Análise de Acessibilidade dos Sites Oficiais dos Três Principais Candidatos à Presidência do Brasil. Acessibilidade na web é garantir que um site esteja disponível e possa ser utilizado a qualquer momento, de qualquer local, em qualquer ambiente físico ou computacional, a partir de qualquer dispositivo de acesso e por qualquer tipo de visitante/usuário, independentemente de sua capacidade motora, visual, auditiva, mental, computacional, cultural ou social. A acessibilidade na Web é muito importante para as pessoas cegas, pois quando as barreiras são grandes, não conseguem ter acesso às informações e, na maioria das vezes, não possuem outra maneira de conseguir o que procuram. Mas não é só a cegueira, outras deficiências visuais precisam de acessibilidade na Web, como, por exemplo, nos cenários abaixo: Usuário com baixa visão utiliza um software ampliador de tela para fazer uma pesquisa na Internet sobre a crise econômica mundial. Usuário com problemas visuais moderados precisa aumentar o tamanho da fonte do texto para ler um jornal na Web. Um programador daltônico, ao testar um programa Web, precisa alterar o contraste para achar erros em aplicações JavaScript. Além das pessoas com deficiência visual, usuários com deficiência motora, auditiva, cognitiva e de linguagem, e distúrbios do sistema nervoso [1] também precisam muito de acessibilidade na Web (segundo censo em 2000 do IBGE, 14,5% da população brasileira tem algum tipo de deficiência). Vejamos mais alguns cenários em que a acessibilidade é capital: Usuário com paralisia cerebral e grandes dificuldades motoras, utiliza apenas o teclado para navegar pela internet e atualizar seu perfil no Orkut. Deficiente motor, com um mouse adaptado, tenta fazer compras em um supermercado virtual. Tetraplégico, utilizando apenas um ponteiro na cabeça para acessar o teclado, procura por informações sobre células tronco no Google. Usuário destro com tendinite precisa fazer uma pesquisa na Web para sua faculdade e utiliza com dificuldades o mouse com mão esquerda. Um jovem com problemas cognitivos procura na Web por informações sobre seu esporte predileto. Profissional com deficiência auditiva realiza um treinamento à distância onde precisa assistir a vídeos. Mas não são apenas as pessoas com deficiências, temporárias ou não, que precisam de acessibilidade na Web. Dependendo do contexto, todos podem ser usuários de acessibilidade. Para ilustrar um pouco melhor esse conceito, abaixo são apresentados mais alguns cenários: Casal de idosos, já com alguma dificuldade em ler textos e que têm pouca experiência em Internet, tenta comprar passagens aéreas em promoção na Web. Procurando melhorar a experiência ao acessar a internet pelo pequeno monitor do Netbook, homem com 50 anos aumenta a fonte dos textos utilizando seu navegador. Ao procurar informações sobre pós-graduação, uma jovem sente dificuldades em encontrar o que procura no site de uma universidade que possui uma a arquitetura de informação focada na estrutura organizacional da instituição. Uma criança, ainda em fase de desenvolvimento da linguagem, procura por um jogo na Web. Usuário acessa pela primeira vez o sistema de Webmail de seu provedor. Com conexão baixa (via linha discada), usuário tenta comprar um eletrodoméstico em um site de comércio eletrônico. Usuário italiano, sem fluência em português, procura informações sobre a cidade do Rio de Janeiro em um site de língua portuguesa. Usuário em movimento busca os horários do cinema em seu smartphone. Ao entrar no site de uma agência, um executivo não consegue acessar seu conteúdo, pois como o site foi todo desenvolvido na última versão do flash, o navegador precisa atualizar/instalar o plugin. Robôs de busca como o Yahoo, Google, BING, etc., que só indexam textos, procuram por sites com informações sobre a Copa do Mundo de 2010. Principais Leis de Acessibilidade no Brasil. Sancionado em dezembro de 2004, o decreto n° 5.296 [2], em seu capítulo VI, trata especificamente "Do Acesso à Informação e à Comunicação". O artigo nº47 determina que todos os sites e portais de administração pública na Internet deverão ter, obrigatoriamente, suas informações acessíveis para pessoas com deficiência visual (BRASIL, 2004). Assinado em 25 de agosto de 2009, o decreto n° 6.949 [3] promulgou a Convenção Internacional da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (Nova