Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná Introdução: Departamento de Construção Civil Grupo de Materiais de Construção Materiais metálicos = metais e ligas metálicas: Subst. inorgânica c/ 1 ou + elementos metálicos (e não metálicos) ELETROQUÍMICA E CORROSÃO METÁLICA Elementos metálicos: Ferro, cobre, alumínio, níquel, titânio... Não metálicos em ligas: Carbono, o nitrogênio e o oxigênio. Disciplina: Materiais I Turma: TC-030 Prof. Dr. Marcelo Medeiros Ponte sobre a grota do São João, Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá, (1885) Aço = 99,7% Fe + 0,3% C 1 2 ROCA engenharia Introdução: Introdução: Minérios de metais: Corrosão Em geral formas oxidadas do metal. Tendência do metal reverter ao seu estado original, o de mais baixa energia. Quantidade significativa de energia p/ reduzir minério ao metal puro. A tendência de decréscimo energético é a principal encorajadora à corrosão metálica. Fundição e conformação posterior do metal envolvem processos onde mais energia é gasta. Material de aula do Prof. Dr. Marcelo Medeiros 3 Material de aula do Prof. Dr. Marcelo Medeiros Introdução: 4 Introdução: Corrosão afeta diversos setores: • Indústrias - química, petroquímica, etc. • Meios de transporte - aviões, automóveis, navios, etc. CICLO DO FERRO • Medicina – implantes • Monumentos • Construção civil ( Pannoni, F. D.) 5 Material de aula do Prof. Dr. Marcelo Medeiros 6 Direitos Reservados UFPR 1 Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná Introdução: DURABILIDADE DO CONCRETO Corrosão: Gastos de paises europeus com manutenção e reparos: Pais Gastos com construções novas França 85,6 Bilhões de Euros (52%) 79,6 Bilhões de Euros 165,2 Bilhões de Euros (48%) (100%) Alemanhã 99,7 Bilhões de Euros (50%) 99,0 Bilhões de Euros 198,7 Bilhões de Euros (50%) (100%) Itália 58,6 Bilhões de Euros (43%) 76,8 Bilhões de Euros 135,4 Bilhões de Euros (57%) (100%) Reino Unido Gastos com manutenção e reparo 60,7 Bilhões de Pounds (50%) 61,2 Bilhões de Pounds (50%) (Dados do ano 2004, p/ Itália ano de 2002) Gastos totais com construção É importante compreender os fenômenos que envolvem a corrosão para que se possa melhor combatê-la. Gera perdas econômicas imensas 121,9 Bilhões de Pounds (100%) (Ueda , Tanaka; 2007) Custos do combate à corrosão - ±1,8 % do PIB FONTE: Revista Concreto - Ibracon 7 Conceito de Corrosão: 8 Conceito de Corrosão: Nos processos de corrosão, os metais reagem com os elementos não metálicos: O2, S, H2S, CO2 ..... Deterioração dos materiais pela ação química ou eletroquímica, pode ou não estar associada a esforços mecânicos. Produz compostos semelhantes aos encontrados na natureza, dos quais foram extraídos. Corrosão dos materiais metálicos = corrosão metálica. (G. S. Pimenta, 2006) 9 Conceito de Corrosão: 10 Conceito de Corrosão: Corrosão química: Processos corrosivos classificados em dois grupos: Processo menos freqüente na natureza Sob temperaturas elevadas. • Corrosão Química Caracterizada por: • Corrosão Eletroquímica • Ausência da água líquida; • Temperaturas acima do ponto de orvalho da água; • Interação direta entre o metal e o meio corrosivo. Não se necessita de água líquida. Corrosão seca. Material de aula do Prof. Dr. Marcelo Medeiros 11 Material de aula do Prof. Dr. Marcelo Medeiros 12 Direitos Reservados UFPR 2 Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná Conceito de Corrosão: Conceito de Corrosão: Corrosão química: Corrosão química: Interação direta entre o metal e o meio corrosivo. Os casos mais comuns são a reação com o oxigênio (OXIDAÇÃO SECA), a dissolução e a formação de compostos. Ocorre em equipamentos que trabalham aquecidos: fornos, caldeiras, unidades de processo, etc. OXIDAÇÃO DO FERRO AO AR SECO Chapa de aço inox atacada por ácido clorídrico 13 Fe + ½ O2 FeO T= 1000 °C 3Fe + 2O2 Fe3O4 T= 600 °C 2Fe + 3/2 O2 Fe2O3 T= 400 °C Carepa de laminação: produto aderente e resistente (óxido de ferro) Conceito de Corrosão: 14 Conceito de Corrosão: Corrosão eletroquímica: Corrosão eletroquímica: (mais freqüente na natureza) Corrosão: reação com a água Caracterizada por: • Necessidade da presença de água no estado líquido; • Forma uma pilha ou célula de corrosão, c/ a circulação de elétrons na superfície metálica. forma ferrugem: produto não aderente, com baixa resistência e muito expansivo (hidróxido de ferro) Como o eletrólito contém água líquida, a corrosão eletroquímica é denominada: Corrosão em meio aquoso Material de aula do Prof. Dr. Marcelo Medeiros 15 Material de aula do Prof. Dr. Marcelo Medeiros Corrosão eletroquímica: Conceito de Corrosão: Processo eletroquímico Este é o tipo de Corrosão mais comum Forma composto expansivo 17 NOBREZA CRESCENTE Corrosão eletroquímica: Material de aula do Prof. Dr. Marcelo Medeiros 16 Magnésio Ligas de magnésio Zinco Aço galvanizado Ligas de alumínio 5052, 3004, 3003, 1100, 6053 Cádmio Ligas de alumínio 2117, 2017, 2024 Aço baixo carbono ... Chumbo Estanho Ligas de cobre ... Aços inoxidáveis ... Prata Titânio Grafite Ouro Platina Material de aula do Prof. Dr. Marcelo Medeiros 18 Direitos Reservados UFPR 3 Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná Corrosão eletroquímica: Material de aula do Prof. Dr. Marcelo Medeiros Corrosão eletroquímica: Metais diferentes: (pilha galvânica) Dois metais ou ligas diferentes em contato elétrico na presença de eletrólito. O metal com menor potencial torna-se o ânodo, isto é, perde elétrons para o metal de maior potencial. 