A L K A N T A R A ALK A N TA R A FESTIVAL Arkadi Zaides Christiane Jatahy Christopher Brett Bailey Cláudia Dias Collectif Jambe El Conde de Torrefiel Faustin Linyekula Federico León Lula Pena Philippe Quesne Quico Cadaval, Celso F. Sanmartín e Jose Luis Gutiérrez Rabih Mroué Radouan Mriziga Gonçalo Waddington João dos Santos Martins e Cyriaque Villemaux Joris Lacoste Roger Bernat Sofia Dias & Vítor Roriz Taoufiq Izeddiou Takao Kawaguchi tg STAN 26 MAIO — 11 JUNHO’16 14º FESTIVAL INTERNACIONAL DE ARTES PERFORMATIVAS Mundos em palco P.0 4 / P.0 5 — ED I TO R I A L Regresso ao futuro (Navegar é preciso) P.0 9 — E S E ELA S F O S S EM PA R A M O S C O U ? Christiane Jatahy P. 1 0 — LA S I D EA S Federico León P. 1 1 — AU TO I N T I T U LA D O João dos Santos Martins e Cyriaque Villemaux P. 1 2 — P ER F O R M A N C ES PA R A O A LK A N TA R A Sofia Dias & Vítor Roriz P. 1 3 — A R C H I VE Arkadi Zaides P. 1 4 — S U I T E N º 2 Joris Lacoste / Encyclopédie de la Parole P. 1 5 — T H I S I S H OW W E D I E Christopher Brett Bailey P. 1 6 — S U R LES T R AC ES D E D I N OZO R D Faustin Linyekula P. 1 7 — A B O U T K A Z U O O H N O Takao Kawaguchi P. 1 8 — O C ER EJ A L tg STAN P. 1 9 — R I D I N G O N A C LO U D Rabih Mroué P. 2 0 — S EG U N DA- F EI R A : AT EN Ç ÃO À D I R EI TA Cláudia Dias P. 2 1 — T H E D I A LO G U E S ER I ES : I V. M OYA Faustin Linyekula P. 2 2 — W E N EED TO TA LK Roger Bernat P. 2 3 — EN A LER T E Taoufiq Izeddiou P. 2 4 — LA N U I T D ES TAU P ES ( W ELC O M E TO C AVELA N D ! ) Philippe Quesne P. 2 5 — ES C EN A S PA R A U N A C O N VER SAC I Ó N . . . El Conde de Torrefiel P. 2 6 — 5 5 Radouan Mriziga P 2 7 — O N O S S O D ES P O R TO P R EF ER I D O P R ES EN T E Gonçalo Waddington P. 2 8 — AQ U I H Á R EG R A S ! Collectif Jambe P. 2 9 — O S C O N TO S D E J O S ELÍ N Quico Cadaval, Celso F. Sanmartín e José Luís Gutiérrez P. 30 — C O N C ER TO D E EN C ER R A M EN TO Lula Pena P. 34 / P. 35 Calendário P. 38 Bilhetes e Assinaturas / Espaços de Apresentação P. 4 0 Equipa / Redes P.2 P.3 Será que alguém poderá dizer — Já sei o suficiente do passado posso dedicar-me ao futuro? Com esta pergunta, uma das muitas de Segunda-Feira, Cláudia Dias e Pablo Fidalgo Lareo dão o tom ao 14ª Alkantara Festival. O espetáculo começa no ano mágico de 1974 (ano da Revolução de abril, mas também do mítico combate entre Ali e Foreman em Kinshasa) e é apenas um dos vários títulos presentes num festival de artes contemporâneas que se debruça sobre o passado ou que procura conectar-se com a tradição. As nuvens escuras que pairam sobre a Europa (e, no fundo, um pouco por todo o mundo) inverteram o clássico antagonismo progressista versus conservador. Hoje ser-se “progressivo” no sentido mais lato do termo (isto é, acreditar que podemos fazer melhor enquanto sociedade) significa tentar preservar um conjunto de valores contra forças que os vão lentamente consumindo. Nesse sentido, os progressistas esforçam-se por conservar; os conservadores lutam pela mudança. Tudo isto poderia apresentar-se de uma forma negativa. Em vez de criar novas visões para o futuro estamos provavelmente demasiado focados numa luta à retaguarda. É de salientar, contudo, que este conservadorismo progressista tem, pelo menos, a valência de nos relembrar que o progresso nunca é um processo linear e que nos obriga a repensar a nossa relação com a história. Alguns dos artistas desta edição vêm de partes do mundo que, na sua história recente, viveram momentos drásticos de ruptura (descolonização, revoluções...) e dão voz a uma percepção crescente de que temos de regressar ao ponto em que rompemos com o passado para que possamos entender quem somos, onde estamos (e talvez essa ruptura não tenha sido tão radical quanto pensávamos) e para onde vamos. Esta é uma ideia muito presente no trabalho do Artista na Cidade Faustin Linyekula, que ao longo da última década tem utilizado o seu corpo e o dos seus cointérpretes em palco como um meio de ligação ao passado. Tanto Taoufiq Izeddiou como Radouan Mriziga, ambos oriundos de Marraquexe, criam, de formas opostas, elos entre a sua dança contemporânea e a herança de uma riquíssima cultura islâmica – que vai muito além dos clichés que infetam o modo como o ocidente olha para o mundo árabe. Outros ainda investigam as origens das suas próprias práticas artísticas. Takao Kawaguchi mergulha até à tradição do butô do pós-Segunda Guerra Mundial e centra-se num dos seus fundadores mais radicais e coloridos, Kazuo Ohno. Christiane Jatahy e tg STAN partem de textos de Anton Tchechov (respetivamente As Três Irmãs e O Cerejal) para retratar temas contemporâneos como a emigração. Os Contos de Joselín revisita um dos tesouros escondidos da cultura popular galega e as suas sempre relevantes histórias de poder, morte e dinheiro. Joris Lacoste, por seu turno, recorre ao stock inesgotável da palavra falada e sobrepõe expressões vocais extraídas da cacofonia do mundo - discursos políticos, conversas telefónicas, uma aula de ginástica, palavras de amor e ódio – para redefinir a forma como essas palavras ressoam juntas, libertando o seu potencial dramático, trágico ou cómico. Roger Bernat abre-nos as portas da história do cinema para explorar a sempre difícil relação entre o público e a intimidade. E Colletif Jambe regressa às origens dos jogos para entender as noções básicas das regras e das leis na sociedade. Contra a globalização da cultura, tantas vezes fachada de um mercado globalizado que põe em risco o controle sobre os nossos destinos, outros criadores tendem a focalizar-se em questões locais que, ainda assim, continuam a ter um eco universal. Ao colocar em palco o seu irmão Yasser, Rabih Mroué revisita o cenário trágico da guerra civil libanesa, levantando questões de memória e de representação. Arkadi Zaides, através das câmaras do projeto B’Tselem, olha para o impacto de meio século de ocupação na sociedade israelita. Por mais díspares que sejam as motivações e as línguas destes criadores, há um ponto em comum: o olhar que lançam ao passado não é nostálgico, mas sempre crítico, delicado e incisivo. E muitas vezes repleto de humor sério: El Conde de Torrefiel e o seu retrato de uma geração europeia perdida; Federico León a jogar ping pong com o seu próprio processo criativo; Philippe Quesne a reunir Platão e um grupo de toupeiras numa caverna, algures entre Altamira e um abrigo atómico. Todos eles demonstram que profundidade e ligeireza não são insustentavelmente opostos. O Alkantara Festival 2016 permanece um exercício de fazer muito com muito pouco. Se não houve uma evolução substancial da precariedade das condições relativamente a 2014 – quando tornámos público o risco da não continuidade – optamos por continuar a atravessar o oceano, tal como a maior parte do sector cultural em Portugal. Animados pelas recentes mudanças políticas do país, perguntamo-nos se a cultura será capaz de restaurar a sua viabilidade e capacidade de desempenhar um papel vital nos grandes debates da sociedade. Um futuro próximo dirá se esta é mais uma apreciação ingénua ou se há realmente terreno fértil do outro lado. P.04 Will anyone be able to say – I know enough about the past to dedicate my time to the future? Regresso ao futuro (Navegar é preciso) With this question, one of many in Monday, Cláudia Dias and Pablo Fidalgo Lareo set the tone for the 14th Alkantara Festival. Monday starts in the magical year 1974 (of the revolution but also of the famous Ali-Foreman fight in Kinshasa) and is just one of the many works in this contemporary arts festival that look to the past or seek a connection to a tradition. The dark clouds gathering over the European continent (and pretty much the rest of the world) have upset the classic progressive-conservative antagonism. These days, to be “progressive” in the widest sense of the word (that is, to believe that we can do better, as a society, than we are doing now) means to try to hold on to/preserve/defend a set of values against the forces that are eating away at them. So the progressives struggle to conserve, while the conservatives fight to change. This could be cast in a negative light. Instead of creating new visions for a future, we progressives seem perhaps too focused on our fighting retreat. But as we look back, we are reminded that progress is never a linear process, and we are prompted to reconsider our relationship with history. Some of the artists of the festival, coming from parts of the world that were at the breaking point not too long ago (decolonization, revolutions...), give voice to a growing understanding that we have to return to the point where we broke with the past in order to understand who we are, where we are now (and maybe this breaking point wasn’t as radical as we had dreamed?) and where we are going. This idea is very much present in the work of Lisbon’s Artist of the City Faustin Linyekula, who over the past ten years has used his body on stage, and those of his coperfomers, as a medium to connect to the past. Both Taoufiq Izeddiou and Radouan Mriziga, born and raised in Marrakesh, link their contemporary dance practice to the heritage of a rich Islamic culture in very opposite ways, but always far beyond the clichés that infect the way the west looks at the Arab world. Others investigate the origins of their own artistic practice. Takao Kawaguchi digs into the postWWII tradition of Butoh and one of its most radical and colorful founders, Kazuo Ohno. Christiane Jatahy and tg STAN both use the words of Anton Chekhov to describe contemporary phenomena like emigration. Contos de Joselín revisits a hidden treasure of Galician popular culture and its ever-relevant stories about power, death and money. Joris Lacoste draws on the endless resource that is the spoken word, superposing the vocal expressions extracted from the hullabaloo of the world – political speeches, phone conversations or a gym class, words of hate and love – to allow the fullness of their theatrical, dramatic, tragic and comedic power to reverberate. Roger Bernat invites us to step into film history to explore the difficult relationship between the public and the intimate. And Collectif Jambe returns to the origins of games, to understand basic notions of rules and laws in society. In opposition to the globalization of culture, the facade on a market