a reproducao social das objetivacoes etico morais

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A reprodução social das
objetivações éticomorais
“Ética: Fundamentos Sócio históricos”- Maria Lucia Barroco
Agnes Heller (Sociologia da vida cotidiana) utiliza a expressão homem
singular para referir-se a todo homem.
Homem singular, sendo particular e simultaneamente genérico pode tender
tanto para a particularidade como para a generacidade.
Atividades cotidianas = indivíduo singular: são atividades que se
caracterizam pela “naturalidade e espontaneidade”.Não requerem uma
direção consciente porque são desenvolvidas de forma espontânea e
natural.São atividades necessárias a sua auto-reprodução no contexto
social= não são conscientes.
Atividades não cotidianas se caracterizam pela intencionalidade; são
aquelas que servem à reprodução do gênero humano como um todo e
servem à reprodução do homem particular (esfera onde se desenvolve a
ciência, a arte, a filosofia) = são ações conscientes.
PARTICULARIDADES ÉTICO-MORAIS
Para apreender os fundamentos da ética é preciso buscar
a gênese do ser social, a partir daí explicitamos quais são
as particularidades desse modo de ser.
Campo das objetivações ético –morais :
• conjunto
dos
modos
de
ser
desenvolvidos
historicamente pelos homens, a partir de um
determinado estágio de organização do trabalho e da
vida.
• É constituído: pelo sujeito ético-moral, pela moral, pelo
conhecimento ético, pela práxis ético-política
SUJEITO ÉTICO-MORAL
Socialmente capaz de responder pelos seus atos em termos morais (discernir entre
valores –bom/mal,certo/errado),ou seja ter senso ou consciência moral.
• Ação moral consciente: sujeito assume que o outro pode ou não sofrer as
conseqüências de seus atos.
• A moral supõe: respeito ao outro e responsabilidade em relação as ações para
outros indivíduos, grupos e sociedade. Ela se origina do desenvolvimento da
sociabilidade; responde à necessidade prática de estabelecimento de determinadas
normas e deveres, tendo em vista a socialização e convivência social.
• Ação ética só tem sentido se o indivíduo sair da sua singularidade (EU) e se
relacionar com o outro. Um ato moral supõe pensar no outro.
A moral tem uma função integradora, pois
estabelece uma mediação de valor entre o
indivíduo e a sociedade; entre eles e os outros,
entre sua consciência e sua prática.
Ao mesmo tempo produz novas mediações,
influi nos sentimentos, na medida em que valora
os comportamentos e se reproduz por deveres.
Nem todas as ações tem implicação
moral.Ex: uma escolha individual, que não
tem conseqüências para os outros (uso de
uma roupa).Mas, se são julgadas, são vistas
de forma moralista.
Preconceitos morais tem um papel
ideológico na preservação de costumes.
Liberdade e a consciência são componentes
fundamentais para todas as formas de
realização ético-morais, pois as objetivações
ético-morais fundamentam-se nas
capacidades humanas desencadeadas pela
práxis: a sociabilidade, a consciência, a
liberdade e a universalidade humana.
A consciência é uma exigência : o indivíduo deve ter
um mínimo de participação consciente nas
deliberações e escolhas de valor que realiza como
sujeito
moral
ou
ético.
Sujeito ético: consciente e dotado de vontade, vontade
essa que deve ser livre , ou seja, seu portador não
deve ser coagido por outros indivíduos em suas
decisões (seja por força física ou psicológica), deve ter
autodomínio.
Como objetiva-se a moral:
-Como sistema normativo reprodutor de costumes, em
resposta a exigências de integração social, vinculando-se
ao indivíduo singular e a vida cotidiana;
-Como conexão entre as motivações do indivíduo singular
( volta-se basicamente para as necessidades imediatas de
manutenção da vida) e exigências humano-genéricas
(marcadas pelas atividades não cotidianas, ações
conscientes que servem a reprodução do homem particularonde se desenvolve a ciência, a arte, a filosofia), vinculadas
a diferentes formas de práxis, dentre elas a práxis política.
Sistema normativo: se realiza através da
reprodução de normas e regras de
comportamento socialmente determinadas.
