FACULDADE TECSOMA Bacharelado em Administração Natiane Cândida Pereira QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO COMO FATOR IMPORTANTE PARA O CRESCIMENTO DA EMPRESA OLARIA SM LTDA Paracatu 2015 Natiane Cândida Pereira QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO COMO FATOR IMPORTANTE PARA O CRESCIMENTO DA EMPRESA OLARIA SM LTDA Monografia apresentada ao curso de Administração da Faculdade Tecsoma, como requisito para obtenção do título de Bacharelado em Administração. Orientadora Teórica: Prof. ADM Ana Maria Andrade Silva Orientador Metodológico: Prof. Especialista Geraldo Benedito Batista de Oliveira Paracatu 2015 P436q Pereira, Natiane Cândida, 1994 Qualidade de Vida no Trabalho como Fator Importante para o Crescimento da Empresa Olaria SM LTDA / Natiane Cândida Pereira. - Paracatu, 2015. Orientadora: Adm. Ana Maria Andrade Silva Orientador Metodológico: Geraldo Benedito Batista de Oliveira. 1. Gestão de Pessoas. 2. Qualidade de vida no trabalho. 3. Motivação. 4. Título CDU: 658.3 Fonte: Elaborado pela autora Natiane Cândida Pereira QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO COMO FATOR IMPORTANTE PARA O CRESCIMENTO DA EMPRESA OLARIA SM LTDA Monografia apresentada ao curso de Administração da Faculdade Tecsoma, como requisito para obtenção do título de Bacharelado em Administração. ___________________________________________________________________ Prof. Ana Maria Andrade Silva (Orientadora Téorica) ___________________________________________________________________ Prof. Carlos Alberto Kraemer (Banca Examinadora Convidado) ___________________________________________________________________ Prof. Fernando Antônio Antunes (Banca Examinadora Convidado) __________________________________________________________________ Prof. Geraldo Benedito Batista de Oliveira (Orientador Metodológico) Paracatu, 30 de novembro de 2015. A DEUS por estar sempre comigo, me dando forças para continuar. E aos meus pais, por me tornarem a pessoa que sou hoje! AGRADECIMENTOS A todos aqueles que contribuíram de uma maneira ou de outra para a realização desse trabalho, fica expressa minha gratidão: Primeiramente quero agradecer a DEUS, pois sem ele não teria conseguido realizar esse sonho e nem tantos outros que realizei e que irão ser realizados. Agradecer por estar sempre ao meu lado e principalmente nessa caminhada. Foram tantos momentos difíceis, principalmente as viagens tão cansativas, mas graças ao Senhor consegui vencer com muita força e fé e sei que essa é só mais uma de muitas conquistas que estão por vir, pois aprendi que é necessário encarar os medos e viver os sonhos! A todos meus amigos e familiares e em especial aos meus pais e a minha avó pelo incentivo e força para não desistir. Agradecer também pelas amizades construídas ao longo do tempo dentro de sala de aula e dentro do busão (levarei para sempre vocês em meu coração). Aos amigos que desistiram da faculdade mais que estarão comigo para sempre. Aos meus colegas de classe pela experiência do convívio e em especial as minhas amigas Francielle Santana, Valquíria e Polliana Lopes pela amizade construída e pelo carinho que têm por mim. Sem vocês a faculdade não teria graça e tudo seria mais difícil. E aos professores pelo tempo dedicado a nos ensinar e em especial ao Professor Geraldo BB que além de grande profissional se tornou um grande amigo. Obrigada pela paciência que sempre teve. RESUMO Diante do mercado competitivo em que as organizações se encontram é necessário que as mesmas tenham inovação e diferencial para que assim, possam sobreviver nesse mercado. Com isso, as pessoas se tornaram um fator vital para se conseguir alcançar os objetivos. Para isso as empresas precisam estar atentas cada vez mais na qualidade de vida de seus colaboradores, proporcionando a eles um ambiente adequado e agradável para se trabalhar, despertando – lhes motivação, satisfação, ideias inovadoras, realização pessoal, profissional e social. A empresa ganha em produtividade, lucratividade e alcance de metas traçadas. Quando a empresa proporciona qualidade de vida ao colaborador, ele consegue executar suas tarefas com compromisso, prazer e zelo, permanecendo na empresa por muito tempo, reduzindo assim o tournover. A inexistência deste tipo de preocupação se torna prejudicial à empresa. O estudo de caso teve por finalidade mostrar o quanto a qualidade de vida no trabalho é importante para o crescimento da empresa, destacando suas vantagens ao aderir ao programa de qualidade de vida e as desvantagens de não adotar tal prática. Palavras chaves: 1 Recursos humanos. 2 Qualidade de vida. 3 Motivação. 4 Clima organizacional. 5 Tournover ABSTRACT Facing the competitive market in which organizations are, is essential that they have innovation and differential so that, to survive in this market. With this, people become a vital factor in achieving the goals. For this companies need to be mindful of increasing the quality of life of its employees, providing them a suitable and pleasant environment to work in, awakening – their motivation, satisfaction, innovative ideas, personal fulfillment, professional and social. The company gains in productivity, profitability and achievement of set targets. When the company provides quality of life for employees, he can perform their duties with commitment, pleasure and zeal, remaining with the company for a long time, thus reducing the tournover. The absence of such concern becomes detrimental to the company. The case study aimed to show how the quality of working life is important for the growth of the company, highlighting its advantages to join the program quality of life and the disadvantages of not adopt such practices. Key words: human resources. quality of life. motivation. organizational climate. tournover. LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 – Organograma da empresa ................................................................... 26 FIGURA 2 – Visões da qualidade de vida no trabalho .............................................. 42 FIGURA 3 – Diversos níveis de clima organizacional ............................................... 58 LISTA DE QUADROS QUADRO 1 – Cronograma ........................................................................................ 32 QUADRO 2 – Recursos humanos ............................................................................. 33 QUADRO 3 – Recursos Financeiros ......................................................................... 33 QUADRO 4 – Recursos Materiais ............................................................................. 33 QUADRO 5 – Total geral das despesas do projeto ................................................... 34 QUADRO 6 – Fatores motivacionais segundo Maslow ............................................. 40 QUADRO 7 – Fatores Motivacionais segundo Maslow ............................................. 45 QUADRO 8 – Contribuições para o estudo do comportamento organizacional ........ 54 QUADRO 9 – Ações e/ou programas de promoções da QVT e seus resultados ...... 61 QUADRO 10- Doze mandamentos para participação do líder com a equipe ............ 63 QUADRO 11 – Plano de ação ................................................................................... 92 LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 – Classificação quanto ao sexo............................................................. 72 GRÁFICO 2 – Classificação quanto ao estado civil .................................................. 72 GRÁFICO 3 – Divisão do trabalho na empresa ......................................................... 73 GRÁFICO 4 – Tempo de trabalho na empresa ......................................................... 73 GRÁFICO 5 – Escolaridade dos funcionários na empresa........................................ 74 GRÁFICO 6 - O ambiente de trabalho no contexto de organização e limpeza ......... 74 GRÁFICO 7 – Execução das tarefas ......................................................................... 75 GRÁFICO 8 – Acesso ao superior imediato .............................................................. 75 GRÁFICO 9 – Reconhecimento do trabalho executado ............................................ 76 GRÁFICO 10 – Satisfação dos funcionários quanto ao salário ................................. 77 GRÁFICO 11 – Incentivo salarial por parte da empresa ........................................... 77 GRÁFICO 12 – Comunicação na empresa ............................................................... 78 GRÁFICO 13 – O reconhecimento do capital humano na empresa .......................... 78 GRÁFICO 14 – Treinamento no momento da admissão ........................................... 79 GRÁFICO 15 – Qualificação do colaborador............................................................. 80 GRÁFICO 16 – Relação com os colegas de trabalho ............................................... 80 GRÁFICO 17 – Relação amigável com o patrão, onde se tem como consequência o respeito...................................................................................................................... 81 GRÁFICO 18 – Confraternização ou momentos de convívio dentro da empresa ..... 81 GRÁFICO 19 – Motivação para se trabalhar na empresa ......................................... 82 GRÁFICO 20 – Ideias sugeridas à direção da empresa ........................................... 82 GRÁFICO 21 – Colaboração do colega de trabalho quando se necessita ................ 83 GRÁFICO 22 – Normas da empresa ......................................................................... 83 GRÁFICO 23 – Distribuição das tarefas .................................................................... 84 GRÁFICO 24 – Injustiça no ambiente de trabalho .................................................... 84 GRÁFICO 25 – Trocaria de emprego por salário igual .............................................. 85 GRÁFICO 26 – Existência de conflitos na empresa .................................................. 85 GRÁFICO 27 – Grau de importância do trabalho para o sucesso da empresa ......... 86 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ERG - Existence, Relatedness and Growth QM – Gestão da qualidade QVT – Qualidade de vida no trabalho RH – Recursos Humanos SUMÁRIO 1 INFORMAÇÕES SOBRE A EMPRESA ................................................................. 25 1.1 Razão social ....................................................................................................... 25 1.2 Nome fantasia ................................................................................................... 25 1.3 Endereço ............................................................................................................ 25 1.4 CNPJ ................................................................................................................... 25 1.5 Inscrição estadual ............................................................................................ 25 1.6 Quadro societário ............................................................................................. 25 1.7 Capital social .................................................................................................... 25 1.8 Organograma da empresa ............................................................................... 26 1.9 Objetivos sociais da empresa ......................................................................... 26 1.10 Missão da empresa ........................................................................................ 26 1.11 Visão da empresa ........................................................................................... 26 1.12 Valores da empresa ........................................................................................ 27 1.13 Público alvo da empresa ............................................................................... 27 2 INFORMAÇÕES SOBRE O ESTÁGIO ................................................................. 27 2.1 Coordenador do estágio ................................................................................... 27 2.2 Professor orientador teórico ............................................................................ 27 2.3 Professor orientador metodológico ................................................................. 27 2.4 Supervisor de estágio na empresa .................................................................. 27 2.5 Área de conhecimento do estágio .................................................................. 27 3 PROJETO MONOGRÁFICO ................................................................................. 28 3.1 Título................................................................................................................... 28 3.2 Tema .................................................................................................................. 28 3.3 Justificativa ........................................................................................................ 28 3.4 Objetivos ........................................................................................................... 29 3.4.1 Objetivo geral.................................................................................................. 29 3.4.2 Objetivos específicos..................................................................................... 29 3.5 Problematização ................................................................................................ 30 3.5.1 Hipótese .......................................................................................................... 30 3.6 Resultados esperados ...................................................................................... 30 3.7 Metodologia de trabalho ................................................................................... 31 3.8 Cronograma de atividades ............................................................................... 32 3.9 Recursos ............................................................................................................ 33 3.9.1 Humanos ......................................................................................................... 33 3.9.2 Financeiros ..................................................................................................... 33 3.9.3 Materiais .......................................................................................................... 33 3.9.4 Valor Total dos Recursos .............................................................................. 34 4 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 35 5 REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................ 37 5.1 Conceitos de RH ................................................................................................ 37 5.2 Evolução do RH ................................................................................................ 37 5.3 Qualidade de vida no trabalho ......................................................................... 41 5.3.1 Motivação ........................................................................................................ 44 5.3.2 Teorias motivacionais .................................................................................... 45 5.3.2.1 Teoria da hierarquia das necessidades ......................................................... 45 5.3.2.2 Teoria X e Teoria Y ....................................................................................... 46 5.3.2.3 Teoria de dois fatores .................................................................................... 47 5.3.2.4 Teoria ERG ................................................................................................... 48 5.3.2.5 Teoria das necessidades de McClelland ....................................................... 49 5.3.2.6 Teoria do reforço ........................................................................................... 50 5.3.2.7 Teoria da equidade........................................................................................ 51 5.3.2.8 Teoria da expectativa .................................................................................... 52 5.3.3 Comportamento organizacional .................................................................... 52 5.3.4 Clima organizacional...................................................................................... 57 5.3.5 Cultura organizacional ................................................................................... 58 5.4 Qualidade de vida no trabalho como fator estratégico ................................. 59 5.5 Liderança ........................................................................................................... 62 5.6 Satisfação no trabalho ...................................................................................... 63 5.7 Programas de treinamento e desenvolvimento .............................................. 64 5.7.1 Tipos de treinamento ..................................................................................... 64 5.7.2 Métodos de treinamento ................................................................................ 65 5.7.3 Avaliação de desempenho ............................................................................ 65 5.7.3.1 Quem deve fazer a avaliação de desempenho ............................................. 66 5.7.3.2 Os métodos de avaliação de desempenho ................................................... 67 5.8 Plano de Carreira ............................................................................................... 68 6 ESTUDO DE CASO NA OLARIA SM LTDA ......................................................... 69 6.1 Histórico da empresa ........................................................................................ 69 6.2 Metodologia ....................................................................................................... 70 6.3 Análise dos dados ............................................................................................. 71 6.4 Entrevista com o gestor .................................................................................... 