Apostila do 2º Ano 2011

Propaganda
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”
ALUNO (a):__________________________________________________, Nº ________
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
site: http://givaldohistoria.webnode.com.br
e-mail: [email protected]
“A História é o estudo orientado cientificamente que analisa o passado e suas
relações com o tempo presente, buscando linhas de ação (transformação) para o
futuro”.
Lucien Febvre
Ribeirópolis –SE
2011
2º ANO
1
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
SUMÁRIO
1 – Esquema dos conteúdos do primeiro bimestre ............................................................................... 03
2 – Esquema dos conteúdos do segundo bimestre ...............................................................................08
3 – Esquema dos conteúdos do terceiro bimestre ................................................................................ 11
4 – Esquema dos conteúdos do quarto bimestre .................................................................................. 13
5 – Questões referentes ao primeiro bimestre ...................................................................................... 17
6 – Questões referentes ao segundo bimestre ..................................................................................... 21
7 – Questões referentes ao terceiro bimestre ....................................................................................... 25
8 – Questões referentes ao quarto bimestre ......................................................................................... 28
9 – Questões de História de Sergipe .................................................................................................... .33
10 – Questões do ENEM ....................................................................................................................... 35
9 – Anexos (mapas) .............................................................................................................................. 41
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
* PRIMEIRO BIMESTRE:
- Revolução inglesa do século XVII;
- O Movimento iluminista europeu;
- Movimentos Nativistas e Pró-Independência do Brasil;
- A Revolução Industrial;
- O Pensamento Liberal;
* SEGUNDO BIMESTRE:
- A Revolução Francesa;
- A Era Napoleônica;
- Insurreição pernambucana;
- Os Estados Unidos no século XIX;
- A Unificação Italiana e Alemã;
* TERCEIRO BIMESTRE:
- A Crise do Sistema Colonial e a Independência Política do Brasil e 1º império;
- A Emancipação Política de Sergipe;
- Regências: reformas e revoltas;
- 1848: Revoluções na Europa e a Praieira no Brasil;
* QUARTO BIMESTRE:
- Segundo Império: economia, política e sociedade;
- Cultura e sociedade em Sergipe no século XIX. A mudança da capital de Sergipe 1855;
- O Imperialismo e o Neocolonialismo;
- A Crise do Escravismo, o Movimento Abolicionista e a Transição para o Trabalho Livre no Brasil;
- A Crise do Império e a Implantação da República: Brasil e Sergipe.
“O principal objetivo da educação é ensinar as pessoas a pensar com autonomia”.
Kant
Bom estudo!!
2
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
HISTÓRIA
SEGUNDA SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
site: http://givaldohistoria.webnode.com.br
e-mail: [email protected]
ESQUEMA DOS CONTEÚDOS
PRIMEIRO BIMESTRE
I - REVOLUÇÕES INGLESAS DO SÉCULO XVII
1 - A Inglaterra no Início do Século XVII
- A Dinastia Tudor.
* A Inglaterra desfrutava uma situação de grande
prosperidade, graças à política mercantilista
(comércio de lã e manufaturas somadas à
pirataria).
- A alta burguesia:
* Acesso à corte;
* Recebiam concessões mercantis da coroa para
formar monopólios e em troca apoiavam a
monarquia.
- A nobreza da terra:
* Apoio à monarquia absolutista;
* Os cercamentos.
- O auge do absolutismo inglês: governos de
Henrique VII, Henrique VIII e Elizabeth I).
2 – Contradições do Absolutismo Inglês
- O crescimento numérico da burguesia:
* A monarquia não conseguia mais assegurar o
acesso de toda a classe às companhias
monopolistas que realizavam o comércio externo;
* Ingresso da nova burguesia no setor
manufatureiro no campo (indústria doméstica).
- A Dinastia dos Stuarts:
* A luta da nova burguesia pela eliminação do
absolutismo e a substituição do mercantilismo pelo
liberalismo econômico.
- A situação dos camponeses:
* As altas de preços e os cercamentos;
* A miséria e a migração do campo para as
cidades;
* As leis contra a vagabundagem e mendicância
criadas pela coroa;
* As rebeliões camponesas.
3 – Religiões e Classes Sociais na Inglaterra do
Século XVII
- As religiões como veículo de expressão de
interesses políticos das classes sociais:
* Católicos e anglicanos – favoráveis à monarquia
absolutista;
* Presbiterianos e puritanos (Calvinistas) –
favoráveis à Monarquia Parlamentar.
4 – A Dinastia Stuart e a Crise do Absolutismo
- A morte de Elisabeth I, 1603:
* Jaime I da Escócia assume o trono;
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
* A formação do Reino Unido da Grã-Bretanha
(Inglaterra, Irlanda e Escócia).
- Jaime I:
* Ausência de habilidade política;
* Teimosia inarredável e grande erudição.
- Obs.: Esses atributos acima lhe valeram a
seguinte avaliação por parte de Henrique IV, rei da
França – “ Jaime I é o imbecil mais sábio de toda a
cristandade”.
* Jaime I desencadeou violenta perseguição aos
católicos e calvinistas visando fortalecer o
absolutismo pela consolidação da religião
anglicana;
* imposição de uma péssima política fiscal e
tributária criando novos impostos e aumentando os
já existentes.
- A Magna Carta e o Parlamento (dissolução do
parlamento em 1614).
- A crise do Absolutismo, morte de Jaime I e a
sucessão de seu filho Carlos I.
- O governo de Carlos I:
* Jovem e hábil;
* O juramento da Petição de Direitos;
* A tentativa de anglicanizar a igreja Presbiteriana
Escocesa.
- A Guerra Civil:
* O exército dos cavaleiros;
* Os cabeças redondas;
*vitória dos cabeças redondas e a execução de
Carlos I
* A Proclamação da República.
5 – A República Puritana
- República burguesa liderada por Oliver Cromwell.
- Atos de navegação: hegemonia marítima inglesa.
- Dissolução do Parlamento.
- A ditadura de Cromwell.
- Restauração monárquica.
6 – A Restauração Stuart
- Governos de Carlos II e Jaime II.
- Impasse entre parlamento (protestante)
monarquia (católica).
e
7 – A Revolução Gloriosa
- Guilherme de Orange e a Revolução Gloriosa.
Dinastia
dos
Hannover:
Moderno
parlamentarismo.
8 – Conseqüências:
* Participação da burguesia nas decisões políticas;
* Substituição do mercantilismo pelo liberalismo
econômico.
II – O MOVIMENTO ILUMINISTA EUROPEU
- Introdução: Chamamos de iluminismo o
movimento cultural que se desenvolveu na
Inglaterra, Holanda e França, nos séculos XVII e
XVIII. Nessa época, o desenvolvimento intelectual,
que vinha ocorrendo desde o Renascimento, deu
origem a idéias de liberdade política e econômica,
defendidas pela burguesia. Os filósofos e
economistas que difundiam essas idéias julgavam-
3
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
se propagadores da luz e do conhecimento, sendo,
por isso, chamados de iluministas.
- Características Principais:
O iluminismo é deísta, isto é, acredita na presença
de Deus na natureza e no homem e no seu
entendimento através da razão. É anticlerical, pois
nega a necessidade de intermediação da Igreja
entre o homem e Deus e prega a separação entre
Igreja e Estado. Afirma que as relações sociais,
como os fenômenos da natureza, são reguladas
por leis naturais. A credita que o Homem é
naturalmente bom e nascem todos livres e iguais e
o objetivo central dos governantes era garantir os
direitos naturais dos homens, ou seja, a liberdade,
a igualdade e a propriedade privada.
- O Iluminismo combatia:
* O absolutismo monárquico;
* O mercantilismo;
* O poder da igreja.
- O Iluminismo defendia:
* Igualdade;
* Tolerância religiosa e filosófica;
* Liberdade pessoal e social;
* Propriedade privada.
- A nova mentalidade burguesa (o Iluminismo)
- A emergência do Iluminismo:
* O auge do absolutismo no século XVIII e suas
contradições;
* Tensões envolvendo monarcas, nobres e a
burguesia.
- Precursores do Iluminismo:
* René Descartes (1596-1650) – Lançou as bases
do
racionalismo
como
única
fonte
de
conhecimento, e considerado o “Pai da Filosofia
Moderna”. Obra: Discurso sobre o Método (1637).
Frase: “Penso, logo existo”.
* Isaac Newton (1642-1727) – cientista inglês,
descobridor de várias leis da física, entre elas a lei
da gravidade. Para Newton, a função da ciência é
descobrir leis universais e enunciá-las de forma
precisa e racional. Interpretou as leis da natureza e
as expressava de forma Matemática sugerindo a
possibilidade de que houvesse também leis que
governassem a sociedade.
* John Locke (1632-1704) – Lançou as bases da
investigação das leis da sociedade. É considerado
o responsável pelos princípios da filosofia política
iluminista (rejeição ao absolutismo). Para Locke, o
homem, ao nascer, não possui qualquer idéia e sua
mente é como uma tábula rasa. O conhecimento,
em decorrência, é adquirido por meio dos sentidos,
base do empirismo, e processado pela razão.
1 – “O Século das Luzes (XVIII)”
- Principais filósofos iluministas:
* Voltaire (1694-1778) - criticava violentamente a
Igreja e a intolerância religiosa e é o símbolo da
liberdade de pensamento. Defende uma monarquia
que garanta as liberdades individuais, sob o
comando de um soberano esclarecido.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
. Frase: “Posso não concordar com uma única
palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte
o direito de dizê-la”.
* Montesquieu (1689 – 1755) – Autor de “O Espírito
das Leis”, obra na qual propunha a divisão dos
poderes em três instâncias: Executivo, Legislativo e
Judiciário, como forma de proteger as garantias
individuais.
* Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) - Em sua
obra mais conhecida, O contrato social, defende
um Estado voltado para o bem comum e a vontade
geral, estabelecido em bases democráticas. No
Discurso sobre a origem da desigualdade entre os
homens (1755), outra de suas obras, realça os
valores da vida natural e critica o mundo civilizado.
Para Rousseau o homem nasce bom e sem vícios o bom selvagem - mas depois é pervertido pela
sociedade civilizada. Afirma que a origem das
desigualdades social estava na propriedade
privada.
2- A Compilação da Enciclopédia
- Filósofos: Diderot e D’Alembert;
- Obra monumental dividida em 35 volumes sob o
título Enciclopédia ou Dicionário racional das
ciências, das artes e dos ofícios. Sua publicação
sofre violenta perseguição por parte da igreja
católica e da monarquia absolutista.
3 – Teorias Econômicas:
a) Os Fisiocratas - São contrários à intervenção do
Estado na vida econômica. O mais importante
representante da escola fisiocrata é François
Quesnay (1694-1774), defendia a existência de um
poder natural em ação nas sociedades, que não
deve ser contrariado por leis e regulamentos. É
partidário de um capitalismo agrário, com o
aumento da produção agrícola, única solução para
gerar riquezas para uma nação.
b) O Liberalismo Econômico - Seu principal
inspirador é o economista escocês Adam Smith,
considerado o pai da economia política, autor de O
ensaio sobre a riqueza das nações, obra
fundamental da literatura econômica. Ataca a
política mercantilista por ser baseada na
intervenção estatal e sustenta a necessidade de
uma economia dirigida pelo jogo livre da oferta e da
procura de mercado, o laissez-faire. Para Adam
Smith, a verdadeira riqueza das nações está no
trabalho, que deve ser dirigido pela livre iniciativa
dos
empreendedores
Principais
expoentes:
Thomas Robert Malthus, defendia que a produção
de alimentos cresce em progressão aritmética e a
população em progressão geométrica, gerando
fome e miséria das grandes massas. David
Ricardo, defende a lei férrea dos salários, segundo
a qual o preço da força de trabalho seria sempre
equivalente ao mínimo necessário para a
subsistência do trabalhador.
4 – O Despotismo Esclarecido
- Reformas de cunho iluminista.
4
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
- Contradição Fundamental: se por um lado, alguns
reis estavam dispostos a realizar reformas, por
outro, jamais iriam tolerar limitações ou perdas de
poderes.
- Principais déspotas: José II (Áustria); Catarina II (
Rússia); Frederico II (Prússia); D. José II, com seu
ministro marquês de Pombal (Portugal); Carlos III,
com seu ministro, o Conde de Aranda (Espanha).
- Conceito: Foram movimentos que tinham como
objetivo libertar o Brasil de Portugal.
- Fatores Gerais:
* Queda da mineração;
* Crescimento da produção agrícola;
* A metrópole amplia suas exigências em relação à
colônia.
- Principais movimentos de emancipação política:
III – MOVIMENTOS NATIVISTAS E PRÓINDEPENDÊNCIA DO BRASIL
- Introdução: “A crise do capitalismo comercial e as
contradições no interior da colônia geraram a crise
do colonialismo a partir da segunda metade do
século XVIII. A Revolução Industrial tornou
ultrapassado o mercantilismo. Portugal, não se
adequando aos novos tempos, procurou superar a
crise ampliando a exploração ao Brasil. Tal atitude
estimularia as rebeliões nativistas e as rebeliões de
libertação nacional”.
(MELLO E COSTA. 1999:
111)
A – A Inconfidência Mineira, (1789)
- Local: Vila Rica;
-Fatores:
* arrocho das restrições metropolitanas;
* estabelecimento da derrama;
* proibição de manufaturas na colônia.
* Ideais liberais e iluministas;
- Líderes: Elite do sistema de produção, exceto
Tiradentes;
- Convergências de objetivos econômicos.
- Divergências quanto aos objetivos políticos:
Monarquia x República e existência ou não da
escravidão.
- Final: Traição de Joaquim Silvério dos Reis; onze
acusados à morte e apenas Tiradentes foi
enforcado e esquartejado.
1 – Movimentos Nativistas
- Conceito: Foram revoltas que tinham como
objetivo resolver apenas problemas locais. Não
tencionavam libertar o Brasil de Portugal.
- Características:
* Não contestavam o pacto colonial na sua
totalidade;
* Regionalismo.
- Principais movimentos:
A– Revolta de Beckman, (1684)
- Local: Maranhão;
- Causa: Abuso do monopólio pela Companhia de
Comércio do Maranhão e o não fornecimento de
escravos aos colonos.
Final: Reação do governo Português, líderes
presos e enforcados.
B – Guerra dos Emboabas (1708 – 1709)
- Local: Minas Gerais;
- Causa: Boatos sobre o massacre de forasteiros
pelos paulistas.
- Final: Os paulistas foram procurar ouro em outras
regiões.
C – Guerra dos Mascates, (1710)
- Local: Pernambuco;
- Causa: Os senhores de engenho perderam o
poder econômico em Pernambuco;
- Final: Recife foi considerada vila independente e
tornou-se o centro administrativo da capitania.
D – Revolta de Filipe dos Santos, (1720)
- Local: Vila Rica;
- Causa: Mineradores exigiam a não instalação das
casas de fundição.
- Final: Os líderes foram presos, suas casas
queimadas e Filipe dos Santos enforcado e
esquartejado.
2 – Movimentos de Libertação Nacional
B – A Conjuração Baiana, (1798)
- Local: Salvador;
- Fatores: propriedades beneficiavam apenas
comerciantes e senhores de engenho; Escassez de
alimentos; Influências da independência do Haiti.
- Objetivos: Plano de acabar com o domínio
português no Brasil, proclamar a República e
estabelecer a igualdade entre as raças;
- Final: Líderes presos, enforcados e esquartejados
ou expulsos do Brasil.
C - A Insurreição Pernambucana, (1817)
- Local: Pernambuco;
-Causas: Monopólio comercial e aumento dos
impostos.
- Os rebeldes dominam Recife e constituem um
governo revolucionário com representantes de
várias classes.
- A frustração da expansão do movimento pelo
Nordeste.
- Final: Os que não morreram em combate foram
presos, ocorrendo execuções sumárias na maioria
dos casos.
- Obs.: A Insurreição Pernambucana, apesar de
não ter sido bem-sucedida, deixou implantadas as
idéias que anos depois alterariam mais uma vez o
cenário pernambucano, durante a revolta de 1824.
IV – A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
-Conceito: Entende-se por Revolução Industrial um
conjunto de transformações técnicas e econômicas
que caracterizaram a substituição da energia física
pela energia mecânica, da ferramenta pela
máquina e da manufatura pela fábrica no processo
de produção capitalista, ocorridas na Inglaterra no
século XVIII e que no século XIX se expandiu para
outros países da Europa, Estados Unidos, e Japão.
5
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
- Formas de Produção: artesanal, manufatura e
maquinofatura.
-Fases evolutivas:
* Primeira Revolução Industrial (1760-1860) –
Conhecida também como “era do carvão e do
ferro”.
* Segunda Revolução Industrial (1860-1914) –
Conhecida como “era do aço e da eletricidade”.
* Terceira Revolução Industrial – Ganhou impulso
na segunda metade do século XX, considerada a
revolução dos dias atuais.
- Causas Gerais da Revolução Industrial:
* Revolução comercial;
* Acumulação primitiva de capital;
* Aparecimento das máquinas.
1 – O PIONEIRISMO INGLÊS
- Fatores:
* Acúmulo de capitais na Revolução Comercial;
* Supremacia naval inglesa;
* Disponibilidade de mão-de-obra;
* Instauração da Monarquia Parlamentar;
* Triunfo da ideologia liberal;
* Inovações técnicas;
* Posição geográfica insular;
* Existência de grandes jazidas de ferro e de
carvão.
2 – A PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Foi realizada principalmente por Inglaterra,
França
e
Bélgica.
Caracterizou-se
pelo
desenvolvimento do capitalismo liberal e pelo
sistema de livre concorrência, baseada na
liberdade de comércio e de produção.
- Principais inovações:
* A máquina de fiar (inventada em 1767 por James
Hargreaves, batizada com o nome de Spinning
Jenny);
* O bastidor hidráulico (construído em 1769 por
Richard Arkwright, conhecido como Water
Machine);
* A máquina de fiar híbrida ( 1779, Samuel
Crompton);
* O tear mecânico (1785, reverendo Edmund
Cartawright);
* A máquina a vapor (1769, James Watt);
No setor de transporte e comunicação: o barco a
vapor (1807, pelo Norte-Americano Robert Fulton);
a locomotiva (1825, George Stephenson); o
telégrafo (Samuel Morse).
3 – A VIDA DO OPERARIADO
- Os cercamentos e o processo de expropriação e
migração do campo para a cidade:
* Crescimento da população urbana;
* Formação da classe operária.
- Condições de vida e de trabalho:
* Jornada de trabalho – 14 a 16 horas diárias;
* Baixos salários, fome e miséria;
* Desemprego (formação do “exército industrial de
reserva”).
* Utilização de mulheres e crianças na produção
industrial.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
- O Movimento Ludista – Foi uma reação dos
trabalhadores ingleses às mazelas produzidas pelo
processo de industrialização.
4 – A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
- Corresponde ao processo de expansão da
industrialização para Alemanha, Itália, Rússia,
Estados Unidos e Japão. Caracterizou-se pelo
capitalismo monopolista, centrado no controle do
mercado pelos holdings, trustes e cartéis, que
desencadeou a expansão colonialista afro-asiática
no século XIX.
- Concentração do capital industrial:
* Holdings – Correspondem a grandes empresas
financeiras que controlam vastos complexos
industriais a partir da posse da maior parte de suas
ações.
* Trustes – São grandes companhias que
absorvem seus concorrentes ou estabelecem
acordos entre si, monopolizando a produção de
certas mercadorias, determinando seus preços e
dominando o mercado. Podem ser horizontais (com
empresas do mesmo ramo) ou verticais (empresas
de ramos diferentes).
* Cartéis – São grandes empresas independentes
produtoras de mercadorias de um mesmo ramo
que se associam para evitar a concorrência,
estabelecendo divisão de mercados e definindo
preços.
- Principais inovações:
* O processo Bessemer – Transformação do ferro
em aço ( Henry Bessemer);
* O Dínamo – Possibilitou a substituição do vapor
pela eletricidade como força motriz;
* O Motor de Combustão Interna – Introduziu o uso
do petróleo (inventado por Nikolaus Otto e
aperfeiçoado por Rudolf Diesel).
- A especialização do trabalho e as linhas de
montagem.
- O Fordismo – Estava ligado ao princípio de que a
empresa deveria dedicar-se apenas a um produto,
além de dominar as fontes de matérias-primas.
- O Taylorismo – Visava o aumento da
produtividade, controlando os movimentos das
máquinas e dos homens no processo de produção.
5 – A TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
- Ganhou impulso na segunda metade do século
XX. Nessa fase a exigência de imensos
investimentos e pesquisas está associada à
eficiência e produtividade maiores, lideradas pelos
grandes
conglomerados
econômicos
multinacionais.
- Características – Estão associadas aos avanços
ultra-rápidos, especialmente na:
* Microeletrônica;
* Robótica industrial;
* Computação dos serviços;
* Química fina;
* Biotecnologia.
6 – CONSEQUÊNCIAS
INDUSTRIAL
DA
REVOLUÇÃO
6
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
- A passagem da primeira para a segunda
Revolução Industrial produziu uma série de
conseqüências, como:
* O surgimento do capitalismo financeiro;
* A formação de grandes conglomerados
econômicos;
* O processo de produção em série;
* A expansão do imperialismo.
V – O PENSAMENTO LIBERAL E O
SOCIALISMO
- Introdução: Na passagem do século XVIII para o
XIX, com a Revolução Industrial, formaram-se na
Europa as duas classes fundamentais da
sociedade capitalista moderna: burguesia e
proletariado industrial. Vinculados aos interesses
dessas duas classes, desenvolveram-se novos
pensamentos econômicos e sociais cujas principais
vertentes foram o Liberalismo e o Socialismo. O
primeiro vinculava-se à ascendente burguesia e o
segundo ligava-se à nascente classe operária.
1 – O LIBERALISMO
- Conceito: Surgiu na Grã-Bretanha com a escola
clássica de economia, cujo fundador foi Adam
Smith.
- Bases do Liberalismo (surgiu com o Iluminismo e
foi lançada pelos fisiocratas franceses):
* Propriedade privada;
* Individualismo econômico;
*O Laissez-faire ou liberdade de comércio e de
produção;
* Obediência às leis naturais da economia;
* Livre concorrência e o livre câmbio;
*Liberdade de contrato de trabalho (salários e
jornada) sem controle do Estado ou pressão dos
sindicatos.