19 20 Corrosão eletroquímica: Fe Cu Corrosão eletroquímica: Fe Cu Caso 1 Caso 2 Material de aula do Prof. Dr. Marcelo Medeiros 21 Material de aula do Prof. Dr. Marcelo Medeiros Corrosão eletroquímica: Pilha ou célula galvânica de corrosão eletroquímica Fe e- i www.abraco.org.br NOBREZA CRESCENTE Magnésio Ligas de magnésio Zinco Aço galvanizado Ligas de alumínio 5052, 3004, 3003, 1100, 6053 Cádmio Ligas de alumínio 2117, 2017, 2024 Aço baixo carbono ... Chumbo Estanho Ligas de cobre ... Aços inoxidáveis ... Prata Titânio Grafite Ouro Platina 22 Corrosão eletroquímica: Pilha ou célula galvânica de corrosão eletroquímica Cu Zn e- i Fe Fe+2 Fe+3 ânodo ânodo cátodo Caso 3 Material de aula do Prof. Dr. Marcelo Medeiros cátodo Caso 4 23 Material de aula do Prof. Dr. Marcelo Medeiros 24 Direitos Reservados UFPR 4 Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná Corrosão eletroquímica: Exemplo de aplicação: Proteção catódica de tubos de aço enterrados Corrosão eletroquímica: Metais diferentes: (Corrosão galvânica) Nível do terreno Aço inoxidável = liga de Ferro e Cromo (mín.11%), podendo conter também Níquel, Molibdênio e outros. Aço inox Solo Mg Tubulação de aço carbono (Panonni, F. D.) Material de aula do Prof. Dr. Marcelo Medeiros 25 Corrosão eletroquímica: Aço carbono Incompatibilidade do aço inox do corrimão com o aço carbono do apoio. 26 Corrosão eletroquímica: Metais diferentes: (Corrosão galvânica) Metais diferentes: (Corrosão galvânica) www.forumdaconstrucao.com.br Aço = liga metálica formada por ferro e carbono, (%C entre 0,008 e 2,11% ). (Martin McGovern- CONCRETE TECNOLOGY TODAY) Tubulação em aço galvanizado unida com tubulação de cobre. 27 Corrosão eletroquímica: Metais diferentes: (Corrosão galvânica) Gradil unido por solda às armaduras de aços diferentes. Aço carbono comum com aços para concreto armado. 28 Corrosão eletroquímica: Metais diferentes: (Corrosão galvânica) Isolamento do contato (Granato - Basf) Brise unido por solda às armaduras (aços diferentes) (Granato - Basf) Telhas galvanizadas ou de alumínio em contato com a estrutura de ferro. 29 30 Direitos Reservados UFPR 5 Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná Corrosão eletroquímica: Corrosão eletroquímica: Exemplo: Corrosão Galvânica Metais diferentes: Metais diferentes: (Corrosão galvânica) Formação de um par galvânico devido à grande diferença de nobreza entre dois elementos de uma liga metálica. Tipos: grafítica e deszincificação. (Gentil, 1996) Deszincificação da parte interna de uma válvula de latão (José Freitas Jr.) Detalhe de fixação de tubo de cobre com alça de aço galvanizado com afastador de PVC p/ evitar a corrosão galvânica. 31 Corrosão eletroquímica: 32 Conceito de Corrosão: Pilha de Corrosão Eletroquímica: Condições termodinâmicas para que haja corrosão eletroquímica: Elementos fundamentais: • ddp • Área catódica: (metal que recebe os elétrons) Superfície protegida onde não há corrosão (reações de redução); • eletrólito • Área anódica: (metal que perde ou cede elétrons) Superfície onde ocorre a corrosão (oxidação); • conexão elétrica • Eletrólito: Solução condutora – envolve as áreas anódica e catódica. (Em geral solução de água c/ ácidos ou bases) ; • Ligação elétrica entre as áreas anódica e a catódica. Material de aula do Prof. Dr. Marcelo Medeiros 33 Corrosão eletroquímica: Material de aula do Prof. Dr. Marcelo Medeiros Corrosão eletroquímica: Causas para a diferença de potencial: • Em metais iguais Causas para a diferença de potencial: • Metais diferentes → Corrosão galvânica Fe i e- 34 Fe Fe Cu Aeração diferencial Concentrações diferentes de oxigênio causa diferença de potencial. Fe+2 O2 O2 Caso 3 Fe+3 O2 ânodo ânodo cátodo 35 Material de aula do Prof. Dr. Marcelo Medeiros O2 O2 Cátodo Caso 5 36 Direitos Reservados UFPR 6 Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná Corrosão eletroquímica: Causas para a diferença de potencial: • Em metais iguais Corrosão eletroquímica: Causas para a diferença de potencial: • Em metais iguais Aeração diferencial Concentrações diferentes de oxigênio. Eletrólito no interior de uma fresta, concentra menos oxigênio (área anódica) que na parte externa (área catódica). O desgaste se processará no interior da fresta. Fe Fe Concentração iônica diferencial Quando um metal é exposto a concentrações diferentes de seus próprios íons. Fe+3 Fe+3 Fe+3 Fe+3 (C. T. Tebecherani) Fe+3 Fe+3 Fe+3 Fe+3 +3 Cátodo Fe (Panonni, F. D.) 37 (Panonni, F. D.) Corrosão eletroquímica: Causas para a diferença de potencial: • Em metais iguais Concentração iônica diferencial Freqüente em frestas quando o meio corrosivo é líquido. O interior da fresta concentra íons de metal (área catódica), a parte externa fica menos concentrada (área anódica), Corroi as bordas da fresta. Material de aula do Prof. Dr. Marcelo Medeiros Fe+3 Ânodo Caso 6 38 Corrosão eletroquímica: Causas para a diferença de potencial: • Em metais iguais Energia diferencial ABRACO Correntes externas ou situações diversas que levam a deformações no reticulado cristalino do metal, causam diferença de potencial. 