86 6.5 Proposta de melhoria ........................................................................................ 89 6.6 Projeto de proposta de implementação de qualidade de vida no trabalho da empresa Olaria SM LTDA ....................................................................................... 90 6.6.1 Título................................................................................................................ 90 6.6.2 Objetivo geral ................................................................................................. 90 6.6.3 Objetivos específicos .................................................................................... 90 6.6.4 Descrição do projeto ...................................................................................... 91 6.6.5 Custo ............................................................................................................... 91 6.6.6 Plano de ação ................................................................................................. 92 6.6.7 Benefícios ....................................................................................................... 93 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 94 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 95 APÊNDICE A ........................................................................................................... 99 25 1. INFORMAÇÕES SOBRE A EMPRESA 1.1 Razão social Olaria SM LTDA 1.2 Nome fantasia Cerâmica Barro Forte 1.3 Endereço Rua Buritis, n° 94 – Parque das Andorinhas / João Pinheiro - MG 1.4 CNPJ 07.318.261/0001-01 1.5 Inscrição estadual 3633194140001 1.6 Quadro societário José Eduardo Simões Mendonça Júnior – Sócio Administrador - 50% José Eduardo Simões Mendonça – Sócio - 50% 1.7 Capital social R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) 26 1.8 Organograma Figura 1 – Organograma da empresa Diretor Administrador Setor de Setor Administrativo Setor Financeiro Setor Vendas Produção Fonte: Dados coletados na empresa Nota: Elaborado pela autora 1.9 Objetivos sociais da empresa A empresa tem como objetivo produzir produtos, os quais seus processos não degrade o meio ambiente, mantendo assim a sustentabilidade organizacional e do meio. 1.10 Missão da empresa Produzir materiais de qualidade que atendam ao cliente, respeitando o meio e ser referência no segmento. 1.11 Visão da empresa Ser líder de mercado com qualidade e atendimento, ser referência no seu segmento e a primeira a produzir na região com selo de qualidade. 27 1.12 Valores da empresa Crescer respeitando as pessoas e o meio ambiente, buscando qualidade e realizando o sonho das pessoas. 1.13 Público Alvo da empresa O público alvo da empresa são lojas, construtores e qualquer pessoa física que precise do produto, onde estão mais focalizados na cidade de Cristalina, João Pinheiro e Paracatu. 2 INFORMAÇÕES SOBRE O ESTÁGIO 2.1 Coordenador do estágio Prof. ADM. Msc. Fernando Antônio Antunes 2.2 Professor orientador teórico Prof. ADM. Especialista Ana Maria de Andrade Silva 2.3 Professor orientador metodológico Prof. Especialista Geraldo Benedito Batista de Oliveira 2.4 Supervisor de estágio na empresa José Eduardo Simões Mendonça Junior 2.5 Área de conhecimento do estágio Gestão de Pessoas 28 3 PROJETO MONOGRÁFICO 3.1 Título Qualidade de vida no trabalho como fator importante para o crescimento da empresa Olaria SM LTDA 3.2 Tema Qualidade de vida no trabalho / Gestão de Pessoas 3.3 Justificativa Diante do mercado competitivo em que as organizações se encontram é necessário que as mesmas tenham cada vez mais inovação e diferencial competitivo para que possam sobreviver nesse mercado. Com isso, a qualidade de vida no trabalho se tornou um fator de grande importância para as mesmas, pois dependem de seus colaboradores há sua sobrevivência. A qualidade de vida no trabalho leva o colaborador à obtenção da motivação, satisfação, melhor desempenho de suas funções e alcance de seus objetivos pessoais, profissionais e sociais. E para a empresa gera aumento da produtividade, alcance de metas estabelecidas e lucratividade. Ambos ficam imbuídos em parceria para o alcance de objetivos propostos, parceria essa que torna um vínculo maior entre organização e colaborador. A qualidade de vida não depende somente do salário e benefícios que a empresa proporciona para o colaborador, vai, além disso, como o reconhecimento do seu serviço e um bom relacionamento na empresa. Assim, Bom Sucesso (2002, p. 26) afirma que: Qualidade de vida não decorre apenas de salário acima do mercado e de invejável plano de benefícios. Resulta também do tratamento humano, da gentileza, de leveza nas relações, da possibilidade de expressão de pontos de vistas divergentes, do relacionamento sincero, do respeito aos ausentes e do orgulho pelo que se faz. Atenção, elogio e consideração constituem ingredientes indispensáveis quando se busca lealdade, qualidade e produtividade. 29 A qualidade de vida no trabalho contribui para um bom clima organizacional, pois o colaborador sente-se motivado em trabalhar naquele ambiente. De acordo com Kanaane (1999, p. 40) “quando se consegue criar um clima organizacional que propicie a satisfação das necessidades de seus participantes e que canalize seus comportamentos motivados para a realização dos objetivos da organização, simultaneamente, tem–se um clima propício ao aumento da eficácia da mesma”. Os processos acontecidos dentro da empresa dependerão de seus colaboradores, do seu desempenho para que esses processos sigam corretamente conforme o previsto. Assim, é necessário que as empresas invistam cada vez mais na qualidade de vida dos mesmos, proporcionando condições adequadas para que possam exercer suas funções com satisfação e motivação. Para Limongi–França e Arellano (2002, p. 296) “Qualidade de vida no trabalho é o conjunto de ações de uma empresa no sentido de implantar melhoras e inovação gerenciais, tecnológicas e estruturais no ambiente de trabalho”. Assim, a melhoria contínua do ambiente de trabalho ocasiona melhora nos processos da organização o que leva ao aumento da produtividade e crescimento da empresa, aumentando também a qualidade de vida dos colaboradores. 3.4 Objetivos 3.4.1 Objetivo geral Estudar a motivação dos funcionários na empresa Olaria SM LTDA, focando na qualidade de vida no trabalho. 3.4.2 Objetivos específicos Verificar o nível de satisfação dos colaboradores dentro da empresa Olaria SM LTDA; Analisar a qualidade de vida do colaborador em relação ao seu trabalho; Constatar os fatores que motivam e desmotivam o funcionário dentro da empresa Olaria SM LTDA e Realizar uma pesquisa de clima organizacional abordando fatores motivacionais e higiênicos. 30 3.5 Problematização A qualidade de vida do colaborador no trabalho se tornou um fator de grande relevância para otimização dos processos de produção nas empresas contemporâneas, pois as mesmas necessitam que seus colaboradores estejam satisfeitos e motivados para que ambos (empresa e colaborador) possam chegar aos objetivos almejados. O problema que se encontra na empresa Olaria SM LTDA é a falta de um estudo que aponte índices de satisfação do colaborador e que o ajude a identificar o grau de motivação do mesmo na empresa e, a maneira com que a organização inviste em benefícios que melhorem a qualidade de vida dos colaboradores. A melhora desse aspecto poderia corrigir relações como a rotatividade e a desmotivação desses colaboradores. Nesse sentido pretende – se responder a seguinte pergunta: é possível identificar se a empresa pesquisada oferece qualidade de vida aos colaboradores, acarretando a motivação e a satisfação dos mesmos, colaborando para o crescimento da empresa? 3.5.1 Hipótese Melhora da qualidade de vida no trabalho através de um bom clima organizacional, acarretando a motivação e satisfação dos colaboradores em prol do crescimento organizacional. 3.6 Resultados esperados Favorecer aos colaboradores um melhor ambiente de trabalho, sendo que, trabalhar em um ambiente onde o clima organizacional é bom leva os colaboradores a se sentirem cada vez mais motivados e satisfeitos. Pois, a qualidade de vida no trabalho faz com que os mesmos se tornem mais produtivos, contribuindo para o crescimento da organização e alcance dos objetivos e metas almejadas e evitando turnover. 31 É de extrema importância que os colaboradores se sintam reconhecidos pelo seu trabalho. Assim, a empresa deve proporcionar aos mesmos a qualidade de vida necessária para que possam desenvolver suas funções com prazer e zelo. 3.7 Metodologia de trabalho De acordo com os objetivos propostos, foi feito o levantamento de dados explorando: análise da motivação e satisfação dos funcionários, análise do ambiente de trabalho e condições de trabalho oferecidas aos colaboradores. Para conseguir chegar aos objetivos propostos é necessário a utilização de um método. Cervo, Bervian e Silva (2007, p. 27) afirma que “método é a ordem que se deve impor aos direitos processos necessários para atingir um certo fim ou um resultado desejado”. Foi utilizado pesquisas bibliográficas e meios elétronicos para se te embasamento teórico. De acordo com Gil (2010, p. 29) a pesquisa bibliográfica é “elaborada com base em material já publicado. Tradicionalmente, esta modalidade de pesquisa inclui material impresso, como livros, jornais, tese, dissertações e anais de eventos científicos”. Para Marconi e Lakatos (2011, p. 57): A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc., até meios de comunicação ora: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais: filmes e televisão. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferências seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma, quer publicadas, quer gravadas. Para o levantamento do nível de motivação e satisfação dos colaboradores da empresa estudada foi aplicado um questionário com questões fechadas, onde essas questões foram elaboradas visando os fatores motivacionais e higiênicos de Herzberg. Assim Cervo, Bervian e Silva (2007, p. 53) mostram que “o questionário é a forma mais usada para coletar dados, pois possibilita medir com mais exatidão o que se deseja. Em geral, a palavra questionário refere-se a um meio de obter respostas às questões por uma fórmula que o próprio informante preenche”. O estudo que foi realizado se enquadra na pesquisa qualitativa, sendo a mesma direcionada a busca informações com dados precisos. Diante dessa perspectiva qualitativa, Godoy (1995, p. 21) afirma que: 32 Um fenômeno pode ser melhor compreendido no contexto em que o ocorre e do qual é parte, devendo ser analisado numa perspectiva integrada. Para tanto, o pesquisador vai a campo buscando “captar” o fenômeno em estudo a partir da perspectiva das pessoas nele envolvidas, considerando todos os pontos de vista relevantes. Logo após, foi realizada a tabulação dos resultados juntamente com os gráficos onde se enquadra em outro método de pesquisa, a quantitativa direciona a dados em porcentagem e estatísticas. Segundo Zanella (2009, p. 77) a pesquisa “preocupa-se, portanto, com representatividade numérica, isto é, com a medição objetiva e a quantificação dos resultados. Procura medir e quantificar os resultados da investigação, elaborando-os em dados estatísticos. E apropriada para medir tanto opiniões, atitudes e preferências como comportamentos”. Entretanto, a pesquisa tornou-se qualiquantitativa, pois foi feita a junção da pesquisa qualitativa e quantitativa. 3.8 Cronograma de atividades Quadro 1 – Cronograma Atividades Meses Escolha título e tema Leitura a cerca do tema Elaboração do projeto Correção e entrega do pré – projeto Apresentação do pré-projeto Aplicação do questionário e coleta de dados Tabulação e discussão dos resultados Levantamento bibliográfico e eletrônico para complementar o referencial teórico 2015 Jan Fev Mar Abr Mai Jun X X X X X X X X Jul Ago Set x x Out Nov X X X X X x X Continua Dez 33 Conclusão Correções ortográficas e metodológicas Entrega final da monografia Apresentação a banca x X x x Fonte: Elaborado pela autora 3.9 Recursos 3.9.1 Humanos Quadro 2 – Recursos Humanos Atividade Orientador do estágio Orientador metodológico do estagio Coordenador do estágio na Empresa Responsável Ana Maria da Silva Andrade Geraldo Benedito Batista de Oliveira José Eduardo Simões Mendonça Junior TOTAL Valor (R$) 0,00 0,00 0,00 0,00 Fonte: Elaborado pela autora 3.9.2 Financeiro Quadro 3 - Recursos Financeiros Recurso Recarga de Tonner Cópias de documentos Internet TOTAL Quantidade 2 10 10 Valor Unitário (R$) 50,00 0,20 45,00 Subtotal (R$) 100,00 2,00 450,00 552,00 Fonte: Elaborado pela autora 3.9.3 Materiais Quadro 4 – Recursos Materiais Material Computador Impressora Pendraive Pct folha A4 Pasta Suspensa Pasta catálogo TOTAL Quantidade 1 1 1 3 1 1 Valor Unitário (R$) 0,00 0,00 25,00 12,00 2,00 12,50 Fonte: Elaborado pela autora Subtotal (R$) 0,00 0,00 25,00 36,00 2,00 12,50 75,50 34 3.9.4 Valor Total dos Recursos Quadro 5 - Total Geral das Despesas do Projeto Recursos Humanos Materiais Financeiros TOTAL GERAL Valor Total (R$) 0,00 75,50 552,00 627,50 Fonte: Elaborado pela autora 35 4 INTRODUÇÃO Devido a grande exigência do mercado competitivo, é necessário que as empresas tenham diferencial competitivo para poderem sobreviver nesse mercado. Assim, para que isso possa acontecer é necessário que se tenha um capital intelectual qualificado e motivado. Espera-se mostrar com esse estudo o quando a qualidade de vida no trabalho pode colaborar para o crescimento da organização. Muitos estudiosos afirmam que quando o funcionário está motivado e satisfeito se tem um melhor desempenho de suas tarefas. Segundo Marras (2011, p. 166) mostra que: Desempenho humano é o ato ou efeito de cumprir ou executar determinada missão ou meta previamente traçada. É diretamente proporcional a duas condições do ser humano: o “querer fazer”, que explicita o desejo endógeno de realizar (a motivação), e o “saber fazer”, isto é, a condição cognitiva e experimental que possibilita ao indivíduo realizar com eficácia alguma coisa. Não somente um bom desempenho das atividades, mais uma boa qualidade de vida proporciona também um bom clima agradável para se trabalhar, inovação de ideais, motivação e satisfação. E para a organização acarreta aumento da produtividade e lucratividade, onde ambos (organização e colaborador) fiquem imbuídos para o alcance de metas e objetivos traçados. Assim, o líder é o responsável por proporciona a qualidade de vida no trabalho a seus liderados, onde deve-se entender a necessidade de cada um para poder trabalhando para o alcance das mesmas. Isso faz com que o colaborador se sinta reconhecido e valorizando dentro da organização, pois o gestor está preocupado com seus interesses. É importante também que o líder esteja sempre aberto as mudanças e a sugestões de novas ideias por parte de seus colaboradores pois, quando se chega ao alcance de uma meta ou objetivo, esse mérito não é somente do líder mais de todo o grupo. O gestor que visa o crescimento organizacional, precisa focar em seu colaborador, trabalhando sempre para mantê-lo ativamente em sua empresa. Pois, tanto o gestor precisa do colaborador, quanto o colaborador da empresa, ambos precisam estar alinhados para que possam conseguir chegar aos objetivos determinados. De acordo com Hollander apud Limongi- França e Arellano (2002, p. 261) “liderança não diz respeito somente apenas ao cargo do líder mas também 36 requer a cooperação de outras pessoas. O destaque é a liderança como um processo de dupla via entre líder e liderados. Este projeto tem com objetivo mostrar o estudo feito em relação motivação dos funcionários da empresa Olaria SM LTDA, com foco na qualidade de vida no trabalho. Onde, através das consequências de uma boa qualidade devida como: motivação, satisfação e bem estar dos colaboradores, colabora para o crescimento organizacional. 37 5 REVISÃO LITERARIA 5.1 Conceitos de RH A área de recursos humanos surgiu através do crescimento das organizações e com a necessidade de se estudar o comportamento dos colaboradores e, o que se leva a serem produtivos. Segundo Fischer (2002, p. 12) “Entende-se por modelo de gestão de pessoas a maneira pela qual uma empresa se organiza para gerenciar e orientar o comportamento humano no trabalho”. É necessário que os líderes tracem caminhos bem definidos para que os colaboradores possam seguir e assim atingirem os objetivos e metas traçadas pela organização. Com isso é necessário entender o comportamento dos colaboradores e o que pode afetar positivamente e negativamente o alcance desses objetivos. De acordo com Gil citado por Lacerda, Bigolotti e Carleto (2012, p. 05) “Gestão de Pessoas é uma função gerencial ligada à cooperação das pessoas que trabalham nas organizações para alcançar tanto seus objetivos individuais quanto organizacionais”. Robbins (2005, p. 06) diz que gestão de pessoas “é um campo de estudos que investiga o impacto que indivíduos, grupos e a estrutura têm sobre o comportamento dentro das organizações com o propósito de utilizar este conhecimento para melhorar a eficácia organizacional”. E para contribuir também com o alcance desses objetivos almejados é necessário que seus colaboradores estejam motivados e satisfeitos para trabalharem na organização. De acordo com Tejada (2013, p. 11) “motivação é saber aonde queremos chegar e também agir em busca disso, lutar por nossos objetivos, nossos ideais, por aquilo que almejamos e, acima de tudo, desejamos”. Motivação essa, que traz benéficios para ambas os lados (colaborador e organização). 