programa de controle médico para alunos dos cursos da f

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PROGRAMA DE ATENÇÃO
À SAÚDE DOS ALUNOS DOS
CURSOS DE GRADUAÇÃO DA
FACULDADE DE CIÊNCIAS
MÉDICAS DA SANTA CASA
DE SÃO PAULO
SSA
SERVIÇO DE SAÚDE DOS ALUNOS
SUMÁRIO
1. RISCOS BIOLÓGICOS......................................................................................................... pág.4
2. ASSISTÊNCIA MÉDICA AOS ALUNOS E AVALIAÇÃO CLÍNICA/LABORATORIAL QUANDO
DO INGRESSO DOS MESMOS NA INSTITUIÇÃO.................................................................. pág. 7
3. PROGRAMA DE VACINAÇÃO PARA PROFISSIONAIS DA SAÚDE................................ pág. 7
4. INFORMAÇÕES SOBRE AS DOENÇAS IMUNO PREVENÍVEIS...................................... pág. 8
5. RASTREAMENTO DE TUBERCULOSE EM PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SAÚDE.... pág. 12
5.1 FLUXOGRAMA CONTROLE DE TUBERCULOSE........................................................... pág. 12
6. CONTROLE DE ACIDENTES POR EXPOSIÇÃO À MATERIAL BIOLÓGICO................. pág. 13
7. FLUXOGRAMA DE ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO..................................... pág. 15
8. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE.................................... pág. 16
9. E.P.I (Equipamentos de Proteção Individual).................................................................... pág. 18
10. REPAM (RETAGUARDA EMOCIONAL PARA OS ALUNOS)........................................... pág.19
11. ANEXOS:
1. CONSULTAS AGENDADAS................................................................................... pág. 20
2. PROGRAMA DE SENSIBILIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE PARA
UTILIZAÇÃO DE TERMÔMETROS DIGITAIS........................................................ pág. 20
12. IMUNIZAÇÕES.................................................................................................................. pág. 22
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Equipe do SSA (Serviço de Saúde dos Alunos)
Dr. Sergio Frenkiel
Coordenador / Médico do Trabalho
Dr. Minoru Koda
Médico Clínico
Dra. Maria Marta Martins
Médica Ginecologista
Dra. Natasha de Malo Senço
Médica Psiquiatra
Dra. Juliana de Albuquerque Venezian Azevedo
Dra. Miriam Abduch
Psicólogas
Maria de Fátima Ferreira Teixeira
Enfermeira
Maria Lucia Silva
Auxiliar de Enfermagem
Elaine Cristina Teruel
Ricardo de Souza Granjeia
Técnicos de Segurança do Trabalho
Rosângela Pereira Togni
Auxiliar de Escritório
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OBJETIVO
A existência do Serviço dos alunos da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de
São Paulo visa dar aos mesmos assistência médica global, suprindo de forma completa suas
necessidades básicas de saúde.
Para que o objetivo seja alcançado existem também programas que visam ações de
atenção à saúde no que concerne à Prevenção de Doenças nas diversas etapas do
desenvolvimento da formação acadêmica do aluno.
PROGRAMAS DE SAÚDE
Os Programas de Saúde da FCMSCSP, através de medidas de ordem médica objetivam,
pela utilização de técnicas e procedimentos adequados, a apuração de existência de doenças
através de:
1. RISCOS BIOLÓGICOS
Este manual tem como finalidade facilitar a compreensão e aplicação da Norma
Regulamentadora NR 32, sobre a proteção dos profissionais da saúde, que por sua atividade
estão ou podem estar expostos a agentes biológicos.
Define-se Risco biológico como um risco ambiental capaz de causar danos à saúde e
integridade física do trabalhador. São causados por microorganismos como bactérias, fungos,
protozoários, parasitas, vírus e bacilos.
Caracterizam-se por apresentar no trabalho executado algum aspecto que envolva contato
com microorganismo biologicamente ativo.
VIAS DE TRANSMISSÃO DOS AGENTES BIOLÓGICOS
Transmissão por contato:
 Indireto: roupas, aparelhos, utensílios
 Direto: fluidos, excreções e secreções
Transmissão por via aérea:
 Gotículas: partículas maiores
 Aerossóis: partículas menores
PRECAUÇÕES PADRÃO
Qualquer matéria orgânica é potencialmente responsável pela transmissão de microrganismos.
Devem ser tomadas precauções, no contato com todos os tipos de pacientes, infectados ou não.


Lavagem de mãos antes e após o contato com mucosas e soluções de continuidade, além
de contato com secreções e outras drenagens corporais.
Luvas para tocar diretamente a matéria orgânica infectante, máscara e óculos como
barreira física no caso de espirrar sangue durante procedimento, e avental para evitar
contato da roupa com a matéria infectante.
4

Cuidado com materiais e roupas sujas de matéria orgânica além de cuidados com perfuro
cortantes descartados em recipientes rígidos também fazem parte destas recomendações
básicas. Como se pode facilmente observar, trata-se de orientações baseadas quase
totalmente em conhecimentos tradicionais de higiene.
PRECAUÇÕES POR ROTAS DE TRANSMISSÃO: Para todos os tipos de precauções por Rotas
de Transmissão, no caso de diagnósticos pelo mesmo microorganismo em pacientes diferentes,
está prevista a possibilidade de compartilharem o mesmo quarto ou enfermaria.
PRECAUÇÕES PARA INFECÇÕES COM TRANSMISSÃO POR CONTATO: São infecções
transmitidas através do contato com um ou mais tipos de matéria orgânica.