York, 30 de março de 2007), que passou a ter força de lei. Mais abrangente do que o nº 5.296, este decreto determina que todas as empresas e instituições, de administração pública ou privada, devem assegurar o acesso a informação e a comunicação a todas as pessoas com deficiência e, a elas, devem ser oferecidas as mesmas oportunidades oferecidas aos demais. Autoria e Metodologia Empregada nesta Análise. A análise de acessibilidade dos sites oficiais dos três principais candidatos à presidência do Brasil - em ordem alfabética: Dilma Rousseff [4], José Serra [5] e Marina Silva [6] - foi desenvolvida pelos especialistas em acessibilidade: Lêda Lucia Spelta e Horácio Pastor Soares, ambos sócios da Acesso Digital [7]. Empregando uma metodologia própria, que envolveu avaliações quantitativas e qualitativas, foram identificadas as principais barreiras de acessibilidade das páginas iniciais e de algumas páginas internas. Os testes foram realizados entre os dias 6 e 16 de julho e quaisquer alterações realizadas nos sites após este período não foram contempladas nesta análise. Os currículos dos avaliadores estão disponíveis no final deste documento. A descrição de todas as avaliações realizadas nesta análise, assim como seus respectivos resultados, encontram-se na planilha em anexo. Resumo dos Resultados da Análise. Independentemente das análises comparativas, cujos resultados serão apresentados a seguir, é fácil constatar que a acessibilidade do site não foi considerada por nenhum dos três candidatos. Na concepção e construção dos sites, não foram seguidos os padrões web do W3C (World Wide Web Consorsion) [8], nem as diretrizes nacionais [9] e internacionais [10] [11] de acessibilidade. As barreiras de acessibilidade encontradas indicam que nenhum dos três sites foi testado pelos diferentes grupos de usuários que compõem o público alvo; todos apresentam barreiras significativas para que diversos grupos de usuários acessem o seu conteúdo integral e as suas funcionalidades. Resumindo, nenhum dos sites analisados cumpre as leis de acessibilidade. A seguir serão comentados alguns resultados da análise, tais como a performance de download das páginas, erros de padrões web e de acessibilidade detectados por avaliadores automáticos, testes manuais em outras áreas dos sites, como as páginas de biografia dos candidatos, as áreas de contato, multimídia e comentários. Outro quesito muito importante, que também foi avaliado manualmente, é a acessibilidade e facilidade de uso da estrutura e navegação dos sites. Outros detalhes encontram-se na planilha em anexo. Performance dos sites A utilização de páginas de Internet excessivamente pesadas pode representar barreira significativa, mesmo para usuários de banda larga. Mas essa barreira pode se tornar intransponível e economicamente inviável para usuários de Internet com linha discada e com dispositivos móveis com banda e processamento limitados. O Brasil é um país continental e os sites projetados deveriam atender em iguais condições os internautas de todas as regiões do Brasil, de norte a sul, oferecendo a todos o acesso facilitado às suas propostas de governo. Mas não é o que acontece. Ao analisar as páginas iniciais dos três sites através de uma ferramenta automática [12] para avaliar o tempo de download das páginas Web em diferentes conexões e utilizando como referência um acesso a internet de linha discada com velocidade de 56K (capacidade dificilmente alcançada neste tipo de conexão), os três sites apresentaram resultados preocupantes. O site da Marina Silva apresentou o menor tempo em segundos para carregar a sua primeira página (153 segundos), enquanto os sites da Dilma e Serra levaram respectivamente 322 e 400 segundos para carregar. É importante observar que uma pessoa com deficiência visual só pode começar a ler e navegar por estes sites após o último elemento das páginas ser carregado. Avaliações automáticas de acessibilidade e padrões Web. A página inicial de cada um dos sites dos três candidatos foi analisada utilizando softwares avaliadores de acessibilidade [13] [14] [15] e de padrões Web [16] [17], que são programas que detectam o código de uma página Web e fazem uma análise do seu conteúdo, baseados nas recomendações de padrões Web e de acessibilidade do W3C. A partir de um conjunto de regras, os