Tema «O professor de Filosofia como instrumento - e-bief

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2º Trabalho individual
PROVÍNCIA: HUÍLA
NOME: AUGUSTO MOIO SERAFIM
TEMA: A GESTÃO DA FORMAÇÃO CONTÍNUA DOS
PROFESSORES E ELEVAÇÃO DA QUALIDADE DO
PROCESSO DE ENSINO/APRENDIZAGEM NA E.F.P. –
HUÍLA
PERGUNTA: COMO GERIR A FORMAÇÃO CONTÍNUA DOS
PROFESSORES PARA ELVAÇÃO DA QUALIDADE DO
PROCESSO DE ENSINO/APRENDIZAGEM?
BIBLIOGRAFIA:
 ALMEIDA, Fernando Neves “PSICOLOGIA PARA
GESTORES” «Comportamentos de sucesso nas
organizações»
(1996) -Portugal;
 ESTRELA, Maria Teresa & ESTRELA, Albano
“PRESPECTIVAS ACTUAIS SOBRE A FORMACÃO
DE PROFESSORES” (1977) editora Estampa- Lisboa;
 FERREIRA, Naura Syria Carapeto & outros “FORMAÇÃO
CONTÍNUADA E GESTÃO DA EDUCAÇÃO” (2006),
2ªed. Editora Cortez,-São Paulo;
 RIBEIRO, António Carrilho “FORMA PROFESSORES”
-Elementos para uma teoria e pratica da Formação (1993)
4ªed. Texto Editora- Lisboa;
 RODRIGUES, Ângela & ESTEVES, Manuela “A
ANÁLISE DE NECESSIDADES NA FORMAÇÃO DE
PROFESSORES” (1993), editora Porto Editora – Portugal.
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2ª Situação levantada no âmbito da formação continua e a qualidade
ensino na E.F.P- Huíla
A FALTA DE ACTUALIZAÇÃO PERMANENTE DOS CONHECIMENTOS DO
PROFESSOR FRANCISCO YONA GERA CONFLITO COM SEU COLEGA.
Descrição da situação
Em Agosto de 2009, na coordenação de Filosofia da Escola de Formação de
Professores da Huíla, professor de Filosofia Francisco Yona, formado pela
Universidade Agostinho na década 80 (oitenta) entrou em choque com
Manuel Maria, formado pela mesma Universidade a partir dos anos de 2000.
O primeiro professor e por sinal, o mais antigo da coordenação de Filosofia,
defendeu a ideia de existência em Filosofia apenas de uma Questão
Fundamental que consiste discussão da primazia da matéria em relação ao
espírito ou do espírito em relação a matéria. Desta forma, dividiu-se os
filosóficos materialistas aquele que defendem a primazia da matéria em
relação a ideia e os idealistas aos que defendem a primazia da ideia
(espírito) em relação a matéria (natureza). Esta posição defendida, pelo
professor mais antigo da coordenação, não foi bem acolhida pelo professor
de Filosofia mais novo da coordenação. Pois este último, defendeu a ideia
que em Filosofia não existe apenas uma única Questão Fundamental, mas
sim, vários problemas filosóficos, sobre os quais, ela se debruça, tais como:
o metafísico, o lógico, o religioso, o histórico, o político, o social, o
pedagógico, o ético, o estético, o epistemológico, apenas para alguns, num
universo de tantos.
Eu, na qualidade de coordenador de Filosofia da E.F.P-Huíla, depois de ter
se apercebido da situação ocorrida, procurei junto dos professores
desentendidos acolher mais informações. Das informações obtidas em cada
um deles, importa assinalar o seguinte:
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1-Em relação, ao professor Francisco Yona, o mais antigo da coordenação,
para além de defender esta posição, acrescenta, dizendo que o marxismo é
uma Filosofia mais perfeita e quem não conhecer as suas bases filosóficas
nada conhece de Ffilosofia.
O professor em causa possui livros de Filosofia quase todos editados nos
anos 60,70 e 80. Pelo menos não vi nada de uma bibliografia da década 90,
nem de 2000. Com mais dois colegas analisamos as provas e as correcções
modelos por ele elaboradas e constatamos que o estilo de perguntas
obrigam os alunos a decorarem os conteúdos dados. Nada que leva o aluno
a criar e a construir o seu próprio conhecimento, na perspectiva da
pedagogia de integração como sabemos constitui a base teórica do plano
mestre da Reforma Educativa em Angola.
O mais caricato é que o professor em causa participa com frequência, nas
reuniões pedagógicas, embora geralmente nessas reuniões não se procura
penetrar naquilo que cada professor vai dar e como vai dar, apenas a
dosificação dos conteúdos a serem dados. Ficando o resto tudo a inicia e
criatividade de cada professor.
2- Relativamente ao segundo professor, o mais novo da coordenação, ficou
escandalizado pelas posições apresentadas, pelo professor Francisco Yona.
Pois segundo ele, não existe uma corrente filosófica totalmente perfeita e
que superam todas outras. Pois que cada corrente, tem seus pontos fortes e
fracos. É absurdo falar em corrente filosófica tenha uma perfeição absoluta.