39 40 (Panonni, F. D.) Corrosão eletroquímica: Causas para a diferença de potencial: • Em metais iguais Corrosão eletroquímica: Causas para a diferença de potencial: • Em metais iguais Energia diferencial Energia diferencial Região curvada do tubo tem seu reticulado cristalino deformado. Esta área torna-se o ânodo. Diversas situações podem criar diferenças nos níveis de energia interna no reticulado cristalino dos metais: • Estados diferentes de tensões • Estados diferentes de deformações • Acabamento superficial • Tratamentos térmicos diferentes • Gradiente de temperatura (Gentil, 1996) 41 Corrosão sob tensão em aço inoxidável 42 Direitos Reservados UFPR 7 Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná Corrosão eletroquímica: Causas para a diferença de potencial: • Em metais iguais Corrosão eletroquímica: Passivação: Termo que significa que o metal está passivo ao processo de corrosão. Energia diferencial Decorrente da formação de uma película fina de óxido estável e aderente na superfície do metal. Estados diferentes de tensões Alguns metais são formadores desta película protetora, como: Chumbo, cromo, alumínio, aço inoxidável, ferro, cromo e titânio.... Extremidades das vigas sob maior tensão levou a corrosões localizadas. (Gentil, 1996) Em geral metais onde não há crescimento significativo de volume com a oxidação. 43 Corrosão eletroquímica: Passivação: 44 Corrosão eletroquímica: Passivação: Mesmo existindo: Condições termodinâmicas para que haja corrosão eletroquímica: • ddp • eletrólito • conexão elétrica + Aço Passivo (G. S. Pimenta, 2006) (G. S. Pimenta, 2006) Taxas de Corrosão de um Metal Passivável Não existe corrosão Taxas de Corrosão de um Metal Não Passivável A película passivante de óxido pode ser removida em certas condições químicas. Ex.: íons cloreto dissolvem a película passivante no aço 45 Corrosão eletroquímica: Corrosão eletroquímica: Passivação: Passivação: Uma fina camada de óxido que atua como barreira contra a continuação da corrosão. Exemplos: •Aço patinável; •Aço inoxidável; •Ligas de alumínio. Barreira de óxido recristalizado em aço patinável 46 Aço Patinável – adição de 0,2 a 0,5% de Cobre Edifício Kaze (São Paulo-SP) 47 www.vitruvius.com.br 48 Direitos Reservados UFPR 8 Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná Corrosão eletroquímica: Passivação: Aço Patinável – adição de 0,2 a 0,5% de Cobre Corrosão eletroquímica: Passivação: Ponte Pedro Ivo Campos – Florianópolis SC Ponte Colombo Salles Ponte Pedro Ivo Campos wikipedia 49 Corrosão eletroquímica: Resistência à corrosão de um aço patinável (ASTM A242) e de um aço carbono comum (ASTM A36) . A medida é feita em termos da perda de massa metálica em função do tempo de exposição em meses. (Pannoni, F. D.) 50 Corrosão eletroquímica: Principais Meios Corrosivos: Atmosfera: São responsáveis pelo aparecimento do eletrólito e dos agentes corrosivos. Ar contém umidade, sais em suspensão, poeira, poluição gases industriais (Cl-, CO2, SO2, H2S, NO2)... Atmosfera: Ambiente Urbano Ataque por CO2 Ar contém umidade, sais em suspensão, poeira, poluição gases industriais (Cl-, CO2, SO2, H2S, NO2)... Corrosão atmosférica em pé de pilar Ambiente Marítimo Ataque por ClABRACO 51 Corrosão eletroquímica: Principais Meios Corrosivos: Solos: Contêm umidade, acidez, sais minerais e bactérias. Corrosão localizada causada pelo solo 52 Corrosão eletroquímica: Principais Meios Corrosivos: Água do mar: Contêm quantidade apreciável de sais. (Cloretos, sulfatos, bicarbonatos...) Água do mar: Eletrólito por excelência. ABRACO Águas naturais (rios, lagos e do subsolo): Podem conter sais minerais, eventualmente ácidos ou bases, resíduos industriais, bactérias, poluentes diversos e gases dissolvidos. 53 Corrosão de pilares de aço em água marinha (Gentil, 1996) 54 Direitos Reservados UFPR 9 Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná Corrosão eletroquímica: Principais Meios Corrosivos: Corrosão eletroquímica: Principais Meios Corrosivos: Ambientes industriais: Ambientes industriais: Produtos químicos: O cloro é utilizado como agente de branqueamento de celulose na indústria de papel. Produtos químicos: Estações de Tratamento de água Materiais ácidos (como ácido sulfúrico) estão presentes nos processos de produção da indústria de fertilizantes. Meio altamente corrosivo para os metais Corrosão por pite em alumínio e ferro (Gentil, 1996) (Gentil, 1996) 55 Corrosão eletroquímica: 56 Corrosão eletroquímica: Velocidade de corrosão: Principais Meios Corrosivos e Eletrólitos São responsáveis pelo aparecimento do eletrólito e dos agentes corrosivos. Taxa de corrosão: Taxa de corrosão = Atmosfera: Massa desgastada 1 • Área t Depende de: • Diferença de potencial entre áreas anódicas e catódicas; • Resistência de contato das áreas anódicas e catódicas. Presença de água (eletrólito) e ar (oxigênio) em contato com o aço (Fe), já é o suficiente para a formação da célula de corrosão. A ddp pode ser influenciada por: 57 Corrosão eletroquímica: Velocidade de corrosão: • Resistividade do eletrólito; • Superfície de contato das áreas anódicas e catódicas; • Fenômenos de polarização e passivação. 