- Principais Economistas Clássicos:
* Adam Smith (1723 – 1790) – Em sua obra “A
Riqueza das Nações”, mostra a divisão do trabalho
como elemento essencial para o crescimento da
produção e do mercado, e cuja aplicação eficaz
dependia da livre concorrência, que forçaria o
empresário a ampliar a produção buscando novas
técnicas, aumentando a qualidade do produto e
baixando ao máximo os custos de produção. O
conseqüente decréscimo do preço final favoreceria
a lei natural da oferta e da procura, viabilizando o
sucesso econômico geral.
* Thomas Malthus (1776 – 1834) – Publicou em
1798 sua obra Ensaio sobre o Princípio da
População, na qual afirmou serem a fome e a
miséria uma decorrência natural do fato de que,
enquanto a população aumentava em progressão
geométrica, o crescimento da produção dos meios
de subsistência se dava em progressão aritmética.
Para Malthus, as guerras, as doenças e as
epidemias funcionavam como paliativos que
diminuíam
temporariamente
o
crescente
desequilíbrio entre as necessidades progressivas
de consumo e o aumento relativo da produção.
* David Ricardo – Cujo livro Princípios de Economia
Política e Taxação foi publicado em 1817, é
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
considerado o principal discípulo de Adam Smith.
As duas contribuições mais importantes de Ricardo
são a “Lei Férrea dos Salários” e a “Lei da Renda
Diferencial da Terra”. Na primeira, afirmava que o
nível dos salários dos trabalhadores correspondia
sempre ao mínimo imprescindível para mantê-los
vivos e a suas famílias, permitindo-lhes perpetuar a
espécie, sem aumentá-la ou diminuí-la. Na
segunda, afirmava que o preço dos alimentos era
determinado pelo volume da produção das terras
mais pobres cultivadas no país.
* Nassau Sênior – Professor de economia política
da Universidade de Oxford, desenvolveu uma
doutrina em que se opunha à redução da duração
da jornada de trabalho, alegando que o lucro
obtido pelos industriais vinha exatamente da última
hora da jornada. Segundo ele, a redução das
horas trabalhadas eliminaria o lucro líquido dos
empresários, trazendo em conseqüência o
fechamento das fábricas e a ruína econômica do
país. Naquela época trabalhava-se doze horas
diárias.
2 - SOCIALISMO UTÓPICO
- Principais representantes:
* Saint-Simon, autor dos Discursos literários,
filosóficos e industriais, projetou as bases de uma
nova sociedade, fundada na associação dos
produtores e na soberania do trabalho.
* Fourier, autor de O novo mundo industrial,
idealizou a criação de uma nova ordem social
baseada
na
organização
de
falanstérios,
comunidades socialistas onde seria abolida a
divisão do trabalho e cada homem desenvolveria
ao máximo seu talento e suas aptidões.
* Robert Owen, socialista gaulês, procurou colocar
suas idéias em prática em sua fábrica na Escócia e
na comunidade de Nova Harmonia, sediada nos
Estados Unidos. Owen tentou reduzir a jornada de
trabalho, aumentar os salários e melhorar as
condições de vida dos trabalhadores, experiências
que malograram diante dos obstáculos próprios de
sua época.
3 - SOCIALISMO CIENTÍFICO
- Principais representantes:
* Karl Marx e Friedrich Engels – Autores de o
Manifesto Comunista, obra que assinalou o
surgimento do socialismo científico. Marx,
praticamente nada escreveu sobre o futuro.Estava
tremendamente interessado, em como evoluiu,
desenvolveu-se e decaiu a sociedade presente (de
sua época). Desejava saber o que movimentava as
rodas da sociedade capitalista onde vivia e
descobrir as forças que nela provocariam a
modificação para a sociedade futura. O seu maior
trabalho foi O capital (análise crítica da produção
capitalista).
- Princípios fundamentais:
* As transformações da sociedade como resultado
das forças econômicas;
* A luta de classes como força motriz imediata da
História;
7
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
* A exploração da mais-valia como essência do
capitalismo moderno;
* O proletariado como agente de transformação da
sociedade;
* O advento do socialismo como fase de transição
para o comunismo.
SEGUNDO BIMESTRE
VI– A REVOLUÇÃO FRANCESA
-Introdução: “A Revolução Francesa de 1789 foi o
modelo clássico de revolução burguesa. Pôs fim ao
absolutismo, mas manteve as transformações
implantadas dentro dos limites burgueses.
Inicialmente juntou a quase unanimidade da nação
contra o Antigo Regime; posteriormente, no
entanto, os vários projetos de nova sociedade,
expressando interesses de classes e camadas
diversas, levaram a uma luta interna entre os
próprios revolucionários. Por fim, a alta burguesia
deteve o controle do movimento, imprimindo à nova
sociedade criada as instituições que lhe
convinham”.
( MELLO e COSTA. 1999: 140)
1 – A FRANÇA ÀS VÉSPERAS DA REVOLUÇÃO:
- Estrutura social da França: aristocrática, cujo
meio de vida parasitária tornava-se cada vez mais
nítido.
- Crescimento da burguesia: controlava as
finanças, o comércio e a indústria (consciência de
classe e difusão das teorias iluministas).
- Obstáculos ao desenvolvimento do capitalismo:
* Laços de servidão;
* Alfândegas internas e os pedágios cobrados nos
feudos;
* As corporações de ofício;
* Monarquia absolutista.
2 – ESTRUTURA SOCIAL DO ANTIGO REGIME
- Em termos de hierarquia social, a França
estruturava-se em três estamentos:
* 1º Estado: clero (alto e baixo clero).
* 2ºEstado: nobreza (palaciana, provincial e de
toga).
* 3º Estado: burguesia (grande, média, pequena),
camponeses e as camadas populares das cidades.
- Forma de governo - Monarquia Absolutista
baseada no direito divino dos reis:
* Generalização dos descontentamentos;
* Marginalização do Terceiro Estado nas decisões
políticas, sociais e econômicas.
3 – CRISE ECONÔMICA
- O Governo de Luís XIV – o Rei Sol (1643 – 1715)
- Guerras desastrosas para a França:
* Guerra de Sucessão Austríaca (1740 – 1763);
* Guerra dos sete Anos (1756 – 1763);
* Guerra de Independência dos Estados Unidos
(1776 – 1783).
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
- Obs.: Essas três guerras foram desastrosas para
a França, e acabaram colaborando para a
emergência da hegemonia britânica.
- Luís XVI assume o trono francês (1774).
- Tentativa de mudança na política econômica, com
o objetivo de modernizar o Estado francês e
solucionar o déficit crônico das finanças.
- O cargo de controlador-geral das finanças
(ministro):
*Turgot (fisiocrata) – Objetivava eliminar o défict
financeiro através da tributação de impostos sobre
o clero e a nobreza, até então, isentos da
tributação; e diminuição das despesas da corte.
(Rejeição do 1º e 2º Estado).
* Necker (banqueiro) – Inicialmente, tratou com
cautela e habilidade os privilégios, não propondo
reformas profundas. Porém, em 1781 quando o
déficit atingiu níveis insuportáveis, provocou um
escândalo tornando público o cálculo do tesouro do
governo e foi demitido.
* Calonne (1783) – retomou o programa de
reformas de Turgot e Necker (fim idêntico ao de
seus antecessores).
- O tratado entre França e Inglaterra: Methuen
francês;
- Grave crise agrícola;
4 - CONVOCAÇÃO DOS ESTADOS GERAIS
- Inflamam-se os debates e as reivindicações da
burguesia;
- O partido patriota;
- Reivindicações divulgadas nos cadernos de
lamentações:
* número de representantes do Terceiro Estado
igual ao dos dois outros somados e votação nos
Estados Gerais por cabeça e não por Estado.
- Obs.: Luís XVI aceitou dobrar o número de
membros representantes do Terceiro Estado, mas
não aprovou o voto por cabeça, o que não mudava
em nada a situação, servindo apenas para
enfurecer a burguesia.
5 – ASSEMBLÉIA NACIONAL E JORNADAS
REVOLUCIONÁRIAS
- Primeira e Segunda Jornada Revolucionária:
Juramento da Sala do Jogo da Péla;
- Tomada da Bastilha.
- Terceira e Quarta Jornada Revolucionária: no
interior, o Grande Medo;
- Retirada do rei de Versalhes.
6 - MONARQUIA CONSTITUCIONAL
- Pressões sobre a igreja e o clero;
- Tentativa de fuga do rei;
- Primeira Constituição: favorecia somente a
burguesia.
- A Assembléia Legislativa;
- Ataque absolutista à França.
- A Comuna de Paris;
A vitória do exército revolucionário.
7- CONVENÇÃO
- Proclamação da República;
- Julgamento e execução de Luís XVI;
8
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
- Formação da Primeira Coligação;
- Ataques internos e externos;
- Revolta da Vandéia;
- Liderança jacobina;
- Constituição de 1793;
- Fase do terror.
8– DIRETÓRIO
- Queda dos jacobinos e ascensão da burguesia
financeira;
- Segunda Coligação antifrancesa.
- Napoleão Bonaparte e o golpe de 18 Brumário:
* Expansão da revolução burguesa;
* Início da Idade Contemporânea.
VII – A ERA NAPOLEÔNICA
-Napoleão: consolida a Revolução Francesa.
1 – O CONSULADO
- Nova Constituição: Napoleão, primeiro Cônsul;
-Neutralização da Segunda Coligação Antifrancesa;
- Superação da crise financeira;
- O Código Civil Napoleônico;
- Constituição do ano XII;
- Napoleão é coroado imperador;
- Fortalecimento da burguesia.
2 – O IMPÉRIO
- Rivalidade franco-britânica: necessidade de
expansão de mercados.
- Paz na França: Terceira Coligação;
- Queda do Sacro Império e da Quarta Coligação;
- Napoleão impõe o Bloqueio Continental (proibição
aos países europeus de adquirirem produtos
britânicos):
* A invasão napoleônica em Portugal (vinda da
Família Real Portuguesa para o Brasil).
* A invasão napoleônica na Rússia (Tática da terra
arrasada e a vitória russa).
- A queda do Império Napoleônico – Se dá
gradualmente de 1808 a 1815 e é explicado por
vários fatores conjuntos:
* Nacionalismo dos territórios conquistados;
* Fracasso do Bloqueio Continental;
* O fracasso militar na Rússia.
3 – GOVERNO DOS CEM DIAS
- A derrota de Napoleão na batalha de Leipzig;
- Napoleão foi desterrado para a ilha de Elba com
mil soldados;
- Restauração monárquica (Luis XVIII): o Terror
Branco;
- Napoleão foge da ilha de Elba, retoma o comando
do exército e avança sobre Paris;
- A Batalha de Waterloo: Napoleão derrotado e
exilado na ilha de Santa Helena (Costa da África),
ali veio a falecer em 1821.
- Obs.: Apesar da aparente derrota, o papel de
Napoleão havia sido cumprido. Por toda a Europa,
as instituições burguesas haviam-se difundido e se
solidificado; a restauração que se seguiu foi
momentânea, nunca chegando a se reorganizar
nos moldes da época de Luís XVI.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
4 – CONGRESSO DE VIENA E SANTA ALIANÇA
4.1 – CONGRESSO DE VIENA
- As ideologias do início do século XIX: *
Liberalismo,
Democratismo,
Socialismo,
Conservadorismo;
* A restauração, a legitimidade e o equilíbrio
europeu;
- Decisões do Congresso de Viena: política de
concessões,
compensações
territoriais
e
restauração.
4.2 - A SANTA ALIANÇA
- Conceito: a Santa Aliança foi um pacto militar
firmado entre as grandes potências européias no
Congresso de Viena, cujo objetivo era a repressão
aos movimentos liberais que colocassem em risco
a política de restauração, o princípio de
legitimidade e o equilíbrio europeu.
- A Santa Aliança foi formada inicialmente por:
Áustria, Prússia, Rússia e Grã-Bretanha.
- Restauração monárquica e Revolução na França:
* Luis XVIII e Carlos X;
* Revolução Liberal de 1830: ascensão de Luís
Filipe, o “rei burguês”.
VIII – FORMAÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS
I – A Colonização
 Colônias do Norte – agricultura de
subsistência,
com
base
na
pequena
propriedade familiar, indústria, comércio e
realização de um contrabando com as Antilhas.
 Colônias do Sul – colonização de exploração
baseada no latifúndio, monocultura, trabalho
escravo e voltada para a exportação,
plantation.
 As
colônias
eram
governadas
por
representantes
ingleses
que
eram
assessorados por uma assembléia eleita pelos
colonos que se encarregavam de votar leis e
impostos. As colônias gozavam de autonomia
político-administrativa.
II – Causas
 Guerra dos Sete Anos motivada pela disputa
de regiões na América entre França e
Inglaterra. Apesar da Inglaterra ter saído
vitoriosa teve seu tesouro esgotado pelos
gastos militares e para se reequilibrar lançou
pesados impostos sobre suas colônias e uma
série de medidas repressivas.
 A Nova Política Colonial Inglesa – A Inglaterra
decreta as leis de Navegação com o objetivo
de acabar com a relativa autonomia
administrativa das colônias. A partir daí, a
função das colônias passou a ser de produzir
para a metrópole e trazer riquezas para a
burguesia inglesa.
 As Leis Coercitivas
– Lei do açúcar: taxava sobre a importação que
não viesse das Antilhas Britânicas.
9
Segunda Série do Ensino Médio
-

HISTÓRIA
Lei do Selo: obrigatoriedade do uso do selo
em documentos, jornais, contratos ou
comprovantes de transação comercial.
Lei do Chá: obrigatoriedade de envio de chá
oriental a América.
Atos de Townshend: conjunto de leis que
taxam artigos de consumo
As leis intoleráveis – tinham por objetivo
salvar a Cia das Índias da má situação
financeira
e
concedeu
o
monopólio,
provocando a reação dos colonos em boicotes
sistemáticos aos produtos ingleses e nas 1as
tentativas de organização dos colonos para
romper os laços com a metrópole.
III - A Luta pela Independência
- 1o Congresso Continental da Filadélfia –
onde foi redigida a Declaração de Direito para
restabelecer a liberdade das colônias, sob
pena de rompimento definitivo com a
Metrópole.
- 2o Congresso Continental da Filadélfia –
Thomas Jefferson redige a Declaração de
Independência (04 4-7-1776). A Inglaterra não
aceita e os norte-americanos vencem os
ingleses na Batalha de Saratoga em 1777. A
partir daí passa a receber ajuda da França e da
Espanha. A guerra chega ao fim com a Batalha
de Yorktown com a vitória dos colonos em
1783 a Inglaterra reconhece a Independência
através do Tratado de Versalhes.
A revolução representou a concretização dos ideais
iluministas, o exemplo para a independência da
América Ibérica.
8.1 - OS ESTADOS UNIDOS NO SÉCULO XIX
- Introdução: A conquista do Oeste, realizada pelos
pioneiros, agravou a rivalidade política e econômica
entre o Norte burguês-capitalista e o Sul agrárioescravocrata, desencadeando a guerra de
Secessão. Após a guerra civil, seguiu-se a fase de
reconstrução do país, em que os Estados Unidos
se transformaram na primeira potência mundial,
cuja política exterior se baseava no isolacionismo
em relação à Europa e no intervencionismo na
América Latina.
1 – A Conquista do Oeste
- Expansão para o Oeste:
* “Destino Manifesto”;
* Territórios adquiridos por compra, diplomacia ou
guerra.
- Conseqüências da marcha para o Oeste:
* Crescimento demográfico;
* Desenvolvimento econômico;
* Transformações sociais.
2 – Guerra de Secessão
- Causas:
* Diferenças entre o Norte (colônia de povoamento
- industrial) e o Sul (colônia de exploração agrícola), agravadas após a conquista do Oeste;
* Rivalidade política e econômica.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
- Causa imediata: vitória de Abraham Lincoln
(nortista), nas eleições de 1960;
* Abolição da escravatura;
*Hegemonia nortista e grande crescimento
econômico no pós-guerra.
3 – Política Externa
- Doutrina Monroe e Carolário Roosevelt:
* Intervenção militar na América Latina;
* Política do Big Stick.
IX – A UNIFICAÇÃO DA ITÁLIA E DA
ALEMANHA
-Introdução: “A unificação política realizada
tardiamente pela Itália e pela Alemanha retardou a
Revolução Industrial nesses países, que, chegando
atrasados à corrida colonial Contemporânea,
ficaram marginalizados na divisão do mundo em
áreas de influência. A ruptura do equilíbrio europeu
com a unificação italiana e alemã e as lutas pela
redivisão do mercado mundial iria desembocar em
1914 na Primeira Guerra Mundial”.
(MELLO e COSTA. 1999: 238)
1 – UNIFICAÇÃO DA ITÁLIA
– Reino do Piemonte
- Industrialização e fortalecimento da burguesia;
- Ascensão de Cavour (primeiro ministro);
- Aliança com a França;
- Início da luta pela unificação.
- Formação do Reino da Itália (1859-1861):
Piemonte, Toscana, Parma, Módena, Nápoles e
parte dos Estados Pontifícios.
- Conclusão e Conseqüências da Unificação
Italiana (1866-1870):
* Anexação de Veneza e de Roma;
* O Tratado de Latrão – Surgimento do atual
Estado do Vaticano.
2– UNIFICAÇÃO DA ALEMANHA
- Fragmentação política.
- Retardamento do processo econômico capitalista.
- Criação do Zollverein (União Aduaneira dos
Estados Alemães).
– Reino da Prússia
- Fortalecimento da Prússia: aliança entre alta
burguesia e junkers (aristocracia prussiana);
- Militarismo: ascensão de Bismarck.
- Guerra dos Ducados (1864)
- Anexação dos Ducados;
- Aliança com a França e a Itália;
- A Alemanha está pronta para a guerra.
11.2.3 – Guerra Austro-Prussiana (1866)
- Guerra das Sete Semanas – Batalha de Sadowa.
- Estados do Norte unidos sob hegemonia da
Prússia.
- França domina os Estados do Sul.
- Rivalidade Franco-Prussiana.
– Guerra Franco-Prussiana (1870)
- A Prússia vence a guerra.
10
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
- Guilherme I, rei da Prússia, coroado imperador.
- Fundação do II Reich.
- Conseqüências da Unificação Alemã:
* A ruptura do equilíbrio europeu;
* A Revolução Industrial alemã;
- A política de alianças.
TERCEIRO BIMESTRE
X – A CRISE DO SISTEMA COLONIAL
- Introdução: O fim do Antigo Regime, nas últimas
décadas do século XVIII, foi conseqüência das
transformações ideológicas, econômicas e políticas
geradas pelo Iluminismo, Revolução Industrial,
Independência dos Estados Unidos e Revolução
Francesa. Esses acontecimentos, que se
condicionaram e se influenciaram reciprocamente,
desempenharam um papel decisivo no processo de
Independência da América Latina.
1
–
INDEPENDÊNCIA
ESPANHOLA
DA
AMÉRICA
– Conjuntura Hispano-Americana
- Administração colonial:
* Vice-reinados e capitanias gerais;
* Entraves do monopólio colonial.
- Sociedade colonial: brancos, mestiços, índios e
negros.
- Conflitos entre aristocracia criolla e os
chapetones.
- Movimentos precursores da guerra de
independência:
* Revolta de Túpac Amaru e de Francisco de
Miranda.
- Vitória do movimento de Independência: apoio da
Grã-Bretanha e dos Estados Unidos (Doutrina
Monroe);
- Simon Bolíva: Venezuela, Colômbia, Equador.
- San Martín: Argentina, Chile, Peru.
- Consequências da Independência:
* Conquista da Independência política e
persistência da dependência econômica dos novos
países;
* Divisão política Latino-americana.
- Crise do Sistema Colonial no Brasil
- A situação lusa e o arrocho metropolitano.
- O “exclusivismo colonial” e as Companhias de
Comércio.
- O Estado patrimonialista.
- O declínio da mineração e o renascimento
agrícola.
- As guerras napoleônicas e a vinda da família real
portuguesa para o Brasil.
- Portugal e a não adequação às idéias liberais
(Liberalismo Econômico).
XI - A INDEPENDÊNCIA POLÍTICA DO BRASIL
- A Era das Revoluções
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
- No final do século XVIII, ocorreram na Europa
grandes transformações econômicas, políticas e
sociais, como:
* Revolução Industrial – Mecanização e divisão do
trabalho;
* Revolução Francesa – Vitória Liberal.
– Interesses Ingleses e Coloniais
- Inglaterra (Revolução Industrial):
* Crescimento da produção e do comércio;
* Necessidade de matérias-primas.
- No Brasil:
* Monopólio e restrições comerciais;
* Ambiente colonial hostil à metrópole.
-Portugal entre Pressões da França e da
Inglaterra
- O Bloqueio Continental (França) – Proibição dos
países europeus de comerciarem com a Inglaterra.
- Portugal assina uma Convenção Secreta com os
ingleses.
- França e Espanha assinam o Tratado de
Fontainebleau – O objetivo era invadir Portugal e
dividir entre si suas colônias.
- A fuga da Família Real Portuguesa para o Brasil.
– O Governo Português no Brasil
- Primeira providência: a abertura dos portos
brasileiros às nações amigas (Inglaterra) – Fim do
Pacto Colonial.
- Tratado de Aliança e Amizade, (1810);
- Tratado de Comércio e Navegação ( 1810).
- O Brasil é elevado à categoria de Reino Unido a
Portugal e Algarves – 1815.
- Chegada da Missão Artística Francesa, (1816).
- Anexação da Província Cisplatina (1816 – 1825)
- A Revolução Liberal do Porto – 1820:
* Retorno de D. João VI para Portugal;
* Pressão para recolonizar o Brasil;
* D. Pedro governa o Brasil na condição de príncipe
regente.
* Formação da Dívida Externa Brasileira.
– A Regência de D. Pedro
- As cortes portuguesas:
* Tentativas de recolonização;
* Limitação dos poderes do regente;
- Grupos radicais e conservadores lutam pela
independência.
- A atuação da Maçonaria e as idéias liberais.
- Independência Política do Brasil
- As cortes exigem o retorno de D. Pedro a
Portugal.
- O Dia do Fico – Primeira adesão pública de D.
Pedro a causa brasileira.
-Decreto do Cumpra-se - Maio de 1822.
- A Maçonaria oferece a D. Pedro o título de
Defensor Perpétuo do Brasil.
- A atuação de D. Leopoldina e de José Bonifácio.
- O 7 de Setembro de 1822: Independência política
sem independência econômica.
11
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
* Inexistência de significativas mudanças sociais,
permanecendo o latifúndio e a escravidão.
XII – O PRIMEIRO REINADO (1822 – 1831)
- Internamente o Brasil continuou com a mesma
estrutura
do
período
colonial
(latifúndio,
monocultura e trabalho escravo).
