CÁLCULO I Prof. Edilson Neri Júnior | Prof. André Almeida Aula no 03: Operações com funções. Funções Polinominais, Racionais e Trigonométricas Objetivos da Aula • Denir operações com funções; • Apresentar algumas funções essenciais; • Reconhecer, através do gráco, a função que ele representa; • Reconhecer características de cada função. 1 Operações com Funções Duas funções f e g podem ser combinadas para formar novas operações, tais como f + g , f − g , f g , f /g de forma semelhante àquelas operações com números reais, que denimos na Aula 01. Vejamos a seguir, como estas operações são denidas. Denição 1. Dada as funções: f :A→R e g : B → R, com A e B subconjuntos de R e A ∩ B ̸= o/, denimos as seguintes operações: 1.1 (Soma) A soma de f com g é a função: f + g : A ∩ B → R, cuja regra é dada por (f + g)(x) = f (x) + g(x). 1.2 (Multiplicação por um escalar) O produto de f por um escalar (número real) c é a função: cf : A → R, cuja regra é dada por (cf )(x) = c · f (x). 1.3 (Produto) O produto de f com g é a função: f g : A ∩ B → R, cuja regra é dada por (f g)(x) = f (x) · g(x). 1.4 (Quociente) O quociente de f com g é a função: dada por ( ) f g f g (x) = : {x ∈ A ∩ B | g(x) ̸= 0} → R, cuja regra é f (x) . g(x) Exemplo 1. Considere as funções f (x) = x3 − x2 e g(x) = 4x2 − 1, encontre: (a) f + g (b) 4f (c) f g 1 Cálculo I Aula n o 01 (d) f /g Solução: Note que f e g são funções cujo é R, logo o domínio de f + g , 4f e f g será R. { domínio } Entretanto, para f /g , o domínio será R − − 12 , 12 , tendo em vista que para a divisão de frações temos a restrição de que g(x) ̸= 0. Assim, temos que: (a) (f + g)(x) = f (x) + g(x) = (x3 − x2 ) + (4x2 − 1) = x3 + 3x2 − 1, ∀ x ∈ R. (b) 4f (x) = 4(x3 − x2 ) = 4x3 − 4x2 , ∀ x ∈ R. (c) (f g)(x) = f (x).g(x) = (x3 − x2 ) · (4x2 − 1) = 4x5 − 4x4 − x3 + x2 , ∀ x ∈ R. ( ) } { f f (x) x3 − x2 (d) (x) = = 2 , ∀ x ∈ R − − 21 , 12 . g g(x) 4x − 1 Existe outra maneira de combinar duas funções para obter uma nova função. Por exemplo, podemos escrever y em função de x quando, y = f (u) (y é uma função de u) e u = g(x) (u é uma função de x), a partir da substituição de uma função na outra. A este método, denominamos composição de funções. Segue a denição: Denição 2 (Composição de funções). Dada duas funções f e g , tal que a imagem de f é subconjunto do domínio de g , a função composta de f com g , denotada por g ◦ f (x) é denida por; g ◦ f : A → R, cuja regra é dada por: (g ◦ f )(x) = g(f (x)). Simbolicamente: D(g ◦ f ) = {x ∈ D(f ) | f (x) ∈ D(g)}. A gura 1 mostra como visualizar a composição de duas funções: g f x f(x) g(f(x)) fog Figura 1: Composição de Funções Observação 1. É comum usar a notação f 2 para f ◦ f , f 3 para f ◦ f ◦ f . No geral, para um inteiro n ≥ 1, denimos f n = f n−1 ◦ f e f 0 = I , onde I é a função identidade de A. Exemplo 2. Sejam f (x) = √ x e g(x) = x − 1. Encontre g ◦ f . Solução: Temos que: √ √ g ◦ f (x) = g(f (x)) = g( x) = x − 1. Como D(f ) = [0, +∞) e Im(f ) = [0, +∞) ⊂ D(g) = R, então D(g ◦ f ) = D(f ) = [0, +∞). Prof. Edilson Neri | Prof. André Almeida 2 Cálculo I Aula n Exemplo 3. Sejam f (x) = x + o 01 1 x+1 e g(x) = . Encontre (f ◦ g)(x) e seu respectivo domínio. x x−4 Solução: Temos que: (f ◦ g)(x) = f (g(x)) = g(x) + 1 x+1 x−4 (x + 1)2 + (x − 4)2 2x2 − 6x + 17 = + = = . g(x) x−4 x+1 (x − 4)(x + 1) (x − 4)(x + 1) O domínio de (f ◦ g)(x) é R − {−1, 4}. Exemplo 4. Sejam as funções: 0, se, x < 0 x2 , se, 0 ≤ x ≤ 1 f (x) = 0, se, x > 1 1, se, x < 0 2x, se, 0 ≤ x ≤ 1 g(x) = 1, se, x > 1 e Determinar f ◦ g . Solução: Note que • Se x < 0, (f ◦ g)(x) = f (g(x)) = f (1) = 12 = 1. • Se 0 ≤ x ≤ 1, (f ◦ g)(x) = f (g(x)) = f (2x). Para 0 ≤ x ≤ 12 , temos 0 ≤ 2x ≤ 1. Logo, neste caso, (f ◦ g)(x) = f (2x) = 4x2 . Para 12 ≤ x ≤ 1 temos 2x > 1. Assim, para este caso, (f ◦ g)(x) = 0. • Se x > 1, (f ◦ g)(x) = f (g(x)) = f (1) = 1. Logo: 1, 4x2 , (f ◦ g)(x) = 0, 1, se, se, se, se, x<0 0 ≤ x ≤ 1/2 1/2 < x ≤ 1 x>1 O domínio de (f ◦ g)(x) é R. 2 Funções Elementares Existem vários tipos de funções que podem modelar problemas e situações do cotidiano. Apresentaremos, a seguir, algumas funções elementares e que serão muito utilizadas ao longo deste curso. 2.1 Funções Polinomiais Denição 3 (Função Polinomial). Uma função f cuja regra é dada por: f (x) = an xn + an−1 xn−1 + an−2 xn−2 + · · · + a2 x2 + a1 x + a0 onde n é um número inteiro não negativo e an , an−1 , an−2 , ..., a2 , a1 , a0 são números reais (ou constantes) chamados de coecientes do polinômio, é chamada polinomial. O número inteiro n é chamado grau do polinômio. Dependendo do grau do polinômio, temos algumas classes de funções polinomiais que são muito conhecidas e que já foram amplamente discutidas no ensino médio. A seguir, mostraremos algumas dessas funções e seus respectivos grácos. Prof. Edilson Neri | Prof. André Almeida 3 Cálculo I Aula n o 01 Exemplo 5 (Função Polinomial do 1 Grau ou Função Am). A função polinomial do 1o grau (ou simplesmente função do 1o grau) é toda função que associa um número real x ao valor númerico do polinômio ax + b, com a ̸= 0. Os números reais a e b são chamados, respectivamente, de coeciente angular e coeciente linear. Simbolicamente: o f: R → R x 7→ ax + b O gráco da funçãof (x) = ax + b é uma reta não paralela aos eixos coordenados. A depender do valor de a, a função f (x) pode ser dita crescente (para a > 0) ou decrescente (para a < 0). Observe, a seguir, o gráco da função do 1o grau. Figura 2: Grácos da Função Am. À esqueda, temos o gráco de uma função crescente e à direita, o gráco de uma função decrescente. Exemplo 6 (Função Polinomial do 2 Grau ou Função Quadrática). A função polinomial do 2o grau (ou simplesmente função do 2o grau) é denida por: o f: R → R x 7→ ax2 + bx + c, com a ̸= 0. O gráco desta função é uma parábola, com eixo de simetria paralelo ao eixo y . Se o coeciente de x2 for positivo (a > 0), a parábola tem concavidade voltada para cima, enquanto que, se o coeciente de x2 for negativo (a < 0), a parábola tem concavidade voltada para baixo. Observe, a seguir o gráco da função do 2o grau: Figura 3: Grácos da Função Quadrática. À esqueda, temos o gráco de uma função quadrática com a > 0 e à direita, o gráco de uma função quadrática com a < 0. Prof. Edilson Neri | Prof. André Almeida 4 Cálculo I Aula n o 01 Na função quadrática, a interseção do gráco com o eixo de simetria é um ponto chamado vértice. Este ponto pode ser considerado máximo (quando a parábola tem concavidade voltada para baixo) ou mínimo (quando a parábola tem concavidade voltada para cima). Exemplo 7 (Função Polinomial do 3 Grau ou Função Cúbica). A função polinomial do 3o grau (ou simplesmente função do 3o grau) é denida por: o f: R → R x 7→ ax3 + bx2 + cx + d, com a ̸= 0. O gráco da função cúbica será apresentado a seguir. Figura 4: Gráco da Função Cúbica 2.2 Funções Racionais Denição 4 (Função Racional). Uma função racional f é a razão de dois polinômios: f (x) = P (x) , Q(x) em que P e Q são polinômios. O domínio consiste em todos os valores de x tais que Q(x) ̸= 0. Exemplo 8. A função f (x) = x−1 é uma função racional, cujo domínio é R − {−1}. Observe o gráco: x+1 Exemplo 9. A função f (x) = o gráco: (x2 (x2 Prof. Edilson Neri | Prof. André Almeida + 3x − − 9) é racional e seu domínio é R − {−4, −3, 3}. Observe + x − 12)(x + 3) 4)(x2 5 Cálculo I Aula n Figura 5: Gráco da Função f (x) = Figura 6: Gráco da Função f (x) = o 01 x−1 x+1 (x2 + 3x − 4)(x2 − 9) (x2 + x − 12)(x + 3) 2.3 Função Potência Denição 5 (Função Potência). Uma função da forma: f (x) = xα , onde α é uma constante, é chamada função potência. Se α = 1, 2, 3, ..., dizemos que a função potência é uma função polinomial. Se α = 1/n, com n positivo, dizemos que a função é racional e se n é negativo, dizemos que o gráco é da função recíproca. Exemplo 10. A função f (x) = Prof. Edilson Neri | Prof. André Almeida √ x é uma função raiz, onde α = 1/2. Observe o gráco: 6 Cálculo I Aula n Figura 7: Gráco da Função f (x) = o 01 √ x 1 Exemplo 11. A função f (x) = é uma função potência. Entretanto, observe que para todo x > 0, x o o gráco da função encontra-se no 1 quadrante do plano cartesiano e, podemos considerá-la como uma função raiz. Já para todo x < 0, o gráco da função encontra-se no 3o quadrante do plano cartesiano e, podemos considerá-la uma função recíproca. Observe: Figura 8: Gráco da Função f (x) = 1 x Observação 2. Uma função f é dita algébrica se puder ser construída por meio de operações algébricas (soma, multiplicação, divisão e extração de raízes) envolvendo a função identidade e funções constantes. As funções não algébricas são chamadas de transcendentes. Como exemplo de funções transcendetes, podemos citar as funções trigonométricas, exponeciais e logarítmicas, que serão apresentadas a seguir. Prof. Edilson Neri | Prof. André Almeida 7 Cálculo I 2.4 Aula n o 01 Funções Trigonométricas Dado um número real θ, considere o ângulo orientado, em posição padrão, cuja medida em radianos é θ e P (x, y) a interseção do lado terminal deste ângulo com o círculo unitário x2 + y 2 = 1. Figura 9: Círculo unitário x2 + y 2 = 1 Deniremos a seguir, as funções trigonométricas. Denição 6 (Função Seno). A função seno é uma função f de R em R que associa cada x ∈ R ao número real y = sen x, isto é, f: R → R x 7→ y = sen x. O domínio de f (x) = sen x é R e o conjunto imagem é o intervalo [−1, 1]. Como esta função está denida no círculo unitário, é possível notar que existe um padrão de repetição da imagem, para cada x ∈ R. Este padrão de repetição é denominado de período e ocorre a cada 2π . O gráco de f (x) = sen x, denominado de senóide, pode ser visualizado a seguir. Figura 10: Gráco de f (x) = sen x. Denição 7 (Função Cosseno). A função cosseno é uma função f de R em R que associa cada x ∈ R ao número real y = cos x, isto é, f: R → R x 7→ y = cos x. De forma semelhante à função seno, o domínio da função cosseno é R e o conjunto imagem é o intervalo [−1, 1]. Como esta função também está denida no círculo unitário, é possível notar que existe um padrão de repetição da imagem, para cada x ∈ R. Este padrão de repetição é denominado de período e ocorre a cada 2π . O gráco de f (x) = cos x, denominado de cossenóide, pode ser visualizado a seguir. Figura 11: Gráco de f (x) = cos x. Prof. Edilson Neri | Prof. André Almeida 8 Cálculo I Aula n o 01 As funções tangente, cotangente, secante e