O uso de luvas e aventais segue a mesma orientação que para as Precauções Padrões. A
diferença nestes casos é que os microorganismos existentes são sabidamente patógenos
primários. Deve ser evitado o transporte destes pacientes e sempre que for indispensável; se
houver drenagem, deve ser coberta de forma a não extravasar.
O ideal é que materiais de contato direto, como estetoscópio, esfignomanômetros e
termômetros sejam de uso individual; se não for possível, desinfetar com álcool 70% após cada
uso. Exemplos de doenças nesta categoria: Shigella, Hepatite A, rotavírus (contato entérico), Vírus
sincicial respiratório, para influenza, enterovírus (contato por secreções respiratórias), impetigo,
herpes simples, pediculose, escabiose (contato por pele).
PRECAUÇÕES PARA INFECÇÕES COM TRANSMISSÃO PELO AR: São precauções para
doenças transmitidas por partículas que ficam dispersas no ar e é transmitida a longa distância.
Embora não se tenha comprovação de eficácia é recomendado o uso de máscara N95 no
paciente quando o transporte é inevitável, da mesma forma que para paciente com tuberculose. O
objetivo é minimizar a dispersão das partículas. O ideal recomendado para o quarto deste
pacientes. é um quarto individual e ar com pressão negativa.
Entre as doenças nesta categoria estão: Tuberculose, Sarampo, Varicela. Para as duas
últimas é recomendado que pessoas susceptíveis não entrem no quarto.
PRECAUÇÕES PARA INFECÇÕES COM TRANSMISSÃO POR PARTÍCULAS: Devem ser
usado para doenças que podem ser transmitidas por tosse, espirro ou mesmo conversando por
partículas de saliva maiores.
Deve ser utilizada máscara como barreira física para se aproximar do paciente a partir de 1 metro
e meio. O transporte deve ser evitado, mas quando indispensável, colocar máscara no paciente.
Doenças incluídas nesta categoria são: Coqueluche, Rubéola (susceptíveis não devem entrar no
quarto), Influenza, Adenovírus, Meningococo, Micoplasma, Difteria e outras.
Deve ser utilizado quarto individual para estes pacientes.
PRECAUÇÕES EMPÍRICAS: Devem ser tomadas no caso de suspeita de determinadas
infecções escolhendo a PRECAUÇÃO POR ROTA DE TRANSMISSÃO específica (ar, partículas,
ou contato) para a patologia suspeita.
O paciente, adulto ou criança que apresenta síndromes infecciosas altamente compatíveis
com determinados microorganismos e/ou doenças. Exemplos: Meningismo, petéquias, febre =
meningite meningocócica; história de colonização ou infecção por microorganismos
multiresistentes = risco de colonização por multiresistentes; tosse, febre, infiltrado pulmonar em
qualquer localização pulmonar em paciente com HIV + tuberculose.
A decisão das precauções neste caso baseia-se, portanto, na suspeita de uma doença
transmissível ou importante do ponto de vista epidemiológico.
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IMUNODEPRIMIDOS:
A lavagem de mãos é fundamental, já que os imunodeprimidos podem se infectar com
microrganismos da flora endógena. É possível que inadvertidamente pacientes imunodeprimidos
sejam colocados ao lado de infectados.
Com base neste ponto, nos pacientes com neutrófilos abaixo de 500/ml, que teóricamente seria
uma situação em que haveria maior suscetibilidade às infecções, utilizarmos solução antisséptica
para a lavagem de mãos ou álcool após a lavagem com sabão comum. Em situações extrema de
imunodepressão, em que a indicação é de consenso mundial mesmo que não comprovada, como
em Transplante de Medula Óssea, é indicado o uso de aventais.
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
QUANDO LAVAR AS MÃOS
 Antes de iniciar o trabalho e término do trabalho;
 Antes e depois do preparo de materiais e equipamentos;
 Antes e depois de coleta de material para exames;
 Antes de preparar medicação;
 Antes e depois de contato com pacientes;
 Antes e depois de manusear dispositivos instalados nos pacientes;
 Após a remoção de material contaminado;
 Após a remoção de luvas;
 Após usar sanitários.
 Após tossir, coçar qualquer parte do corpo.
 SEMPRE
COMO LAVAR AS MÃOS
 Abra a torneira, molhe bem as mãos e em seguida ensaboe-as com sabão líquido;
 Friccione bem as palmas das mãos, uma na outra;
 Esfregue os espaços formados entre um dedo e outro;
 Ensaboe as unhas, friccionando-as dentro da outra mão;
 Friccione também os polegares de cada uma das mãos;
 Enxágüe as mãos, mantendo-as em forma de concha na posição vertical, retirando
totalmente a espuma e resíduos de sabão;
 Enxugue-as com toalha de papel, iniciando pela ponta dos dedos;
 Feche a torneira com o papel utilizado para enxugar as mãos, sem encostar na pia ou na
torneira.
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2. ASSISTÊNCIA MÉDICA AOS ALUNOS E AVALIAÇÃO CLÍNICA/LABORATORIAL QUANDO
DO INGRESSO DOS MESMOS NA INSTITUIÇÃO.
 Execução de atividades preventivas, visando doenças transmissíveis e endêmicas.
 Estudo clínico/laboratorial dos alunos quando do ingresso na Instituição, avaliando e
determinando riscos individuais, bem como promovendo a saúde dos mesmos.
 Atendimento nas diversas especialidades médicas, diante dos agravos à saúde no decorrer
do curso de graduação.
OPERACIONALIZAÇÃO
a) Registro de todos os alunos no SAME da I.S.C.M.S.P;
b) Elaboração de prontuário médico para cada aluno;
c) Teste Tuberculínico anual;
d) Agendamento de consultas clínicas através de convocação;
e) Consulta médica com clínico e solicitação de exames laboratoriais quando indicados.
f) Imunização conforme programa de vacinação.
g) Agendamento de consultas nas diversas especialidades, com demanda espontânea, sem
necessidade de indicação ou encaminhamento.