58 Corrosão eletroquímica: Velocidade de corrosão: OUTROS FATORES: OUTROS FATORES: Temperatura: aumento acelera as reações químicas. Aeração do meio corrosivo: velocidade de corrosão aumenta com o acréscimo da taxa de oxigênio dissolvido. Efeito da velocidade: velocidade de fluxo do eletrólito. Sob movimento turbulento tem-se > ação erosiva. pH de eletrólito: taxas de corrosão aumentam com a diminuição do pH. Efeito da velocidade relativa do metal / eletrólito na corrosão do aço em água do mar (G. S. Pimenta, 2006) 59 (G. S. Pimenta, 2006) 60 Direitos Reservados UFPR 10 Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná Corrosão eletroquímica: Corrosão eletroquímica: Formas físicas que a corrosão se apresenta: Formas físicas que a corrosão se apresenta: Corrosão eletroquímica: Formas físicas que a corrosão se apresenta: 62 Corrosão eletroquímica: Formas físicas que a corrosão se apresenta: Corrosão uniforme: 1 (F. D. Pannoni) 61 (F. D. Pannoni) A perda de massa e modo de ataque sobre o material dá-se de formas diferentes. 2 3 Corrosão uniforme: Aproximadamente uniforme em toda a superfície atacada. Comum em metais que não formam películas protetoras. Cátodos e ânodos são Conforme as áreas anódicas distribuídos aleatoriamente corroem, um novo material, por toda a superfície de diferente composição (a metálica e conectados ferrugem) vai sendo exposta. eletricamente pelo substrato Este novo material causa de aço. Íons ferrosos e alterações dos potenciais hidroxilas são formadas elétricos entre as áreas através de reações anódicas e catódicas, eletroquímicas, e se causando sua mudança de difundem superficialmente. local. Com o tempo, as áreas catódicas de tornam anódicas, e toda a superfície acaba se corroendo de modo uniforme. www.portaldagalvanizacao.com.br (F. D. Pannoni) 63 Corrosão eletroquímica: 64 Corrosão eletroquímica: Formas físicas que a corrosão se apresenta: Formas físicas que a corrosão se apresenta: Corrosão uniforme Corrosão uniforme Corrosão atmosférica ABRACO (F. D. Pannoni) 65 Corrosão uniforme em tubo enterrado 66 Direitos Reservados UFPR 11 Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná Corrosão eletroquímica: Formas físicas que a corrosão se apresenta: Corrosão eletroquímica: Formas físicas que a corrosão se apresenta: • Corrosão em frestas: • Corrosão por placas: Interior da fresta acumula eletrólito (água), tem menos oxigênio (área anódica) que na parte externa (área catódica). • Produtos de corrosão formam placas que se desprendem progressivamente. Metais c/ produtos da corrosão (expansivos). Pilar cujo concreto foi exposto ao cloro da água marinha (Marcelo Medeiros) Corrosão no interior da fresta. 67 Corrosão eletroquímica: Formas físicas que a corrosão se apresenta: www.portaldagalvanizacao.com.br (José Freitas Jr.) 68 Corrosão eletroquímica: Formas físicas que a corrosão se apresenta: • Corrosão alveolar: • Corrosão por placas: • Desgaste localizado, com o aspecto de crateras. FOSROC (Moacir H. Inoue) Armaduras de concreto armado ABRACO 69 Corrosão eletroquímica: 70 Corrosão eletroquímica: Formas físicas que a corrosão se apresenta: Formas físicas que a corrosão se apresenta: • Corrosão alveolar: Desgaste localizado em regiões onde a película protetora (pintura, cromagem, pátina, ...) encontra-se com falhas • Corrosão alveolar: • Muito localizada Profundidade < diâmetro Fundo arredondado www.sikkens.com ABRACO 71 72 Direitos Reservados UFPR 12 Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná Corrosão eletroquímica: Corrosão eletroquímica: Formas físicas que a corrosão se apresenta: Formas físicas que a corrosão se apresenta: • Corrosão por pite: • Corrosão por pite: • Muito localizada e de alta intensidade. • Profundidade > diâmetro. • Comum em aços inoxidáveis ABRACO Corrosão por pite em aço inox 73 (Tebecherani; C. T) Corrosão eletroquímica: Formas físicas que a corrosão se apresenta: 74 Corrosão eletroquímica: Formas físicas que a corrosão se apresenta: • Corrosão intergranular ou intercristalina: • Corrosão intergranular ou intercristalina: Ataque no contorno dos grãos. Comum em aços inoxidáveis. ABRACO ABRACO Corrosão intergranular (sensitização) em bloco fundido de aço inox 75 (Tebecherani; C. T) Corrosão eletroquímica: Formas físicas que a corrosão se apresenta: Corrosão eletroquímica: Formas físicas que a corrosão se apresenta: • Corrosão intergranular ou intercristalina: met-tech.com •Corrosão intergranular ou intercristalina: 76 Fissura devido a corrosão intergranular por stress em um tubo trocador de calor de liga INCONEL (liga de Ni-Cr para altas temperaturas). Mag: 500X 77 Corrosão intergranular, de dentro para fora, em folhas de alumínio de isolamento térmico 78 Direitos Reservados UFPR 13 Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná Corrosão eletroquímica: Formas físicas que a corrosão se apresenta: Corrosão eletroquímica: Formas físicas que a corrosão se apresenta: • Corrosão transgranular ou transcristalina: • Forma trincas que se propagam pelo interior dos grãos do material. Tanto a corrosão intergranular como a transgranular levam a ruptura de corrosão sob tensão