outubro/2016
5
MERCADO
bob Hoffman aponta no prefácio de seu livro algumas das
razões pelas quais ele considera que o marketing e a propaganda vivem em meio a uma era de ilusões de proporções épicas: um enorme exagero no papel das marcas,
a mutilação do papel das agências, o erro de considerar
alguns gimmicks como tendências, a desconsideração do
segmento mais poderoso de mercado que já houve na história, o whishful thinking com relação às mídias sociais e as
fraudes da mídia digital.
Logo no primeiro capítulo, o autor explica o título do livro, Publicitários são de Marte, consumidores são de Nova Jersey,
lembrando que essas duas “espécies” vivem em mundos diferentes(1). Enquanto os executivos de marketing e os publicitários pensam em termos de um mercado idealizado, os consumidores, as pessoas normais, vivem com os pés no chão.
As pessoas têm necessidades simples e buscam soluções
que sejam as mais fáceis para atender a seus desejos. os
profissionais de marketing são criaturas complicadas, com
estranhos hábitos e misteriosas crenças.
Eles não pensam de forma simples e acreditam que há
forças que interferem na mente dos consumidores que
só profissionais altamente treinados são capazes de interpretar. E com frequência se esquecem que as massas de
consumidores (que dão escala para os negócios) escolhem
produtos e serviços porque são baratos, gostosos, bonitos,
funcionam melhor ou são mais acessíveis.
Fechando esse primeiro capítulo, Hoffman ressalta que
consumidores querem simplicidade e os profissionais de
marketing tendem a complicar as coisas.
Após alguns capítulos detalhando as anomalias do marketing e da publicidade nos últimos anos, o autor destaca as profecias de que a tV morreu, a publicidade
morreu e, mais recentemente, o marketing morreu. Na
sua análise, nada disso é de fato verdade e decorre de
algumas ilusões que têm dominado o marketing e a publicidade, estimuladas por novos fornecedores e profissionais que pretendem ocupar seu espaço no mercado
de serviços de marketing e comunicação e têm feito isso
atacando as fórmulas do passado, que até podem estar
um pouco cansadas, mas continuam oferecendo resultados bem mais sólidos que as soluções que pretendem
substituí-las.
Como bem define Hoffman, essas pessoas e empresas
operam seguindo a lógica de que “quanto mais eles conseguem convencer os anunciantes (e os dirigentes das
Muito o que nós,
do marketing e
da publicidade,
chamamos de
“lealdade” de marca
é, na perspectiva
dos consumidores,
simplesmente
hábito, conveniência,
satisfação média
e facilidade/
conveniência de
encontrar/usar.
agências) de que tudo está mudando – e de que eles são
essenciais para interpretar e operar as mudanças –, mais
garantem seus empregos e seus negócios”.
Na sequência, o autor desenvolve o que chama das três
grandes ilusões do marketing e da publicidade atuais: a ilusão da marca, do digital e da idade. Essas ilusões derivam
de um fundo de verdade, ou seja, a força da marca, as
novas oportunidades do digital e a relevância dos segmentos mais jovens, mas são muito exagerados e colocados
como revolucionários, e não evolucionários, como de fato
são, chegando ao ponto de fazer mais mal do que bem aos
negócios no presente momento do mercado.
(1) Seria como considerar que profissionais de marketing e publicidade pensam
nos Jardins ou no Leblon e seus clusters equivalentes em outras poucas dezenas
de cidades, enquanto a massa do mercado está na Zona Norte, na periferia, na
baixada Fluminense e assim por diante, em centenas dos municípios com diferente potencial de mercado.
6
No 616 outubro/2016
MERCADO
a ilusão da marca
o primeiro grande erro dos anunciantes é pensar que outras pessoas além deles realmente se preocupam com suas
marcas. “Criar uma marca forte”, destaca Hoffman, “deve
ser o objetivo primordial de cada empresa, e a função principal da publicidade é justamente criar marcas fortes. Mas
o nosso setor tem deformado essas verdades e as transformou em tolas fantasias. Há uma crença generalizada de
que os consumidores estão apaixonados pelas marcas,
de que eles querem ter experiências e relacionamentos de
marca e estar pessoalmente envolvidos com elas, ler e contar histórias de marcas. tudo isso é uma grande bobagem.
A nossa atividade passou quase dez anos e empregou bilhões de dólares exortando as pessoas a participar da conversa com as marcas, mas ainda não está bem claro o que
é ‘conversa de marca’.”
No 616 outubro/2016
Como resultado de
toda a nossa confiança
na tecnologia digital,
fizemos coletivamente
um desvio muito
imprudente da lógica.
Assumimos que a
tecnologia digital tem
tornado irrelevante tudo
o que existia antes dela.
7
MERCADO
O autor lembra que “as pessoas têm empregos instáveis
e famílias instáveis, têm doenças, têm dívidas, têm máquinas de lavar roupa que não funcionam, têm crianças que
são infelizes, têm um monte de coisas para se preocupar
profundamente, e é muito imprudente acreditar que eles se
preocupam profundamente com os outros produtos que
consomem e suas marcas”.
Hoffman lembra que “muito do que nós, do marketing e
da publicidade, chamamos de ‘lealdade’ de marca é, na
perspectiva dos consumidores, simplesmente hábito, conveniência, satisfação média e facilidade/conveniência de
encontrar/usar”.
Para ele, “as marcas são muito importantes para nós, do
marketing, e muito ‘desimportantes’ para a maioria dos
consumidores. Por favor, leia essa frase novamente...”.
“Há marcas com as quais cada um de nós”, continua o
autor, “temos fortes ligações? Claro. Existem marcas que
adquirimos regularmente? Com certeza. Nossas ligações
com algumas marcas são fortes e emocionais? Certamente. O problema é que compramos marcas em centenas de
categorias e temos ligações sólidas apenas com uma parte
delas.”
Assim como, assegura, “a verdadeira razão do sucesso das
marcas de massa não é a quantidade de consumidores que
elas tem, mas sim quantos consumidores no total elas conquistaram e mantêm”.