– Resistência à Independência do Brasil de
algumas províncias, como Bahia, Maranhão, Grão
Pará, Piauí e Amazonas.
- Divergências no Partido Brasileiro: facção liberal e
facção conservadora.
- Partido Português: articulação do retorno ao
colonialismo.
- Reconhecimento Externo da Independência:
* Estados Unidos (1824) – Doutrina Monroe;
* A Santa Aliança defende o Colonialismo;
* Inglaterra (1825) – Mediadora das negociações
de reconhecimento da Independência, e só
reconheceu quando obteve vantagens econômicas.
* Portugal (1825) – Reconheceu nossa
independência mediante o pagamento de 2 milhões
de Libras Esterlinas
e o título Honorário de
Imperador do Brasil para D. João VI.
-Organização do Estado brasileiro:
-A Constituição da Mandioca (1823):
*reação de D. Pedro I à limitação de seus
poderes;
* O rompimento com os Andradas e o voto
censitário.
- A Constituição de 1824:
* Características: Outorgada; Estabelecia quatro
poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário e
Moderador); Criava o Conselho de Estado;
Eleições indiretas e dois graus (eleitor de paróquia
e de província); Mandato de 4 anos para os
deputados; Senadores escolhidos através de uma
lista tríplice para um mandato vitalício; Monarquia
hereditária, constitucional e representativa; o
catolicismo tornou-se a religião oficial.
– A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR (1824):
* Reação contrária à dissolução da Assembléia
Constituinte de 1823 e a imposição da Constituição
de 1824;
* Crise econômica;
* Substituição do governador de Pernambuco:
reação popular e rompimento com o poder central.
* A participação de Frei Caneca;
* Adesão das províncias nordestinas (Pernambuco,
Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará);
* Adoção de uma República Federalista –
Constituição Colombiana.
* Divisões internas e violenta repressão.
– Final: Fuzilamento dos líderes e inclusive de Frei
Caneca.
- Declínio do Primeiro Reinado
- Causas da impopularidade de D.Pedro I:
* Governo conservador e autoritário;
* Crise política e econômica;
* Questão Platina;
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
* D. Pedro envia recursos a Portugal para luta
sucessória do trono;
* Assassinato do Jornalista Líbero Badaró;
* Noite das Garrafadas – 13 de março de 1831;
* Demissão do ministério dos brasileiros, em 5 de
abril de 1831.
- Abdicação de D. Pedro I - 07 de abril de 1831.
XIII – O PERÍODO REGENCIAL (1831 – 1840)
- Considerações Gerais:
* Consolidação da independência política do Brasil;
* Foi o período mais conturbado de toda a História
do Brasil;
* Lutas entre restauradores, moderados e
exaltados;
* Rebeliões Regenciais;
– Regência Trina Provisória (Abril a Julho de
1831)
- Recesso parlamentar;
- Senadores: Nicolau de Campos Vergueiro, José
Joaquim de Campos e o brigadeiro Francisco de
Lima e Silva.
– Regência Trina Permanente (1831 – 1835)
- Composição: José da Costa Carvalho, Bráulio
Muniz e o Brigadeiro Francisco de Lima e Silva.
- Criação da Guarda Nacional pelo ministro da
justiça padre Feijó.
- Desavenças entre moderados e exaltados –
Fortalecimento dos Restauradores.
- Pressão política e renúncia do padre Feijó;
-Reação dos moderados – Destituição de José
Bonifácio da tutoria do príncipe herdeiro.
- 1834 – morte de D. Pedro I e desarticulação dos
Restauradores.
- Ato Adicional de 1834 à Constituição de 1824:
* Criação das Assembléias Legislativas provinciais;
* Extinção do Conselho de Estado;
* Concessão de autonomia às províncias;
* Substituição da Regência Trina pela Regência
Una.
– Regência Una de Feijó (1835 – 1837)
- Eleições com caráter de experiência republicana.
- As contradições do Ato Adicional de 1834: Poder
centralizado x Autonomia para as províncias.
- A renúncia do padre Feijó em 1837.
– A Regência de Araújo Lima (1837 – 1840)
- Político ultra conservador.
- Anulação das medidas descentralizadoras e
restabelecimento da Constituição de 1824.
- Liberais x Conservadores e o Golpe da
Maioridade (Antecipação da maioridade do
Imperador de 14 anos de idade).
XIV – AS REBELIÕES REGENCIAIS
1 – A Cabanagem
- Local: Pará (1835 – 1840)
- Causas:
* Independência do Brasil sem mudanças sociais;
12
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
* Recrutamento militar forçado.
- Principais Líderes: Eduardo Angelin, Clemente
Malcher, Vicente Ferreira Lavor, Francisco e
Antônio Vinagre.
- Ação: os cabanos revoltaram-se, dominaram a
cidade de Belém e executaram o presidente da
província.
- Final: forte repressão aos cabanos com milhares
de mortes.
no cenário político do proletariado industrial,
particularmente na França. Nesse ano irromperam
levantes por toda a Europa. Na França, com a
participação do proletariado urbano, o movimento
adquiriu características mais sociais, enquanto na
Itália e na Europa central as manifestações
visavam à unificação e ao estabelecimento de
governos constitucionais”. (MELLO e COSTA.
1999: 226)
2 – A Revolta dos Malês (1835)
- Local: Bahia.
- Causa: Insatisfação dos escravos com a
desigualdade étnico-racial e social, e profunda crise
econômica e política.
- Malês (africanos muçulmanos).
- Final: os conspiradores foram punidos através de
penas de morte, prisão, açoites e deportação.
- Fatores:
* Crise econômica (agrícola e industrial) e política;
* As reivindicações do proletariado urbano europeu.
3 – Guerra dos Farrapos
Local: Rio Grande do Sul (1835 – 1845)
- Rebelião comandada pela classe dominante
(estancieiros) e de caráter separatista.
- Causa: altas taxas para o charque gaúcho, e
baixa para o charque platino.
- Proclamação da República de Piratini (Porto
Alegre).
* Bento Gonçalves tornou-se o primeiro presidente.
- A República Juliana – Santa Catarina (Guiseppe
Garibaldi e Davi Canabarro).
- Em 1840 D. Pedro II oferece anistia aos
revoltosos.
- Final: em 1845 Davi Canabarro e Caxias entram
em acordo.
4 – A Sabinada
- Local: Bahia (1837 – 1838);
- Movimento restrito à camada média urbana de
Salvador.
- Líder: o médico Francisco Sabino Álvares da
Rocha Vieira.
- Causa: insatisfação pelas autoridades nomeadas
pelo governo regencial.
- Em 1837, foi proclamada a República Bahiense.
- Final: forte repressão e reintegração da província.
5 – A Balaiada
- Local: Maranhão (1838 – 1841)
- Movimento de caráter popular.
- Líderes: Raimundo Gomes (vaqueiro); Manoel
Francisco dos Anjos (balaio) e Cosme (líder negro
de escravos foragidos).
- Idéias liberais impulsionaram as camadas
populares.
- Revolta contra a aristocracia local.
- Falta de unidade no movimento.
- Forte repressão comandada por Luís Alves e
Silva.
XV – AS REVOLUÇÕES DE 1848 NA EUROPA
- Introdução: “O ano de 1848 é marcado pelo
avanço das idéias liberais e nacionalistas, pela
consolidação da burguesia no poder e pela entrada
1 – Revolução de 1848 na França
- Partidos políticos contra o “rei burguês” Luís
Filipe.
- Descontentamento após a nomeação de Guizot.
- Abdicação de Luís Filipe.
- Segunda República.
- Criação das oficinas nacionais.
- República Social.
- Representantes da burguesia dominam a
Assembléia Constituinte.
- O 18 Brumário de Luís Napoleão.
- Segundo Império.
2 – Revolução de 1848 na Itália
- Movimentos de unificação.
- Rebeliões populares e Proclamação da República
em Veneza e em Roma.
-Retrocesso
na
concretização
dos
ideais
nacionalista no Piemonte, em Veneza e em Roma:
a antiga ordem é restaurada.
3– Revolução de 1848 na Confederação
Germânica
- Alemanha: anseios liberais e nacionalistas.
- Queda de Metternich.
- Entrega do trono a Frederico Guilherme IV.
QUARTO BIMESTRE
XVI – O SEGUNDO REINADO (1840 – 1889)
- Introdução: “Os anos iniciais do governo de D.
Pedro II seriam marcados pela repressão às
ultimas rebeliões provinciais e pela alternância dos
partidos Liberal e Conservador no poder. A
revolução Praieira seria a última reação à
consolidação da monarquia controlada pela
aristocracia rural. A economia do período passaria
a ter o café como produto fundamental e seriam
ampliadas as pressões inglesas para a extinção do
tráfico negreiro”. (MELLO e COSTA. 1999: 183)
- O sentido do Golpe da Maioridade.
* Liberais e Conservadores se unem para refrear a
participação popular.
* O Estado reorganiza-se em função dos interesses
da aristocracia rural.
- Panorama Político dos primeiros anos:
* O “Ministério dos Irmãos”: pacificação das últimas
rebeliões;
13
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
* Fraudes eleitorais, derrubadas e desavenças
internas.
- As Leis Reacionárias:
* Ministério Conservador: restauração do Conselho
de Estado, novas derrubadas;
* Reforma do Código de Processo Penal,
arbitrariedades.
- O Retorno dos Liberais:
* As revoltas liberais de 1842: dissolução do
gabinete conservador; manutenção da escravidão;
ausência de participação popular no poder.
- Alternância dos partidos Liberal e Conservador no
poder.
- O “Parlamentarismo às avessas”.
- O Ministério da Conciliação.
1 – A Revolução Praieira (1848 – 1849)
- Local: Pernambuco.
- Causas:
* Alta concentração do poder nas mãos de uma
reduzida oligarquia latifundiária;
* Soberania econômica e política da família
Cavalcante;
* Fome generalizada das populações carentes de
Pernambuco;
* Monopólio do comércio varejista Pernambucano
pelos portugueses.
- Fundação do Partido da Praia ligado ao jornal
Diário Novo.
- Principais líderes: Borges da Fonseca e Pedro
Ivo.
- Discordâncias quanto à abolição da escravidão.
- Final: radicalização do movimento e repressão.
2 – As Transformações Provocadas pelo Café
- A instalação da produção cafeeira no Vale do
Paraíba e em Minas Gerais;
- Em 1850, Oeste Paulista foi ocupado pelo café,
graças à terra roxa, ideal para o seu cultivo;
- Estabilização da balança comercial e reforço à
economia.
- Economia cafeeira: latifúndio, monocultura,
trabalho escravo, e necessidade de pouco
investimento em ferramentas;
– Crescimento do mercado consumidor na Europa
e nos Estados Unidos.
- Domínio da aristocracia cafeeira.
- Extinção do tráfico de escravos (Lei Eusébio de
Queirós – 1850).
- Incentivo à imigração – Senador Nicolau Pereira
de Campos Vergueiro (endividamento dos
imigrantes).
3 – O Surto Industrial
- Fatores:
* Recursos oriundos do fim do tráfico negreiro;
* Aumento das taxas alfandegárias sobre os artigos
importados – Tarifa Alves Branco (1844);
- Os empreendimentos de Mauá (Irineu Evangelista
de Sousa):
* Investimentos em transportes, comunicações,
fábricas e nos setores financeiro e público;
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
- 1860 – pressões inglesas e a substituição da
Tarifa Alves Branco pela Tarifa Silva Ferraz
(redução das taxas de importação para máquinas,
etc.).
- Fim da Era Mauá: falta de apoio do governo;
empresas apropriadas pelos ingleses e norteamericanos.
4 – Política Externa do Segundo Reinado
A Questão Christie
- O afundamento do navio inglês Príncipe de Gales
e a pilhagem de sua carga no Rio Grande do Sul.
- Prisão de três oficiais ingleses bêbados no Rio de
Janeiro por policiais brasileiros.
- Intervenção do Embaixador britânico William
Douglas Christie.
- Árbitro da questão: rei Leopoldo I da Bélgica –
Favorável ao Brasil.
– Rompimento das relações diplomáticas entre
Brasil e Inglaterra em 1863, reatada dois anos
depois devido aos interesses platinos.
As Campanhas Platinas
- Uruguai oscila entre Brasil e Argentina;
- Aliança com o argentino Rosas: campanhas
contra Oribe (1851).
- Campanhas contra Rosas (1851);
- O interesse inglês na questão platina;
- Campanha contra Aguirre.
A Guerra do Paraguai (1864 – 1870)
- Nacionalismo paraguaio e desenvolvimento
econômico auto-suficiente desagrada a Inglaterra.
- Ofensivas de Solano Lopez.
- O aprisionamento do navio brasileiro Marquês de
Olinda (1864).
- Formação da Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e
Uruguai).
- Batalha do Riachuelo – vitória brasileira.
- Batalha do Tuiuti – as tropas paraguaias sofrem
pesadas derrotas.
- Batalha de Curupait – vitória paraguaia.
- Em 1897, Uruguai e Argentina retiram-se da
guerra.
- Caxias cedeu o comando das forças brasileiras ao
Conde D’eu.
- Vitória brasileira em 1870/ Batalha de Cerro Corá.
- Conseqüências da guerra.
XVII – IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO
NO SÉCULO XIX
– Introdução: “A partir da segunda metade do
século XIX, os países europeus voltaram a recorrer
ao imperialismo colonial, visando principalmente à
Ásia e a África. Em 1905, 90,4% do território
africano e 56,6% do asiático encontravam-se sob
domínio estrangeiro. A dominação não se faria,
entretanto, sem reação dos povos colonizados.
Várias revoltas marcaram o processo de expansão
colonialista, fazendo prever que a dominação não
conseguiria se perpetuar. A principal conseqüência
14
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
do expansionismo imperialista seria a Primeira
Guerra Mundial”. (MELLO e COSTA. 1999:266)
- Causas do imperialismo: buscas de mercados,
matérias-primas e de terras para escoar mão-deobra.
- Imperialismo do século XIX: Ásia e África,
benefícios para a alta burguesia; capitalismo
financeiro.
1 – Imperialismo na Ásia
- Dominação britânica sobre a Índia.
- Revolta nacionalista dos Cipaios.
- Rainha Vitória, imperatriz dos indianos.
- Guerra do Ópio;
- Tratado de Nanquirim: abertura dos portos
chineses e entrega de Hong Kong à Grã-Bretanha.
- A abertura dos portos japoneses aos Estados
Unidos (1853).
- O Japão na Era Meiji.
2 – Partilha da África
- Dominação da África pelas potências européias.
- Conferência de Berlim: além da Europa, Estados
Unidos e Rússia.
- Conseqüências do Imperialismo e do
Neocolonialismo:
* O mundo inteiramente dividido entre as grandes
potências;
* Choque de imperialismos leva à Primeira Guerra
Mundial.
XVIII – DECLINIO DO SEGUNDO REINADO
– Introdução: Após uma fase de apogeu, iniciada
em meados do século, o fim da guerra do Paraguai
(1870) assinala o começo da decadência do
Segundo Reinado. As Campanhas Abolicionistas e
Republicanas, bem como as questões Religiosas e
Militares, são fatores decisivos que viriam a
culminar na queda da monarquia, em 1889
(COSTA E MELLO. 1999:216).
- As origens do abolicionismo:
* A Revolução Industrial gera pressões para o fim
da escravidão;
- A vida do escravo na África e a questão da
escravidão e do tráfico.
- A vida do escravo e a luta pela libertação: o
Quilombo de Jabaquara e o Quilombo dos
Palmares.
- As campanhas abolicionistas.
- Leis abolicionistas brasileiras:
* Lei Eusébio de Queirós (1850) – fim do tráfico de
escravos da África para o Brasil;
* Lei do Ventre Livre (1871)
* Lei dos Sexagenários (1885);
* A assinatura da Lei Áurea – 13 de maio de 1888.
- A vida do escravo após o fim da escravidão negra
no Brasil.
- A preferência pelos imigrantes como mão-deobra.
- O surgimento do Partido Republicano (divisão do
Partido Liberal).
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
- As Campanhas Abolicionistas e Republicanas.
1 – A Questão Religiosa
- Clero regido pelo padroado.
- Punição dos bispos de Olinda e do Pará.
- O Beneplácito.
2 – A Questão Militar
- Positivismo – Benjamin Constant.
- Difusão das idéias republicanas entre os militares.
- Prisões e punições de lideres militares.
3 - A Queda do Império e a Proclamação da
República
- O engajamento dos militares no movimento
republicano.
- O imperador perde o apoio dos três setores mais
poderosos do Império: proprietários de terras,
militares e a igreja.
- Deodoro da Fonseca assume o comando do
golpe.
- Ausência popular. (A população assiste o golpe
bestializada).
- A deposição da Monarquia e a Proclamação da
República no dia 15 de novembro de 1889.
XIX – HISTÓRIA DE SERGIPE
Sergipe no Período Imperial
Nas primeiras décadas do século XIX, Sergipe
ainda se encontrava sob o domínio político da
Bahia, o que tornava constante os conflitos entre
sergipanos e baianos.
Em 08 de julho de 1820 através de Carta Régia de
D. João VI foi decretada a autonomia política de
Sergipe em relação à Bahia. As autoridades
baianas reagiram contra a emancipação. Em 1821
São Cristóvão foi invadida e o primeiro presidente
da Província, Carlos Bulamarqui, preso e
conduzido a Salvador.
A Bahia foi também contrária à Independência do
Brasil, o que resultou na invasão de seu território
por tropas comandadas por mercenários a mando
do Imperador Pedro I. Somente após essa
intervenção é que Sergipe tornou-se Província do
Império.
A Política em Sergipe do XIX
Em se tornando província foram instalados o
governo e os partidos políticos então designados
de Liberal e Corcunda. O Partido Corcunda era
composto por senhores de engenho e portugueses
a eles ligados e residentes em Sergipe.
O Partido Liberal era formado por senhores do
gado, embora fosse o predileto dos habitantes
urbanos que alimentavam grande sentimento antilusitano. As eleições eram marcadas pela violência
e pela fraude : “Perseguições, assassinatos,
raptos, uso de força policial, falsificação de
documentos e outros crimes que ficaram
15
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
impunes, valia tudo para ganhar a eleição” 1.
Essa truculência estendia-se aos homens livres
pobres, escravos, dentre outros.
Revolta de Santo Amaro(1835 a 1837)
Em 1836 um fato marcou a história política local. O
Partido Corcunda visando não se lograr perdedor
das eleições da época, promoveu uma adulteração
em documentos e invadiu a Vila de Santo Amaro
reduto dos Liberais. Tal fato resultou em
assassinatos, roubos e perseguições aos
habitantes locais. A partir disso, os partidos em
Sergipe tiveram seus nomes modificados para
Rapina (Corcunda) e Camundongo ( Liberal).
Em 1850, acompanhando o movimento nacional
mais uma vez alteraram-se seus nomes para
Conservador e Liberal.
Em 1870 as idéias republicanas chegaram a
Sergipe, onde Estância recebeu o Clube
Republicano. Após a abolição o Partido
Republicano foi organizado em laranjeiras ( 1888).
Era formado por profissionais liberais (
Republicanos Históricos).
Povoações em Sergipe:
O vale da Cotinguiba configurou-se como a região
economicamente mais importante da Província:
Divina Pastora, Laranjeiras, Maruim, Rosário do
Catete, Santo Amaro, Nossa Senhora do Socorro,
Capela, Japaratuba, Siriri foram evidência devido a
grande produção de cana-de-açúcar para
exportação.
Sociedade e Cultura
Nas décadas iniciais do Império a sociedade
sergipana era formada por uma camada de
proprietários de terras e açucarocratas, a maioria
da população era mestiça, isso sem contar os
escravos,
índios
e
portugueses.
Como
características
principais
dessa
sociedade
podemos apontar o patriarcalismo, o isolamento e o
cristianismo. Costumes severos e simplicidade
marcavam seu povo. O luxo era algo reservado
apenas às grandes famílias proprietárias.
As estradas eram ruins, o que dificultava o acesso
e a chegada de informações. A navegação era
difícil. Pouca gente viajava.
A educação do sergipano também era difícil.
Pequena parcela da população chegava aos
bancos escolares. Somente os abastados podiam
estudar, em sua maioria homens. Poucas mulheres
sabiam ler e escrever.
Contudo, em 1832 Sergipe ganhou seu primeiro
jornal (periódico), denominado “Recompilador
Sergipano”, criado em Estância pelo Monsenhor
Silveira.
Porém, a partir de 1850 com a proibição do tráfico,
e as transformações por que passava o
Capitalismo, iniciou-se embora lentamente a se
1
SANTOS, Lenalda Andrade & OLIVA, Terezinha
Alves de. Para Conhecer a História de Sergipe.
Aracaju:Opção Gráfica, 1998. p. 59.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
implantar o transporte ferroviário, criavam-se
instituições financeiras. O crescimento da produção
de açúcar trouxe o desenvolvimento da Zona da
Cotinguiba,
trazendo
o
urbanismo
e
consequentemente uma sociedade e cidades mais
ricas, as quais incorporaram novidades e artigos de
luxo.
Uma outra necessidade que se fazia sentir nesse
momento era a construção de um porto para
desafogar a produção açucareira da Cotinguiba.
Atendendo a essa necessidade deu-se a mudança
da capital de São Cristóvão para o povoado Santo
Antônio do Aracaju.
Mudança da Capital
São Cristóvão durante 266 anos (1590 – 1855)
ostentou a posição de Capital da Província. A
mudança da capital também fez parte de uma
política geográfica que foi dominante no século XIX
em que as capitais brasileiras deveriam ficar
próximas ao oceano, passando de cidadesfortalezas para cidades-portos.
O Ato Imperial de 07 de novembro de 1853
nomeou para administrar a Província, o Dr. Inácio
Joaquim Barbosa. Em 1855 o Sr. Inácio Barbosa
enumerou uma pauta de motivos que induziam a
idéia de mudança da Capital: a inoperância da
Capital da Província, falta de porto na cidade para
escoar o açúcar produzido na Província, não havia
mais perspectivas de crescimento etc.
Assim a escolha de Aracaju para sede da capital
representou a vitória dos produtores de açúcar da
zona da Cotinguiba, região economicamente mais
importante da Província. A transferência da capital
não foi decisão repentina e improvisada, mas sim,
bem estudada tanto geograficamente como
politicamente, onde Inácio Barbosa contou com o
apoio irrestrito do Barão de Maruim (João Gomes
de Melo). Em 1855 Dr. Inácio Barbosa sancionou a
Resolução nº 413 pela qual ficava elevada a
categoria de cidade o povoado Santo Antônio do
Aracaju, com a denominação de cidade do Aracaju.
