IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO 1. Uma bolinha se choca contra uma superfície plana e lisa com velocidade escalar de 10 m/s, refletindo-se em seguida, conforme a figura abaixo. Considere que a massa da bolinha vale 20 g e que a duração do choque foi de 10-3 s. Calcule o módulo, a direção e o sentido da força média que a superfície exerceu sobre a bola. 30o 30o SOLUÇÃO Utilizaremos as seguintes relações: G G I = ∆Q G G I = F∆t Logo, G G G F∆t = ∆Q = m∆v G G m∆v F= ∆t G m ∆vG m∆v F= = ∆t ∆t Como não existe atrito vi = vf = 10 m/s. vf vi 30o 30o ∆v G G G ∆v = v f − v i Os três vetores acima formam um triângulo equilátero, portanto: ∆v = v f = v i = 10 m / s Assim o módulo da força será: G m∆v 20.10 −3.10 F= = = 20 0 N ∆t 10 −3 Vertical e orientada para cima. 2. Um carro de 1 tonelada entra realiza uma curva com velocidade constante igual a 90 km/h, conforme mostra a figura abaixo. Calcule o módulo do impulso sofrido pelo carro para realizar tal curva. 3. (UNICAMP – SP) As histórias de super-heróis estão sempre repletas de feitos incríveis. Um desses feitos é o salvamento, no último segundo, da mocinha que cai de uma grande altura. Considere a situação em que a desafortunada garota caia a partir do repouso, de uma altura de 81 m e que nosso super-herói a intercepte 1,0 m antes de ela chegar ao solo, demorando 5,0.10-2 s para detê-la, isto é, para anular sua velocidade vertical. Considere que a massa da mocinha é de 50 kg e despreze a influência do ar. a) Calcule a força média aplicada sobre a mocinha para detê-la. Adote g = 10 m/s2. b) Uma aceleração 8 vezes maior que a da gravidade (8g) é letal para um ser humano. Determine quantas vezes a aceleração à qual a mocinha foi submetida é maior que a aceleração letal. 4. (ITA – 2003) Sobre um plano liso horizontal repousa um sistema constituído de duas partículas, I e II, de massas M e m, respectivamente. A partícula II é conectada a uma articulação O sobre o plano por meio de uma haste rígida que inicialmente é disposta na posição indicada na figura. Considere a haste rígida de comprimento L, inextensível e de massa G desprezível. A seguir, a partícula I desloca-se na direção II com velocidade uniforme VB , que forma um ângulo θ com a haste. Desprezando qualquer tipo de resistência ou atrito, pode-se afirmar que, imediatamente após a colisão (elástica) das partículas. G (A) a partícula II se movimenta na direção definida pelo vetor VB . (B) o componente y do momento linear do sistema é conservado. (C) o componente x do momento linear do sistema é conservado. (D) a energia cinética do sistema é diferente do seu valor inicial. (E) n.d.a. SOLUÇÃO A força que a partícula I exerce sobre a partícula II e a força que a partícula II exerce sobre a partícula I, durante a colisão, constituem um par ação e reação, logo considerando o sistema composto pelas duas partículas, estas forças terão somatório nulo. A haste exercerá uma foça na partícula II na direção y, que será uma força externa ao sistema. Como na direção x não existe nenhuma resultante externa, o momento linear nesta direção será conservado. LETRA C 5. (EsPECEx – 2004 – ADAPTADA) No instante de sua explosão, no ar, uma granada de massa M deslocava-se com G velocidade V . Um dos seus