tabagismo - Hospital de Câncer de Barretos

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MATERIAL DE APOIO AO DOCENTE
V Concurso de Redação
TABAGISMO
Barretos
2017
MATERIAL DE APOIO AO DOCENTE
V Concurso de Redação
TABAGISMO
Elaboração: Alex Lipinski; Amanda de Oliveira Silva; Ana Larissa
Julio de Souza;Eloisa Alves da Silva Costa; Joyce Saltonaro; Luara
Sandrin Engracia Garcia, Sabrina Galdino da Silva; Taina da Silva
Corral.
Barretos
2017
SUMÁRIO
Conceito ....................................................................................................................................... 4
Magnitude .................................................................................................................................... 5
Dados epidemiológicos alarmantes ......................................................................................... 6
Prevenção.................................................................................................................................... 6

Prevenção da iniciação............................................................................................... 7
Substâncias presentes .............................................................................................................. 9

Narguilé ......................................................................................................................... 10
Doenças causadas pelo uso de derivados de tabaco ........................................................ 11

O que é câncer? .......................................................................................................... 11

O que causa o câncer? ............................................................................................. 12

Como surge o câncer?.............................................................................................. 12
Por que fumar? ......................................................................................................................... 13
Métodos para acabar com o vício .......................................................................................... 13
Referências Bibliográficas............................................................................................... 15
4
Conceito
O tabagismo integra o grupo dos transtornos mentais e comportamentais
devidos ao uso de substância psicoativa na Revisão da Classificação
Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID10, 1997) e é a maior causa isolada evitável de adoecimento e mortes
precoces em todo o mundo.
É reconhecido como uma doença epidêmica que causa dependência
física, psicológica e comportamental semelhante ao que ocorre com o uso de
outras drogas como álcool, cocaína e heroína. A dependência ocorre pela
presença da nicotina nos produtos à base de tabaco. A dependência obriga os
fumantes a inalarem mais de 4.720 substâncias tóxicas, como: monóxido de
carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína, além de 43
substâncias cancerígenas, sendo as principais: arsênio, níquel, benzopireno,
cádmio, chumbo, resíduos de agrotóxicos e substâncias radioativas.
Algumas dessas substâncias tóxicas também são conhecidas como
potenciais irritantes, pois produzem irritação nos olhos, no nariz e na garganta,
além de paralisia nos cílios dos brônquios. Desse modo, o tabagismo é a causa
de aproximadamente 50 doenças, muitas delas incapacitantes e fatais, como
câncer, doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas.
A nicotina presente no cigarro, por exemplo, ao ser inalada produz
alterações no Sistema Nervoso Central, modificando assim o estado emocional
e comportamental dos indivíduos, da mesma forma como ocorre com a
cocaína, heroína e álcool. Depois que a nicotina atinge o cérebro, entre 7 a 19
segundos,
libera
várias
substâncias
(neurotransmissores)
que
são
responsáveis por estimular a sensação de prazer que o fumante tem ao fumar.
Com a inalação contínua da nicotina, o cérebro se adapta e passa a precisar
de doses cada vez maiores para manter o mesmo nível de satisfação que tinha
no início. Esse efeito é chamado de "tolerância à droga". Com o passar do
tempo, o fumante passa a ter necessidade de consumir cada vez mais cigarros.
Com a dependência, cresce também o risco de se contrair doenças crônicas
não transmissíveis, que podem levar à invalidez e à morte.
5
No mercado nacional e internacional há uma variedade de produtos
derivados de tabaco que podem ser usados de várias formas: fumado/inalado
(cigarro, cachimbo, charuto, cigarro de bali ou Kreteks ou cigarro de cravo,
cigarro de palha, cigarrilha, bidis, narguillé); aspirado (rapé); mascado (fumode-rolo, snuff); absorvido pela mucosa oral (snus). Todos contém nicotina,
