ATPS ÉTICA PROFISSIONAL

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FACULDADE ANHANGUERA DE LEME
ATPS – ÉTICA PROFISSIONAL
SERVIÇO SOCIAL
3º SEMESTRE 2013
JONATHAS ROVERSI CUSTODIO
RA: 5560123267
PROFESSOR EAD: PROF. ME. MAURÍCIO DIAS
LEME – SP
24.11.2013
INTRODUÇÃO
O presente trabalho relata os principais conceitos morais relacionados com a sociedade. Ou seja, a
aplicação da ética individual inclusa na sociedade, e suas principais causas de conflitos como o preconceito, a
divisão de classes, a alienação moral, etc.
O objetivo é aproximar tais conceitos com a realidade, retratando fatos reais e reportagens que mostram
a ruptura dos princípios éticos de um indivíduo. Além da importância que possui a ética no contexto do Serviço
Social, onde o assistente social deve possuir um caráter integro, além de procurar agir sempre de acordo com os
códigos éticos à eles apresentados.
O desenvolvimento é composto por 15 slides, sendo o desenvolvimento dividido em 5 subtítulos: Moral
e sociabilidade; vida cotidiana e alienação moral; relações humanas; ética e preconceito; e ética profissional e
serviço social.
MORAL E SOCIABILIDADE
A moral origina-se do desenvolvimento da sociabilidade; atendendo à necessidade do estabelecimento de
determinadas normas e deveres em um contexto de convivência social e socialização.
Isso possibilita que os indivíduos adquiram um senso moral, como por exemplo, justiça, religião, etc., ou
seja, tornem-se conscientes sobre valores e princípios éticos.
Moral ou moralidade é usada para identificar se os indivíduos estão sociabilizados, e se são responsáveis
por suas atitudes obtendo um comportamento de acordo com normas, e valores socialmente determinados e
impostos a eles. Assim, o senso moral estabelece uma relação de valores entre indivíduo e sociedade (entre sua
consciência e sua prática).
VIDA COTIDIANA E ALIENAÇÃO MORAL
A moral é perpassada por interesses de classes, e por necessidades de reprodução das relações sociais,
que tem por consequência fundar um determinado modo de produzir materialmente e espiritualmente a vida
social do individuo.
Na sociedade de classes, a moral cumpre uma função que contribui para uma integração social
viabilizadora de necessidades privadas, alheias e estranhas às capacidades emancipadoras do homem.
Moralmente, a alienação da vida cotidiana se expressa, especialmente, pelo moralismo, e movida por
preconceitos e questões sociais. Conforme o critério de verdade é identificado como o “correto”, “útil”, com o
que conduz ao êxito. Como tal, o preconceito é uma forma de reprodução do conformismo que impede os
indivíduos sociais assumirem uma atitude crítica diante dos conflitos, assim como uma forma de discriminação,
tendo em vista a não aceitação do que não se adequa aos padrões de comportamento considerados como
“corretos”.
TRABALHO E ALIENAÇÃO
O Estado estabelece uma mediação ético-moral entre os indivíduos e a sociedade; com isso,
descaracteriza-se aparentemente suas funções coercitivas, burocráticas, impessoais. Assim, fragmenta as
necessidades da classe trabalhadora, transformando os direitos dos cidadãos em benefício do Estado, subordina
os indivíduos a várias formas de descriminação, responsabiliza-os pela condição social, despolitiza suas lutas,
restringe suas escolhas, contribuindo para a reprodução de uma moralidade subalternizada e alienada.
REPORTAGEM: ALIENAÇÃO MORAL
Estado deve indenizar cidadão preso e torturado injustamente em Delmiro
A Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) determinou, por maioria de votos, que o
Estado de Alagoas indenize em R$ 70 mil José Alcântara, submetido à torturas, após ser detido em meio a um
tumulto instaurado no centro de Delmiro Gouveia. O indivíduo encontra-se acamado e com problemas físicos
que prejudicam sua mobilidade. A decisão foi proferida na sessão ordinária desta segunda-feira (22). José
Alcântara propôs ação de indenização por danos morais e materiais contra o Estado, afirmando que foi detido
injustamente por policiais militares, quando se encontrava nas imediações de um supermercado em Delmiro,
sendo levado para a delegacia daquele município, onde foi submetido a um tratamento desumano, que lhe
causaram sérias sequelas.