A ilusão do digital
A outra falsa crença que Hoffman garante que está prejudicando a atividade publicitária é o exagero sobre a importância do digital. “Como resultado de toda a nossa confiança na tecnologia digital”, analisa, “fizemos coletivamente
um desvio muito imprudente da lógica. Assumimos que a
tecnologia digital tem tornado irrelevante tudo o que existia antes dela. Por mais de uma década, temos ouvido e
lido sobre como a revolução digital estava mudando tudo,
como o digital estava matando a publicidade e o marketing
tradicional, como ia liquidar tudo no seu caminho.”
“No entanto”, continua, “basta caminhar pelas ruas, em todos os lugares, e ver nos hambúrgueres, nos ônibus, nas
camisetas, nas peças do mobiliário urbano, em cada canto
urbano do planeta, que vivemos cercados pela publicidade – que inclusive está presente em todos os momentos
do meio de comunicação mais consumido pela massa da
população, que é a TV.”
“Enquanto isso”, lembra Hoffman, “o digital está infestado de
fraudes e oferece números obscuros e contaminados pelo
viés de quem os contabiliza, que são os próprios operadores
8
das mídias digitais. Apesar disso, os anunciantes estão derramando mais e mais dinheiro em publicidade on-line. Eles
não sabem o que estão comprando, não sabem até mesmo
de quem estão comprando, nem sabem direito pelo que estão pagando.”
O autor lista uma série de fatos capazes de deixar qualquer
anunciante de cabelos em pé e seriamente desconfiado sobre se usar e como usar o digital. Mas a grande maioria
desses fatos é ignorada, mesmo quando conhecida, pelos
profissionais de marketing e publicitários.
Um desses fatos, como destacou o The Wall Street Journal, é a fraude, referindo-se a um estudo da comScore que
constatou que 54% dos anúncios tipo display pelos quais
os anunciantes pagaram, na realidade jamais foram vistos
por um ser humano.
Outro ponto, segundo Hoffman, é o erro em apostar em
uma improvável interatividade dos consumidores com a
No 616 outubro/2016
MERCADO
publicidade. “Por anos”, pontuou, “o setor sonhou com a
interatividade, que faria a propaganda ser mais relevante e
efetiva como jamais havia sido o monólogo das mídias de
massa. Com o advento do digital se imaginou que o sonho
se tornaria realidade, mas a fantasia bateu de frente com a
realidade de que as pessoas normais demonstraram quase
nenhum interesse em interagir com a publicidade.”
Na verdade, em sua análise, essa possibilidade de interação se tornou até mesmo contraproducente e transformou
a interação, na grande maioria dos casos, em uma inimiga
da publicidade.
A exceção, lembra, é quando o consumidor está fazendo
compras, está buscando alguma coisa para efetivamente comprar. Neste caso, a interatividade do digital é muito
bem-vinda – e é o que faz do searching a grande força da
mídia digital.
Mas para a publicidade dita de marca e mesmo boa parte
No 616 outubro/2016
Os números de
interação efetiva
das pessoas com as
marcas através das
mídias sociais são
próximos do irrelevante,
especialmente quando
comparados com a
força avassaladora da
mídia de massa mais
utilizada, a televisão.
9
MERCADO
da comunicação promocional, a interatividade mais atrapalha que ajuda.
Especialmente desastroso para o marketing e a publicidade
tem sido, na visão de Hoffman, a aposta nas mídias sociais
como uma substituta mais efetiva que a propaganda tradicional. os números de interação efetiva das pessoas com
as marcas através das mídias sociais são próximos do irrelevante, especialmente quando comparados com a força
avassaladora da mídia de massa mais utilizada, a televisão.
todas as marcas de massa que se aventuraram a apostar nessa alternativa, em detrimento dos investimentos em
tV, terminaram com fortes revezes em termos de volume
de vendas, market share e força da marca, segundo uma
variada fonte de relatos, como o livro destaca em diversos
capítulos.
O erro de não levar
os consumidores
maduros a sério pode
ter consequências
desastrosas para a
maioria das
marcas de produtos e
serviços.
a ilusão da idade
A terceira ilusão apontada e comentada por Hoffman em
seu livro é a da idade: “os executivos de marketing e os
publicitários estão muito preocupados em obter a atenção
dos jovens, dos millennials, quando na realidade o mercado
mais lucrativo é o da faixa acima dos 50 anos”.
o autor provoca: “Sabe todos os millennials que vemos em
anúncios de carros? Nos Estados unidos, as pessoas com
idade acima de 75 anos compram seis vezes mais carros
novos que as pessoas com idade entre 18 e 24. o que leva
a me perguntar se seria mesmo uma boa ideia evitar falar
e mostrar essas pessoas de mais idade na publicidade de
carros...”.
“Enquanto aqueles com mais de 50 anos”, diz Hoffman,
“tendem a ter muito mais dinheiro e tempo livre para gastar do que os seus filhos e filhas, proporcionalmente muito
pouco das verbas dos anunciantes é direcionado para a
geração mais velha. De acordo com os dados da Nielsen,
as pessoas com mais de 50 são o target mais importante
na história do marketing. Nos EuA, eles são responsáveis
por 50% de todos os gastos feitos pelos consumidores e
controlam cerca de 70% da riqueza do país. No entanto, as
pessoas com mais de 50 anos são alvo de apenas 10% de
atividade de marketing nos EuA.”
“Penso”, ironiza o autor, “que a maioria dos anunciantes escolhe os jovens como alvo principal porque observa todos
os outros fazendo isso e assume que em algum lugar alguém deve saber por que está fazendo isso.”
o erro de não levar os consumidores maduros a sério
pode ter consequências desastrosas para a maioria das
marcas de produtos e serviços, pois a realidade é que o
10
segmento de mais de 50 anos nos Estados unidos seria
o terceiro mercado do mundo, atrás apenas dos Estados
unidos como um todo e da China, como destacou Hoffman.
atenção com as tendências
o autor também destacou um ponto relevante para fazer
todos os profissionais de marketing e publicitários refletirem
bastante: o excesso de “tendências” dessa área, quantidade só comparável em ritmo à da música popular e da moda.