cosecante, apresentadas a seguir, serão denidas em termos de seno e cosseno. Denição 8 (Função Tangente). Para todo número real x, tal que cos x ̸= 0, denimos a função tangente (denotada por tg x) pela regra: sen x f (x) = tg x = . cos x O domínio da função tangente é o conjunto de todos os números reais x, para os quais cos x ̸= 0. Ou seja, para todo x na forma π2 + kπ , com k ∈ Z, a função tangente não estará denida. Gracamente. Figura 12: Gráco de f (x) = tg x. Denição 9 (Função Secante). Para todo número real x, tal que cos x ̸= 0, denimos a função secante (denotada por sec x) pela regra: f (x) = sec x = 1 . cos x O domínio da função secante é o conjunto de todos os números reais x, para os quais cos x ̸= 0. Ou seja, para todo x na forma π2 + kπ , com k ∈ Z, a função secante não estará denida. Gracamente: Figura 13: Gráco de f (x) = sec x. Denição 10 (Função Cotangente). Para todo número real x, tal que sen x ̸= 0, denimos a função secante (denotada por cotg x) pela regra: f (x) = cotg x = Prof. Edilson Neri | Prof. André Almeida 1 tg x = cos x . sen x 9 Cálculo I Aula n o 01 O domínio da função cotangente é o conjunto de todos os números reais x, para os quais sen x ̸= 0. Ou seja, para todo x na forma kπ , com k ∈ Z, a função cotangente não estará denida. Gracamente: Figura 14: Gráco de f (x) = cotg x. Denição 11 (Função Cossecante). Para todo número real x, tal que sen x ̸= 0, denimos a função secante (denotada por cossec x) pela regra: f (x) = cossec x = 1 sen x . O domínio da função cossecante é o conjunto de todos os números reais x, para os quais sen x ̸= 0. Ou seja, para todo x na forma kπ , com k ∈ Z, a função cossecante não estará denida. Gracamente: Figura 15: Gráco de f (x) = cossec x. 3 Função Exponencial e Função Logarítmica Apresentaremos nesta seção a função exponencial e a sua inversa, a função logarítmica. 3.1 Função Exponencial Denição 12 (Função Exponencial). Seja a um número positivo diferente de 1. A função f (x) = ax é a função exponencial com base a. Prof. Edilson Neri | Prof. André Almeida 10 Cálculo I Aula n o 01 Gracamente, temos: Figura 16: Grácos da Função Exponencial. À esqueda, temos o gráco de uma função exponencial com a > 1 e à direita, o gráco de uma função quadrática com 0 < a < 1. Note que o domínio de f (x) é R e a imagem é R∗+ . Observação 3. As funções exponenciais seguem as regras dos expoentes: Regras de Exponenciação. Se a > 0 e b > 0, as armações a seguir são verdadeiras para quaisquer x, y ∈ R. 1. ax · ay = ax+y 2. ax = ax−y ay 3. (ax )y = axy 4. ax · bx = (ab)x 5. ax ( a )x = bx b Observação 4. A função exponencial mais importante para a modelagem de vários fenômenos naturais, físicos, químicos e econômicos, é a função exponencial natural, cuja base é o famoso número e, que é aproximadamente igual a 2,718281828. Deniremos melhor o número e nas próximas aulas. 3.2 Função Logarítmica Se a é um número real qualquer positivo diferente de 1, a função exponencial f (x) = ax de base a é injetora e, portanto, possui uma função inversa. Sua função inversa é denominada função logarítmica de base a. Denição 13 (Função Logarítmica). A função logarítmica de base a f (x) = loga x é a função inversa da função exponencial y = ax (com a > 0 e a ̸= 1) de base a. O gráco de f (x) = loga x pode ser obtido reetindo-se o gráco de y = ax na reta y = x. Observe: Prof. Edilson Neri | Prof. André Almeida 11 Cálculo I Aula n o 01 Figura 17: Na imagem, a curva vermelha representa o gráco de uma função logarítmica. Note que, o domínio da função logarítmica é R∗+ , o que corresponde à imagem da função exponencial. Da mesma forma, a imagem da função logarítmica é R, o domínio da função exponencial. Os logaritmos de base e e base 10 possuem notações e nomes especícos: log10 x é escrito como log x loge x é escrito como ln x. A função y = ln x é denominada função logaritmo natural, e a função y = log x é normalmente denominada como função logarítmica comum. 