ESCOLA INCLUSIVA: Adaptar-se para incluir Dislexia – Referencial Teórico Texto 1: Compreensão da relação entre linguagem oral e escrita O professor deve estar ciente do desenvolvimento e da aquisição normais da linguagem oral e da escrita, processos fundamentais da cognição humana. A intenção neste momento é fornecer subsídios e orientações sobre este desenvolvimento, de maneira sucinta e compilada. Para mais informações, o leitor deve reportar-se à bibliografia sugerida. ● Dos seis aos nove meses o bebê não diferencia fonemas, apenas palavras. Palavras são as unidades mínimas (Vihman, 1993). Inicialmente o bebê reconhece os fonemas bilabiais |p-b-m|, que são mais visíveis enquanto o adulto fala. Ex.: /mamã/, /papá/, /bobô/. Ele é capaz de repeti-las, como num gesto articulatório imitativo, sem intencionalidade de referir-se à mamãe, ao papai ou ao vovô em particular. Porém a ansiedade e o desejo dos pais, acrescidos às intensas repetições, farão os adultos crerem que o bebê os está realmente chamando, o que reforça positivamente o desenvolvimento. ● A partir de um ano, as palavras são aprendidas e faladas – cerca de 50 delas, gravadas de maneira global (Jusczyk, 1993). Ex.: /bola/, /au-au/, /papá chegou/, /qué papá? / Muitas crianças que recebem intensa estimulação são precoces em seu desenvolvimento, sendo capazes de pronunciar muitas palavras e até formar pequenas frases significativas nesta idade. Isto, no entanto, constitui um grupo de exceção, de desenvolvimento precoce, que não deve ser considerado como padrão de normalidade, pelo menos até os dias atuais. Nesta fase, o que mais importa é a recepção de fala da criança, isto é, que seja capaz de compreender e reconhecer a fala, identificando objetos, pessoas e fatos. Portanto, a compreensão vem sempre antes da emissão de fala. Assim, uma criança de um ano que não compreende e não fala o que lhe é solicitado estaria ESCOLA INCLUSIVA: Adaptar-se para incluir atrasada em relação ao esperado para a sua idade, se considerada sua capacidade para a compreensão de fala, porém dentro do esperado em termos de produção de fala. Com o aumento do vocabulário receptivo as percepções passam a ser sublexicais, ou seja, de sílabas (Fowler, 1993). Assim, ela passaria a perceber que /bo/ se repete em /bola/, /bolo/, /bolsa/, /sabonete/, dando um grande avanço no processo de consciência fonológica. ● Com quatro anos o vocabulário passa a três mil palavras e há necessidade de refinar-se a percepção acústica, pois aos sete anos a criança domina 10 mil palavras, e, aos onze, 40 mil palavras (Santos e Navas, 2002). Ex.: /pegue seu sapato azul que está debaixo da cama da mamãe/. As relações espaciais estão envolvidas na comunicação, assim como todo o sistema funcional da linguagem, como partes do corpo, cores, noções temporais, memórias, etc. A criança necessita assimilar informações, acumulá-las, para posterior adaptação aos conteúdos já adquiridos. O fonema surge então como uma unidade implícita, necessária a novas aprendizagens, como a leitura e escrita (Walley, 1993; Metsala, 1997). Ex.: /menino/, /menina/, /cesta/, /certa/, /senta/. ● Por volta de 4-6 anos a criança começa a distinguir e usar masculino-feminino, plurais e preocupar-se com a tonicidade das palavras. Encontra-se no estágio piagetiano pré-operatório final, podendo estabelecer relações de classificação, seriação, inclusão e conservação parcial, fundamentais para a aquisição da leitura, da escrita e do cálculo. A consciência fonológica surge como diferencial para uma aprendizagem da leitura e da escrita segura e eficiente. (Bus e Ijzendoorn, 1999; Capovila e Capovilla, 2002). Ex.: falo /telefone/= articulemas; escuto /t/, /e/, /l/, /e/, /f/, /o/, /n/, /e/= fonemas; e devo escrever todas estas letras= grafemas. Segundo Cielo (2001), as primeiras ESCOLA INCLUSIVA: Adaptar-se para incluir noções de consciência fonológica surgem aos 4-5 anos, devendo estar completas aos 6-7 anos de idade para que o aprendizado da leitura e da escrita sejam bem