AGENTES ENVOLVIDOS
a) Médico Clínico;
b) Médicos de especialidades indicados pelos Departamentos da Diretoria da Faculdade de
Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo;
c) Médicos dos ambulatórios da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo;
d) Recepcionista;
e) Auxiliar de Enfermagem;
f) Enfermeira;
LOCAL
SSA (Serviço de Saúde aos Alunos) - Rua Dr. Cesário Motta Junior, 61 – 12º andar
no horário das 7:30 hs às 17:30hs – fone: 3367-7891.
3. PROGRAMA DE VACINAÇÃO PARA PROFISSIONAIS DA SAÚDE
Cabe ao SSA, através de seus profissionais, a realização de Programa de Vacinação aos
alunos, de acordo com as Normas e Esquemas da Secretaria da Saúde, em vigor e dentro de
suas possibilidades.
Os objetivos fundamentais de vacinação visam:
a) Prevenir doenças relacionadas diretamente com as condições e a ambientes de trabalho;
b) Prevenir doenças que interferem diretamente na capacidade produtiva dos alunos;
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c) Prevenir doenças freqüentemente encontradas na comunidade e que podem afetar o aluno e
seu ambiente de trabalho.
Programas de Vacinação devem constar:
Texto elucidativo sobre a doença, a vacina, e o esquema aplicado, visando à orientação e a
conscientização dos alunos/funcionários.
Distribuição prévia do texto aos alunos.
Aplicação da vacina, de acordo com o esquema em vigor, e dentro das normas técnicas
exigidas.
VACINA
Tríplice viral (SCR) Anti sarampo, rubéola e
Anti cachumba.
Hepatite A
Hepatite B
Dupla bacteriana tipo adulto
Difteria e Tétano
Varicela
ESQUEMA
Dose única
Admissão: 1ª dose
2ª dose: 06 meses
Admissão: 1ª dose
02 mês após a 1ª : 2ª dose
04 meses após a 1ª : 3ª dose
Com vacinação completa > 10anos
01 dose reforço
Sem vacinação completa ou incerta
1ª dose: Admissão
02 meses após a 1ª : 2ª dose
04 meses após a 1ª : 3ª dose
1ª dose
02 meses após a 1ª : 2ª dose
4. INFORMAÇÕES SOBRE AS DOENÇAS IMUNO PREVENÍVEIS
Caxumba: é uma doença viral aguda, caracterizada principalmente por infecção da glândula
salivar parótida, mas com capacidade de produzir infecções generalizadas. Apesar de usualmente
apresentar-se como uma doença leve, podem surgir formas mais severas, com meningite
asséptica, a surdez ou a orquite. O vírus pode ser transmitido por urina ou saliva de seres
humanos infectados e pode ser encontrado em secreções respiratórias antes mesmo de haver
edema da parótida. O período de incubação é de 16 a 18 dias.
Difteria: é uma doença infectocontagiosa aguda, que afeta o trato respiratório superior com a
formação de uma membrana falsa (pseudomembrana) de coloração acinzentada que pode levar à
obstrução das vias aéreas e se estender à traquéia. Pode também promover uma infecção da pele
e acometer outros órgãos devido à disseminação da toxina produzida pela bactéria.
O bacilo da difteria é transmitido por contato interpessoal com pessoas doentes ou com
portadores assintomáticos (pessoas que carregam a bactéria, mas não produzem toxina no seu
organismo), sendo o homem a única fonte de infecção. A transmissão poderá ocorrer por via
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aérea, através da tosse, de espirros ou da fala de pessoas infectadas. O período de transmissão
varia entre 02 e 04 semanas.
Hepatites: Hepatite é uma palavra que descreve a inflamação do fígado que leva à alteração
degenerativa ou necrótica dos hepatócitos. As causas principais são virais, agudas ou crônicas e
também por toxicidade química, iatrogênica ou não. Os principais tipos de hepatite são: hepatite A
(causada pelo HAV), hepatite B (causada pelo HBV), hepatite C (causada pelo HCV), hepatite D
(causada pelo HDV) e hepatite E (causada pelo HEV). Os principais sintomas são: febre, malestar, enjôo, anorexia, vômitos, acolia fecal (clareamento das fezes), colúria (urina escura),
podendo haver ainda icterícia, mialgia, dores articulares e diarréia.
A transmissão da hepatite A é fecal – oral e ocorre ou por ingestão de água ou de alimentos
contaminados, ou ainda, por contato direto com indivíduos infectados. O quadro clínico é agudo e,
geralmente auto – limitado, raramente é fatal, mas pode cursar de forma mais grave,
principalmente quando acomete adultos, com possibilidade de evolução para hepatite fulminante
com alta mortalidade. A transmissão vertical (de mãe para filho) ou a transmissão por saliva
nunca foram observadas.
A transmissão da hepatite B se dá por contato com fluidos e secreções corporais de indivíduos
portadores do VHB. Comparado ao vírus HIV, o VHB é 100 vezes mais infeccioso. O período
médio de incubação é de 120 dias, que corresponde ao tempo entre a entrada do vírus no
organismo e o início dos sintomas. A transmissão do VHB pode ser vertical ou perinatal: (de mãe
para filho no momento do parto); sexual por contato hétero ou homossexual (aumenta com o
maior número de parceiros e parenteral (por intermédio de sangue ou de derivados
contaminados).