softwares avaliaram o nível de acessibilidade das páginas iniciais dos sites, produzindo relatórios detalhados segundo três níveis de prioridades [18], dos quais os erros de nível 1 são os mais severos. Todos os sites apresentaram erros de acessibilidade nas três prioridades, mas dentre eles, o site da Dilma foi o que apresentou o melhor resultado nos três softwares utilizados. Por exemplo, nos erros de prioridade 1, que são os mais graves, a página inicial do site da Dilma apresentou uma média de 2 erros, enquanto as páginas da Marina e do Serra tiveram, respectivamente, as médias de 18 e 33 erros. Os erros de prioridade 1 impedem que um ou mais grupos de usuários tenham acesso as informações, ou seja, tornam o site inacessível. Utilizaremos como exemplo a página inicial do site do Serra que, dentre as páginas analisadas, apresentou o maior número de erros de prioridade 1. Quando desabilitamos as imagens do site, o resultado é a tela abaixo, onde imagens e links com imagens não podem ser identificados, por não apresentarem nenhum conteúdo alternativo. Usuários com deficiência visual não têm acesso ao conteúdo das imagens, mesmo quando se trata da imagem de um texto. Para ilustrar esse exemplo, publicamos abaixo, lado a lado, duas figuras mostrando a mesma parte da tela inicial do Site do Serra. A figura da esquerda mostra a tela com as imagens normalmente habilitadas. Já a figura da direita, com as imagens desabilitadas, apresenta o conteúdo que é acessado pelos usuários com deficiência visual, que utilizam softwares leitores de telas para navegar. Como as imagens não apresentam texto alternativo, estes usuários não terão acesso à informação. Multimídia. Na área multimídia foi analisado o material de campanha disponibilizado em vídeo, áudio e fotos/imagens e, mais uma vez, fica claro que nenhum dos presidenciáveis se preocupou verdadeiramente com a acessibilidade. Iniciando esta análise pelos álbuns de fotos e imagens, percebe-se rapidamente que nenhum deles está acessível, ou seja, as imagens publicadas ou não têm conteúdo descrito, ou ele não foi feito corretamente. Por exemplo, nos sites do Serra e da Marina, as fotos não apresentam nenhum texto alternativo. Já no site da Dilma, as fotos têm texto alternativo, mas além de não descreverem o conteúdo das fotos, o texto usado como descrição é repetitivo, conforme imagem a seguir: Imagem: parte da página de fotos do site da Dilma mostrando 5 fotos que apresentam a mesma descrição - “Curitiba – PR” - e uma foto com a descrição “Brasília - DF”. Já os conteúdos em vídeo publicados nos sites não apresentam legenda, não têm conteúdo alternativo ao vídeo disponibilizado em texto, nem na língua brasileira de sinais, nem estão disponíveis para download, o que poderia atender grupos de usuários em diferentes plataformas e dispositivos. Além dos problemas já apontados acima, como os vídeos foram incorporados diretamente nos sites utilizando o “player” do Youtube [19], que é proprietário e não totalmente acessível, novas barreiras de uso surgem para alguns grupos de usuários. Por exemplo, nos vídeos disponibilizados no site da Marina, um usuário cego, utilizando as tecnologias assistivas mais modernas disponíveis, só consegue ter acesso pelo teclado aos controles de “play/pause”. Nos vídeos do site da Dilma, o usuário também consegue dar “play”, mas depois que o vídeo começa a tocar, perde o seu controle. Já os vídeos encontrados na página do Serra, como não foram aplicados corretamente, o usuário nem consegue identificar a sua presença. O último item multimídia analisado refere-se aos conteúdos disponibilizados em áudio. O site da Marina não apresentou conteúdo neste formato. No site do Serra, o player utilizado é inacessível para deficientes visuais. Já no site da Dilma, ele está parcialmente acessível. Para download, o usuário não é informado antecipadamente sobre qual é o formato do arquivo que será baixado, seu tamanho e duração. Estrutura e navegação. Alguns dos erros encontrados referem-se à acessibilidade da navegação. Nenhum dos sites analisados oferece facilidades para a navegação pelo teclado sem uso do mouse, como é o caso das pessoas cegas ou com dificuldades motoras. O site do candidato Serra, por exemplo, apresenta menus inacessíveis pelo teclado, além de ter uma estrutura e arquitetura de informação que não facilitam a