Essa reportagem retirada do site oficial do Superior Tribunal de Justiça é um exemplo de alienação moral, pois o
cidadão em questão teve seus direitos de seguridade social interrompido e o Estado de certa forma o indeniza
para que possa se calar, mesmo que por consequência tenha obtido sérios danos morais e físicos.
AS ATIVIDADES EMANCIPADORAS

A consciência do ser humano genérico jamais se orienta para o “eu”, nela, as necessidades humanas
tornam-se conscientes para o indivíduo, mas sempre no âmbito da singularidade, a heterogeneidade.
As motivações do “eu” são sociais, sempre se referem a um grupo, um quadro de valores socialmente
legitimados, a um conjunto de ideias e costumes, é voltada à singularidade ao “eu”, a vida cotidiana é a vida do
homem inteiro, do homem que participa na vida cotidiana com todos os aspectos de sua individualidade, o
homem já nasce inserido em sua cotidianidade.
A ação do homem não é só indiretamente, mas diretamente parte integrante da práxis humana em seu
conjunto, o trabalho é parte significativa da vida cotidiana, a alienação não é absoluta, mas coexiste com formas
de vidas alienadas.
A cultura existente à sua negação, é característica do modo do ser do cotidiano o vínculo imediato entre
pensamento e ação, dando acesso à consciência humana.
RELAÇÕES HUMANAS
Cabe ao individuo seguir as normas estabelecidas pela sociedade, pois seu descumprimento diante dos
outros, o faz ser julgado moralmente causando um sentimento de humilhação (preconceito).
Pode-se dizer, no entanto, que a moral interfere nos papéis sociais, onde os indivíduos seguem a
caracterização de um modo de ser, ou seja, um “ethos” que expressa à identidade cultural de uma sociedade, de
um grupo, num determinado momento ou época. Essa caracterização do modo de ser e viver passa a fazer parte
do caráter do individuo, seguindo sua função integradora, e vínculos sociais, estando presente em todas as
relações humanas.
“Uma relação entre as atividades humanas. Essa relação é – para empregarmos uma
expressão bastante abstrata – a conexão da particularidade com a universalidade
genericamente humana. A portadora dessa universalidade do gênero é sempre alguma
estrutura social concreta, alguma comunidade, organização ou ideia, alguma exigência
social” (Heller, 1972: 5).
ÉTICA E O PRECONCEITO
Dado que a moral está presente, como mediação, nas várias dimensões da vida social, o preconceito pode
se transformar em moralismo, o que ocorre quando todas as atividades e ações são julgadas a partir do principio
de moral.
“Nos preconceitos morais, a moral é objeto de modo direto... Assim, por exemplo, a
acusação de „imoralidade‟ costuma juntar-se aos preconceitos artísticos, científicos,
nacionais, etc. Nesses casos, a suspeita moral é o elo que mediatiza a racionalização do
sentimento preconceituoso” (idem: 56).
REPORTAGEM: PRECONCEITO
Edição do dia 24/01/2013 :Criança é vítima de preconceito racial em concessionária de carros no RJ
Casal afirma que filho foi expulso pelo gerente da loja por ser negro.
Uma família afirma ter sido vítima de preconceito racial em uma concessionária de carros de luxo, no Rio de
Janeiro. O casal estava na loja com o filho adotivo, de sete anos, que é negro, para comprar um carro. Eles
afirmam que o gerente expulsou o menino do local. O caso ganhou repercussão na internet, depois de ser
divulgado pelo G1, o portal de notícias da Globo.
"Meu filho se aproximou e ficou do lado do pai, não falou nada, não falou uma palavra. Quando ele viu meu
filho do lado do meu marido, ele falou: „sai daqui da loja, pode sair, isso aqui não é lugar pra você‟. Antes dele
concluir a frase, eu peguei meu filho pela mão e saí. Foi quando meu marido disse que aquele menino era o
nosso filho".
Neste caso, a moralidade do ofensor impossibilita a aceitação do diferente, infelizmente o mundo é compostos
por aparências. É o mesmo fato de uma pessoa mal vestida entrar em uma loja, juntamente com uma pessoa bem
trajada, o tratamento será diferenciado.