globalization that threatens our fundamental control over our destinies, artists tend to focus on local issues, albeit with universal resonance. Setting his youngest brother Yasser against the tragic backdrop of the Lebanese Civil War, Rabih Mroué lays bare fundamental questions of memory and representation. Arkadi Zaides looks through the camera lenses of the B’Tselem project at the impact of half a century of occupation on Israeli society. However different their motivations and languages, these artists have one thing in common: their looking back is never nostalgic, but always critical, delicate and sharp, often with a serious sense of humor. El Conde de Torrefiel’s portrait of Europe’s lost generation; Federico León playing ping pong with his creative process; Philippe Quesne bringing together Plato and a bunch of moles in a cave, somewhere between Altamira and an atomic bomb shelter – all are examples that depth and lightness need not be contradictory. The Alkantara Festival 2016 remains an exercise in doing lots with very little. Although the precariousness of our condition has basically not changed since we publicly assumed that the continuation of the festival was in danger in 2014, we have opted to extend the crossing of the ocean, like much of the Portuguese cultural sector. Heartened by the recent changes in our political landscape, we hope culture will be able to restore its viability and vital role in society’s major debates. The near future will tell if this is another naive assessment of if there truly is dry land ahead. Thomas Walgrave and the Alkantara Festival team P.05 Com quantos anos aprendeste a disfarçar a tua urgência? ES TR EI A NACI ONAL / ABER TUR A São Luiz Teatro Municipal Sala Principal QUA 25, QUI 26 e SEX 27 MAIO 19h e 22h duração 90min + pausa + 90min A CLASSIFICAR PELA CCE / 15€ Em português, legendado em inglês In Portuguese with English surtitles © Aline Macedo QUI 26 MAIO / 16H Ponto de Encontro Alkantara Teatro Estúdio Mário Viegas Filme A falta que nos move E SE E LAS FOSSE M PAR A MOSCOU? Christiane Jatahy [B R ] E se Moscovo pudesse ser o que quiséssemos imaginar? Se fosse um passo rumo à mudança? Se fosse um salto no abismo que nos leva ao novo? Se fosse, de alguma forma, nascer outra vez? A partir de As três irmãs de Anton Tchekhov, a encenadora e cineasta brasileira Christiane Jatahy transporta estas questões para o teatro, para o cinema e para as cidades, desdobrando-as em múltiplos pontos de vista, criando interseções entre realidade e ficção, teatro e cinema, passado e presente. As três protagonistas encontram-se mergulhadas numa profunda insatisfação que abre a porta a uma possível mudança. Será a emigração a solução? E se elas fossem para Moscou? é um espetáculo desdobrado em duas sessões simultâneas. Uma é apresentada num contexto teatral. Outra tem lugar numa outra sala, onde se exibe a versão filmada e editada, em direto, do espetáculo. O público é convidado a assistir às duas versões no mesmo dia, com um intervalo entre elas. Com este espetáculo, Christiane Jahaty recebeu, no Brasil, o Prémio Shell 2015 para a melhor encenadora e Stella Rabello foi galardoada com o prémio da melhor atriz. As três irmãs é uma das peças mais emblemáticas de Tchekhov. Para além de E se elas fossem para Moscou?, o Alkantara Festival propõe uma outra adaptação de um texto do autor russo, a “anti-peça” O Cerejal, na versão da companhia belga tg STAN. \ Brazilian director and filmmaker Christiane Jatahy transports her retelling of Chekhov’s The Three Sisters to the stage, screen and city, unpacking multiple points-of-view at the intersection between reality and fiction, theater and cinema, past and present. Three women are drowning in deep dissatisfaction, a suffering that opens the door to change. Is emigration the answer? P.09 A partir do texto As Três Irmãs, de Anton Tchekhov Elenco Isabel Teixeira, Julia Bernat e Stella Rabello Adaptação, guião e edição ao vivo Christiane Jatahy Direção de fotografia e câmara ao vivo Paulo Camacho Conceção cenário Christiane Jatahy e Marcelo Lipiani Direção de arte e cenário Marcelo Lipiani Figurinos Antonio Medeiros e Tatiana Rodrigues Direção Musical Domenico Lancelotti Iluminação Paulo Camacho e Alessandro Boschini Projeto de som Denilson Campos Diretor de palco Thiago Katona Coordenação técnica vídeo, pintura de arte, cenário e músico Felipe Norkus Operador de som (teatro) Benhur Machado Operador de Mixagem ao vivo (cinema) Francisco Slade Operador de luz Leandro Barreto Consultoria de vídeo Julio Parente Assistente de direção e interlocução artística Fernanda Bond Elenco de apoio (filme) Paulo Camacho, Felipe Norkus e Thiago Katona Colaboração no guião Isabel Teixeira, Julia Bernat, Stella Rabello e Paulo Camacho Direção de produção e tour manager Henrique Mariano Coprodução Le CENTQUATRE-PARIS, Zürcher Theater Spektakel e SESC Cia Vertice de Teatro é patrocinada pela Petrobras Um projeto da Cia Vértice de Teatro Centro Cultural de Belém Pequeno Auditório / BoxNova ESTR EIA N ACIO N AL Maria Matos Teatro Municipal Sala Principal com bancada SEX 27 — SÁB 28 MAIO 19h / duração 70min A CLASSIFICAR PELA CCE / 10€ © Bea Borgers Em espanhol, legendado em português e inglês In Spanish with Portuguese and English surtitles © José Carlos Duarte SEX 27 e SÁB 28 MAIO / 21h30 duração 60min A CLASSIFICAR PELA CCE / 12€ LA S I DEA S Federico León AUTOINTITULADO João dos Santos Martins e Cyriaque Villemaux [ AR ] [P T e F R ] Dramaturgia e encenação Federico León Elenco Julián Tello e Federico León Asssistentes de direcção e produção Rodrigo Pérez e Rocío Gómez Cantero Direção artística (vídeo) Mariela Rípodas Cenografia Ariel Vaccaro Luz Alejandro Le Roux Música Diego Vainer Figurinos Paola Delgado Fotografia Ignacio Iasparra Design Alejandro Ros Projeção video Paula Coton, Agustín Genoud Desenvolvimento Ligne Directe/Judith Martin Câmara Guillermo Nieto Direção artística Mariela Rípodas Som Diego Vainer Montagem Andrés Pepe Estrada Pósprodução Alejandro Soler Assitentes Malana Juanatey Casting Maria Laura Berch Perfomers vídeo Alejandra Manzo, Maitina de Marco, Ana Maria Monti, Maria Laura Santos, Bárbara Irisiarri, Pablo Gasloli, Alejandro Ini, Patricia Russo, Jose Maria Seoane, Alfredo Staffolani, Martín Tchira, Emanuel Torres, Antonella Querzoli, Gabriel Zayat Tradução Teresa Fernandes Coprodução Kunsten Festival des Arts, Festival d’Autome à Paris / Théâtre de la Bastille, Iberescena, FIBA – Festival Internacional de Buenos Aires, El Cultural San Martín, Fundación Teatro a mil, La Bâtie – Festival de Genève, La Villette – Résidences d’Artistes 2014 Autor, encenador, ator e cineasta argentino, Federico León é uma figura emblemática da cena artística independente de Buenos Aires. Las ideas, a sua última criação, assemelha-se a um work in progress. Sentado na sua mesa de trabalho (uma mesa de ping-pong), o artista agarra as diferentes ideias que fervilham na sua cabeça, analisa-as, confronta-as com outras ideias, submete-as a um colaborador, pergunta-se a si próprio como elas poderiam ser postas em prática e, pouco a pouco, começa a dar forma a novos trabalhos. Vemos o artista criar, hesitar, corrigir, navegar na internet, editar sequências de vídeo, misturar imagens e som, editar textos e pesquisar nos arquivos da sua memória e do seu disco duro. Somos convidados a mergulhar na sua intimidade, despida e exposta a todos num ecrã. Em Las ideas, Federico León caminha numa corda bamba entre a ficção e a realidade, trazendo para palco os efeitos vertiginosos do processo criativo. \ Argentine writer, director, actor and filmmaker Federico León is an emblematic figure in the independent arts scene in Buenos Aires. Las ideas, his most recent work, takes the form of a work in progress: sitting at his desk (a ping pong table), León analyzes the ideas that are bouncing around in his head. He confronts them with other ideas, submits them to the opinions of his collaborator, asks himself how they can be put into practice and, step by step, begins to give form to new work. The audience is invited into his private world, striped down and displayed on a screen. In Las ideas, Federico León walks the tightrope between fiction and reality by putting the vertiginous effects of the creative process on stage. P.10 “Autointitulado foi feito para esquecer uma série de improvisações dançadas num estúdio previsto para esse efeito. As danças então filmadas, e depois apagadas, comportavam resíduos daquilo que identificámos como influências e imagens marcantes. Cada modelo, conhecido ou anónimo, cujo peso nos ancilosa os membros, levou-nos a uma composição de danças feita a partir da nossa memória. O intervalo de tempo que separa os modelos que reproduzimos supõe uma forma de narrativa cujos efeitos procurámos não exagerar. Não se trata pois de uma enésima história da dança posta em cena mas de uma prática de estúdio trazida para fora do aquário para ser asfixiada de uma vez por todas. No mínimo.” João dos Santos Martins e Cyriaque Villemaux João dos Santos Martins (Portugal, 1989) trabalha como performer e bailarino desde 2008. No seu percurso, inclui-se, entre outros, colaborações com o Teatro Praga, Xavier Le Roy e Eszter Salamon. Cyriaque Villemaux (França, 1988) é formado pela P.A.R.T.S. Trabalhou com Noé Soulier, Xavier Le Roy, Julie Kowalczyk. Autointulado, que junta os dois coreógrafos pela primeira vez, estreou em 2015 no Circular Festival. \ “Autointitulado was made in order to forget a number of improvizations we danced in a studio designed for that purpose. The dances we recorded, and have since deleted, carried residues that we identified as influences and striking images. Each known or anonymous model, whose weight stiffens our limbs, has inspired the composition of dances according to our memory. The time gaps between the models we reproduced suggest a kind of narration. We did not exaggerate its effects. This is not about another staged dance history, but a studio practice brought out of the aquarium to be asphyxiated once for all. If only.” João dos Santos Martins and Cyriaque Villemaux P.11 Um projecto de e por Cyriaque Villemaux e João dos Santos Martins Desenho e operação de luz Rui Monteiro Coprodução Circular Festival de Artes Performativas, CCB, Alkantara Festival Produção executiva e difusão Circular Associação