Origem: sociedades primitivas, onde houve
necessidade de preservação e integração da
comunidade. Valores coletivos pautados na
solidariedade e igualitarismo= caráter sóciohistórico
dos
valores.
Valores morais surgem das necessidades históricas
dos homens. Instituídos, passam a se estruturar como
sistemas normativos=conjunto de normas morais que:
• visa a regulação do comportamento dos indivíduos, com
finalidade de atender às necessidades de sobrevivência, de
justiça, de defesa da comunidade.
• Servem de orientação de valor, de parâmetros para juízos de
valor, que visam nortear a consciência moral dos indivíduos
compondo código moral (não escrito),mas cuja reprodução se dá
na vida cotidiana=forma hábitos e costumes.
• Valores comuns e regras de comportamento dá origem à moral
como costume ou conjunto de hábitos de conduta.
Comunidades primitivas, a moral apresenta um nível de
desenvolvimento restrito, pelo nível do desenvolvimento
econômico e social e os valores serem praticamente
homogêneos, sem grandes conflitos de ordem social e moral.
Com o desenvolvimento da sociedade, sistema normativo
embrionário é substituído por formas e necessidades mais
complexas, ( propriedade privada, da sociedade de classes,
divisão social do trabalho),com novas exigências de
integração social, que se reflete na necessidade de
legitimação dos valores e nas normas de comportamento que
serão
orientadas
pelo
ethos
dominante.
Nesse contexto a moral se revela como exigência de
subordinação dos indivíduos singulares à
exigências de integração social à moral dominante.
Sociedade de classes a moral torna-se funcional, mas
tal funcionalidade não é imutável, há um espaço para
ações em outras direções (contestação, crítica, de
defesa e busca de realização de outras formas de
objetivação
moral).
EXIGENCIAS SOCIAIS E MOTIVAÇÕES MORAIS SINGULARES
Primeiras formas de organização social dos valores=
buscam integração social da coletividade, baseada em
valores solidários. Mas os limites do desenvolvimento
da produção não deixava espaço para a mobilidade do
indivíduo (subordinado ao coletivo). Integração social = unidade entre os membros da
comunidade, mas também subordinação do indivíduo
ao coletivo (sem individualidade).
A moral como sistema normativo assinala a
necessidade de regulação do comportamento
coletivo, prevendo a transgressão das normas.
A função reguladora da moral se articulava a
um sistema de necessidades que adquiria
condições de representar o bem comum, de
forma dominante.
Os valores homogêneos representavam
poucas possibilidades de escolha e de
alternativas éticas.
Sociedade de classes e seus antagonismos a moral adquire
certa autonomia e através de mediações contribui para a
veiculação dos modos de ser, de valores e costumes que
justificam
a
ordem
social
dominante.
Já nascemos em uma sociedade com um sistema normativo e
com costumes instituídos; na família e na escola aprendemos
a assimilar comportamentos e valores que passam a ser
referencial moral do nosso ethos (designa as características
morais, sociais e afetivas que definem o comportamento de
uma determinada pessoa ou cultura) e caráter.
Pode-se negar tais valores, mas isso não é suficiente
para mudar a estrutura social, mas muda a relação que
o indivíduo tem com ela.
Ex: pena de morte. A sociedade pode oferecer
condições para posicionamentos críticos e os
indivíduos se organizarem em movimentos de oposição
à violência.
Por outro lado, estar subordinado a exigências de
integração social pode ser positivo. Ex: respeito à
cultura de um grupo ou classe social, valores, tradições.
Nenhuma sociedade se reproduz sem
normas de convivência, nenhum grupo ou
coletivo trabalha ou executa tarefas
compartilhadas sem regras básicas para
dividir a responsabilidade, com critérios de
valor e princípios para avaliar seus
compromissos.
NEM TODA SUBORDINAÇÃO É NEGATIVA.
COLETIVO PROFISSIONAL
Pode debater e eleger valores para orientar seu
Código de Ética; ou pode decidir de forma
autoritária ,sem discussão, hierarquia de seus
valores e prerrogativas profissionais.
A forma como isso vai ser feito depende de
decisões
postas
pelo
coletivo
profissional
dependendo da conjuntura e pode haver uma
mobilidade para assumir direções sociais e políticas
que não sejam necessariamente justificar a ordem
social posta.