Uma cidade planejada, que demonstrava a
necessidade de se comunicar com outras regiões.
Realizada
a
mudança
houve
algumas
manifestações por parte da população no intuito de
impedir a saída das repartições públicas. Em 06 de
outubro de 1855, morreu Inácio Barbosa aos 34
anos vítima do Cólera-morbus.
A Visita do Imperador
Em 1860 o Imperador D. Pedro II e sua esposa a
Imperatriz Teresa Cristina estiveram em Sergipe e
visitaram além de Aracaju, Laranjeiras, São
Cristóvão, Estância, Maruim, Propriá, Vila Nova
(Neópolis), Porto da Folha, Itaporanga e o povoado
de Barra dos Coqueiros. Para recebê-los, várias
obras foram executadas: Imperial Instituto
Sergipano de Agricultura, a Ponte do Imperador,
entre outras melhorias.
16
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
Nessa época aumentava o número de sergipanos
nos cursos superiores. Esses jovens realizavam
seus estudos na Bahia, Recife, Rio de Janeiro ou
mesmo no exterior. Dentre eles podemos citar
Tobias Barreto, ilustre jurista consagrado a nível
nacional, Mestre sergipano da faculdade de Direito
do Recife, onde lecionou. Sílvio Romero ( primeiro
folclorista sergipano), Fausto Cardoso, Felisbelo
Freire, Manoel Bomfim, João Ribeiro. Esses
homens escreveram obras sobre Direito, Literatura,
História, Folclore, Política etc. destacou-se nesse
período o pintor Horácio Hora (laranjeirense) que
estudou em Paris.
Nos últimos anos do século XIX surgem novos
jornais, teatros, e escolas femininas. São criados o
Atheneu Sergipense (1870) e a Escola Normal
(1874).
“Ser livre é antes de tudo, escapar da
escravidão que a ignorância impõe”.
Manoel Bomfim
LISTA DE SIGLAS
UFS-SE – Universidade Federal de Sergipe
UFPE – Universidade Federal de Pernambuco
UFA – Universidade Federal de Alagoas
CSA – Clayton de Sousa Avelar (2001)
UFC-CE – Universidade Federal do Ceará
UFPR – Universidade Federal do Paraná
UCB-DF – Universidade Católica de Brasília
PUC-SP – Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo
UFJF – MG – Universidade Federal de Juiz de Fora
FATEC – SP - Faculdade de Tecnologia de São
Paulo
FGV – Fundação Getúlio Vargas
UNIRIO – Fundação Universidade do Rio de
Janeiro
UFF-RJ – Universidade Federal Fluminense
ESPM-SP – Escola Superior de Propaganda e
Marketing
UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais
UFSM –RS – Universidade Federal de Santa Maria
UEL-PR – Universidade Estadual de Londrina
FUVEST – Fundação Universitária para o
Vestibular
CSA – Clayton de Sousa Avelar (2001)
GC – Gilberto Cotrim (1999)
AWMC e MVMA – Antônio Wanderley de Melo
Corrêa e Marcos Vinícius Melo dos Anjos (2003)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARRUDA, José Jobson de A e PILETT, Nelson.
Toda a História: História Geral e do Brasil. 8ª ed.
São Paulo: Ática. 1999.
CORRÊA, Antônio Wanderley de Melo e ANJOS,
Marcos Vinícius dos. História de Sergipe para
vestibulares e outros concursos. Aracaju:
Infographic’s Gráfica e Editora, 2003.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
CORRÊA, Antônio Wanderley de Melo, ANJOS,
Marcos Vinícius dos e CORRÊA, Luiz Fernando de
Melo.
Sergipe
nossa
história.
Aracaju:
Infographic’s, 2005.
COTRIM, Gilberto. História Global: Geral e do
Brasil. São Paulo: Saraiva, 1999.
FIGUEIRA, Divalte Garcia. História: Série Novo
Ensino Médio. Vol. Unico. São Paulo: Ática. 2000.
GLÊYSE E GENIVALDO. Apostila de História para
o Primeiro ano. Aracaju: Pré-Uni, 2008.
MELLO, Leonel Itaussu Almeida e COSTA, Luís
César Amad. História Moderna e Contemporânea.
São Paulo: Scipione, 1999.
_______________________História do Brasil. São
Paulo: Scipione, 1999.
SANTOS, Lenalda Andrade e OLIVA, Terezinha
Alves. Para Conhecer a História de Sergipe.
Aracaju: Opção Gráfica, 1998.
SERIACOPI, Gislane Campos Azevedo e
SERIACOPI, Reinaldo. História: Volume único.1ª
Ed. São Paulo: Ática, 2005.
SILVA, Francisco de Assis. História do Brasil:
Colônia, Império, República. São Paulo: Moderna,
1992.
VICENTINO, Cláudio e DORIGO, Giannpaolo.
História Geral e do Brasil. Vol. Único. São Paulo:
Scipione, 2001. (Série Parâmetros).
CADERNO DE ATIVIDADES
PRIMEIRO BIMESTRE
01. (UFS – 2002) As Revoluções Inglesas do
século XVII representaram um marco na vida
européia. Analise as proposições abaixo.
0 0 – Pela primeira vez a burguesia ascendeu ao
poder e lançou as bases para a consolidação de
sua própria ordem, responsável pela hegemonia do
Parlamento que permanece até hoje.
1 1 - Desde sua origem a burguesia centrava seus
interesses nas atividades comerciais.
2 2 – O estímulo ao comércio e à indústria no
governo de Carlos II reduziu os atritos entre o rei e
o Parlamento, o que favoreceu a ascensão da
pequena burguesia ao poder.
3 3 – Expressou em todos os seus momentos
(Revolução Puritana, Revolução Gloriosa) a disputa
pelo poder entre os reis Stuarts e o Parlamento.
4 4 – A presença de uma mentalidade nas classes
média e urbana, visando a manutenção das
estruturas comunais, acelerou o processo
revolucionário que culminou em 1689.
17
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
02. (UFS – 2005) As revoluções inglesas do século
XVII representaram um marco na vida européia.
Pela primeira vez na história do continente, a
burguesia assumiu o poder e lançou as bases para
a consolidação da sua própria ordem, responsável
pela hegemonia do Parlamento, que permanece
até hoje. Analise as afirmações sobre esse
contexto histórico.
0 0 - Em 1628, o Parlamento inglês sujeitou o rei ao
juramento da “Petição dos Direitos”, que protegia a
população de tributos e detenções ilegais.
1 1 - A origem do Parlamento inglês pode ser
buscada no contexto da Revolução Puritana, que
implantou reformas e correção de injustiças sociais,
e impôs aos Stuart a assinatura da Carta Magna.
2 2 - A sociedade, representada pelo Parlamento,
ao tomar a decisão de executar Carlos I, sepultava
um princípio político central do Estado Moderno: a
idéia da origem divina do rei e de sua incontestável
autoridade.
3 3 - O fim do absolutismo ocorre com a revolução
comandada por Oliver Cromwell, momento em que
o Parlamento inglês, sob a sua chefia, depõe
Carlos I e encerra o ciclo dos governos autoritários
dos Tudor.
4 4 - A Revolução de 1689 teve, para a Inglaterra, o
mesmo papel que, para a França, teve a Revolução
Francesa de 1789, no que se refere à derrubada do
Estado absoluto e ao surgimento das condições
políticas essenciais à burguesia, como a edificação
de um Estado burguês.
03. (UFS – 2007) Devido à crise que ocorria na
Europa no século XVII e em razão do avanço das
forças capitalistas, a Inglaterra pôde conhecer uma
Revolução, que boa parte dos historiadores
considera burguesa, pelos efeitos sobre a estrutura
econômica inglesa. Analise as afirmações sobre os
efeitos dessa Revolução.
0 0 - A burguesia consolida-se definitivamente no
poder, afastando por completo a nobreza do
cenário político e a participação do proletário
urbano nas decisões políticas inglesas.
1 1 - A Revolução consagrou o princípio do poder
monárquico controlado pelo Parlamento, em
oposição aos excessos absolutistas das dinastias
na Inglaterra.
2 2 - O Bill of Rights (Declaração de Direitos)
estabeleceu as bases da monarquia parlamentar
ao firmar a limitação dos poderes do rei pelo
Parlamento, isto é, a superioridade da lei sobre a
vontade do rei, pondo fim ao absolutismo.
3 3 - A exclusão da nobreza do Parlamento
garantiu à burguesia maioria para as decisões
políticas relacionadas à abolição das sociedades
por ações na organização das empresas industriais
e do Ato de Navegação, que protegiam
determinados grupos mercantis.
4 4 - A Revolução teve um papel importante para o
surgimento das condições políticas essenciais à
burguesia, como a edificação de um Estado
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
burguês, favorável
Revolução Industrial.
à
posterior
eclosão
da
04. (UFS – 2001) Analise as proposições sobre o
Iluminismo.
0 0 – Uma das idéias básicas que norteava as
formulações iluministas era a da liberdade como
característica essencial e natural do homem, em
função da qual a sociedade deveria organizar-se.
1 1 – Os autores mais célebres, sobretudo pela
influência que seus trabalhos exerceram sobre a
política das principais nações européias, foram os
franceses. Dentre eles: Montesquieu, Voltaire e
Jean Jacques Rousseau.
2 2 – O despotismo esclarecido foi a principal
decorrência política da filosofia iluminista, que, é
preciso frisar, não contestava o Estado nem o
regime monárquico enquanto tal.
3 3 – As bases para uma nova organização política
que, de modo geral, assentava-se em idéias
marcadamente individualistas, centravam
no
homem os princípios fundamentais da organização
social.
4 4 – Os princípios fundamentais do iluminismo
foram os determinados pelo humanismo cristão, e
tinha como base uma profunda valorização do
homem que se contrapunha aos valores religiosos
da época.
05. (UFS – 2003) O movimento que formulou as
idéias que derrubaram o Antigo Regime é
denominado Iluminismo. Analise as proposições
sobre esse movimento.
0 0 – O culto da razão e a crença nas leis naturais,
idéias defendidas pelo movimento, forneceram as
bases científicas para o desenvolvimento da
tecnologia contemporânea.
1 1 – Os iluministas defendiam a instauração de um
governo democrático, onde reinasse a soberania
popular e o domínio da maioria.
2 2 – Os déspotas esclarecidos foram os
responsáveis pela difusão das idéias iluministas na
Europa Ocidental e na América.
3 3 – O movimento caracterizava-se pela procura
de uma explicação racional para tudo e pela
oposição ao obscurantismo, à tirania e às
injustiças. Essas idéias abriram caminho para a
Revolução Francesa.
4 4 – As idéias iluministas influenciaram tanto
alguns movimentos contra o domínio português,
como a Inconfidência Mineira e a Conjuração
Baiana, quanto o movimento abolicionista.
06. (UFAL – 2003) O processo de exploração
colonial no Brasil engendrou várias revoltas sociais
envolvendo diferentes segmentos da população da
colônia. Identifique as revoltas ocorridas entre os
séculos XVI e XVIII, procurando relaciona-las à
estrutura social e econômica da colônia.
0 0 – Os maranhenses presenciaram, na segunda
metade do século XVII, um conflito entre os
jesuítas e os colonos, a chamada Revolta de
Beckman, pois o trabalho missionário de
18
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
catequização dos indígenas contrariava os colonos,
que utilizavam os índios como escravos.
1 1 – O Quilombo dos Palmares, localizado na
serra da Barriga, atual Estado de Alagoas,
representou uma das formas de resistência dos
escravos contra a exploração do trabalho,
sobrevivendo dezenas de décadas graças ao apoio
direto que eles receberam da alta cúpula da Igreja
Católica.
2 2 – Os portugueses obtiveram uma grande vitória
sobre os franceses na conquista do Brasil, nas
primeiras décadas do século XVI, graças ao apoio
bélico dos povos que formavam a Confederação
dos Tamoios, que preferiam comercializar o paubrasil com os portugueses.
3 3 – A Guerra dos Mascates representou um
choque de interesses entre a aristocracia rural de
Olinda e os comerciantes de Recife, em razão do
favorecimento
destes
últimos
pela
Coroa
portuguesa.
4 4 – A guerra dos Emboabas, na primeira década
do século XVIII, foi um conflito armado ocorrido na
Bahia entre fazendeiros de cana-de-açúcar e
criadores de gado, cuja origem estava relacionada
à posse da terra.
07. (UFS – 2005) A Revolução Pernambucana de
1817, segundo os historiadores, reveste-se de
grande importância por várias razões. Dentre
outras, ela foi a:
0 0 - mais ampla, a mais ousada e a mais profunda
em relação a todas as revoltas anteriores e seu
insucesso deveu-se a não adesão das províncias
vizinhas.
1 1 - única das revoltas pela independência do
Brasil a chegar ao poder e instituir um governo
provisório, inspirado nas idéias republicanas
francesas.
2 2 - única a compreender que a adoção dos
princípios iluministas de liberdade e de igualdade
implicava a demolição do sistema colonial e a
extinção da opressão que pesava sobre os negros.
3 3 - mais organizada e a mais lúcida de todas as
revoltas brasileiras, especialmente no que se refere
ao esforço frustrado de sair do isolamento,
buscando apoio de outras províncias, dos Estados
Unidos e da Inglaterra.
4 4 - única de todas as revoltas do período que
apresentou um
conteúdo ideológico mais
acentuado, possuía um programa republicano e
separatista claro, sabia exatamente o que queria,
mas não teve penetração popular suficiente para
atingir os objetivos.
08. (UFS – 2006) Do final do século XVIII ao início
do século XIX, diversos movimentos armados
desafiaram o controle de Portugal sobre a sua
colônia brasileira. Juntamente com as mudanças
ocorridas no cenário internacional, tais revoltas
aceleraram o processo de independência do Brasil.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
Contextualizando
historicamente
esses
movimentos, pode-se afirmar que:
0 0 – As revoltas coloniais ocorridas na segunda
metade do século XVII e primeira do XVIII tiveram
caráter exclusivamente local. Foram reações
isoladas contra os privilégios de algumas
companhias de comércio, reação à posição da
metrópole em relação a certas autonomias locais
ou, entre outras, contra a política fiscal
metropolitana.
1 1 – Em 1709 Pernambuco foi palco de um
movimento em prol da libertação colonial: a Guerra
dos Mascates. Esta rebelião foi, essencialmente
social, influenciada pelas idéias liberais do
iluminismo e liderada por negros e mulatos.
2 2 – Entre os movimentos que alcançaram grande
repercussão na história por se opor à dominação
portuguesa está a Inconfidência Mineira de 1789,
mesmo ano da Revolução Francesa. Seus líderes
procuraram difundir no Brasil os ideais de
liberdade, igualdade e fraternidade.
3 3 – A Revolta de Vila Rica, além de visar à
emancipação colonial, questionava também as
desigualdades sociais e pregava uma democracia
racial no Brasil, com o fim da escravidão e de todos
os privilégios.
4 4 – A Conjuração Baiana de 1798, entre outras,
colocou em xeque o sistema colonial como um
todo, inserindo-se no movimento mais amplo que
caracteriza a crise do Antigo Regime.
09. (UFS – 2006 – Campus de Itabaiana) No
período em que a Corte Portuguesa mantinha a
sede do governo imperial no Brasil, eclodiu a
Revolução Pernambucana de 1817. Analise as
proposições sobre aspectos dessa Revolução.
0 0 – A Revolução de 1817 foi um movimento
exclusivo de proprietários rurais que queriam
acabar com a centralização imposta pela Coroa em
todo o Nordeste, não tendo participação de setores
progressistas da sociedade.
1 1 – O objetivo dos rebeldes pernambucanos era
proclamar uma república, organizada de acordo
com os ideais de igualdade, liberdade e
fraternidade, que inspiraram os idealizadores da
Revolução Francesa.
2 2 – A Revolução Pernambucana foi, dentre as
rebeliões do período colonial, a única ocorrida no
Nordeste que questionava o Pacto Colonial, mas
não passou de mera conspiração, sem
perspectivas de tomada do poder.
3 3 - Os rebeldes de Pernambuco, por serem de
concepção liberal, desejavam apenas trocar o rei
mantendo o sistema monárquico, não questionando
a estrutura econômico-social que vigorava desde o
século XVII.
4 4 – Os revolucionários tomaram o Recife e
implantaram um governo provisório baseado no
sistema republicano e estabeleceram a igualdade
de direitos e a tolerância religiosa, mas não
tocaram no problema da escravidão.
19
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
10. (UFS – 2008) A transferência da Corte
portuguesa para o Brasil e as transformações
advindas das medidas tomadas no período joanino,
compreendido entre 1808 e 1821, provocaram
reações em diversas regiões do país. Analise as
afirmações que caracterizam a Insurreição
Pernambucana de 1817.
0 0 - A Insurreição Pernambucana, de caráter
anticolonialista, contou com adesão da Paraíba, do
Rio Grande do Norte e teve início com a
constituição de um governo provisório baseado no
modelo do Diretório Francês de 1795, implantado
durante a Revolução Francesa.
1 1 - Os revolucionários pernambucanos, durante o
período em que estiveram no poder, aboliram a
escravidão, os impostos recém-instituídos pela
Corte e estabeleceram a liberdade de imprensa, a
liberdade de religião, uma nova bandeira e um hino
republicano regional.
2 2 - O movimento revolucionário pernambucano
de 1817, que contou com ampla participação da
população negra e foi liderado pela burguesia
letrada, lutava contra o poder político que a
Maçonaria detinha no Nordeste, bem como contra
o autoritarismo dos latifundiários da região.
3 3 - A Insurreição Pernambucana foi impulsionada
por insatisfações políticas das elites nordestinas
em relação à Corte portuguesa no Rio de Janeiro,
agravadas por várias dificuldades econômicas
ocasionadas pela queda dos preços dos principais
produtos de exportação da região, como o açúcar e
o algodão.
4 4 - Os lideres do movimento revolucionário
estiveram 75 dias no poder, pregavam ideais
republicanos e defendiam valores iluministas
propondo
mudanças
comportamentais
na
sociedade sem alterar, entretanto, a manutenção
da propriedade privada e o regime de trabalho
predominante.
11. (UFS – 2003) A industrialização no século
XVIII, na Grã-Bretanha, provocou uma mudança
social profunda na medida em que transformou a
vida dos homens, sem se preocupar com os custos
sociais e ambientais dessa mudança. Sobre esse
fenômeno, analise as afirmações abaixo.
0 0 – Um dos efeitos mais importantes dos
cercamentos das terras na Inglaterra foi o
fracionamento da grande propriedade e a
conseqüente ascensão dos pequenos proprietários
ao poder.
1 1 – O controle técnico do processo de produção
passou para as mãos dos capitalistas no momento
em que se instituiu a divisão e o parcelamento do
trabalho. Isto fez com que o trabalhador perdesse a
visão global do processo.
2 2 – O espírito tradicionalista dos operários, aliado
à violência destruidora dos trabalhadores
desqualificados ingleses que não entendiam o
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
progresso trazido pelas máquinas, deu origem ao
movimento conhecido como Ludismo.
3 3 – O operário se especializou em servir uma
máquina, transformando-se em autômato destinado
a desempenhar atividades cotidianas cansativas e
monótonas e mais vulnerável aos acidentes de
trabalho.
4 4 – A busca por uma maior comunicação entre os
operários, que permitisse o aumento de eficiência
do operário e maior lucratividade para o
empresário, contribuiu com a organização do
trabalho fabril na Inglaterra.
12. (UFS – 2006) A Revolução industrial, que teve
início por volta de 1750 na Inglaterra, fez surgir
novas ferramentas e máquinas capazes de
substituir dezenas de braços humanos. Reunidas
nas fábricas, as máquinas deram origem a novos
processos de produção. Ao mesmo tempo, os
trabalhadores constituíram a nova classe social, o
proletariado. Sobre este fenômeno, analise as
proposições abaixo.
0 0 – A expropriação da massa de trabalhadores
gerou uma sucessão de lutas, diretas ou indiretas,
contra a propriedade e o capital representados pela
burguesia industrial.
1 1 – As reivindicações do operariado traduzia um
desejo comum das demais camadas populares
inglesas, a saber: a supressão de uma ordem
social baseada no privilégio e na sociedade
estamental.
2 2 – O ludismo foi o nome usado para designar
movimentos operários de protesto que se
desenvolveu no final do século XVIII e início do
século XIX em busca de melhorias salariais e
contenção da mecanização do ciclo produtivo,
principalmente no setor têxtil.
3 3 –Na primeira fase da Revolução Industrial, as
lutas do proletariado resultaram da reivindicação
dos trabalhadores por reforma da sociedade a fim
de eliminar a propriedade privada, assim como o
sistema capitalista.
4 4 – O operariado começou a fazer sua aparição
política com reivindicações classistas e propostas
de ordem social, assim como, na ordenação do
poder.
13. (UFS – 2009) Afastado de qualquer atividade
do
pensamento,
esses
homens
perdem
exatamente aquilo que os diferencia dos seres
irracionais. No fim do percurso, encontramos
homens reduzidos a meros seres intuitivos; sua
parcela de humanidade se localiza nos sentimentos
e não na razão. (Maria StelJa Martins Bresciani)
(Nicolina L de Pella e Eduardo A B. Ojeda. História:
uma abordagem Integrada. São Paulo: Moderna.
2003. p. 133)
Pode-se estabelecer uma relação entre o texto e o
contexto da Revolução Industrial inglesa, pois essa
Revolução.
0 0 - Propiciou a ascensão social dos artesãos, na
medida em que favoreceu a reunião de seus
20
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
capitais e suas ferramentas em oficinas,
contribuindo para o aumento da produção e para a
acumulação de riqueza.
1 1 - Transferiu para a máquina o controle dos
artesãos e, nas relações de trabalho, transformou o
trabalho em mercadoria, sendo responsável pela
formação de uma nova classe social, o
proletariado.
2 2 - Intensificou a interferência do Estado na
regulamentação da jornada de trabalho e no
estabelecimento de bases salariais para melhorar
as condições de trabalho do proletariado e protegêIo da exploração do patrão.
3 3 - Estimulou o ideal socialista da propriedade
privada, transformando a vida do trabalhador numa
constante busca de riqueza para reduzir as
desigualdades sociais e promover sua ascensão
na sociedade capitalista.
4 4 -Promoveu a divisão do trabalho em múltiplas
operações, dando origem à linha de montagem e
conduzindo o trabalhador à especialização e à
alienação em relação ao processo produtivo global.