orientação das pessoas cegas. Nenhum dos sites possui mapa de navegação, nem saltos diretos para o conteúdo da página, nem utiliza os títulos de forma estruturada. A consequência de tudo isso é que muitas pessoas terão que investir um tempo enorme para conseguir se orientar no site e ultrapassar estas barreiras, algumas intransponíveis, impedindo o acesso dessas pessoas às informações disponibilizadas para os demais cidadãos. Mas, se considerarmos a navegação num sentido amplo, nem só quem usa exclusivamente o teclado encontrará dificuldades. Por exemplo, na página principal dos sites dos candidatos Serra e Marina, foram encontrados diversos links que não levam a lugar algum, ou melhor, que levam para uma página com mensagens de erro incompreensíveis para a grande maioria dos internautas. Comunicação. Em tempos de Web 2.0, todos esperam que a plataforma Web seja usada como uma via de mão dupla. É exatamente essa comunicação que torna a internet tão atraente e diminui todas as distâncias entre as pessoas e instituições, sejam elas geográficas, sociais, culturais, etc. Portanto, dos sites oficiais dos candidatos à presidência, esperávamos que o uso deste canal fosse o mais democrático possível, uma porta aberta à comunicação com todos os cidadãos brasileiros. Mas ao analisarmos os sites e os seus respectivos canais de comunicação, percebemos algumas falhas graves. Apesar de todos os sites apresentarem em destaque a área de cadastramento do e-mail de seus usuários/eleitores e de solicitarem outros dados pessoais para a postagem de comentários, não foi encontrado em nenhum dos sites um número de telefone, nem um endereço físico ou eletrônico. A única forma de entrar em contato com os candidatos é através do canal Fale Conosco. Mas mesmo em um simples formulário de contato, os sites não conseguiram cumprir essa missão corretamente. O formulário no site da Marina Silva não está acessível para pessoas com deficiência visual, que utilizam um software leitor de telas. Já no site do Serra, o formulário está apenas parcialmente acessível, pois os usuários não conseguem selecionar os campos “estado” e “assunto”. No site da Dilma, o formulário está acessível, mas como a codificação utilizada foge às recomendações do W3C, pode criar algum problema para outros grupos de usuários. Outro fator importante para a comunicação via internet na era da Web 2.0 é a possibilidade dos usuários comentarem os conteúdos publicados em um site ou blog. No site do Serra, nenhum dos conteúdos pode ser comentado. No site da Marina Silva, é possível comentar tanto as diretrizes de governo, quanto as notícias e artigos publicados em seu blog, integrado ao site. Contudo, por paradoxal que possa parecer, o formulário para comentar no blog está acessível, mas o formulário para comentar as diretrizes do governo, está inacessível. Já no site da Dilma, apenas as notícias podem receber comentários, mas o formulário utilizado não é acessível. Além disto, o usuário precisa se identificar preenchendo outro formulário - que é aberto sobre a janela do navegador - cujo conteúdo está em inglês, conforme imagem a seguir: Biografia. Não foi o objetivo deste trabalho analisar todas as páginas e levantar todas as barreiras de acessibilidade e usabilidade dos sites. Além da página inicial e dos itens já mencionados, foram analisadas as páginas de biografia dos candidatos, por sua relevância para a formação de opinião dos eleitores. A biografia do Serra está completamente inacessível. Além de ser utilizado um formato proprietário (flash) [20], ele não foi desenvolvido com acessibilidade, nem apresenta conteúdo alternativo para ambientes que não suportem o flash. A imagem a seguir mostra a primeira página da biografia do candidato; porém, como o filme em flash ainda estava sendo carregado, o conteúdo não foi disponibilizado, mesmo em uma conexão de banda larga. Além disso, no final da imagem, em destaque, é possível ler o texto: “Clique sobre a barra e arraste para conhecer vários momentos importantes da vida e carreira do José Serra.”, ou seja, apenas usuários que utilizam mouse podem ter acesso à carreira do candidato. Conteúdo em flash sendo carregado. No site da Dilma encontramos uma grande imagem constituída por links mapeados. É possível navegar pelos links através do teclado, mas os conteúdos em texto exibidos na grande