Assembleia_do_dia_27

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Assembleia do dia 27/05
Encaminhamentos
Aderir a greve a partir do dia 28/05:
Decidiu-se não aderir na greve a partir de amanhã.
Indicativo de greve para quarta-feira, dia 03/06:
Por 26 à 24 votos, decidiu-se por fazer um indicativo de greve para a próxima
assembleia.
Apoio a Adusp e ao Sintusp:
Foi aprovado por consenso.
Moção de repúdio à invasão da reitoria:
Por 22 à 19 votos, a filosofia não fará uma moção de repúdio à invasão da reitoria.
Não enviar delegados para o comitê de mobilização do DCE:
Por contraste foi aprovado que a filosofia não enviará delegados para esse comitê.
Grupo de divulgação das pautas na filosofia:
Por unanimidade foi aprovado e a primeira reunião deste grupo será na sexta-feira
às 18h, no CAF.
Paralisação em apoio aos funcionários:
Por contraste a filosofia não fará paralisação.
Informes:
Simone, funcionária da geociências, fala sobre a greve dos funcionários. Em
primeiro lugar fala sobre a questão da readimissão do Brandão. Fala sobre a
terceirização dos funcionários da USP como uma precarisação do ensino, e, assim,
o SINTUSP defende a reintegração dos funcionários terceirizados no quadro dos
funcionários regularizados. Fala, então, sobre a reivindicação de aumento salarial
e do reajuste fixo de R$200,00. Os funcionários são contra a UNIVESP pois ela
diminuirá o número de funcionários, e portanto, precarizará o ensino. Os
funcionários defendem a educação gratuita e de qualidade.
André esclarece sobre a questão do comitê de mobilização, dizendo que é
necessário ratificar o que foi decidido na última reunião ampliada, a saber, que a
filosofia é contra ele e que não enviará delegados. Ele também esclareceu o que é
a UNIVESP (não é uma universidade, mas um programa de incentivo ao ensino à
distância), a repressão (a readmissão do Brandão e os 40 processos
administrativos) e a redução de verbas para a Universidade.
Pautas:
Antônio fala que o ME não esta se preocupando com a formação política dos
estudantes. Fazendo um balanço da mobilização, fala que não é possível pautar
greve pois não houve construção de base. Antônio fala que na filosofia não
estamos pautando e sim sendo pautados. Fala que não há base para a greve, mas
que devemos apoiar os funcionários e professores. Fala que devemos repudiar a
ocupação e que devemos ser contra o comitê de mobilização do DCE por não
concordarmos com a concepção política desse comitê.
Orlando fala sobre o problema da base. Discorre sobre as contradições das salas
de aula e que “estamos” nos chocando contra o muro.
Abdair fala sobre a construção de base e a necessidade de levar as pautas da
filosofia para a base da filosofia. Fala sobre a necessidade de criarem grupos para
discutir as pautas da greve. Propõe criar um comitê para organizar as discussões
das pautas da filosofia.
André encaminha uma proposta contra a greve, pois a UNIVESP não é ruim em
si: como extensão pode ser bom. A questão do Brandão faz sentido, mas tem-se
que bater no órgão certo, que é a prefeitura do campus ou o judiciário e não a
reitora. Também propõe que elaboremos uma carta argumentando contra o
abaixo-assinado de um aluno do primeiro ano, que é contra a representatividade
do CAF.
Sacha fala sobre a necessidade de se discutir e não ser contra por ser contra, pois
isso congela a discussão. A greve é instrumento e não pode ser usada
levianamente.
Antônio fala que não é possível ser “contra” a greve porque isso desligitima a
ideia de greve em si. Ele acha que a UNIVESP deve ser debatida e ser contrariada,
pois é, sim, graduação. Fala da demissão do Brandão como algo político e
concorda com o André sobre a questão da verba para a educação. Fala da
necessidade de um Fórum do Curso e do Congresso dos Estudantes. Também
propõe a ABEF. Fala da carta do 1º ano e fala que a resposta deve ser nos termos
dessa, ou seja, legalista.