sucedido. R. Jardini, 2004 ESCOLA INCLUSIVA: Adaptar-se para incluir Texto 2: Identificação precoce da dislexia A dislexia é um transtorno neurobiológico do desenvolvimento que envolve dificuldades no aprendizado da leitura (e soletração) de palavras, apesar da instrução adequada e da inteligência dentro da média (Catts HW,2005, Shaywitz SE,2003). Devido ao papel fundamental da leitura na educação, a dislexia pode impactar significativamente o sucesso acadêmico e o desempenho de um indivíduo. Nos últimos anos, tem sido dedicada considerável atenção à identificação precoce da dislexia. O principal impulso para este trabalho tem sido um crescente número de pesquisas que mostraram que os resultados de leitura de crianças com dislexia podem ser significativamente melhorados se estas crianças forem identificadas precocemente e passarem por uma intervenção adequada (Denton CA, 2003). Os interessados na identificação precoce da dislexia enfrentam um desafio significativo. Como o principal sintoma da dislexia é a dificuldade em aprender a ler palavras, os profissionais e os educadores em geral têm de esperar até que a instrução adequada da leitura da palavra seja dada, antes de ser realizado o diagnóstico de dislexia. Esta prática, muitas vezes, adia a identificação para depois do 3º. ou 4º. ano. Felizmente, uma pesquisa recente revelou “sinais clínicos” e práticas educativas que permitem que os profissionais e educadores identifiquem crianças com dislexia, antes, ou logo no início da instrução formal de leitura. ESCOLA INCLUSIVA: Adaptar-se para incluir Histórico Familiar Um dos primeiros sinais clínicos da dislexia é a história familial de dificuldade de leitura. Pesquisas demonstram que a dislexia, muitas vezes, é hereditária e, desta forma, ocorre na família (Gilger JW,1991). Estas pesquisas mostram que, se um irmão ou pai da criança tem o histórico de dislexia, a criança tem cerca de 40% de chance de ter dislexia também. Alguns estudos sugerem que o risco familial para a dislexia é contínuo ao invés de discreto, (Pennington BF,2001), isto é, não só muitas crianças com histórico familial têm dislexia, mas muitos daqueles que não desenvolvem a dislexia, contudo, apresentam algum déficit menos grave de leitura e em habilidades relacionadas à leitura. Pesquisas comportamentais e de investigação genético-molecular também começam a identificar os genes múltiplos ou os locais associados com a dislexia (Pennington BF,2005). Embora este trabalho esteja progredindo rapidamente, a complexidade dos resultados sugere que ele vai levar algum tempo antes que os “testes genéticos” possam ser usados de uma maneira confiável para identificar crianças de risco para a dislexia (Bishop DVM, 2009). Aquisição da Alfabetização Linguagem e Desenvolvimento da A dislexia tem sido, muitas vezes, classificada como um transtorno do desenvolvimento da linguagem. Uma extensão desta visão sugere que os atrasos ou os distúrbios no desenvolvimento da linguagem nos anos pré-escolares podem ser os primeiros sinais da dislexia. Numerosos estudos têm demonstrado que crianças com dislexia geralmente têm uma história de dificuldades de linguagem oral. Em nosso estudo longitudinal de linguagem e transtornos de leitura, (Catts HW,2005, Lyon GR, 2001), pesquisadores descobriram que as crianças identificadas com dislexia na 2ª. série apresentaram um ESCOLA INCLUSIVA: Adaptar-se para incluir desempenho significativamente menor do que as crianças típicas em medidas de vocabulário, gramática e narrativa no jardim de infância (cinco anos). Embora as crianças com dislexia, em média, apresentarem escores menores do que as crianças típicas em vários aspectos da linguagem, menos de 20% tinham um transtorno severo de linguagem, o suficiente para ser identificada como tendo um distúrbio específico de linguagem. Entretanto, a maioria teve problemas leves de linguagem, e poucas pontuaram acima da média, na medida da capacidade de linguagem em geral (Catts HW, no prelo, 2011). Nossos resultados são