Ele lembra que a cada dois ou três anos a atividade inventa
um novo milagre que leva a esmagadora maioria de seus
profissionais a correr cegamente atrás. Às vezes são milagres de mídia, como as chamadas redes sociais. Às vezes
são milagres tecnológicos, como o big data. E qualquer que
seja a área, tipo e jeito do milagre, seus defensores asseguram que ele vai mudar tudo, que vai fazer décadas de
experiência se tornarem obsoletas.
Para Hoffman, existe de fato apenas um único e solitário
No 616 outubro/2016
MERCADO
milagre em nossa atividade: chama-se “ideia” – o milagre
de uma grande ideia criativa. Mas até porque fazer esse
milagre não é tarefa nada fácil e demanda talentos excepcionais e competências elevadas, a maioria dos praticantes
da atividade tenta vender o tipo errado de milagre.
Nesse campo da concepção das grandes ideias de mar­
keting e comunicação, o autor lembra que o talento e a
experiência são insubstituíveis, que não há algoritmo sofisticado capaz de entregar os mesmos resultados. Sua crença
é a de que criativos realmente bons são capazes de trabalhar sobre o que ele chama de precision guessing(2) e que
não tenham medo de vender, indo na contramão de muitos
profissionais da área de publicidade que não entendem que
a tarefa central da atividade sempre foi e continua sendo
“vender”.
Hoffman também chama a atenção para o excesso de teorização e análise no campo do marketing e da publicidade
e compara isso com os jogos esportivos que se tornaram
(2) Poderia ser traduzido para “adivinhação com precisão” ou “adivinhação com
foco”.
campeões de audiência. As pessoas vão ao campo e assistem às transmissões na TV para ver o talento dos jogadores, e não a performance dos árbitros. Dessa forma,
quando a publicidade dá mais atenção a seus teóricos e
analistas, ela coloca os jogadores, que são os criativos, em
segundo plano e fazem o produto da área de marketing e
das agências ser bem menos eficiente em termos de cumprir sua tarefa de vender.
E disso deriva outro problema da ilusão do digital, que seria
sua capacidade de tudo mensurar e analisar, que à primeira vista parecia uma vantagem, mas na prática também
se mostrou contraproducente, pois “o negócio da propaganda é a propaganda”, como frisou, e “não há análise
que compense a ausência de uma grande ideia criativa e
vendedora”.
Por fim, como bem coloca o autor tanto na obra quanto em
suas apresentações, “A atividade de marketing e publicidade tem gasto muito tempo em outro planeta. Nós precisamos voltar para a Terra e os reais consumidores, que fazem
e garantem o sucesso das marcas”.
No 616 outubro/2016
11
MERCADO
A TV NÃO ESTÁ MORTA, ELA NEM MESMO
bob Hoffman mantém uma newsletter regular na qual vai direto ao ponto e dá informações muito contundentes
sobre fatos do mercado. Em um de seus números, aborda a questão da anunciada e jamais concretizada morte
da tV, que na verdade se reflete na crescente força desse meio no mercado americano. Como diz um insuspeito
observador, o fundador e CEo da Amazon, Jeff bezos: “Estamos vivendo a era de ouro da televisão”.
Hoffman reproduz três gráficos muito significativos nessa mesma edição de sua newsletter.
o primeiro mostra que de acordo com o bureau de Estatísticas dos Estados unidos, a tV suplanta qualquer outra
atividade de lazer e entretenimento da população, tanto no final de semana como nos dias úteis.
a TV ultrapassa todas as outras atividades de lazer combinadas
MÉDIA DE MINutoS DIÁrIoS QuE AMErICANoS GAStAM CoM AtIVIDADES DE LAZEr, 2014
DIAS DE SEMANA
FIM DE SEMANA
156
Vendo TV
Socializando/conversando
Jogando/usando computador
Lendo
Esportes, exercícios, recreação
Relaxando/pensando
Outras atividades/esportes
35
25
31
19
21
17
20
16
19
20
37
201
61
Fonte: bureau of Labor Statistics.
Todas as marcas de massa que se aventuraram a apostar nessa
alternativa, em detrimento dos investimentos em TV, terminaram
com fortes revezes em termos de volume de vendas, market
share e força da marca.
12
No 616 outubro/2016
MERCADO
PEGOU UM RESFRIADO
como as pessoas consomem conteúdo em vídeo
PIVotAL rESEArCH GrouP, 3º trIMEStrE/2015
o segundo gráfico demonstra
que a ideia de assistir à
programação linear da tV não
está superada, ao contrário,
suplanta todas as demais
alternativas. Enquanto 79%
do consumo de vídeo é na
forma tradicional, 9% é da
programação alternativa de
tV (time-shifted), 5% através
de tablets e smartphones,
4% via devices multimídia e
3% via DVD ou blue-ray.
3%
4%
5%
DVD / Blue-Ray
Aparelho multimídia
Computador /
tablet / telefone
TV ao vivo
79%
TV time-shifted
9%
consumo semanal de vídeo por minuto
MINUTOS
2000
NIELSEN, total Audience report,
3º trimestre 2015, Adultos 18+
1.922
1500
1000
500
0
83
Na TV
No computador
16
No smartphone
o terceiro mostra o consumo de vídeo por minuto semanalmente e foi levantado pela nova pesquisa de
audiência total, multimeios, da Nielsen. A tV é a opção consumida por 1.922 minutos por semana, o PC é
utilizado para ver vídeos por 83 minutos a cada semana, e o smartphone é a opção de visualizar vídeo em
16 minutos semanais. Isso para a população americana de 18 anos ou mais no terceiro trimestre de 2015.
No 616 outubro/2016
13
MERCADO
Entrevista com Bob Hoffman
“Há muita pressão para profis
e publicidade aceitarem os ba
BIP – Quais as principais razões dessa miopia dos jovens
profissionais de marketing e publicidade? Eles estão vendo o mundo mais pela própria perspectiva de suas vidas
do que pela observação neutra do que acontece com a
maioria dos consumidores? Há alguma outra razão que se
destaca?