ABRACO Corrosão sob-tensão em aço inoxidável (Tebecherani; C. T) 79 80 Corrosão eletroquímica: Corrosão eletroquímica: Formas físicas que a corrosão se apresenta: Formas físicas que a corrosão se apresenta: • Corrosão sob tensão • Corrosão sob tensão (Costa, E. M.) Corrosão sob tensão em aço inoxidável (Gentil, 2003) (Gentil, 2003) RIMT® Cordoalhas de concreto protendido (Gentil, 1996) 81 82 Corrosão associada ao fluxo de materiais Corrosão associada ao fluxo de materiais CORROSÃO-EROSÃO CORROSÃO-EROSÃO Erosão é o desgaste mecânico provocado pela abrasão superficial de uma substância sólida, líquida ou gasosa. Meio líquido • Fluxo de material sólido • Fluxo de líquido contendo partículas sólidas • Fluxo de gás contendo partículas líquidas ou sólidas Metal Remove as películas protetoras constituídas de produtos de corrosão. 83 84 Direitos Reservados UFPR 14 Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná Corrosão associada ao fluxo de materiais Corrosão associada ao fluxo de materiais CORROSÃO-EROSÃO CAVITAÇÃO Desgaste devido a ondas de choque do líquido, oriundas do colapso de bolhas gasosas. Cavitação em bomba centrífuga Erosão de rotor de bronze de bomba 85 Corrosão associada ao fluxo de materiais CAVITAÇÃO (Gentil,1996) 86 Corrosão associada ao fluxo de materiais CAVITAÇÃO - Para todo fluido no estado líquido pode ser É o nome que se dá ao fenômeno de vaporização estabelecida uma curva que relaciona a pressão à de um líquido pela redução da pressão, durante seu temperatura em que ocorre a sua vaporização. movimento. Por exemplo: na pressão atmosférica a temperatura de vaporização da água é de cerca de 100°C. - Contudo, a uma pressão menor, a temperatura de vaporização também se reduz. 87 88 Corrosão associada ao fluxo de materiais Corrosão associada ao fluxo de materiais CAVITAÇÃO CAVITAÇÃO Teorema de Bernoulli: Um fluido escoando, ao ser acelerado, tem uma Então ocorrerá a "implosão“ dessas bolhas. redução da pressão, para que a sua energia mecânica se mantenha constante. 89 90 Direitos Reservados UFPR 15 Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná Corrosão associada ao fluxo de materiais CAVITAÇÃO CORROSÃO DAS ARMADURAS DE CONCRETO 91 92 Corrosão das armaduras de concreto Corrosão das armaduras de concreto A corrosão de armaduras pode ser classificada em: • Corrosão generalizada; • Corrosão por pite (ou puntiforme); • Corrosão sob tensão fraturante: Ocorre eminentemente em estruturas protendidas; Podem ocorrer em estruturas de concreto armado; Sua ocorrência é grande em ambientes ricos em cloretos e com níveis elevados de tensão. Concreto novo é um meio bastante alcalino (pH=12,6) As armaduras estão passivas à corrosão. Com o tempo pode ocorrer a perda de passivação das armaduras por: • Carbonatação do concreto • Presença de íons cloreto 93 94 Corrosão das armaduras de concreto Corrosão das armaduras de concreto DESPASSIVAÇÃO POR CARBONATAÇÃO DO CONCRETO DESPASSIVAÇÃO POR CARBONATAÇÃO DO CONCRETO Carbonatação Carbonatação Nas superfícies expostas a alta alcalinidade devido ao Ca(OH)2 liberado na hidratação, este composto pode ser reduzido pela ação do CO2. Felizmente, o processo de carbonatação é lento, atenuando-se com o tempo devido aos produtos de hidratação e pelos próprios produtos da carbonatação Este processo é chamado carbonatação e geralmente é condição essencial para o início da corrosão das armaduras. 95 (CaCO3), que colmatam os poros superficiais, dificultando a entrada de CO2 do ar. 96 Direitos Reservados UFPR 16 Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná Corrosão das armaduras de concreto DESPASSIVAÇÃO POR CARBONATAÇÃO DO CONCRETO Corrosão das armaduras de concreto DESPASSIVAÇÃO POR CARBONATAÇÃO DO CONCRETO Em concretos novos, ambiente alcalino pH=12,6; sem a presença de cloreto o aço está PASSIVO ao fenômeno. CARBONATAÇÃO – reduz o pH e despassiva o aço. Diagrama de Pourbaix Fe-água (sem cloreto) Carbonatação: Ca(OH) + CO → CaCO + H O 2 2 3 2 97 (J.S. Coutinho) Corrosão das armaduras de concreto Limite de pH p/ haver corrosão 98 Corrosão das armaduras de concreto DESPASSIVAÇÃO PELA PRESENÇA DE CLORETOS DESPASSIVAÇÃO PELA PRESENÇA DE CLORETOS Cloretos promovem a despassivação precoce do aço, mesmo em ambientes alcalinos. Teor crítico 0,3% m.c. (CYTED, 1997) Diagrama de Pourbaix Fe-água com Cl Origem dos cloretos: • Difusão de íons a partir do exterior (atm. marinha) • Aditivos aceleradores de pega (CaCl2) • Areia ou água contaminada por sal (NaCl) • Tratamentos de limpeza com ácido muriático (HCl) • Sal (NaCl) como agente anticongelante • Também através de salmoras industriais e maresias. 