Cultural Residências artísticas Alkantara, O Espaço do Tempo, [8:tension] no contexto do projeto Life Long Burning (2013-2018) subsidiado pelo programa Cultura da União Europeia, A22, Graner, Circular Festival de Artes Performativas Apoio Fundação Calouste Gulbenkian e Teatro Sá da Bandeira - Santarém Agradecimentos Forum Dança, O Rumo do Fumo, Nome Próprio, o Espaço do Tempo, Aristide Bianchi, André E. Teodósio, Diana dos Santos Martins, Manuel João Martins, Polina Akhmetzyanova Com o apoio DNA / Programa Europa Criativa da União Europeia ESTR EIA N ACIO N AL ES TR EI A NACI ONAL Espaço Alkantara São Luiz Teatro Municipal Palco da sala principal SÁB 28 e DOM 29 MAIO SÁB 4 e DOM 5 JUNHO a partir das 16h A CLASSIFICAR PELA CCE / entrada livre © Sofia & Vítor © Jean Couturier DOM 29 — SEG 30 MAIO 21h / duração 60min A CLASSIFICAR PELA CCE / 12€ P E RFO RM A N CES PA R A O A LK A N TA R A Sofia Dias & Vítor Roriz Conceito e performance Sofia Dias & Vítor Roriz Colaboração Miguel Raposo, Thomas Walgrave, Filipe Pereira, Nuno Borda de Água e Catarina Dias. AR CHIVE Arkadi Zaides [PT] A dupla Sofia Dias & Vítor Roriz ocupa o estúdio do espaço Alkantara para apresentar uma série de quatro performances improvisadas ou pouco ensaiadas. Algumas das performances são feitas de sobras dos seus processos de trabalho - coisas que não encontraram lugar na composição final dos espetáculos -, outras de materiais que utilizam frequentemente durante esses processos para induzir um certo estado mental de pesquisa e outras performances decorrem ainda da recontextualização de materiais dos espetáculos. Em quase todas as performances subsiste uma tentativa de decomposição ou redução do vocabulário da dupla aos seus elementos de base: corpo, voz, objetos, escrita, som e texto. Nesta série, cada um destes elementos tem o seu espaço próprio numa abordagem mais informal, menos eficaz e controlada, rumo a um eventual esgotamento ou transformação. Talvez esta partilha em estúdio seja motivada pelo facto da dupla completar dez anos de colaboração. \ Sofia Dias & Vítor Roriz present a series of four improvised or barely rehearsed performances at espaço Alkantara. Some are based on material from other pieces, previously unused or recontextualized; others appropriate exercises from their research processes. Each performance is underpinned by a desire to decompose or reduce the work to its basic elements: body, voice, objects, sound and text. SÁB 28 MAIO Performance # 1 | Objetos animismo . obsessão . estado primário — duração aprox. 70min [última entrada 17h] DOM 29 MAIO Performance # 2 | Escrita traço . repetição . desvio — duração aprox. 60min [última entrada 16h45] [I L] De que forma é que um artista israelita se posiciona face ao conflito israelo-palestiniano? Partindo de material filmado pelos voluntários palestinianos da B’Tselem Camera Project, o bailarino e coreógrafo Arkadi Zaides chama a atenção para os corpos dos israelitas, tal e qual como eles foram captados pela câmara. Os palestinianos, esses, permanecem atrás das câmaras. Ainda que os vídeos apontem para um contexto incontornavelmente local, a abordagem de Zaides tem uma dimensão universal: questiona o potencial para a violência contido no corpo de cada pessoa; indaga o preço a pagar coletivamente pelo controlo do outro. Zaides extrai gestos e vozes, apropria-se deles, realçando questões de participação e de responsabilidade, ao mesmo tempo que o corpo se transforma num arquivo vivo. Desde 2007 que a ONG israelita B’Tselem distribui câmaras e organiza formações em vídeo para as populações da Cisjordânia, de Jerusalém Oriental e de Gaza. Os vídeos realizados por voluntários, frequentemente transmitidos pelos meios de comunicação israelitas e internacionais, documentam o quotidiano destes territórios e denunciam a ocupação. \ What position can an Israeli artist take towards the Israeli-Palestinian conflict? Working with material filmed by the Palestinian volunteers of the B’Tselem Camera Project, dancer and choreographer Arkadi Zaides draws attention to the bodies of Israelis, as they are captured on film. The Palestinians remain behind the camera. Zaides extracts and appropriates gestures and voices, reframing the issues of participation and responsibility, and transforming his body into a living archive. SÁB 4 JUNHO Performance # 3 | Texto restos . simultaneidade . divagações — duração aprox. 45min [última entrada 16h30] DOM 5 JUNHO Performance # 4 | Voz fragmentação . duplo . mecanismo — duração aprox. 90min [última entrada 17h15] P.12 P.13 Material audiovisual voluntários do Camera Project do B’Tselem – Centro Israelita para os direitos humanos nos territórios ocupados: Iman Sufan, Mu’az Sufan, Bilal Tamimi, Udai ‘Aqel, Awani D’ana, Bassam J’abri, Abu ‘Ayesha, Qassem Saleh, Mustafa Elkam, Raed Abu Ermeileh, Abd al-Karim J’abri, Issa ‘Amro, Mu’ataz Sufan, Ahmad Jundiyeh, Nasser Harizat, Abu Sa’ifan, Muna A-Nawaj’ah, Oren Yakobovich, Nayel Najar Conceito e coreografia Arkadi Zaides Consultoria de vídeo Effi Weiss e Amir Borenstein Desenho de som e dramaturgia vocal Tom Tlalim Aconselhamento artístico Katerina Bakatsaki Assistência de coreografia Ofir Yudilevitch Figurinos Adam Kalderon Desenho de luz Thalie Lurault Interface de comando à distância Pierre-Olivier Boulant Direção técnica Etienne Exbrayat Técnico de som Cyril Communal Produção Yael Bechor/Naama Golan Agradecimentos Myriam Van Imschoot Produção Arkadi Zaides Coprodução Festival d’Avignon, CDC Toulouse, Théâtre National de Chaillot, CNDC Angers, Emile Zola Chair for Human Rights Residências CDC Toulouse, CNDC Angers, STUK Leuven, Théâtre National de Chaillot, WP Zimmer, Amsterdam Master of Choreography Distribuição internacional Key Performance Maria Matos Teatro Municipal Sala Principal com bancada ES TR EI A NACI ONAL Culturgest Pequeno Auditório TER 31 MAIO / 21h30 QUA 1 JUNHO / 19h duração 85 min A CLASSIFICAR PELA CCE / 14€ QUA 1, QUI 2 e SEX 3 JUNHO 19h / duração 70min M14 / 15€ Em várias línguas, legendado em português Em inglês, legendado em português In English with Portuguese surtitles © Jemima Yong In various languages, surtitled in Portuguese and English S U I TE N º 2 THIS IS HOW W E DIE Encyclopédie de la Parole Joris Lacoste Christopher Brett Bailey [UK ] [FR] Composição e direção Joris Lacoste Música Pierre-Yves Macé Elenco Vladimir Kudryavtsev, Emmanuelle Lafon, Nuno Lucas, Barbara Matijevic, Olivier Normand Assistência e colaboração Elise Simonet Desenho de luz, vídeo, gestão técnica Florian Leduc Som Stéphane Leclercq Figurinos Ling Zhu Codificador de vídeo Thomas Köppel Assistente de vídeo Diane Blondeau Tradução gestão de projeto Marie Trincaretto Releitura e correção Julie Etienne Coaches vocais Valérie Philippine Vincent Leterme Coaching de línguas Azhar Abbas, Amalia Alba Vergara, Mithkal Alzghair, Sabine Macher, Soren Stecher- Rasmussen, Ayako Terauchi Besson Colecionadores de arquivos convidados Constantin Alexandrakis, Mithkal Alzghair, Ryusei Asahina, Adrien Bardi Bienenstock, Judith Blankenberg, Guiseppe Chico, Manuel Coursin, David-Alexandre Guéniot, Léo Gobin, Haeju Kim, Monika Kowolik, Federico Paino, Pauline Simon, Ayako Terauchi Besson, Helene Roolf, Anneke Lacoste, Max Turnheim, Nicolas Mélard, Tanja Jensen, Ling Zhu, Valerie Louys, Frederic Danos, Barbara Matijevic, Vladimir Kudryavtsev, Olivier Normand, Nuno Lucas Tradução Teresa Fernandes / Patrícia Azevedo da Silva / Joana Cabral Produção e administração Dominique Bouchot e Marc Pérennès Desenvolvimento Judith Martin / Ligne Directe Produção Echelle 1:1 (com o apoio do Ministério da Cultura e da Comunicação/ DRAC Ile- de-France) Coprodução T2G Théâtre de Gennevilliers / Festival d’Automne à Paris, Asian Culture Complex - Asian Arts Theater Gwangju, Kunstenfestivaldesarts, Théâtre Vidy-Lausanne, Steirischer Herbst Festival, Théâtre Agora-Seinendan, La Villette - résidences d’artistes 2015, Théâtre national de Bordeaux en Aquitaine, Rotterdamse Schouwburg. Com a ajuda dos programas Théâtre Export e CIRCLES do Institut Français e do Nouveau Théâtre de Montreuil. Residência Usine, Scène conventionnée (Tournefeuille) Criação Kunstenfestivaldesarts Com o apoio NXTSTP / Programa Cultura da União Europeia Suite nº2 orquestra as palavras que têm impacto no mundo - cada uma à sua maneira. Palavras que são ação. Palavras que fazem bem e palavras que amedrontam. Palavras que lutam, sofrem, esperam, revoltam-se, certificam-se. Palavras que dançam e palavras que fazem amor. Palavras que reclamam piedade. Palavras que rejeitam. Palavras dadas, palavras mantidas, palavras traídas. Palavras em crise. Palavras endividadas, palavras em pânico e palavras em luta...Todas essas palavras são reais: todas elas foram pronunciadas algures no mundo e depois recolhidas pela Encyclopédie de la Parole. Encontram-se pela primeira vez neste espetáculo, pela mão de um quinteto de excelentes intérpretes (entre eles o português Nuno Lucas), compostas por Joris Lacoste e harmonizadas pelo compositor Pierre-Yves Macé. Suite nº 2 marca o regresso de Joris Lacoste e da Encyclopédie de la Parole com um espetáculo polifónico, depois do impressionante coral uníssono de Suite nº1 ‘ABC’, que abriu o Alkantara Festival em 2014. Desde 2007 que um grupo de artistas, académicos e curadores tem vindo a colecionar, sob o nome de Encyclopédie de la Parole, todo o tipo de gravações orais em todas a línguas possíveis, estruturando-as de acordo com características como cadência, melodia, natureza coral ou tónica. A partir desta coleção, destilam uma série de projetos artísticos muito diversos, que vão de exposições a jogos, passando por palestras e espetáculos. Histórias de paranoia, amor juvenil e ultraviolência matraqueadas numa colagem de narrativa e spoken word. Da mesa de Christopher Brett Bailey vem uma odisseia vertiginosa de humor negríssimo e prosa de pesadelo. Com ecos de Lenny Bruce, William Burroughs, poesia beat e filmes de série B, THIS IS HOW WE DIE é um naco suculento de trash surrealista, uma viagem fatal pela cultura americana e um exorcismo estonteante para um mundo convencido de que está a morrer. Christopher Brett Bailey é performer, criador teatral e músico. THIS IS HOW WE DIE é o seu primeiro espetáculo a solo. Peça-sensação de Edimburgo em 2014, recebeu o Arches Brick Award e um Off West End Theatre