Simone fala que a UNIVESP divide os estudantes em duas castas, e fala sobre a
construção de base dos funcionários e que ela é difícil porque só os dirigentes
podem participar. Segundo ela, a assembleia tem poder para representar os
estudantes.
Orlando fala que o pessoal esta mais interessado na greve do que na UNIVESP.
Fala que o ensino à distância não pode dar certo no 3º mundo e que ela foi
colocada de maneira muito errada no departamento. Critica a política de corredor
do departamento.
André fala sobre a necessidade de endereçar a crítica corretamente e que a
UNIVESP como extensão não criaria “duas castas de estudantes”.
Abdu fala que a palavra de ordem “vaga para todos” é histórica do ME, mas estas
vagas devem ser com qualidade pois senão precarizaremos o ensino. É preciso
fazer este debate para não parecer que ao sermos contra a UNIVESP somos contra
a expansão de vagas da universidade. Fala sobre a necessidade de discutir as
verbas para a educação. Fala que o debate deveria ser fortificado.
Marcos fala que 40 pessoas numa assembleia não podem fazer greve. Se coloca
contra a carta do 1º ano que vê como uma atitude despolitizada. Fala que temos
que fortalecer a representação, ao contrário do que pressupõe essa carta.
Rafael fala sobre os módulos da UNIVESP. Fala que temos que discutir o que é a
educação e que, embora ele não seja legalista, está na lei nacional que todos
devem ter educação, só que, acrescenta ironicamente, alguns podem ter uma
educação melhor, outros pior. Fala que a greve estudantil é um direito à voz e que
é um meio válido. Fala que a greve não é ruim a priori pois é espaço de formação.
Aulas não podem ser vistas como mercadoria, como propriedade individual.
Luciano se sentiu contemplado e diz que as pautas são estranhas mesmo e que as
pautas que a filosofia deve debater nesse tempo de greve devem ser ligadas ao
curso. Ele é a favor de um comitê do curso de filosofia para ajudar o CAF na parte
prática.
CaJu se sente representado por outras falas mas acrescenta que a questão do DCE
também deve ser pautada sobre a vida política e do ato político. Fala que a carta
do 1º ano é inadimissível, no sentido de que um estudante de filosofia não pode
ser fechado ao diálogo, como essa carta insinua.
Orlando fala que a questão da repressão é velada. Fala da greve como algo bom
para os estudantes. Também fala da meritocracia, e do ensino de línguas na
filosofia.
André fala que é contra inventar pautas para fazer uma greve, como sugeriu o
Luciano. Para ele uma greve deve ser bem feita e é parte de um processo de
negociação. A greve é um instrumento que deve ser usado da melhor forma
possível. Fala que a UNIVESP pode ser muito boa como extensão para os
professores da rede pública.
Sacha propõe que o debate seja desvinculado da assembleia; o debate do CA não
pode ser um debate com fim pela greve
Rafael elogia a ideia do comitê. Fala que a ideologia funciona através daquilo que
ela não diz e não pelo que fica dito. Questiona se houve algum debate sobre a
UNIVESP entre os professores e responde que não, que a decisão foi a portas
fechadas. Fala que a greve pode ser por solidariedade sem ter necessariamente
uma pauta estudantil.
CaJu fala que se a UNIVESP não dosse graduação não precisaria chamá-la de
“Universidade”. Fala que é difícil fazer teses de pós-graduação sendo professor,
então, há, sim, uma vinculação entre pesquisa e professorado e que, por isso a
UNIVESP consiste numa precarização.
Marcelo fala que sua análise da UNIVESP carece de dados. Devemos levar o
debate para outro lado. A UNIVESP tem que ser vista como um projeto de um
governador que quer ser presidente. Concorda com o André em certa medida e
acha que uma greve está em curso.
Simone fala como os terceirizados ficam à merce do chefe. O SINTUSP não
aceita que o trabalho seja terceirizado e, assim, defende também que o SINTUSP
defenda os terceirizados. Diz que devemos medir os esforços e lembrar que é
possível unir forças.
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