3.2.1 Propriedades dos Logaritmos Como as funções ax e loga x são inversas uma da outra, compô-las em qualquer ordem resulta na função identidade. Observe: Propriedades das Inversas para ax e loga x 1. Base a: aloga x , loga ax = x, a > 0, a ̸= 1 e x > 0. 2. Base e: eln x = x, ln ex = x, x > 0. As funções logarítmicas possuem as propriedades aritméticas a seguir: Propriedades dos Logaritos Para qualquer número real x > 0 e y > 0, temos: 1. (Regra do Produto) loga xy = loga x + loga y ( ) x 2. (Regra do Quociente) loga = loga x − loga y y 3. (Regra da Potenciação) loga xy = y loga x 4. (Mudança de Base) loga x = Prof. Edilson Neri | Prof. André Almeida ln x . ln a 12 Cálculo I Aula n o 01 4 Funções Denidas por Partes As funções denidas por fórmulas distintas em diferentes partes de seus domínios são chamadas funções denidas por partes. Vejamos alguns exemplos. Exemplo 12. Seja a função denida por: f (x) = { x2 , se, x ≥ −1 1 − x, se, x < −1 O domínio desta função é R e como imagem, o intervalo [0, +∞). Gracamente: Figura 18: Gráco de f (x). O próximo exemplo de função denida por partes é a função modular. Lembre-se que, como mostramos na Aula 01, o módulo de um número real x é a distância de x até o 0, na reta real. Exemplo 13 (Função Modular). Seja: { f (x) = |x| = x, se, x ≥ 0 −x, se, x < 0 O gráco da função modular é: Figura 19: Gráco de f (x) = |x|. Observe que o domínio da função modular é o conjunto R e a imagem desta função é o conjunto R+ . Prof. Edilson Neri | Prof. André Almeida 13 Cálculo I Aula n o 01 Exemplo 14 (Função Heaviside). A Função Heaviside, muito utilizada na eletricidade para representar chaves que ligam e desligam, é denida por: { H(t) = 0, se, t < 0 1, se, t ≥ 0 Note que o domínio desta função é R e a imagem é o conjunto {0, 1}, formado apenas de dois elementos. Representamos gracamente esta função a seguir. Figura 20: Gráco de H(t). Exemplo 15 (Função Maior Inteiro ou Função Escada). A função maior inteiro denotada entre colchetes e denida por: f (x) = [x], ∀ x ∈ R representa o maior inteiro que é menor que x. Atribuindo alguns valores para x, ela tem como imagem números inteiros . Por exemplo: [0, 8] = 0, [1, 5] = 1, [−1, 75] = −2, [−0, 4] = −1, [π] = 3, etc. Gracamente, temos: Figura 21: Gráco da Função Maior Inteiro. Resumo Faça um resumo dos principais resultados vistos nesta aula. Dena duas funções e efetue com estas todas as operações denidas nesta aula. Aprofundando o conteúdo Leia mais sobre o conteúdo desta aula no Capítulo 1 - Seções 1.2 e 1.3 e Apêndice D do livro texto. Prof. Edilson Neri | Prof. André Almeida 14 Cálculo I Aula n o 01 Dica importante Caso você queira plotar computacionalmente alguns grácos, utilize o Widget Plotador de Funções, disponível em: http://www.wolframalpha.com/widgets/view.jsp?id=65c6cd63f9c7a97d36b6648b1795f35e Sugestão de exercícios Resolva os exercícios 1.2 e 1.3 e os do Apêndice D do livro texto. Prof. Edilson Neri | Prof. André Almeida 15