HoFFMaN – Eles estão apenas refletindo o que lhes foi ensinado. Durante mais de 20 anos, as escolas de negócios,
os departamentos de publicidade dessas escolas e as faculdades de arte (*) têm ensinado princípios e práticas questionáveis aos estudantes de publicidade e de marketing.
BIP – A TV tem sido a mídia publicitária dominante por muitos anos e permanece a mais efetiva e para onde é destinada a maior parte dos recursos dos anunciantes. Por quais
razões muitos criativos têm tanta resistência em admitir isso
e tanto incensam uma mídia que apresenta tantos problemas, como o digital?
HoFFMaN – Duas razões: primeiro, mais uma vez a escola lhes ensinou que a tV é um meio que está morrendo.
Em segundo lugar, a mídia em geral e o jornalismo desenvolveram uma narrativa que tem convencido muitas pessoas crédulas de que a tV não é mais relevante. Junto
com isso, as falhas e os problemas dos meios digitais têm
sido largamente ignorados e encobertos pela indústria da
publicidade.
(*) Nos EuA não há faculdade de publicidade. As escolas de negócios e administração ensinam a atividade em cadeiras e departamentos especializados na
área para os alunos que irão se dedicar ao atendimento, planejamento e mídia,
enquanto as faculdades de arte têm cadeiras e departamentos especializados
em publicidade para quem deseja trabalhar na área criativa e de produção.
14
No 616 outubro/2016
MERCADO
sionais de marketing
ixos resultados da web”
BIP – Por que a alta direção das empresas anunciantes tem deixado que se façam tantas experiências com seus recursos de marketing em
detrimento das fórmulas e mídias que tradicionalmente produzem mais resultados?
HoFFMaN – Qualquer um que questione a eficácia da mídia digital é imediatamente rotulado
como antiquado e “por fora”. Ninguém nas indústrias de marketing e publicidade quer esse rótulo. Por conseguinte, a pressão para se aceitar os
baixos resultados da web é irresistível.
BIP – Para a área de marketing e publicidade,
além da deficiência de visão e de clareza dos profissionais, os principais problemas poderiam ser
falta de competência estratégica e de capacidade criativa?
HoFFMaN – Acredito que muitos dos problemas
que estamos tendo devem-se ao fato de que a
web é um meio mais adequado para as vendas
diretas, e não de construção de marca. o resultado é que temos treinado nosso pessoal para que
sejam táticos, não estratégicos.
outro problema é que pessoas criativas talentosas estão se afastando da publicidade por causa
dos novos procedimentos corporativos. Conseguir fazer propaganda de qualidade exige um
processo de aprovação diferente do que está
sendo empregado, pois a maioria das pessoas
que estão nessa cadeia decisória não é adequada para fazer bons julgamentos criativos.
“Os anunciantes
estão derramando mais
e mais dinheiro em
publicidade on-line.
Eles não sabem o que
estão comprando,
eles não sabem até
mesmo de quem estão
comprando, eles nem
sabem direito pelo que
estão pagando”
No 616 outubro/2016
15
tv negócios
16
No 616 outubro/2016
tv nEgóCiOs
O QUE VOCÊ
PRETENDE COM
SUA PUBLICIDADE
TELEVISIVA?
A televisão é infinitamente
versátil e flexível. Ela tem a
capacidade de cumprir uma
série de tarefas que vão desde
lançar uma marca de alto nível
para toda a população de um
país até incentivar jovens de
18 anos a se matricular em
determinada universidade.
Aqui estão apenas alguns dos
objetivos que os planejadores
costumam encontrar na
proposta de comunicação de
um anunciante.
thinkbox é a entidade britânica que cuida da promoção
mercadológica da televisão em todo o reino unido.
Como fruto da parceria firmada com eles, o bIP traz seus
conteúdos exclusivamente para o mercado brasileiro.
No 616 outubro/2016
17
tv negócios
Reposicionar Marcas
Mudar a percepção a respeito de uma marca é uma
das tarefas mais árduas que um anunciante pode ter.
Ele precisa apagar as atuais associações, crenças
e sensações a respeito da marca e substituí-las por
novas. Essa tarefa requer uma mídia capaz de criar
novas associações fortes e reprogramar o cérebro,
como a TV.
Por exemplo, a Tesco queria chamar a atenção para
sua linha de brinquedos e conseguiu isso posicionando-se como uma loja de brinquedos confiável e combinando TV aberta com conteúdo digital.
O patrocínio pode ser uma forma altamente eficaz e
sutil de reposicionar uma marca. Associações implícitas com um programa podem ser transferidas para a
marca com sucesso, ao passo que comerciais com
um argumento mais direto podem sofrer rejeição. O
licor irlandês Bailey’s ficou famoso por se tornar uma
bebida muito sensual depois de patrocinar o seriado
Sex and the City por muito tempo.
Mudar Comportamentos
Nem toda publicidade está ligada ao consumo. Às vezes o objetivo da publicidade é convencer as pessoas a
mudar o que fazem. O mais interessante de tudo é que
a Volvo aumentou a percepção a respeito da marca
para torná-la mais desejável e virou parceira do canal
Sky Atlantic por dois anos. Após apenas cinco meses,
houve aumentos significativos na avaliação da imagem
da marca entre os telespectadores que viram o patrocínio na TV. A Volvo passou a ser vista como uma marca
mais inovadora, atual e moderna com maior reputação
de qualidade. Também houve aumentos em métricas
da marca, como carisma, consideração e recomendação. O mais importante de tudo é que a Volvo aumentou significativamente as vendas, com um crescimento
no mercado de quase três vezes.
Algumas campanhas de mudança de comportamento têm que desafiar hábitos de longo prazo e até dependências químicas. Muitas campanhas notórias de
saúde pública e segurança, desde o uso do cinto de
segurança até o combate ao fumo, têm usado o poder emotivo da TV para chegar às pessoas que provavelmente preferiam não vê-las. Elas também são
capazes de atrair famílias e amigos para a causa.