Influenza (Gripe): é uma doença contagiosa aguda do trato respiratório, de natureza viral que se
dissemina rapidamente entre as pessoas. Classicamente, apresenta-se por início abrupto de
febre, mialgia (dor muscular) e tosse seca e, em geral, tem evolução auto-limitada, de poucos
dias. A transmissão se dá através das vias respiratórias, quando indivíduos infectados transmitem
o vírus a pessoas susceptíveis, ao falar, ao respirar e ao tossir, através de pequenas gotículas de
saliva. O vírus pode manter sua infectividade por até 24 horas no ambiente.
Um indivíduo adulto infectado pode transmitir o vírus desde dois dias antes do inicio dos sintomas,
até cinco dias após o contagio. Apesar de a transmissão inter-humana ser a mais comum, já foi
documentada a transmissão direta do vírus, a partir de aves e de suínos para o homem.
Raiva: é uma infecção do cérebro causada por um vírus, transmitida por mamíferos que são os
únicos animais suscetíveis ao vírus. O cão continua sendo o principal responsável pela
transmissão, mas não podemos desconsiderar a transmissão que ocorre através de gatos,
morcegos, raposas, etc. A transmissão da raiva se dá pela penetração do vírus contido na saliva
do animal infectado, principalmente pela mordedura e, mais raramente, pela arranhadura e pela
lambedura de mucosas.
A pele intacta é uma barreira importante, mas as mucosas são permeáveis ao vírus mesmo
quando intactas. O vírus também pode ser transmitido pelo contato indireto da saliva do animal
infectado, através de objetos contaminados, com ferimentos preexistentes na pele ou pela
lambedura de ferimentos.
O período de transmissibilidade nos cães e nos gatos, isto é, o período de eliminação de vírus
pela saliva se dá de dois a cinco dias antes do aparecimento dos sinais clínicos, persistindo
durante toda a evolução da doença. A morte do animal ocorre, em média, entre cinco a sete dias
após a apresentação dos sintomas, por isso a recomendação de observação por 10 dias. Já o
período de incubação no cão é de 10 a 60 dias.
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Rubéola: geralmente, tem curso benigno, porém é importante, do ponto de vista epidemiológico,
pelo risco de infecção em gestantes e ocorrência da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) e
suas complicações, tais como: abortos (perda fetal com menos de 20 semanas de gestação),
natimortos (nascimento do feto morto), surdez, cegueira, retardo mental e cardiopatias congênitas
(doenças do coração desde o nascimento).
A rubéola ocorre através de contato com as secreções nasofaríngeas de pessoas infectadas.
A infecção ocorre por disseminação de gotículas ou através de contato direto com os pacientes. A
transmissão indireta, mesmo sendo pouco freqüente, ocorre mediante contato com objetos
contaminados com secreções nasofaríngeas, sangue ou urina.
O período de incubação é de 14 a 21 dias, e dura, em média, 18 dias. O período de
transmissibilidade da doença inicia-se cerca de cinco dias antes do exantema e estende-se até
sete dias após.
Sarampo: é uma doença infecciosa aguda muito comum na infância, de natureza viral, grave,
transmissível e extremamente contagiosa.
O vírus é transmitido diretamente de pessoa a pessoa, através das secreções nasofaringeas
expelidas ao tossir, ao espirrar, ao falar ou ao respirar. Essa forma de transmissão é responsável
pela elevada contagiosidade da doença. Tem sido descrito, também, o contagio por dispersão de
gotículas com partículas virais no ar em ambientes fechados como, por exemplo: escolas, creches
e clínicas. O período de incubação da doença é de oito a treze dias, desde a data de exposição
até o inicio da febre, e, cerca de 14 dias até o inicio do exantema. Já o período de
transmissibilidade se estende desde pouco antes do inicio do período prodômico (sintomas
inespecíficos da doença) até o quarto dia de exantema.
Tétano: doença infecciosa aguda não-contagiosa, causada pela ação de toxinas produzidas pelo
bacilo Clostridium tetani no sistema nervoso central que provoca um estado de
hiperexcitablilidade. É encontrado na natureza sob a forma de esporo em adubo animal, espinhos
de arbustos, águas putrefatas, pregos enferrujados, instrumentos de trabalho ou latas
contaminadas com terra, fezes de animais ou humanas. Atinge o homem quando seus esporos
penetram através de ferimentos, escoriações, queimaduras, etc. Os sintomas que podem ser
vistos são hipertonia dos músculos, causando trismo e riso sardônico; rigidez na nuca; disfagia;
hiperextensão de membros; abdome em tábua, opistótono e insuficiência respiratória., podendo
levar ao óbito.
Varicela: a infecção pode ser transmitida desde dois dias antes do início do exantema (manchas
puntiformes na pele) até o momento em que todas as lesões estejam em fase de crosta (camada
superficial e dura que se forma sobre uma ferida, “casquinha”) A intensidade e a severidade do
exantema são muito variáveis na varicela. Em geral, um número maior de lesões e maior
gravidade ocorrem em adolescentes, em adultos e em casos secundários de contatos
domiciliares, provavelmente refletindo contatos mais íntimos e prolongados. Indivíduos infectados
que apresentam varicela devem permanecer no domicílio até que todas as lesões estejam em
fase de crosta, o que ocorre, em média, do 7º ao 10º dia.
Os cuidados básicos de higiene devem ser mantidos, e, especialmente as unhas devem estar bem
aparadas e limpas para evitar contaminação na ferida.
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Referências Bibliográficas
Obs: Saiba mais sobre estas doenças consultando.
VACINAÇÃO DE TRABALHADORES ADULTOS SAUDÁVEIS 2006 (ANAMT)
*Brasil, Ministério da Saúde; Fundação Nacional da Saúde; Centro Nacional de Epidemiologia.
Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. Brasília; Ministério da Saúde, 1999, p. 77-78.
