Motores CA CFP “Eliezer Vitorino Costa” CFP “Eliezer Vitorino Costa” Motor Elétrico • Definição: É uma máquina destinada a transformar energia elétrica em mecânica. • Os motores elétricos em geral são divididos em dois grupos: – Motores de Corrente contínua – Motores de corrente alternada CFP “Eliezer Vitorino Costa” Motor de CC • São motores de custo elevado e, além disso, precisam de uma fonte de corrente contínua, ou de um dispositivo que converta corrente alternada em contínua. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Motores CA • São os mais utilizados, porque a distribuição de energia elétrica é feita normalmente em corrente alternada. • Os principais tipos são: – Motor Síncrono – Motor Assíncrono CFP “Eliezer Vitorino Costa” CFP “Eliezer Vitorino Costa” Motor Síncrono x Motor Assíncrono • Motor Síncrono: É o motor elétrico cuja velocidade de rotação é sincronizada com a frequência da sua alimentação. • Motor Assíncrono: É o motor que gira a uma velocidade muito próxima à velocidade síncrona, ou seja, muito próximo ao sincronismo com a frequência da rede de alimentação. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Motor Síncrono Vantagens • Mais econômico em elevadas potências. • Bom rendimento, mesmo trabalhando com carga parcial. • Rotação rigorosamente constante com a frequência de alimentação. Desvantagens • Alto custo de aquisição. • Fabricação somente por encomenda. • Enrolamento de campo no rotor necessita de corrente contínua. • Exige mais manutenção do que os motores de indução. • Utilizado somente para grandes potências. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Motor Assíncrono Vantagens • Baixo custo de aquisição • Baixo custo de manutenção • Longa vida útil Desvantagens • Alta corrente de partida • Necessita de inversor de frequência para controle da velocidade • Baixo fator de potência CFP “Eliezer Vitorino Costa” MOTORES MONOFÁSICOS ASSÍNCRONOS CFP “Eliezer Vitorino Costa” Motores Monofásicos Assíncronos • Como, muitas vezes, não há disponibilidade de fornecimento de tensão trifásica, como, por exemplo, no meio rural, pode-se aplicar motores monofásicos que são alimentados com tensão monofásica (Fase + Neutro ou Fase + Fase) CFP “Eliezer Vitorino Costa” • O motor monofásico assíncrono é constituído de: -Estator (parte fixa, onde se localizam as bobinas -Rotor gaiola de esquilo (parte móvel) CFP “Eliezer Vitorino Costa” CFP “Eliezer Vitorino Costa” Rotor gaiola de esquilo CFP “Eliezer Vitorino Costa” Princípio de funcionamento do Motor Monofásico Assíncrono • Possuem apenas uma bobina de trabalho. • Essa bobina gera um campo magnético não girante. • O campo magnético do estator gera uma corrente induzida no rotor. • O campo gerado no rotor é de polaridade oposta à do estator. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Campo defasado em 180° CFP “Eliezer Vitorino Costa” • Para dar o giro inicial do rotor, são usados dois tipos de partida: 1- De campo distorcido 2- De fase auxiliar ou fase dividida CFP “Eliezer Vitorino Costa” Motores Monofásicos Assíncronos Motor de Campo Distorcido CFP “Eliezer Vitorino Costa” 1-Motor de Campo Distorcido • Constituição – Rotor tipo gaiola de esquilo – Estator (parte fixa) – Anel de cobre ou espira em curto circuito CFP “Eliezer Vitorino Costa” Motor de Campo Distorcido CFP “Eliezer Vitorino Costa” • Principais características: – Processo de partida simples, confiável e econômico, sem capacitor ou chave de partida – Baixo torque de partida – Baixo rendimento – Baixo fator de potência – Fabricados apenas em pequenas potências (máximo até ¼ de CV) CFP “Eliezer Vitorino Costa” • Uma parte de cada pólo é abraçada por uma espira de cobre em curto-circuito. • A corrente induzida nesta espira faz com que o fluxo que a atravessa sofra um atraso em relação ao fluxo da parte não abraçada. Resultando em um campo magnético girante que se move da parte não abraçada para a parte abraçada do pólo. • Possui apena um sentido de rotação. CFP “Eliezer Vitorino Costa” • Aplicações: – Ventiladores – Exaustores – Unidades de refrigeração – Secadores de roupa e de cabelo – Pequenas bombas CFP “Eliezer Vitorino Costa” Motores Monofásicos Assíncronos MOTOR MONOFÁSICO DE FASE AUXILIAR CFP “Eliezer Vitorino Costa” 2-Motor monofásico de fase auxiliar ou fase dividida É o motor monofásico de mais larga aplicação. No estator há dois enrolamentos: ◦ Bobina de Trabalho A bobina de trabalho fica ligada durante todo funcionamento do motor ◦ Bobina de Partida ou auxiliar A bobina de partida só atua durante a partida. Esse enrolamento é desligado por um dispositivo automático depois que o motor atinge uma certa velocidade. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Tipos de motores monofásicos de fase auxiliar • Motor de fase dividida • Motor monofásico com capacitor de partida • Motor monofásico com capacitor permanente • Motor monofásico com dois capacitores CFP “Eliezer Vitorino Costa” Motor de Fase Dividida • Possui um enrolamento principal e um auxiliar (para partida). Ambos defasados 90º no espaço. • O enrolamento auxiliar cria um deslocamento de fase que produz um conjugado necessário para a rotação inicial e a aceleração. • Quando atinge uma velocidade predeterminada o enrolamento auxiliar é desconectado da rede por uma chave centrífuga. • Limitado à potências de até 1/3 CV. • Baixo torque de partida devido ao pequeno ângulo de defasagem entre correntes do enrolamento principal e auxiliar. CFP “Eliezer Vitorino Costa” • Aplicações: ventiladores e exaustores, pequenos polidores, pequenos compressores e bombas hidráulicas. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Principio de funcionamento do motor monofásico de fase dividida O enrolamento principal ou de trabalho, por ter mais espiras e fio de maior seção que o enrolamento auxiliar, possui menor resistência e maior reatância indutiva. O enrolamento auxiliar possui maior resistência e reatância menor. Isso provoca duas defasagens angulares de corrente com relação à tensão da rede se os enrolamentos forem conectados em paralelo com a rede. Colocando em valores, considere os seguintes valores: Raux = 6,5Ω, Rprin = 2,9Ω , XLaux = 10Ω, XLprin = 8Ω: CFP “Eliezer Vitorino Costa” Principio de funcionamento do motor monofásico de fase dividida CFP “Eliezer Vitorino Costa” Principio de funcionamento do motor monofásico de fase dividida CFP “Eliezer Vitorino Costa” Principio de funcionamento do motor monofásico de fase dividida Fisicamente o enrolamento auxiliar está posicionado, em um motor de quatro polos, a 45º do enrolamento principal (180º/nº de polos). Devido as correntes do enrolamento principal e auxiliar terem defazagens distintas devido a construção diferente de cada uma, cria-se um polo no enrolamento auxiliar e em seguida, alguns graus depois, um polo no principal. No rotor gaiola de esquilo são induzidas correntes por esses campos magnéticos que criam campos opostos. Como polos opostos se atraem, o rotor é forçado a acompanhar o deslocamento de 45º do polo auxiliar para o principal, iniciando o movimento do rotor. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Deslocamento do rotor em 45º do polo auxiliar para o principal CFP “Eliezer Vitorino Costa” Motor com Capacitor de Partida • Semelhante ao fase dividida. • A principal diferença é a inclusão de um capacitor em série com o enrolamento auxiliar de partida. • O capacitor permite uma maior defasagem entre as corrente do enrolamento principal e do de partida, com isso, eleva o conjugado(torque) de partida. • O circuito é desconectado quando o motor atinge aproximadamente 80% de sua velocidade nominal. • Fabricado em potências de ¼ cv até 15 cv. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Motor com Capacitor de Partida • Aplicações: lavadoras de roupa, ventiladores e exaustores, pequenos esmeris, etc. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Motor de Capacitor Permanente • Semelhante ao motor de capacitor de partida. • O circuito auxiliar fica permanentemente ligado ao capacitor utilizado. • Possuiu funcionamento silencioso, alto rendimento, alto fator de potência e baixa corrente de partida. • Fabricado para potências de 1/5cv a 1,5cv. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Motor com Dois Capacitores • Utiliza as vantagens dos dois motores anteriores: – Partida como a do motor de capacitor de partida – E funcionamento em regime como o motor de capacitor permanente. • É fabricado apenas em potências superiores a 2cv, devido ao seu alto custo. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Motor de indução trifásico rotor gaiola de esquilo MOTORES TRIFÁSICOS ASSÍNCRONOS CFP “Eliezer Vitorino Costa” Motor de indução trifásico rotor gaiola de esquilo CFP “Eliezer Vitorino Costa” Motor de indução trifásico rotor gaiola de esquilo • O motor de indução trifásico de rotor gaiola de esquilo é composto basicamente por: – Estator, que compreende a carcaça e o núcleo. – Rotor ou induzido, parte móvel do motor. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Princípio de funcionamento • Quando a corrente alternada trifásica é aplicada aos enrolamentos do estator do motor assíncrono de CA, produz-se um campo magnético rotativo (campo girante). • As bobinas estão defasadas em 120º CFP “Eliezer Vitorino Costa” CFP “Eliezer Vitorino Costa” Princípio de funcionamento • O campo magnético gerado pela bobina depende da corrente que circula por ela . – Se a corrente for nula, não haverá formação de campo magnético – Se a corrente for máxima, o campo magnético será máximo. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Princípio de funcionamento • As corrente nos três enrolamentos estão defasados em 120º, e os três campos magnéticos apresentam a mesma defasagem. • Os três campos magnéticos combinam-se e resulta em um campo único cuja posição varia com o tempo. • O esquema a seguir mostra como agem as três correntes para produzir o campo magnético rotativo num motor trifásico. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Princípio de funcionamento CFP “Eliezer Vitorino Costa” Princípio de funcionamento Campo magnético resultante no motor trifásico. CFP “Eliezer Vitorino Costa” • A cada instante o rotor desloca-se 60º. CFP “Eliezer Vitorino Costa” • Se analisarmos, em todos os instantes, a situação da corrente durante um ciclo completo, verificamos que o campo magnético gira em torno de si. • O motor de indução destaca-se como o mais utilizado em todas as áreas de aplicações. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Motor de indução trifásico rotor gaiola de esquilo Vantagens • Baixo custo de aquisição. • Bom torque de partida • Baixo custo de manutenção. • Velocidade próxima ao sincronismo da frequência da rede. Desvantagens • Necessidade de inversor de frequência para controle de velocidade. • Alta corrente de partida. • Baixo fator de potência. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Tipos de ligação do motor assíncrono CA • No estator do motor assíncrono de CA, estão alojados três enrolamentos referentes às três fases. Estes três enrolamentos estão montados com uma defasagem de 120º. • Estes enrolamentos podem apresentar 3, 6, 9 ou 12 terminais, que permite vários tipos de ligação em estrela ou em triângulo, série ou paralelo. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Ligação em estrela e em triângulo de motores assíncronos 6 pontas Este tipo de ligação exige seis terminais do motor, e serve para quaisquer tensões nominais duplas, desde que a segunda seja igual à primeira multiplicada por √3 . CFP “Eliezer Vitorino Costa” Ligação motores assíncronos 9 pontas • Este tipo de motor de nove terminais, permite aplicar dois níveis de tensão, sendo a segunda o dobro da primeira. • Existem basicamente dois tipos de religações para estes motores: estrela/duplo-estrela e triângulo/duplo-triângulo. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Triângulo/Duplo-triângulo CFP “Eliezer Vitorino Costa” Estrela/Duplo-estrela CFP “Eliezer Vitorino Costa” Ligação de motor assíncrono 12 pontas • Os motores de doze terminais não possuem ligações internas entre bobinas, o que possibilita os quatro tipos de religação externamente no motor. As possíveis são 220, 380, 440 e 760*V (*somente para partida). CFP “Eliezer Vitorino Costa” Ligações de motor 12 pontas : duplo-triângulo, duplo-estrela, triângulo e estrela. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Motor Trifásico Assíncrono Características dos motores trifásicos CFP “Eliezer Vitorino Costa” Características dos motores trifásicos CFP “Eliezer Vitorino Costa” Características dos motores trifásicos 2) Escorregamento: Se o motor gira a uma velocidade diferente da velocidade síncrona, ou seja, diferente da velocidade do campo girante, o enrolamento do rotor corta as linhas de força magnética do campo e, pelas leis do eletromagnetismo, circulam correntes induzidas. Quando maior a carga, maior terá de ser o conjugado necessário para aciona-la. Quando a carga do motor é zero (motor a vazio), o rotor fira praticamente na velocidade sincrona. Outra característica que devemos levar em consideração é que o escorregamento diminui à medida que a potência nominal do motor aumenta. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Características dos motores trifásicos CFP “Eliezer Vitorino Costa” Características dos motores trifásicos 3) Categoria de conjugado: A norma NBR 7094 classifica os motores de gaiola em cinco categorias, conforme as características de conjugado em relação à velocidade e à corrente de partida. São elas: • Categoria N: conjugado de partida normal, corrente de partida normal e baixo escorregamento. A maior parte dos motores encontrados no mercado enquadra-se nessa categoria. • Categoria NY: possui as mesmas características anteriores, mas tem a previsão de uma partida estrela-triângulo. • Categoria H: conjugado de partida alto, corrente de partida normal e baixo escorregamento. Utilizado para cargas que necessita maior conjugado de partida. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Características dos motores trifásicos 3) Categoria de conjugado • Categoria HY: possui as mesmas características anteriores, todavia tem a previsão de uma partida estrela-triângulo. • Categoria D: conjugado de partida alto, corrente de partida normal e alto escorregamento (s > 5%). Utiliza-se em prensas e máquinas semelhantes, em que a carga apresenta picos periódicos, e em elevadores nos quais a carga necessita de alto conjugado de partida. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Características dos motores trifásicos 4) Tempo de rotor bloqueado: Define-se como o tempo máximo admissível pelo motor sob corrente de rotor bloqueado (corrente de partida). Na prática, adota-se esse tempo como o de partida do motor. 5) Classe de isolamento: Todo condutor atravessado por corrente elétrica dissipa energia na forma de calor por meio do efeito joule. Todas as bobinas de enrolamento do estator como as do rotor, ou suas barras, caso se trate de um motor de gaiola, dissipam calor. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Características dos motores trifásicos 5) Classe de isolamento: máximas possíveis para as diversas classes de isolamento. Os limites de elevação Veja as principais classes de isolamento: de temperatura para os materiais utilizados na isolação • Classe A 105º dos motores são • Classe E 120º fundamentados em normas, • Classe B 130º sendo a classe de isolamento • Classe F 155º definida pela norma NBR 7034 e internacionalmente pela IEC • Classe H 180º 34.1. Essas normas especificam as temperaturas CFP “Eliezer Vitorino Costa” Características dos motores trifásicos 6) Ventilação: É o processo pelo qual é realizada a troca de calor entre o interior do motor e o meio externo. Os tipos de ventilação mais usados em motores de indução são: 6.1 – Motor aberto: Nesse tipo de ventilação o ar ambiente circula no interior do motor, retirando o calor das partes aquecidas da máquina. 6.2 – Motor totalmente fechado: Não a troca entre o meio interno ao motor e o exterior. A troca de calor desses motores é feita por transferência de calor através de aletas colocadas na sua carcaça. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Características dos motores trifásicos 7) Rotação nominal: Rotação do eixo motor sob carga nominal. 8) Regime de serviço: O regime de serviço é definido como a regularidade de carga a que o motor é submetido. O motor não é um equipamento que pode ser submetido a constantes partidas e paradas, como liga/desliga de um piscapisca. É muito comum que a carga mecânica exigida no eixo seja variável, desde uma situação “sem carga” até situações com sobrecarga. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Características dos motores trifásicos Tabela de Regimes de serviço conforme NBR 7094 CFP “Eliezer Vitorino Costa” Características dos motores trifásicos 9) Fator de serviço: Chama-se fator de serviço (FS) o fator que, aplicado à potência nominal, indica a sobrecarga permissível que pode ser aplicada continuamente ao motor sob condições especificadas. Exemplo: F.S. = 1,15; o motor suporta continuamente 15% de sobrecarga acima de sua potência nominal. O fator de serviço é uma capacidade de sobrecarga contínua, isto é, uma reserva de potência que dá ao motor condições de funcionamento em situação desfavorável. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Características dos motores trifásicos CFP “Eliezer Vitorino Costa” Características dos motores trifásicos CFP “Eliezer Vitorino Costa” Características dos motores trifásicos 13) Sentido de rotação: A mudança no sentido de rotação de motores trifásicos é bastante simples. Basta inverter duas fases, não importa qual fase será trocada. (Fig. Pag. 45 “inversor de frequencia”) CFP “Eliezer Vitorino Costa” Características dos motores trifásicos 14) Grau de proteção de motores (IP): A carcaça faz o papel do invólucro de proteção do motor ou, mais precisamente, do conjunto estator-rotor. Um motor instalado ao tempo, sujeito a sol e chuva, deve exigir grau de proteção superior a um motor instalado no interior de uma sala limpa e seca. A NBR 6146 estabelece diversos graus de proteção para os invólucros elétrico em geral. Em geral, o grau de proteção dos motores elétricos é normalmente expresso em dois dígitos. O primeiro indica proteção contra sólidos e o segundo contra água. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Características dos motores trifásicos 14) Grau de proteção de motores (IP): As tabelas a seguir mostram as proteções do primeiro e do segundo dígitos respectivamente: CFP “Eliezer Vitorino Costa” 14) Grau de proteção de motores (IP): 1º dígito CFP “Eliezer Vitorino Costa” 14) Grau de proteção de motores (IP): 2º dígito CFP “Eliezer Vitorino Costa” 14) Grau de proteção de motores (IP): 2º dígito CFP “Eliezer Vitorino Costa” Características dos motores trifásicos 15) Formas construtivas: Para construção de um motor, um dos sistemas mais importantes é a maneira de fixação, que é feita de acordo com o projeto mecânico da máquina a ser acionada. Um resumo dos tipos de montagem é mostrado em seguida. Algumas normas utilizavam as letras B (montagem horizontal e V (montagem vertical). A norma IEC 347 não utiliza mais esse sistema. CFP “Eliezer Vitorino Costa” 15) Formas construtivas: CFP “Eliezer Vitorino Costa” 15) Formas construtivas: CFP “Eliezer Vitorino Costa” Placa de identificação de motor elétrico CFP “Eliezer Vitorino Costa” Placa de Identificação do Motor CFP “Eliezer Vitorino Costa” Motores Trifásicos de Múltiplas velocidades • • • • Motor de Enrolamentos Separados Motor Dahlander Motor de Tripla Velocidade Motor de Rotor Bobinado CFP “Eliezer Vitorino Costa” Introdução Este tipo de motor proporciona velocidades diferentes em um mesmo eixo. Na grande maioria, são para apenas um valor de tensão, pois as religações disponíveis geralmente permitem apenas a troca das velocidades. A potência e a corrente para cada rotação são diferentes. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Motor de Enrolamentos Separados Baseado em que a rotação de um motor elétrico (rotor gaiola) depende do número de pólos magnéticos formados internamente em seu estator, este tipo de motor possui na mesma carcaça dois enrolamentos independentes e bobinados com números de pólos diferentes. Ao alimentar um ou outro, se terá duas rotações, uma chamada baixa e outra, alta. CFP “Eliezer Vitorino Costa” As rotações dependerão dos dados construtivos do motor, não havendo relação obrigatória entre baixa e alta velocidade. Exemplos: 6/4 pólos (1200 /1800 rpm);12/4 pólos (600/1800 rpm), etc. Motor de Enrolamentos Separados CFP “Eliezer Vitorino Costa” Atenção: Ao alimentar uma das rotações, deve-se ter o cuidado de que a outra esteja completamente desligada, isolada e com o circuito aberto, pelos seguinte motivos: • • • • Não há possibilidade de o motor girar em duas rotações simultâneas; nos terminais não conectados à rede haverá tensão induzida gerada pela bobina que está conectada (neste sistema tem-se construído basicamente um transformador trifásico); caso circule corrente no enrolamento que não está sendo alimentado surgirá um campo magnético que interferirá com o campo do enrolamento alimentado; não é interessante que circule corrente no bobinado que não está sendo utilizado, tanto por questões técnicas como econômicas (consumo de energia). Motor de Enrolamentos Separados CFP “Eliezer Vitorino Costa” Os enrolamentos destes motores são fechados internamente em estrela (Y). Motor de Enrolamentos Separados CFP “Eliezer Vitorino Costa” Motor Dahlander É um motor com enrolamento especial que pode receber dois fechamentos diferentes, de forma a alterar a quantidade de pólos, proporcionando, assim, duas