99 Corrosão acontece sob qualquer pH 100 Corrosão das armaduras de concreto Corrosão das armaduras de concreto DESPASSIVAÇÃO PELA PRESENÇA DE CLORETOS DESPASSIVAÇÃO PELA PRESENÇA DE CLORETOS Barra de aço revestida com tinta epóxi corroída devido a penetração de cloro no concreto. Qualquer dano na pintura, ocorrido durante o processo da montagem permite o contato do cloro com o aço. Areia marinha contaminada com cloro (MANUAL CYTED) www.rustfreetrucks.com 101 102 Direitos Reservados UFPR 17 Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná Corrosão das armaduras de concreto Corrosão das armaduras de concreto DESPASSIVAÇÃO PELA PRESENÇA DE CLORETOS DESPASSIVAÇÃO PELA PRESENÇA DE CLORETOS www.cp-tech.co.uk Ação dos Cloretos (Cl-): Os íons cloretos eram introduzidos intencionalmente nas estruturas de concreto como agente acelerador de pega e endurecedor. Aparecem também através de agregado ou água contaminados. Em climas frios, podem vir através dos sais anticongelantes. Ação dos Cloretos (Cl-): Mecanismos de transporte dos íons cloretos (Cl-): • Absorção capilar; • Difusão iônica; • Permeabilidade; • Migração iônica. Também através de salmouras industriais e maresias. 103 104 Corrosão das armaduras de concreto Corrosão das armaduras de concreto DESPASSIVAÇÃO PELA PRESENÇA DE CLORETOS DESPASSIVAÇÃO PELA PRESENÇA DE CLORETOS Ação dos Cloretos (Cl-): Ação dos Cloretos (Cl-): Mecanismos de transporte dos íons cloretos (Cl-): Mecanismos de transporte dos íons cloretos (Cl-): Absorção capilar Difusão iônica A absorção capilar é a primeira porta de entrada dos íons cloreto, provenientes, por exemplo, de névoa marítima. A absorção capilar ocorre na superfície do concreto, sendo que a difusão iônica é o principal mecanismo de transporte no interior da estrutura, em meio aquoso. Depende da porosidade, viscosidade e tensão superficial do líquido. Permeabilidade Representa a facilidade de penetração por uma pressão. 105 Corrosão das armaduras de concreto 106 Corrosão das armaduras de concreto DESPASSIVAÇÃO PELA PRESENÇA DE CLORETOS Ação dos Cloretos (Cl-): Penetração de Cloretos Mecanismos de transporte dos íons dos cloretos (Cl-): Migração iônica Os íons cloretos por serem cargas negativas, promovem migração iônica, o qual pode se dar pelo próprio campo gerado pela corrente elétrica do processo eletroquímico, como por ação de campos elétricos externos. 107 Medeiros (2008) 108 Direitos Reservados UFPR 18 Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná Corrosão das armaduras de concreto DESPASSIVAÇÃO PELA PRESENÇA DE CLORETOS Corrosão das armaduras de concreto DESPASSIVAÇÃO PELA PRESENÇA DE CLORETOS ClCl- Fe(OH)2 Cl- FeCl2 Cl- Corrosão por pites (alta concentração de cloro) Cl- Cl- O ânodo formado atrai Íons de cloro, de carga negativa, continuamente para o mesmo ponto causando uma corrosão localizada e profunda (pite). 109 Corrosão das armaduras de concreto 110 Corrosão das armaduras de concreto DESPASSIVAÇÃO PELA PRESENÇA DE CLORETOS Corrosão por pites: Barra corroída de um pavimento de concreto armado exposto ao uso de sal como anti-congelante. DESPASSIVAÇÃO PELA PRESENÇA DE CLORETOS Corrosão por pites (alta concentração de cloro) MEDEIROS, M. ; GROCHOSKI, M (2007) (Paulo Barbosa, PhDesign,2006) 111 Corrosão das armaduras de concreto www.efcweb.org 112 Corrosão das armaduras de concreto Corrosão do aço carbono – REAÇÃO EXPANSIVA (Cascudo, 1997) Ferro, produtos da corrosão e seus volumes relativos: (Adaptação de P.Helene, 1986) 113 114 Direitos Reservados UFPR 19 Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná Corrosão das armaduras de concreto Prevenção da corrosão das armaduras de CA: Cuidados: Corrosão do aço carbono – REAÇÃO EXPANSIVA Progressão da deterioração da estrutura devido à corrosão das armaduras • Cobrimento –Maior tempo p/ camada carbonatada chegar ao aço • Concreto menos permeável –Menor relação a/c e maior fck • Cuidados com formas arquitetônicas e drenagem • Proteção da superfície do concreto - revestimentos • Armaduras especialmente passivas: (P.Helene, 1986) 115 Prevenção da corrosão das armaduras de CA: –Aços revestidos (epoxi, galvanização) –Aços inoxidáveis –Armaduras de fibras (carbono, vidro, kevlar) 116 Prevenção da corrosão das armaduras de CA: Cobrimento - Maior tempo p/ camada carbonatada chegar ao aço Cuidados: Profundidade de carbonatação com o tempo e fator a/c (P.Helene, 1986 de Soretz, 1967) • Cuidados no uso de aditivos que contenham em sua fórmula o cloreto de cálcio; • Espessura de cobrimento das armaduras adequado a agressividade do meio; • Cuidados especiais se o concreto estiver sujeito à correntes elétricas; • Utilizar dosagem adequada, com o mínimo de água para a hidratação. 117 118 Prevenção da corrosão das armaduras de CA: Corrosão das armaduras de concreto Concreto menos permeável - Menor relação a/c e maior fck Avaliação: PROFUNDIDADE DA CARBONATAÇÃO Influência do fator a/c na profundidade de carbonatação Frente de carbonatação (P.Helene, 1986 de Soretz, 1967) Fenolftaleina reage com o hidróxido de cálcio e fica na cor “vermelho carmim” indicando pH > 9,5. 