consistentes com os outros pesquisadores que examinaram o desenvolvimento da linguagem em crianças ainda mais jovens (dois a cinco anos de idade), que posteriormente foram identificados como tendo a dislexia (Lyytinen H, 2004, Scarborough HA, 1991). “Falantes Tardios” A relação entre o déficit precoce de linguagem e a dislexia é apoiada por investigações que tiveram uma perspectiva diferente. Ao invés de considerar quantas crianças com deficiência precoce de linguagem, podemos perguntar quantas crianças com deficiência precoce de linguagem, posteriormente, vão desenvolver a dislexia. Uma relevante linha de pesquisa analisou os resultados de leitura das crianças referidas como “falantes tardios”. Estas são as crianças que demoram a desenvolver a linguagem e adquiriram menos de 50 palavras aos dois anos. Investigações longitudinais mostraram que os “falantes tardios” são geralmente menos qualificados do que crianças típicas em leitura e soletração ao longo dos anos escolares (Lyytinen P, 2005, Rescorla L, 2005). Entretanto, a maioria dos “falantes tardios” não apresenta problemas de leitura/soletração graves o bastante para serem identificados como disléxicos, a menos que fatores adicionais de risco estejam presentes. Especificamente, pesquisadores mostraram que, quando atrasos precoces de ESCOLA INCLUSIVA: Adaptar-se para incluir linguagem expressiva são combinados com problemas na linguagem receptiva e/ou história familiar de dislexia, as crianças frequentemente têm déficits significativos de leitura e escrita. Assim, “falantes tardios” devem ser considerados um sinal significativo de risco para a dislexia, quando combinado com estes outros fatores de risco (Lyytinen P, 2005). Processamento fonológico e nomeação de letras O processamento fonológico refere-se à avaliação da capacidade de uma criança para armazenar, acessar ou refletir sobre os sons da fala na memória, enquanto as medidas de conhecimento de letras vão avaliar a capacidade de uma criança de nomear ou fornecer o som associado com as letras do alfabeto. Estudos mostram que as medidas destas habilidades durante os anos pré-escolares têm previsão de como será a leitura no período escolar. Pesquisadores relataram que as crianças pré-escolares de alto risco (de risco com base no histórico familial de dislexia), que, mais tarde, desenvolveram dificuldade de leitura, obtiveram desempenho menor de processamento fonológico quando comparados ao desempenho dos escolares de baixo risco e com os pré-escolares de alto risco que não desenvolveram uma dificuldade para a leitura. A consciência fonológica é influenciada pela experiência da instrução/alfabetização (Hogan TP, 2005, Lundberg I, 1991). Quanto mais a atenção das crianças é atraída para as letras como representações dos sons, mais elas se tornam conscientes dos sons da linguagem. Hugh W. Catts e Y-Chih Chan University of Kansas ESCOLA INCLUSIVA: Adaptar-se para incluir Texto 3: Sinais sugestivos de dislexia Relembrando que dislexia constitui um distúrbio específico de aprendizagem relacionado à aquisição da leitura e escrita, não é causada por baixo nível de inteligência, ausência de problemas sensoriais ou neurológicos, possui instrução escolar adequada e oportunidades socioculturais suficientes. O problema não é comportamental, psicológico, de motivação ou social. Tampouco é uma doença: é um funcionamento peculiar do cérebro para o processamento da linguagem. Pesquisas realizadas com exames por imagem do cérebro sugerem que os disléxicos processem as informações de modo diferente. Pessoas disléxicas são únicas, cada uma com suas características, habilidades e inabilidades próprias (Associação Brasileira de Dislexia). Os primeiros sinais estão em sua maioria relacionados à fala. O primeiro sinal de um problema de linguagem (e de leitura) pode ser o de a criança demorar a falar. Quando a criança começa a falar, observe os seguintes problemas: Educação Infantil: - Problemas de aprendizagem e falta de interesse em rimas comuns. - Palavras mal