Mas as marcas comerciais também precisam que nós
mudemos de comportamento. A campanha “Turn to
18
30” do sabão em pó Ariel usou a TV para nos
fazer reduzir o consumo de água da máquina
de lavar; Andrex conseguiu convencer as pessoas a mudarem para papel higiênico úmido
usando o poder emotivo da TV; e os trens East
Coast usaram a TV para sensibilizar os clientes
e aumentar as vendas on-line.
Uma técnica de planejamento de mídia relevante para a mudança de comportamento é
a frequência e a onipresença. Uma boa mescla de programas e materiais comerciais pode
funcionar muito bem. Conteúdos de marca
de maior duração, como um infomercial ou
um programa financiado por publicidade, são
uma excelente forma de fornecer a inspiração
e a ajuda prática para fazer alguém mudar sua
vida para melhor.
No 616 outubro/2016
tv negócios
Gerar Resposta
A televisão é altamente eficiente em gerar respostas, seja
diretamente em uma loja ou tornando mais eficiente a publicidade de resposta em outras mídias.
Resposta direta
Todo mundo sabe que os varejistas usam a TV para maximizar o sucesso de qualquer promoção: vendas sazonais, ofertas de produtos, inauguração de lojas etc. Mas as marcas
também podem usar a capacidade da TV para levar as pessoas a comprarem diretamente on-line ou off-line. Desde os
anos 1980, os anúncios de TV trazem números de telefone,
e foi desenvolvida toda uma ciência sobre como estimular a
resposta pelo telefone com eficiência de acordo com a capacidade do call center. Marcas de serviços financeiros diretos
foram construídas em grande parte com base na capacidade
da TV de gerar oportunidades e conquistar clientes.
Mas, com o crescimento da internet, as marcas também
estão incentivando a resposta em seus próprios sites, incluindo URLs e interagindo com os clientes através de links
de mídias sociais. As mídias sociais tornam-se cada vez
mais comuns no planejamento de comunicação. A Thinkbox examinou a ligação entre a TV e as mídias sociais em
diversos estudos, inclusive em um trabalho com o Twitter,
no qual investigou as atitudes em relação a elementos de
mídias sociais em campanhas televisivas.
Em uma época de múltiplas telas, os telespectadores usam
os mecanismos de busca com naturalidade para encontrar
as marcas de que ouvem falar na TV. Marcas fortes, celebrizadas através da TV, têm mais chance de ser encontradas em
buscas orgânicas em vez de links patrocinados. No entanto,
existe uma arte para maximizar a resposta de buscas para
campanhas televisivas. As pes­soas buscam não só pelos
nomes das marcas, mas também pelos slogans, músicas e
atores que veem na TV. Por isso, vale a pena garantir que seu
site reflita esses elementos do anúncio da TV para captar todo
o interesse que a TV gerou. Atualmente, cada vez mais marcas on-line estão investindo pesado na TV. De fato, três das
maiores marcas na TV no Reino Unido são marcas on-line.
A cara da publicidade de resposta mudou de forma radical na última década. O quadro agora é extremamente
complexo, e identificar o impacto e o papel de cada mídia
na resposta é um desafio constante. Por isso, no estudo
“TV Response, new rules, new roles” (Resposta à TV: novas regras, novos papéis) a Thinkbox encomendou uma
análise do GroupM sobre os efeitos de resposta de uma
vasta gama de canais. Estes incluíram anúncios de TV de
marca e de resposta direta, no rádio, na mídia impressa,
mídia exterior, mala direta, afiliados, display on-line e buscas
on-line pagas. Graças a uma combinação única de metodologias analíticas, incluindo modelagem econométrica e a
ferramenta Spotlift do GroupM (empresa de investimento
em mídia), os efeitos das comunicações foram medidos no
prazo imediato, de curto a médio prazo e a longo prazo.
Induzir respostas por outras mídias
Outras mídias, sobretudo a impressa, on-line e mala direta,
oferecem ótimos mecanismos de resposta. São frequentemente chamadas de “mídias de ativação”, pois a consciência e a consideração geradas pela TV podem ser ativadas
por elas. O perigo é que a contribuição da TV para a resposta dessas outras mídias seja incorretamente avaliada. O
estudo “TV Response, new rules, new roles” também evidenciou o papel da TV em induzir respostas indiretamente.
No 616 outubro/2016
19
tv negócios
É muito mais fácil
e barato manter os
clientes existentes
do que sair em
busca de novos. Por
isso a fidelização
é um fator-chave
para qualquer
marca/empresa.
Dessa forma, é
muito importante
lembrar a seus
atuais clientes por
que eles preferem a
sua marca.
Demonstração
Fidelização
Uma das maiores vantagens da TV é sua capacidade de
demonstrar. É muito importante a possibilidade de ver exatamente como o cortador de grama funciona, o aspirador
de pó limpa, o banco do carro reclina etc. Às vezes o telespectador precisa ver um produto em ação para compreender bem seus benefícios. É o poder da imagem em movimento acompanhada pelo som que torna a publicidade
televisiva tão poderosa. A demonstração indica aos telespectadores como consumir um novo produto. A Magners,
marca irlandesa de bebidas, lançou a moda de beber cidra
com gelo através de imagens provocantes de cubos de
gelo tilintando.
Há muito tempo os anunciantes da televisão usam a demonstração como recurso em seus comerciais. Por exemplo, vemos duas camisas brancas, uma brilhante depois de
ser lavada com a marca anunciada e a outra um pouco
menos.
É muito mais fácil e barato manter os clientes existentes
do que sair em busca de novos. Por isso a fidelização é
um fator-chave para qualquer marca/empresa. Dessa forma, é muito importante lembrar a seus atuais clientes por
que eles preferem a sua marca. Enviar publicidade por mala
direta com a fatura do mês como parte de seu programa de
fidelização é uma forma eficiente de se comunicar com os
clientes, mas não é o bastante.