*Brasil, Ministério da Saúde; Fundação Nacional da Saúde; Centro Nacional de Epidemiologia.
Manual de Vigilância de eventos adversos Pós-vacinação. Brasília; Ministério da Saúde, 1998.
*Brasil, Ministério da Saúde; Fundação Nacional da Saúde; Centro Nacional de Epidemiologia.
Manual de Normas de Vacinação. Brasília; Ministério da Saúde,2001.
*Brasil, Ministério da Saúde; Manual de Procedimentos para os Serviços de Saúde – Doenças
Relacionadas ao trabalho. Brasília; Representação no Brasil da OPAS/OMS e Ministério da
Saúde, 2001.
*Brasil, Ministério da Saúde; Uma Análise da Situação de Saúde. Secretaria de Vigilância em
Saúde, Serie G: Estatística e Informação em Saúde. 1ª Edição Disponível em
WWW.saude.gob/svs.
*Brasil, Ministério da Saúde; Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – RDC no 306,
de 7 de dezembro de 2004.
*Brasil, Ministério da Saúde; Fundação Nacional da Saúde. Manual de Centros de Referência de
Imunobiológicos Especiais. Disponível em http://dtr2001.
saúde.gov.br/svs/pub/pdfs/manual_cries.pdf. Acessado em 24 jun.2004.
*Brasil, Ministério da Saúde; Fundação Nacional da Saúde. Situação de prevenção e controle das
doenças transmissíveis no Brasil. Disponível em
http://dtr2001.saude.gov.br/svs/epi/pdfs/situacao_doencas.pdf. Acesso em 21 jun. 2004.
*Centers for Disease Control and++mmittee on Immunization Practices (ACIP) and the American
Academy of Family Physicians (AAFP). MMWR Recomm Rep 2002; 51 (RR-2): p.1-35.
*Centers for Disease Control and Prevention, “Morbility Weekly report”, Recommendations and
Reports, April 14/vol.49/ No RR-3, 2002.
*Centers for Disease Control and Prevention. Prevention and control of influenza.
Recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP). MMWR 2004,53:
p.1-39.
*Guidelines for Preventing Health-Care-Associated Pneumoniae.MMWR,2003. March 26,53
(No.RR-3) 2004
*Oliveira MAC, Takahashi RF.Questões práticas relacionadas à aplicação de vacinas. In: Farhat
CK, Carvalho ES, Weckx LY, Carvalho LHFR, Succi RCM. Imunizações Fundamentos e Práticas.
4 ed. São Paulo: Atheneu; 2000. p. 137-48.
11
5. RASTREAMENTO DE TUBERCULOSE EM PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SAÚDE
Investigação e identificação de infecção por TB em profissionais de saúde através de
realização de inquéritos tuberculínicos para todos os alunos dos cursos de graduação.
 Questionário (informação de infecção prévia, domiciliar, BCG), etc.
 Avaliação dos reatores fortes (clínica, Raio x de tórax);
 Revisão de resultados prévios de PPD, novo teste nos fracos/ não reatores anualmente;
 Aplicação por enfermagem “aferida” de injeção de 2 UTS de PPD RT 23 por via ID;
 Leitura com 48 a 72 horas.
5.1 FLUXOGRAMA CONTROLE DE TUBERCULOSE
PPD
≥ 10mm
00mm / 04mm
Solicitar
Questionário e
Raio x Tórax
Novo PPD
Booster
≥ 10mm
Tratar se
doente
00mm / 09mm
Observar
PPD
anual
Questionário no
último ano da
Graduação
≥ 10mm
Tratar se
Doente
Quimioprofilaxia
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6. CONTROLE DE ACIDENTES POR EXPOSIÇÃO À MATERIAL BIOLÓGICO
Todos os acidentes que envolvam contato com membranas mucosas, pele e acidentes
percutâneos com sangue ou outros materiais biológicos de pacientes com os alunos dos cursos.
OPERACIONALIZAÇÃO
1)
2)
3)
4)
5)
Obrigatoriedade de notificação da exposição ocupacional ao preceptor imediatamente;
Orientação aos alunos acidentados;
Assistência médica aos expostos;
Acompanhamento clínico/sorológico;
Coleta de sangue.
AGENTES ENVOLVIDOS
a)
b)
c)
d)
Médico do Trabalho
Auxiliar de Enfermagem;
Enfermeira;
Pronto Socorro ISCMSP.
ATENDIMENTO AOS ACIDENTES COM EXPOSIÇÃO
INTRODUÇÃO.
Os profissionais da saúde estão constantemente sob o risco de um acidente de trabalho
envolvendo sangue ou outros líquidos orgânicos potencialmente contaminados, que podem
resultar em uma infecção por agentes infecciosos tais como o vírus da Imunodeficiência Humana
(HIV) e os vírus das Hepatites B e C.
Os acidentes com material biológico ocorrem habitualmente através de picadas de agulhas,
ferimentos com material ou instrumentos cortantes (acidentes percutâneos), contato direto das
mucosas ocular, nasal, oral ou pele com sangue ou materiais orgânicos contaminados.
As seguintes recomendações servem para orientar e criar um sistema que permita notificar
rapidamente a ocorrência destes acidentes, avaliar o risco da infecção decorrente dos mesmos,
informar sobre as condutas que devem ser adotadas, monitorar os efeitos colaterais do tratamento
e posteriormente determinar se houve ou não infecção pelos vírus HIV e das Hepatites B e C.
Materiais Biológicos que oferecem risco de transmissão de HBV, HCV e HIV
• Sangue e derivados, sêmen, líquor, secreções cérvico-vaginais, secreções e excreções
com sangue visível, líquido peritoneal, líquido amniótico, líquido pleural líquido sinovial, líquido
pericárdico.