5.2 Evolução do RH A gestão de pessoas não é um assunto muito recente, ela começou em meados do século XVIII com a revolução industrial, surgindo assim grandes máquinas a vapor. Foram feitos altos investimentos com o objetivo de aumentar os processos produtivos nas indústrias e visando também um aumento na lucratividade. Bergamini (1997, p. 19) mostra que: 38 Esse novo rumo de negócios gerou grande preocupação em termos de melhora dos procedimentos na forma de trabalhar. Passou-se a exigir que o papel a ser desempenhado pelos gerentes e administradores fosse não só o de encontrar pessoas mais adequadas para os diferentes cargos, como também de treiná-las no uso de ferramentas e métodos mais produtivos. Apesar de a Revolução Industrial trazer para as indústrias aumento da produtividade e racionalização do trabalho acarretou alguns pontos negativos, como destaca Kanaane (1999, p. 16) “contata-se que a “máquina” tem levado a frequentes atentados ecológicos, com a destruição dos recursos naturais”. Assim, as grandes fábricas foram surgindo, os artesões da época foram substituídos pelos operários, os processos produtos dentro das indústrias foram aumentando cada vez mais e seus salários miseráveis continuavam os mesmos. Logo após surgiu o estudo a administração científica, com seu precursor Frederic Winslow Taylor por volto dos anos de 1911. De acordo com Bergamini (1997, p. 20) a administração científica: Defendiam o uso de formas de controle sobre os subalternos para que se conseguisse fazê-los atingir níveis predeterminados de produtividade. As operações de trabalho foram tornando-se cada vez mais simples e rotineiras, começando, em especial, pelo fracionamento dos cargos nas linhas de montagem. Em lugar de clima de punição, adotou-se a crença de que o dinheiro seria a principal fonte de incentivo à motivação. Acreditou-se que a maioria dos trabalhadores escolheria os seus empregos não tanto pelo tipo de trabalho ou pelo conteúdo dos cargos, mas principalmente o faria tomando por base as perspectivas de remuneração. Taylor focava em ter maior eficiência e técnicas na produção, pois quando começaram seus estudos as fábricas estavam se modernizando cada vez mais e com um grande número de funcionários. De acordo com Lévy – Leboyer apud Bergamini (1997, p. 20) “assim como Taylor e como os primeiros psicólogos industriais, esses teóricos pensaram ter descomplicado a concepção da conduta humana ao convir que para motivar seguidores seria necessário, apenas, atentar, sobretudo, para uma sistemática de recompensa / punição”. Para Maximiano (2006, p. 52) “compartilhavam esforços para desenvolver princípios e técnicas de eficiência, que possibilitam resolver os grandes problemas enfrentados pelas empresas industriais”. Ou seja, Taylor tinha o objetivo de tornar o trabalho mais rápido através de técnicas, onde consequentemente tornaria as tarefas cansativas e monótonas. 39 Em seguida surge Henry Fayol (1841) com a Administração Clássica para mudar esse cenário de Taylor. Para o Fayol a administração é uma atividade para todos os empreendimentos do ser humano seja, família ou negócio. Assim todos deveriam ter planejamento, organização, comando, coordenação e controle. Maximiano (2006, p. 72) diz que Fayol elaborou sua própria teoria onde divide a empresa em seis atividades ou funções distintas: (1) Técnica (produção, manufatura). (2) Comercial (compra, venda, troca). (3) Financeira (procura e utilização de capital). (4) Segurança (proteção da propriedade e das pessoas). (5) Contabilidade (registro de estoques, balanças, custos, estatísticas). (6) Administração (planejamento, organização, comando, coordenação e controle). Fayol foca em que administração é a principal função de uma empresa e que a mesma deveria ser vista separadamente das demais funções da organização. Maximiano (2006, p. 73) afirma que a atividade do administrador na perspectiva de Fayol “consiste em tomar decisões, estabelecer metas, definir diretrizes e atribuir responsabilidades aos integrantes da organização, de modo que as atividades de planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar estejam numa sequência lógica”. Assim, uma vez que uma empresa está organizada seus colaboradores precisam de ordens, diretrizes e direcionamento para conseguir executar suas funções e é onde o administrador entra com seu gerenciamento. É necessário que se tenha uma boa administração para não desvia de sua autonomia, diante disso Maximiano (2006, p. 74) afirma que “[...] Dirigentes que não conseguem perceber essa distinção envolvem-se com os detalhes técnicos da produção e prestação de serviços, negligenciando o papel de administrar a empresa como um todo”. A Teoria das Relações Humanas foi desenvolvida por Helton Mayo onde, a abordagem humanística. O mesmo enfatiza a importância do reconhecimento do trabalho dos colaboradores e necessária que os colaboradores se sentem utéis e importantes para a organização. Segundo Bergamini (1997, p. 21) “Além disso, era necessário satisfazer ao desejo natural dos trabalhadores e se consideraram parte integrante de um grupo social, sem que fosse esquecido o reconhecimento individual a cada um deles”. O autor diz que outro fator importante nessa teoria e a interação 40 social dos colaboradores, pois, ninguém trabalha isoladamente e essa interação acarretara o aumento da produtividade. Diante da perspectiva de Mayo passou-se a intensificar os canais de comunicação dentro das empresas, onde os colaboradores passariam a se envolver com tudo que se dissesse respeito à organização, podendo emitir opiniões a respeito das situações expostas. Assim, as recompensas dos esforços no trabalho passam de individuais a esforços grupais, a motivação passa a ser concentradas nos processos grupais. Bergamini (1997, p. 23) cada colaborador “[...] terá condições de contribuir de maneira diferente para a consecução dos objetivos organizacionais”. A partir de então, as pessoas, passaram a contribuir para as organizações com seus talentos, assim a empresa irá promover ações para o desenvolvimento desses recursos, levando-os a prática. Em seguida surgiu a Teoria Comportamental ou Behaviorista iniciada na década dos anos 40 e 50 por Abraham Maslow. Essa teoria visa à realização das necessidades humanas, onde todos os indivíduos têm necessidades específicas tanto profissionais, pessoal e social. Assim, quando essas necessidades são realizadas o colaborador consegue exercer bem sua função dentro da empresa. O gestor usa a motivação como forma de oferecer ao colaborador qualidade de vida no trabalho, onde os mesmos trabalham satisfeitos para como consequência conseguir também a realização dessas necessidades. Quadro 6 – Fatores Motivacionais segundo Maslow Tipo de necessidade Autorrealização Estima Sociais Segurança O que ela representa O desejo dos indivíduos de renovar e reciclar seu potencial; torna-se cada vez mais o que cada um seria capaz de ser. A noção das pessoas de sentirem-se valorizadas pelos que as rodeiam; sua autoestima; o desejo de se sentir importante, competente e valorizado. A necessidade endógena de amar e ser amado, ter amizades, vínculos familiares, intimidade etc. A contrapartida de insegurança natural das pessoas: estabilidade, proteção: um abrigo, uma estrutura, uma ordem etc. Fisiológica Necessidades físicas como: sexo, bebida, comida, sono etc. Fonte: (MASLOW citado por MARRAS, 2011, p. 26) Nota: Adaptado pela autora O autor mostra que existem vários tipos de necessidades que precisam ser satisfeitas para a sobrevivência do indivíduo, começando da fisiológica até a 41 autorrealização. Enfatizando que as mesmas estão relacionadas tanto na vida pessoal quanto na vida profissional. Assim, é necessário que o líder conheça bem cada funcionário e saber os que lhe motiva de fato para que possa proporcionar a qualidade de vida adequada para os mesmos, levando ao realização das necessidades e aumento da produtividade e lucratividade para a empresa. 5.3 Qualidade de vida no trabalho As organizações estão buscando cada vez mais, a competividade no mercado globalizado, visando sempre produzir o melhor, em menores custos e menos tempo. Diante disso, os colaboradores buscam qualidade de vida dentro de seu ambiente de trabalho para que possa suprir o estresse causado dentro da organização, devido a essa busca que as organizações têm de estarem sempre à frente do mercado. Para que a empresa possa estar sempre em busca desse alcance é necessário que seus funcionários estejam motivados e satisfeitos. Assim, é necessária que a empresa ofereça para os mesmos uma qualidade de vida no trabalho boa para que possa chegar ao alcance de metas e objetivos traçados. Alves (2011, 64) mostra que “QVT somente ocorre no momento em que as empresas tomam consciência que os seus trabalhadores são partes fundamentais de sua organização. Assim, eles devem ser vistos como um todo”. Segundo Limongi – França e Arellano (2002, p. 296) “Qualidade de vida no trabalho é o conjunto das ações de uma empresa no sentido de implantar melhoras e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais no ambiente de trabalho”. Para Ferreira e Mendes citador por Leite, Ferreira e Mendes (2009, p. 112) “[...] a QVT é resultante do conjunto de ações individuais e grupais levadas a efeito nas organizações, com vistas ao alcance de um contexto de produção de bens e serviços no qual as condições, a organização e as relações sociais de trabalho contribuem para a prevalência do bem-estar de quem trabalha”. Ambos os autores seguem o mesmo raciocínio, de que a qualidade de vida são ações que a empresa promove para o melhoramento daquele ambiente de trabalho para que os colaboradores possam ser cada vez mais produtivos. Walton apud Limongi – França e Arellano (2002, p. 297) diz que: 42 [...] a QVT deve ter como meta a geração de uma organização mais humanizada, na qual o trabalho envolve relativo grau de responsabilidade e de autonomia no que se refere a cargo, recebimento de recursos de feedback do desempenho, tarefas adequadas, variedade, enriquecimento do trabalho e ênfase no desenvolvimento pessoal do indivíduo. A qualidade de vida no trabalho acarreta para o colaborador motivação, bemestar, satisfação em trabalhar naquele ambiente, bom relacionamento entre grupo, crescimento profissional, pessoal e social. O trabalho de uma pessoa não está relacionado somente em organizar papéis, atender clientes, atender telefone ou dirigir um caminhão, mas vai, além disso, que de acordo com Robbins (2005, p. 66) “o trabalho requer a convivência com colegas e superiores, a obediência às regras e políticas organizacionais, o alcance de desempenho”. A de vida no trabalho se resulta também em a empresa proporcionar um ambiente de trabalho agradável e seguro para o colaborador trabalhar. Mendelewski e Orrego citado por Limongi – França e Arellano (2002, p. 299) mostra que existem alguns tipos de visões no enfoque da qualidade de vida no trabalho onde se tem: Figura 2 – Visões da qualidade de vida no trabalho Visão democrática Visão gerencial Democracia industrial Aumento da produtividade Aumento da participação dos Melhora dos inputs humanos empregados na tomada de decisões. antes dos inputs tecnológicos ou do capital para a produção. Alcance das metas do movimento de relações humanas. Visão sindical Visão humanista Conquistas sociais Satisfação de necessidades Alcance de porção mais equitativa Satisfação no cargo. de entradas e recursos da organização Humanização do trabalho. produtiva. Organização personalizada. Desenvolvimento organizacional. Alcance de condições de trabalho mais humanas e saudáveis. Fonte: Mendelewski e Orrego citado por Limongi-França e Arellano (2002, p. 299) Nota: Adaptado pela autora 43 Essas visões abordadas irão orientar quantos as percepções sobre a qualidade de vida. Mas por outro lado a não existência da qualidade de vida no trabalho acarreta vários problemas tanto para a empresa quanto para o colaborador. Limongi-França e Arellano (2002, p. 300) diz que alguns dos motivos dessa má qualidade de vida no trabalho “[...] são trabalhos com exaustivo esforço físico, padrões forçados de trabalho (forced rates of work), problemas salariais, atividades estúpidas e desinteressantes”. Os colaboradores passam a maior parte do seu tempo nas organizacionais do que em sua casa com a família, assim acarreta um desgaste físico e emocional no indivíduo. Segundo Alves (2011, p. 64): O desgaste, afeta tanto o indivíduo e os seus familiares quanto às empresas, afinal a diminuição da tolerância ao estresse e redução do apoio em suas vidas pessoais, os tornam incapacitados em lidar com os problemas do trabalho, diminuindo a capacidade de produtividade. Acreditase que uma das soluções para este problema seria que a própria empresa criasse ações preventivas, além de programas de QVT, pois à medida que o trabalhador ganha, a empresa também através do ganho secundário. Rodrigues apud Limongi – França e Arellano (2002, p. 301) afirma que “[...] não há qualidade de vida no trabalho se as condições em que se trabalha não permitem viver em nível tolerável de estresse, de preferência tendo como meta o eustresse (o lado bom do estresse) e não o distresse, tensão nociva que gera, entre outros, os distúrbios psicossomáticos. O estresse ele acontece no trabalho pelo motivo da capacidade que o individuo tem de adaptação a novas mudanças, pois as vezes é necessário que o mesmo saia da sua zona de conforto e isso causa frustação. Tudo que muda causa um certo medo nas pessoas, mais isso é necessário que acontece nas empresas para que elas possam estar sempre a frente da concorrência. Quando algo muda o colaborador sofre uma exigência e capacidade maior e nesse ponto que se é necessário o controle do estresse. Limongi – França e Arellano (2002, p. 301) “Se o equilíbrio for atingido, obter-se à o bem-estar; se for negativo, gerará diferentes graus de incerteza, conflitos e sensações de desemparo”. Assim os gestores devem proporcionar uma boa qualidade de vida para seus colaboradores, para que os mesmos possam estar motivados e satisfeitos em trabalhar naquele ambiente. Fernandes e Gutierrez (1988, p. 30) afirma que são feitas algumas ações para que possa proporcionar uma boa qualidade de vida no 44 trabalho para os colaboradores como “[...] investimentos em um sistema integrado de compensação, elevação de segurança e condições de trabalho, maior participação por parte do empregado, liberação de potencial criativo, poder de decisão a nível do próprio cargo, retroinformação sobre o desempenho, perspectiva de crescimento”. Ou seja, através dessas ações implementadas dentro da empresa conseguem proporcionar qualidade de vida para os colaborados, mas sendo essas bem expostas para os mesmos. E Maslach e Leiter citador por Alves (2011, p. 65): [...] caso não seja possível implantar grandes ações, há a possibilidade de se por em prática, dois grandes valores básicos, com comprovação científica, que podem ser desenvolvidos dentro das empresas e, que não geram nenhum custo e, que promovem também a qualidade de vida dos trabalhadores: desenvolver a auto-estima e a empatia. Ao desenvolver-los, conseguir-se-á reverter ou amenizar um quadro clínico de desgaste físico e emocional. Onde essa ultima situação controla o desgaste e estresse dos colaboradores causado no ambiente de trabalho. 5.3.1 Motivação Diante desse cenário competitivo as organizações precisam estar sempre inovando para estar sempre à frente da concorrência. Mais na maioria das vezes acabam indo ao fracasso. Glasser citado por Bergamini (1997, p. 24) diz que: O fracasso da maioria de nossas empresas não está na falta de conhecimento técnico. E sim, na maneira de lidar com as pessoas. Foge a nossa compreensão o hábito dos administradores de achar que os trabalhadores não produzem com qualidade apenas por falta de conhecimento técnico. Na realidade, isso está ocorrendo devido à maneira como são tratados pela direção das empresas. E necessário que o líder saiba motivar seus colaboradores para que os mesmos sejam cada vez mais produtivos e saber ouvir e entender a opinião dos mesmos para que possam contribuição na tomada de decisão da organização. Ou seja, o líder deve criar condições adequadas para que os colaboradores permaneçam desempenhando suas funções com motivação e satisfação. Araujo e Garcia (2009, p. 53) mostram que “motivação: “ato de motivar; espécie de energia psicológica ou tensão que põe em movimento o organismo humano”. E Bergamini (1997, p. 26) fala que às vezes algo que motiva uma pessoa nem sempre é foco de 45 motivação para outro assim,” Um indivíduo motivado aqui será diferente em outro lugar. Isso significa, portanto, que as pessoas, no desenrolar do seu processo motivacional, têm a sua atenção voltada para o desempenho de uma atividade específica e buscam atingir determinado fim, dentro de uma contingência particular”. Diante do que foi falado pelo gestor, o líder tem a necessidade de entender as opiniões e perspectivas de cada colaborador para assim poder saber o que de fato o motiva e desmotiva. Onde o colaborador se sentirá seguro e conseguirá desenvolver suas habilidades. Segundo Fernandes citador por Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2001, p. 240) “ [...] a motivação do quadro de pessoal é fundamental, pois os recursos humanos existentes na organização devem sentir-se apoiados e seguros”. A pesquisa de clima é uma ferramenta de grande importância e relevância para as empresas, pois permite identificar o grau de motivação e satisfação dos colaboradores dentro da organização. O individuo nunca está satisfeito, sempre que uma necessidade for satisfeita irá vir outra para ser suprida e assim por diante assim, quanto maior a necessidade do individuo maior será a motivação do mesmo. 