vários fragmentos, de massa igual a 3M/5, adquire, imediatamente após a explosão, uma G velocidade igual a 3V . Desprezando-se a ação da gravidade e a resistência do ar, a soma vetorial das quantidades de movimento de todos os demais fragmentos, imediatamente após a explosão, é: G (A) 3 MV G (B) 9/5 MV G (C) 2/5 MV G (D) -2 MV G (E) -4/5 MV SOLUÇÃO Em uma explosão a quantidade de movimento do sistema pode ser conservado, pois as forças que atuam durante a explosão são forças internas ao sistema. G G Q antes = Q depois G 3M G G MV = .3V + Q outras partículas 5 G 4M G Q outras partículas = − V 5 LETRA E 6. Um canhão vazio tem massa M e está num plano horizontal sem atrito. Após ser carregado com um projétil de massa m, lança-o com velocidade v. O cano do canhão forma um ângulo α com a horizontal. A velocidade de recuo do canhão é: (A) v = M v tgα r 2m (B) v r = M v cos α m m (C) v r = v cos α M m+M⎞ ⎟ v senα ⎝ m ⎠ (D) v r = ⎛⎜ (E) v r = M v cos α 7. Um bloquinho de massa m é atirado sobre um blocão de massa 2 m que se encontra inicialmente em repouso sobre uma superfície horizontal sem atrito. A velocidade horizontal com que o bloquinho atinge o blocão vale 6m/s. Sabendo-se que existe atrito entre as superfícies de contato dos blocos, a velocidade final do conjunto será: (A) 3 m/s (B) 2 m/s (C) 4 m/s (D) 1 m/s (E) 5 m/s 8. (AFA – 2005) Um lavador de carros segura uma mangueira do modo que aparece na figura abaixo: Qual a força necessária para manter o bico da mangueira estacionário na horizontal, sabendo que a vazão da água é de 0,60 kg/s, com a velocidade de saída na mangueira de 25 m/s? (A) 5,0 N (B) 10,0 N (C) 15,0 N (D) 20,0 N SOLUÇÃO Considere uma pequena porção de água de massa ∆m. Esta porção de massa tem sua velocidade alterada devido ao impacto com o carro. A força que a água exerce no carro tem o mesmo módulo da força que o homem exerce na mangueira, logo: G G I = ∆Q ∆m F∆t = 0 − ∆mv ⇒ F = − v ∆t onde, ∆m = 0,60 kg / s e v = 25 m / s, log o ∆t F = −15 N 9. (AFA – 2004) Um foguete cuja massa vale 6 toneladas é colocado em posição vertical para lançamento. Se a velocidade de escape dos gases vale 1 km/s, a quantidade de gases expelida por segundo, a fim de proporcionar o empuxo necessário para dar ao foguete uma aceleração inicial para cima igual a 20 m/s2 é (A) 180 kg (B) 120 kg (C) 100 kg (D) 80 kg 10. (AFA – 2002) O motor de um avião a jato que se desloca a 900 km/h, expele por segundo 200 kg de gases provenientes da combustão. Sabendo-se que estes produtos da combustão são expelidos pela retarguarda, com velocidade de 1800 km/h em relação ao avião, pode-se afirmar que a potência liberada pelo motor vale (A) 1,00 . 105 W. (B) 2,50 . 107 W. (C) 3,70 . 107 W. (D) 3,24 . 108 W. 11. (IME 2008_2009) Duas partículas A e B de massas mA =0,1 Kg e mB =0,2 Kg sofrem colisão não frontal. As componentes x e y do vetor quantidade de movimento em função do tempo são apresentadas nos gráficos abaixo. Considere as seguintes afirmativas: I. A energia cinética total é conservada. II. A quantidade de movimento total é conservada. III. O impulso correspondente à partícula B é 2i+4j. IV. O impulso correspondente à partícula A é -3i+ 2j. As afirmativas corretas são apenas: (A) I e II. (B) I e III. (C) II e