Award. \ A motor-mouthed collage of spoken word and storytelling. Tales of paranoia, young love and ultra-violence. From the desk of Christopher Brett Bailey comes a spiralling odyssey of pitch black humor and nightmarish prose. With echoes of Lenny Bruce, William Burroughs, beat poetry and B-movies, THIS IS HOW WE DIE is a prime slice of surrealist trash, an Americana death trip and a dizzying exorcism for a world convinced it is dying. Christopher Brett Bailey is a performer, theater-maker and musician. His first solo show THIS IS HOW WE DIE received the Arches Brick Award and an Off West End Award. \ Suite no. 2 orchestrates words that create an effect in the world, each in their own way. Words that are action. Words that do good and words that frighten. Words that fight, suffer, wait, revolt, give comfort. Words that call for mercy. Words that refuse. Words given, words kept, words betrayed. Words in crisis. Words in debt, words in panic, words in struggle…. All of the words are real; all were pronounced somewhere in the world and collected by Encyclopédie de la Parole. They come together for the first time in this performance, through the voices of five excellent performers (including Portuguese artist Nuno Lucas), composed by Joris Lacoste and harmonized by composer Pierre-Yves Macé. Suite nº 2 marks the return of Joris Lacoste and Encyclopédie de la Parole to Lisbon, after opening the Alkantara Festival in 2014 with the impressive unison choir piece Suite nº1 ‘ABC’ . P.14 P.15 Texto e interpretação Christopher Brett Bailey Músicos George Percy, Alicia Jane Turner, Christopher Brett Bailey e Apollo Música e desenho de som George Percy, Christopher Brett Bailey Dramaturgia Anne Rieger Desenho de luz Sherry Coenen Diretor técnico Alex Fernandes Produção Beckie Darlington Tradução Joana Frazão Uma encomenda Ovalhouse Com o apoio de Arts Council England, the Basement, Cambridge Junction e Norwich Arts Centre ESTR EIA N ACIO N AL ES TR EI A NACI ONAL Culturgest Grande Auditório São Luiz Teatro Municipal Sala Principal QUA 1 e QUI 2 JUNHO / 21h30 duração 80min M12 / 15€ QUA 1 JUNHO / 21h QUI 2 JUNHO / 19h duração 100min A CLASSIFICAR PELA CCE / 12€ ©Bozzo QUA 1 JUNHO / Sala 1 Conversa após o espetáculo com os artistas © Agathe Poupeney Em francês, legendado em português In French with Portuguese surtitles S U R LES TR ACES DE DI N OZORD Faustin Linyekula Direção artística Faustin Linyekula Elenco Serge Kakudji (contratenor), Dinozord, Papy Ebotani, Djodjo Kazadi, Faustin Linyekula (bailarinos), Maurice Papy Mbwiti, Antoine Vumilia Muhindo (atores) Texto Richard Kabako, Antoine Vumilia Muhindo Música W. A. Mozart (Requiem, excertos) – Charles Lwanga Choir of Kisangani, Joachim Montessuis (Nierica), Arvo Pärt (Pari Intervallo, Redeuntes in mi, Trivium, Annum per Annum), Jimi Hendrix (Voodoo Child) Produção Studios Kabako – Virginie Dupray Coprodução KVS Theatre, Bruxelas ABOUT K A ZUO OHNO Takao Kawaguchi [ CG ] Em 2006, Faustin Linyekula prestou homenagem ao seu amigo Antoine Vumilia Muhindo, um escritor e preso político em Kinshasa, condenado à morte. The Dialogue Series: III. Dinozord era um retrato doloroso da história de Kisangani, onde Faustin cresceu, uma cidade que sofreu grandemente com os conflitos entre 1997 e 2002. A peça contava a história dos seus amigos de infância. Faustin Linyekula decidiu voltar em 2012 ao trabalho que dedicou a Vumilia, cujas circunstâncias mudaram entretanto significativamente, pois conseguiu fugir, exilou-se na Suécia e está em cena na nova peça. Sur les traces de Dinozord prossegue a reflexão com os mesmos artistas, incluindo o bailarino Dinozord e o contratenor Serge Kakudji, e com as mesmas perguntas prementes que Faustin fez às pessoas na ruas e nos campos em 2006: que é feito dos vossos sonhos no Congo devastado pela guerra? Faustin Linyekula nasceu em 1974 no antigo Zaire, hoje República Democrática do Congo. O seu percurso integra uma dezena de criações que foram apresentadas no mundo inteiro, incluindo colaborações com a Comédie-Française, o coreógrafo Raimund Hoghe e o Ballet de Lorraine. Em 2001 fundou os Studios Kabako em Kinshasa, transferindo-os em 2006 para Kisangani, a cidade onde cresceu. [J P ] Copiar a dança do mestre do butô Kazuo Ohno a partir de arquivos de vídeo foi o desafio a que Takao Kawaguchi se propôs numa performance que viria a causar polémica no meio da dança de Tóquio. Perante o carácter inimitável das criações de Ohno, qualquer cópia implicaria a suspensão de todas as crenças e interpretações do copiador, projetando-se este nas formas e contornos do velho bailarino de forma tão precisa quanto possível. Porém, quanto maior é a aproximação ao movimento original, maior o hiato existente entre Ohno e Kawaguchi – um hiato que sublinha as características distintivas de quem copia. Assim sendo, esta cópia é um original, uma coreografia que Kawaguchi cria em dueto com a imagem ilusória de Ohno. \ Takao Kawaguchi’s reenactment of archival video footage of Butoh master Kazuo Ohno caused a commotion in the Tokyo dance scene. Any copy of the largely inimitable work of Kazuo Ohno requires the performer to suspend his personal beliefs and interpretation, in order to project his body onto the forms and contours of the aged dancer as precisely as possible. The result is a copy that is in itself an original, a choreography created by Kawaguchi with the illusory image of Ohno. \ In 2006, Faustin Linyekula paid homage to his friend Antoine Vumilia Muhindo, a writer and political prisoner in Kinshasa facing a death sentence. The piece told the story of Faustin’s hometown and childhood friends. Sur les traces de Dinozord picks up where the previous piece left off, with dancer Dinozord and Countertenor Serge Kakudji and the same questions that Faustin asked people in the streets and fields in 2006: what has become of your dreams in war-ravaged Congo? P.16 P.17 Coreografia Kazuo Ohno e Tatsumi Hijikata Dança Takao Kawaguchi Dramaturgia e imagens Naoto Iina Figurinos Noriko Kitamurra Desenho de Luz Nami Nakayama Performance in Video Yoshito Ohno Arquivos gentimente cedidos por Kazuo Ohno Dance Studio, CANTA Ltd + Rehearsal studio support Tokyo Zokei University, CS-Lab ESTR EIA N ACIO N AL ES TR EI A NACI ONAL Teatro Nacional D. Maria II Sala Estúdio QUI 2 SEX 3 e SÁB 4 JUNHO 21h / duração 140min A CLASSIFICAR PELA CCE / entre 5€ e 17€ SEX 3 e SÁB 4 JUNHO 19h / duração 65min A CLASSIFICAR PELA CCE / 12€ Em inglês, legendado em português In English with Portuguese surtitles Em árabe, legendado em português e inglês In Arabic with Portuguese and English surtitles © Sommerszene Bernhard Mueller Teatro Nacional D. Maria II Sala Garrett © Koen Broos Masterclass SAB 4 JUNHO 16h O CEREJAL tg STAN Texto Anton Tchekhov De e com Evelien Bosmans, Evgenia Brendes, Robby Cleiren, Jolente De Keersmaeker, Lukas De Wolf, Bert Haelvoet, Minke Kruyver, Scarlet Tummers, Rosa Van Leeuwen, Stijn Van Opstal e Frank Vercruyssen Desenho de luz Thomas Walgrave Figurinos An d’Huys Cenografia Damiaan De Schrijver Equipa técnica Tom Van Aken, Chris Vanneste e Tim Wouters Produção tg STAN Coprodução Kunstenfestivaldearts, Festival d’Automne (Paris), Théâtre de la Colline (Paris), TnBA (Bordéus), Le Bateau Feu (Dunkerque), Théâtre de Nîmes, Théâtre Garonne (Toulouse) e STAN Agradecimentos Cynthia Loemij, Woedy Woet e Kopspel vzw Com o apoio NXTSTP / Programa Cultura da União Europeia R IDING ON A CLOUD “A minha peça estreou ontem e não estou lá de muito bom humor.” Assim reagiu Tchekhov, numa carta de janeiro de 1904, à estreia daquela que viria a ser a sua última peça, O Cerejal. Se é certo que Stanislavski a encenou como uma tragédia, Tchekhov via-a sobretudo como uma comédia. Há 112 anos que a natureza trágica ou cómica do texto tem dividido gerações de críticos e criadores. Tg STAN junta-se agora à polémica com dez atores a apropriarem-se de forma ímpar deste texto amplamente debatido. Se A Gaivota é, para muitos, a peça perfeita, O Cerejal seria a “anti-peça” perfeita. O tempo presente quase não existe, abafado que está pela predileção nostálgica e romântica do passado e pela frágil aspiração a um futuro incerto. A caminho dos 30 anos, a companhia belga tg STAN (Stop Thinking About Names) continua a reinventar-se, mantendo uma abordagem crítica e não dogmática do teatro e da sociedade, que permite uma leitura, ao mesmo tempo contemporânea e fiel ao texto original, dos grandes clássicos do repertório mundial. \ “My play premiered yesterday, and I’m not in a very good mood.” So writes Chekhov in a letter dated January 1904, following the premiere of what would be his last play, The Cherry Orchard. Although Stanisklavski directed it as a tragedy, Chekhov viewed his play primarily as a comedy. For 112 years, the tragic or comedic nature of the text has divided generations of critics and artists. Tg STAN engages in the controversy with ten actors making this muchdebated text their own. If The Seagull is, for many, the perfect play, The Cherry Orchard is the perfect “anti-play.” The present is almost non-existent, smothered between a nostalgic, romantic predilection for the past and a fragile aspiration after an uncertain future. P.18 Rabih Mroué [ B E] [LB ] Imagens: uma surge, outra evapora-se. Muitas vezes ele não entende a relação entre uma e outra imagem. Precisa de alguém que o conheça bem e que lhe explique tudo, fazendo assim com que uma imagem estática ganhe movimento. Como funciona a memória quando as lembranças são como imagens estáticas, sem cenas do passado? Rabih Mroué convida o seu irmão Yasser a desempenhar um personagem em tudo semelhante a si. Baleado durante a guerra civil do Líbano, e tendo perdido a capacidade de usar as palavras, Yasser começou a fazer vídeos como terapia - vídeos esses que agora se fundem em palco com as suas memórias reconstruídas, desenhando um retrato subjetivo dos desenvolvimentos políticos do Líbano. Riding on a cloud revela a frágil construção de uma biografia, que ganha contornos entre a realidade política, as memórias, os fatos e a ficção. Rabih Mroué (Líbano, 1967) viveu os horrores da Guerra Civil do Líbano, quando cada pessoa parecia construir a sua própria verdade dos acontecimentos. Essas história constituem material de autorreflexão e são o ponto de partida para muitas das suas performances, frequentemente