infantilizada. pronunciadas e persistência na linguagem - Dificuldade em aprender e em lembrar os nomes das letras. - Dificuldade em identificar as letras do próprio nome. Transição do Primeiro para o Segundo ano: - Dificuldade em entender que as palavras são compostas por partes (sílabas) e suas partes em sons (fonemas). ESCOLA INCLUSIVA: Adaptar-se para incluir - Incapacidade em associar letras aos respectivos sons. - Incapacidade em ler palavras simples, possuindo apenas uma sílaba. - Reclamações constantes sobre dificuldade em executar a leitura. - Histórico de problemas de leitura nos pais e parentes próximos. Além dos problemas de fala e de leitura, você também deve observar indícios de pontos fortes nos seguintes processos de pensamento de nível superior: - Curiosidade. - Grande imaginação. - Capacidade de descobrir como as coisas acontecem. - Forte envolvimento com ideias novas. - Compreensão do ponto essencial das coisas. - Boa compreensão de novos conceitos. - Maturidade surpreendente. - Grande vocabulário para sua faixa etária. - Satisfação ao resolver quebra-cabeças/problemas. - Talento para a construção de modelos. - Excelente compreensão de histórias que lhe são lidas ou contadas. ESCOLA INCLUSIVA: Adaptar-se para incluir A partir do 3º. ano: FALA - Pronúncia incorreta de palavras longas, desconhecidas ou complicadas. - Ruptura de palavras (omitir ou confundir a ordem das palavras que compõem as palavras). - Discurso não fluente (com longas pausas: hummm). - Uso de linguagem imprecisa (dificuldade em nomear; usa “coisa”, “negócio” para se referir ao que não consegue nomear). - Confusão para localizar palavras que tenham sonoridade semelhante. - Necessidade de tempo para elaborar resposta oral ou incapacidade de dar resposta verbal rápida quando questionado. - Dificuldade em lembrar partes isoladas de informação verbal (memória imediata) – dificuldades em lembrar datas, nomes, telefones ou listas. LEITURA - Progresso muito lento nas habilidades de leitura. - Falta de estratégia para a leitura de palavras novas. - Problemas ao ler palavras desconhecidas: tenta adivinhá-las, falhando na organização dos sons. - Tropeços na leitura de palavras polissilábicas. - Omissão das partes da palavra ao ler. - Medo acentuado de ler em voz alta. ESCOLA INCLUSIVA: Adaptar-se para incluir - A leitura em voz alta é contaminada por substituições, omissões e palavras mal pronunciadas; muito trabalhosa; não é fluente nem suave; lenta e cansativa. - Depende do contexto para compreender o texto, entendendo melhor as palavras no contexto do que isoladamente. - Comprometimento ortográfico. - Problemas de leitura dos enunciados em matemática. - Deveres de casa incompletos; necessita intervenções constantes. - Escrita à mão confusa, mas, quando utiliza ferramenta computacional (editor de textos), há ganhos na rapidez da execução das atividades. - Extrema dificuldade em aprender língua estrangeira. - Falta de entusiasmo e motivação para leitura de livros, frases etc. - Autoestima em declínio, com sofrimentos nem sempre visíveis. - Histórico familiar de problemas aprendizagem de língua estrangeira. de leitura, ortografia e Além dos sinais de problemas fonológicos, há indícios de habilidades nos processos de pensamento de alto nível: - Excelentes habilidades de pensamento: raciocínio, imaginação, abstração. conceitualização, - Aprendizagem mais bem realizada por meio do significado do que pela memória imediata. - Capacidade de entender “o todo”. - Alto nível de compreensão daquilo que se lê para ela/ele. ESCOLA INCLUSIVA: Adaptar-se para incluir - Capacidade de ler e entender em alto nível palavras já aprendidas (isto é, altamente praticadas) relativas a uma determinada área de interesse; por exemplo, se o hobby do disléxico é restaurar carros, ele poderá conseguir ler revistas sobre automóveis. - Um vocabulário surpreendentemente sofisticado no que diz respeito às palavras que ouve. - Excelência em áreas que não dependem de leitura, tais como