ÉTICA PROFISSIONAL E O SERVIÇO SOCIAL
Um projeto profissional implica determinadas condições; deve atender as necessidades sociais,
realizadas de determinadas formas, e produzir um resultado objetivo, com implicações sociais e desdobramentos
éticos e políticos.
A ética profissional é construída a partir das necessidades sociais e nas suas percepções ético-morais, no
modo de ser da profissão objetivada no Código de Ética Profissional. Os projetos societários estabelecem
mediações com as profissões na medida em que ambos têm estratégias definidas em relação ao atendimento de
necessidades sociais, com direções éticas e políticas determinadas. Isso fica bem claro quando analisamos o
trabalho do Assistente Social. Suas determinações históricas são medidas pelas necessidades da relação entre
Capital e Trabalho, pelos projetos que visam buscar o enfrentamento das sequelas deixadas pelas questões
sociais.
Portanto cabe compreender o ser profissional como um modo de ser construído a partir das necessidades
sociais postas historicamente à profissão e nas respostas ético-morais que compõem a ética profissional: a
dimensão filosófica que fornece as bases teóricas para uma reflexão ética para compreender valores, princípios;
o modo de ser da profissão que diz respeito à moralidade profissional, que produz uma imagem social e cria
expectativas; a normatização objetiva no Código de Ética Profissional, com suas normas e deveres.
A ação profissional é vista como uma “vocação” a ser exercida por indivíduos dotados de um perfil
ético-moral dado por “qualidade inatas”. Esse caráter cultural passa a compor sua imagem social historicamente
legitimada.
O assistente social deve ser um exemplo de integridade moral, o que, concebido a partir do
conservadorismo ético, irá se expressar em normas de conduta que abrangem inclusive sua vida pessoal,
impondo-lhe deveres e normas de comportamento.
A consciência ética é uma componente indispensável da prática profissional de todos os Assistentes
Sociais. A sua capacidade de proceder em conformidade com a Ética é um aspecto essencial à qualidade do
serviço que é prestado aos utentes.
VÍDEO – ÉTICA E SERVIÇO SOCIAL
Link:
https://www.youtube.com/watch?v=RUNJ2SrC6Fg
Autor - Jonathas Roversi Custódio
Data - 16/11/2013
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode-se concluir que a moral está presente em todas as atividades de nosso cotidiano, pois se trata de um
conjunto de regras adquiridas através da cultura, da educação, da tradição e do cotidiano, e que orientam o
comportamento humano dentro de uma sociedade. A ética individual se passa a um valor social, e deste, quando
devidamente enraizado numa sociedade, se passa à lei. Assim, afirmando este raciocínio pode-se afirmar que
não existe lei sem uma ética que lhe sirva de alicerce.
O exercício da ética na ação do Serviço Social parte do principio de que todas as pessoas tem uma
dimensão ética, ou seja, uma forma de pensar e agir que inclui o respeito, tolerância, além da aceitação do ser
humano e das diferenças sociais.
A intervenção do Serviço Social está diretamente ligada nos direitos do homem e em seu comportamento
junto à sociedade. Visando o comportamento do ser social em relação à classe, onde não existe a aceitação do
diferente salientando a exclusão social, ocasionando situações de vulnerabilidade e fragilidade social.
Possibilitando assim, a atuação do profissional que irá interver nas questões sociais de acordo com seus
princípios, normas e valores, descritos no Código de Ética da Profissão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROCO, M. L. S. Ética e Serviço Social: Fundamentos Ontológicos. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2010. p 25
– 91.
CAPUCCI, R. Criança é vítima de preconceito racial em concessionária de carros no RJ. Disponível em:
<http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2013/01/crianca-e-vitima-de-preconceito-racial-em-concessionaria-decarros-no-rj.html>. Acesso em: 11 de nov. 2013.
Como fazer uma apresentação bem-sucedida em PowerPoint. Disponível em: <http://www.slideshare.net/
InFoto/powerpoint-5-passos-para-fazer-apresentaesde-sucesso-online>. Acesso em: 18 de mai. 2013.
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE ALAGOAS. Estado deve indenizar cidadão preso e torturado injustamente
em Delmiro. Disponível em: <http://jurisway.jusbrasil.com.br/noticias/2477125/estado-deve-indenizar-cidadaopreso-e-torturado-injustamente-em-delmiro>. Acesso em: 11 de nov. 2013.
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