reprovadas pelos censores libaneses. \ A picture appears; another evaporates. Many times he doesn’t understand the relationship between the two pictures. He needs someone who knows him well to explain things, in order for the static image to gain movement. How does memory work when each recollection is a single picture with no sequencing? Rabih Mroué invites his brother Yasser to play a character that resembles him in every way. Having lost the ability to speak due to an injury sustained during the Lebanese Civil War, Yasser began making videos as part of his therapy – videos that now merge on stage with his reconstructed memories to draw a subjective portrait of political developments in Lebanon. Riding on a cloud reveals the fragile building of a biography, borrowing from political reality, memories, facts and fiction. P.19 Uma performance de Rabih Mroué Escrita e dirigida por Rabih Mroué Com a colaboração de Sarmad Louis Com Yasser Mroué Assistência Petra Serhal Tradução Patrícia Azevedo da Silva Com o apoio de Fonds Podiumkunsten, Prins Claus Fonds, Hivos & Stichting DOEN Agradecimentos especiais Lina Saneh, Frie Leysen, Mroué’s family (Souad, Ahmad, Ammar, Ziad, Maha, Mazen, Nabil e Fatima Bazzi), Ahlam Awada, Samar Maakaroun, Janine Broud, Karma e Nadi Louis Agradecimentos Hito Steyerl, Manal Khader, Eric Baudelaire, Paul Khodr, Lamia Joreige, Joanna Hadjithomas and Khalil Joreige, Fariba Derakhshani, Mohamad Hojeiry, Matthias Lilienthal, Ali Zuraik, Louis Family, Petra Serhal, Hagop Derghougassian, Ziad Mroué, Christine Tohmé, Ashkal Alwan e família Mroué ESTR EIA N ACIO N AL ES TR EI A NACI ONAL São Luiz Teatro Municipal Sala Principal SEX 3 e DOM 5 JUNHO / 21H30 SÁB 4 JUNHO / 19H duração 55min A CLASSIFICAR PELA CCE / 12€ SÁB 4 JUNHO / 21H DOM 5 JUNHO / 17H30 duração 60min A CLASSIFICAR PELA CCE / 12€ e 15€ Em português, legendado em inglês In Portuguese with English surtitles Em inglês e francês, legendado em português In English and French with Portuguese surtitles © Agathe Poupeney © José Caldeira / TMP Maria Matos Teatro Municipal Sala Principal com bancada SEGUNDA-FEIR A: ATENÇÃO À DIREITA Cláudia Dias Conceito e direção artística Cláudia Dias Artista convidado Pablo Fidalgo Lareo Intérpretes Cláudia Dias, Jaime Neves, Pablo Fidalgo Lareo Olhar Crítico – Sete Anos Sete Peças Jorge Louraço Figueira Treinador de Boxe Tailandês Jaime Neves Direção técnica Nuno Borda de Água Cenografia e desenho de luz Thomas Walgrave Produção Alkantara Residências artísticas Espaço Alkantara, Göteborg Dance and Theatre Festival e Vitlycke Centre for Performing Arts (com o apoio de KID Gothemburg), Teatro Extremo /Teatro - Estúdio António Assunção; Companhia de Dança de Almada; O Espaço do Tempo; Teatro Municipal do Porto Tradução Patrícia Azevedo da Silva Coprodução Alkantara, Câmara Municipal de Almada, Goethe Institut, Maria Matos Teatro Municipal, Teatro Municipal do Porto, Noorderzon Performing Arts Festival Groningen Apoios EUROPOLY, projeto Europeu para teatro e cinema do Goethe Institut em cooperação com Munchner Kammerspiele, Onassis Cultural Centre Athens, Sirenos – Vilnius International Theatre Festival, Maria Matos Teatro Municipal, Tiger Dublin Fringe, Fundação GDA O projeto Sete Anos Sete Peças é apoiado pela Câmara Municipal de Almada Com o apoio de Kid Gothemburg THE DIALOGUE SE R IE S: IV. MOYA Faustin Linyekula [PT] [C G] Quando levamos um soco, pelo menos acontece qualquer coisa. Com alguma sorte, se dermos por ela, temos noção que está a acontecer. É um primeiro passo, quando nos esmurram a cara, saber algo. Mas bom mesmo é saber quem, como, para quê, o que foi. Num mundo de agressão mais ou menos dissimulada, em casa e no trabalho, e mais ou menos simulada, no ócio e no lazer, é de esperar que mais cedo ou mais tarde alguém nos dê esse soco. Nem que seja metafórico. O que surpreende é que tanta gente apanhe sem saber porquê. Antes de deixar, por inadvertência, que alguém nos esmurre a cara, é bom ter presente as consequências do ato. Não saber quais são a motivação e a finalidade desse mesmo ato é, por mais que o murro nos acerte em cheio, passar ao lado dos acontecimentos. Sem entendimento, o fato é-nos alheio. Eis como um conflito pode chegar a não ser, mesmo depois de ter acontecido. Que é o agora? Comparado com o antes e o depois, nada. Antes e depois do impacto, avaliemos o ato. A partir disto, construamos o edifício do próprio tempo, a história, e a nossa memória do futuro. Não ter medo. Não ter medo de tudo. Não deixar o medo ter tudo. Não edificar sobre ele o Portugal futuro. (Jorge Louraço Figueira) The Dialogue Series: IV. Moya é o quarto de uma série de espetáculos que Faustin Linyekula está a desenvolver com amigos, artistas, bailarinos e coreógrafos sobre a relação destes com a História, sobre o contexto em que se inserem e sobre o papel que a arte ocupa em tudo isso. Agora é a vez de Moya Michael, bailarina e coreógrafa cujo percurso inclui colaborações com Rosas, Akram Khan Cie e Larbi Cherkaoui. Moya Michael nasceu na África do Sul durante um regime político no qual a cor da pele determinava os direitos que se tinha e o lugar a que se podia aspirar na sociedade. Ser ou não ser mestiça em Joanesburgo, Kisangani ou Bruxelas tem, certamente, significados diferentes. Com uma jukebox imaginária, Moya Michael expõe em palco as suas questões, escolhas e inquietudes. Um solo acompanhado, vulnerável e honesto, que nos desarma pela sua simplicidade. \ \ In a world of more or less dissimulated aggression at home and at work, and more or less simulated aggression in leisure, it is to be expected that sooner or later someone will start throwing punches. At least metaphorically. What is surprising is that so many people take the hit without knowing why. Before allowing someone to slug us, for lack of warning, it is a good idea to keep the consequences of the act in mind. Not knowing the motivation and finality of that act is missing the point, no matter how square the punch lands. (If the act is unfamiliar then a conflict can become nothing, even after it has happened.) Dancer Moya Michael was born in South African under a political regime in which the color of your skin determined your rights and aspirations in society. To be or not to be of color in Johannesburg means something different than in Kinsangani or Brussels. With an imaginary jukebox, Moya Michael shares her questions, choices and concerns in an accompanied solo, vulnerable and honest, disarming in its simplicity. The Dialogue Series: IV. Moya e Sur les traces de Dinozord são os dois espetáculos do coreógrafo congolês Faustin Linyekula apresentados pelo Alkantara Festival no âmbito da bienal Artista na Cidade. Com o apoio NXTSTP / Programa Cultura da União Europeia P.20 P.21 Direção artística Faustin Linyekula Performance Moya Michael Música Mahlathini and the Mahotella Queens, Franco, Abdullah Ibrahim Produção Studios Kabako – Virginie Dupray Coprodução KVS Theater ESTR EIA N ACIO N AL ES TR EI A NACI ONAL São Luiz Teatro Municipal Sala Principal Cinema São Jorge SEG 6 e TER 7 16h às 24H (Sessão Contínua) M12 TER 7 e QUA 8 JUNHO / 21H / 12€ e 15€ A CLASSIFICAR PELA CCE © Fouad Nafili Legendado em português e inglês WE NEED TO TALK Roger Bernat Conceção Roger Bernat Dramaturgia Roberto Fratini Coordenação técnica Txalo Toloza Sonorização Noel Palazzo Aplicação Jordi Rosa e Daniel Cecilia Documentação Noel Palazzo e Arturo Bastón Masterização sonora Cristobal Saavedra Assessor Jurídico Carmenchu Buganza Agradecimentos Bruno Jordà, Ramiro Ledo Cordeiro, Simona Levi i Montse Badia Coordenação Helena Febrés Fraylich Produção Elèctrica Produccions (Barcelona) Coprodução Temporada Alta (Girona) e Maria Matos Teatro Municipal (Lisboa) Com o apoio Create to Connect / Programa Europa Criativa da União Europeia EN ALERTE We Need to Talk é uma instalação/performance que pega nas palavras dos amantes e explora o turbilhão de nuvens perversas e irracionais que lançam uma sombra coletiva sobre todas as histórias de amor. De portas fechadas, os amantes dizem coisas que não ousariam repetir a ninguém. O cinema ofereceu-nos vislumbres deste espaço invisível. Envolvendo o público na dobragem de cenas de amor retiradas de filmes de todos os períodos, seguimos os passos do cinema para criar uma paródia carnavalesca, onde valores, leis e costumes são postos de lado enquanto vamos desfrutando da excitante liberdade sexual de simplesmente fazer o que quisermos. Roger Bernat estudou pintura, arquitetura e teatro. Desde 2008, cria performances no qual o público sobe ao palco e se torna o protagonista. “Os espectadores passam por um dispositivo que os convida a obedecer ou conspirar e, em qualquer dos caso, a pagar com os seus próprios corpos e comprometerem-se”. \ We Need to Talk uses lovers’ words to explore the swirling, irrational, unjust clouds that cast a collective shadow over all love affairs. Behind closed doors, lovers say things they would never dare repeat to anyone else. Film has offered us glimpses of this invisible space. Engaging the audience in dubbing love scenes from films from all periods, we follow in the footsteps of cinema to create a carnivalesque parody where values, laws and manners are cast aside as we enjoy the exciting sexual freedom of simply doing as we please. P.22 Taoufiq Izeddiou [ ES ] [M A ] É possível conciliar a dança e a espiritualidade? Taoufiq Izeddiou responde de forma magistral a esta questão utilizando a primeira para evocar a segunda. O coreógrafo marroquino interroga-se sobre essa força extraordinária que permite a alguns aceder a uma sabedoria que atravessa os séculos e a outros mergulhar numa violência cega em nome de um ideal intangível. En Alerte constrói-se sobre três alicerces: a lembrança (a sua primeira dança, aos 5 anos, que foi também o seu primeiro contacto com a espiritualidade), a voz (que canta, que fala, que se exprime em várias línguas) e a religião (como uma resposta rápida aos nossos medos e em nítida oposição com a espiritualidade, que é uma conquista a longo prazo). Três pontos de partida para transformar essa pesquisa espiritual numa coreografia de movimentos e de sons. \ Is it possible to conciliate dance and spirituality? Taoufiq Izeddiou responds masterfully to this question, using dance to evoke the spiritual. The Moroccan