Também constatamos que o professor Manuel Maria, preocupa-se bastante
com sua actualização permanente. Chegamos esta conclusão através dos
seus trabalhos (provas e correcções modelos elaboradas por ele bem como
as diversas bibliográficas por ele apresentadas como sua fonte de consulta
permanente).
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Análise da situação
Em função do sucedido, verifica-se o nível muito baixo das relações interpessoais
e
naturalmente
afecta
o
desempenho
no
processo
de
ensino/aprendizagem do professor Francisco Yona. Logo, neste caso existe
a baixa tarefa e alta relação. Esta é a minha posição porque embora que
todos alunos tenham notas positivas na classificação final dois trimestres já
terminados, motivo que alegra os alunos, mas não existe o nível de
conhecimentos com a qualidade desejada por parte dos alunos do professor.
Sustentamos a nossa posição a partir de um pequeno exercício que
aplicamos. Pelo teste oral que fizemos aos 20 alunos considerados por ele
(professor Francisco) mais aplicados das quatro turmas que ele lecciona,
constatamos que quase todos responderam bem aquelas as questões que
não exigem do aluno a formulação das suas repostas criadas e construídas
por eles próprios. E as questões que põe o aluno a criar e a construir o seu
próprio conhecimento, apenas um que conseguiu responder uma questão,
mas com muitas dificuldades. Das 8 questões elaboradas de forma
equilibrada, isto é, perguntas de respostas memorizadas e de respostas por
criar e construir com inspiração nos temas dados, apenas uma das questões
de respostas criativas que foi respondida, embora com dificuldades.
O programa foi cumprido conforme a informação do professor, mas os
alunos não conseguem resolver situações-problemas que lhes colocadas.
Se a finalidade da formação é preparar personalidades autónomas que
pensam com as suas próprias cabeças e andam as suas pernas, então o
estilo das aulas e das avaliações do professor, não permite atingir este
objectivo preconizado.
Pelo tempo que lecciona a cadeira de Filosofia no Ensino Secundário,
Segundo Ciclo, devia ser uma referência na nossa coordenação, mas
lamentamos pelas contradições têm havido por causa das suas posições
científico-filosóficas desactualizadas. Ao mesmo professor falta-lhe cultura
de inspiração a partir dos conhecimentos que já possui, um espírito de
abertura e de reconhecer as contribuições dos colegas mais novos.
Igualmente falta uma adaptação permanente as novas abordagens na
perspectiva do construtivismo pedagógico.
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Relativamente ao professor Manuel Maria, ao contrário do professor
Francisco Yona apresenta uma cultura de inspiração a vários autores e
doméstica e verificamos que os seus alunos são criativos e estão
capacitados para construir os seus próprios conhecimentos, inspirando-se
nos vários temas que foram discutidos durante as aulas. É notável a entrega
dos seus alunos a busca de novos saberes nas distintas fontes do
conhecimento. Logo, registamos aqui altas relações entre os elementos da
turma e da turma com professor. Em suma, para o professor Manuel Maria o
seu desempenho se reflecte igualmente no desempenho dos seus. Embora
exigente, os alunos gostam das aulas dele por são bastante animadas e
todos participam. Constata-se assim, alta tarefa e alta relação.
Conclusões
A situação acima descrita leva-nos a concluir que o professor Francisco
Yona (mais antigo) apesar possuir uma preparação académica aceitável,
mas falta-lhe uma actualização permanente dos conhecimentos de uma
forma geral e em particular aos que constitui os conteúdos do programa da
disciplina que lecciona, de modo permitir a melhor inserção nas novas
metodologias e naturalmente novas abordagens dessas temáticas. Se
houvesse actualização permanente de seus conhecimentos, admitimos que
o conflito com professor Manuel Maria teria poucas possibilidades de se
espoletar.
A formação contínua para os professores constitui uma mais valia
indubitável. O desempenho qualitativo e quantitativo dos profissionais do
processo de ensino/aprendizagem passa pela actualização permanente dos
mesmos. É obrigação à todos profissionais do ensino/aprendizagem a sua
superação permanente para aumentar cada vez mais o seu desempenho e
proporcione um ensino de qualidade aos seus alunos. Conclui-se que o
professor Francisco Yona apesar de todos alunos terem notas positivas na
classificação do I e II trimestres, os alunos não construir as suas próprias
respostas, apenas só sabem reproduzir os conteúdos dados.
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Isto revela a falta de competência por parte dos alunos, pois que os alunos
não conseguem transferir os saberes a pratica para a solução das situaçõesproblemas.
O professor Manuel Maria é um exemplo que muitos professores devem
seguir, pois que, um professor que não se actualiza não consegue
contextualizar os conteúdos. Logo, limita-se a reproduzir as teorias que
foram abordadas em contextos sociais, culturais, políticos e económicos
diferentes ao nosso o que nada interessa na formação das novas gerações
para a nossa realidade. Formação das novas gerações deve aproximar os
mesmos aos problemas da nossa realidade cultural , social, politica,
económica.
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