imagem, assim como as fotos apresentadas, não estão acessíveis. Já na página da Marina, o conteúdo de sua biografia está acessível, com exceção da imagem com sua foto e o texto “Principal líder socioambiental no Brasil, Marina Silva é um exemplo de superação.” Conclusões. Este artigo, assim como a planilha de resultados com as principais barreiras de acessibilidade e usabilidade identificadas nos testes aplicados, não esgotam os problemas de acesso e uso apresentados pelos três sites dos candidatos a presidência do Brasil. Para garantir que todos os erros fossem identificados, seria necessário que testes ainda mais detalhados fossem aplicados a um número maior de páginas e que fossem realizados testes de uso com outros grupos que compõem o variado público alvo de usuários interessados no governo do nosso país. Apesar disto, consideramos relevantes os resultados que apontaram muitas barreiras de acesso e uso por diferentes grupos de internautas. É importante reafirmar que, apesar de alguns resultados diferenciados entre os sites, as barreiras identificadas são graves e não são exclusividade de um ou outro site de candidato, mas sim de todos os três. Pela análise, podemos garantir que não houve preocupação com acessibilidade na concepção e construção dos sites, e se houve alguma, certamente não foi implementada. Todos os sites apresentam barreiras primárias de acessibilidade e não oferecem nenhuma facilidade de uso aos grupos de usuários que, por exemplo, não podem fazer uso de mouse. Apesar dos resultados, pelo conteúdo/programa apresentado, podemos perceber que há uma preocupação dos candidatos com a acessibilidade, inclusão, etc., mas infelizmente esse discurso não é refletido em seus sites oficiais. Por exemplo, no site do José Serra, encontramos o seguinte trecho no discurso por ele proferido em 12/06, na convenção do PSDB, onde foi indicado para candidato à presidência: "A maioria dos brasileiros quer proporcionar às pessoas com deficiência física a condição de cidadania, com acessibilidade, educação, reabilitação e oportunidades profissionais. Eu também quero." No site da Marina Silva, encontramos o seguinte trecho nas Diretrizes de Governo publicadas, capítulo sobre Princípios e Valores: "d. Transparência e livre acesso à informação - Mais do que abrir as informações sobre os gastos, é preciso dar transparência aos critérios para definição de prioridades de investimento e possibilitar à sociedade o acesso aos dados por meio de protocolos abertos." No site da Dilma, encontramos uma notícia publicada em 07/07/2010, mostrando que, quando o tema inclusão social é usado em discurso, há pouco cuidado e conhecimento quanto ao tema “cegueira”, que é utilizado pela candidata de maneira pejorativa, conforme o trecho a seguir: ‘A candidata à presidência, Dilma Rousseff, aposta na inclusão social como principal instrumento para transformar o Brasil em economia desenvolvida. Não perceber isso, afirmou, foi a maior “cegueira” dos governos que antecederam o PT. “Nós acreditamos que a nossa força está nos 190 milhões de brasileiros”, afirmou Dilma em encontro com prefeitos e empresários da região de São José do Rio Preto, em São Paulo’. Apesar disso, no programa provisório da “Coligação Para o Brasil Seguir Mudando”, entregue ao TSE no dia 5 de julho de 2010 e disponibilizado em formato PDF no mesmo site, encontramos o seguinte trecho: “...21. h) ampliação da inclusão digital, banda larga acessível a setores populares e difusão dos avanços científicos e tecnológicos;...” Se a inclusão digital e social é uma meta real dos três candidatos e não uma mera promessa de campanha, esperamos que este compromisso se manifeste desde agora em atos objetivos, como a democratização dos seus sites e a não discriminação de grupos sociais, como por exemplo os deficientes visuais, auditivos e motores. [1] Livro: Usabilidade na Web: criando portais mais acessíveis – Claudia Dias, 2ª edição, Rio de Janeiro, Alta Books, 2007. [2] Decreto Lei 5.296 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5296.htm%3E [3] Decreto Lei 6.949 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6949.htm [4] Dilma Rousseff http://www.dilma13.com.br [5] José Serra http://joseserra.psdb.org.br [6] Marina Silva http://www.minhamarina.org.br [7] Acesso Digital http://acessodigital.net [8] W3C http://W3.org [9] Recomendações