14. (UFS – 2002) Analise as proposições abaixo
sobre o liberalismo.
0 0 – Os teóricos do liberalismo do século XVIII
defendiam o princípio de que as transformações da
sociedade resultavam exclusivamente das forças
econômicas.
1 1 – O liberalismo clássico baseava-se no
intervencionismo estatal, no dirigismo econômico e
no protecionismo alfandegário.
2 2 – Para o pensamento liberal do século XVIII, o
bem-estar da sociedade era o resultado e a
conseqüência
da
prosperidade
econômica
individual de seus membros integrantes.
3 3 – O liberalismo baseava-se na tese de que a
riqueza de um país dependia de sua capacidade de
acumular metais preciosos.
4 4 – Os economistas liberais do século XIX, frente
aos problemas criados pela industrialização,
defendiam a propriedade privada, a livre
concorrência e algumas reformas.
15. (UFS – 2004) No século XVIII, o pensamento
liberal exerceu grande influência no mundo
ocidental, especialmente com idéias divergentes
dos fundamentos do Antigo Regime. Analise os
princípios do liberalismo dentro do contexto
histórico mencionado.
0 0 – O princípio liberal de não intervenção do
Estado
na
economia
contrapunha-se
ao
mercantilismo, uma vez que este era considerado
prejudicial à livre iniciativa econômica.
1 1 – Os liberais defendiam a liberdade política,
mas condenavam a liberdade religiosa, pois
acreditavam que o questionamento do poder da
igreja poderia prejudicar a acumulação primitiva do
capital.
2 2 – Um dos mais conhecidos idealizadores do
pensamento liberal foi Charles Montesquieu, que
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
condenava o absolutismo monárquico, mas
concordava com a idéia da constituição de um
governo livre por meio do voto popular para a
eleição presidencial.
3 3 – Adam Smith defendia princípios do
liberalismo econômico, sobretudo a idéia de que a
economia deveria ser dirigida pelo livre jogo da
oferta e da procura de mercado.
4 4 – Os pensadores liberais divergiam e eram até
mesmo contraditórios, mas eles tinham como
princípio básico a utilização da razão como forma
de reflexão sobre as relações entre sociedade e
natureza.
SEGUNDO BIMESTRE
16. (UFS – 2004) Considere os dois textos.
I.
A igualdade entre os homens não é
tanto um problema de igualdade de
riquezas, mas uma questão de
igualdade de direitos.
II.
Não basta que a República se
fundamente sobre a igualdade. É
preciso que as leis e os costumes
contribuam para que desapareçam as
desigualdades econômicas.
(Gilberto Cotrim. História Global. São Paulo:
Saraiva, 1999. p. 264)
Os dois textos foram escritos, em 1973, por
participantes da Revolução Francesa. Reflita sobre
os ideais e os agentes sociais que participaram
dessa Revolução.
0 0 – As idéias de liberdade e igualdade, que
estiveram no centro das discussões durante a
Revolução, nem sempre foram compreendidas da
mesma maneira, tanto naquela época como
atualmente.
1 1 – Os dois textos foram escritos por defensores
dos direitos de igualdade econômica, pois os
revolucionários franceses estavam unidos na luta
contra a monarquia e na luta pela distribuição
igualitária das riquezas.
2 2 – O primeiro texto expressa idéias mais
próximas do ideário dos girondinos, que estavam
dispostos a aprovar a igualdade de todos perante a
lei, mas não abriram mão do direito à propriedade
individual.
3 3 – O segundo texto está diretamente relacionado
com as idéias dos jacobinos, que defendiam
posições mais radicais e de interesse da pequena
burguesia, dos camponeses e dos proletários.
4 4 – Os ideais do segundo texto foram colocados
em prática, após o golpe de 18 Brumário, por
Napoleão Bonaparte, que assumiu o governo
criando leis que favoreciam as camadas populares
participantes da Revolução.
17. (UFAL – 2004) Considere a gravura.
21
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
A gravura expressa um dos símbolos da
radicalização política que ocorreu em determinados
momentos do processo de revoluções burguesas
nos séculos XVII e XVIII, na Europa. Analise as
afirmações que apresentam fatos relacionados a
esse radicalismo.
0 0 – Ao contrário do que ocorreu na Revolução
Francesa, as revoluções inglesas do século XVII
tiveram um caráter pacífico, pois as divergências
entre os monarcas e o parlamento eram de
natureza econômica e não políticas.
1 1 – No contexto da Revolução Francesa, os
jacobinos lideraram, ao lado dos sans-culottes,
uma reação contra os que denominaram de
“traidores da pátria e da revolução”, proclamando a
República e implantando a pena de morte para os
contra-revolucionários.
2 2 – Os montanheses e os girondinos
desencadearam verdadeiro terror durante a
Revolução Francesa, executando publicamente os
membros da burguesia que discordavam do projeto
de implantação da reforma agrária.
3 3 – No século XVII, divergências entre o rei
Carlos I e o Parlamento em relação ao poder
político e aos assuntos econômicos culminaram
numa Guerra Civil que resultou na condenação à
morte do rei e na proclamação da República que
vigorou de l649 a 1658.
4 4 – As revoluções burguesas européias foram
marcadas pela violência contra os monarcas
absolutistas, pois suas lideranças inspiraram-se
nos pensadores iluministas que defendiam a
eliminação dos opositores da expansão do capital.
18. (UFAL – 2005) Considere a imagem.
Em novembro de 2005, a França viveu dias
agitados
principalmente
com
os
ataques
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
incendiários a carros e imóveis públicos. No dia 14
de julho de 1789, grande parte da população
parisiense destruiu e incendiou a Bastilha. Reflita
sobre a imagem e o seu significado para a história
da França.
0 0 – A Bastilha era uma prisão para opositores
políticos e simbolizava o autoritarismo e as
arbitrariedades cometidas pelo governo absolutista
francês.
1 1 – Os sans culottes tiveram um papel
fundamental
na
onda
revolucionária
que
desmoronou um dos símbolos do Antigo Regime
2 2 – A tomada da Bastilha marcou o início de um
governo socialista na França que terminou com o
Golpe de Napoleão Bonaparte.
3 3 – A burguesia condenou a destruição da
Bastilha pelos parisienses por temer que a
sublevação afetasse os seus direitos feudais sobre
a terra.
4 4 – A queda da Bastilha teve um significado mais
amplo na história, pois sua repercussão
ultrapassou as fronteiras da França.
19. (UFS – 2006 – Campus de Itabaiana)
Considere o Cartum inglês do início do século XIX,
mostrando William Pitt (primeiro-ministro da
Inglaterra) e Napoleão Bonaparte.
O chargista mostra sua visão sobre aspectos da
política de Napoleão Bonaparte. Identifique as
afirmações que contêm fatos ou idéias
relacionadas com o contexto histórico destacado
pelo chargista.
0 0 – A França e Inglaterra uniram-se com o
objetivo de realizar a expansão imperialista nos
continentes dominados pelos portugueses e
espanhóis.
1 1 – A rivalidade entre a França e a Inglaterra teve
repercussões políticas em Portugal, pois forçou a
família real portuguesa a se transferir para o Brasil.
2 2 – A partilha do mundo, pretendida pelos
franceses e ingleses não se realizou, porque
Napoleão invadiu e dominou a Inglaterra durante o
seu governo.
3 3 – Os conflitos entre França e Inglaterra existiam
porque ambos buscavam ampliar seus domínios
territoriais visando desenvolver o sistema industrial.
22
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
4 4 – O Bloqueio Continental imposto à França
pelos ingleses dificultou a comercialização dos
produtos franceses em vários continentes.
20. (UFS – 2008) Considere o trecho que segue.
A história "moderna" termina em 1789, com aquilo
que a Revolução batizou ''Antigo Regime". (...)
1789 é a chave para o antes e o depois. Separaos, e portanto os define, os explica.
(François Furet. Pensando a Revolução
Francesa. Trad, São Paulo: Paz e Terra,
1989, p.17)
Diversos historiadores enfatizaram a importância e
o significado histórico da Revolução Francesa para
o mundo ocidental. Analise as proposições que
justificam as afirmações feitas pelo autor.
0 0 - A Revolução Francesa foi um processo
radical de insurreição popular contra a monarquia,
a Igreja Católica, a desigualdade social, a
sociedade estamental e a propriedade privada,
cujos
princípios
ideológicos
inspiraram
o
socialismo.
1 1 - O caráter antifeudal, anticlerical e a liderança
burguesa foram fatores da Revolução Francesa
que impulsionaram a consolidação do capitalismo e
inauguraram o que se considerava "uma nova era",
marcada pelo estabelecimento de um novo
calendário.
2 2 - A Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão estabeleceu a soberania da Nação, a
liberdade de expressão, a igualdade jurídica e a
obrigação do Estado na defesa dos direitos
naturais dos cidadãos, rompendo com a sociedade
híerarquica e os privilégios nobiliarquicos até então
vigentes.
3 3 - O processo revolucionário francês foi
composto por sucessivas etapas nas quais se
verifica a graduai adesão de todos os setores da
sociedade a ideais liberais e republicanos, cujo
desfecho culminou no fim do absolutismo e na
implantação do primeiro governo democrático
ocidental.
4 4 - A fase denominada "República Jacobina"
caracterizou-se pelo definitivo rompimento com o
Antigo Regime e pela pacificação da sociedade
francesa, pois nesse período de estabilidade
econômica foi estabelecido o sufrágio universal, a
reforma agrária, e a anistia a todos aqueles
anteriormente considerados inimigos do povo.
21. (UFS – 2002) Analise as proposições abaixo
sobre os Estados Unidos no século XIX.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
0 0 – A conquista do Oeste americano, realizada
pelos pioneiros, agravou a rivalidade política e
econômica entre o Norte burguês-capitalista e o Sul
agrário-escravista, desencadeando a Guerra Civil
do século XIX.
1 1 – Após a guerra civil, seguiu-se uma fase de
reconstrução do país, em que foram lançadas as
bases para que os Estados Unidos se
transformassem numa potência.
2 2 – A abolição definitiva da escravidão ocorreu
nos Estados Unidos apenas em 1885, o que o
colocou como um dos últimos países do mundo a
adotar tal procedimento.
3 3 – O isolacionismo em relação à Europa e o
intervencionismo na América Latina foram as
principais características da política externa dos
Estados Unidos no século XIX.
4 4 – A Doutrina Monroe, sintetizada no lema “ a
América para os americanos”, serviu de pretexto
para a intervenção dos Estados Unidos em 1898 na
guerra de independência de Cuba contra a
Espanha.
22. (UFS – 2004) O desenvolvimento dos Estados
Unidos da América no século XIX engendrou
elementos que explicam a sua política imperialista
e a hegemonia que adquiriu, sobretudo a partir da
Primeira Guerra Mundial. Analise esses elementos
do processo histórico dos EUA.
0 0 – Buscando unir forças com os governos latinoamericanos, o governo dos EUA formulou, em
1823, a Doutrina Monroe, cujo princípio
fundamental consistia na ajuda financeira aos
países
que
respeitassem
os
princípios
democráticos e liberais.
1 1 – Os governos dos Estados Unidos adotaram
uma postura agressiva, especialmente contra os
europeus, mexicanos e indígenas, no processo de
expansão territorial, conhecido por expansão para
o Oeste.
2 2 – A Guerra de Secessão representou a vitória
inquestionável dos Estados do Norte sobre os
Estados sulistas, que, ao final, tiveram que
reconhecer a abolição da escravidão, que era um
dos motivos da guerra.
3 3 – Na segunda metade do século XIX, a
instituição do direito de voto aos negros favoreceu
o surgimento de organizações, como a ku-kluxklan, que cometiam atos de violência contra eles e
difundiam a segregação racial.
4 4 – O grande desenvolvimento industrial, na
segunda metade do século XIX, aliado ao processo
de mecanização da agricultura, beneficiou as
camadas populares urbanas e os camponeses, por
meio das garantias trabalhistas e da reforma
agrária realizada.
23. (UFS – 2005) Considere a foto e o texto.
23
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
Esta é uma instituição de Cavalheirismo,
Humanidade Misericórdia e Patriotismo (...) cujos
objetivos são: Primeiro: proteger os fracos,
inocentes e indefesos contra as indignidades,
injustiças e ultrajes dos sem-leis, violentos e
brutais; acudir aos injuriados e oprimidos; socorrer
os sofredores e infelizes e, sobretudo, as viúvas e
órfãos de soldados confederados. Segundo:
proteger e defender a Constituição dos Estados
Unidos, e todas as leis promulgadas em
conformidade com ela, e proteger os Estados e seu
povo de toda a invasão, venha esta de onde vier.
(Harold C Syrett (org). Documentos Históricos dos
Estados Unidos. Trad. São Paulo: Cultrix, 1980. p.
225).
As idéias do texto fazem parte do manifesto de
fundação de uma organização, simbolizada na foto,
que surgiu nos Estados Unidos, em 1867. Analise
as afirmações sobre essa organização nesse
contexto histórico.
0 0 - Essa organização tornou-se conhecida por
Ku-Klux-Klan e, ao contrário do que ela apresenta
no seu manifesto, suas ações basearam-se em
princípios racistas e recorria a ameaças e à
violência para restabelecer a supremacia branca no
sul dos EUA.
1 1 - A organização a que a foto faz referência
transgrediu princípios defendidos em seu
manifesto, pois impediu que os ex-escravos
assumissem plenamente a cidadania, prevista em
Emenda Constitucional dos EUA, aprovada logo
após o término da Guerra
de Secessão.
2 2 - A organização do Cavalheirismo,
Humanidade, Misericórdia e Patriotismo passou a
atuar nos EUA na defesa dos grupos indígenas que
perdiam suas terras durante a marcha para Oeste,
sendo a cruz o sinal de proteção a esses povos.
3 3 - O movimento abolicionista nos Estados
Unidos teve a participação de várias organizações
secretas, como a mencionada no texto e na foto,
que utilizavam métodos de intimidação e de
violência contra os proprietários de terra e de
escravos.
4 4 - A Guerra de Secessão teve como causa
primordial o surgimento de inúmeras organizações
separatistas nos Estados do Norte dos EUA, como
a mencionada no texto, que pretendiam formar uma
nação branca excluindo o território do Sul em razão
do elevado número de negros nesta região.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
24. (UFS – 2006) Na passagem do século XVIII
para o século XIX, as revoluções, iniciadas com a
independência dos Estados Unidos e consolidadas
com a Revolução industrial e a Revolução
Francesa, deixaram em desvantagem os Estados
ibéricos, ainda apegados ao mercantilismo
colonialista, que dificultava o livre comércio e,
portanto, o desenvolvimento industrial. Nesse
período, pode-se afirmar que:
0 0 – O processo de independência das colônias
espanholas na América foi acelerado com a difusão
do princípio de legitimidade em todas regiões
latino-americanas, pelos líderes revolucionários.
1 1 – Em represália à não-obediência ao Bloqueio
Continental, Napoleão Bonaparte invadiu Portugal
e ocupou a Espanha, desencadeando o processo
de independência da América Latina.
2 2 – As elites da América espanhola,
representadas
pelos
criollos,
apoiaram
o
rompimento com a metrópole monopolista, que lhes
dificultava as transações mercantis, sobretudo com
a Inglaterra, principal pólo econômico do mundo.
3 3 – Somente entre 1817 e 1825, processou-se a
revolução vitoriosa que libertou a maioria dos
países latino-americanos. Os rebeldes apoiados
pela Inglaterra e os Estados Unidos foram ainda
favorecidos pela distância da metrópole e pela
situação interna da Espanha, envolvida em
convulsões políticas.
4 4 – A estrutura econômica das colônias latinoamericanas caminhou para o amadurecimento
capitalista, fortalecendo os valores liberais e
nacionalistas das rebeliões emancipacionistas
locais.
25. (UFS – 2006 – Campus de Itabaiana) Nos
Estados Unidos da América, as diferenças
econômicas, sociais e políticas entre Norte e Sul
aprofundaram-se em meados do século XIX,
levando à eclosão da Guerra de Secessão.
Identifique
os
acontecimentos
históricos
relacionados a esse conflito.
0 0 – Um dos problemas que alimentaram de forma
crescente a rivalidade entre Norte e Sul residia na
questão da expansão do escravismo nos novos
estados do Oeste.
1 1 – A vitória dos estados sulistas ocorreu, dentre
outros fatores, porque eles possuíam um
desenvolvimento industrial que facilitava a
fabricação de equipamentos militares.
2 2 – A Guerra provocou graves dificuldades à
produção e exportação de algodão nos estados do
Sul, e isso beneficiou algumas regiões do Nordeste
que passaram a exportar mais esse produto.
3 3 – Houve tanta resistência dos sulistas à
libertação dos escravos que, mesmo após a
abolição da escravatura, muitos deles fundaram
associações terroristas, como a ku klu klan, contra
os negros.
4 4 – O poder político da União enfraqueceu
consideravelmente
depois
da
Guerra,
24
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
permanecendo nas mãos da oligarquia latifundiária
e escravista.
26. (UFS – 2008) No século XIX os Estados Unidos
viveram uma intensa guerra civil, conhecida como
Guerra de Secessão e causada por divergências
entre estados do Norte e do Sul do pais. Analise as
proposições que tratam desse conflito.
0 0 - As divergências entre o Norte e o Sul se
referiam, entre outros temas, à concepção de
política econômica que deveria vigorar no país:
enquanto no Norte defendia-se a adoção de tarifas
protecionistas,
no
Sul
reivindicava-se
o
estabelecimento do livre comércio.
1 1 - As conseqüências da Guerra de Secessão
foram a consolidação da Independência dos
Estados Unidos, o início da expansão territorial
conhecida como Marcha para o Oeste e a
circunscrição da escravidão a estados de pouca
relevância econômica.
2 2 - As diferenças econômicas entre o Norte,
industrial e urbano, e o Sul, onde predominava a
grande propriedade rural, somadas à questão do
escravismo, admitido no Sul mas rechaçado no
Norte, foram fatores que impulsionaram a Guerra
de Secessão.
3 3 - Os estados sulistas, separatistas, iniciaram a
guerra civil ao atacarem o Norte, que após anos de
resistência foi subjugado e obrigado a acatar
algumas leis para promover a reunificação do pais,
dentre elas a que estabelecia a segregação racial.
4 4 - Os estados nortistas formaram uma
Confederação com o objetivo de derrotar as tropas
do Sul para promover uma nova ocupação agrária
do território nacional, baseada na liberdade de
aquisição de terras e no estabelecimento de leis
universais.
TERCEIRO BIMESTRE
27. (UFS – 2001) Considere as proposições sobre
a crise do sistema colonial.
0 0 – A Santa Aliança, criada com a finalidade de
combater os movimentos revolucionários nas
colônias, acelerou o nosso processo de
independência na medida que forçou a abertura
dos portos brasileiros às nações amigas.
1 1 – A Independência do Brasil não pode ser
considerada como um fato isolado. O 7 de
setembro foi, na verdade, um marco do processo
de expansão do liberalismo, que impregnou os
movimentos de rebeldia desde o século XVIII.
2 2 – O “Dia do Fico” – 9 de janeiro de 1822 – é
considerado pelos historiadores como verdadeiro
dia da independência do Brasil, pois assinalou a
opção de D. Pedro pela autonomia brasileira.
3 3 – O processo de emancipação brasileiro teve a
sua etapa decisiva nas primeiras décadas do
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
século XIX, com a vida da família real portuguesa
para o Brasil.
4 4 – O Bloqueio Continental retardou o processo
de independência do Brasil na medida em que
proibia os países aliados à França e suas colônias
de comerciarem com os comerciantes ingleses.
28. (UFAL – 2002) Analise as afirmações abaixo
sobre a independência das Américas portuguesa e
inglesa.
0 0 - A presença da corte portuguesa no Brasil, no
começo do século XIX, mudou de vez o equilíbrio
das relações colônia-metrópole a favor da colônia,
de sua autonomia e, no final, de sua emancipação.
1 1 - A Independência dos Estados Unidos no
século XVIII marca o início da Era das Revoluções
Burguesas, pois bloqueou a possibilidade de
independência das outras colônias na América.
2 2 - Além da política repressiva inglesa, que se
expressou por meio de várias leis da Metrópole, o
processo de Independência dos Estados Unidos foi
influenciado pelos ideais iluministas defendidos
pelos colonos, que sonhavam com a formação de
um novo país.
3 3 - A Independência da América Inglesa
caracterizou-se por ser uma revolução social de
massa e muito mais radical do que qualquer outro
movimento revolucionário da época, pois foi a única
de alcance universal.
4 4 - Os movimentos nativistas brasileiros,
principalmente a Inconfidência Mineira e a
Conjuração Baiana, influenciaram a América Latina
repercutindo nos levantes que levaram à liberação
de várias colônias da região.
29. (UFS – 2007) Considere o texto para responder
à questão.
Não é possível explorar a colônia sem desenvolvêla; isto significa ampliar a área ocupada, aumentar
o povoamento, fazer crescer a produção. É certo
que a produção se organiza de forma específica,
dando lugar a uma economia tipicamente
dependente, o que repercute também na formação
social da colônia. Mas, de qualquer modo, o
simples crescimento extensivo já complica o
esquema; a ampliação das tarefas administrativas
vai promovendo o aparecimento de novas camadas
sociais, dando lugar aos núcleos urbanos, etc.
Assim, a pouco e pouco se vão revelando
oposições de interesse entre colônia e metrópole, e
quanto mais o sistema funciona, mais o fosso se
aprofunda. Por outro lado, a exploração colonial,
quanto mais opera, mais estimula a economia
central, que é o seu centro dinâmico. A
industrialização é a espinha dorsal desse
desenvolvimento, e quando atinge o nível de uma
mecanização da indústria, todo o conjunto começa
a se comprometer porque o capitalismo industrial
não se acomoda nem com as barreiras do regime
exclusivo colonial nem com o regime escravista de
trabalho. (Fernando A. Novais. As dimensões da
independência. in: Carlos G. Mota. 1822 –
Dimensões. São Paulo: Perspectiva, 1972. p. 23)
25
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
A transição do feudalismo ao capitalismo
completou-se no século XVIII. Foi nesse momento,
ou a partir dele que ocorreu a crise do sistema
colonial e, conseqüentemente, os movimentos de
independência nas áreas coloniais. Analise as
afirmações que confirmam as argumentações do
autor do texto.
0 0 - Os movimentos de independência latinoamericanos resultaram da ausência de acordo
entre os interesses econômicos da aristocracia
proprietária de terras e as forças capitalistas
externas inglesas.