causam dependência e aumentam o risco de contrair doenças crônicas não
transmissíveis. No Brasil, a forma predominante do uso do tabaco é o fumado.
Magnitude
Segundo a Organização Mundial de Saúde o tabagismo é a principal causa
de morte evitável em todo o mundo, sendo responsável por 63% dos óbitos
relacionados às doenças crônicas não transmissíveis. Dessas, o tabagismo é
responsável por 85% das mortes por doença pulmonar crônica (bronquite e
enfisema), 30% por diversos tipos de câncer (pulmão, boca, laringe, faringe,
esôfago, pâncreas, rim, bexiga, colo de útero, estômago e fígado), 25% por
doença coronariana (angina e infarto) e 25% por doenças cerebrovasculares
(acidente vascular cerebral). Além de estar associado às doenças crônicas não
transmissíveis, o tabagismo também é um fator importante de risco para o
desenvolvimento de outras doenças, tais como - tuberculose, infecções
respiratórias, úlcera gastrintestinal, impotência
sexual, infertilidade em
mulheres e homens, osteoporose, catarata, entre outras doenças.
O consumo de tabaco e seus derivados matam milhões de indivíduos a
cada ano. Se a tendência atual continuar, em 2030 o tabaco matará cerca de 8
milhões por ano sendo que 80% dessas mortes ocorrerão nos países da baixa
e média renda.
No Brasil, como resultado das importantes ações de controle do tabaco
desenvolvidas, a prevalência de tabagismo vem diminuindo ao longo dos anos.
Em 1989 o percentual de fumantes de 18 anos ou mais no país era de 34,8%.
Já em 2013, de acordo com pesquisa mais recente para essa mesma faixa
etária em áreas urbanas e rurais, este número caiu para 14,7% (PNS, 2013).
Os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar do IBGE (2012)
mostraram que 29,8% dos estudantes brasileiros que frequentavam o 9º ano
do Ensino Fundamental informaram que pelo menos um dos seus responsáveis
6
era fumante. Nos jovens, a última pesquisa realizada em 17 cidades brasileiras
demonstrou que a prevalência de estudantes que fumavam regularmente foi
muito similar à encontrada nos adultos (VIGESCOLA 2002-2009).
Dados epidemiológicos alarmantes
. 200 mil mortes por ano (23 pessoas por hora);
. 85% das mortes causadas por bronquite crônica e enfisema pulmonar
(doença pulmonar obstrutiva crônica);
. 90% dos casos de câncer no pulmão (entre os 10% restantes, 1/3 é de
fumantes passivos);
. 25% dos infartos de miocárdio;
. 45% das mortes por infarto agudo do
miocárdio na faixa etária abaixo de 65 anos;
. 10 milhões de pessoas vão morrer nos
próximos 30 anos, nas Américas;
. 25% das doenças vasculares (entre elas,
40% de derrame cerebral);
. 30% das mortes decorrentes de outros tipos
de câncer (de boca, laringe, faringe, esôfago,
estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo
de útero, leucemia).
Gráfico 1: representação gráfica dos
dados epidemiológicos apresentados.
Prevenção
Prevenção é o conjunto de ações que visam a assegurar a melhor
qualidade de vida para a população. O tabagismo é o maior fator de risco
evitável de adoecimento e morte no mundo. Apostando que a informação
contribui para a emancipação dos sujeitos, o Programa Nacional de Controle
do Tabagismo desenvolve uma série de ações que englobam estratégias de
comunicação, produção de materiais, capacitações presenciais ou à distância
com ênfase nos fatores de proteção, entre outros para sensibilizar toda a
população para o controle do tabagismo.
7
A Política Nacional de Controle do Tabaco ao fortalecer mecanismos de
governança intersetoriais cria um ambiente social, legislativo e econômico o
que junto com ações educativas geram mudanças de atitude e de
comportamento diminuindo as taxas de iniciação no tabagismo e de cessação
de fumar.
As diretrizes para implementação do artigo 12 da Convenção-Quadro que
trata de uma das medidas para redução da demanda por tabaco (Educação,
comunicação, treinamento e conscientização do público) afirma que educação,
comunicação e formação são os meios de sensibilizar a opinião pública e
alcançar uma mudança social sobre o uso do tabaco e a exposição à fumaça
do tabaco.
Para atingir o mais alto nível de saúde possível em todas as populações,
as normas sociais devem proporcionar ambientes propícios que protegem
contra a exposição à fumaça do tabaco, promover estilos de vida sem tabaco,
ajudar os fumantes a abandonar o uso do tabaco e impedir que outros
comecem a fumar, especialmente os adolescentes e jovens.
No Brasil, existe um rol de leis que objetivam reduzir o acesso
principalmente das crianças e jovens aos produtos de tabaco, por exemplo,
proibição da venda desses produtos a menores de idade, da venda de
brinquedos e alimentos que imitem produtos de tabaco, do uso de
descritores light, suave, leve, de propaganda em veículos de comunicação e