Nem todas as exigências de valor são morais. As relações que o
indivíduo estabelece em sociedade são mediadas por certas
características de caráter ético-moral, mas ele pode não se
manifestar moralmente em todas essas relações.
Nas relações sociais nos deparamos constantemente com
situações de afirmação ou negação de valores éticos morais
(injustiças, violência, discriminação).
Podemos responder ou não moralmente a tais exigências:
podemos nos indignar e assumir posição de valor; nos revoltar,
mas não agir; ficar indiferente. Ou intervir de forma prática, para
mudar a situação.
Ações ético-morais não pertencem a uma esfera social
em particular, são mediações entre as relações dos
homens, mas sua intensidade ou presença variam de
acordo
com
circunstancias
sociais.
Todo homem é um ser ético, mesmo que não se
manifeste.
Quando a ética se manifesta de forma inoportuna
assume uma posição prioritária quando não é o caso,
transforma a relação em uma relação moralista.
Contudo, manter um posicionamento ético coerente é
uma
das
maiores
exigências
éticas.
O nível e a dinâmica das respostas do homem são
determinados pela relação entre as exigências sociais e as
necessidades dos indivíduos.
As necessidades imediatas (trabalho), como as de exigências
sociais de integração social (reproduções de costumes e
normas sociais) são respondidas pelo indivíduo singular (EU)
no âmbito da vida cotidiana. Porque;
TODO INDIVÍDUO É SINGULAR E HUMANO-GENÉRICO
(PAG.67)
As exigências de integração social são respondidas pelo
agente moral por uma dinâmica própria; o indivíduo é
chamado a responder à múltiplas necessidades, mas não se
coloca por inteiro em nenhuma delas (porque são realizadas
ao mesmo tempo e não há tempo, são absorvidas
rapidamente)
Vida cotidiana: espaço fértil para a veiculação moral, nesse
espaço o indivíduo se socializa, aprende a responder às
necessidades práticas imediatas, assimila hábitos, costumes
e normas de comportamento.
Embora haja um sistema moral dominante é
possível dizer não quando não correspondem às
necessidades de emancipação, quando
expressam alienação e promovem
desumanização.
ISTO NÃO SE DÁ DE FORMA INDIVIDUALISTA
OU ACHANDO QUE A TRANSFORMAÇÃO DA
SOCIEDADE SE DÁ PELA MORAL.
Por força do hábito ou repetição, muitas coisas são
assimiladas mecanicamente, sem crítica. As normas
podem ser aceitas interiormente defendidas
socialmente, sem que a aceitação tenha se dado
livremente.
É O RISCO DE DEIXAR QUE OUTROS FAÇAM
ESCOLHAS POR NÓS.=AO LEGITIMAR NORMAS
E VALORES SEM UMA REFLEXÃO CONSCIENTE.
Exigências morais singulares: aquelas nas quais a reprodução
de normas é favorecida pelo individualismo, pelo baixo nível do
conhecimento crítico e de consciência face as responsabilidades
com
os
riscos
envolvidos
Legitimação das normas: supõe aceitação subjetiva, pois se não
são valorizadas não se reproduzem nas situações concretas.
Alienação da moral: quando os indivíduos incorporam
determinados
papéis
e
comportamentos,
reproduzem
espontaneamente, mas as escolhas não representam ações
conscientes.
FORMAS DE ALIENAÇÃO MORAL
A moral se estrutura através de princípios e valores universais
abstratos, apropriados pelos indivíduos em cada formação social
concreta e situação histórica determinada.
São (princípios e valores) ontologicamente objetivos por se referirem a
valores genéricos que são produtos históricos de conquistas teórico
práticas do ser social.
Objetividade = decorre do fato de pertencer a história dos homens, só
se tornam abstratos em determinadas circunstancias sociais.
O critério para sua realização é dado objetivamente.
Ex: A honestidade. É um princípio abstrato que é concretizado através
de normas concretas em situações cotidianas.
Pela sua importância para a vida dos homens em determinado
período histórico, certos valores éticos tornam-se conquistas
humano-genéricas valiosas e extensivas à história da humanidade.