1 1 - Uma vez iniciado o processo de
industrialização na Inglaterra, o sistema colonial,
montado sob a ótica do capital mercantil
desestruturou-se completamente e, nas áreas
coloniais, passaram a ocorrer os movimentos de
independência.
2 2 - O surgimento de uma nova divisão
internacional do trabalho transformou as antigas
regiões coloniais em fornecedoras de produtos
manufaturados e possibilitou a formação de uma
elite interessada em romper os laços coloniais
metropolitanos.
3 3 - A crise do sistema colonial está diretamente
relacionada com a introdução do modo de
produção capitalista, cujas exigências não
poderiam ser atendidas pelos mecanismos básicos
do Antigo Sistema Colonial, já que este fora o
instrumento do capital comercial.
4 4 - Os fatores que atuaram sobre o movimentos
de independência das colônias americanas foram
frutos da dinâmica interna de conscientização das
classes dominantes, representantes do povo nas
assembléias das capitanias.
30. (UFS – 2003) Analise as proposições abaixo
sobre o processo de Independência do Brasil.
0 0 – A abertura dos portos em 1808, decretou a
morte do pacto colonial, na medida em que
extinguiu o monopólio do comércio colonial. A partir
daí, o Brasil caminhou a passos largos rumo à
definitiva independência política, em 1822.
1 1 – A elevação do Brasil à categoria de Reino
Unido, em 1815, está ligada aos interesses
econômicos dos países membros do Congresso de
Viena em promover a independência política das
colônias portuguesas na América.
2 2 – Acontecimentos de suma importância
modificou, em 1822, o quadro político de Sergipe.
O general Pedro Labatut obrigou as câmaras
municipais a reconhecerem a autoridade de D.
Pedro e fez com que se observasse o ato da
autonomia da província.
3 3 – No começo do século XIX o partido favorável
à autonomia de Sergipe e à independência da
colônia levou à prisão o governador que fazia uma
política contrária à emancipação local. Quebrada a
resistência o partido declarou, em 1820, a
independência política da capitania.
4 4 – A independência do Brasil em 1822 promoveu
a ampliação da participação popular nas decisões
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
políticas do país na medida em que a Constituição
de 1824 introduziu o voto universal e secreto.
31. (UFS – 2005) Reflita sobre o texto.
A penetração do capital financeiro no Brasil tem
sua origem naqueles primeiros empréstimos
concedidos pela Inglaterra, logo depois da
Independência, ao novo governo da jovem nação.
(...) Mas estes empréstimos têm um caráter
especial e não representam ainda o papel
específico do capital financeiro dos tempos mais
recentes. Sua função é meramente política, e sua
finalidade puramente comercial.
(Caio Prado Junior. História econômica do Brasil.
São Paulo: Brasiliense, 1972. p. 270-1)
A elevada dívida externa do Brasil compromete, em
grande parte, a política econômica do presidente
da República, Luiz
Inácio Lula da Silva. Esse problema tem raízes
históricas. O autor do texto faz referência às
origens do endividamento externo no processo de
formação do Estado brasileiro. Analise as
proposições relacionadas ao texto e ao período do
Império
no Brasil.
0 0 - A Inglaterra assumiu o papel de intermediária
entre o Brasil e Portugal na questão da
independência, como forma de criar condições para
continuar extraindo lucros do privilégio comercial
com o Brasil.
1 1 - A diplomacia inglesa cumpriu decisões do
Congresso de Viena quando reconheceu, logo
após o “grito da Independência”, o Império
brasileiro, o que lhe garantiu o privilégio de ser o
primeiro credor do Brasil.
2 2 - Em 1825, foi assinado o Tratado de Paz e
Amizade no qual, em uma das cláusulas, Portugal
reconhecia a independência do Brasil, e este se
comprometia a indenizar a ex-metrópole em dois
milhões de libras esterlinas.
3 3 - Os ingleses participaram do processo de
independência política do Brasil por razões
políticas e não econômicas, uma vez que tinham
interesse na difusão do liberalismo e do
parlamentarismo.
4 4 - Para reconhecer a independência do Brasil, a
Inglaterra assinou acordos com o governo brasileiro
que estabelecia, entre outras cláusulas, taxas
alfandegárias preferenciais para os ingleses e a
abolição do tráfico de escravos.
32. (CSA – 2001) Da segunda metade do século
XVIII em diante, o sistema colonial espanhol entrou
em crise até que, no início do século XIX, quase
todo seu antigo império colonial na América
estivesse independente. Sobre as causas externas
desta crise, julgue os itens abaixo.
0 0 – A emancipação das colônias espanholas, a
exemplo do Brasil, foi realizada pelos vice-reis que
governavam partes do império espanhol na
América. Percebendo a fragilização da monarquia,
26
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
por conta das guerras napoleônicas, proclamaramse reis em seus respectivos domínios.
1 1 - O liberalismo, doutrina e política econômica,
triunfara no século XVIII. Todas as monarquias
européias mais desenvolvidas, como a Inglaterra e
a França, lutavam contra o colonialismo, por
considerá-lo incompatível com o livre comércio, o
que de fato era. Por esse motivo, os espanhóis
foram constrangidos a conceder a libertação às
suas colônias na América.
2 2 - A independência dos Estados Unidos serviu
de exemplo para as elites locais hispanoamericanas.
3 3 - O êxito da Revolução Inglesa foi o principal
fator a determinar a independência na América
Latina, pois ela consagrou o princípio de
autodeterminação dos povos.
4 4 - A Revolução Francesa e seus ideais de
liberdade influenciaram muitos setores da
sociedade hispano-americana.
33. (CSA – 2001) Leia o texto.
"A Constituinte teve os trabalhos comprometidos
com as lutas entre os parlamentares e o imperador,
sobretudo depois que os Andradas romperam com
ele e passam a fazer-lhe obstinada luta. Formarase a comissão que logo encaminha projeto para o
documento: o principal redator fora Antônio Carlos,
já experimentado politicamente, de presença
marcante na revolução de 1817 e ex-deputado às
Cortes de Lisboa. Submetida ao plenário, a
proposta mal começou a ser discutida. "
(Francisco Iglésias. Constituintes e Constituições
Brasileiras . São Paulo, Brasiliense, 1986, p. 19)
Julgue os itens, com base no texto e em seus
conhecimentos sobre os primeiros anos do Brasil
independente.
0 0 - A razão fundamental da luta entre
parlamentares e o imperador era o poder. Os
parlamentares de inclinação liberal opunham-se à
concentração de poderes em D. Pedro e
pretendiam elaborar uma constituição onde o
Parlamento tivesse força real.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
período regencial brasileiro e à discussão sobre a
legalidade ou não da antecipação da subida de D.
Pedro II ao trono, mesmo sem ter idade legal para
tanto.
34. (CSA – 2001) Leia o texto.
“A ideologia liberal, inócua e excluída ao nível da
dominação patrimonialista (pela persistência
concomitante da escravidão, do mandonismo, do
privatismo e do localismo), encontra na sociedade
civil, nascida da Independência, uma esfera na qual
se afirma e dentro da qual preenche sua função
típica de transcender e negar a ordem existente”.
Florestan Fernandes. A Revolução Burguesa no
Brasil. Rio de Janeiro, Zahar, 1981. P. 39)
Julgue os itens, com base em seus conhecimentos
e no texto acima, sobre o liberalismo no Brasil após
a independência.
0 0 – No Brasil a ideologia liberal manifestou-se em
diversas revoltas provinciais, entre elas a
Confederação do Equador.
1 1 – A expressão “sociedade civil” designa
aqueles setores sociais não relacionados
diretamente ao Estado. Ela expressava-se muito
mais nas províncias e nos setores exaltados da
corte do que propriamente nas organizações
políticas tradicionais.
2 2 – A escravidão, o mandonismo local das
oligarquias e o caráter privatista da ocupação dos
cargos do Estado são incompatíveis com a visão
liberal. Tal problema verificou-se tanto no Primeiro
Reinado quanto no período regencial.
3 3 – A principal bandeira política dos liberais era a
efetiva centralização política do Estado Brasileiro.
Pensavam que esta era a melhor forma de
assegurar as liberdades individuais.
4 4 – A negação da ordem existente, conforme
mencionada no texto, é a ordem em seu conjunto,
isto é, econômica, política, social e cultural. Por
isso, os liberais eram revolucionários e defensores
da socialização do Brasil, o que equivale dizer:
extinção da propriedade privada.
35. (CSA – 2001) O que podemos dizer em
relação à Constituição de 1824?
1 1 - O objetivo dos Andradas era derrubar D.
Pedro e criar uma nova dinastia, a dos Andradas.
Foram por isso presos e exilados.
0 0 - Foi tão liberal quanto o pretendido pelos
parlamentares da Constituinte de 1823. O poder
ficou repartido conforme a constituição norteamericana e as províncias teriam ampla autonomia
política e administrativa.
2 2 - Antônio Carlos de Andrada participou da
Insurreição Pernambucana, o mais radical
movimento pró-independência antes da ruptura de
1822.
1 1 - Sacramentou a idéia da monarquia hereditária
e ainda concentrou poderes nas mãos de D. Pedro
ao estipular o quarto poder, o Moderador. Com ele,
D. Pedro controlaria os outros três poderes.
3 3 - A "proposta mal começou a ser discutida"
porque em pouco tempo D. Pedro dissolveria a
Constituinte e nomearia uma comissão para redigir
a constituição.
2 2 - Ficou definido o Congresso bicameral, isto é,
composto pela Câmara dos Deputados e pelo
Senado.
4 4 - O processo relatado no texto refere-se ao
3 3 - O voto era censitário. Havia uma variação
tanto para o exercício do voto quanto para o direito
27
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
de candidatar-se. Para ser candidato, as exigências
eram maiores do que para ser um simples eleitor.
Foi beneficiado pelo fato de ser o tutor do futuro
soberano.
4 4 - Tratava-se de uma Constituição inscrita nos
princípios libertários consagrados pelo lIuminismo.
38. (CSA – 2001) Os itens abaixo tratam da
Regência Trina Provisória, estabelecida em 1831.
Julgue-os.
36. (CSA – 2001) Sobre o significado histórico
da Proclamação da Independência do Brasil, julgue
os itens abaixo.
0 0 - Foi um rompimento definitivo com o pacto
colonial e com todas as suas mazelas. Eliminou-se
a dependência externa mediante uma política de
efetiva industrialização, distribuiu-se terras aos
camponeses,
acabando
com
a
estrutura
latifundiária do país e ainda libertou os escravos.
1 1 - Foi inteiramente tranqüila, confirmando a tese
de que existe uma índole pacífica no povo
brasileiro.
2 2 - Foi um grande exemplo para as demais
nações sul-americanas, pois a maioria delas ainda
não havia conquistado sua independência.
3 3 - Confirmou a tendência em curso no mundo,
de vitória das forças liberais sobre o
conservadorismo. No entanto, as elites brasileiras não totalmente liberais- preocupavam-se em
manter a integridade do território brasileiro, mesmo
que para tanto fosse construído um Estado
conservador no Brasil.
4 4 - A independência foi imediatamente repassada
às demais províncias do novo país. A organização
do Estado caminhava para a monarquia
absolutista.
37. (CSA – 2001) Sobre as circunstâncias que
levaram ao aparecimento da Regência Una,
julgue os itens abaixo.
0 0 - Era um imperativo constitucional. A
Constituição imperial do Brasil determinava que,
após três anos de Regência Trina Permanente, se
deveria eleger um regente único para governar
durante quatro anos.
1 1 - A incapacidade da Regência Trina contornar
as revoltas que explodiram durante seu governo
determinou que as elites procurassem fortalecer o
poder central, criando a figura do regente único.
2 2 - Foi feita uma reforma na Constituição imperial
do Brasil. Entre as modificações, constava a
eleição de um regente único.
3 3 - O padre Diogo Antônio Feijó foi eleito o
primeiro regente único. Seu governo não conseguiu
maioria entre os parlamentares e foi marcado por
grande instabilidade política e social.
4 4 - O primeiro regente único do Brasil foi o tutor
de D. Pedra II, José Bonifácio de Andrada e Silva.
0 0 - A Regência Provisória foi escolhida
basicamente pelos membros do liberalismo
exaltado. Eles haviam sido os principais
responsáveis pela queda de D. Pedro I e por isso
tiveram hegemonia no início do período regencial.
1 1 - Os liberais dividiam-se em dois setores, os
moderados e os exaltados. Os moderados
expressavam o poder dos fazendeiros fluminenses
e as oligarquias de São Paulo e Minas Gerais,
entre eles saíram os quadros que formariam a
Regência Trina Provisória.
2 2 - A Regência Provisória foi uma indicação do
próprio imperador que acabara de deixar o trono.
Esse foi o acordo preliminar que o levou a
renunciar ao poder.
3 3 - A Constituição imperial impedia a
entronização do imperador com menos de 18 anos
de idade. Além disso, estabelecia que a Regência
Trina Permanente deveria ser escolhida pela
Câmara dos Deputados que, à época, estava em
recesso.
4 4 - Uma grande preocupação, que atingia todos
os setores políticos, mas particularmente os
conservadores e os liberais moderados, era a
agitação nas ruas. Por isso, precisavam de
agilidade na definição do novo governo, mesmo
que provisório.
QUARTO BIMESTRE
39. (UFS – 2001) Analise as afirmativas abaixo.
0 0 – A base das transformações socioeconômicas
ocorridas no Brasil nas últimas décadas do século
XIX foi a ruptura da ordem escravocrata,
ocasionada pelo emancipacionismo, pela abolição
do tráfico negreiro e pela abolição da escravatura.
1 1 – No episódio da questão militar durante a
monarquia, o Exército apresentou-se como porta
voz dos interesses gerais da população e agente
purificador do regime, uma vez que este atendia
somente os interesses da oligarquia rural.
2 2 – O Segundo Reinado inaugurou no Brasil um
período durante o qual as categorias sociais
oprimidas tiveram relativas liberdades para suas
manifestações reivindicatórias ou de protesto.
3 3 – Durante a monarquia, apesar das raízes e
influências européias da cultura brasileira, a
maioria das obras artísticas caracterizou-se por
procurar valorizar os componentes nacionais e
autêntico do país.
4 4 – O fluxo de imigrantes, que proporcionou um
sensível
crescimento
demográfico,
também
28
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
contribuiu, sobretudo a partir de 1870, para início
de atividades industriais no Brasil.
40. (UFS – 2004) Considere os dados da tabela
abaixo.
Analise as proposições abaixo, relacionando os
dados da tabela com o contexto econômico, político
e social do Segundo Reinado no Brasil.
0 0 – A produção cafeeira concentrou-se na região
Sudeste do país a partir de 1831, sendo a sua
produção realizada em minifúndios,
com a
utilização de trabalho livre, dos imigrantes, e
destinada exclusivamente ao mercado europeu.
1 1 – O aumento das exportações do café,
indicados na tabela, proporcionava condições
financeiras para o investimento na modernização
de alguns setores urbanos e nas ferrovias, e
contribuiu para o processo de industrialização do
país.
2 2 – O vertiginoso crescimento da economia
algodoeira, sobretudo do Nordeste, na década de
1860, estava relacionado à Guerra de Secessão,
ocorrida nos Estados Unidos da América, e aos
interesses industriais da Inglaterra.
3 3 – A crise da produção de algodão e de açúcar
começou devido à votação da lei assinada por D.
Pedro II, em 1840, que abolia o tráfico internacional
de escravos, tendo se acentuado ainda mais com a
abolição da escravatura.
4 4 – Em razão da queda das exportações de
açúcar e de algodão, grande parte dos fazendeiros
vendeu seus escravos para regiões do Sudeste,
sobretudo para a região do Vale do Paraíba.
41 (UFS – 2008) Considere a afirmação a seguir.
Odesenvolvimento do capitalismo industrial
central, gerando a necessidade de uma contínua
expansão dos mercados, pressionava no sentido
do desaparecimento da mão-de-obra escrava nas
suas áreas periféricas.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
sociedade. Analise as proposições que tratam das
condições e das pressões que marcaram esse
processo de transição.
0 0 - A lei Eusébio de Queirós, que extinguia o
tráfico de escravos, não foi suficiente para dar cabo
dessa prática e foi complementada alguns anos
depois pela lei Nabuco de Araújo, que punia
autoridades portuárias que colaborassem com o
tráfico ilegal.
1 1 - O Bill Aberdeen foi um decreto aprovado pelo
Parlamento inglês que autorizava a marinha
britânica a atacar navios negreiros no Atlântico,
entretanto, essa pressão inglesa foi incapaz de
conter a comercialização de escravos.
2 2 - O encarecimento do preço do escravo
acelerou a transição para a mão-de-obra
assalariada e o fim do tráfico fez com que
investimentos fossem direcionados para o setor
industrial, que viveu um "surto" conhecido como
Era Mauá.
3 3 – O crescimento da mão-de-obra assalariada
no Brasil não significou um aumento no mercado
consumidor, uma vez que muitos trabalhadores
imigrantes, apesar de assalariados, trabalhavam
em condições de semi-escravidão.
4 4 - A imigração subsidiada pelo Estado e a
repercussão internacional da lei de Terras e das
vantagens do Sistema de Parceria foram estímulos
importantes para a vinda de milhões de europeus
para as zonas rurais brasileiras.
42. (UFS – 2009) A questão da identidade nacional
nos primeiros trinta anos do Segundo Império
passou pelo estímulo às Belas Artes, pelas
atividades do Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro e pela publicação de obras literárias que
expressavam um sentimento nacional nascente.
Tais manifestações culturais,
0 0 - davam pouca atenção à contribuição cultural
e étnica do negro africano, enquanto idealizavam a
contribuição
de
alguns
povos
indígenas,
movimento conhecido como Indianismo.
1 1 - buscavam uma ruptura com os padrões
acadêmicos da arte européia, através da pesquisa
folclórica e da criação de uma linguagem artística
moderna.
2 2 - criavam um passado histórico monumental
para a jovem monarquia, idealizando a obra da
conquista portuguesa e o encontro com os povos
indígenas, mascarando a violência que marcou tal
processo.
(Hilário Franco Júnior e Paulo Pan Chacon.
História econômica geral e do Brasil. São
Paulo: Atlas, 1980. p. 269)
3
3
expressavam
uma
ideologia
desenvolvimentista e democrática, tentando criar a
imagem de um Brasil civilizado e igualitário, como
resultado do encontro entre três raças.
A expansão do mercado mencionada pelos autores
se relaciona à transição do trabalho escravo para o
trabalho livre, que no Brasil contou com o apoio de
algumas nações e determinados setores da
4 4 - exprimiam a mentalidade republicana, pois as
obras eram produzidas por artistas jovens e
marginalizados da cultura oficial, que procuravam
questionar a sociedade da época.
29
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
43. (UFS – 2001) A “fase superior” do capitalismo,
no qual ocorreu o domínio do capital financeiro e o
aparecimento de monopólios, à campanha
expansionista das nações capitalistas adiantadas e
à partilha do mundo convencionou-se denominar
Imperialismo. Pode-se afirmar que nessa fase.
0 0 – A importação, pelos países industrializados
europeus, de mercadorias produzidas pelas
colônias e o exclusivismo sobre o comércio de
exportação foram os instrumentos principais do
capitalismo monopolista.
1 1 – A concorrência dos países europeus nas
colônias impulsionou o desenvolvimento da
produção manufatureira favorecendo o surgimento
de indústrias de bens de consumo local.
2 2 – Um dos instrumentos do capitalismo foi a
conquista de imensas áreas coloniais pelas
potências industriais para aplicação de capital,
controle das fontes de matérias-primas ou do
comércio de produtos manufaturados.
3 3 – O centro comercial mundial deslocou-se do
Mediterrâneo para o Atlântico, as rotas comerciais
passaram englobar a África, o Extremo Oriente, a
Ásia e a América.
4 4 – Iniciou-se o processo pelo qual as
mercadorias
européias,
sobretudo
as
manufaturadas, acabaram por predominar em
quase todos os mercados do mundo e o comércio
tornou-se definitivamente a grande fonte do
enriquecimento europeu.
44. (UFAL – 2005) Reflita sobre a ilustração.
A ilustração reflete idéias do início do século XIX.
Ao analisar esse contexto histórico, depreende-se
da ilustração:
0 0 – Uma crítica à política mercantilista que as
metrópoles européias praticaram durante o antigo
sistema colonial.
1 1 – Uma crítica aos princípios do liberalismo
econômico adotado pelos déspotas esclarecidos no
período moderno.
2 2 – A necessidade de os países industriais
romperem com os entraves políticos e econômicos
impostos pelo antigo sistema colonial.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
3 3 – O empenho das metrópoles européias para
criar condições favoráveis à industrialização de
suas colônias na América.
4 4 – O interesse dos ingleses de proteger o pacto
colonial Brasil-Portugal com o objetivo de garantir
relações comerciais com os portugueses.
45. (UFS – 2003) Considere a gravura de um belga
no Congo no contexto da expansão imperialista no
final do século XIX e início do século XX.
Analise as proposições sobre a temática
apresentada.
0 0 – Os países europeus realizaram o
neocolonialismo na África visando atender às
necessidades emergentes do capitalismo industrial
que exigia novas fontes de matérias-primas e
novos mercados consumidores.
1 1 – A ação dos europeus nos países africanos
teve como objetivo principal estreitar os laços de
solidariedade culturais com esses povos por meio
da troca de experiências sócio-culturais.
2 2 – Para justificar o imperialismo, os países
industriais elaboraram doutrinas segundo as quais
junto aos povos considerados atrasados.
3 3 – A disputa realizada pelas potências européias
em torno das regiões neocolonizadas é um dos
fatores
considerados
decisivos
para
o
desencadeamento da Primeira Guerra Mundial.
4 4 – Os governantes da África, assim como seus
povos, receberam de forma pacífica a chegada dos
europeus, haja vista as boas intenções destes em
educar e civilizar o homem africano.
46. (UFS – 2006) Observe atentamente o mapa
histórico no início do século XX.
30
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
O mapa reflete aspectos importantes das relações
entre a Europa Ocidental e a África. Identifique as
afirmações relacionadas ao contexto histórico e ao
mapa.
0 0 – No processo de desenvolvimento do
neocolonialismo,
os
europeus
tiveram
a
preocupação de partilhar a África com base na
unidade lingüística e cultural dos povos africanos.
1 1 – Um dos instrumentos de penetração e
domínio da África utilizados por alguns países
europeus foi a melhoria dos transportes, visando
explorar as matérias-primas desse continente.