5.3.2 Teorias Motivacionais 5.3.2.1 Teoria da Hierarquia das Necessidades Abraham Maslow precursor da teoria das necessidades em meados dos 1954 visa que o individuo necessita que suas necessidades sejam satisfeitas para que possa chegar à estabilidade. Essa teoria é ilustrada diante de uma hierarquia onde começa desde a necessidade fisiológica até a necessidade de auto realização como mostra o quadro a seguir. Tipo de necessidade Autorrealização Estima Sociais Quadro 7 – Fatores Motivacionais segundo Maslow O que ela representa O desejo dos indivíduos de renovar e reciclar seu potencial; torna-se cada vez mais o que cada um seria capaz de ser. A noção das pessoas de sentirem-se valorizadas pelos que as rodeiam; sua autoestima; o desejo de se sentir importante, competente e valorizado. A necessidade endógena de amar e ser amado, ter amizades, vínculos familiares, intimidade etc. Continua 46 Conclusão Segurança A contrapartida de insegurança natural das pessoas: estabilidade, proteção: um abrigo, uma estrutura, uma ordem etc. Necessidades físicas como: sexo, bebida, comida, sono etc. Fisiológica Fonte: (MASLOW citador por MARRAS, 2011, p. 26) Nota: Adaptado pela autora Essa teoria compreende que na medida em que uma necessidade é atendida a próxima torna-se dominante é necessário que seja satisfeita. Robbins (2005, p. 133) diz que “Do ponto de vista da motivação, esta teoria sugere que, embora jamais uma necessidade possa ser satisfeita completamente, uma necessidade substancialmente satisfeita extingue a motivação”. Então compreende-se que a teoria de Maslow revela que para motivar alguém é necessário saber em qual fase da pirâmide o individuo se encontra e trabalhar nessa determinada fase ou no nível superior. Maslow classifica as cinco etapas de sua teoria em patamares de mais baixos e mais altos. As necessidades fisiológicas e de seguranças são classificadas como necessidades de nível mais baixo e já as de auto realização são classificadas de necessidades de nível mais alto. Essa diferenciação se da devido em que as necessidades de nível mais alto são satisfeitas internamente (dentro do individuo) e as necessidades de nível mais baixo são na maioria das vezes satisfeitas externamente (como remuneração e emprego). Segundo Robbins (2005, p. 133) “Embora a hierarquia das necessidades e sua terminologia permaneçam populares entre os executivos, existe pouco embasamento para afirmar que as necessidades são organizadas de acordo com as dimensões propostas por Maslow, ou que uma necessidade atendida ativa um movimento em direção a um novo nível de necessidade”. 5.3.2.2 Teoria X e Teoria Y Criado por Douglas McGregor a teoria X e Y pressupõe de dois aspectos do ser humano: a teoria x é negativa e teoria y é positiva. Parte da premissa das relações entre as empresas e os colaboradores. A teoria x mostra que o colaborador precisa sempre estar em mandato do superior para que seu serviço possa ter 47 rendimento. Os funcionários não gostam do seu trabalho e fogem de suas responsabilidades sempre. De acordo com Periard (2011): Um indivíduo comum, em situações comuns, evitará sempre que possível o trabalho; Alguns indivíduos só trabalham sob forte pressão. Eles precisam ser forçados, controlados e às vezes ameaçados com punições severas para que se esforcem em cumprir os objetivos estabelecidos pela organização; O ser humano ordinário é preguiçoso e prefere ser dirigido, evita as responsabilidades. A Teoria Y mostra totalmente o contrário da teoria X. Nessa teoria os trabalhadores se mostram satisfeitos, competentes e com energia para desempenhar suas funções. Assim, é importante que as empresas proporcionem meios para que esses colaboradores possam dar o seu melhor. Segundo Periard (2011): O esforço físico e mental empregado no trabalho é tão natural quanto o empregado em momentos de lazer; O atingimento dos objetivos da organização está ligado às recompensas associadas e não ao controle rígido e às punições; O indivíduo comum não só aceita a responsabilidade do trabalho, como também as procura. Os indivíduos são criativos e inventivos, buscam sempre a solução para os problemas da empresa; Os trabalhadores tem a capacidade de se auto-gerirem nas tarefas que visam atingir objetivos pessoais e estratégicos da organização. Sem a necessidade de ameaças ou punições; O trabalhador normalmente não faz aquilo que não acredita. Por isso exige cada vez mais benefícios para compensar o incômodo de desempenhar uma função desagradável. Diante da teoria de Maslow, McGregor acredita que as necessidades de nível mais baixo dominavam os indivíduos na teoria X e sempre são motivadas pelo menor esforço, precisando do acompanhamento do líder. E as necessidades de nível mais alto denominavam as pessoas na teoria Y, onde sempre são motivadas pelo maior esforço. 5.3.2.3 Teoria de dois fatores A teoria dos dois fatores foi desenvolvida pelo psicólogo Frederick Herzberg, a partir de uma entrevista feita com engenheiros e contadores da indústria de Pittsburgh, com o objetivo de identificar situações em que as pessoas se sentiam 48 bem ou mal em relação ao seu trabalho. Herzberg concluiu que os momentos em que as pessoas se sentiam bem com seu trabalho eram totalmente diferentes e independentes com os momentos em que se sentiam mal. Assim surgiram dois fatores: os fatores motivacionais e fatores higiênicos. Os fatores motivacionais ou intrínsecos são aqueles que causam satisfação no trabalho. Está relacionado com o conteúdo do cargo ou com a natureza das tarefas executadas pelo colaborador. São fatores motivacionais: reconhecimento do trabalho, responsabilidade, realização e progresso. E os fatores higiênicos ou extrínsecos são aqueles fontes de insatisfação no trabalho. Está relacionado com as condições do ambiente em que os colaboradores desempenham suas atividades como: política e administração da empresa, remuneração, condições físicas e o ambiente de trabalho, clima organizacional e chefia. De acordo com Lobos (1975, p. 19) “[...] Os primeiros são supostos causadores de satisfação, quando estão presentes, embora não sejam causadores de insatisfação quando estão ausentes. Da mesma forma, a presença dos segundos pode causar só insatisfação”. Existem algumas criticas em relação à teoria dos dois fatores, onde implica que essa teoria não é motivacional mais sim de satisfação com o trabalho, à metodologia utilizada por Herzberg é discutível e não tem uma explicação para como fatores motivacionais motivam os colaboradores. Mas, apresar dessas criticas essa teoria foi amplamente divulgada e conhecida no ambiente da administração. 5.3.2.4 Teoria ERG Essa teoria surgiu nos anos de 1969 por Clayton Alderfer, o precursor trabalhou em cima das necessidades de Maslow, com intuito de alinhar melhor a pesquisa empírica. Alderfer transformou as cinco necessidades de Maslow em apenas três: existência, relação e crescimento. Assim, a hierarquia revisada ficou conhecida como teoria ERG (Existence, Relatedness and Growth). A necessidade de existência - refere-se a todos os desejos materiais e fisiológicos, essa necessidade corresponde às necessidades fisiológicas e de segurança formadas por Maslow. A necessidade de relação - mostra a motivação que se tem em manter um relacionamento interpessoal. Esse nível pode ser comparado com a necessidade social e de estima de Maslow. E por último a necessidade de crescimento – nessa fase se têm o desejo intrínseco de 49 desenvolvimento pessoal, corresponde à fase de auto – realização (topo da pirâmide de Maslow). Diferente da teoria de Maslow, a teoria de ERG permite que mais de uma necessidade esteja ativa ao mesmo tempo e caso uma necessidade de nível superior for reprimida o desejo de satisfazer uma de nível inferior aumentará. A teoria ERG não exige que exista uma sequência rígida de hierarquia, onde o colaborador pode ter a necessidade de auto realização sem ter satisfeito as de níveis inferiores. De acordo com Robbins (2005, p. 137) “Uma pessoa pode, por exemplo, trabalhar em seu crescimento pessoal mesmo que necessidades de existência ou de relacionamento não tenham sido ainda atendidas; ou as três categorias podem operar simultaneamente”. Quando o individuo consegue passar todas as sequências de existência, de relação e de crescimento ele passa pelo sentimento de satisfação. Mas quando há regressão nos diferentes níveis de necessidade essa resulta em frustação, conhecido com principio de regressão da frustação. De acordo com Robbins (2005, p. 137): [...] Segundo a teoria ERG, quando uma necessidade de nível alto é frustada, cresce o desejo de atender a uma necessidade de nível baixo. A incapacidade de satisfazer a necessidade de interação social, por exemplo, pode aumentar o desejo de ganhar mais dinheiro ou de ter melhoras condições de trabalho. Assim, a frustação pode levar à regressão e a uma necessidade de nível baixo. As pessoas classificam as necessidades de maneira diferente isso irá depender do tipo de cultura. Como afirma Robbins (2005, p. 137) “[...] por exemplo, os espanhóis e os japoneses colocam as necessidades sociais antes de seus requisitos materiais”. Contudo, a teoria ERG é mais coerente com o conhecimento das necessidades dos indivíduos e também representa uma versão mais válida e real da hierarquia das necessidades. 5.3.2.5 Teoria das necessidades de McClelland Teoria desenvolvida por David McClelland e sua equipe, foca três necessidades: 50 Necessidade de realização: refere-se à busca da excelência e de luta pelo sucesso; Necessidade de poder: refere-se à necessidade de fazer com que outra pessoa se comporte de um jeito que não fazia espontaneamente; Necessidade de associação: refere-se aos relacionamentos interpessoais cada vez mais próximos e amigáveis. Na primeira necessidade de realização, as pessoas têm o desejo de fazerem as coisas cada vez melhor e mais eficientes do que foi feito antes. Nessa necessidade as pessoas preferem trabalhos com grande responsabilidade, feedback e com um grau médio de riscos, quando se tem essas características as pessoas se sentem motivados. Se tornem indivíduos bem-sucedidos principalmente na área empreendedora. Na segunda necessidade, a de poder é o desejo de controlar e ter influência outras pessoas, o poder de persuasão prevalece. De acordo com Robbins (2005, p. 138) “Os indivíduos que têm esta necessidade em alta gostam de estar “no comando”, buscam influência sobre os outros, preferem estar em situações competitivas e de status e tendem a se preocupar mais com o prestígio e a influência do que propriamente com o desempenho eficaz”. E por último a necessidade de associação, a busca da amizade e cooperação em vez de competição. 5.3.2.6 Teoria do Reforço A teoria do reforço foi desenvolvida primeiramente pelo psicólogo norte – americano Burrhus Frederic Skinner, para mostrar que a teoria do reforço é uma abordagem comportamentalista e que o reforço condiciona o comportamento. Os estudiosos dessa teoria dizem que não se deve preocupar com os eventos cognitivos internos, o que controla o comportamento do individuo são os esforços. Caso haja uma ação com consequência positiva sobre os indivíduos que as praticam, ela se repetirá no futuro, mas caso haja uma consequência negativa ela tende a ser eliminada. Robbins (2005, p. 142) afirma que: O reforço é, sem dúvida, uma influência importante no comportamento, mais poucos especialistas estão preparados para sustentar que seja a única influência. Os comportamentos que você assume no trabalho e a quantidade de esforço que despende em cada tarefa são afetados pelas consequências do seu comportamento. Por exemplo, se você for 51 constantemente censurado por produzir mais que seus colegas, provavelmente vai reduzir sua produtividade. Mas a sua produtividade também poderia ser explicada em termos de metas, injustiças ou expectativas. De acordo com Skinner o comportamento das pessoas pode ser controlado e influenciado através do esforço. Robbins (2005) mostra a conclusão de uma revisão das pesquisas que foi feita sobre o impacto do reforço no comportamento dos colaboradores. É necessário que a algum tipo de reforço para que haja alguma mudança no comportamento; Alguns tipos de recompensas são mais certos para o uso em organizações; O aprendizado e a permanência de seus efeitos serão determinados pelo momento do reforço. 5.3.2.7 Teoria da Equidade Teoria elaborada por J. Stacy Adams visa que quando o colaborador se sente em relação de desigualdade (remuneração) dentro da empresa, ele passa por um processo de equidade, onde o mesmo sente-se injustiçado. De acordo com os estudos esse momento de tensão negativa cria uma motivação dentro da organização para uma ação corretiva que de acordo com Robbins (2005, p. 146) são elas: 1. Próprio-interno: as experiências do funcionário em outra posição dentro da mesma empresa. 2. Próprio-externo: as experiências do funcionário em uma situação ou posição fora de sua atual empresa, 3. Outro-interno: outra pessoa ou grupo da mesma empresa. 4. Outro-externo: outra pessoa ou grupo de fora da empresa. Quando o funcionário percebe que está sofrendo uma injustiça dentro da empresa ele terá a reação de fazer uma das seis escolhas citadas abaixo: Fazer menos esforço ao exercer suas atividades; Modificar os resultados (ex: quem trabalha por peça produzida, pode ate aumentar a produção mais com baixa qualidade); Achar que trabalha mais que o restante dos colegas de trabalho; 52 Distorcer a imagem do outro, não achando o trabalho do mesmo tão interessante; Fazer comparação de remuneração com outra pessoa; Abandonar o emprego. Contudo os funcionários não buscam a equidade somente na remuneração mais também em outras recompensas, como cargos, status ou escritórios luxuosos funcionam também na equação da equidade. 5.3.2.8 Teoria da expectativa Elaborado pelo precursor Victor Viroon, com o objetivo de mostrar que o funcionário se sente muito motivado quando se tem um alto esforço com a perspectiva que esse esforço lhe trará uma boa avaliação de desempenho e que essa avaliação lhe acarretará recompensas organizacionais. Assim, essas recompensas lhe satisfarão suas metas pessoais. Segundo Robbins (2005, p. 148) essa teoria se enfoca em três aspectos: 1. Relação esforço-desempenho. A probabilidade, percebida pelo indivíduo, de que uma certa quantidade de esforço levará ao desempenho. 2. Relação desempenho-recompensa. O grau em que o indivíduo acredita que um determinado nível de desempenho levará ao resultado desejado. 3. Relação recompensa-metas pessoais. O grau em que as recompensas organizacionais satisfazem as metas pessoais ou as necessidades do indivíduo e a atração que estas recompensas potenciais exercem sobre ele. Essa teoria tem algumas controvérsias, pois às vezes a necessidade que a pessoa tem para satisfazer não assegura que o alto desempenho que se vai ter na organização vai ser o meio necessário para satisfazê-la. Essa teoria pode explicar a desmotivação dos colaboradores em seu trabalho e fazem o mínimo necessário para continuar na organização, pois muitas das vezes por mais esforços e desempenho que fazem não são recompensados como merecido. 5.3.3 Comportamento Organizacional Segundo Robbins (2005, p. 06) “O comportamento organizacional é um campo de estudos que investiga o impacto que indivíduos, grupos e a estrutura têm sobre o comportamento dentro das organizações com o propósito de utilizar este 53 conhecimento para melhorar a eficiência organizacional”. É importante que se estude o comportamento organizacional, pois assim irá entender meios em que as organizações trabalhem mais eficazmente. Este estudo abrange questões relativas a funções, trabalho, absenteísmo, rotatividade, produtividade, desempenho humano e administração. Pugh citador por Siqueira (2002, p. 12) “definiu-o como o estudo da estrutura e do funcionamento de organizações e do comportamento de grupos e indivíduos dentro delas, defendendo a ideia de tratar-se de uma ciência emergente e quase independente, apoiada em outras disciplinas como Psicologia, Sociologia e Economia”. Já para Staw apud Siqueira (2002, 12) comportamento organizacional é “[...] um campo multidisciplinar que examina o comportamento de indivíduos dentro de ambientes organizacionais, como também a estrutura e o comportamento das próprias organizações”. Assim, os autores seguem o mesmo raciocínio onde, o comportamento organizacional é o estudo do comportamento dos indivíduos para o melhor desempenho e produtividade das organizações. Muitos dos comportamentos dos indivíduos são previsíveis e o seu estudo sistemático é um meio de realizar previsões aprimoradas. O estudo sistemático para Robbins (2005, p. 08) refere-se “[...] ao exame dos relacionamentos, à tentativa de atribuição de causa e efeito e de basearmos nossas conclusões em evidências científicas – ou seja, em dados coletados sob condições controladas, medidos e interpretados de maneira razoavelmente rigorosa”. O estudo sistemático substitui a intuição sobre aquela “sensação” sobre “por que faço e o que faço”. Existem várias disciplinas comportamentais que colaboram para o estudo do comportamento organizacional como mostra o quadro a seguir. 