Uma campanha televisiva é capaz de fazer um cliente sentir orgulho de “sua” marca, lembrá-lo do porquê de tê-la
comprado pela primeira vez e de todos os seus elementos
positivos, além de manter a sensação positiva e agradável
quanto à escolha de marca. Sobretudo, ela evita os avanços das demais marcas que querem pôr as mãos em seus
clientes.
20
No 616 outubro/2016
tv negócios
A TV é, sem
dúvida, a mídia
mais eficaz para
lançar marcas. Ela
combina a escala
e o alcance que
uma nova marca
necessita com o
impacto e o poder
de persuasão.
Nenhuma outra
mídia consegue
oferecer essas
duas qualidades.
Lançar Marcas
A TV é, sem dúvida, a mídia mais eficaz para lançar marcas. Ela combina
a escala e o alcance que uma nova marca necessita com o impacto e o
poder de persuasão. Nenhuma outra mídia consegue oferecer essas duas
qualidades.
Consciência é outra forma de dizer fama. Quase todo mundo assiste à TV.
A TV comercial alcança 98% das pessoas todo mês (Fonte: Barb). Fala-se
muito em fragmentação, mas o fato é que as campanhas televisivas conseguem cobertura com a mesma rapidez de sempre e com o mesmo nível
de audiência. Em termos reais o mesmo nível de audiência custa menos
agora do que nos anos 1980.
Porém não se trata só de fama e consciência. É a natureza da experiência
televisiva que dá às novas marcas controle sobre as emoções e memórias
dos telespectadores a longo prazo. A neurociência já provou que imagens
em movimento com som estimulam principalmente nossas emoções e nossa memória de longo prazo. A publicidade, quando vista em um estado
relaxado, não é filtrada pela função cognitiva do cérebro, evitando assim
a triagem consciente e a rejeição que as mídias mais racionais apresentam. A publicidade televisiva cria conexões emocionais ricas e profundas
e associações positivas, disparando sinapses que acabam por se fixar. A
publicidade televisiva consegue criar o lugar no cérebro onde uma nova
marca pode morar.
No 616 outubro/2016
Integração e narrativa
As pessoas levam uma vida multimídia. Mas
todas as evidências sugerem que colocar a
TV no centro de uma campanha integrada vai
melhorar o desempenho de cada uma das demais mídias.
A narrativa é a forma de comunicação humana
mais poderosa, o que vale tanto para marcas
como para religião ou educação. As campanhas televisivas podem estabelecer uma narrativa, talvez com um elenco de personagens,
que terá repercussão mais tarde quando forem
vistas em mídias mais estáticas.
A TV estabelece os elementos-chave da marca – o logotipo, os slogans, a música etc. –
em um contexto de mídia avançada de modo
que, quando qualquer componente individual
é usado em outra mídia, é capaz de evocar
as memórias da comunicação mais completa da TV. O uso de músicas ou personagens
de anúncios da TV no rádio pode provocar
uma memória visual, contanto que esteja lá.
Da mesma forma, campanhas baseadas em
mídia impressa e cartazes estáticos são mais
impactantes e fazem mais sentido depois de
serem estabelecidas por meio de imagens
em movimento. Por exemplo, uma recente
campanha da Comparethemarket.com, site
britânico de comparação de preços, teve um
anúncio de rádio estrelado pelo suricate Aleksandr. Se você não tivesse visto o anúncio na
TV, a campanha de rádio faria pouco sentido.
O patrocínio de programas e os conteúdos de
marca oferecem um excelente veículo de integração para as marcas. Um patrocínio bem
explorado pode transferir as associações do
programa para todos os aspectos do marketing de uma marca: relações públicas, comunicações em embalagens, em lojas, eventos,
com funcionários, promoções para clientes,
bem como publicidade em outras mídias. Um
fantástico exemplo disso é como a marca Iceland se desenvolveu e melhorou constantemente sua longa parceria com o programa da
ITV I’m A Celebrity Get Me Out of Here* por
nove anos.
*Franquia de programa de TV. É um jogo entre celebridades
que têm que sobreviver por diversas semanas em uma selva e
competir para serem coroados “rei ou rainha da selva”.
21
tv nEgóCiOs | CASE
SUCESSO EM CAMPANHA NA
GLOBO INCENTIVA LABORATÓRIO
SÃO MARCOS A AMPLIAR REDE
Empresa planeja expansão para cidades na área de cobertura da Globo Minas.
Quando os clientes entram em uma das 60 unidades do
Laboratório São Marcos não encontram senhas. Logo na recepção, um totem anuncia: “Aqui não tem senha, tem coração”. O atendimento humano, feito com carinho, é a marca
de uma das empresas de saúde mais tradicionais de Minas
Gerais. Com 70 anos, o Laboratório São Marcos fortalece
sua participação no mercado com campanhas na TV Globo
Minas e no G1/MG.
Para fazer a comunicação do laboratório, o São Marcos teve
o apoio da Agência Loggia. A campanha colocou a empresa
em destaque no mercado. “Dez anos atrás, éramos apenas
mais uma empresa no cenário competitivo dos laboratórios.
Hoje, temos 30% de market share”, fala o diretor-geral, Bruno Cerqueira.
A Loggia criou a nova marca – um coração. A agência produziu filmes que reforçam a ideia de excelência no atendimento e na qualidade dos serviços. A campanha olhou especialmente para os clientes e suas famílias. “A gente quer
o cliente em todas as fases da vida dele”, diz Bruno, enquanto ressalta o índice de 99% de retenção que o laboratório conquistou com a campanha na Globo. Os comerciais
mostraram a distribuição das unidades, a coleta domiciliar, a
tecnologia e a confiabilidade dos exames, além dos novos
serviços. “O São Marcos está hoje entre os três maiores
em serviços de vacina em Minas”, comemora o executivo.
No G1/MG, um Especial Publicitário divulgou informações
sobre prevenção, cuidados e os testes rápidos para diagnóstico da dengue.