Materiais Biológicos que NÃO oferecem risco de transmissão de HBV, HCV e HIV (exceto se
contiverem sangue)
• Urina, fezes, leite humano, saliva, secreções nasais, pus, suor, lágrimas ou vômito.
1. CUIDADOS LOCAIS IMEDIATOS APÓS O ACIDENTE:
1.1 Contatos com a pele com ou sem ferimentos de material biológico:
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Lavar a superfície atingida com água e sabão.
Não espremer o local ferido.
Não usar substâncias cáusticas! (ex.: Hipoclorito de Sódio)
1.2 Contatos de material biológico com mucosas, olhos, nariz e boca.
Lavar as mucosas afetadas com água comum, soro fisiológico 0,9%.
Não utilizar soluções germicidas.
1.3 Acidentes pérfuro-cortante com material biológico
Lavar a superfície
hemostasia/sutura.
atingida
com
água
e
sabão
e,
quando
necessário,
fazer
2. NOTIFICAÇÃO IMEDIATA DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
2.1. Através de Comunicação de Acidente com Material Biológico, o professor encaminha o
aluno ao Pronto Socorro Central do hospital.
3. MEDIDAS A SEREM TOMADAS QUANTO AO PACIENTE-FONTE:
Investigação epidemiológica e sorológica pelo médico assistente, dos vírus HIV, HIVrápido,
hepatite B (HBV) e hepatite C (HCV).
4. MEDIDAS A SEREM TOMADAS QUANTO AO ALUNO ACIDENTADO:
 Recomendação de quimioprofilaxia para o HIV
 Imunização para difteria, tétano e hepatite B
 Investigação epidemiológica, sorológica e acompanhamento clínico-laboratorial do aluno
acidentado quanto à eventual infecção pelo vírus HIV e/ou HBV e/ou HCV, pelo médico do SESMT.
 Preenchimento do Questionário de Acidentes com Material Biológico pelo acidentado no SESMT.
 Avaliação clínica imediata e orientação quanto ao seguimento, se ocorrerem sinais e/ou sintomas
de infecção aguda pelo vírus HIV, HBV, ou HCV.
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7. FLUXOGRAMA DE ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO
Aluno se acidenta
Comunica ao professor
responsável
(a) Providência:
(b) Coleta de exames do paciente fonte HIVR - HIV – HCV
(c) HBV (HBs Ag, Anti HBs, AHBCT)
Laboratório Central
Resultado
HIV Rápido
Acidentado Comparece com
resultado HIVR
SESMT da
FCMSCSP
EM CASO DE DUVIDAS:
1º Dia Útil
Após o
acidente
PSCT
Pronto Socorro Central
Térreo
SSA-Faculdade: 3367-7891
Laboratório Central – ramais 7370- 5192
15
8. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Consiste em um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir
de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de
resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente,
visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do
meio ambiente.
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE SAÚDE.
 Resíduos Grupo A infectantes: materiais de locais de isolamento, laboratórios, anátomopatológico sangue humano, resíduos cirúrgicos, resíduos perfurantes, e restos de animais
contaminados.
 Resíduos Grupo B: farmacêuticos e resíduos químicos sobras de medicamentos.
 Resíduos Grupo C: resíduos radioativos
 Resíduos Grupo D comuns: iguais aos gerados em domicílio.
 Resíduos Grupo E Perfuro-cortantes: materiais perfuro-cortantes ou escarificantes.
PROCEDIMENTOS:
Segregação: Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de
acordo com as características físicas, químicas, biológicas, o seu estão físico e os riscos
envolvidos.
Acondicionamento: Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou
recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura.
Transporte: Consiste no transporte dos diversos tipos de resíduos, da fonte geradora até o local
de armazenamento temporário dos resíduos, com roteiros e horários definidos.
REGRAS DE ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOS (ISCMSP)



Materiais cortantes ou perfurantes: desprezar nas caixas adequadas resistentes.
Resíduos infectantes: saco plástico branco leitoso impermeável com timbre.
Todo recipiente tem que ser fechado quando 2/3 de sua capacidade estiverem preenchidos.
REGRAS DE COLETA DE RESÍDUOS
 Utilizar obrigatoriamente os Equipamentos de Proteção Individuais (E.P.I.) recomendados, por
exemplo, calça, jaleco, boné ou gorro, óculos, máscaras, avental de PVC ou plástico, luvas e
botas.
 Proibido despejar o conteúdo da lixeira em outro recipiente.
 Observar a cor do saco para o tipo de resíduo.
 Fechar totalmente o saco, amarrando-o, para não vazar.
 Não transportar resíduos infectantes junto com resíduos comuns.
 O transporte deve ser realizado em sentido único com roteiro e horários pré-definidos.
 Não abrir portas ou pegar em outros materiais não contaminados com as mãos enluvadas.
 No fim do período os E.P.I.’s , devem ser descontaminados.
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Instruções para o manuseio e acondicionamento de materiais nas caixas de coleta de
material descartável
 É obrigatório o uso de luvas no manuseio e acondicionamento de resíduos infectantes e/ou
materiais pérfuro-cortantes.
 As caixas deverão ser acomodadas de acordo com as instruções.
 As caixas devem ser colocadas na sala de serviço em local adequado e de fácil acesso.
 Toda caixa tem que ser fechada de forma a não possibilitar vazamento.
 Toda caixa tem que ser fechada quando 2/3 de sua capacidade estiver preenchida. Mesmo
que não preenchida deverá ser retirada do departamento diariamente ao coletor de lixo.
 Lavar as mãos antes de colocar as luvas e depois de retirá-las.