54 Quadro 8 - Contribuições para o Estudo do Comportamento Organizacional Ciências do Comportamento Contribuição Unidade de Análise Resultado Aprendizagem Motivação Personalidade Emoções Psicologia Percepção Treinamento Eficácia de liderança Satisfação com o trabalho Tomada de decisão individual Avaliação de desempenho Mensuração de atitudes Seleção de pessoal Planejamento do trabalho Estresse profissional Indivíduo Sociologia Dinâmica de grupo Trabalho de equipe Comunicação Poder Conflitos Comportamento intergrupal Teoria da organização formal Tecnologia organizacional Mudança organizacional Cultura organizacional Psicologia social Antropologia Grupo Mudança comportamental Mudança de atitude Comunicação Processos grupais Tomadas de decisões em grupo Valores comparativos Atitudes comparativas Análise multicultural Sistema organizacional Cultura organizacional Ambiente organizacional Ciência política Conflito Políticas intra-organizacionais Poder Fonte: Robbins (2005, p. 09) Nota: Adaptado pela Autora Estudo do comportamento organizacional 55 Psicologia: é a ciência que busca medir, explicar e modificar o comportamento dos seres humanos e animais. Segundo Robbins (2005) os psicólogos organizacionais estudam sobre aprendizagem, percepção, personalidade, emoções, treinamento, eficácia de liderança, necessidades e forças motivacionais, satisfação com o trabalho, processos de tomadas de decisão, avaliação de desempenho, mensuração de atitudes, técnicas de seleção de pessoal, planejamento do trabalho e estresse profissional. Sociologia: estuda o comportamento dos grupos dentro das organizacionais, focando mais nas formais e complexas. Algumas áreas de estudo são: dinâmica de grupo, o desenho de equipes de trabalho, a cultura organizacional, a teoria e a estrutura da organização formal, a tecnologia organizacional e aspectos como poder, comunicação e conflitos. Psicologia social: estuda a influência de um individuo sobre o outro. Focando no estudo sobre a mudança. Contribuindo também nas áreas de mensuração, entendimento e mudança de atitudes, padrões de comunicação, as formas pelas quais as atividades em grupo podem satisfazer necessidades individuais e o processo de tomada de decisões em grupo. Antropologia: é o estudo da sociedade para melhor entender os seres humanos e suas atividades. Ciência política: é o estudo do comportamento dos indivíduos e de grupos dentro do ambiente político. De acordo com Robbins (2005) está focado na estruturação de conflitos, a alocação de poder e como as pessoas manipulam o poder para o atendimento de seus próprios interesses. Os seres humanos são complexos assim, é necessário que o líder saiba entender cada um de seus colaboradores, entender seu comportamento para poder saber como motivá-los. Robbins (2005, p. 10) mostra que: Duas pessoas geralmente reagem de maneira diferente a uma mesma situação, e uma pessoa muda seu comportamento em situações diferentes. Por exemplo, nem todas as pessoas são motivadas pelo dinheiro, e o comportamento delas na igreja aos domingos é diferente daquele mostrado na festa da noite anterior. Diante do mundo globalizado, já não existe mais diferença entre homens e mulheres quanto a posições de cargos dentro da empresa. Independente da raça, 56 sexo, cor, cultura os executivos precisam adotar a filosofia de tratar todos do mesmo modo, reconhecendo a diferença de cada um e traçar estratégias para reter esses colaboradores, consequentemente uma maior produtividade. Essa diversidade quando é bem administrada, ela pode proporcionar o aumento da criatividade de inovação dentro da organização e melhor tomada de decisão. Mas caso haja o contrário, quando a diversidade não for bem administrada, ela pode acarretar aumento da rotatividade, dificuldade de comunicação e maior conflito interpessoal. No meio do mercado competitivo os executivos estão em busca cada vez mais da melhora de qualidade e produtividade para isso, estão implementando programas de Gestão da Qualidade (QM) e a Reengenharia – contando com o amplo envolvimento dos funcionários. De acordo com Robbins (2005, p. 15) a gestão da qualidade “[...] é uma filosofia de gestão voltada para a satisfação constante do cliente através do contínuo aprimoramento de todos os processos organizacionais”. O QM exige grande participação da área do comportamento organizacional, pois exige que os colaboradores reavaliem suas funções e contribuem e envolvem mais na tomada de decisões no trabalho. Ainda segundo o mesmo autor (2005, p. 15): Os executivos contemporâneos sabem que qualquer esforço para a melhoria de qualidade e produtividade deve incluir os funcionários. Estes não apenas serão a principal força na execução das mudanças como também participação, cada vez mais, do planejamento delas. O estudo do comportamento organizacional oferece ideias importantes para ajudar os executivos a realizar essas mudanças. Para melhor entender o comportamento dos colaboradores, os gestores estão dando autonomia a seus funcionários, onde os executivos os colocam no comando das atividades. Diante dessa autonomia os executivos têm de saber delegar o controle e os colaboradores a ter responsabilidade sobre seu trabalho e as decisões que tomam. Assim, com os executivos tendo melhor entendimento sobre o comportamento dos colaboradores, proverá ações e traçará estratégias para a melhora da qualidade de vida dos mesmos e aumento da produtividade e lucratividade da empresa. 57 5.3.4 Clima Organizacional Coda apud Bispo (2006, p. 259) mostra que “[...] clima organizacional é o indicador do grau de satisfação dos membros de uma pesquisa, em relação a diferentes aspectos da cultura ou realidade aparente da organização, tais como: politicas de RH, modelo de gestão, missão da empresa, processo de comunicação, valorização profissional e identificação com a empresa”. Já para Payne e Mansfield apud Bispo “o clima organizacional é considerado como o elo conceitual de ligação entre o nível individual e o nível organizacional, no sentido de expressar a compatibilidade ou congruência das expectativas, valores e interesses individuais com as necessidades, valores e diretrizes formais”. De acordo com Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2001, p. 239): É o ambiente interno em que convivem os membros da organização, estando portanto relacionado com o seu grau de motivação e satisfação. É influenciado pelo conjunto de crenças e valores que regem as relações entre essas pessoas, determinando o que é “bom” ou “ruim” para elas e para a organização como um todo. Assim, o clima organizacional é favorável quando possibilita a satisfação das necessidades pessoais, e desfavorável quando frustra essas necessidades. Os autores mostram que clima organizacional é ambiente interno da organização em que os membros convivem, sendo um clima organizacional bom os colaboradores ficarão motivados e serão produtivos já sendo um ambiente organizacional ruim os colaboradores ficarão desmotivados e insatisfeitos acarretando a baixa produtividade e lucratividade para a empresa. O clima organizacional pode ser bom ou ruim, sendo um clima organizacional favorável todos ficarão imbuídos de motivação e satisfação para com o seu trabalho, irá aumentar a sugestões de ideias para a melhora dos processos dentro da empresa, e para a empresa haverá aumento da produtividade, inovação e lucratividade, trabalhando sempre para estar à frente da concorrência. Já um clima organizacional desfavorável os funcionários ficarão desmotivados a ir trabalhar, sem criatividade e a empresa poderá até ir à falência. Como mostra a figura a seguir: 58 Figura 3 – Diversos níveis de clima organizacional Fonte: (BISPO, 2006, p. 259) Nota: Adaptado pela autora Devido aos momentos em que se passam nas organizações como: dificuldades em que o mercado se encontra, crises do país, novas tecnologias que substitui um pouca da mão de obra, aumento da exigência com os colaboradores e contenção na politica de salários e benefícios, esses fatores podem alterar no clima da organização e comprometer seus resultados. Assim as empresas preocupam em medir o seu clima periodicamente através da pesquisa de clima organizacional, onde a mesma busca que de acordo com Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2001, p. 241) “[...] informações sobre a atitude do público interno com relação à organização, suas expectativas, sua integração num determinado contexto”. As organizações medem o clima, pois de acordo com que o mesmo se encontra, o trabalho pode ficar prejudicado e relação interpessoais comprometidas. 5.3.5 Cultura Organizacional Segundo Schein citado por Gomes (2015, p. 03) mostra que a cultura é “Um padrão de premissas básicas compartilhadas que o grupo aprendeu à medida que resolvia seus problemas de adaptação externa e integração interna, que funcionou suficientemente bem para ser considerada válida e, portanto, para ser ensinada aos 59 novos membros como o meio correto de perceber, pensar e sentir em relação àqueles problemas”. Algumas pesquisas mostram que existem sete características básicas que juntas formulam a essência de uma cultura organizacional que de acordo com Robbins (2005, p. 375) são elas: 4. Inovação e assunção de riscos. O grau em que os funcionários são estimulados a inovar e a assumir riscos. 5. Atenção aos detalhes. O grau em que se espera que os funcionários demostrem precisão, análise e atenção aos detalhes. 6. Orientação para os resultados. O grau em que os dirigentes focam mais os resultados do que as técnicas e os processos empregados para seu alcance. 7. Orientação para as pessoas. O grau em que as decisões dos dirigentes levam em consideração o efeito dos resultados sobre as pessoas dentro da organização. 8. Orientação para a equipe. O grau em que as atividades do trabalho são mais organizadas em termos de equipes do que de indivíduos. 9. Agressividade. O grau em que as pessoas são competitivas e agressivas, em vez de dóceis e acomodadas. 10. Estabilidade. O grau em que as atividades organizacionais enfatizam a manutenção do status quo em contraste com o crescimento. Cultura organizacional é um conceito descritivo onde refere-se à maneira com que os colaboradores veem as características da cultura dentro da empresa e a pesquisa de cultura organizacional busca medir como os funcionários veem a organização. 5.4 Qualidade de vida no trabalho como fator estratégico O termo estratégia é visto por vários sentidos e de acordo com Albuquerque (2002, p. 36) “[...] ora traduzindo expectativas e anseios, ora ações transcritas e deliberadas, ora expressando a perplexidade dos atores sociais diante da abrangência e da velocidade das mudanças no ambiente e de seus impactos sobre a gestão das organizações”. É fundamental que a organização esteja preparada estrategicamente para saber o que fazer e como fazer com qualidade. Dentro dos aspectos para essa capacitação está um fator de grande relevância para a mão-deobra qualificada e motivada, pois se o colaborador não estiver satisfeito e motivado não conseguirá desempenhar suas funções e assim, a empresa não conseguirá alcançar as metas e objetivos traçados. 60 Um dos fatores que contribuem para a qualidade e vida é a liberdade de expressão que o funcionário tem em dar opiniões em seu nível do cargo a alguma decisão na empresa. Dentro da análise interna que se faz da empresa para verificar os pontos fortes, fracos e a melhorar, Costa (2007, p. 114) diz que: Recomenda-se que o levantamento inicial dos pontos fortes, fracos e a melhorar seja feito por meio de um brainstorming, de forma livre, de preferência com participação de pessoas de fora, sem nenhum roteiro especifico, a não ser a percepção das pessoas presentes. Se a empresa tiver algum sistema de reclamação de clientes, de funcionários ou de fornecedores, este material também poderá ser usada enriquecer e analisar os casos reais. Para que uma empresa possa adaptar um programa de qualidade de vida é necessário que se tenha um bom planejamento estratégico. Alves (2011, p. 65) diz que para a implementação de um programa qualidade de vida envolve “[...] diagnósticos e implantação de melhorias, inovações gerenciais, inovações tecnológicas e estruturais dentro e fora do ambiente de trabalho, visando propiciar condições plenas de desenvolvimento humano para e durante a realização do trabalho”. Todos esses aspectos são favoráveis tanto para a empresa quanto para o colaborador. Têm-se como exemplo as empresas americanas que promovem os programas de qualidade da promoção da saúde, mas não fazem isso visando só o lado da saúde do colaborador mais sim visando mais o aspecto secundário que é onde o aumento da produtividade e lucratividade para a organização. Existem alguns casos de programas que mudam drasticamente a empresa, como por exemplo, a proibição do uso de cigarro dentro da organização. Isso irá afetar o colaborador e o mesmo irá consequentemente essa medida. Assim, o que se propõe a fazer é conscientizar antes de implementar esse tipo de programa. Segundo Alves (2011, p. 66): E para que o programa de qualidade de vida no trabalho não vire mais um modismo gerencial, é necessário que as empresas, antes de implantarem um programa, façam uso dos diagnósticos, para direcionar as estratégias de promoção à saúde. Isto permite definir estrategicamente o sistema de trabalho da empresa, permitindo descobrir as necessidades a curto, médio e longo prazo, além de padrões de desempenho em quantidade, qualidade e de tempo. 61 O autor mostra que antes de se fazer qualquer implementação de algum programa de qualidade é ideal que se faça diagnósticos antes para que se possa ter um direcionamento estratégico em relação ao bem estar do colaborador. Algumas empresas brasileiras vêm seguindo modelos de estratégias de qualidade de empresas nos Estados Unidos com o objetivo de reduzir alguns custos como: assistência médica, absenteísmo, melhorando assim, a segurança e o bem estar dos colaboradores. Segue abaixo um quadro que irá mostrar algumas ações e programas implementados por empresas que obtiveram resultados positivos, onde impactaram no aumento da qualidade de vida dos colaboradores. Quadro 9 - Ações e/ou programas de promoção da QVT e seus resultados Ações/Programas Exercícios físicos (Ex: Ginástica laboral) Treinamento e desenvolvimento dos trabalhadores Ergonomia Ginástica Laboral Benefícios Avaliação de desempenho Higiene e segurança do trabalho Avaliação de desempenho Higiene e segurança do trabalho Estudo de cargos e salários Controle de álcool e drogas Preparação para aposentadoria Orientações nutricionais Terapias alternativas Principais resultados observados Aumenta a disposição e satisfação dos trabalhadores, aumenta a tolerância ao estresse, redução do absenteísmo, melhora do relacionamento interpessoal, redução dos acidentes de trabalho, redução dos gastos médicos. Aumento do capital intelectual, aperfeiçoamento das atividades, satisfação profissional, aumento da produtividade. Aumento do desempenho nas atividades, redução dos acidentes de trabalho. Prevenção e reabilitação de doenças ocupacionais, prevenção de acidentes de trabalho, melhor integração entre os trabalhadores, diminuição do absenteísmo, aumento da produtividade. Motivação, satisfação profissional, satisfação das necessidades pessoais, aumento da produtividade. Aumento do desempenho do trabalhador, aumento da produtividade, aumento da satisfação profissional. Gera um ambiente mais saudável, prevenção de riscos à saúde, diminuição dos acidentes de trabalho, diminuição do absenteísmo e rotatividade, aumento da produtividade. Aumento do desempenho do trabalhador, aumento da produtividade, aumento da satisfação profissional. Gera um ambiente mais saudável, prevenção de riscos à saúde, diminuição dos acidentes de trabalho, diminuição do absenteísmo e rotatividade, aumento da produtividade. Mantêm seus recursos humanos, aperfeiçoamento da administração dos recursos humanos, aumento da motivação e satisfação dos trabalhadores, aumento da produtividade. Redução de riscos, melhora na segurança operacional e da saúde dos trabalhadores, melhora na auto-estima, diminuição dos acidentes de trabalho e absenteísmo. Motivação, satisfação profissional, aumento da auto-estima, melhora na relação interpessoal, descobrimento de novas habilidades e competências, benefícios na vida social e familiar do trabalhador. Diminuição da obesidade, mudança no comportamento de risco, aumento do desempenho e disposição, aumento da produtividade. Aumento da tolerância ao estresse, melhora no relacionamento interpessoal, aumento da produtividade. Continua 62 Musicoterapia Anti-tabagismo Conclusão Aumento da auto-estima, aumento do desempenho profissional, melhora no relacionamento interpessoal, aumento da tolerância ao estresse, prevenção de doenças. Aumento da auto-estima, aumento do desempenho e disposição, prevenção de doenças. Fonte: (ALVES, 2011, p. 67) Nota: Adaptado pela autora Outra forma de qualidade de vida como fator estratégico são os conceitos desenvolvidos por Herzberg (1959) que mostram dois fatores que são tratados dentro das organizações são eles: fatores motivacionais e fatores higiênicos. De acordo com Marras (2009, p. 278) “[...] ‘fatores higiênicos’, isto é, programas ou políticas que atendem necessidades de ordem primária nos indivíduos (restaurante assistência médica, seguro de vida, salários de mercados e etc.)”. Assim é necessário que esses fatores higiênicos sejam satisfeitos e logo após vêm os fatores motivacionais a serem satisfeitos que são conhecidos como ordem superior. De acordo com Marras (2009, p. 279) os fatores motivacionais envolvem “estudos e análises dos comportamentos individuais e organizacionais”. A abordagem de Herzberg tem como objetivo promover ações e estímulos principalmente nas áreas de relacionamento, do reconhecimento e de realização pessoal. 5.5 Liderança O líder é o grande responsável no processo de motivação e satisfação dos colaboradores dentro da organização. É ele que determina as diretrizes para que seus parceiros possam seguir para conseguir alcançar as metas traçadas. De acordo com Penteado (1973, p. 03) “Liderança é uma forma de dominação, o exercício de um poder sôbre indivíduos ou grupos”. Mas não é porque o líder está no comando que seus subordinados irão ouvir e fazer o que mesmo mandar. Assim, Cruz (2005, p.15) fala que “A liderança envolve cumplicidade, um processo de negociação que se faz necessário um bom relacionamento entre líderes e liderados”. Existem os líderes formais e líderes informais. Os líderes formais são aqueles por indicações formais e os informais são aqueles que surgem do grupo e podem ter mais influência sobre os demais membros do grupo do que os próprios membros formais. Quando uma liderança eficaz, as pessoas percebem ser eficazes são fatores de grande importância, com isso os colaboradores são “puxados” e não 63 “empurrados” em direção ao objetivo. Isso acarreta motivação e consequentemente crescimento organizacional. Gramigna mostra os doze mandamentos para participação do líder com uma equipe. Quadro 10 – Doze mandamentos para participação do líder com uma equipe 1° 6° Todos são responsáveis pelo êxito do grupo. Não procure carregar o grupo nas costas. Estimule cada um a cooperar. Exija do grupo Se você for tímido, não cuide de você. Cuide do outro tímido. Timidez é excesso de preocupação com você O dominador desculpa-se da DOMINAÇÃO, alegando que ninguém quer assumir. O tímido desculpa-se da timidez, alegando que o DOMINADOR não o deixa participar. Como resolver o impasse? Imaturidade leva-nos a buscar alguém que dirija as atividades. A maturidade leva-nos a propor REGRAS DE COOPERAÇÃO para agir e [...] ANÁLISE CRÍTICA para superar conflitos Reivindique seu lugar no grupo ocupando espaços. Use de autonomia e não espere ser convidado a participar. Você pode se comprometer FALANDO DEMAIS ou FALANDO DE MENOS 7° Participar é ser responsável. Ser responsável é desempenhar bem seu papel no grupo 8° Abra espaços para ideias novas. Modificar e deixar-se modificar enrique pessoas e resultados O homem tem objetivos. O animal é programado. Não ser programado é ser capaz de mudar Ser maduro é ser crítico e criativo. Use e abuse! 2° 3° 4° 5° 9° 10° 11° 12° Aquele que não usa de empatia tem dificuldades de se adaptar ao grupo. Tende colocar-se no ponto de vista do outro A consciência crítica é conquistada a partir do momento que estamos abertos a receber e dar feedback Fonte: (GRAMIGNA, 2007, p. 210) Nota: Adaptado pela autora O trabalho em equipe são elementos fundamentais na relação do trabalho e resultados em equipe. Onde esses dez mandamentos são ênfase a questões de atitudes pessoas. 