choreographer interrogates the extraordinary force that allows some to access an age-old form of knowledge, while reading others to plunge into blind violence in the name of an unattainable ideal. Coreografia e dança Taoufiq Izeddiou Músicos M’Aalem Stitou, Mathieu Gaborit aka Ayato Vídeo Joachim Rümke Som Benoit Pelé Produção Anania Danses/Taoufiq Izeddiou Coprodução Kunstenfestivaldesarts, Charleroi Danses, Festival de Marseille, steirischer herbst (Graz), Arab Fund for Arts and Culture AFAC. Apoio Noorderzon Performing Arts Festival (Groningen); Alkantara, Centre Chorégraphique National de Franche-Comté à Belfort, Klap/Maison pour la danse (Marselha), Bois de l’Aune/Pôle artistique et culturel de la Communauté du Pays d’Aix, Centre Chorégraphique National d’Orléans, Tanzquartier Wien, Institut français (Paris) Com o apoio da Embaixada do Reino de Marrocos em Portugal Com o apoio NXTSTP / Programa Cultura da União Europeia P.23 ES TR EI A NACI ONAL E STR EIA N ACION AL Maria Matos Teatro Municipal Sala Principal com bancada Culturgest Grande Auditório QUA 8 e QUI 9 JUNHO / 21H30 duração 70min A CLASSIFICAR PELA CCE / 12€ © Martin Argyroglo © Mara Arteaga Hernández TER 7 e QUA 8 JUNHO / 21H30 duração 90min M12 / 15€ L A N U I T D ES TAU PES ( WELCO ME TO CAVELA N D!) Philippe Quesne Conceção, encenação, cenografia Philippe Quesne Com Yvan Clédat, Jean-Charles Dumay, Léo Gobin, Erwan Ha Kyoon Larcher, Sébastien Jacobs, Thomas Suire, Gaëtan Vouurc’m Figurinos Corine Petitpierre Colaborações dramatúrgicas Lancelot Hamelin, Ismael Jude, Smaranda Olcese Criação musical Em preparação Assistente de cenografia Elodie Dauguet Equipa técnica em digressão Direção de cena Marc Chevillon Operação de luz Thomas Laigle Chefe maquinista Joachim Fosset Construção de cenário Ateliers de Nanterre-Amandiers: Philippe Binard, Jérôme Chrétien, Jean-Pierre Druelle, Marie Maresca Produção Nanterre-Amandiers – centre dramatique national Apoio Fondation d’entreprise Hermès no âmbito do programa New Settings Coprodução Steirischer herbst (Austria), Kunstenfestivaldesarts (Bélgica), Théâtre Vidy-Lausanne (Suiça), La Filature – Scène nationale, Mulhouse, Künstlerhaus Mousonturm (Alemanha), Théâtre National de Bordeaux Aquitaine, Kaaitheatre (Bélgica), Centre d’art Le Parvis à Tarbes Com a participação de Groupe de recherche Behavioral Objects – coordenação: Samuel Bianchini, da Ecole Nationale Supérieure d’Architecture de Paris – Malaquais AAP (Art, Architecture, Politique) Atelier Jordi Colomer Estreia — maio 2016 no Kaaitheater (Bruxelas) no âmbito do Kunstenfestivaldesarts E SCE NAS PAR A UNA CONVE R SACIÓN DE SP UÉ S DE L VISIONADO DE UNA P E LÍCULA DE MICHAE L HANE KE [FR] Num espaço que lembra simultaneamente uma gruta pré-histórica, um abrigo antiatómico e a caverna de Platão, os espectadores serão mergulhados num mundo alegórico, povoado por uma família de toupeiras gigantes, um bestiário fantástico e figuras pertencentes a um universo subterrâneo. Através desta viagem debaixo da terra, escreve-se um “teatro ecosófico” onde a perspetiva humana é contrabalançada pelas do inorgânico e do animal, do vivo e do mineral. Reatando com as grandes narrativas da antecipação, La nuit des taupes (Welcome to Caveland!) faz do teatro um lugar de vida utópica, onde a fantasia não se distingue do despertar das consciências e tenta encontrar as raízes profundas de um imaginário poético coletivo, impregnado de mitos filosóficos. Fundador da companhia Vivarium Studio, Philippe Quesne é director do Nanterre-Amandier. A sua criação Big Bang foi apresentada na Culturgest no Alkantara Festival em 2012. \ In a space reminiscent of a pre-historic grotto, a bomb shelter and Plato’s cave, the audience plunges into an allegorical world inhabited by a family of giant moles, a fantastical collection of animals and figures belonging to a subterranean universe. In this “ecosophical” theater, the human perspective is counterbalanced by those of the inorganic and the animal, the living and the mineral. El Conde de Torrefiel [E S ] Escenas para una conversación después del visionado de una película de Michael Haneke reúne doze histórias das quais emergem as inquietudes e os fantasmas de um grupo de jovens europeus, literalmente colocados num espaço indefinido. Pertencem a uma sociedade perdida, mergulhados numa forma contemporânea e quotidiana de fascismo, encurralados entre as suas fantasias, os seus desejos sexuais mais primitivos e as normas sociais. São personagens em conflito permanente com o que desejam, com o que fazem e com o que dizem. Misto de desespero e de humor, o espetáculo é um laboratório de experimentação que assenta em três pilares: na alternância entre momentos de narração e texto projetado, no contraste entre a palavra e o movimento em palco, e na omnipresença da música electrónica. Pela primeira vez em Portugal, El Conde de Torrefiel é um coletivo barcelonês fundado em 2010 por Tanya Beyeler e Pablo Gisbert. Espetáculos como La historia del rey vencido por el aburrimiento e Observen como el cansacio derrota el pensamiento trouxeram-lhe o reconhecimento em Espanha e ajudaram a revelar uma das companhias mais surpreendentes da Europa. \ Escenas para una conversación después del visionado de una película de Michael Haneke is a collection of 12 stories about the anxieties and fears of a group of young Europeans who find themselves in an unidentified place. They belong to a lost society, submerged in contemporary and everyday forms of fascism. Trapped between their fantasies, their most primitive sexual desires and social norms, they are in permanent conflict with what they desire, what they do, and what they say. Com o apoio NXTSTP / Programa Cultura da União Europeia P.24 Em espanhol, legendado em português e inglês In Spanish with Portuguese and English surtitles P.25 Ideia e direção El Conde de Torrefiel Texto e dramaturgia Pablo Gisbert Desenho de luz Marcela Prado Direção técnica em digressão Isaac Torres Som Rebecca Praga Traduções Teresa Fernandes (Português), Nika Bkazer (Inglês) Fotografia Mara Arteaga, Edu Pérez Elenco David Mallols, Isaac Forteza, Quim Bigas, Mario Pons-Macià e Tanya Beyeler Com a colaboração de Residencias Adriantic / Antic Teatre INAEM - Instituto Nacional de las Artes Escénicas, Ministerio de Cultura de España Departamento de Cultura de la Generalitat de Catalunya, Institut Ramón Llulll, Encuentros de Magalia 2011 O NOSSO DE SP OR TO P R E FE R IDO PRESENT E Gonçalo Waddington [P T ] ESTR EIA N ACIO N AL O nosso desporto preferido é uma tetralogia escrita e encenada por Gonçalo Waddington, em que o autor propõe uma reflexão sobre a nossa evolução como espécie universal. A primeira parte da obra, com o subtítulo Presente, será composta por um elenco de cinco atores, encabeçado por um cientista misantropo que sonha com a criação de uma espécie humana livre das necessidades básicas como a alimentação, digestão e, talvez a característica mais importante para a peça, a reprodução — tornando-se assim uma espécie exclusivamente dedicada ao hedonismo e à abstração, seguindo, de acordo com a sua visão, o caminho da evolução natural da nossa civilização tipo 0 para tipo 1, em que seremos finalmente uma sociedade global, multicultural, multiétnica e científica. São Luiz Teatro Municipal Jardim de Inverno QUA 8 e QUI 9 JUNHO / 19H duração 60min M12 / 12€ SAB 11 JUNHO / 19H inserido nas Festas de Lisboa © Beniamin Boar Jardim do Torel \ 55 Radouan Mriziga Com o apoio DNA / Programa Europa Criativa da União Europeia 55, como os 55 minutos de um espetáculo de arquitetura construído a partir do número cinco e das medidas do corpo do bailarino. Primeira criação de Radouan Mriziga, 55 é um exemplo perfeito da forma como o bailarino e coreógrafo nascido em Marraquexe, formado pela P.A.R.T.S., transformou as influências híbridas da sua dança numa linguagem única e pessoal, situada algures entre a sobriedade e a sensualidade, entre a concetualização e a fisicalidade, entre o estrutural e o sentimental. Mriziga usa o próprio corpo para criar um padrão no chão. Um padrão cujos contornos surgem inevitavelmente da relação entre a anatomia e o espaço. Mas aqui a concepção racionalista de que less is more não é incompatível com o deleite estético e emocional associado ao ornamento. ES TR EI A M UNDI AL Teatro Nacional D. Maria II Sala Garrett \ QUI 9 SEX 10 e SÁB 11 JUNHO 21H / duração aprox. 75min A CLASSIFICAR PELA CCE / entre 5€ e 17€ 55, as in the 55 minutes of an architectural performance based on the number five and measured to the scale of the dancer’s body. 55 is a perfect example of how this dancer and choreographer from Marrakesh, trained at P.A.R.T.S., has transformed his hybrid influences into a unique and personal dance vocabulary, situated between sobriety and sensuality, conceptualization and physicality, structure and sentiment. Em português, legendado em inglês In Portuguese with English surtitles Mesa redonda moderada por Carlos Vaz Marques Mriziga uses his own body to create a pattern on the floor that is a materialization of the relationship between anatomy and space. Here the rationalist conceptualization that less is more is not incompatible with the esthetic and emotional delight associated with ornamentation. SAB 11 JUNHO / 15H © Alex Gozblau Conceito e performance Radouan Mriziga Assistente Alina Bilokon Agradecimentos A equipa de Moussem, Alina Bilokon, Youness Khoukhou, Christophe Dupuis, Bart Meuleman, Steven De Belder Produção Moussem Nomadic Arts Centre Coprodução C-mine cultuurcentrum, WP Zimmer Com o apoio de Kaaitheater, Cultuurcentrum Berchem, Pianofabriek Kunstenwerkplaats, STUK Kunstencentrum, O Espaço do Tempo Com o apoio da Embaixada do Reino de Marrocos em Portugal [ MA] Our Favourite Sport is a tetralogy of plays about our evolution as a universal species, written and directed by Gonçalo Waddington. In Now, the first piece, a misanthropic scientist dreams of creating a human species free from the biological imperatives of nourishment, digestion and, perhaps most importantly, reproduction – a species dedicated exclusively to hedonism and abstraction. According to him, this is the natural evolution of our type 0 civilization to type 1 – a global, multicultural, multiethnic and scientific society. Texto original, encenação e espaço sonoro Gonçalo Waddington