velocidades distintas, mas sempre com relação 1:2. Exemplos: 4/2 pólos (1800/3600 rpm); 8/4 (900/1800 rpm). Motor Dahlander CFP “Eliezer Vitorino Costa” Esquema de Ligação Motor Dahlander CFP “Eliezer Vitorino Costa” Motor de Tripla Velocidade Um motor de três velocidades pode ser construído basicamente de duas formas: três enrolamentos separados ou um enrolamento comum com um Dahlander. É de extrema importância que o enrolamento Dahlander possa ser aberto no segundo caso, pois, caso contrário, surgirão correntes induzidas quando for alimentado o enrolamento comum, que influenciarão no funcionamento do motor. Motor de Tripla Velocidade CFP “Eliezer Vitorino Costa” Motor de Tripla Velocidade CFP “Eliezer Vitorino Costa” Motor de Rotor Bobinado ou de Anéis O motor com rotor bobinado trabalha em rede de corrente alternada trifásica. Permite um arranque vigoroso com pequena corrente de partida. Motor de Rotor Bobinado CFP “Eliezer Vitorino Costa” Aplicação e Características • Ele é indicado quando se necessita de partida com carga e variação de velocidade, como é o caso de compressores, transportadores, guindastes e pontes rolantes. • Ao fazer variar a intensidade da corrente que percorre o rotor através do reostato, faz variar a velocidade do motor. • Sua corrente de partida apresenta baixa intensidade: apenas uma vez e meia o valor da corrente nominal. • Deve-se lembrar, porém, que o motor de rotor bobinado é mais caro que os outros devido ao elevado custo de seus enrolamentos e ao sistema de conexão das bobinas do rotor, tais como: anéis, escovas, portaescovas, reostato. Motor de Rotor Bobinado CFP “Eliezer Vitorino Costa” Aspecto Construtivo O motor de rotor bobinado é composto por um estator e um rotor. • O estator é semelhante ao dos motores trifásicos já estudados. Motor de Rotor Bobinado CFP “Eliezer Vitorino Costa” • O rotor bobinado usa enrolamentos de fios de cobre nas ranhuras, tal como o estator. O enrolamento é colocado no rotor com uma defasagem de 120º, e seus terminais são ligados a anéis coletores nos quais, através das escovas, tem-se acesso ao enrolamento. Motor de Rotor Bobinado CFP “Eliezer Vitorino Costa” Ao enrolamento do rotor bobinado deve ser ligado um reostato (reostato de partida) que permitirá regular a corrente nele induzida, Isso torna possível à partida sem grandes picos de corrente e possibilita a variação de velocidade dentro de certos limites. O reostato de partida é composto de três resistores variáveis, conjugados por meio de uma ponte que liga os resistores em estrela, em qualquer posição de seu curso. Motor de Rotor Bobinado CFP “Eliezer Vitorino Costa” Através das escovas (carvão), é inserida resistência ao circuito do rotor no instante da partida, que é diminuída aos poucos, conforme o motor vai atingindo velocidade, até que chegue a zero (curto). Neste momento, o comportamento é exatamente igual a um motor tipo gaiola. Motor de Rotor Bobinado CFP “Eliezer Vitorino Costa” Aplicações • • • • • • • Exemplos de aplicações Moinhos de bolas; Ventiladores; Exaustores; Trituradores; Bombas em geral; Outros. Motor de Rotor Bobinado CFP “Eliezer Vitorino Costa” Motor de Rotor Bobinado CFP “Eliezer Vitorino Costa” Motor de Rotor Bobinado CFP “Eliezer Vitorino Costa” Características Técnicas • • • • • Potências: 160 a 27.000 kW Tensões: 220 a 13.800 V Polaridades: 4 a 14 polos Classe de isolamento: F Grau de proteção: Aberto (IP23) ou fechado (IP54 a IP65W) • Carcaças: 280 a 1600 (IEC) • Formas construtivas: Horizontal ou vertical Dados do Catalogo WEG Motor de Rotor Bobinado CFP “Eliezer Vitorino Costa” Funcionamento Os motores de rotor bobinado possibilitam o aumento de sua resistência rotórica através da utilização de uma resistência externa variável (reostato), conectada ao circuito rotórico, aumentando o conjugado de partida com corrente relativamente baixa. O motor parte com as escovas abaixadas e os anéis coletores não curto-circuitados. Na medida em que o motor vai ganhando velocidade, o reostato deve diminuir sua resistência progressivamente até atingir o menor valor possível e então o mesmo deve ser curto-circuitado. Motor de Rotor Bobinado CFP “Eliezer Vitorino Costa” Motor de Rotor Bobinado CFP “Eliezer Vitorino Costa” Motor Síncrono de CA CFP “Eliezer Vitorino Costa” Introdução O termo SÍNCRONO do grego significa: SIN significa “com” e CRONOS significa “tempo”. Um motor síncrono literalmente opera “em tempo com” ou “em sincronismo com” o sistema de alimentação. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Os motores síncronos estão sendo utilizados com maior frequência pelas indústrias, devido ao fato de possuírem características especiais de funcionamento, como: • • • • Alto rendimento Altos torques Velocidade constante Trabalhar como compensador síncrono para corrigir o fator de potência da rede CFP “Eliezer Vitorino Costa” Princípio de Funcionamento A energia elétrica de CA no estator cria o campo magnético rotativo, enquanto o rotor, alimentado com CC, age como um ímã. Um ímã suspenso num campo magnético gira até ficar paralelo ao campo. Quando o campo magnético gira, o ímã gira com ele. Se o campo rotativo for intenso, a força sobre o rotor também o será. Ao se manter alinhado ao campo magnético rotativo, o rotor pode girar uma carga acoplada ao seu eixo. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Princípio de Funcionamento do Motor Síncrono de CA CFP “Eliezer Vitorino Costa” Aspectos Construtivos As principais partes do motor síncrono de CA são: • • • • • Carcaça Estator Excitatriz Rotor Mancais CFP “Eliezer Vitorino Costa” Carcaça Sua função principal é apoiar e proteger o motor, alojando também o pacote de chapas e enrolamento do estator. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Estator É constituído de partes magnéticas estacionárias, incluindo o pacote laminado de chapas de aço silício e o enrolamento do estator, que opera com alimentação de potência em corrente alternada para gerar o campo magnético girante. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Excitatriz Sua função é fornecer corrente magnetizante para o bobinado de campo do motor. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Rotor É a parte girante do motor. Possui enrolamento de campo. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Rotor CFP “Eliezer Vitorino Costa” Mancais de Rolamento Mancais Os motores síncronos podem ser fornecidos com mancais de rolamentos lubrificados a graxa ou mancais de deslizamento com lubrificação a óleo. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Mancais de deslizamento com lubrificação a óleo Mancais Os motores síncronos podem ser fornecidos com mancais de rolamentos lubrificados a graxa ou mancais de deslizamento com lubrificação a óleo. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Acessórios • - Acessórios (fornecimento padrão) Sensores de temperatura tipo PT-100 nos enrolamentos do estator. Sensores de temperatura nos mancais. Resistência de aquecimento. Acessórios Especiais - Disco de Frenagem. - Freio. - Sensores de Vibração. - Indicador de posição (encoder). - Dispositivo para içamento da carcaça. CFP “Eliezer Vitorino Costa” • Acessórios Opcionais - Sensores de Temperatura para entrada e saída de ar. - Indicador de vazamento de água. - Fluxostato para água. - Fluxostato para óleo. - Visor de fluxo de óleo. - Visor de fluxo de água. - Unidade hidráulica para lubrificação dos mancais. - Sistema para injeção de óleo sob pressão para partida e parada do motor (Hydrostatic Jacking). - Termômetro para óleo (mancais). - Termômetro para água ( trocador de calor). - Termômetro para ar (Ventilação). - Placa de Ancoragem. CFP “Eliezer Vitorino Costa” Aplicações Devido a suas caracteristicas construtivas, operação com alto rendimento e adaptabilidade a todos os tipos de ambiente, são utilizados em praticamente todos os segmentos da indústria, tais como: • • • • • • • Mineração (britadores, moinhos, correias transportadoras e outros); Siderurgia (laminadores, ventiladores, bombas,compressores); Papel e celulose (extrusoras, picadores, desfibradores, compressores, moedores,descascadores); Saneamento (bombas); Química e petroquímica (compressores, ventiladores, exaustores); Cimento (britadores, moinhos, correias transportadoras); Borracha (extrusoras, moinhos, misturadores). CFP “Eliezer Vitorino Costa” Referência bibliográfica • • • www.weg.net.br Livro “Máquinas Elétrica – Teríoa e Ensaio”, Geraldo Carvalho Apostila “Máquinas Elétricas – 2010”, CFP – José Ignácio Peixoto CFP “Eliezer Vitorino Costa” CFP – Eliezer Vitorino Costa Endereço: Rua Camburiú, 195, Bairro: São Pedro Telefone: (37) 3351-3905 E-mail: [email protected] Rafael Costa CFP “Eliezer Vitorino Costa”