de Acessibilidade para Construção e Adaptação de Conteúdos do Governo Brasileiro na Internet: eMag, Acessibilidade de Governo Eletrônico. https://www.governoeletronico.gov.br/acoes-e-projetos/e-MAG [10] WCAG 1.0 - Web Content Accessibility Guidelines 1.0. http://www.w3.org/TR/WCAG10/ [11] WCAG 2.0 - Web Content Accessibility Guidelines 2.0. http://www.w3.org/TR/2008/REC-WCAG20-20081211/ [12] Web Site Optimization http://websiteoptimization.com/services/analyze [13] DaSilva http://www.dasilva.org.br/ [14] Hera http://www.sidar.org/hera/index.php.pt [15] eXaminator http://www.acesso.umic.pt/webax/examinator.php [16] Markup Validation Service http://validator.w3.org/ [17] CSS Validation Service http://jigsaw.w3.org/css-validator/ [18] Priorities- WCAG - Web Content Accessibility Guidelines 1.0 (W3C). http://www.w3.org/TR/WAI-WEBCONTENT/#priorities [19] Youtube http://www.youtube.com [20] Adobe Flash http://www.adobe.com/br/products/flash/ ACESSO DIGITAL Horácio Soares e Lêda Spelta são sócios da Acesso Digital [ http://acessodigital.net ], uma consultoria criada em 2007 com o objetivo de prestar serviços de qualidade em acessibilidade web. Figuram entre seus clientes a Universidade UNIRIO, a FIOCRUZ, a Prefeitura de Angra dos Reis, a Fundação Roberto Marinho, o Banco Real, o Banco Alfa, CVIRio, o Porto Digital de Recife, o NIC.BR, dentre outros. Um dos principais produtos desenvolvidos pela empresa é justamente a avaliação de acessibilidade de sites. Em 2009, a dupla de especialistas teve um artigo aprovado e apresentado na 1ª. Conferência Web W3C Brasil - TUTORIAL: Metodologia para avaliação de acessibilidade em sites [ https://conferenciaweb.w3c.br/2009/trabalhos/metodologiaavaliacaoacessibilidade.pdf ] Seu vídeo “Acessibilidade Web: Custo ou Benefício?”, lançado em 2007 [ http://acessodigital.net/video.html ] tem sido exibido há mais de três anos por todo o Brasil, em aulas e palestras, em dezenas de universidades, escolas, instituições e cursos para profissionais da web. Apenas no canal de vídeo brasileiro na internet, o Videolog, o vídeo já foi visualizado mais de 100 mil vezes [ http://videolog.uol.com.br/video.php?id=230205 ] Mini currículos dos especialistas: - Horácio Pastor Soares Especialista em design, acessibilidade e usabilidade, tem 13 anos de experiência no desenvolvimento de soluções em Internet, 9 em acessibilidade na Web. É Professor do curso de Análise de Sistemas da ESCM e da Pós-Graduação em Gestão em Marketing Digital da FACHA . Palestrante em eventos renomados no Brasil, como o Rio Info, EDTED, Imasters InterCon, Imasters InterAct, Conferência Web W3C Brasil, IBC - Conferência de Portais Corporativos, Web Expo Fórum, entre outros. É analista de sistemas pela PUC-Rio. Alguns artigos do Horácio: O selo não garante acessibilidade. Acessibilidade: um rio Amazonas entre a teoria e a prática. Como testar a acessibilidade em Websites? (parte 1) E-mail de contato [email protected] Twitter @horaciosoares Lêda Lucia Spelta Psicóloga formada pelo Instituto de Psicologia da UFRJ em 1977. Uma das primeiras pessoas cegas a trabalhar com informática no Rio de Janeiro, em 1974, foi programadora, analista de sistemas, analista de suporte e coordenadora de equipe, em diversas empresas públicas e privadas. Como membro da Comissão Brasileira do Braille , coordenou a elaboração da Grafia Braille para a Informática, unificada para a língua portuguesa. Participou da Comissão de Estudos CE-04/CB-40/ABNT, que elabora proposta de normas técnicas sobre "Acessibilidade para a Inclusão Digital". é membro do Comitê de Ajudas Técnicas e participa da Comissão de Braille Latinoamericana. Trabalha com acessibilidade desde 2001, como moderadora de lista de discussão, instrutora, consultora, autora de artigos e palestrante. Seus principais focos em acessibilidade são a sensibilização e a motivação de empresários e webdesigners, a avaliação de sites, o treinamento e a normatização. Alguns artigos e vídeos da Lêda: Supermercados virtuais: o preço da inacessibilidade Acessibilidade: esse negócio tem futuro? Os sete pecados capitais na elaboração de interfaces digitais As Porcelanas Vídeo da Parte I da Oficina Acessibilidade na Web - ATIID 2005 Vídeo da apresentação do trabalho Padrão DAISY 3 ou Norma ANSI/NISO Z.39.86:2002 - Solução Universal? - ATIID 2005 E-mail de contato [email protected]