5.6 Satisfação no Trabalho A satisfação no trabalho é a atitude geral de uma pessoa em relação ao trabalho que realiza, podendo ser positiva ou negativa. Alguns fatores como Robbins (2005, p. 67) alguns fatores que podem fazer com que haja declínio na satisfação é “[...] o esforço dos empregados em aumentar a produtividade, o que resulta em sobrecarga de trabalho e prazos menores para a realização das tarefas. Outro motivo, frequentemente citado nas queixas dos trabalhadores, é o fato de eles terem menos controle sobre seu trabalho”. Quando os funcionários estão satisfeitos com 64 seu trabalho costumam falar bem da organização e a ajudar os colegas a ultrapassar as expectativas em relação ao seu trabalho. De acordo com Robbins (2005, p. 69) “[...] funcionários satisfeitos podem estar mais dispostos a ir além de suas atribuições regulares porque querem retribuir suas experiências positivas”. Ou seja, através de suas novas ideias podem ajudar quanto à inovação dentro da empresa. 5.7 Programas de treinamento e desenvolvimento Diante das exigências do mercado em que as empresas se encontram, e necessário que as organizações inovam sempre cada vez mais para estar sempre à frente da concorrência. Para isso e importante que as organizações capacitam seus colaboradores para poderem atender as necessidades dos clientes e produzirem com maior produtividade e qualidade. E é através de treinamentos e desenvolvimentos dos funcionários que as empresas conseguirão chegar às metas traçadas, pois funcionários competentes não são competentes para a vida toda, é preciso sempre estar mudando e inovando. 5.7.1 Tipos de treinamento Habilidades de linguagem: é o que se refere em que as organizações precisam oferecer a seus funcionários com frequência treinamentos básicos sobre linguagem e matemática. Para melhorar o seu desempenho e capacidade de comunicação dentro da organização; Habilidade Técnicas: refere-se ao aperfeiçoamento de novas tecnologias e a lidar com novos modelos de estruturas organizacionais; Habilidades Interpessoais: melhoramento na habilidade de interagir com demais colegas e chefes na organização; Habilidades para a Solução de problemas: refere-se no treinamento para a solução de problemas. Que segundo Robbins (2005, p. 402) “[...] inclui atividades para desenvolver a lógica, o raciocínio e a habilidade de definição de problemas, além da capacidade de identificar causas, desenvolver alternativas, analisar alternativas e selecionar soluções”. 65 5.7.2 Métodos de Treinamento Os métodos de treinamentos podem ser formais ou informais, no trabalho ou fora do trabalho. Os treinamentos formais são aqueles planejados com antecedência e estruturado. Já o treinamento informal é aquele não estruturado, não planejado e de fácil adaptação aos indivíduos. Esse tipo de treinamento se refere a fazer com que os funcionários ajudem uns aos outros. Os mesmos compartilham informações e solucionam problemas do trabalho em conjunto. Já o treinamento no trabalho segundo Robbins (2005, p. 402) “inclui rodízio de tarefas, programas de aprendizagem, preparação de substitutos eventuais e programas formais de mentores”. Mas, esse tipo de treinamento acarreta uma desvantagem onde, ele gera um rompimento no ambiente de trabalho e devido a isso as organizações investem em treinamento fora do trabalho, onde inclui: palestras ao vivo, cursos na internet e estudos de casos. 5.7.3 Avaliação de desempenho De acordo com Gramigna (2007, p. 146) “[...] a avaliação de desempenho está inserida em um contexto de desenvolvimento e ampliação do domínio de competências”. Segundo Robbins (2005, p. 404) “As avaliações de desempenho podem ser usadas como critérios de validação de programas de seleção e desenvolvimento”. Na visão de Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2001, p. 207): [...] Trata-se de um conjunto de técnicas visando a obter e analisar informações que possibilitem estimar a qualidade da contribuição prestada pelo empregado à organização. Para tanto é necessário identificar as causas de eventuais deficiências e os meios de superá-las. Cumpre também examinar os aspectos positivos, a fim de maximizá-los, incentivando assim o potencial de crescimento dos empregados. A avaliação de desempenho tem como objetivo: melhorar a qualidade do serviço e da vida na organização; identificar necessidades de treinamento e desenvolvimento; incentivar a melhora da produtividade; autoaperfeiçoamento do colaborador; proporciona a adequação do indivíduo ao cargo; recompensas salariais por mérito ao bom desempenho, feedback para o avaliado e ajuda em decisões como demissão, promoções e transferências. 66 A motivação dos colaboradores dentro da organização está muito relacionada à avaliação de desempenho que segundo Robbins (2005, p. 404) “Para maximizar a motivação, as pessoas precisam perceber os esforços que elas realizam conduzem a uma avaliação de desempenho favorável e que essa avaliação vai resultar em recompensas às quais dão valor”. Devem ser considerados três aspectos na avaliação de desempenho: Resultados individuais da tarefa: é necessário que os executivos avaliem os resultados das tarefas dos colaboradores. Como exemplo: um vendedor deveria ser avaliado de acordo com o volume de vendas de seu território e o número de novos clientes na carteira de clientes. Comportamentos: o desempenho do grupo pode ser avaliado, mas pode ser difícil mensurar a contribuição de cada um. Mas assim dá para avaliar e como exemplo: no caso do vendedor pode ser avaliado o número de contatos feitos por dia ou até mesmo os dias livres por motivo de saúde utilizados no decorrer do ano. Traços: considerada o aspecto mais fraco, pois é mais distante do desempenho real no trabalho. Segundo Robbins (2005, p. 406) alguns traços como “[...] mostrar “confiança”, ser “confiável”, parecer “ocupado” ou possuir “riqueza de experiências” podem ou não estar relacionados com resultados positivos no trabalho, mas todos sabemos que esses aspectos são frequentemente utilizados nas empresas como critérios de avaliação de desempenho”. 5.7.3.1 Quem deve fazer a avaliação de desempenho Já analisados os aspectos a ser avaliado na avaliação de desempenho, outro ponto importante da avaliação de desempenho é saber quem deve fazer a avaliação. Tradicionalmente seria o executivo, pois o mesmo é responsável pelo desempenho de sua equipe. Assim, existem outras pessoas dentro da organização que podem estar aptas a realizar essa tarefa. Segue abaixo: Superior Imediato: O gerente ou chefe imediato é quem deve fazer a avaliação de desempenho, mas existem algumas restrições a este método. Muitos dos chefes se sentem inseguros e desqualificados para fazerem a avaliação criteriosa de seus subordinados, pois não querem ter responsabilidade quanto à carreira do individuo. 67 Colegas: A avaliação feita pelos colegas é um dos métodos mais confiáveis, pois os mesmos estão perto um dos outros e de suas ações e o desempenho de cada um é analisado de perto. Através dessa fonte é possível se ter múltiplas avaliações e por outro lado alguns aspectos negativos pode haver má vontade para julgar o trabalho do outro. Auto - Avaliação: É a avaliação que o colaborador faz de si mesmo. Geralmente esse processo se da pelo uma postura defensiva dos mesmos e é um meio de estimular os parâmetros de desempenho no trabalho entre os funcionários e os subordinados. Mas, existindo o lado negativo que de acordo Robbins (2005, p. 406) “esse processo sofre com o risco de visões autocondescendentes e superestimadas. Além disso, a auto-avaliação raramente concorda com a avaliação dos superiores”. Subordinados imediatos: Avaliação feita pelos subordinados imediatos de um chefe. Podem passar informações precisas e de grandes detalhes sobre o comportamento do administrador, mas existe a limitação do medo que os mesmos têm em serem punidos em caso de uma avaliação negativa passada ao chefe. Em virtude disso as avaliações são feitas em anonimato. Avaliação 360 graus: De acordo com Gramigna (2007, P. 146) esse método “[...] prevê o recebimento de diversos feedbacks daqueles que fazem parte da cadeia produtiva interna e externa: cliente e fornecedores”. Esse tipo de avaliação fornece informações mais precisas e clara e ampla referente ao desempenho dos colaboradores e em relação a diferentes aspectos. Por outro lado Robbins (2005, p. 407) mostra que “[...] pode ser mal utilizado. Por exemplo, algumas organizações, por questões de economia, não treinam os avaliadores sobre como fazer críticas construtivas. Outros problemas incluem a permissão para o funcionário escolher os colegas e subordinados que faram a avaliação, o que pode influenciar nos resultados”. 5.7.3.2 Os métodos de avaliação de desempenho Relatórios escritos: Conhecido com o método mais simples é realizado relatórios descrevendo os pontos fortes e fracos do colaborador avaliado. Esse tipo de avaliação pode ser boa ou má, dependerá das habilidades de escritor do avaliador e real desempenho da pessoa que é avaliada. 68 Incidentes críticos: O Avaliador descreve por escrito, as coisas eficazes e ineficazes que foram feitas pelo colaborador. Uma lista é feita para que o funcionário possa saber quais os comportamentos desejáveis e quais os que precisam ser melhorados. Escalas gráficas de mensuração: Neste método são analisados vários fatores de desempenho. O avaliador classifica o funcionário em relação a cada fator, onde as escalas são geralmente compostas por cinco pontos. Segundo Araujo e Garcia (2009, p. 162) “[...] pode-se afirmar que dizem respeito à utilização de indicadores de desempenho para a elaboração de gráficos, que facilitarão a avaliação”. Esse método permite análise de comparação quantitativa. Quando se tem avaliação de desempenho eficaz, aquela que o colaborador vê o julgamento como construtivo e como melhora, pode acarretar a elevação do moral do funcionário. Cada colaborador deve ter consciência de sua avaliação para assim, poderem permanecer e desenvolver os pontos fortes e corrigir os pontos fracos. 5.8 Plano de Carreira De acordo com Lucena (1999, p. 145) “[...] PLANO DE CARREIRA compreende o planejamento de carreira do indivíduo, a partir de uma formação profissional básica, geralmente identificada com uma “vocação profissional”. Definido esse plano, o profissional procurará realizá-lo através de seu trabalho na organização”. Segunda a visão de Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2001, p. 197) “Pode-se definir o planejamento de carreira como um processo contínuo de interação entre o empregado e a organização visando a atender aos objetivos e interesses de ambas as partes”. Ou seja, tanto o colaborador quanto a organização ganham. O plano de carreira tem como objetivo promover o desenvolvimento organizacional através do melhor aproveitamento do seu capital intelectual, assim dando aos mesmos condições de auto - realização. Desenvolver a carreira do colaborador, o mesmo passar a exercer funções mais rígidas e complexas, que acarreta maior recompensa e aumento do status. O desenvolvimento dependerá do esforço pessoal do colaborador e de motivação também, diante disso a organização precisa promover condições para que esse desenvolvimento ocorra em comum acordo com seus objetivos, através de um 69 trabalho em equipe e bom relacionamento entre gestor e empregados. Por outro lado o colaborador precisa saber aonde quer chegar, pois não cabe somente a organização cuidar do futuro do colaborador. Segundo Lucena (1999, p. 153): Dentro do planejamento de Recursos Humanos, a área de administração de pessoal poderia desenvolver uma atividade voltada para orientar os empregados, criando um programa de conscientização que os desperte e os estimule a pensar e a desenvolver planos de carreira individual, procurando dimensionar suas reais possibilidades e necessidades de autodesenvolvimento, colocando sob sua responsabilidade a conquista dessa carreira. Existem alguns fatores que são cruciais no plano de carreira, além da identificação de objetivos convergentes. Segundo Segunda a visão de Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2001, p. 198): a) as pessoas com maior potencial permanecem na instituição, atraídas pela real possibilidade de ascensão profissional; b) o nível de motivação cresce em função da perspectiva de progresso dentro da organização; c) as sucessões, principalmente em funções gerenciais, ocorrem sem traumas; d) as possibilidades de erros nas promoções são bem menores; e) identificação transparente de profissionais com maior talento e potencial f) a organização sabe de que tipo de profissional vai precisar nos próximos anos. Assim, o plano de carreira é de grande importância, pois além de desenvolver a carreira e o potencial do colaborador, a empresa obtêm retorno em cima desse investimento acarretando aumento da produtividade e lucratividade para a mesma. 6 ESTUDO DE CASO NA OLARIA SM LTDA 6.1 Histórico da empresa A empresa Olaria SM LTDA, com nome fantasia Cerâmica Barro Forte, foi comprada em 07/04/2005, antes chamada de Cerâmica A Construmelo de propriedade do Sr. Lázaro Melo, e hoje de Propriedade do Sr. José Eduardo S. M. Jr. A Cerâmica Barro Forte em 2005 quando foi comprada possuía apenas 4 barracões, 2 fornos chamados ´´fornos caieras´´ totalmente ultrapassados. Possuía 70 um maquinário que produzia apenas 5 mil tijolos por dia, assim a empresa era totalmente sem infraestrutura para se manter no mercado atual. Quando foi comprada era composto pelos proprietários os Srs. José Eduardo Mendonça e seu sobrinho Cristiano Novaes. Após três anos o Sr. Cristiano, vendo pouca viabilidade no negócio resolveu abrir mão de sua parte ficando assim, apenas seu tio. Sendo que no ano em que o Sr. Cristiano deixou a empresa o seu primo José Eduardo S.M. Jr. Filho de José Eduardo S. M acabará de se formar no curso de agronomia. E assim, José Eduardo Jr resolveu fazer parte da empresa e ao chegar não sabia nada em relação à indústria de tijolos. Ao assumir a empresa o mesmo procurou se atualizar, começou a viajar e a buscar informações para saber como fazer para que aquela empresa pudesse aumentar sua produção e gerir lucros. Após várias visitas em cerâmicas de toda região e busca de tecnologia em indústrias fora do estado, como a tecnologia do “forno vagão”, maquinário adequado para maximizar a produção, formas para redução de mão de obra, entre outras tecnologias, começaram os investimentos. Hoje após 10 anos de indústria, a cerâmica conta com maquinário de última tecnologia, 13 barracões para estocagem de tijolos todos concretados, fornos vagões, formas de carregamento com paletes, refeitório adequado, escritório estruturado e mão de obra qualificada. Com tudo isso a empresa conseguiu aumentar sua produção para cerca de 40 mil tijolos por dia de alta qualidade. E, além disso, durante dois anos consecutivos (2013 e 2014) a empresa conseguiu ser premiada com o prêmio de Destaque Empresarial no setor de cerâmica de tijolos da cidade de João Pinheiro. A empresa tem pretensão de criar um laboratório próprio para fazer análise de barro, umidade, temperatura, resistência entre outros testes de precisão focados na qualidade produto. A Olaria SM LTDA trabalha hoje para poder ser uma indústria com alta produção, ambientalmente sustentável, com uma mão de obra satisfeita e com excelência em seus produtos na qualidade. 6.2 Metodologia O projeto procurou mostrar o nível de motivação e satisfação dos funcionários dentro da empresa Olaria SM LTDA acarretando assim, a qualidade de vida dos mesmos para o aumento da produtividade e lucratividade da empresa. Assim, foi feito a aplicação de um questionário para uma população de 12 colaboradores, os 71 quais compõem hoje o quadro de funcionários da empresa, composto por 27 questões de múltipla escolha, sendo uma pesquisa qualitativa com o objetivo de obtiver informação e opiniões dos colaboradores. O questionário abordou fatores motivacionais e higiênicos. Cervo; Bervian e Silva (2007) diz que o questionário é o meio mais preciso para coletar dados, pois permite que se tenham informações mais exatas do que se precisa. Logo após aplicação do questionário, foi feita a tabulação dos resultados do questionário, sendo uma pesquisa qualitativa, para saber os dados em quantidade e porcentagem da opinião dos colaboradores. Além de entrevista com o Gestor para saber o ponto de vista do mesmo em relação aos seus colaboradores e quais os meios que a empresa utiliza para motiválo e satisfazê-los. Tendo como base para o referencial teórico vários atores, entre eles: Araujo e Garcia (2009), Marras (2009), Maximiano (2006) e Robbins (20005). Durante o estágio e diante dos resultados da pesquisa pode-se perceber que há um alto nível de motivação e cooperação dentro da empresa Olaria SM LTDA, mais é necessário que a empresa trabalhe para mantê-los dentro da mesma. Para melhor entendimento e interpretação, os resultados encontrados serão apresentados nos gráficos a seguir. 6.3 Análise dos dados Neste serão relatados os resultados da pesquisa, realizada através do questionário que foi aplicado na empresa Olaria SM LTDA no mês de outubro de 2015, no município João Pinheiro – MG, para doze colaboradores. Questionário este composto por 27 questões de multiplica escolha. Os resultados serão demostrados através de gráficos a seguir, enquadrando-se na pesquisa qualitativa. 