A CRISE MUNDIAL EM RESUMO • O estopim da crise se iniciou com a chamada bolha imobiliária americana em 2007 E 2008. • Como o mercado de imóveis começou a se valorizar muito pela facilidade de aquisição com financiamentos para 30 anos, empréstimos sem avalistas ou garantias rigorosas, houve uma sobrevalorização dos imóveis com falso inflacionamento dos preços, esse inflar na verdade era uma bolha. • Quando se descobriu que os preços eram irreais e os imóveis não podiam ser pagos a bolha estourou e com ela boa parte das instituições financeiras de crédito imobiliário. • Com a inadimplência explícita dos chamados “subprime” os imóveis não eram pagos, os financiamentos eram prorrogados e iniciou-se as numerosas hipotecas dos imóveis americanos. • Na última década, a classe média americana hipotecou em massa seus imóveis. • Com o aumento da inadimplência, as empresas especializadas em hipoteca começavam a não pagar a seus credores que financiavam os empréstimos. • Como ninguém pagava a ninguém, descobriu-se que o dinheiro era especulativo e todos contraiam dívidas sem ter dinheiro ou garantias concretas. • Houve uma brusca redução do preço dos imóveis nos EUA em razão do imenso volume de oferta de casas novas e de muita gente que se viu pagando dívidas de financiamento maiores do que o bem a elas atrelado, o que acarretou um movimento de "desistência" por parte dos mutuários. • Com o aumento da inadimplência fecharam-se as torneiras do crédito no país. • As taxas de juros aumentaram para se frear o crédito. • O consumo diminuiu e a produção por consequência passou a produzir menos para atender apenas a baixa demanda. • Em resumo: Baixa produtividade, queda no PIB, diminuição no consumo e desemprego, acabaram afetando drasticamente a economia do país (2 trimestres). • Desde 2012 a economia estadunidense vem se recuperando. CRISE NA ZONA DO EURO A crise da dívida que afeta a Europa tem reflexos não só no continente, mas em várias outras partes do mundo, inclusive no Brasil, em um cenário internacional onde as relações econômicas e financeiras estão cada vez mais interligadas. Mas as fragilidades causadas pelos altos déficits, que ocorrem quando um país gasta mais do que arrecada, são mais latentes e concentradas em cinco países da região que adotou o euro como moeda única: Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha, batizados de “Piigs”, uma sigla depreciativa criada com a junção das letras iniciais do nome de cada nação, em inglês, e cuja sonoridade se assemelha com a palavra “porcos”, no mesmo idioma. O alto risco de um calote nesses países é considerado pelos especialistas como a maior ameaça à economia da União Europeia desde a Segunda Guerra Mundial. Esse cenário de medo e incertezas tem levado a indagações sobre a real viabilidade futura da união monetária, com reflexos nas principais bolsas de valores do mundo, que sofrem com as constantes quedas e fortes oscilações ao sabor dos acontecimentos de curto prazo. O motivo de tanta tensão é a dificuldade que alguns países vêm enfrentando para conseguir empréstimos e refinanciar suas dívidas públicas. Essa capacidade de se refinanciar acontece porque existe um grande desequilíbrio fiscal, com a arrecadação dos governos em queda e os gastos em alta. A União Europeia, sob a liderança da Alemanha, a maior economia do bloco, tem buscado saídas para a crise, mas a falta de medidas concretas e de grande impacto tem contribuído ainda mais com clima de incerteza. O resultado dessa falta de ação na vida das pessoas comuns pode ser percebida com a queda de vários governos na Europa. A crise econômica já derrubou dez chefes de governo desde 2009. Eleitores insatisfeitos com as respostas dadas pelos governos para a crise foram às urnas e mudaram o comando de países como Irlanda, Portugal e Espanha. Na Grécia e na Itália, os premiês, também sob forte pressão, renunciaram a seus mandatos. O sentimento de reprovação às soluções propostas para debelar a crise também pode ser notado nas manifestações de movimentos como o "Indignados", que tem protestado em diversas cidades da Europa contra as distorções geradas por um mundo financeiro com instrumentos de fiscalização comprovadamente falhos em muitos casos. A CRISE BRASILEIRA Os motivos que levaram a atual situação econômica do Brasil são muitos, mas alguns deles merecem um destaque especial. O primeiro deles é a total falta de investimentos em infraestrutura, que tem levado o país a perder competitividade tanto no ambiente interno quanto externo. A explicação para esse caos está na questão estratégica. O segundo grande motivo de termos chegado no ponto em que chegamos foi a total falta de planejamento estratégico de longo prazo para nossa economia. O governo vem trabalhando com uma estratégia de reação aos fatos, uma verdadeira operação tapa buraco, onde medidas emergenciais são adotadas para tratarem problemas que seria facilmente resolvidos se houvesse um planejamento macro. Os números não deixam dúvidas sobre a gravidade da situação econômica brasileira, muito embora o governo tente mascarar a crise com interpretações convenientes e a negação dos dados captados pelas diversas consultorias econômicas, instituições de classe e até mesmo das próprias agências e órgãos governamentais. A atual situação econômica do Brasil é tecnicamente de estagnação. A crise econômica não é mais apenas uma hipótese e consta como fato em toda pauta de reunião de empresários do país e também fora dele. Acreditar em mais uma história sobre “marolas” é negar a realidade econômica do país e abrir a porta para o fracasso. Principais problemas: Inflação; Desvalorização da Moeda; Desconfiança; Perda do Padrão de Investimento; Falta de Recursos e Desemprego. Possíveis Soluções: Redução dos Gastos Públicos (pode afetar a população, principalmente a carente); Reforma Tributária; Reforma da Previdência; Reforma Política; Planejamento a Médio e Longo Prazo. CRISE NO RIO GRANDE DO SUL ORÇAMENTO DO RIO GRANDE DO SUL PARA 2015 ERA DE R$ 57,4 BILHÕES