Interpretação:Carla Maciel, Crista Alfaiate, Pedro Gil, Romeu Runa, Tonan Quito Cenografia e figurinos Ângela Rocha Desenho de luz Nuno Meira Fotografia e vídeo Mário Melo Costa Tradução Joana Frazão Coordenação de produção Manuel Poças Coprodução Alkantara, TNDMII, Teatro Municipal do Porto Residência artística O Espaço do Tempo Apoio Governo de Portugal, Secretário de Estado da Cultura, DGArtes P.26 P.27 ESTR EIA N ACIO N AL ES TR EI A NACI ONAL Teatro Nacional D. Maria II Vários espaços interiores e exteriores do teatro Workshops: Teatro Nacional D. Maria II Sala Estúdio QUI 9 JUNHO / 19H SEX 10 JUNHO / 23H duração 90min M12 / 12€ DOM 5 a QUI 9 JUNHO Apresentações públicas Em Galego, sem legendagem In Galician without surtitles © Collectif Jambe SEX 10 JUNHO / 19h SÁB 11 JUNHO / 17h A CLASSIFICAR PELA CCE / 8€ AQUI HÁ REGR AS! Collectif Jambe Uma proposta Collectif Jambe (Antoine Defoort, Julien Fournet, Mathilde Maillard e Sébastien Vial) Participantes no Alkantara Festival Julien Fournet, Mathilde Maillard e um artista português a anunciar Produção l’amicale de production Coordenação de produção Mathilde Maillard coproducão Lieux Publics (Marseille) L’Entorce (Lille) Assistente Teresa Silva OS CONTOS DE JOSE LÍN [ F R e B E] Quem, nas edições anteriores do Alkantara Festival, viu o trabalho dos artistas que agora formam o Collectif Jambe, sabe até que ponto o lúdico pode ser muito sério, uma forma de questionar o estado do mundo e de desafiar a ludicidade contemporânea. Se o aclamado Germinal (Alkantara 2014) era um espetáculo de teatro no sentido clássico do termo, Aqui há regras! assume agora um formato aberto e participativo. No workshop de concebido especialmente para o Alkantara Festival, Collectif Jambe propõe aos participantes a criação e aprendizagem de uma série de regras de jogo para que depois, com o público, as possam distorcer, dar-lhes forma, criar uma coreografia a partir delas, em suma, reinventá-las. Collectif Jambe é um projeto colaborativo encabeçado por Antoine Defoort, Julien Fournet, Mathilde Maillard e Sébastien Vial. Pela quarta vez no Alkantara Festival, estes artistas desafiam agora o público a participar no seu processo de trabalho. Inscrições entre 28 de março e 30 de abril no site do Alkantara Festival (http://www.alkantarafestival.pt). \ If you are familiar with the work of the artists that now make up Collectif Jambe from previous editions of the Alkantara Festival, you know how serious their playfulness can be – a way to question the state of the world and challenge contemporary play. While the much-acclaimed Germinal (Alkantara Festival 2014) is a theater performance in the classic sense of the word, There are rules! assumes an open, participative format. In this workshop, conceived especially for the Alkantara Festival, participants will create and learn a set of rules. Afterwards, with the audience, the rules will be distorted, reformulated, used as a basis for choreography – in short, reinvented. Collectif Jambe is a collaborative project led by Antoine Defoort, Julien Fournet, Mathilde Maillard and Sébastien Vial. At the Alkantara Festival for the fourth time, the artists now challenge the audience to participate in their creative process. Register online from March 28 to April 30 (http://www.alkantarafestival.pt). P.28 Quico Cadaval, Celso F. Sanmartín e José Luís Gutiérrez [E S ] Versátil, contraditório, admirado por galegos republicanos, condecorado por ditaduras, ídolo de massas em Buenos Aires, guionista de cinema em Madrid, êxito de vendas discográficas em Espanha e na Argentina com os seus vinte e três contos galegos, Joselín é hoje recordado como o mais famoso contador de histórias galego do século XX. No teatro contemporâneo são muitos os exemplos do aproveitamento das técnicas de narração e improvisação teatral herdadas da cultura popular, mas é sobretudo no mundo dos narradores orais que essa tradição se manifesta com maior efervescência. Quico Cadaval, Celso Fernández Sanmartín e José Luís Gutiérrez fundem com enorme habilidade as suas histórias e dão rédea solta às suas capacidades de improvisação para criar um espetáculo que realça o humor e a doce subversão dos contos de Joselín. Espécie de jogral moderno que enraizou as suas narrações na tradição do escárnio popular, José Rodríguez de Vicente conseguiu, como os seus discos de contos, alcançar o reconhecimento em Espanha e na América do Sul. Entre 1929 e 1942, registou um total de vinte e três gravações, recentemente reeditadas em simultâneo com um estudo académico sobre este jornalista e ator galego que criou a personagem de Joselín, um iletrado porém sábio aldeão galego. \ Versatile, contradictory, admired by Galician republicans, honored by dictators, idol of the masses in Buenos Aires, screenwriter in Madrid, and bestselling recording artist in Spain and Argentina, Joselín is remembered as one of the most famous Galician storytellers of the twentieth century. Contemporary theater often makes use of storytelling and improvisation techniques inherited from folk culture, but it is in the world of oral storytellers that this tradition manifests most clearly. Quico Cadaval, Celso Fernández Sanmartín, and José Guitérrez artfully blend their stories with a good dose of improvisation to highlight the humor and gentle subversion of Joselín’s tales. P.29 Elenco Quico Cadaval, Celso Fernández Sanmartín e José Luís Gutiérrez Produção aCentral Folque Direção de produção Mauro Sanín C ONC ER TO DE EN CER R AM E N TO São Luiz Teatro Municipal Sala Principal © Lucile Dizier SÁB 11 JUNHO / 21H M12 / 12€ e 15€ CO N CERTO DE EN CERR A M EN TO Lula Pena [PT] O concerto de encerramento do Alkantara Festival traz ao palco do São Luiz a cantora, guitarrista, compositora e intérprete Lula Pena para apresentar o seu novo álbum, Archivo Pittoresco, a lançar no Outono pela editora belga Crammed Discs. Senhora de um estilo muito próprio, procura, nas suas palavras uma “tradição à escala universal. Em cada esquina está uma presença divina que nos permite chegar a essa escala”. “Se questiono o fado dessa maneira é para me sentir livre, [e para] comunicar essa liberdade”. “O artista é o que consegue expandir implodindo-se a si e ao mundo”. “Fazer com que a poesia seja a divisa deste mundo. Nada mais”. Independentemente da frase que lhe ouvimos, ou de onde lhe começamos a escutar o raciocínio, é esta a sua teia de coerência, espraiada por todas as frases, gestos e dias, que temos o privilégio de escutar, na sua inteireza, na forma de música. \ The Alkantara Festival comes to a close with singer, guitarist, composer and performer Lula Pena presenting her new album, Archivo Pittoresco, to be released by Belgian label Crammed Discs next Fall. With a style all of her own, Lula Pena looks for “tradition on a universal scale.” “On every corner there is a divine presence that allows us to reach that scale.” “I question fado in this way to feel free and to communicate that freedom.” “Artists are those who are able to expand by imploding themselves and the world.” “To make poetry the currency of this world. Nothing more.” This is her web of coherence, woven through sentences, gestures and days, which we have the privilege of hearing, in its entirety, in the form of music. P.30 Para ti o desejo é um elemento platónico ou uma ferramenta para construir futuro? Cláudia Dias & Pablo Fidalgo, Segunda-Feira: Atenção à direita MAIO Programa 2016 JUNHO Q UA QUI SEX 25 26 27 SA B DOM SEG TER Q UA QUI SEX SA B DOM SEG TER Q UA QUI SEX SA B 28 29 30 31 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 sessão dupla 19h e 22h E SE ELAS FOSSEM PARA MOSCOU Christiane Jatahy São Luiz Teatro Municipal — P.09 PROGRAMA CENTRAL LAS IDEAS Federico León Maria Matos Teatro Municipal — P.10 AUTOINTITULADO João dos Santos Martins e Cyriaque Villemaux Centro Cultural de Belém — P.11 21h30 21h30 19h 19h 16h PERFORMANCES PARA O ALKANTARA Sofia Dias & Vítor Roriz Espaço Alkantara — P.12 21h ARCHIVE Arkadi Zaides São Luiz Teatro Municipal — P13 16h 16h PONTO DE ENCONTRO ALKANTARA 16h 21h 21h30 SUITE Nº 2 Joris Lacoste Maria Matos Teatro Municipal — P.14 THIS IS HOW WE DIE Christopher Brett Bailey Culturgest — P.15 SUR LES TRACES DE DINOZORD Faustin Linyekula Culturgest — P.16 ABOUT KAZUO OHNO Takao Kawaguchi São Luiz Teatro Municipal — P.17 19h 19h 19h 21h30 21h30 21h 19h 21h O CEREJAL tg STAN Teatro Nacional D. Maria II — P18 RIDING ON A CLOUD Rabih Mroué Teatro Nacional D. Maria II — P.19 SEGUNDA-FEIRA: ATENÇÃO À DIREITA Cláudia Dias Maria Matos Teatro Municipal — P.20 19h 21h 21h 19h 19h 21h30 19h 21h30 21h 17h30 DIALOGUE SERIES: IV. MOYA Faustin Linyekula São Luiz Teatro Municipal — P.21 das 16h às 24h WE NEED TO TALK Roger Bernat Cinema São Jorge — P.22 EN ALERTE Taoufiq Izeddiou São Luiz Teatro Municipal — P.23 LA NUIT DES TAUPES (WELCOME TO CAVELAND!) Philippe Quesne Culturgest — P.24 21h 21h 21h30 21h30 21h30 ESCENAS PARA UNA CONVERSACIÓN... El Conde de Torrefiel Maria Matos Teatro Municipal — P.25 21h30 São Luiz Teatro Municipal 19h 55 Radouan Mriziga São Luiz Teatro Municipal e Jardim do Torel — P.26 19h 21h O NOSSO DESPORTO PREFERIDO — PRESENTE Gonçalo Waddington Teatro Nacional D. Maria II — P.27 AQUI HÁ REGRAS! Collectif Jambe Teatro Nacional D. Maria II — P.28 19h OS CONTOS DE JOSELÍN Quico Cadaval, Celso F. Sanmartín e José Luís Gutiérrez Teatro Nacional D. Maria II — P.29 Jardim do Torel 19h 21h 21h 19h 17h 23h 21h CONCERTO DE ENCERRAMENTO Lula Pena São Luiz Teatro Municipal — P.30 Ponto de Encontro Alkantara CONCERTOS ZONA/SUB/CENTRAL / 24H FESTA DJ SET / 24H 21h ASSENTAR SOBRE A SUBIDA DAS ÁGUAS Sónia Baptista * Consulte o programa completo do Ponto de Encontro Alkantara no destacável. 