A estratégia mobilizou os funcionários e a campanha reverberou nas mídias sociais. Na estreia, as equipes postaram
selfies durante a exibição dos anúncios na TV. A veiculação
na Globo foi motivo de orgulho e promoveu o comprometimento com as metas da campanha entre os mais de 900
funcionários. Da verba, quase 80% foram investidos na Globo, em programas de maior afinidade com o público do São
Marcos, como Bom Dia Minas, Mais Você, Bem Estar e nos
intervalos do MGTV 2ª Edição, Jornal Nacional e Novela III.
O sucesso foi tanto que a empresa planeja abrir novas unidades em cidades na área de cobertura da Globo Minas.
22
“A Globo nos ajuda na busca desses
resultados. Em todas as regiões, há
um cliente São Marcos, e o laboratório
está preparado para atender a todas as
particularidades“.
bruno Cerqueira, do Laboratório São Marcos
ESTRATÉGIA
SETOR
OBJETIVO
MERCADOS
Medicina Diagnóstica
Divulgar reposicionamento
BH
SOLUÇÃO
Campanhas na TV Globo Minas
e no G1 MG
RESULTADO
99% de retenção de clientes e
30% de market share
No 616 outubro/2016
SAIbA MAIS:
CoNSuLtE o AtENDIMENto CoMErCIAL DA rEDE GLobo DA SuA rEGIÃo.
38º
PROFISSIONAIS
DO ANO
®
O Prêmio Profissionais
do Ano® chega a sua
38ª edição.
Este ano, foram 1091
comerciais inscritos, sendo
348 na Classe Nacional e
743 na Classe Regional.
Nesta edição do BIP,
revelamos os vencedores
regionais.
NO 616 OUTUBRO/2016
1
CAMPANHA
DIREÇÃO DE CRIAÇÃO
MAURÍCIO GARDENAL
CRIAÇÃO
MAURÍCIO GARDENAL
JULIANO SHIGUERU
FABIANA GASPAR
MAURÍCIO MORAES
DÉBORA JANUÁRIO DA ROSA
FRANCIELLE LOPES
ADRIELE HONORATO
DIREÇÃO
CACO SOUZA
SUL
PRA VOCÊ
PRODUTORA DE SOM
MSG AUDIO DESIGN
(CAMPINAS/SP)
MÍDIA
FABIANA GASPAR
ATENDIMENTO
MAURÍCIO GARDENAL
VE N CE D ORE S DA CL ASSE REGION AL
VE N CE D ORE S DA CL ASSE REGION AL
SUDESTE INTERIOR
CAMPANHA
DIREÇÃO DE CRIAÇÃO E CRIAÇÃO
ROBERTO PHILOMENA
MAURICIO OLIVEIRA
MÍDIA
SANDRA SILVA
MAGALI BARROS
DIREÇÃO
JOSÉ PEDRO GOULART
ATENDIMENTO
MAYRA BAGGIOTTO
ANGÉLICA COLLET
ANDRÉIA DA COSTA
PRODUTORA E PÓS-PRODUTORA
MÍNIMA
(PORTO ALEGRE/RS)
APROVADO POR
CÍCERO DALLA VECCHIA
GIÁCOMO DALLA VECCHIA
NATALE DALLA VECCHIA
ROBERTO BENITO
SÓ NÃO DÁ PRA ECONOMIZAR
PRODUTORA DE SOM
ENOISE ÁUDIO
(SÃO PAULO/SP)
APROVADO POR
AIRTON ALBERTO ZAFFARI
DENIS ALESSANDRO
AZEVEDO DA SILVA
ANUNCIANTE
ZAFFARI
(PORTO ALEGRE/RS)
AGÊNCIA
MATRIZ
(PORTO ALEGRE/RS)
PRODUTORA E PÓS-PRODUTORA
PAPRIKA FILMES
(CAMPINAS/SP)
ANUNCIANTE
LOJAS CEM
(SALTO/SP)
AGÊNCIA
PUBLICEM
(SALTO/SP)
MERCADO
DIREÇÃO DE CRIAÇÃO
DANIEL ZINI
CRIAÇÃO
DANIEL ZINI
BRUNO MOTA
JÉSSICA REIS ROSA
DIREÇÃO
THIAGO VIEIRA
PRODUTORA E PÓS-PRODUTORA
PAPRIKA FILMES
(CAMPINAS/SP)
ANUNCIANTE
CIA ATHLETICA
(CAMPINAS/SP)
2
VAZIO
MERCADO
PRODUTORA DE SOM
MSG AUDIO DESIGN
(CAMPINAS/SP)
DIREÇÃO DE CRIAÇÃO
ROBERTO PHILOMENA
MAURICIO OLIVEIRA
MÍDIA
MAUREN BENDER
CRIAÇÃO
ROBERTO PHILOMENA
ATENDIMENTO
JULIANA MASSAIOLI
DIREÇÃO
FRED LUZ
APROVADO POR
EDWARD BILTON
PRODUTORA
ZEPPELIN FILMES
(PORTO ALEGRE/RS)
PRODUTORA DE SOM
CROACIA (SÃO PAULO/SP)
AGÊNCIA
PORTAL PUBLICIDADE
(CAMPINAS/SP)
ANUNCIANTE
ZAFFARI
(PORTO ALEGRE/RS)
NO 616 OUTUBRO/2016
LEMBRANÇAS
PÓS-PRODUTORAS
PSYCHO N’ LOOK
(SÃO PAULO/SP)
ZEPPELIN FILMES
(PORTO ALEGRE/RS)
MÍDIA
