do Estudo

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Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro
Estudo 11 – A carta aos Filipenses (II) – Advertências contra uma
religiosidade falsa
Filipenses 3 e 4
Elaborado por Lincoln A. A. Oliveira
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1. Alegrar-se no Senhor é fator
relevante para a vitória do crente
“Quanto ao mais, irmãos meus, alegraivos no Senhor”, são as palavras com as
quais Paulo inicia esse 3º capítulo de sua
carta aos Filipenses. Este primeiro
versículo nos enseja três comentários
iniciais:
a) O primeiro, é que o Apóstolo usa um
tom imperativo em sua palavra e não
oferece uma opção ao leitor quanto a
escolher alegrar-se ou não. Ele
simplesmente diz “alegrai-vos” ou
“regozijai-vos”, como encontramos
em outras traduções.
b) O segundo, é que essa ordem é dada
a crentes e não a qualquer pessoa
que esteja lendo a carta. Ele
claramente afirma “alegrai-vos no
Senhor”. Apenas crentes podem
alegrar-se ou regozijar-se no Senhor.
No caso de Paulo, ele estava preso
em Roma, esperando um julgamento
que poderia sentenciá-lo à morte e
mesmo assim ele não apenas se
sentia alegre, mas escrevia a outros
para que assim também estivessem.
Ele tem motivos para se sentir assim
dentre os quais, o fato dele estar
podendo pregar o evangelho, uma de
suas paixões, mesmo preso. Ele
também se alegra pela hospitalidade
e fidelidade continuada dos crentes
em Filipos. Isso lhe dava a certeza de
que mesmo que nunca mais voltasse
a ver aqueles irmãos, por conta de
uma possível condenação à morte,
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eles continuariam sua jornada de
fidelidade ao Senhor Jesus.
c) O terceiro comentário é que alegrarse ou regozijar-se no Senhor é um
elemento crítico para a vitória do
crente.
Em
muitos
episódios
encontrados na Bíblia, começando
por Adão e Eva no Jardim do Éden,
encontramos o descontentamento
como
a
motivação
para
a
desobediência.
Crentes
tristes,
descontentes,
aborrecidos
ou
magoados são terreno fértil para os
ataques de Satanás. Este é mestre
em propor alternativas próprias para
resolver mágoas e chateações que
acabam afastando a pessoa dos
caminhos de Deus. Poderíamos dizer
que até muitas vezes, de forma sutil,
o próprio Satanás leva o crente ao
descontentamento porque ele sabe
que com isso, seu ataque será mais
fácil. Quando vemos a história de
Israel no Antigo Testamento, por
exemplo,
encontramos
que
o
descontentamento estava no centro
da desobediência do povo. Deus lhes
dava maná e eles queriam carne.
Deus estabelecia uma forma de culto
ao Deus verdadeiro e eles buscavam
copiar os cultos politeístas dos
vizinhos cananeus. Arrogância e
autossuficiência
seguiam
o
descontentamento levando-os às
falsas religiões. Vale observar ainda,
que o descontentamento também
leva à murmuração e até à amargura.
Se a pessoa transmite tudo isso para
quem está ao seu lado, acaba por
contaminar aqueles que estão mais
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perto,
especialmente
se
o
amargurado exercer algum papel de
liderança na igreja. A própria carta
aos Filipenses, em 2.14 instrui o
crente
a
fazer
tudo
sem
murmurações.
2. Uma advertência enfática
Quando lemos o versículo 2 seguinte
encontramos uma forte mudança no tom
de Paulo. “Acautelai-vos dos cães!
Acautelai-vos dos maus obreiros!
Acautelai-vos da falsa circuncisão!” – diz
ele. Paulo se refere aos judaizantes,
gentios que se diziam cristãos mas que
insistiam em manter práticas judaicas
como requisito de salvação opondo-se
dessa forma à doutrina do Evangelho de
Jesus. Eles ainda não haviam chegado a
Filipos mas haviam atravessado o
caminho de Paulo em diversas situações
sendo sua prisão em Roma, ocasionada
pela ação deles. Paulo se refere aos
judaizantes de três formas: “cães”, “maus
obreiros” e “aqueles que usam o cutelo
para retalhar ou mutilar a carne”, sendo
esta última expressão, uma referência ao
significado da circuncisão. Esta prática,
que era um símbolo do Pacto de Deus
com o Povo de Israel, simbolizava as
tradições, ritos, e o formalismo, que eram
colocados pelos judaizantes como
condições para a salvação. Isso, em
oposição à verdadeira doutrina do
Evangelho anunciada por Paulo, onde a
salvação era pela fé em Cristo Jesus e
não pelas obras. Tudo que os
judaizantes valorizavam era de natureza
material e não espiritual.
Paulo argumenta que toda a tradição que
os judaizantes valorizavam ele havia
cumprido rigorosamente como judeu
antes de se tornar cristão. Naquela
época, tais coisas eram consideradas
por ele como ganho ou lucro, mas agora,
eram consideradas perda por causa de
Cristo. Paulo se convertera exatamente
quando deixou de confiar em suas
virtudes como judeu e passou a confiar
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em Jesus como Salvador. Seguir as
práticas do judaísmo não salvaria a
pessoa, como afirmavam os judaizantes,
assim como pertencer a qualquer outro
grupo virtuoso, étnico ou religioso. A
salvação vem de fora, de cima, de Deus,
pela graça e não pelos méritos da
pessoa. O mesmo princípio se expande
para outras áreas da vida onde
atribuímos valor, tais como bens
materiais, poder, inteligência, educação,
posição social ou política. Essas coisas
podem ser ganho para a pessoa desde
que elas não sejam mais importantes do
que Deus e seu caminho de salvação
através de Jesus. Se elas forem mais
importantes, elas então, se tornam
perda, usando a linguagem do Apóstolo.
Para Paulo, conhecer Cristo e se
relacionar com Ele era mais valioso do
que qualquer outra coisa.
3. Conclusão
Crentes que raramente se alegram ou se
regozijam no Senhor estão falhando.
Aqueles que fazem o contrário são
pessoas contentes e como tal, são pouco
vulneráveis a cultos ou religiões falsas.
Os que estão descontentes estão
abertos a mudanças e se mudar envolver
abandonar as verdades Bíblicas, essa
mudança será um erro.
Se você crê que as tradições que você
segue em sua religião são o caminho
para a vida eterna, a Bíblia diz que esta
sua religião não é a correta. A religião
correta é aquela onde o mérito da
salvação está em Deus e não na pessoa.
A salvação é uma dádiva de Deus à
pessoa que se arrepende de seus
pecados e aceita pela fé que Jesus de
Nazareth, filho do Deus vivo, é Salvador
e Senhor. Você crê nisso?
Bibliografia:
•
•
“Paul’s Perspective on Profit and Loss (Phil.3.111)”, de Robert L. Deffinbaugh, Th.M. - Biblical
Studies Press
The New Interpreter’s Dictionary of the Bible.
Abindgon Press, Vol 3, 2008. Verbete: “Judaizers”
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