matemática, computadores e artes visuais, ou excelência em áreas mais conceituais (não voltadas a fatos imediatos), tais como filosofia, biologia, estudos sociais, neurociências e escrita literária. JOVENS ADULTOS e ADULTOS: FALA - Persistência de dificuldades precoces da linguagem oral. - Pronúncia equivocada de nomes de pessoas e de lugares; ignora partes de uma palavra. - Dificuldade para lembrar nomes de pessoas e de lugares e confusão quando os nomes se parecem. - Esforço para lembrar de uma palavra “estava na ponta da língua”. - Falta de loquacidade, especialmente quando está em situação de destaque. - Vocabulário expressivo, oralizado que parece menor do que o vocabulário receptivo, escutado. Hesitação ao pronunciar palavras que possam ser mal pronunciadas. LEITURA - Histórico infantil de problemas de leitura e de ortografia. ESCOLA INCLUSIVA: Adaptar-se para incluir - A leitura se torna mais precisa, mas continua a exigir grande esforço. - Falta de fluência. - Constrangimento causado pela leitura em voz alta. Evita grupos de estudo ou ter que falar em público. - Problemas ao ler e pronunciar palavras incomuns, estranhas ou singulares, tais como o nome das pessoas, de ruas e de locais, nomes de pratos de um menu. - Problemas persistentes na leitura. - Substituição de palavras que não consegue ler por palavras inventadas. - Fadiga extrema depois de ler. - Leitura lenta de quase tudo: livros, manuais, legendas em filmes estrangeiros. - Maus resultados em testes de múltipla escolha. - Muitas horas utilizadas na leitura de material escolar ou de trabalho. - Sacrifício frequente da vida social para estudar. - Preferência por livros com ilustrações, gráficos e tabelas. - Preferência por livros com menos palavras por página ou com grandes áreas em branco entre os parágrafos. - Ortografia que permanece problemática e preferência por palavras menos complexas ao escrever. - Desempenho especialmente fraco em tarefas habituais de escrita. ESCOLA INCLUSIVA: Adaptar-se para incluir Habilidades evidentes nos processos de pensamento de alto nível: - A manutenção das habilidades observadas na época escolar. - Alta capacidade de aprendizagem. - Melhoria observável quando recebe tempo extra nos exames de múltipla escolha. - Excelência observável quando concentrado em uma área especializada. - Excelência na escrita quando o que importa é o conteúdo, e não a ortografia. - Boa articulação ao expressar ideias e sentimentos. - Excepcional empatia, calor humano e preocupação com os outros. - Sucesso nas áreas que não dependem da memória imediata. - Talento para a conceitualização de alto nível e capacidade de apresentar insights originais. - Pensamento global. - Inclinação a pensar de maneira original. - Resiliência observável e capacidade de adaptação. Esses indícios que aparecem ao longo da vida são um retrato da dislexia. Examine-os com cuidado, pense neles e determine se algum está presente em seu aluno, em você ou alguém que conheça. Observe tanto os sinais que indicam deficiências quanto os que indicam habilidades. Identificar as deficiências torna possível localizar a dislexia antes que as crianças comecem a ler e, nos adultos, após terem desenvolvido algum grau de precisão de leitura, ESCOLA INCLUSIVA: Adaptar-se para incluir mas continuando a demonstrar problemas já anteriormente, lendo devagar e com muito esforço. detectados Se você acha que seu aluno, filho ou até você tem algum desses problemas, é importante observar com que frequência e incidência se manifestam. Não é necessário preocupar-se com sinais isolados ou que aparecem muito raramente. Para se preocupar, os sintomas têm de ser persistentes; qualquer pessoa pode, ocasionalmente, pronunciar mal uma palavra aqui e ali ou confundir palavras cuja sonoridade é parecida. O que se deve buscar é um padrão persistente – a ocorrência de um determinado número de sintomas que aparece durante um período prolongado. Isso sim representa a probabilidade de que haja dislexia. Entendendo a Dislexia Sally Shaywitz, 2006