em pontos de venda, de patrocínio em eventos culturais e esportivos; inserção
de imagens e frases de advertências nas embalagens; política de preços
mínimos, entre outras.
 Prevenção da iniciação
O tabagismo é hoje a principal causa de morte evitável, segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa doença afeta também as pessoas
que não fumam, mas que convivem com fumantes, principalmente as crianças
que são as maiores vítimas. Fumar durante a gravidez traz sérios riscos para a
saúde da mulher e do feto. Abortos espontâneos, nascimentos prematuros,
bebês de baixo peso, mortes fetais e de recém-nascidos, complicações com a
placenta e sangramento, ocorrem mais frequentemente quando a grávida fuma.
8
A gestante que fuma apresenta mais intercorrências durante o parto e tem
o dobro de chances de ter um bebê de baixo peso e baixa estatura,
comparando-se com a gestante que não fuma. Tais problemas devem-se,
principalmente, aos efeitos do monóxido de carbono e da nicotina exercidos
sobre o feto, após a absorção pelo organismo materno.
Um único cigarro fumado por uma gestante é capaz de acelerar em
poucos minutos, os batimentos cardíacos fetais, devido ao efeito da nicotina
sobre o aparelho cardiovascular do feto. Assim, é fácil imaginar a extensão dos
danos causados ao futuro bebê, com o uso regular de cigarros pela gestante.
Quando a mãe é fumante, durante o aleitamento, a criança recebe
nicotina através do leite, podendo ocorrer intoxicação (agitação, vômitos,
diarreia e taquicardia), principalmente naquelas que consomem vinte ou mais
cigarros por dia.
As crianças fumantes passivas apresentam uma grande chance de
contrair problemas respiratórios (bronquite, pneumonia, bronquiolite) em
relação àquelas cujos familiares não fumam. Além disso, quanto maior o
número de fumantes no domicílio, maior o percentual de infecções
respiratórias, nas crianças que vivem com fumantes. É, portanto, fundamental
que os adultos não fumem em locais onde haja crianças, para que não sejam
transformadas em fumantes passivos, pois devido ao seu organismo ainda se
encontrar em desenvolvimento, as crianças, especialmente as de pouca idade,
são mais vulneráveis aos efeitos da exposição à poluição tabagística
ambiental.
Por outro lado, muitos adolescentes, com o objetivo de conquistar espaço
na sociedade e de satisfazer a necessidade de pertencer e ser aceito pelo
grupo, acabam fazendo escolhas equivocadas que podem inclusive prejudicar
a própria saúde.
Ademais, crianças, adolescentes e jovens têm sido expostos cada vez
mais precocemente aos fatores de risco, especialmente ao tabagismo. A
maioria dos fumantes se torna dependente até os 19 anos. Por esse motivo, a
Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o tabagismo uma doença
pediátrica. Conhecedores das estatísticas, os fabricantes de produtos
derivados
de
tabaco
desenvolvem
estratégias
diversas
adolescentes e jovens para repor o seu mercado consumidor.
para
aliciar
9
A imagem do cigarro como “fruto proibido” estimula o desejo do
adolescente e do jovem de “transgredir”, e suas principais motivações para
fumar são o desejo de se afirmar como adulto e de se firmar no grupo. Em
razão do seu modo de ser e das suas formas de se comportar, os adolescentes
tornam-se mais vulneráveis às estratégias da indústria tabagista e à
publicidade.
O cigarro e o álcool são drogas lícitas que fazem tão mal quanto as
drogas ilícitas. O uso de produtos derivados de tabaco e, consequentemente, a
dependência à nicotina, que se estabelece no jovem consumidor, podem
favorecer a aquisição de outros comportamentos pouco saudáveis. A utilização
da nicotina é considerada por muitos como sendo a “porta de entrada” para o
uso de drogas ilícitas.
É fundamental saber que o tabagismo é uma doença caracterizada pela
dependência à nicotina, cujos malefícios não atingem somente aos fumantes,
mas, de forma ampla e danosa, atingem também toda a sociedade e o meio
ambiente. A prevenção do consumo de produtos derivados do tabaco e o
esclarecimento acerca dos fatores de risco e de proteção à saúde, bem como a
construção de uma sociedade mais consciente sobre a necessidade de formar
cidadãos mais saudáveis, são deveres do Estado, da família e de toda a
sociedade.
Substâncias presentes
A fumaça do cigarro é uma mistura de aproximadamente 4.720 substâncias
tóxicas diferentes que se constitui de duas fases fundamentais: a fase
particulada e a fase gasosa. Na fase gasosa é composta, entre outros, por
monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína. A
fase particulada contém nicotina e alcatrão. Essas substâncias tóxicas atuam
sobre os mais diversos sistemas e órgãos e contém mais de 60 agentes
cancerígenos, sendo as principais citadas abaixo:

Nicotina - é a causadora do vício e cancerígena;

Benzopireno - substância que facilita a combustão existente no papel
que envolve o fumo;

Substâncias Radioativas - polônio 210 e carbono 14;
10

Agrotóxicos - DDT;

Solvente - benzeno;

Metais Pesados - chumbo e o cádmio (um cigarro contém de 1 a 2
mg, concentrando-se no fígado, rins e pulmões, tendo meia-vida de
10 a 30 anos, o que leva a perda de capacidade ventilatória dos
pulmões, além de causar dispneia, enfisema, fibrose pulmonar,
hipertensão, câncer nos pulmões, próstata, rins e estômago);

Níquel e Arsênico - armazenam-se no fígado e rins, coração,
pulmões, ossos e dentes resultando em gangrena dos pés, causando
danos ao miocárdio.
Derivados do tabaco
O tabaco pode ser usado de diversas maneiras de acordo com sua forma
de apresentação: inalado (cigarro, charuto, cigarro de palha); aspirado (rapé);
mascado (fumo-de-rolo), porém sob todas as formas ele é maléfico à saúde.
 Narguilé
O narguilé, também conhecido como cachimbo d’água, shisha ou hookah,
é vendido como peça de decoração e usado por jovens e adultos em festas e
eventos sociais.
Parece inocente, mas o que muitos não sabem é que ele causa
dependência e em longo prazo câncer de pulmão, boca e bexiga, aterosclerose
e doenças respiratórias e coronarianas.
Em uma sessão de uma hora de uso do narguilé, você pode inalar o
equivalente à fumaça de 100 cigarros ou mais.
A crescente popularidade do narguilé entre adultos jovens e adolescentes
tem preocupado a saúde pública em todo o mundo: estima-se que cerca de
100 milhões de pessoas usam narguilé para fumar tabaco todos os dias no
mundo de acordo com a pesquisa Reducing Hookah Use – “Um desafio para o
século XXI”.
O uso frequente dos produtos derivados do tabaco causa também
problemas de fôlego, mau hálito e envelhecimento precoce, mesmo em
11
usuários adolescentes e jovens. O fumante passa a ter dificuldades de praticar
esportes e outras atividades saudáveis de que gosta.
Um dos grandes riscos do narguilé é a intoxicação por monóxido de
carbono — mesmo gás tóxico liberado pelos canos de descarga de automóveis
— o que gera a redução da oxigenação do sangue e do cérebro.
Os sintomas de intoxicação aguda por monóxido de carbono são
inespecíficos e podem variar de fadiga, náuseas, de dores de cabeça à perda
da consciência, desmaios, arritmias cardíacas, isquemia miocárdica e morte.
O uso de narguilé é prejudicial à saúde e pode ser a porta de entrada para
a dependência do tabaco e de outras drogas. Além disso, ao compartilhar o
narguilé com outros usuários, a pessoa se expõe a hepatite C, tuberculose,
herpes e outras doenças da boca.
Doenças causadas pelo uso de derivados de tabaco
O tabagismo causa cerca de 50 doenças diferentes, principalmente as
doenças cardiovasculares tais como: a hipertensão, o infarto, a angina, e o
derrame. É responsável por muitas mortes por câncer de pulmão, de boca,
laringe, esôfago, estômago, pâncreas, rim e bexiga e pelas doenças
respiratórias obstrutivas como a bronquite crônica e o enfisema pulmonar. O
tabaco diminui as defesas do organismo e com isso o fumante tende a
aumentar a incidência de adquirir doenças como a gripe e a tuberculose. O
tabaco também causa impotência sexual.
 O que é câncer?
Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm
em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os
tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do
corpo. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas
e incontroláveis, determinando a formação de tumores (acúmulo de células
cancerosas) ou neoplasias malignas.
12
 O que causa o câncer?
As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao
organismo, estando ambas inter-relacionadas. As causas externas relacionamse ao meio ambiente e aos hábitos ou costumes próprios de um ambiente
social e cultural. As causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente
pré-determinadas, estão ligadas à capacidade do organismo de se defender
das agressões externas. Esses fatores causais podem interagir de várias
formas, aumentando a probabilidade de transformações malignas nas células
normais.
De todos os casos, 80% a 90% dos cânceres estão associados a fatores
ambientais. Alguns deles são bem conhecidos, como por exemplo, que o
cigarro pode causar câncer de pulmão.
O surgimento do câncer depende da intensidade e duração da exposição
das células aos agentes causadores de câncer. Por exemplo, o risco de uma