Os valores e princípios universais expressam valores objetivos que
se desenvolvem de modo desigual (em dada sociedade e em
relação ao desenvolvimento histórico do ser social). Permanecem
como possibilidades que podem ser resgatadas a partir da práxis
política que se dirija a sua realização.
Ex: a liberdade, tornou-se um valor ético e político desde a
sociedade antiga, mas sua trajetória histórica é constituída por um
longo processo de perdas e ganhos relativos.
Na sociedade burguesa, a liberdade não se
objetiva de forma universal (por causa da divisão
social do trabalho e propriedade privada dos
meios de produção). As classes dominantes
permanecem fiéis ao seu uso ideológico, mas é
um discurso desprovido de materialidade.
Essa situação mostra a presença da alienação na
objetivação moral.
A MORAL ESTÁ VINCULADA –CONTRADITÓRIAMENTE –
AO DESENVOLVIMENTO HUMANO-GENÉRICO E À SUA
ALIENAÇÃO
Ou seja: as formas de reprodução de valores ético-morais
são orientadas por valores humano-genéricos
(universalmente legitimados),mas que não tem condições de
se universalizar em determinadas condições sociais
(UNIVERSAIS ABSTRATOS)
ISTO GERA UM DISCURSO IDEALISTA,VALORES
APARECEM COMO IRREALIZÁVEIS
Como a vida cotidiana é o lugar de validade
das normas concretas, os indivíduos precisam
acreditar que os valores são realizáveis para
todos e que sua prática é boa e correta =
função ideológica da moral: reproduzir a
ideia de que todos podem ascender
socialmente, de que a posse de bens leva à
felicidade e à liberdade.
A vida cotidiana se presta à alienação quando se presta a
reprodução acrítica dos valores.
A alienação moral também se expressa através do
moralismo (preconceitos).A generalização faz com que o
indivíduo faça juízos de valor baseado em estereótipos.
Juízos não são preconceitos, passam a ser quando
mesmo negados por uma teoria ou experiência prática
continuam servindo de orientação à ação.
Afetos: tanto pode ser mobilizada para a singularidade do
indivíduo, como motivá-lo a se elevar e experiências genéricas.
Os afetos tendem a se manifestar na vida cotidiana através de
atitudes de fé: a atitude de fé diante dos valores é uma
característica do comportamento singular voltado às necessidades
do EU.
Intolerância: atitude preconceituosa baseada na paixão
(desmedida)
Preconceito: é uma forma de alienação moral porque impede a
autonomia do homem, ao deformar e estreitar a margem de
alternativas do indivíduo (Heller).
Exigencias éticas humano-genéricas
Elementos que fazem parte do conteúdo da moral (Heller):
1)regulação das motivações particulares
2)eleição dos fins e valores relacionados às motivações
3)a constância
4)a prudência
Chauí que o sujeito moral só existe com as seguintes condições:
-ser consciente de si e dos outros;
-ser dotado de vontade, de capacidade para controlar e orientar paixões
conforme as normas e valores reconhecidos pela consciência moralcapacidade para deliberar;
-ser responsável (reconhecer-se como autor da ação), se livre, capaz de se
oferecer, não estar submetido à poderes externos; dar-se a si mesmo regras
de ação.
Exigências para se dirigir a motivações que remetem a conquistas
de natureza humano-genéricas, fundamentais ao ser ético:
1)auto-domínio, auto-controle das paixões em função da vontade e
da razão;
2)liberdade, autonomia
3)consciência moral
4)responsabilidade
5)constância ou permanência
Determinadas descobertas são duradouras e trans-históricas; são
conquistas do gênero humano:por isso valoradas positivamente
como parte da riqueza humana historicamente produzida, podendo
ser resgatada em momentos específicos como exigências éticas e
políticas humano-genéricas.
Ex:filosofia grega.
Aristóteles (384/322 a.C): a virtude está no meio, na
moderação. Entendia que a virtude moral significa a
capacidade de evitar o vício da falta e do excesso (autocontrole das paixões e ações). A medida certa evitaria a
desmedida prejudicial à moralidade e á vida ética.