III. (D) II e IV. (E) III e IV. 12. (ITA – 2005) Um vagão-caçamba de massa M se desprende da locomotiva e corre sobre trilhos horizontais com velocidade constante v = 72,0 km/h (portanto, sem resistência de qualquer espécie ao movimento). Em dado instante, a caçamba é preenchida com uma carga de grãos de massa igual a 4M, despejada verticalmente a partir do repouso de uma altura de 6,00m (veja figura). grãos 4M → M v Supondo que toda a energia liberada no processo seja integralmente convertida em calor para o aquecimento exclusivo dos grãos, então, a quantidade de calor por unidade de massa recebido pelos grãos é (A) 15 J/kg (B) 80 J/kg (C) 100 J/kg (D) 463 J/kg (E) 578 J/kg 13. (AFA – 2001) Dois carrinhos A e B de massas mA = 8 kg e mB = 12 kg movem-se com velocidade v0 = 9 m/s, ligados por um fio ideal, conforme a figura. Entre eles existe uma mola comprimida, de massa desprezível. Num dado instante, o fio se rompe e o carrinho A é impulsionado para frente (sentido positivo do eixo x), ficando com velocidade de 30 m/s. A energia potencial inicialmente armazenada na mola, em joules, era de: (A) 2570 (B) 2640 (C) 2940 (D) 3750 14. (AFA – 2001) Duas esferas A e B, de massas respectivamente iguais a 4 kg e 2 kg, percorrem a mesma trajetória retilínea, apoiadas num plano horizontal, com velocidades de 10 m/s e 8 m/s, respectivamente, conforme a figura. Após a ocorrência de um choque frontal entre elas, as esferas movem-se separadamente e a energia dissipada na colisão vale 162 J. Os módulos das velocidades de A e de B, após a colisão, em m/s, valem, respectivamente, (A) 8 e 6 (B) 2 e 7 (C) 1 e 8 (D) 1 e 10 SOLUÇÃO Supondo que após o choque as esferas A e B têm velocidades de sentidos contrários ao mostrado na figura. Conservando a quantidade de movimento e adotando o sentido para direita como sendo o sentido positivo, vem: G G Q antes = Q depois m A v A − m B v B = − m A v 'A + m B v 'B 4.10 − 8.2 = −4 v'A +2 v'B 2 v'B −4 v'A = 24 v'B −2 v'A = 12 (i) A Energia dissipada na colisão foi de 162 J, portanto: E cdepois − E cantes = −162 1 1 1 ⎛1 ⎞ m A v'2A + m B v'2B −⎜ m A v 2A + m B v 2B ⎟ = −162 2 2 2 ⎝2 ⎠ 1 1 1 ⎛1 ⎞ .4.v'2A + .2.v'2B −⎜ .4.100 + .2.64 ⎟ = −162 2 2 2 ⎝2 ⎠ 2 v'2A + v'2B = 102 (ii) De (i) e (ii), vem: ⎧v'B −2 v'A = 12 ⇒ v'B = 12 + 2 v'A ⎨ 2 2 ⎩2 v'A + v'B = 102 2 v'2A + (12 + 2 v'A ) = 102 ⇒ 2.v'2A +144 + 48v'A +4 v'2A = 102 2 6 v'2A +48v'A +42 = 0 ⇒ v'2A +8v'A +7 = 0 v'A = −1m / s ou v'A = −7 m / s Para v'A = −1 m / s ⇒ v'B = 12 − 2 = 10 m / s Para v'A = −7 m / s ⇒ v'B = 12 − 14 = −2 m / s A segunda alternativa não convém, pois estaria indicando que, após o choque, as esferas A e B estariam se movendo no mesmo sentido da figura. LETRA D 15. (VUNESP) Um tubo de massa M contendo uma gota de éter de massa desprezível é suspenso por meio de um fio leve, de comprimento L, conforme ilustrado na figura. No local, despreza-se a influência do ar sobre os movimentos e adota-se para o módulo da aceleração da gravidade o valor g. Calcule o módulo da velocidade horizontal mínima com que a rolha de massa m deve sair do tubo aquecido para que ele atinja a altura do seu ponto de suspensão. GABARITO 1. 2. 2,5.104 N.s 3. a) 40,5 kN b) 10 vezes 4. 5. 6. C 7. A 8. 9. A 10. D 11. D 12. C 13. C 14. 15. M 2gL m