 Todo resíduo e/ou materiais pérfuro-cortantes deverão ser acondicionados próximos ao local
onde estiver sendo realizado o trabalho.
DEPOSITAR NESSA CAIXA:

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
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

Seringas de plástico
Agulhas hipodérmicas
Restos de fios de sutura com agulha
Scalps
Cateteres de venosecção
Lâmina de barbear e de bisturi
Mandril de intracath e cateter intravenoso
Ampolas e frascos quebrados
Lâminas de microscopia
Outros materiais perfuro-cortantes.
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9. E.P.I (Equipamentos de Proteção Individual)
Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora NR-06 da Portaria nº 3.214/78 do
MTE. Considera-se EPI todo dispositivo de uso individual de fabricação nacional ou importado,
com CA (Certificado de Aprovação), utilizado pelo aluno, destinado a proteger de riscos a saúde e
sua integridade física.
Os E.P.Is evitam lesões ou minimizam sua gravidade, em casos de acidente ou exposição
a riscos, também, protegem o corpo contra os efeitos de substâncias tóxicas, alérgicas ou
agressivas, que causam as doenças ocupacionais.
Cabe a Instituição:
 Fornecer ao aluno EPI adequado a sua função e ou exposição;
 Orientar e treinar sobre o uso adequado guarda e conservação;
 Emitir Ficha de EPI com o nome e número de CA.
Cabe ao aluno:




Utilizar os E.P.Is apenas para a finalidade a que se destina;
Assinar Ficha de EPI, quando do recebimento do mesmo;
Responsabilizar-se pela guarda e conservação;
Comunicar qualquer alteração que o torne impróprio para o uso.
LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS:
Óculos:
Óculos de segurança para proteção dos olhos contra respingos de produtos químicos e
secreções, ex: sangue.
EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA:
Respirador:
Respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra partículas de gases
emanados de produtos químicos.
RISCOS AMBIENTAIS
Consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos
ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou integridade e tempo de
exposição, são capazes de causar danos à saúde.
Riscos Físicos: Exposição do trabalhador às diversas formas de energia. Ex: Ruído; Radiações
Ionizantes e Não-Ionizantes;
Riscos Químicos: Exposição do trabalhador a substâncias que possam penetrar no organismo. Ex:
Poeiras; Gases e Vapores.
Riscos Biológicos: Possibilidade de exposição do trabalhador a microorganismos. Ex: Bactérias,
Fungos, Vírus, Bacilos e Protozoários.
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10. REPAM (RETAGUARDA EMOCIONAL PARA OS ALUNOS)
O “REPAM” (Retaguarda Emocional Para os Alunos) tem como objetivo geral oferecer um
espaço, formal e protegido, de escuta e compreensão para as questões emocionais que, no
percurso de formação, possam dificultar o bem estar e o desenvolvimento do aluno como pessoa
e futuro profissional.
Entre seus objetivos específicos propõe-se a:
1. Receber e acolher para um primeiro contato todo aluno que deseje conhecer o serviço após
sua divulgação na instituição a cada ano letivo.
2. Atender em psicoterapia breve, de tempo e objetivos limitados, aqueles alunos cuja
problemática possa ser enquadrada no critério de crise (um desajuste temporário e focal
que o esteja impedindo de realizar de forma satisfatória sua formação).
3. Orientar e encaminhar para serviços e profissionais externos à instituição aqueles
problemas ou questões que necessitem de abordagens em longo prazo.
Um aspecto fundamental a ser destacado quanto ao seu objetivo e funcionamento diz
respeito a avaliação dos alunos: O Serviço Não Realiza Peritagem, isto é, não avalia os alunos
da faculdade no sentido de oferecer laudos quanto à sua condição de permanecer ou não no
curso. Quando tal necessidade aparecer, profissionais de outras escolas médicas são acionados
para uma consultoria externa, ficando assim preservada a característica fundamental de suporte e
assistência do serviço.
O “REPAM” garante três aspectos essenciais para o seu trabalho de suporte aos alunos:
1. Independência em relação a todos os departamentos da faculdade.
2. Ser desvinculado de qualquer conseqüência para o histórico escolar do aluno.
3. Sigilo.
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11. ANEXOS:
ANEXO1
Consultas Agendadas:
Solicitamos a comunicação com antecedência de 24 horas caso não possa ir a uma consulta
agendada.
ANEXO 2
PROGRAMA DE SENSIBILIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE PARA UTILIZAÇÃO DE
TERMÔMETROS DIGITAIS
Introdução: As doenças ocupacionais e os acidentes de trabalho constituem um problema de
saúde pública mundial e faz-se necessário garantir uma execução satisfatória e de qualidade das
ações com material biologicamente ativo e produtos químicos prejudiciais à saúde, bem como em
decorrência do número de acidentes com estes materiais e objetos contaminados, há uma
necessidade e obrigatoriedade de se notificar aos profissionais de saúde os riscos a que estão
expostos, bem como as medidas que devam ser tomadas nos casos de acidente.
Objetivo: orientar todos os profissionais de saúde a reconhecer, executar e multiplicar as ações
referentes ao uso de mercúrio no seu ambiente de trabalho.
O mercúrio (Hg) é o único metal encontrado na forma líquida em condições de temperatura
e pressão normais, formando vapores incolores e inodoros.
Os efeitos biológicos deste metal e seus derivados são extremamente variados,
abrangendo desde efeitos citológicos e reprodutivos (principalmente teratogênicos) até
neurológicos.
Os centros de formação de recursos humanos (universidades e escolas) geram cerca de
1% dos resíduos perigosos em um país desenvolvido como os Estados Unidos.