72 Gráfico nº 1 – Classificação quanto ao sexo 17% Feminino Masculino 83% Fonte: Elaborado pela autora Visando sempre o aumento da produtividade da empresa apurou-se que como o trabalho executado na mesma exige de uma grande força braçal e manual, pois se trata de uma trabalho que exige muito esforço a empresa é composta por um quadro de funcionário de grande maioria do sexo masculino e somente 17% que corresponde somente 2 colaboradores do sexo feminino, onde uma trabalha no escritório da empresa e a outra trabalha na área de produção. Gráfico 2º - Classificação quanto ao estado civil Amasiado 25% Desquitado/Divorciado 0% Viuvo 0% Casado 25% Solteiro 50% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% Fonte: Elaborado pela autora Como pode ser visto no gráfico 2 acima, a metade dos colaboradores que compõem o quadro de funcionários da empresa Olaria SM LTDA estão solteiros, isso ocorre especialmente pelo fato de serem de outra cidade chamada Coração de Jesus - MG, assim não se envolvem com as pessoas da atual cidade ou já deixam alguma namorada na cidade natal planejando estruturam sua vida para depois voltarem a sua cidade natal e se casarem. E a outra porcentagem 25% é composta por colaboradores casados que são os que já são naturais da comunidade e os 73 outros colaboradores que compõem 25% são pessoas que não têm condições financeiras para fazer o casamento e optam por se amasiarem. Gráfico 3º - Divisão do trabalho na empresa 17% Administrativo 83% Produção Fonte: Elaborado pela autora Para saber em qual setor o funcionário exerce suas funções na empresa, apurou-se que mais da metade trabalha na área de produção, isso ocorre devido à necessidade da alta produção da empresa, exigindo grande esforço braçal. E a pequena minoria de 17% que representa a parte administrativa, onde é realizada a parte de admissão e demissão de colaboradores, vendas, pagamentos de fornecedores e funcionários e controles diários de produção. Enquadrando-se no porte de pequena empresa não é necessário assim, tantos colaboradores para trabalharem na parte administrativa, composto somente do gestor e de uma secretária. Gráfico 4º - Tempo de trabalho na empresa 5 a 10 anos 0% 2 a 4 anos 17% 1 a 2 anos 25% 6 meses a 1 ano 25% 1 a 6 meses 33% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% Fonte: Elaborado pela autora Quando foram questionados em relação ao tempo de casa que possuem na empresa, fica evidente como mostra o gráfico 4, que mais da metade dos colaboradores têm menos de um ano de empresa onde, 33% é até seis meses e 25% até um ano. Isso se deve ao fato da empresa possuir um alto nível de rotatividade, onde estudos feitos pelo Administrador Vilmar da Mota Braga 74 comprovam que o índice de rotatividade no ano de 2013 foi de 95,50 esse estudo foi realizado com 17 colaboradores que trabalhavam na Olaria SM LTDA na época e hoje no ano de 2015 há somente 12, outras porcentagens que possuem um maior tempo de casa são aqueles que não têm outra oportunidade melhor de trabalho e ficam na empresa, pois necessitam da remuneração para sobrevivem. Gráfico 5º - Escolaridade dos funcionários 45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% 0% 42% 8% 17% 33% Não frequentei a escola Ensino fundamental incompleto Ensino médio incompleto Ensino fundamental completo Ensino médio completo Fonte: Elaborado pela autora Para se trabalhar na empresa pesquisada não se exige certo tipo de conhecimento ou escolaridade, pois se trata de um serviço que exige muita da parte física e esforço braçal que a maioria é empurrando carrinhos de tijolos na área de produção assim, de acordo como mostra o gráfico acima, a maioria dos colaboradores não concluíram o ensino fundamental e isso fica evidente a não exigência de certo tipo de conhecimento. Os 33% dos colaboradores que possuem o ensino médio completo são os que trabalham no escritório, motorista e técnicos. Gráfico 6º - O ambiente de trabalho no contexto de organização e limpeza Fonte: Elaborado pela autora 50% 40% 30% 20% 10% 8% 8% 42% 42% 0% Excelente Muito boa Boa Razoavel Ruim 0% 75 Quando questionados como consideram o ambiente de trabalho no contexto de organização e limpeza, nota-se que mais de 80% dos colaboradores acham que o ambiente não está bom, pois se trata de uma indústria de tijolos onde se têm contato direto com a matéria-prima (argila e pó dimico), poeira, calor e sol e isso dificulta a boa qualidade de vida. Acarreta também um grande desgaste físico ao funcionário e isso pode levar a desmotivação do mesmo. Gráfico 7 º - Execução das tarefas 8% Sim Não 92% Fonte: Elaborado pela autora Ao serem questionados se conseguem dar continuidade as suas tarefas até o fim apurou-se que 92% conseguem sim dar continuidade as suas tarefas, isso se dá devido ao bom relacionamento que o gerente de produção tem com os demais colaboradores, pois as tarefas são bem delegadas pelo mesmo e assim os funcionários conseguem executá-las com êxito, atingindo assim o aumento da produtividade e a lucratividade da empresa. Gráfico 8 º - Acesso ao superior imediato 80% 70% 60% 50% 40% 75% 30% 20% 25% 10% 0% Sim Não Fonte: Elaborado pela autora 76 Quando perguntado se possuem acesso ao superior imediato, apurou-se que a maioria dos colaboradores tem acesso ao superior imediato, isso ocorre devido ao bom relacionamento entre os colaboradores da empresa com seus superiores. A empresa preza muito que se tenha esse bom relacionamento, pois, uma hora ou outra ambos precisam de ajuda e a abertura que o gestor José Eduardo Simões Mendonça Junior proporciona para aos seus colaboradores quando precisam de alguma ajuda. Gráfico 9 º – Reconhecimento do trabalho executado 100% 50% 75% 17% 0% Sim Não Fonte: Elaborado pela autora O reconhecimento do trabalho do colaborador na empresa é um fator de grande importância, pois, o mesmo se sente motivado e satisfeito para trabalhar e com isso ficam realmente imbuídos com os objetivos da empresa e trabalham sempre em prol para melhoras da mesma. Ao longo da pesquisa quando foram questionados se o patrão reconhece o trabalho executado pelo colaborador apurouse que mais da metade dos colabores acham que sim, que o trabalho é reconhecido. Assim, o Gráfico 9 demonstra que o gestor nesse quesito é uma pessoa que consegue ter uma visão ampla e reconhecer o trabalho exercido pelo seu funcionário. 77 Gráfico 10º - Satisfação do funcionário quanto ao salário 33% Sim Não 67% Fonte: Elaborado pela autora Toda empresa possui colaboradores que não estão plenamente satisfeitos com o salário que recebem, devido a trabalharem muito e ganharem pouco, por acharem que de acordo com a função que exercem precisa de uma remuneração melhor. E na empresa Olaria SM LTDA não é diferente, diante da enquete do gráfico 10 quando foram questionados quanto à satisfação com o salário que recebem apurou-se que 67% dos colaboradores não estão satisfeitos com o salário que recebem, significando mais da metade dos mesmos. Em conversa com o Gestor, o mesmo informou que no início desse ano houve uma queda no salário dos funcionários, pois precisavam reduzir custos e como a folha de pagamento estava ficando muito onerosa, chegou-se a conclusão que ira precisarar reduzir esses custos também na mesma. Gráfico 11 º - Incentivo salarial por parte da empresa 70% 60% 50% 40% 30% 67% 20% 25% 10% 0% 8% Nem concorda, nem discorda Concorda totalmente 0% Discorda totalmente Discorda Fonte: Elaborado pela autora Para saber se a empresa possui algum tipo de incentivo salarial como: plano de saúde, plano de carreira, plano odontológico, seguro de vida e horas extras 78 apurou-se que a maioria dos colaboradores acha que não existe algum tipo de incentivo salarial oferecido pela empresa. Pode perceber, durante o estágio que um dos motivos pelo qual os funcionários não permanecem durante muito tempo na empresa é por causa da inexistência de um incentivo salarial, onde o mesmo leva a motivação e satisfação do colaborador, agregando em sua remuneração. Gráfico 12 º - Comunicação na empresa 45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% 42% 25% 17% 17% 0% Excelente Muito boa Boa Razoável Ruim Fonte: Elaborado pela autora Ao perguntar como classificaria a comunicação dentro da empresa, apurou-se que 55% dos colaboradores acham que a comunicação na empresa está entre boa e razoável, onde não se é tão favorável. Como se trata de uma pequena empresa existe muitas conversas paralelas (fofocas) que acaba deixando o clima organizacional tenso. Diante disso, é necessário que as informações sejam bem esclarecidas entre todos na empresa, para que assim as mesmas possam fluir de maneira positiva, contribuindo para o alcance de metas e objetivos estabelecidos. Gráfico 13 º – O reconhecimento do capital humano na empresa Sim 100% Fonte: Elaborado pela autora 79 Como pode ser visto no gráfico 13 acima, todos os colaboradores sentem reconhecidos dentro do seu ambiente de trabalho, isso enfoca novamente os gráficos 8 e 9 citados acima, onde o bom relacionamento existente dentro da empresa faz com que o colaborador se sinta reconhecido e valorizado na empresa. Gráfico 14 – Treinamento no momento da admissão 60% 50% 40% 30% 50% 50% Sim Não 20% 10% 0% Fonte: Elaborado pela autora Ao serem questionados se receberam algum tipo de treinamento quando foram admitidos na organização apurou-se que a metade dos colaboradores disse que sim, onde são os colaboradores que trabalham no escritório e motoristas. E a outra metade disse que não, onde são aqueles que trabalham com o físico e braçal. Diante disso, não se deve haver uma distinção de quais funcionários devem receber treinamentos, uma vez que todos os funcionários devem estar capacitados e imbuídos com a missão, visão e valores da empresa para conseguirem chegar às metas estabelecidas, pois, todos colaboram para que isso aconteça. 80 Gráfico 15 º – Qualificação do colaborador 75% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 17% 20% 8% 10% 0% 0% Discorda totalmente Discorda Nem concorda, nem discorda Concorda totalmente Fonte: Elaborado pela autora Constatou-se através do gráfico 15 quando se pergunta se a empresa promove algum tipo de treinamento frequentemente como: segurança no trabalho, aperfeiçoamento na área em que atua que a maioria dos colaboradores afirmam que a empresa possui sim treinamentos frequentemente, isso acontece devido que a empresa Olaria SM LTDA possui uma terceirizada para auxiliar nas questões de Segurança no trabalho, a mesma promove toda a documentação necessária e treinamentos frequentemente para manter a segurança de todos dentro da organização. Gráfico 16 º – Relação com os colegas de trabalho 75% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 17% 8% 10% 0% 0% Excelente Muito boa Boa Razoável Fonte: Elaborado pela Autora A maioria das pessoas passa a maior parte do seu tempo dentro das empresas do que em suas próprias casas, assim um bom relacionamento entre todos no ambiente de trabalho é essencial para a vida de cada um. Algumas atitudes 81 simples, como cumprimentar o colega de trabalho e ter um bom humor pode tornar o ambiente mais agradável e o dia a dia mais produtivo. Diante disso, apurou-se que a maioria dos colaboradores disse que a relação com o colega de trabalho é boa, fica demonstrado que existe um bom relacionamento e respeito entre os colaboradores dentro da empresa, impactando no bom desempenho das tarefas. Gráfico 17 º - Relação amigável com o patrão, onde se tem como consequência o respeito 17% Sim Não 83% Fonte: Elaborado pela Autora Ao serem questionados se a relação que possuem com seu patrão é amigável, onde se sentem bem tratados pelos mesmo apurou-se que, a maioria do colaboradores da empresa disseram que sim. Fica evidente que o gestor é uma pessoa companheira e aberta para estreitar os laços entre os colaboradores, assim o mesmo consegue entender a necessidade de cada um, chegando aos objetivos e metas determinadas. Gráfico 18 º - Confraternização ou momentos de convívio na empresa 100% 83% 80% 60% 40% 20% 17% 0% 0% Nunca As vezes Frequentemente Fonte: Elaborado pela autora As confraternizações e momentos de convívio na empresa favorecem a um bom clima organizacional, durante esse tempo de entretenimento os colaboradores tem-se a liberdade de conhecer melhor uns aos outros, troca de experiências e até mesmo darem ideias que iram favorecer a melhora nos processos organizacionais. E 82 diante disse como demostra o Gráfico 18, pode – se perceber que a maioria dos colaboradores disse que a empresa às vezes promove alguns desses momentos. Isso se dá pelo fato em que a empresa está focada somente em produzir e em obter resultados, deixando a desejar em oferecer uma qualidade de vida adequada aos seus colaboradores. Gráfico 19 º – Motivação para se trabalhar na empresa 8% Sim 92% Não Fonte: Elaborado pela autora A motivação é um fator resultante de um bom clima organizacional, e em favor de um bom relacionamento que existe entre o gerente de produção e os demais colaboradores da empresa pesquisada, quando foram questionados se estão motivados para se trabalhar na empresa a maioria afirmou que sim, que se sentem motivados para trabalhar na empresa. Gráfico 20 º – Ideias sugeridas a direção da empresa 17% Sim Não 83% Fonte: Elaborado pela autora De acordo com o gráfico o gestor está amplamente aberto e disposto há ouvir as ideais dos colaboradores, isso favorece a inovação e traz motivação ao funcionário, pois o mesmo se sente reconhecido pelas sugestões dadas ao gestor. 83 Gráfico 21 º - Colaboração do colega de trabalho quando se necessita 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 75% 25% Discorda totalmente 0% 0% Discorda Nem concorda, nem discorda Concorda totalmente Fonte: Elaborado pela autora Como foi dito no gráfico 16, a maioria dos colaboradores afirmam que existe um bom relacionamento entre os colaboradores da empresa e isso fica ratificado quando foram questionados nessa enquete se tem colaboração uns dos outros quando é necessário e todos responderem que sim, que existe colaboração entre ambos, favorecendo assim o melhor desempenho de suas atividades. Gráfico 22 º - Normas da empresa Sim 100% Fonte: Elaborado pela autora Normas e regras colaboram para que se tenha controle e disciplina dos processos dentro de uma organização, e como toda empresa deve possuir normas e regras a serem seguidas, na empresa Olaria SM LTDA não é diferente, quando foram questionados quanto a esse fator, 75% dos colaboradores concordam totalmente que a empresa possui normas a serem seguidas. 84 Gráfico 23 º - Distribuição das tarefas Sim 100% Fonte: Elaborado pela autora Quando as tarefas são bem distribuídas no ambiente de trabalho, há um aumento do bem estar e da produtividade e consequentemente haverá lucratividade para a empresa. Assim, 100% dos colaboradores concordam que as tarefas são bem distribuídas no ambiente de trabalho, relacionando-se com o gráfico da pergunta 7, onde 92% dos colaboradores conseguem dar continuidade as suas tarefas até o fim, isso reflexo também do bom relacionamento que se tem com o gestor e com o gerente de produção. Gráfico 24 º - Injustiça no ambiente de trabalho 100% 80% 83% 60% Sim 40% 20% Não 17% 0% Sim Não Fonte: Elaborado pela autora Devido ao bom relacionamento que se tem entre funcionários, gerente de produção e gestor e também ao bom desempenho das tarefas, onde as mesmas são bem distribuídas, ao serem questionados se sentem injustiçados no ambiente de trabalho, 85% dos funcionários concordam que não sofrem nenhum tipo de injustiça. 85 Gráfico 25 º - Trocaria de emprego por salário igual 33% Sim Não 58% Fonte: Elaborado pela autora Ao serem questionados a respeito que se recebessem uma oferta de trabalho em outra empresa para ganhar o mesmo que ganha, se trocariam de emprego e apurou-se como pode ser visto no gráfico acima que mais da metade dos colaboradores não trocariam de emprego. Essa porcentagem de 58% que disserão que não trocariam de emprego, continua na empresa devido ao bom relacionamento que se tem na mesma, enquanto não encontram outro serviço que iram ganhar mais, continuaram a trabalhar na empresa Olaria SM LTDA. Outro fator que prevalece essa porcentagem, é que a empresa oferece moradia, água e energia para os colaboradores e talvez outras empresas não disponham de tal acomodação. Gráfico 26 º - Existência de conflitos na empresa 70% 60% 50% 40% 30% 20% 58% 42% 10% 0% Sim Não Fonte: Elaborado pela autora Apurou-se quando foram questionados se existe conflito dentro da empresa Gráfico 26, que a maioria dos colaboradores afirmaram não ter conflitos dentro da empresa, o resultado que sobressai na enquete de 58% dos colaboradores que afirmarem a não existência de conflito se da pelo motivo de conseguirem ter um bom 86 relacionamento com o gerente de produção e serem reconhecidos pelo patrão quanto as suas tarefas citado no gráfico 9. Gráfico 27º – Grau de importância do trabalho para o sucesso da empresa 100% 80% 60% 92% 40% 20% 8% 0% Muito importante Pouco importante Fonte: Elaborado pela autora A maior parte do trabalho executado na empresa é na área de produção assim, é necessária uma abundante mão de obra para conseguir chegar ao resultado final, desda mistura da matéria prima até a entrega do produto ao cliente. Diante disso, 90% dos funcionários acham que seu trabalho é muito importante para o sucesso da empresa. 6.4 Entrevista com o gestor Além da aplicação do questionário, foi feita também uma entrevista com o gestor com o objetivo de alinhar suas ideias com as dos seus colaboradores e entender se ambos estão seguindo e fazendo sua parte para o alcance de objetivos e metas determinadas. Segue abaixo. 1) Por que você escolheu trabalhar no ramo de indústria de cerâmica de tijolos? No decorrer do histórico da empresa é falado que quando o Gestor José Eduardo Simões Mendonça Junior, começou a tomar direção da empresa Olaria SM LTDA não foi por escolha, mais sim por necessidade, pois, logo que se formou seu pai já havia adquirido a cerâmica juntamente com um sócio, mais o sócio resolveu se desligar da empresa então teve que tomar frente. 2) Quais as metodologias de recrutamento e seleção? 87 De acordo com o gestor não existe um método específico de recrutamento e seleção de pessoal e sim somente uma conversa informal com os candidatos. Assim, o gestor faz a contratação e diante do convívio com os mesmos dentro da empresa, ele identifica os mais polivalentes e tenta perceber alguns defeitos como: vícios de trabalho, drogas e álcool. Tentando buscar sempre novos funcionários de outra região para que não tenham vícios trabalhistas. E não há treinamentos na maioria das vezes quando o processo de admissão, comprovando-se assim no gráfico 14, da pesquisa de clima, aplicada aos colaboradores, onde 50% afirma que não recebeu nenhum tipo de treinamento ao ser admitido na empresa. 