2 2 – Os países industriais europeus realizaram a
partilha da África com o objetivo de iniciar as
relações de produção capitalistas e transformar os
africanos em assalariados, consumidores de seus
produtos.
3 3 – Os europeus evitaram colonizar áreas de
domínio dos povos muçulmanos porque não
estavam dispostos a despender recursos bélicos e
financeiros para envolverem-se em guerras santas.
4 4 – A Inglaterra e a França foram os primeiros na
corrida imperialista, razão que explica o fato de
esses países terem se apoderado das terra férteis
e estratégicas do continente africano.
48. (UFS – 2009) Apesar de ter ocorrido, ao longo
da História, diversas formas de dominação de um
povo sobre outro, há um período particularmente
marcado pela expansão imperialista, durante o qual
ocorreram profundas transformações no sistema
capitalista e nas relações internacionais. Analise as
proposições que definem esse período marcado
pelo Imperialismo.
47. (UFS – 2007) A expansão do domínio europeu
pelo mundo resultou das transformações iniciadas
nos séculos XV e XVI, consolidadas no século
XVIII. A partir da segunda metade do século XIX,
essa expansão ampliou-se e radicalizou-se. Analise
as afirmações sobre o contexto dessa expansão.
0 0 - Havia interesse das potências ocidentais, em
subjugar regiões em estágio de desenvolvimento
inferior,
de
forma
a
estabelecer
trocas
internacionais que atendessem às diferentes
necessidades dos setores colonizados e do
colonizador.
1 1 - Mediante o domínio de novas regiões, os
países industrializados buscaram expandir o
mercado, exportar seus produtos, aplicar capitais
excedentes, exportar mão-de-obra ociosa por meio
de migrações e adquirir matérias-primas.
2 2 - As expedições científicas e religiosas, em
locais como a África e a Ásia, ajudaram a difundir a
idéia de que povos de organização social diferente
da
sociedade
ocidental
eram
primitivos,
favorecendo a ocupação territorial e a submissão
desses povos aos europeus.
3 3 - A expansão neocolonialista foi acelerada
essencialmente pelo crescimento incontrolado da
população européia, gerando a necessidade de
emigração de um grande contingente populacional
para a África e para a Ásia.
4 4 - O estabelecimento de contatos nos limites da
circulação de mercadorias com as áreas
periféricas, preservando as seculares estruturas
básicas de regiões periféricas, fez parte dos
objetivos das potências européias na conquista de
regiões da África e da Ásia.
49. (UFS – 2003) A implantação da República no
Brasil esteve diretamente relacionada à crise
político-institucional e social no Segundo Reinado.
Analises as proposições abaixo sobre fatores
relacionados a essa crise.
0 0 – A luta do Exército Brasileiro contra os
abolicionistas provocou o desgaste político do
imperador e da instituição monárquica, que se viu
impedida de utilizar o poder moderador para
combater os republicanos.
1 1 – As atrocidades cometidas pelo exército
monárquico na Guerra de Canudos tiveram uma
repercussão interna e externa, fator que
desencadeou o fortalecimento do movimento
republicano.
2 2 – As leis abolicionistas, por não preverem
indenizações aos proprietários de escravos,
descontentaram parte da classe dominante que
mantinha a estrutura de produção escravista.
3 3 – A punição, pelo imperador, de dois bispos
que tinham cumprido determinações do papa Pio IX
proibindo os católicos de participarem da
maçonaria, abalou as relações entre igreja e a
monarquia.
4 4 – A implantação da República não eliminou da
vida política sergipana o jogo de interesses entre
as classes dominantes, especialmente os senhores
de terra.
0 0 - Iniciou-se no continente americano com a
ascenção econômica dos Estados Unidos, país que
domina o mundo até os dias de hoje, desde o
período entre-guerras.
1 1 - Ocorreu após a Segunda Revolução Industrial
e se estendeu da segunda metade do século XIX
até a Primeira Guerra Mundial.
2 2 - Antecedeu a colonização das Américas, e foi
marcado por um processo de conquistas e
expansionismo ultramarino.
3 3 - Compreendeu ações colonialistas por parte de
países europeus como a Partilha da África e da
Ásia, bem como a conquista da índia.
4 4 - Manifestou-se, na América Latina, não por
ocupação territorial e sim por meio de influência
política e econômica dos Estados Unidos e da
Inglaterra.
50. (UFS – 2005) Considere o texto.
O novo regime foi mais uma transformação de
cúpula. (...) A declaração do novo regime político,
por certo não tivera o condão de transformar a
ordem política do país nas suas bases
31
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
sociológicas, e, nem sequer, nas suas bases
jurídicas, já que grande parte da legislação e das
instituições governamentais que o país criara
durante o Império, especialmente durante o
segundo Império, continua na
República. Os clãs rurais que se vinham
transformando em organizações políticas mais
amplas, de domínio regional, sob o beneplácito,
senão do estímulo, do governo monárquico,
prosseguem sua evolução (...) durante a Primeira
República.
(Cruz Costa. Pequena História da República. Rio
de Janeiro: Civilização Brasileira, 1974. p. 46).
O texto faz uma análise sobre um período da
história do Brasil. Identifique as proposições
relacionadas às idéias do autor.
0 0 - O autor utiliza-se da expressão “novo regime”
para designar a República Federativa que foi
implantada no Brasil, em 1889, mas que foi
consolidada somente com a promulgação da nova
Constituição de 1891.
1 1 - O “novo regime” a qual o autor faz referência
iniciou-se no Brasil, em 1891, quando foi
implantada uma República Parlamentarista nas
mesmas bases jurídicas como funcionava durante
o período do Segundo Reinado.
2 2 - O autor afirma que o “novo regime não tivera
o condão de transformar a ordem política”, o que
comprova o fato de Sergipe continuar sem
autonomia política, tendo seus presidentes
indicados até 1930.
3 3 - Como afirma o autor, as organizações
políticas de domínio regional se fortaleceram após
o “Novo Regime”. Em Sergipe isso pode ser
comprovado, pois continuou existindo um controle
político por meio de um esquema de poder apoiado
pelos coronéis.
4 4 - O autor faz uma análise equivocada do “Novo
Regime”, uma vez que ele desconsidera a
ampliação dos direitos políticos conquistados pela
população brasileira, como o direito ao voto
secreto, o voto feminino e a concessão da
cidadania
aos
analfabetos
presentes
na
Constituição de 1891.
51. (UFS – 2006 – Campus de Itabaiana) A maior
controvérsia quanto às medidas legais para a
extinção da escravatura não ocorreu em 1888, mas
quando o governo imperial propôs a chamada Lei
do Ventre Livre, em 1871. Enquanto os
representantes do Nordeste votaram maciçamente
a favor da proposta (39 votos a favor e 6 contra),
os do Centro-Sul inverteram essa tendência (30
votos contra e 12 a favor). Isso refletia, em parte, o
fato de que o tráfico interprovincial vinha
diminuindo a dependência do Nordeste com
relação à mão-de-obra escrava.
(Adaptado: Boris Fausto. História do Brasil. São
Paulo: Edusp/FDE, 1996. p. 217-8)
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
Identifique as proposições que contêm argumentos
ou fatos históricos que NÃO contrariem as idéias
do texto.
0 0 – O projeto de libertação dos filhos dos
escravos teve a adesão de um grupo significativo
de deputados do Nordeste, que votou em peso
seguindo orientações de D. Pedro II.
1 1 – O Nordeste teve um peso político no
processo de abolição da escravatura, pois, por
interesses
locais,
acabaram
atendendo
reivindicações do movimento abolicionista.
2 2 – Em relação às demais regiões, a região
Centro-Sul, por sediar as instituições políticas do
país, desempenhou um papel decisivo na
aprovação da abolição da escravatura.
3 3 – Os representantes políticos das regiões
Centro-Sul e Nordeste uniram-se contra o governo
imperial, obstaculizando o movimento abolicionista
e a libertação dos escravos.
4 4 – Os representantes do Centro-Sul votaram
coerentemente com a classe dominante de parte
dessas regiões que, para defenderem interesses
econômicos, resistiam ao processo abolicionista.
52. (UFS – 2007) A partir dos anos 70 do século
XIX teve início, no Brasil, a decadência de Segundo
Reinado, repleta de crises que desembocaram na
Proclamação da República em 1889. Analise as
afirmações sobre esse processo.
0 0. - Na década de 1870, o movimento republicano
ganhou base social definida e peso político, quando
em sua sustentação entraram setores dinâmicos e
de crescente presença social, política e econômica:
profissionais liberais, militares, cafeicultores e
setores médios e populares urbanos.
1 1 - Desgastado permanentemente por seus
compromissos com a ordem escravista, o regime
imperial brasileiro isolou-se ainda mais em
conseqüência da Questão Religiosa e da Questão
Militar.
2 2 - A concessão de autonomia provincial, o
desenvolvimento industrial no Sudeste criou uma
classe operária combativa e a defesa da
universalização
do
voto
pelo
movimento
republicano são fatores responsáveis pela queda
da monarquia.
3 3 - A estrutura federativa, a conspiração tutelada
pelo Exército e a defesa da eliminação da
discriminação entre brancos e negros foram os
elementos básicos do enfraquecimento da ordem
monárquica brasileira.
4 4 - No final da década de 1880, a República
tornou-se uma alternativa viável, a curto prazo,
graças à aproximação entre as elites civis e rurais
republicanas e a corporação militar, insatisfeita com
o regime.
53. (UFS – 2009) Considere o texto a seguir.
Mal conhecida até pelos contemporâneos,
severamente censurada pelas autoridades policiais
penetração do abolicionismo nas senzalas, mesmo
em suas tentativas mal-sucedidas, e sua
32
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
linguagem deslocada do mundo dos escravos,
revelam, em sua ousadia, o transbordamento de
diques de contenção da ordem social escravista do
Império. O cimentar de solidariedades entre
escravos,
libertos,
plebe
e
abolicionistas
radicalizados, mesmo quando virtualidade, foi
percebido e combatido pelas autoridades como um
dos maiores desafios à superação controlada e
conservadora da ordem escravista.
(Maria Helena Machado. O plano e o pânico.
Os movimentos sociais na década da Abolição.
Rio de Janeiro/São Paulo: UFRJ/EDUSP,
1994. p. 17)
O texto se refere ao movimento abolicionista,
intensificado na década de 1880, que foi
0 0 – integrado por escravos fugidos, organizados
em quilombos, a partir dos quais realizavam
ataques às fazendas do café do Estado de São
Paulo, queimando suas plantações e libertando
mais escravos.
1 1 - formado por um conjunto heterogêneo de
forças políticas e sociais, reunindo republicanos e
monarquistas que viam na existência da
escravidão um sinal de atraso e vergonha para o
País, diante do mundo civilizado.
2 2 - localizado principalmente em ambientes
urbanos, como Rio de Janeiro e outras cidades
importantes do Império, englobou várias formas de
mobilização dos escravos, estimulando fugas e
criação de quilombos.
3 3 - estimulado e tolerado pela Coroa brasileira,
que via no movimento abolicionista uma
possibilidade de combater o poder dos fazendeiros
paulistas, que haviam lançado o manifesto
republicano de 1870.
4 4 - organizado por um comando político no
Exército e na Igreja Católica, instituições em
choque com a política monárquica de Dom Pedro,
protagonizando conflitos com a Coroa conhecidos,
respectivamente como "questão militar" e "questão
religiosa".
QUESTÕES DE HISTÓRIA DE SERGIPE
54. (UFS – 2002) Analise as afirmativas sobre
Sergipe no século XIX.
0 0 – Durante os primeiros vinte anos do Império,
Sergipe viveu o clima de agitação comum em
muitas outras províncias nesse período. A Revolta
de Santo Amaro, deflagrada em 1836 na vila de
mesmo nome, foi o movimento mais importante.
1 1 – Ainda durante o Império, deu-se a mudança
da capital da província para Aracaju (1855), uma
das primeiras cidades planejadas do Brasil.
2 2 – O açúcar era então o principal produto
exportado por Sergipe. Na década de 1860, porém,
houve um aumento temporário da lavoura de
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
algodão, como conseqüência da Guerra de
Secessão dos EUA que era o grande produtor
mundial na época. Logo, no entanto, o açúcar
voltou a ser o primeiro produto. Surgiram nesse
período usinas de açúcar e fábricas de tecidos.
3 3 – A economia sergipana no final do século XIX
destacou-se pela exploração do sal-gema,
recebendo
investimentos ingleses para a
prospecção e produção de petróleo.
4 4 – A vida cultural da Província foi marcada por
personalidades como Machado de Assis, Euclides
da Cunha e Raul Pompéia.
55. (UFS – 2004) Analise as proposições sobre a
emancipação de Sergipe e os aspectos da
sociedade sergipana no século XIX.
0 0 – A sociedade sergipana participou de conflitos
contra a dominação exercida pelos governos da
Bahia sobre Sergipe, mas alguns setores sociais,
sobretudo os ligados aos comerciantes baianos e
portugueses estabelecidos em Sergipe, tinham
interesses na manutenção do domínio baiano.
1 1 – O processo de autonomia de Sergipe ocorreu
sem grandes conflitos, pois, D. João VI, assinou
um Decreto-lei, em 1815, concedendo liberdade
política aos sergipanos para escolherem o seu
governador.
2 2 – A produção cultural sergipana ficou restrita à
classe dominante, que, por terem o domínio da
língua escrita, produziram obras de grande
interesse social e político naquele contexto
histórico.
3 3 – Ao contrário das outras províncias do país, a
sociedade sergipana era constituída em sua
maioria de indivíduos de classe média, que tinham
profundo desprezo pelas obras literárias nacionais.
4 4 – A transferência da capital de Sergipe para
Aracaju atendeu aos interesses dos membros do
Partido
Liberal,
que
possuíam
grandes
propriedades nesta cidade e almejavam a
valorização de seus imóveis.
56. (UFS – 2001) No que se refere à história de
Sergipe é correto afirmar:
0 0 – Com a proclamação da Independência do
Brasil, a capitania de Sergipe foi elevada a
província em 1823, mas o progresso da província
continuou pequeno durante o império, com exceção
de um breve surto algodoeiro na segunda metade
do século XIX.
1 1 – Devido a ligação da oligarquia rural com a
monarquia houve forte resistência do grupo
sergipano “os camundongos” aos movimentos
republicanos.
2 2 – No ano da transferência da capital para
Aracaju, Sergipe sofreu os efeitos do “primeiro
cólera”, epidemia que assolou a província, com
elevado número de vítimas, sobretudo no seio da
massa escrava.
3 3 - Os primeiros anos da República foram
marcados por movimentos rebeldes no Estado de
Sergipe, contrários ao federalismo, pois a
descentralização enfraquecia a oligarquia local.
33
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
4 4 – Terra de intelectuais como Minus de Sousa,
Tobias Barreto e Silvio Romero, foi durante a
Primeira República que se firmou o prestígio
intelectual dos sergipanos no cenário nacional.
57. (UFS – 2006 – Campus de Itabaiana) Durante o
período do Império no Brasil, a cultura teve um
papel importante para o despertar da nacionalidade
brasileira. Dentre desse contexto, identifique as
afirmações que correspondem à cultura na
sociedade sergipana.
0 0 – A temática predominante nos romances e
livros científicos valorizava a cultura dos negros e
índios, destacando as raízes de suas lutas sociais
e políticas.
1 1 – A produção literária sergipana era muito
intensa nos centros urbanos, girando em torno
principalmente de tradições culturais de seu povo:
a história, lendas e costumes
2 2 – As primeiras manifestações do Folclore
sergipano – cantos e contos populares, congada e
folias de reis – foram analisadas por escritores
como Silvio Romero.
3 3 – Havia vários movimentos de cultura popular
no campo e nas cidades, porém a divulgação
desses eventos era dificultada pela inexistência de
órgãos de imprensa em Sergipe.
4 4 – A população em geral era iletrada, poucos
privilegiados sabiam ler e escrever, estes eram
normalmente filhos da elite que estudavam fora da
Província.
58. (UFS – 2006) Considere os textos.
Os mais de 500 mil habitantes de Aracaju têm
motivos de sobra para comemorar 150 anos da
existência de sua capital, que sobreviveu às mais
diversas epidemias. Desde o surgimento até hoje
se pode constatar inúmeras mudanças em sua
geografia, assim como na economia e política.
Pode-se ver hoje que todas as bases que se
referem ao passado traçam o perfil de uma cidade
dinâmica por natureza, que soube muito bem se
adaptar ao desenho urbano de um tabuleiro de
xadrez, que na época incorporava as necessidades
da população.
(Gilfrancisco.
http://www.infomesergipe.com.br)
A mudança da capital (...) foi decorrência de uma
fusão de fatores internos, originados na Província,
e externos, que resultam de causas políticas e
econômicas nacionais.
(Luiz Fernando R. Soutelo.
http://www.cdadedearacaju.com.br)
Os textos tratam de uma problemática histórica
relacionada ao resgate histórico da transferência da
capital de Sergipe. Considerando os textos e o
conhecimento sobre essa problemática, pode-se
afirmar que:
0 0 – Transferindo o centro político-administrativo
provincial, o presidente de Sergipe fazia ressurgir
uma velha idéia que visava dar à capital sergipana
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
uma posição chave no quadro geoeconômico para
a província.
1 1 – A mudança da nova capital para Aracaju
atendia principalmente aos interesses da oligarquia
agropecuária de valorização de seus engenhos que
estavam concentrados na periferia dessa cidade.
2 2 – O surgimento da nova capital representou,
entre outros fatores, um relativo declínio do
patriarcado rural, cujos maiores representantes
procuraram os centros urbanos que passaram a ser
ponto de contato político e de realização de
negócios.
3 3 – Sob o ponto de vista urbanístico, o local
escolhido para a sede da nova capital da província
atendia aos padrões de planejamento urbanístico
internacional,pois possuía excelente infra-estrutura
sanitária e de transporte.
4 4 – A transferência da capital estava inserida
dentro de um contexto que possibilitasse o
escoamento da produção açucareira para outras
regiões do país, mas principalmente para o
mercado internacional.
59. (UFS – 2007) Sergipe, desde 1537, esteve
vinculado ao território baiano por força da divisão
do Brasil em capitanias hereditárias. Em 1696, o
território sergipano veio a tornar-se comarca
passando a ter autonomia jurídica. Sobre a
evolução política desse território, analise as
afirmações que seguem.
0 0 - A Carta Régia que desanexou da capitania da
Bahia o território de Sergipe é considerado um
marco na história desse Estado. O 8 de julho tem
sido convertido no símbolo da liberdade, da
independência, da autonomia econômica, da
construção da sociedade sergipana.
1 1 - O movimento emancipacionista de Sergipe
diferenciou-se dos demais pelo caráter social −
defendia a igualdade racial − e pela participação de
elementos provenientes das camadas populares da
população.
2 2 - A Emancipação política de Sergipe resultou
de uma luta empreendida pela elite produtora local
− criadores de gado e senhores de engenho – até
então responsáveis pelo abastecimento das
grandes Capitanias da Bahia e de Pernambuco.
3 3 - A Abdicação de D. Pedro I foi o marco do
processo de emancipação definitiva de Sergipe da
capitania da Bahia e da transformação do território
em uma Província com autonomia política e
administrativa.
4 4 - A Constituição do Império, de 1824, colocou
Sergipe entre as Províncias do Brasil, consolidando
a Emancipação de 8 de julho de 1820. A
Assembléia Legislativa Provincial, que dava maior
autonomia à província, foi instalada com o Ato
Adicional de 1834.
60. (UFS – 2008) Analise as proposições que
tratam da situação política e econômica de Sergipe
no século XIX.
0 0 – O cultivo do algodão ganhou impulso em
Sergipe na segunda metade do século XIX e uma
34
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
emergente indústria têxtil se somou à tradicional
indústria açucareira, provocando o surgimento de
novos núcleos urbanos.
1 1 - A transferência da capital da província, de São
Cristóvão para a então chamada Santo Antonio de
Aracaju, se deu em virtude das freqüentes invasões
de piratas que esse povoado vinha sofrendo desde
o período colonial.
2 2 - O Partido Republicano surgiu em Sergipe no
contexto das lutas abolicionistas, devido à predominância da população negra desde o início de
seu povoamento, e ao assumir o governo, após a
proclamação, efetuou mudanças substanciais na
sociedade.
3 3 - A vila de laranjeiras ganhou projeção nas
letras e nas artes sergipanas no período do
Segundo Império, fase em que foi alçada à
categoria de cidade, destacando-se também como
centro difusor de idéias republicanas.
4 4 - A emancipação política de Sergipe d'EI Rey
em relação à Capitania da Bahia ocorreu após
anos de luta empreendida pela elite local, que
culminou
na
Revolta
de
Santo
Amaro,
acontecimento que selou a independência da
província.
61. (UFS – 2009) O processo de Independência do
Brasil foi acompanhado por reações diversas em
todo
o
território
brasileiro,
pois
houve
demonstrações de apoio e movimentos de
resistência. Analise as afirmações que tratam das
reações ocorridas em Sergipe.
0 0 - A notícia da independência foi aclamada com
muita festa em Sergipe, uma vez que predominava
na sociedade um forte sentimento antilusitano.
1 1 - A instabilidade política que se intensificou ao
longo do processo de independência, acarretou
manifestações populares favoráveis à restauração
da monarquia.
2 2 - A principal conseqüência da independência foi
a transformação da província de Sergipe em
Estado, medida que foi seguida da promulgação da
sua primeira Constituição.
3 3 - A pendência política com a Bahia, já existente
devido às lutas pela emancipação de Sergipe, se
intensificou devido à exacerbação dos conflitos em
face da resistência portuguesa à Independência.
4 4 - A comarca de Sergipe passou a ter grande
apoio financeiro do Império, que reconheceu sua
autonomia e favoreceu o inicio da indústria
açucareira local.
QUESTÕES DO ENEM
01. (ENEM – 1999) A revolução industrial ocorrida
no final de século XVIII transformou as relações do
homem com o trabalho. As máquinas mudaram as
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
formas de trabalhar, e as fábricas concentraram-se
em regiões próximas às matérias-primas e grandes
portos, originando vastas concentrações humanas.
Muitos dos operários vinham da área rural e
cumpriam jornadas de trabalho de 12 a 14 horas,
na maioria das vezes em condições adversas. A
legislação trabalhista surgiu muito lentamente ao
longo do século XIX e a diminuição da jornada de
trabalho para oito horas diárias concretizou-se no
início do século XX.