119 Foto: Marcelo Medeiros 120 Direitos Reservados UFPR 20 Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná Prevenção da corrosão das armaduras de CA: Prevenção da corrosão das armaduras de CA: Fonte: NBR 6118/2003 Micro-clima Ambientes internos Macro-clima Seco U.R. ≤ 65% Rural Ambientes ext. e obras em geral Úmido ou ciclos de molhamento e secagem Seco U.R. ≤ 65% I I I Úmido ou ciclos de molhamento e secagem Classe de agressividade II Urbana I II I II Marinha II III --- III Agressividade Risco de deterioração da estrutura Industrial II III II III I Fraca Insignificante Especial II III OU IV III III OU IV II Média Pequeno Respingo de maré --- --- --- IV III Forte Grande Submersa ≥ 3 m --- --- --- I IV Muito forte Elevado Solo --- --- Não agressivo I Úmido e agressivo II, III ou IV Fonte: NBR 6118/2003 122 121 Prevenção da corrosão das armaduras de CA: Fonte: NBR 6118/2003 Cobrimento - Maior tempo p/ camada carbonatada chegar ao aço Tipo de estrutura Componente ou elemento Classe de agressividade ambiental (tabela 1) I II III IV3) Concreto armado Concreto protendido1) Prevenção da corrosão das armaduras de CA: Concreto menos permeável - Menor relação a/c e maior fck Relações a/a máximas e fck mínimo - NBR 6118 (2003) Correspondência entre classe de agressividade e qualidade do concreto Concreto Cobrimento nominal (mm) Laje2) 20 25 35 45 Viga/Pilar 25 30 40 50 Todos 30 35 45 55 1) Cobrimento nominal da armadura passiva que envolve a bainha ou os fios, cabos e cordoalhas, sempre superior ao especificado para o elemento de concreto armado, devido aos riscos de corrosão fragilizante sob tensão. 2) Para a face superior de lajes e vigas que serão revestidas com argamassa de contrapiso, com revestimentos finais secos tipo carpete e madeira, com argamassa de revestimento e acabamento tais como pisos de elevado desempenho, pisos cerâmicos, pisos asfálticos, e outros tantos, as exigências desta tabela podem ser substituídas pelo item 7.4.7.5 respeitado um cobrimento nominal ≥ 15 mm. 3) Nas faces inferiores de lajes e vigas de reservatórios, estações de tratamento de água e esgoto, condutos de esgoto, canaletas de efluentes e outras obras em ambientes química e intensamente agressivos a armadura deve ter cobrimento nominal ≥ 45mm. Tipo Relação água/aglomerante em massa Classe de concreto (NBR 8953) Classe de agressividade (tabela 1) I II III IV CA ≤ 0,65 ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,45 CP ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,50 ≤ 0,45 CA ≥ C20 ≥ C25 ≥ C30 ≥ C40 CP ≥ C25 ≥ C30 ≥ C35 ≥ C40 NOTAS: CA Componentes e elementos estruturais de concreto armado CP Componentes e elementos estruturais de concreto protendido 123 Prevenção da corrosão das armaduras de CA: 122 a/a = água/aglomerante a/c= água/cimento 124 Prevenção da corrosão das armaduras de CA: FORMAS ARQUITETÔNICAS E DRENAGEM Tipo de cimento influencia a velocidade da carbonatação Marquises em balanço -Lajes s/ vigas !! -Drenagem / limpeza ? -Impermeabilização ? - Cobrimento ? O tipo de cimento influencia a velocidade de carbonatação já que a reserva alcalina é função da composição química do cimento e das adições. CIMENTO COM ADIÇÕES > CIMENTO SEM ADIÇÕES •CP II F •CP III •CP IV 125 (José A. Freitas Jr.) Marquise desabou na Avenida Churchill 97, RJ. 19/12/2008 O DIAONLINE 126 Direitos Reservados UFPR 21 Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná Prevenção da corrosão das armaduras de CA: Prevenção da corrosão das armaduras de CA: DETALHES CONSTRUTIVOS DETALHES CONSTRUTIVOS Infiltrações nas juntas e apoios de neoprene (Eng. Moacir. H. Inoue) (Granato - Basf) Brise unido c/ as armaduras (corrosão galvânica) (Eng. Moacir. H. Inoue) (Granato - Basf) Superfícies horizontais acumulam água 127 128 Corrosão das armaduras de concreto Corrosão das armaduras de concreto Avaliação: POTENCIAL DE CORROSÃO Avaliação: POTENCIAL DE CORROSÃO O potencial eletroquímico de corrosão das armaduras imersas no concreto indica a situação de corrosão ou passividade destas. Fornece informações qualitativas que devem ser utilizadas como complemento de outros ensaios. A medida é a determinação da ddp elétrico entre as armaduras e um eletrodo de referência que se coloca em contato com a superfície do concreto. Medição do potencial de corrosão de um concreto. Fosroc (Helene,P.; 1986) Não dá informações sobre o quanto corroeu ou está corroendo, fornece somente a probabilidade do processo estar ocorrendo ou não. 129 130 Corrosão das armaduras de concreto Corrosão das armaduras de concreto Avaliação: POTENCIAL DE CORROSÃO Avaliação: POTENCIAL DE CORROSÃO As medidas podem ser tomadas isoladamente ou em forma sistemática c/ objetivo de obter "mapa de potenciais" da estrutura. Mapa permite identificar zonas possivelmente corroídas de zonas não corroídas ou passivadas. GEOCISA O potencial de corrosão é função de um grande número de variáveis: % umidade e oxigênio no concreto, Cobrimento, Fissuras e Correntes erráticas. GEOCISA GEOCISA 131 132 Direitos Reservados UFPR 22 Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná Corrosão das armaduras de concreto Avaliação: RESISTIVIDADE ELÉTRICA Corrosão das armaduras de concreto Avaliação: RESISTIVIDADE ELÉTRICA A resistividade elétrica do concreto (condutividade iônica do eletrólito) é um parâmetro que em conjunto com a disponibilidade de oxigênio, controla a velocidade de corrosão do aço. A resistividade depende fundamentalmente da umidade contida nos poros do concreto. Uma corrente elétrica é aplicada entre os eletrodos externos. A diferença de potencial gerada entre os eletrodos internos propicia a medida da resistividade. CRITÉRIOS CEB 192 ρ= 2 . Π . a . V / I Existem dois métodos: a) Método dos “Quatro Eletrodos” ou método de Wenner b) Método da ABNT que emprega três eletrodos Fosroc (Helene,P.; 1986) 133 Corrosão das armaduras de concreto Avaliação: RESISTIVIDADE ELÉTRICA 134 Corrosão das armaduras de concreto Avaliação: RESISTÊNCIA DE POLARIZAÇÃO Medidas sistemáticas permitem montar o "mapa de resistividade“. (Rp) representa a inércia do sistema em desenvolver processo eletroquímico de corrosão. Aço passivado apresenta Rp muito maior que aço sofrendo corrosão. Este mapa indica as probabilidades de corrosão nos diversos locais da peça estrutural. GEOCISA A técnica é a aplicação de um pequeno sinal à armadura em análise e, que exerce uma pequena polarização no aço, em torno do potencial livre que ele se encontra. Caso esteja ocorrendo a corrosão, seu potencial livre é o próprio potencial de corrosão. 