25 26 27 28 29 30 31 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 QUA QU I SEX SA B DOM S EG T ER Q UA QUI S EX SA B DOM S EG T ER Q UA QUI S EX SA B MAIO P.34 23h JUNHO P.35 Artista na Cidade 2016 Faustin Linyekula jan/fev mai/jul 14 > 24 janeiro Teatro Camões / CNB Início de maio > 21 maio Maria Matos Teatro Municipal Programa Dança e Documentário Portrait Series: I Miguel Um solo de Faustin Linyekula No Escuro do Cinema Descalço os Sapatos Alkantara CCB Companhia Nacional de Bailado Culturgest Festas de Lisboa Fundação Calouste Gulbenkian Maria Matos Teatro Municipal São Luiz Teatro Municipal Teatro Nacional D. Maria II Temps d’Images Lisboa Um filme de Cláudia Varejão ———————————— 21 janeiro Maria Matos Teatro Municipal Workshop com alunos finalistas ESTC ———————————— 24 janeiro Moinho da Juventude, Cova da Moura / Maria Matos Teatro Municipal Le Cargo ———————————— 26 janeiro > 4 fevereiro Espaço Alkantara 1Space Lab out/dez 4 junho > 5 julho Maria Matos Teatro Municipal Workshop com alunos finalistas ESTC Workshop com alunos finalistas ESTC ———————————— 7 maio Bairro Padre Cruz / Maria Matos Teatro Municipal / Festival de Arte Urbana / GAU 22 > 26 junho Teatro Nacional D. Maria II 2 > 3 novembro São Luiz Teatro Municipal, Sala Principal ———————————— ———————————— junho Espetáculo de rua programação das Festas de Lisboa ———————————— 6 > 10 julho Maria Matos Teatro Municipal Apresentações da criação dos alunos finalistas ESTC ———————————— Sans-titre de Raimund Hoghe ———————————— 10 > 11 novembro Fundação Calouste Gulbenkian, Grande Auditório more more more... future ———————————— 18 > 19 novembro CCB, Pequeno Auditório Statue of Loss / Triptyque Sans Titre ———————————— 1 > 2 junho Culturgest / Alkantara Festival novembro Bairros multiculturais Grande Lisboa / Maria Matos Teatro Municipal Sur les traces de Dinozord Le Cargo ———————————— ———————————— 4 > 5 junho São Luiz Teatro Municipal, Sala Principal / Alkantara Festival © Andreas Etter ———————————— Le Cargo Le Cargo + Portrait Series: I Miguel Le Festival des Mensonges ———————————— Voz Alta, Festival de Leituras Encenadas 21 maio Centro de Experimentação Artística, Moita / Maria Matos Teatro Municipal / Centro de Experimentação Artística e Companhia Nacional de Bailado 28 > 29 outubro São Luiz Teatro Municipal, Jardim de Inverno novembro Cinema Ideal / Temps d’Images Lisboa Palestra de Isabelle Danto sobre a obra de Faustin Linyekula The Dialogue Series: IV. Moya ———————————— dezembro local a anunciar / Temps d’Images Lisboa www.artistanacidade.com Filme Documentário Faustin e Lisboa, de Miguel Munhá P.36 P.37 T ICK ETS AN D S U B S C R I P T I O N S Bilhetes e Assinaturas 9 Espectáculos / performances 54€ 6 Espectáculos / performances 36€ 3 Espectáculos / performances 18€ À venda exclusivamente na Bilheteira Alkantara (Não há multibanco) Available only at the Alkantara ticket office (Cash only) 15 a 30 ABRIL — QUI, SEX, SÁB / das 13H às 20H30 3 a 24 MAIO — TER a SÁB / das 13H às 20H30 Calçada Marquês de Abrantes, 99 (+351) 21 397 83 04 / [email protected] Bilhetes avulso para cada espectáculo deverão ser adquiridos directamente nas bilheteiras dos respectivos teatros. Individual tickets are available only through the ticket offices of our partner venues. SUP P OR T & PAR TNE R S VENUES Apoios & Parcerias Espaços de Apresentação Espaço Alkantara Iniciativa Financiamento Apoio Calçada Marquês de Abrantes, 99 – Lisboa www.alkantara.pt Centro Cultural de Belém Praça do Império, Lisboa Informações +351 21 361 24 00 http://www.cinemasaojorge.pt/ Cinema São Jorge Coprodução Avenida da Liberdade, 175 - Lisboa Informações +351 21 310 34 00 http://www.cinemasaojorge.pt/ Culturgest Edifício Sede da Caixa Geral de Depósitos Rua Arco do Cego, 50 – Lisboa Informações +351 21 790 51 55 www.culturgest.pt Apoio à Apresentação Maria Matos Teatro Municipal Av. Frei Contreiras, 52 – Lisboa Informações +351 21 843 88 00 www.teatromariamatos.pt São Luiz Teatro Municipal Rua António Maria Cardoso, 38 – Lisboa Informações +351 21 325 76 50 www.teatrosaoluiz.pt Teatro Nacional D. Maria II Parceiro Media Apoio à Divulgação Praça D. Pedro IV, Lisboa Informações +351 800 213 250 www.teatro-dmaria.pt DI S C O U N T S Descontos Jardim do Torel Os descontos habituais de cada teatro são aplicados aos valores anunciados no programa. Rua Júlio de Andrade, Lisboa All regular venue discounts apply to the ticket prices listed. Os restaurantes parceiros do Alkantara Festival oferecem descontos especiais ao nosso público mediante a apresentação de bilhete válido para um espectáculo do próprio dia. Consulte a lista completa em www.alkantarafestival.pt Your festival ticket is good for day-of-show discounts at our partner restaurants. Find the full list at www.alkantarafestival.pt Apoios e Parcerias MEET IN G PO IN T A LK A N TA R A Ponto de Encontro Alkantara Teatro Estúdio Mário Viegas Largo do Picadeiro, Lisboa DOM a TER — 18H às 00H QUA — 18H à 01H QUI a SÁB — 18H às 02H * Consulte o programa completo do Ponto de Encontro Alkantara no destacável. * Check the full program at the pullout P.38 PortugalWays com by Short Stay Rentals T E AM Equipa D I RE Ç ÃO ARTÍSTICA Thomas Walgrave D I RE ÇÃO FINANCEIRA Elisabete Oliveira Susana Marques PRO DUÇÃO Susana Lopes Carla Nobre Sousa José Madeira Joana Cardoso Rita Mendes Inês Lampreia E S TAG I Á RI AS PRO DUÇÃO Juliette Dusautoir Corinna D’Anna Inês Margato Ana Vintém D I RE Ç ÃO D E CO MUNICAÇÃO Vítor Pinto AS S E S S ORI A DE IMPRENSA REDES / NETWORKS NXTSTP tem por objetivo coproduzir e fomentar a circulação transnacional de artistas europeus emergentes, apoiando-os financeiramente e garantindo visibilidade entre públicos internacionais. Os festivais oferecem residências artísticas a jovens artistas europeus e não europeus, promovendo a renovação do sector das artes performativas na Europa. Projetos NXTSTP no Alkantara Festival 2016: Suite Nº 2, O Cerejal, Segunda-Feira: Atenção à Direita, La nuit des taupes (Welcome to Caveland!), En Alerte. The NXTSTP network gives artists a footing in Europe, co-producing new work and guaranteeing real transnational circulation and visibility amongst international audiences. Partner festivals offer residencies to young European and non-European artists, encouraging the artistic renewal of the performing arts in Europe WWW.NXTSTP.EU [DNA] DEPARTURES AND ARRIVALS é uma colaboração entre 13 instituições europeias que tem por objetivo contribuir para o desenvolvimento da dança contemporânea na Europa, fazendo a ponte entre a educação artística e o mundo profissional. A rede oferece oportunidades de formação, investigação, criação e apresentação para um grande grupo de jovens bailarinos e coreógrafos de todos os quadrantes sociais e regionais. Projetos DNA no Alkantara Festival 2016: 55 e Autointitulado. [DNA] DEPARTURES AND ARRIVALS is a network of 13 institutions active in the field of contemporary dance. It aims to contribute to the development of contemporary dance in Europe, building bridges between artistic education and the professional world. [DNA] offers training, research, production and presentation opportunities to a large group of young European dancers and choreographers, from all regional and social backgrounds. WWW.DEPARTURESANDARRIVALS.EU Bernardo Marques TRA DUÇÕ ES Carla Nobre Sousa I M AG E M , D E S I GN GRÁFICO E WEB Ana Teresa Ascensão D E S E NVOLVIMENTO WEB Nuno Bengalito M ANU T E NÇÃO E LIMPEZA Sidneia Tavares 1Space fomenta a colaboração entre um grupo de artistas europeus, do Médio Oriente (Palestina) e África. Com o objetivo de desmistificar e questionar as raízes do contemporâneo e do tradicional, 1Space apoia a partilha de conhecimento, experiências e visões artísticas entre artistas de diversos países. É um projeto de 3 membros da iniciativa Shared Spaces - Alkantara, Exodos (Liubliana) e KVS (Bruxelas). 1Space encourages collaboration in a group of artists from Europe, Middle East (Palestine) and Africa. Aiming to question the origins and conceptions of contemporaneity and tradition, the project promotes the exchange of knowledge, experiences, and artistic visions. The project was developed by Alkantara, Exodos (Ljubljana) and KVS (Brussels), members of the Shared Spaces Network. WWW.1SPACE.WORLD O Alkantara Festival agradece ainda a colaboração de fundamental de todos os voluntários e profissionais aqui não identificados. The Alkantara Festival also thanks all of the volunteers and professionals not mentioned for their fundamental contribuition. Urban Heat é um projeto desenvolvido por 13 parceiros da rede Festivals in Transition, que promove o encontro entre artistas e algumas comunidades urbanas menos visíveis. O projeto apoia artistas no desenvolvimento de novos trabalhos que abordem questões sociais e políticas.). FONT AZO SANS by Rui Abreu PAPEL CyclusOffset TIRAGEM 15 000 Exemplares IMPRESSÃO FINEPAPER Urban Heat is a project developed by the 13 partners of the Festivals in Transition network that enables artists to engage with the invisible communities within cities. The project supports the development of daring work that connects with the world outside the arts by addressing urgent political and social issues and the communities they affect. WWW.URBANHEAT.CO P.40 P.41 Numa edição em que os artistas viajam ao passado para investigar o presente e questionar o futuro, criamos com a designer Ana Teresa Ascensão a imagem do festival a partir de mapas de navegação das ilhas Marshall. No século XIX esses mapas eram construídos por marinheiros locais, que recorriam a conchas e bambus para representarem ilhas e correntes marítimas. Muitos desses mapas eram individuais, legíveis pelo próprio criador e objeto de curiosidade por parte de outros. Talvez por isso estes mapas e as artes performativas contemporâneas, que gostamos de mapear, tenham mais em comum do que à partida podíamos pensar: são criações autorais, sujeitas a interpretações várias que, esperamos, levem a bom porto. Ana Teresa Ascensão construiu o seu próprio mapa de navegação para o Alkantara, que estará exposto no Maria Matos Teatro Municipal durante o período do festival. In a festival of artists who travel to the past to investigate the present and question the future, designer Ana Teresa Ascensão has fashioned the festival image after the navigation maps of the Marshall Islands. In these highly individualized maps, often legible only to their creators, seashells and bamboo take the place of islands and currents. Like the works in our program, they are authored objects, subject to different interpretations, that we hope will point us in the right direction. Ana Teresa Ascensão’s handmade map will be on display throughout the festival at Maria Matos Teatro Municipal. P.42 A L K A N TA R A F E S T I VA L . P T CÇ . M A R Q UÊS D E A BR A N TES 99, SA N TO S - O -VE L HO 1 20 0 -7 18 L ISBOA PO R TU G AL GERAL (+ 3 5 1) 213 152 267 A L K AN TAR A @ A L K A NTA R A . PT 16