pessoa desenvolver câncer de pulmão é diretamente proporcional ao número
de cigarros fumados por dia e ao número de anos que ela vem fumando.
 Como surge o câncer?
As células que constituem os animais são formadas por três partes: a
membrana celular, que é a parte mais externa; o citoplasma (o corpo da
célula); e o núcleo, que contêm os cromossomas, que, por sua vez, são
compostos de genes. Os genes são arquivos que guardam e fornecem
instruções para a organização das estruturas, formas e atividades das células
no organismo. Toda a informação genética encontra-se inscrita nos genes,
numa "memória química" - o ácido desoxirribonucleico (DNA). É através do
DNA que os cromossomas passam as informações para o funcionamento da
célula.
Uma célula normal pode sofrer alterações no DNA dos genes. É o que
chamamos mutação genética. As células cujo material genético foi alterado
passam a receber instruções erradas para as suas atividades. As alterações
podem ocorrer em genes especiais, denominados protooncogenes, que a
princípio são inativos em células normais. Quando ativados, os protooncogenes
13
transformam-se em oncogenes, responsáveis pela malignização (cancerização)
das células normais. Essas células diferentes são denominadas cancerosas.
Por que fumar?
Existem vários fatores que levam as pessoas a experimentar o cigarro ou
outros derivados do tabaco. A maioria delas é influenciada principalmente pela
publicidade do cigarro nos meios de comunicação.
No caso dos jovens ainda é pior porque além das propagandas pelos
meios de comunicação, pais, professores, ídolos e amigos também exercem
uma grande influência. Antes dos 19 anos de idade o jovem está na fase de
construção de sua personalidade. Pesquisas mostram que a maioria dos
adolescentes fumantes iniciou a fumar justamente nesta faixa etária, isto quer
dizer que o principal fator que favorece o tabagismo entre os jovens é,
principalmente, a necessidade de autoafirmação.
Moda nos dicionários nos leva a pensar em: música, roupas, gostos, jeito
de se vestir, gírias, danças, etc. O tabaco não está incluído em nenhum destes
itens.
Há algum tempo atrás a publicidade manipulava psicologicamente
levando diferentes grupos (adolescentes, mulheres, indivíduos de baixo poder
aquisitivo, etc) que acreditavam que o tabagismo era muito mais comum e
socialmente aceito do que era na realidade e através das demandas sociais e
das fantasias dos comerciais que usavam mulheres bonitas, bem vestidas,
homens fortes, bonitos, jovens curtindo a natureza ou em festas muito bem
acompanhados todos estes personagens fazendo uso do cigarro. Hoje, este
tipo de publicidade foi proibido no Brasil. A lei 10.167 restringe a propaganda
de cigarros e derivados do tabaco.
Métodos para acabar com o vício
Estudos indicam que ex-fumantes precisaram tentar de 3 a 4 vezes até
conseguirem parar definitivamente. Isso acontece porque o tabagismo é uma
14
dependência. Um dos componentes do tabaco, presente no cigarro, cachimbo,
charuto e outros, é a nicotina, responsável por essa dependência.
Parar de fumar requer planejamento e disciplina e os benefícios à saúde e
bem-estar são sentidos logo nos primeiros momentos sem cigarros. Alguns
deles são:

Em 20 minutos, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal;

Em 2 horas, não há mais nicotina no sangue;

Em 8 horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza;

Em 2 dias, os aromas e sabores dos alimentos são mais percebidos.
Hoje, já existem no mercado diversos métodos para acabar com o vício do
cigarro, listados a seguir:

Goma de mascar e pastilhas de nicotina – são gomas e pastilhas
que liberam pequenas doses de nicotina diminuindo os sintomas
da abstinência.

Adesivos de Nicotina – são pequenos adesivos que colados à
pele, liberam mais nicotina do que a goma de mascar.

Spray nasal – este spray libera menos nicotina que a goma e os
patches, mas chega mais rápido ao sistema circulatório. Não
disponível no Brasil atualmente.

Inalante – o inalante tem a mesma forma do cigarro, o que leva o
indivíduo a achar que está fumando, pois imita o gesto mão-paraboca do fumante só que com 1/3 da nicotina do cigarro. Não
disponível no Brasil atualmente.

Bupropiona – este é um método sem nicotina, trata-se de um
medicamento
abstinência.
antidepressivo
que
auxilia
nas
crises
de
15
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