135 136 Corrosão das armaduras de concreto Corrosão das armaduras de concreto Avaliação: RESISTÊNCIA DE POLARIZAÇÃO P/ obtenção da Rp emprega-se um potensiostato. Interliga-se eletrodo de referência às armaduras e um contraeletrodo. Fecha o circuito permitindo a circulação de corrente. Avaliação: RESISTÊNCIA DE POLARIZAÇÃO GECOR 6 – GEOCISA GEOCISA GECOR6 137 GEOCISA 138 Direitos Reservados UFPR 23 Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná Corrosão das armaduras de concreto protendido Corrosão das armaduras de concreto protendido Características: Corrosão sob-tensão “Processo destrutivo de um metal ou liga metálica resultante da ação simultânea de um meio agressivo (específico para cada metal) e de tensões de tração estáticas residuais ou aplicadas sobre o metal ou liga”. (Wolynec, 1979) Produtos formados durante normalmente são invisíveis. o processo corrosivo É possível ter peças trincadas ou rompidas por corrosão sob-tensão sem que a superfície denote evidência de processo corrosivo generalizado. Características: Nem todos os metais ou ligas são suscetíveis (Ex. aço carbono não submetido ao processo de trefilação). A corrosão sob-tensão somente ocorre quando ambas a tensão de serviço do metal e a concentração do agente agressivo ultrapassam certos valores críticos (somente ocorre em condições altamente específicas). Manifesta-se na forma transgranular ou transcristalina. A fratura não apresenta estricção (fragilidade alta). 139 140 Corrosão das armaduras de concreto protendido Corrosão das armaduras de concreto protendido •CASO: Corrosão transgranular ou transcristalina •Corrosão sob-tensão Corrosão sob-tensão se manifesta em fios e cordoalhas de concreto protendido. •Ocorre a formação de trincas no interior dos grãos que rapidamente reduzem a seção da peça de aço. Elevado Av. Paulo de Frontin 141 11/1971, Rio de Janeiro, 122 m do Elevado Paulo de Frontin, em construção, desabaram. Tragédia causou a morte de 28 e deixou 30 feridas, destruindo 17 carros, três táxis, um caminhão e um ônibus. Desmoronamento aconteceu na hora em que um caminhão, carregado de concreto, passava sobre o trecho. 142 Corrosão das armaduras de concreto protendido Corrosão das armaduras de concreto protendido (C. T. Tebecherani) Cordoalhas Ponte Rio-Niteroi Corrosão encontrada por RIMT •CASO: Corrosão transgranular ou transcristalina •Corrosão sob-tensão Ponte dos Remédios www.tecpont.com.br •CASO: Corrosão transgranular ou transcristalina •Corrosão sob-tensão Elevado Av. Paulo de Frontin Conclusões preliminares: Corrosão das cordoalhas de protensão, janela de inspeção mantida aberta. (Jornal do Brasil) (O Globo) 143 Em 3/6/97, São Paulo, 29 anos de idade, 26 cabos de protensão rompidos Tecnologia do CP da época é uma das causas da baixa durabilidade. Aço não era aliviado de tensões, sujeito relaxamento muito maior que o previsto. Bainhas não garantiam a vedação na concretagem, criavam atritos que reduziam sensivelmente a eficiência da protensão. Injeções de nata de cimento, c/ bombas manuais, não garantiam nem a aderência da armadura, nem a proteção contra stress corrosion. 144 Direitos Reservados UFPR 24 Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná Corrosão das armaduras de concreto protendido Corrosão das armaduras de concreto protendido Avaliação: AUSCULTAÇÃO DE CABOS PROTENDIDOS Avaliação: AUSCULTAÇÃO DE CABOS PROTENDIDOS Vistoria quanto aos indícios de corrosão em cabos de C.P. O total preenchimento das bainhas p/ calda deve ser averiguado. O R.I.M.T. se baseia na transmissão e captura de ondas eletromagnéticas de curtíssima duração, mediante o impulso enviado ao longo do cabo protendido pelo equipamento. Detectar corrosão em armaduras de C.A. é mais simples aumento do volume do aço, e a expansão da superfície de recobrimento. É fundamental confirmar o envolvimento pela calda de cimento dos cabos assim como o preenchimento pleno das bainhas. R.I.M.T. - "Reflectometric Impulse Measurement Technique” verifica o grau de corrosão das armaduras e os vazios das bainhas. 145 (Siqueira, Carlos H.,2003) (Siqueira, Carlos H.,2003) 146 Referências • www.abraco.org.br/corros20.htm - G. S. Pimenta – ABRACO, 2006. • Panonni, F. D.; Fundamentos da corrosão • AÇOMINAS Perfis, 2002. • Gentil, V.; Corrosão, 4. Ed. LTC, Rio de Janeiro, 2003. • Mehta, P. K.; Monteiro, P. J. M. CONCRETO: Microestrutura, Propriedades e Materiais. 3.Ed. Ibracon, 2008. • www.metalica.com.br • www.cbca-ibs.org.br/biblioteca_apostilas.asp • http://www.corrosion-doctors.org 147 Direitos Reservados UFPR 25