3) A empresa possui algum tipo de incentivo salarial para os funcionários? Quais são eles? Há uma contradição quando foi feito essa pergunta aos colaboradores e ao gestor, quando respondido pelos colaboradores da empresa de acordo com o resultado da pesquisa de clima acima, no Gráfico 11, 92% afirma que não existe nenhum tipo de incentivo salarial por parte da empresa e quando perguntado para o gestor o mesmo disse que sim, que a cesta básica fornecida para os colaboradores no dia do pagamento do salário é um incentivo salarial, mas é distribuída somente para aqueles colaboradores que não tenham nenhuma falta. Mas, o gestor não deve pensar somente como incentivo salarial a cesta básica fornecida, pois a mesma é limitada a aqueles que tenham alguma falta no trabalho e sim deve pensar em outros incentivos como plano de saúde e seguro de vida. 4) Foi constatado nos estudos feitos pelo Administrador Vilmar da Mota Braga, que a empresa Olaria SM LTDA possui um alto nível de rotatividade, isso se da por quais motivos? E quais métodos você utiliza para minimizar esse nível de rotatividade? De acordo com o que o gestor respondeu a essa pergunta percebe-se que o mesmo está desfocado quanto a saber do tempo de casa de seus colaboradores pois, na análise dos dados o questionário que foi aplicado na empresa constatou-se no gráfico 4 que 58% dos colaboradores possuem menos de um ano de empresa, reflexo de uma alta rotatividade. 5) A empresa Olaria SM LTDA oferece treinamentos e palestras para a qualificação de seus colaboradores? 88 Ao se fazer essa pergunta percebe-se que o gestor esta buscando qualificar seus colaboradores. Onde o mesmo respondeu que sempre que aparecem cursos e treinamentos passamos aos nossos funcionários. Assim, refletindo no que os colaboradores dizem na analise do gráfico 15 onde 75% afirmam que a empresa promove sim treinamentos frequentemente. 6) Como é seu relacionamento gestor com seus colaboradores? Quanto a essa pergunta o gestor informou que possui um ótimo relacionamento com cada um de seus colaboradores, tenta tratá-los como amigos, porém na hora de chamar atenção mostra o que foi feito de errado e da sugestão de como pode corrigir esse deslize. Percebe-se que ambos (gestor e colaborador) estão alinhados, pois na análise dos resultados no gráfico 17 acima, que 83% disseram que possuem uma relação amigável com seu gestor, onde se sentem bem tratados pelo mesmo. Fica evidente que o gestor é uma pessoa companheira e aberta para estreitar os laços entre os colaboradores, assim o mesmo consegue entender a necessidade de cada um, chegando aos objetivos e metas determinadas. 7) O que você faz para motivar seus colaboradores? E o que os motivam e desmotivam? Diante dessa pergunta o gestor respondeu que tenta proporcionar a seus colaboradores o melhor ambiente possível, dentro das condições da empresa. Sempre que vê resultados o mesmo faz elogios, gratifica e tento motivá-los com conversas incentivadoras para que possam continuar a dar resultados para a empresa. Isso é reflexo do que foi dito no gráfico 19 acima, na análise dos dados da pesquisa de clima, onde todos colaboradores responderem que se sentem motivados em trabalhar na empresa Olaria SM LTDA. 8) Você acha que seus colaboradores conseguem executar com êxito as tarefas chegando assim a metas e objetivos organizacionais? Ao se fazer essa pergunta o gestor respondeu que sim, seus colaboradores conseguem executar suas tarefas com êxito até o fim. Em reflexo disso está o gráfico 7 acima onde, 92% disseram que conseguem dar continuidade a suas tarefas até o fim. 9) A sua equipe hoje está totalmente alinhada ou é necessário fazer mudanças em questões de contratar outros funcionários. Interagir mais com os colaboradores que já trabalham na sua empresa. 89 O gestor afirma que não está totalmente do jeito que precisa é necessário fazer alguns ajustes. E quanto à questão de interação com seus colaboradores percebe-se no decorrer da análise dos dados da pesquisa de clima organizacional que ambos (gestor e colaborador) têm um ótimo relacionamento profissional. 10) Para você o que é qualidade de vida no trabalho? Como você aplica esse programa em sua empresa? O gestor diz que qualidade de vida no trabalho é quando o funcionário trabalha satisfeito e dando resultados para a empresa, atingindo as metas organizacionais e pessoais. O mesmo está trabalhando para conseguir atingir essa perspectiva, buscado incentivos, porém com as condições que o governo tem tratado as empresas não estão conseguindo implantar benefícios aos funcionários. 6.5 Proposta de melhoria Durante o período de estágio, identificaram-se algumas falhas da organização em relação à qualidade de vida proporcionada ao colaborador. Algumas propostas de melhoria podem ser mencionadas para que a empresa busque sempre o melhor para seus colaboradores: Elaborar um projeto de qualidade de vida no trabalho para a empresa Olaria SM LTDA onde está incluso: Criação de programa de incentivo salarial; Implantar um processo de recrutamento e seleção adequado; Promover palestras e treinamentos frequentemente não só referente à segurança no trabalho, mais também sobre motivação, controle do Stress no trabalho, pois se se refere a um trabalho de grande desgaste físico; Realizar periodicamente confraternizações e/ou momentos de lazer aos colaboradores a fim de se obter melhorias no clima organizacional; Reuniões semanais para o alinhamento do gestor com os colaboradores; Bonificação por participação criativa; Feedback sobre o desempenho individual e Oportunidade de crescimento. 90 6.6 Projeto de proposta de implementação de qualidade de vida no trabalho da empresa Olaria SM LTDA 6.6.1 Título Qualidade de vida no trabalho para a empresa Olaria SM LTDA 6.6.2 Objetivo geral Favorecer motivação e satisfação aos colaboradores da empresa Olaria SM LTDA. 6.6.3 Objetivos específicos O projeto visa alguns objetivos específicos que irão ser alcançados quando implementado conforme o plano de ação abaixo. São eles: Sistema integrado de compensação: onde o gestor compensará seu colaborador quando o mesmo lhe der uma ideia motivadora; Elevação de segurança para os colaboradores: segurança no ambiente de trabalho contra algum risco de acidente no local do trabalho; Participação por parte pessoal: o colaborador terá a oportunidade de sugerir ideias individuais para colaborar na tomada de decisões; Liberação do potencial criativo; Poder decisivo no nível do cargo; Oportunidade de crescimento: a organização tem pretensão de se expandir assim, irá proporcionar maiores vagas de emprego e dará a oportunidade para o recrutamento interno, lapidando aqueles colaboradores com maior potencial. Retroinformação sobre desempenho: o gestor irá favorecer frequentemente um feedback individual a cada um de seus colaboradores, para que os mesmos possam estar cientes de seu desempenho, melhorando os pontos fracos e explorando cada vez mais os pontos positivos 91 6.6.4 Descrição do projeto Esse projeto foi elaborado com intuito de criar um programa de qualidade de vida no trabalho para os colaboradores da empresa Olaria SM LTDA, como uma forma motivacional, proporcionando aos mesmos ações voltadas ao bem estar e a saúde. Onde essas ações irão impactar positivamente nos resultados da empresa, favorecendo a um bom clima organizacional, aumento da produtividade e lucratividade da mesma. E para os colaboradores irá proporcionar o aumento da motivação, satisfação, alcance dos objetivos almejados profissionais e pessoais. 6.6.5 Custo Para a implementação do programa de qualidade de vida no trabalho, a empresa Olaria SM LTDA terá que arcar com alguns custos descritos no plano de ação abaixo. 92 6.6.6 Plano de ação Quadro 11 - Plano de Ação O QUE FAZER COMO FAZER QUEM FARÁ ONDE QUAND O CUSTO POR QUE Implantar o processo de recrutament o e seleção Mostrar ao gestor a importância desse processo para a organização e como fazer esse processo. Utilizando banco de curriculum, análise do perfil de cada pessoa para o cargo, e analisar se o candidato possuiu algum tipo de vicio: como drogas ou álcool e também se possui antecedentes criminais. Natiane Cândida Pereira Consultora Na Olaria SM LTDA 04/01/20 16 Os valores referentes a FGTS e INSS foram calculados em cima de uma porcentagem de 8% pois, a empresa é optante pelo tributo do simples nacional. Assim terá um custo de R$ 788,00 Salário R$ 63,04 FGTS R$ 63,04 INSS sendo um total de R$ 914,08 mensal. Para que a empresa possa ter funcionários qualificados e competentes que irão conseguir atender as demandas. Criar plano de incentivo salarial Plano de saúde – Vivamed Saúde José Eduardo Simões Mendonça Junior – Gestor da empresa Na Olaria SM LTDA 04/01/20 16 R$ 1.250,00 O colaborador se sentirá mais seguro na organização, aumentando sua motivação e satisfação, permanecendo assim, por um longo tempo na empresa. José Eduardo Simões Mendonça Junior – Gestor da empresa. Juntamente com o Buffet responsável – Dornellas Buffet José Eduardo Simões Mendonça Junior – Gestor da empresa Refeitório da empresa Olaria SM LTDA 02/06/20 16 Refeitório da empresa Olaria SM LTDA Semanal mente a partir do mês de janeiro / 2016. Seguro de vida – MAPFRE Seguros Realização de confraterniza ção e/ou momentos de lazer Será contratado um buffet responsável por organizar o evento para 12 colaboradores e juntamente com 15 convidados (cônjuge e filhos). Realização de reuniões Nas segundas feira, de 07:00 as 07:30 – R$ 101,92 R$ 1.351,92 Total Mensal R$ 2.970,00 Anual para os dois eventos. Para gerar interação social entre os colaboradores. R$ 0,00 Para alinhamento estratégico das ações que deverão ser desenvolvidas durante a semana 31/12/20 16 Continua 93 Conclusão Palestras motivacionai s Os colaboradores da empresa irão participar de palestras motivacionais na ACE – Associação Comercial e Empresarial de João Pinheiro MG Consultores do Sebrae – MG ACE João Pinheiro MG de Feedback O gestor uma vez a cada 2 meses, terá uma conversa individual com cada colaborador para poder dar o feedback em relação ao seu desempenho individual Jose Eduardo Simões Mendonça Junior – Gestor da empresa Na Olaria SM LTDA Bonificação por participação criativa O gestor irá promover um programa de bonificação para abstrair a criatividade dos colaboradores Jose Eduardo Simões Mendonça Junior – Gestor da empresa Na Olaria SM LTDA 28/02/20 16 R$ 1.080,00 anual Proporcionará aos colaboradores motivação e satisfação para trabalhar na empresa, sugestões de ideias inovadores para melhora dos processos organizacionais. Nos meses de fevereiro; abril; junho; agosto; outubro e dezembr o. O tempo do Gestor Para que o mesmo fique ciente quanto ao seu desempenho individual na empresa, onde irá melhorar seus pontos fracos e explorar cada vez mais seus pontos fortes. No ano de 2016 Irá depender do nível das propostas sugeridas. Variando entre R$ 30,00 a R$ 200,00. Para promoção da criatividade dos colaboradores, visando alcançar metas, reduzir custos e obter melhoria nos processos. – 23/07/20 16 03/12/20 16 Fonte: Elaborada pela autora 6.6.7 Benefícios Visando a importância do capital intelectual para as empresas nos dias atuais, o programa de qualidade vida no trabalho se tornou um fator de diferencial competitivo para as mesmas, pois os colaboradores passam mais tempo na empresa do que em casa. O programa é benéfico tanto para a organização, acarretando um bom clima organizacional, envolvimento dos colaboradores com a missão, visão, valores da empresa, conseguindo atingir os objetivos determinados. Quanto para o colaborador, promovendo seu bem estar, controle dos stress, motivação e satisfação, alcance de realizações pessoais e profissionais. 94 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Na busca de mostrar o quanto a qualidade de vida no trabalho é importante para a empresa em estudo, tendo como referencial teórico: Limongi – França e Arellano, Marras e Robbins, fica evidente a existência da motivação dentro da empresa Olaria SM LTDA, mas é necessário que a mesma foque ainda mais na qualidade de vida de seus colaboradores para que possa reduzir o tounover dentro da empresa. Como foi abordado durante o trabalho, na análise dos dados da pesquisa de qualidade de vida feita na empresa Olaria SM LTDA, existe um ótimo relacionamento entre o gestor e colaborador, onde o gestor é totalmente aberto a novas ideias, dando oportunidade para o colaborador influenciar nas decisões. Mas, o mesmo está preocupado mais com a produtividade e com os lucros, deixando a desejar na qualidade de vida para seu colaborador, não oferecendo incentivos salariais, fazendo com o que os mesmos se sintam desmotivados e insatisfeitos com a empresa. Por mais que haja a comunicação e bom relacionamento, a qualidade de vida é essencial, pois eles passam mais tempo na empresa do que em suas casas, favorece um bom clima na empresa e faz com que o colaborador se sinta com vontade de ir trabalhar. Verifica-se que a empresa possui um bom clima organizacional, um bom relacionamento e motivação, mas é necessário um trabalho mais voltado a seu colaborador, proporcionando uma melhor qualidade de vida para o mesmo. Promovendo as ações que foram propostas no plano de ação no trabalho, afim de reduzir a rotatividade dentro da empresa, dando-lhes uma maior segurança e para a empresa o crescimento profissional, onde ambos estarão imbuídos para o alcance dos objetivos determinados. 95 REFERÊNCIAS ALBURQUERQUE, Lindolfo Galvão de. A gestão estratégica de pessoas. IN: FLEURY, Maria Tereza Leme. As pessoas na organização. 17 ed. São Paulo: Gente, 2002. p 35 – 48. ALVES, Everton Fernando. Programa e ações em qualidade de vida no trabalho. Revista de Saúde, Meio Ambiente e Sustentabilidade (INTERFACEHS). v.6, n.1, p. 60 - 78, abril 2011. Disponível em: <http://www.revistas.sp.senac.br/index.php/ITF/article/viewFile/168/180>. Acesso em: 29 maio 2015. ARAUJO, Luis César G. de ; GARCIA, Adriana Amadeu. Gestão de Pessoas: estratégias e integração organizacional. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2009. p 47 – 172. BERGAMINI, Cecília Whitaker. Motivação nas Organizações. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1997. p 19 – 35. 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Orientações para elaboração de trabalhos científicos: projeto de pesquisa, teses, dissertações, monografias e trabalhos acadêmicos, conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a American Psychological Association (APA) e o Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas (VANCOUVER). Belo Horizonte, 2015. Disponível em: <www.pucminas.br/biblioteca>. Acesso em: 20 junho 2015. ROBBINS, Stephen P. Comportamento Organizacional. 11 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. p 02 – 416. 98 SIQUEIRA, Mirlene Maria Matias. Medidas do comportamento organizacional. Estudos de Psicologia. 2002, n. 7. p 12 -18. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/epsic/v7nspe/a03v7esp.pdf>. Acesso em: 07 set 2015. TACHIZAWA, Takeshy; FERREIRA, Victor Cláudio Paradela; FORTUNA, Antônio Alfredo Mello. Gestão com pessoas: uma abordagem aplicada às estratégias de negócios. 2 ed. Rio de Janeiro: FGV, 2001. p 197 – 255. TEJADA, José. 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Para cada resposta marque com um x dentro do parêntese escolhido e É muito importante que você responda as questões com bastante sinceridade, para que assim se possa se ter um resultado igual o da realidade da empresa. 1) ( 2) Qual seu sexo? ) Feminino ( 4) ( ) Casado ( ) Viúvo ( ) Desquitado/divorciado ( ) Qual setor você trabalha? ) Administrativo ( ) Produção Há quanto tempo você trabalha na empresa? ( ) 1 a 6 meses 5 a 10 anos 5) ) Masculino Qual seu estado civil? ( ) Solteiro Amasiado 3) ( ( ) 6 meses a 1 ano ( ) 1 a 2 anos ( ) 2 a 4 anos ( Qual seu grau de escolaridade? ( ) Não freqüentei a escola completo ( ) Ensino fundamental incompleto ( ) Ensino médio incompleto ( ) Ensino fundamental ( ) Ensino médio completo ) 100 6) Como considera o ambiente de trabalho no contexto de organização e limpeza. ( 7) ( 8) ( 9) ( 10) ( ) Excelente ( ) Muito boa ( ) Boa ( ) Razoável ( ) Ruim Você consegue dar continuidade as suas tarefas até o fim. ) Sim ( ) Não Você tem acesso ao seu superior imediato. ) Sim ( ) Não Seu patrão reconhece seu trabalho. ) Sim ( ) Não Você está satisfeito com o salário que recebe. ) Sim ( ) Não 11) A empresa possui algum tipo de incentivo salarial como: plano de saúde, plano de carreira, plano odontológico, seguro de vida ou horas extras. ( ) Discorda totalmente ( ) Discorda ( ) Nem concorda, nem discorda ( ) Concorda totalmente 12) ( 13) ( 14) ( 15) Classifique a comunicação dentro da empresa. ) Excelente ( ) Muito boa ( ) Boa ( ) Razoável ( ) Ruim Você se sente reconhecido dentro do seu ambiente de trabalho. ) Sim ( ) Não Ao ser contratado (a) você recebeu algum tipo de treinamento. ) Sim ( ) Não A empresa promove treinamentos frequentemente como: segurança no trabalho, aperfeiçoamento na área em que você atua. ( ) Discorda totalmente discorda ( ) Concorda totalmente ( ) Discorda ( ) Nem concorda, nem 101 16) ( 17) Como é a sua relação com seus colegas de trabalho. ) Excelente ( ) Muito boa ( ) Boa ( ) Razoável ( ) Ruim A relação que você possui com seu patrão é amigável, onde você se sente bem tratado pelo mesmo. ( ) Sim ( )Não 18) A empresa promove alguma confraternização ou momentos de convívio no local de trabalho. ( ) Nunca ( ) As vezes ( ) Frequentemente 19) ( 20) ( 21) ( Você se considera uma pessoa motivada para trabalhar na empresa. ) Sim ( ) Não A direção da empresa houve suas ideias? ) Sim ( ) Não Você tem colaboração do colega de trabalho quando precisa de ajuda? ) Sim ( ) Não 22) Sua empresa possui normas como: horário de entrada e saída do trabalho; data fixa de pagamentos? ( ) Discorda totalmente ( ) Discorda ( ) Nem concorda, nem discorda ( ) Concorda totalmente 23) Você acha que as tarefas no seu ambiente de trabalho são bem distribuídas? ( 24) ( ) Sim ( ) Não Você se sente injustiçado no seu trabalho? ) Sim ( ) Não 25) Se você recebesse uma oferta de trabalho hoje em outra empresa para ganhar o mesmo que você ganha, você trocaria de emprego? ( ) Sim ( ) Não 102 26) ( 27) Existem conflitos na empresa? ) Sim ( ) Não Como você classificaria a execução do seu trabalho para o sucesso da empresa. ( ) Muito importante ( ) Pouco importante