Considerava a sabedoria como a mais importante das
virtudes: ser virtuosa é acima de tudo ter sabedoria para
extrair o que e como fazer em cada situação prática.
Sócrates (470/399 a.C) já falava em autonomia
(autos=eu mesmo, si mesmo; nomos= lei, norma)
Estar livre de determinação ou de qualquer circunstancia
externa que possa tirar a liberdade do sujeito livre.
Essa concepção pode parecer ignorar a sociedadever o indivíduo de forma isolada.Homem grego naõ
se compara com o indivíduo burguês,para quem o
outro é um estorvo.
Sociedade grega: a ética estava vinculada à política
e à participação dos cidadãos na vida pública, no
destino da pólis.
Fidelidade à política e amor à sabedoria=
moralidade capaz de vincular o indivíduo ao
coletivo, sem subordiná-lo à ele, como ocorria nas
comunidades primitivas.
Quando se participa ativamente da
elaboração das normas elas não
representam algo externo ao indivíduo.
Contexto do cidadão ateniense:dar a si
mesmo as regras de conduta.Para os
gregos, a virtude está ligada ao ethos
(caráter).pag.77
Em todas as ações éticas é preciso fazer
escolhas e com um nível de consciência
(indivíduos e responsabilidades).
A ação moral torna-se consciente na medida
em que consegue se objetivar através de
mediações éticas como a liberdade,
sociabilidade, alteridade* e compromisso.
*circunstância, condição ou característica que se desenvolve
por relações de diferença, de contraste
Heller: “a constância é a firmeza do caráter”:
reside na vida orientada continuamente para as
motivações humano-genéricas, elevando-se
acima da singularidade, trabalha de modo
consciente para revelar o caráter.
A práxis positiva- que é a afirmação da vida- é
preciso ser uma atividade humano-genérica*
consciente.
*O humano-genérico é o homem por inteiro. É a capacidade e possibilidade
do homem viver inteiramente colocando em movimento, livremente, suas
forças, suas habilidades e sua criação (tendo o trabalho como categoria
ontológica central)
A consciência moral se fundamenta na liberdade, se
vincula à responsabilidade do sujeito ético que
escolhe com compromisso em face das alternativas e
dos recursos envolvidos
O que é positivo e valoroso em termos ético-morais?
Tomamos como medida o próprio homem= a medida
do homem é o próprio homem. Valorosa é toda
atividade que objetive os componentes essenciais do
ser social: o trabalho, associabilidade, a capacidade
de agir conscientemente, de ser livre, consequente.
Desvalor: toda forma de agir que aliene o ser desses
componentes.(pag.80)
O indivíduo pode sair da sua singularidade
através da moral elevando-se a motivações
humano-genéricas=isto é positivo porque
permite que ele se aproprie de exigências que
podem enriquecer sua personalidade.
A escolha moral é livre quando se relaciona
com as normas criticamente, buscando seu
significado, assumindo opções que não se
esgotam em si mesmo=se desdobram em
finalidades vinculadas à prática social.
Ato moral se constrói como ato livre= escolha com
consciência de várias alternativas.
Ação moral é sempre social.
As atividades teóricas como a filosofia, a arte, as
ciências permitem a objetivação das exigências humanogenéricas= levam á consciência e autoconsciência do
desenvolvimento humano.
Ética se desenvolve como ramo da filosofia, com
configurações que dependem do seu pensador,mas
conservando características que fazem parte da
natureza do conhecimento filosófico.
Ética como saber histórico=volta-se para a
crítica da moral cotidiana:
-desvelando a alienação moral
-os fundamentos e significados dos valores
-para apreensão da possibilidade de
objetivação concreta das exigências éticas
humano-genéricas
Objetivação concreta das exigências humanogenéricas:
-situa-se como horizonte da liberdade=objetiva o
enriquecimento do sujeito moral (crítico)
-como crítica à alienação moral: crítica à
discriminação, ao preconceito, ao moralismo, ao
individualismo, ao egoísmo moral
-como conhecimento crítico: contribui para desvelar
a moral dominante, suas contradições, a
coisificação das motivações éticas e identificar os
fundamentos históricos da alienação da moral.
Comente o conteúdo do quadrinho a partir dos elementos
teóricos trabalhados.
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