MAGALI BARROS
SANDRA SILVA
ATENDIMENTO
MAYRA BAGGIOTTO
ROSA MARIA BUENO
APROVADO POR
AIRTON ALBERTO ZAFFARI
DENIS ALESSANDRO
AZEVEDO DA SILVA
AGÊNCIA
MATRIZ
(PORTO ALEGRE/RS)
NORTE-NORDESTE
CAMPANHA
SUPERE-SE
DIREÇÃO DE CRIAÇÃO
RODRIGO ALMEIDA
ANTONIO FOLHA
PRODUTORA DE SOM
SAXSOFUNNY OM
(SÃO PAULO/SP)
CRIAÇÃO
RODRIGO ALMEIDA
ANDRÉ NEVES
ANTONIO FOLHA
JOÃO BRUGGER
BRUNO HOLANDA
MÍDIA
LAURA TAVARES
DIREÇÃO
RODRIGO ALMEIDA
ATENDIMENTO
MARCO SIQUEIRA
APROVADO POR
MARCONI PERILLO
LUIZ SIQUEIRA
PRODUTORA E PÓS-PRODUTORA
SIRIGUELA STUDIO
(GOIÂNIA/GO)
ANUNCIANTE
DETRAN-GO
(GOIÂNIA/GO)
MERCADO
CAMPANHA
DIREÇÃO DE CRIAÇÃO
PÁDUA SAMPAIO
MARCEL PINHEIRO
ANDRÉ MIYASAKI
CRIAÇÃO
MATHEUS SENA
SABRINA MESQUITA
MÁRIO HOLLANDA
RÔMULO CARNEIRO
DIREÇÃO
PEDRO ANTINO
IGOR BARBOSA
SALVE O PORTUGUÊS
PRODUTORA DE SOM
TAPE OCA RECORDS
(FORTALEZA/CE)
MÍDIA
RENATA LIMA
TAYANE BARBOSA
ATENDIMENTO
ÍTALO CASTRO
YOHANNA MAIA
APROVADO POR
MATHEUS LEITÃO
PRODUTORA E PÓS-PRODUTORA
LUMO STUDIO
(FORTALEZA/CE)
AGÊNCIA
AMP PROPAGANDA
(APARECIDA DE GOIÂNIA/GO)
A ÚLTIMA GOTA
DIREÇÃO DE CRIAÇÃO
RUBENS FERRAZ
MÍDIA
JÚLIA VELOSO
CRIAÇÃO
GIULIANO BORGES
RUBENS FERRAZ
ATENDIMENTO
CAMILA GONÇALVES
DIREÇÃO
RENATO CABRAL
VE N CE D ORE S DA CL ASSE REGION AL
VE N CE D ORE S DA CL ASSE REGION AL
LESTE-OESTE
APROVADO POR
MILTON TEIXEIRA
PRODUTORA, PRODUTORA DE
SOM E PÓS-PRODUTORA
IMAGINARE FILMES
(UBERLÂNDIA/MG)
ANUNCIANTE
COLÉGIO MASTER
(FORTALEZA/CE)
MERCADO
DIREÇÃO DE CRIAÇÃO
PÁDUA SAMPAIO
MARCEL PINHEIRO
ANDRÉ MIYASAKI
CRIAÇÃO
MATHEUS SENA
SABRINA MESQUITA
MÁRIO HOLLANDA
RÔMULO CARNEIRO
DIREÇÃO
RAFAEL NEVES
JONATHAS ALPOIM
AGÊNCIA
DELANTERO
(FORTALEZA/CE)
CENTRAL DO CORPO
PRODUTORA DE SOM
LOOP RECLAME
(PORTO ALEGRE/RS)
MÍDIA
RENATA LIMA
TAYANE BARBOSA
ATENDIMENTO
ÍTALO CASTRO
YOHANNA MAIA
APROVADO POR
GILONIO DIAS
PRODUTORA E PÓS-PRODUTORA
POLEGAR OPOSITOR
(FORTALEZA/CE)
ANUNCIANTE
UNIPAM
(PATOS DE MINAS/MG)
AGÊNCIA
AGÊNCIA ILUSTRA
(PATOS DE MINAS/MG)
ANUNCIANTE
ACADEMIA CENTRAL DO
CORPO (FORTALEZA/CE)
NO 616 OUTUBRO/2016
AGÊNCIA
DELANTERO
(FORTALEZA/CE)
3
VE N CE D ORE S DA CL ASSE REGION AL
SUDESTE CAPITAIS
CAMPANHA
DIREÇÃO DE CRIAÇÃO
ANDRE KASSU
MARCOS MEDEIROS
MARCELO RIZÉRIO
CRIAÇÃO
NICHOLAS BERGANTIN
PEDRO GALDI
DIREÇÃO
CAROL MARKOWICZ
FERNANDA SALLOUM
PRODUTORA E PÓS-PRODUTORA
YOURMAMA FILMS
(SÃO PAULO/SP)
MAMMA CEPÊRA
PRODUTORA DE SOM
ANIMAL ESTÚDIOS
(SÃO PAULO/SP)
MÍDIA
TIAGO SANTOS
EDSON MELO
CESAR TOMEI
FABIANA MELO
ATENDIMENTO
ANDREA PUPO
LUIZA NEVES
APROVADO POR
DÉCIO FILHO
MERCADO
DIREÇÃO DE CRIAÇÃO
SERGIO GORDILHO
RAFAEL PITANGUY
HUMBERTO FERNANDEZ
MÍDIA
RODRIGO MEDEIROS
BETO LIMA
DANIELA MELITO
CRIAÇÃO
BERNARDO ROMERO
BETO ROGOSKI
ATENDIMENTO
CELINA ESTEVES
PC FREITAS
ISABEL CASTRO
FRANCINE NOGUEIRA
DIREÇÃO
CLAUDIO BORRELLI
PRODUTORA
KILLERS
(SÃO PAULO/SP)
PRODUTORA DE SOM
TENTÁCULO ÁUDIO
(SÃO PAULO/SP)
PÓS-PRODUTORA
CASABLANCA EFFECTS
(SÃO PAULO/SP)
ANUNCIANTE
CEPÊRA
(SÃO PAULO/SP)
4
AGÊNCIA
CRISPIN PORTER & BOGUSKY
BRASIL (SÃO PAULO/SP)
CORRIDA
ANUNCIANTE
VIVO
(SÃO PAULO/SP)
NO 616 OUTUBRO/2016
APROVADO POR
CHRISTIAN GEBARA
CRIS DUCLOS
MARINA DAINEZE
MARIANA PRADO
GABRIELA BORGES
GIOVANNA MIRANDA
AGÊNCIA
AFRICA
(SÃO PAULO/SP)
Download