Na União Européia 80-90% de todo o mercúrio usado em instrumentos de medição e
controle é usado em termômetros clínicos e de uso doméstico.
Estima-se em cerca de 30 toneladas de mercúrio a entrar anualmente no ciclo só através
da aplicação em termômetros.
É extremamente difícil manter os instrumentos de medição para usos domésticos fora do
fluxo de resíduos.
Os instrumentos domésticos têm substitutos a preços idênticos e o processo de substituição
está já razoavelmente avançado em alguns países.
RESOLUÇÃO-RE Nº 16, DE 6 DE JULHO DE 2004.
Proibe a utilização de equipamentos que utilizem coluna de mercúrio em sistemas abertos
para medição e monitoramento de pressão arterial invasiva, nos serviços de saúde.
PRONAEM – Programa Nacional de Erradicação do Mercúrio.
Recomendação Técnica do MTB e Emprego (26/05/2006).
Proibe a utilização de equipamentos que utilizem coluna de mercúrio em sistemas abertos
para medição e monitoramento de pressão arterial invasiva, nos serviços de saúde.
Promover ações de sensibilização da população para a necessidade de evitar a
manipulação de termômetros de mercúrio descuidada particularmente pelas crianças.
Medidas de Ação
Promover ações de informação e formação com vista à sensibilização dos profissionais
para a vantagem de substituição progressiva dos termômetros de mercúrio.
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Promover a redução de utilização pelos alunos e docentes de termômetros de mercúrio por
outros dispositivos que cumpram o mesmo objetivo através de substituição progressiva.
Promover inclusão de informações, no currículo escolar, das lesões orgânicas decorrentes
da exposição ao mercúrio.
Portanto, a partir de 2007 iniciaremos a erradicação destes equipamentos, incluindo os
nossos graduandos que deverão utilizar termômetros digitais e esfigmanômetros sem coluna de
mercúrio.
PROCEDIMENTOS EM CASO DE DERRAME DE MERCÚRIO
o
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o
o
Retirar as pessoas do local
Fechar portas e janelas
Desligar sistema de ventilação ou ar condicionado
Utilizar EPI- (luvas e máscara PFF2)
Recolher os restos de vidro em toalha de papel e colocar em recipiente duro.
Localizar as “bolinhas de mercúrio” e juntar com cuidado utilizando papel cartão ou
similar
Recolher os restos de vidro em toalha de papel e colocar em recipiente duro
Recolher as gotas de mercúrio com uma seringa sem agulha.
Para coletar as gotas menores pode se utilizar fita adesiva
Transferir o mercúrio recolhido para um recipiente de plástico duro e resistente, fechar e
rotular. • A rotulagem dos recipientes deve conter a informação de resíduo perigoso
contendo mercúrio
Realizar a limpeza com hipoclorito de sódio ou outro produto que retire o mercúrio.
Todos os materiais contaminados utilizados no procedimento devem ser colocados em
recipientes e rotulados.
Após os procedimentos de descontaminação abrir as portas e janelas e ventilar por um
período mínimo de 24 horas após a limpeza.
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12. IMUNIZAÇÕES
Dentro do Programa de Prevenção de Acidentes com Material Biológico da Irmandade da
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, quanto às precauções no sentido de evitar acidentes
do trabalho ou doenças ocupacionais, é obrigatório o cumprimento do Programa de Imunizações
instituído pelo SSA, e de acordo com o item 32.2.4.17.5, da NR-32.
Tendo em vista o disposto na legislação, ficam os alunos e professores informados que:
1) - Todos os que trabalham, ou irão trabalhar, em atividades que impliquem no risco de
contaminação acidental com material biológico (sangue, secreções, excreções, etc.), devem ter
ciência de que sob determinadas circunstâncias, podem resultar na aquisição de doenças.
2) - A utilização de Equipamentos de Proteção Individual (Máscara de proteção respiratória,
Óculos de proteção contra respingos, Aventais e luvas impermeáveis), desde que tal utilização
ocorra de forma adequada, atenua, mas não elimina o risco de transmissão de biológicos.
3) - As vacinas são a única forma de proteção completa contra determinadas doenças, para
até 95% das pessoas vacinadas;
4) – As unidades básicas de saúde (UBS), e o Serviço Saúde dos Alunos (SSA),
disponibilizam vacinas a todos os alunos que trabalham em contato com material biológico.
5) - Aqueles que aceitarem fazer a aplicação das vacinas devem comparecer ao SSA para
recebê-las;
6) - Aqueles que NÃO aceitarem fazer a aplicação das vacinas devem assinar um Termo de
Responsabilidade por sua decisão;
TERMO PÓS-INFORMADO
DE CONSENTIMENTO
DE RECUSA
Eu __________________________________________________________, declaro estar ciente,
dos benefícios que terei com a vacinação, tendo recebido informações que considerei suficientes
sobre as mesmas, e estando de acordo com minha
INCLUSÃO
EXCLUSÃO
No programa de vacinação da instituição, que consiste na imunização contra Sarampo, Rubéola,
Caxumba (MMR), Tétano e Difteria (Dupla adulto), Varicela e Hepatite A e B, acompanhamento
sorológico e controle de tuberculose com PPD anual.
Comprometo-me a aplicar todas as doses de vacina necessárias, estando ciente de que a
interrupção da vacinação, sem justificativa, contraria as diretrizes de Saúde e Segurança no
Trabalho propostas pela instituição e do Programa de Prevenção de Acidentes com Material
Biológico da Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho e da NR-32 (item 32.2.4.17.5) – Segurança e
Medicina no Trabalho em Serviços de Saúde.
S. P.___/___/_____
__________________________________________
(ASSINATURA DO ALUNO ou RESPONSÀVEL)
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