Pode-se afirmar que as conquistas no início deste
século, decorrentes da legislação trabalhista, estão
relacionadas com:
A) a expansão do capitalismo e a consolidação dos
regimes monárquicos constitucionais.
B) a expressiva diminuição da oferta de mão-deobra, devido à demanda por trabalhadores
especializados.
C) a capacidade de mobilização dos trabalhadores
em defesa dos seus interesses.
D) o crescimento do Estado ao mesmo tempo que
diminuía
a
representação
operária
nos
parlamentos.
E) a vitória dos partidos comunistas nas eleições
das principais capitais européias.
02. (ENEM – 1999) Viam-se de cima as casas
acavaladas umas pelas outras, formando ruas,
contornando praças. As chaminés principiavam a
fumar; deslizavam as carrocinhas multicores dos
padeiros; as vacas de leite caminhavam com o seu
passo vagaroso, parando à porta dos fregueses,
tilintando o chocalho; os quiosques vendiam café a
homens de jaqueta e chapéu desabado; cruzavamse na rua os libertinos retardios com os operários
que se levantavam para a obrigação; ouvia-se o
ruído estalado dos carros de água, o rodar
monótono dos bondes. (AZEVEDO, Aluísio de.
Casa de Pensão. São Paulo: Martins, 1973)
O trecho, retirado de romance escrito em 1884,
descreve o cotidiano de uma cidade, no seguinte
contexto:
A) a convivência entre elementos de uma economia
agrária e os de uma economia industrial indicam o
início da industrialização no Brasil, no século XIX.
B) desde o século XVIII, a principal atividade da
economia brasileira era industrial, como se observa
no cotidiano descrito.
C) apesar de a industrialização ter-se iniciado no
século XIX, ela continuou a ser uma atividade
pouco desenvolvida no Brasil.
D) apesar da industrialização, muitos operários
levantavam cedo, porque iam diariamente para o
campo desenvolver atividades rurais.
E) a vida urbana, caracterizada pelo cotidiano
apresentado no texto, ignora a industrialização
existente na época.
03. (ENEM – 2000) O texto abaixo, de John Locke
(1632-1704), revela algumas características de
uma determinada corrente de pensamento.
“Se o homem no estado de natureza é tão livre,
conforme dissemos, se é senhor absoluto da sua
35
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
própria pessoa e posses, igual ao maior e a
ninguém sujeito, por que abrirá ele mão dessa
liberdade, por que abandonará o seu império e
sujeitar-se-á ao domínio e controle de qualquer
outro poder? Ao que é óbvio responder que,
embora no estado de natureza tenha tal direito, a
utilização do mesmo é muito incerta e está
constantemente exposto à invasão de terceiros
porque, sendo todos senhores tanto quanto ele,
todo homem igual a ele e, na maior parte, pouco
observadores da eqüidade e da justiça, o proveito
da propriedade que possui nesse estado é muito
inseguro e muito arriscado. Estas circunstâncias
obrigam-no a abandonar uma condição que,
embora livre, está cheia de temores e perigos
constantes; e não é sem razão que procura de boa
vontade juntar-se em sociedade com outros que
estão já unidos, ou pretendem unirse, para a mútua
conservação da vida, da liberdade e dos bens a
que chamo de propriedade.” (Os Pensadores. São
Paulo: Nova Cultural, 1991)
Do ponto de vista político, podemos considerar o
texto como uma tentativa de justificar:
A) a existência do governo como um poder oriundo
da natureza.
B) a origem do governo como uma propriedade do
rei.
C) o absolutismo monárquico como uma imposição
da natureza humana.
D) a origem do governo como uma proteção à vida,
aos bens e aos direitos.
E) o poder dos governantes, colocando a liberdade
individual acima da propriedade.
04. (ENEM – 2000) Analisando o texto da questão
03, podemos concluir que se trata de um
pensamento:
A) do liberalismo.
B) do socialismo utópico.
C) do absolutismo monárquico.
D) do socialismo científico.
E) do anarquismo.
05. (ENEM – 2001)
“...Um operário desenrola o arame, o outro o
endireita, um terceiro corta, um quarto o afia nas
pontas para a colocação da cabeça do alfinete;
para fazer a cabeça do alfinete requerem-se 3 ou 4
operações diferentes; ...” SMITH, Adam. A Riqueza
das Nações. Investigação sobre a sua Natureza e
suas Causas. Vol. I.São Paulo: Nova Cultural,
1985. Jornal do Brasil, 19 de fevereiro de 1997.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
A respeito do texto e do quadrinho são feitas as
seguintes afirmações:
I. Ambos retratam a intensa divisão do trabalho, à
qual são submetidos os operários.
II. O texto refere-se à produção informatizada e o
quadrinho, à produção artesanal.
III. Ambos contêm a ideia de que o produto da
atividade industrial não depende do conhecimento
de todo o processo por parte do operário.
Dentre essas afirmações, apenas:
A) I está correta.
B) II está correta.
C) III está correta.
D) I e II estão corretas.
E) I e III estão corretas.
06. (ENEM – 2001)
O franciscano Roger Bacon foi condenado, entre
1277 e 1279, por dirigir ataques aos teólogos, por
uma suposta crença na alquimia, na astrologia e no
método experimental, e também por introduzir, no
ensino, as idéias de Aristóteles. Em 1260, Roger
Bacon escreveu: “Pode ser que se fabriquem
máquinas graças às quais os maiores navios,
dirigidos por um único homem, se desloquem mais
depressa do que se fossem cheios de remadores;
que se construam carros que avancem a uma
velocidade incrível sem a ajuda de animais; que se
fabriquem máquinas voadoras nas quais um
homem (…) bata o ar com asas como um pássaro.
(…) Máquinas que permitam ir ao fundo dos mares
e dos rios” (apud. BRAUDEL, Fernand. Civilização
material, economia e capitalismo: séculos XV-XVIII,
São Paulo: Martins Fontes, 1996, vol. 3).
Considerando a dinâmica do processo histórico,
pode-se afirmar que as ideias de Roger Bacon:
A) inseriam-se plenamente no espírito da Idade
Média ao privilegiarem a crença em Deus como o
principal meio para antecipar as descobertas da
humanidade.
B) estavam em atraso com relação ao seu tempo
ao desconsiderarem os instrumentos intelectuais
oferecidos pela Igreja para o avanço científico da
humanidade.
C) opunham-se ao desencadeamento da Primeira
Revolução Industrial, ao rejeitarem a aplicação da
matemática e do método experimental nas
invenções industriais.
D) eram fundamentalmente voltadas para o
passado, pois não apenas seguiam Aristóteles,
como também baseavam-se na tradição e na
teologia.
E) inseriam-se num movimento que convergiria
mais tarde para o Renascimento, ao contemplarem
a possibilidade de o ser humano controlar a
natureza por meio das invenções.
07.(ENEM – 2002) Considere o papel da técnica no
desenvolvimento da constituição de sociedades e
três invenções tecnológicas que marcaram esse
processo: invenção do arco e flecha nas
civilizações primitivas, locomotiva nas civilizações
36
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
do século XIX e televisão nas civilizações
modernas.
A respeito dessas invenções são feitas as
seguintes afirmações:
I. A primeira ampliou a capacidade de ação dos
braços, provocando mudanças na forma de
organização social e na utilização de fontes de
alimentação.
II. A segunda tornou mais eficiente o sistema de
transporte, ampliando possibilidades de locomoção
e provocando mudanças na visão de espaço e de
tempo.
III. A terceira possibilitou um novo tipo de lazer que,
envolvendo apenas participação passiva do ser
humano, não provocou mudanças na sua forma de
conceber o mundo.
Está correto o que se afirma em:
A) I, apenas.
B) I e II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
08. (ENEM – 2002) Comer com as mãos era um
hábito comum na Europa, no século XVI. A técnica
empregada pelo índio no Brasil e por um português
de Portugal era, aliás, a mesma: apanhavam o
alimento com três dedos da mão direita (polegar,
indicador e médio) e atiravam-no para dentro da
boca. Um viajante europeu de nome Freireyss, de
passagem pelo Rio de Janeiro, já no século XIX,
conta como “nas casas das roças despejam-se
simplesmente alguns pratos de farinha sobre a
mesa ou num balainho, donde cada um se serve
com os dedos, arremessando, com um movimento
rápido, a farinha na boca, sem que a mínima
parcela caia para fora”. Outros viajantes
oitocentistas, como John Luccock, Carl Seidler,
Tollenare e Maria Graham descrevem esse hábito
em todo o Brasil e entre todas as classes sociais.
Mas para Saint-Hilaire, os brasileiros “lançam a
[farinha de mandioca] à boca com uma destreza
adquirida, na origem, dos indígenas, e que ao
europeu muito custa imitar”.
Aluísio de Azevedo, em seu romance Girândola de
amores (1882), descreve com realismo os hábitos
de uma senhora abastada que só saboreava a
moqueca de peixe “sem talher, à mão”. Dentre as
palavras listadas abaixo, assinale a que traduz o
elemento comum às descrições das práticas
alimentares dos brasileiros feitas pelos diferentes
autores do século XIX citados no texto.
A) Regionalismo (caráter da literatura que se
baseia em costumes e tradições regionais).
B) Intolerância (não-admissão de opiniões diversas
das suas em questões sociais, políticas ou
religiosas).
C) Exotismo (caráter ou qualidade daquilo que não
é indígena; estrangeiro; excêntrico, extravagante).
D) Racismo (doutrina que sustenta a superioridade
de certas raças sobre outras).
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
E) Sincretismo (fusão de elementos culturais
diversos, ou de culturas distintas ou de diferentes
sistemas sociais).
09. (ENEM – 2003) Observe as duas afirmações de
Montesquieu
(1689-1755),
a
respeito
da
escravidão:
A escravidão não é boa por natureza; não é útil
nem ao senhor, nem ao escravo: a este porque
nada pode fazer por virtude; àquele, porque contrai
com seus escravos toda sorte de maus hábitos e
se acostuma insensivelmente a faltar contra todas
as virtudes morais: torna-se orgulhoso, brusco,
duro, colérico, voluptuoso, cruel.
Se eu tivesse que defender o direito que tivemos
de tornar escravos os negros, eis o que eu diria:
tendo os povos da Europa exterminado os da
América, tiveram que escravizar os da África para
utilizá-los para abrir tantas terras. O açúcar seria
muito caro se não fizéssemos que escravos
cultivassem a planta que o produz. (Montesquieu.
O espírito das leis.)
Com base nos textos, podemos afirmar que, para
Montesquieu,
A) o preconceito racial foi contido pela moral
religiosa.
B) a política econômica e a moral justificaram a
escravidão.
C) a escravidão era indefensável de um ponto de
vista econômico.
D) o convívio com os europeus foi benéfico para os
escravos africanos.
E) o fundamento moral do direito pode submeter-se
às razões econômicas.
10. (ENEM – 2003) A primeira imagem abaixo
(publicada no século XVI) mostra um ritual
antropofágico dos índios do Brasil. A segunda
mostra Tiradentes esquartejado por ordem dos
representantes da Coroa portuguesa.
(Theodor De Bry (Pedro Américo-século XVI)
(Tiradentes esquartejado, 1893)
A comparação entre as reproduções possibilita as
seguintes afirmações:
I. Os artistas registraram a antropofagia e o
esquartejamento praticados no Brasil.
37
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
II. A antropofagia era parte do universo cultural
indígena e o esquartejamento era uma forma de se
fazer justiça entre luso-brasileiros.
III. A comparação das imagens faz ver como é
relativa a diferença entre “bárbaros” e “civilizados”,
indígenas e europeus.
Está correto o que se afirma em:
A) I apenas. C) III apenas. E) I, II e III.
B) II apenas. D) I e II apenas.
11. (ENEM – 2004) Algumas transformações que
antecederam a Revolução Francesa podem ser
exemplificadas pela mudança de significado da
palavra “restaurante”. Desde o final da Idade
Média, a palavra restaurant designava caldos ricos,
com carne de aves e de boi, legumes, raízes e
ervas. Em 1765 surgiu, em Paris, um local onde se
vendiam esses caldos, usados para restaurar as
forças dos trabalhadores. Nos anos que
precederam a Revolução, em 1789, multiplicaramse diversos restaurateurs, que serviam pratos
requintados, descritos em páginas emolduradas e
servidos não mais em mesas coletivas e mal
cuidadas, mas individuais e com toalhas limpas.
Com a Revolução, cozinheiros da corte e da
nobreza perderam seus patrões, refugiados no
exterior ou guilhotinados, e abriram seus
restaurantes por conta própria. Apenas em 1835, o
Dicionário da Academia Francesa oficializou a
utilização da palavra restaurante com o sentido
atual.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
nobreza, clero e 3º- Estado, é correto afirmar que o
autor do texto, ao fazer referência a “classe média”,
descreve a sociedade utilizando a noção posterior
de classe social a fim de:
A) aproximar da nobreza cortesã a condição de
classe dos músicos, que perteciam ao 3º- Estado.
B) destacar a consciência de classe que possuíam
os músicos, ao contrário dos demais trabalhadores
manuais.
C) indicar que os músicos se encontravam na
mesma situação que os demais membros do 3ºEstado.
D) distinguir, dentro do 3º- Estado, as condições
em que viviam os “criados de libré” e os
camponeses.
E) comprovar a existência, no interior da corte, de
uma luta de classes entre os trabalhadores
manuais.
13. (ENEM – 2004) Constituição de 1824:
“Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a
organização política, e é delegado privativamente
ao Imperador (…) para que incessantemente vele
sobre a manutenção da Independência, equilíbrio,
e harmonia dos demais poderes políticos (...)
dissolvendo a Câmara dos Deputados nos casos
em que o exigir a salvação do Estado.”
A mudança do significado da palavra restaurante
ilustra:
A) a ascensão das classes populares aos mesmos
padrões de vida da burguesia e da nobreza.
B) a apropriação e a transformação, pela
burguesia, de hábitos populares e dos valores da
nobreza.
C) a incorporação e a transformação, pela nobreza,
dos ideais e da visão de mundo da burguesia.
D) a consolidação das práticas coletivas e dos
ideais revolucionários, cujas origens remontam à
Idade Média.
E) a institucionalização, pela nobreza, de práticas
coletivas e de uma visão de mundo igualitária.
Frei Caneca:
12. (ENEM – 2006) O que chamamos de corte
principesca era, essencialmente, o palácio do
príncipe. Os músicos eram tão indispensáveis
nesses grandes palácios quanto os pasteleiros, os
cozinheiros e os criados. Eles eram o que se
chamava, um tanto pejorativamente, de criados de
libré. A maior parte dos músicos ficava satisfeita
quando tinha garantida a subsistência, como
acontecia com as outras pessoas de classe média
na corte; entre os que não se satisfaziam, estava o
pai de Mozart. Mas ele também se curvou às
circunstâncias a que não podia escapar. Norbert
Elias, Mozart: sociologia de um gênio. Ed. Jorge
Zahar, 1995, p. 18 (com adaptações).
Considerando-se que a sociedade do Antigo
Regime dividia-se tradicionalmente em estamentos:
A) adequado ao funcionamento de uma monarquia
constitucional, pois os senadores eram escolhidos
pelo Imperador.
“O Poder Moderador da nova invenção
maquiavélica é a chave mestra da opressão da
nação brasileira e o garrote mais forte da liberdade
dos povos. Por ele, o imperador pode dissolver a
Câmara dos Deputados, que é a representante do
povo, ficando sempre no gozo de seus direitos o
Senado, que é o representante dos apaniguados
do imperador.” (Voto sobre o juramento do projeto
de Constituição)
Para Frei Caneca, o Poder Moderador definido pela
Constituição outorgada pelo Imperador em 1824
era:
B) eficaz e responsável pela liberdade dos povos,
porque garantia a representação da sociedade nas
duas esferas do poder legislativo.
C) arbitrário, porque permitia ao Imperador
dissolver a Câmara dos Deputados, o poder
representativo da sociedade.
D) neutro e fraco, especialmente nos momentos de
crise, pois era incapaz de controlar os deputados
representantes da Nação.
38
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
E) capaz de responder às exigências políticas da
nação, pois supria as deficiências da representação
política.
14. (ENEM – 2006) No princípio do século XVII, era
bem insignificante e quase miserável a Vila de São
Paulo. João de Laet dava-lhe 200 habitantes, entre
portugueses e mestiços, em 100 casas; a Câmara,
em 1606, informava que eram 190 os moradores,
dos quais 65 andavam homiziados*.
*homiziados: escondidos da justiça.
Nelson Werneck Sodré. Formação histórica do
Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1964.
Na época da invasão holandesa, Olinda era a
capital e a cidade mais rica de Pernambuco. Cerca
de
10%
da
população,
calculada
em
aproximadamente 2.000 pessoas, dedicavam-se ao
comércio, com o qual muita gente fazia fortuna.
Cronistas da época afirmavam que os habitantes
ricos de Olinda viviam no maior luxo. Hildegard
Féist. Pequena história do Brasil holandês. São
Paulo: Moderna, 1998 (com adaptações).
Os textos acima retratam, respectivamente, São
Paulo e Olinda no início do século XVII, quando
Olinda era maior e mais rica. São Paulo é,
atualmente, a maior metrópole brasileira e uma das
maiores do planeta. Essa mudança deveu-se,
essencialmente, ao seguinte fator econômico:
A) maior desenvolvimento do cultivo da cana-deaçúcar no planalto de Piratininga do que na Zona
da Mata Nordestina.
B) atraso no desenvolvimento econômico da região
de Olinda e Recife, associado à escravidão,
inexistente em São Paulo.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
voltar para fora. Era do exterior que vinham os
bens de consumo que fundamentavam um padrão
de vida “civilizado”, marca que distinguia as classes
cultas e “naturalmente” dominantes do povaréu
primitivo e miserável. (...) E de fora vinham também
os capitais que permitiam iniciar a construção de
uma infraestrutura de serviços urbanos, de energia,
transportes e comunicações. Paul Singer. Evolução
da economia e vinculação internacional. In: I.
Sachs; J. Willheim;P. S. Pinheiro (Orgs.).Brasil: um
século de transformações. São Paulo: Cia. das
Letras, 2001, p. 80.
Levando-se em consideração as afirmações acima,
relativas à estrutura econômica do Brasil por
ocasião da independência política (1822), é correto
afirmar que o país:
A) se industrializou rapidamente devido ao
desenvolvimento alcançado no período colonial.
B) extinguiu a produção colonial baseada na
escravidão e fundamentou a produção no trabalho
livre.
C) se tornou dependente da economia europeia por
realizar tardiamente sua industrialização em
relação a outros países.
D) se tornou dependente do capital estrangeiro,
que foi introduzido no país sem trazer ganhos para
a infraestrutura de serviços urbanos.
E) teve sua industrialização estimulada pela GrãBretanha, que investiu capitais em vários setores
produtivos.
16. (ENEM – 2007)
C) avanço da construção naval em São Paulo,
favorecido pelo comércio dessa cidade com as
Índias.
D) desenvolvimento sucessivo da economia
mineradora, cafeicultura e industrial no Sudeste.
E) destruição do sistema produtivo de algodão em
Pernambuco quando da ocupação holandesa.
15.(ENEM – 2007) Após a Independência,
integramo-nos como exportadores de produtos
primários à divisão internacional do trabalho,
estruturada ao redor da Grã-Bretanha. O Brasil
especializou-se na produção, com braço escravo
importado da África, de plantas tropicais para a
Europa e a América do Norte. Isso atrasou o
desenvolvimento de nossa economia por pelo
menos uns oitenta anos. Éramos um país
essencialmente agrícola e tecnicamente atrasado
por depender de produtores cativos. Não se
poderia confiar a trabalhadores forçados outros
instrumentos de produção que os mais toscos e
baratos. O atraso econômico forçou o Brasil a se
Considerando a linha do tempo acima e o processo
de abolição da escravatura no Brasil, assinale a
opção correta.
A) O processo abolicionista foi rápido porque
recebeu a adesão de todas as correntes políticas
do país.
B) O primeiro passo para a abolição da escravatura
foi a proibição do uso dos serviços das crianças
nascidas em cativeiro.
39
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
C) Antes que a compra de escravos no exterior
fosse proibida, decidiu-se pela libertação dos
cativos mais velhos.
D) Assinada pela princesa Isabel, a Lei Áurea
concluiu o processo abolicionista, tornando ilegal a
escravidão no Brasil.
E) Ao abolir o tráfico negreiro, a Lei Eusébio de
Queirós bloqueou a formulação de novas leis
antiescravidão no Brasil.
17. (ENEM – 2007)
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
B) a pintura confirma a visão do texto quanto à
imigração de argentinos para o Brasil.
C) os dois autores retratam dificuldades dos
imigrantes na chegada ao Brasil.
D) Antonio Rocco retrata de forma otimista a
imigração, destacando o pioneirismo do imigrante.
E) Oswald de Andrade mostra que a condição de
vida do imigrante era melhor que a dos exescravos.
18.(ENEM – 2007) Em 4 de julho de 1776, as treze
colônias que vieram inicialmente a constituir os
Estados Unidos da América (EUA) declaravam sua
independência e justificavam a ruptura do Pacto
Colonial. Em palavras profundamente subversivas
para a época, afirmavam a igualdade dos homens
e apregoavam como seus direitos inalienáveis: o
direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade.
Afirmavam que o poder dos governantes, aos quais
cabia a defesa daqueles direitos, derivava dos
governados. Esses conceitos revolucionários que
ecoavam o Iluminismo foram retomados com maior
vigor e amplitude treze anos mais tarde, em 1789,
na França. Emília Viotti da Costa. Apresentação da
coleção. In: Wladimir Pomar.Revolução Chinesa.
São Paulo: UNESP, 2003 (com adaptações).
Considerando o texto acima, acerca da
independência dos EUA e da Revolução Francesa,
assinale a opção correta.
Antonio Rocco. Os imigrantes, 1910, Pinacoteca do
Estado de São Paulo.
A) A independência dos EUA e a Revolução
Francesa integravam o mesmo contexto histórico,
mas se baseavam em princípios e ideais opostos.
Um dia, os imigrantes aglomerados na amurada da
proa chegavam à fedentina quente de um porto,
num silêncio de mato e de febre amarela. Santos.
— É aqui! Buenos Aires é aqui! — Tinham trocado
o rótulo das bagagens, desciam em fila. Faziam
suas necessidades nos trens dos animais onde
iam. Jogavam-nos num pavilhão comum em São
Paulo. — Buenos Aires é aqui! — Amontoados com
trouxas, sanfonas e baús, num carro de bois, que
pretos guiavam através do mato por estradas
esburacadas, chegavam uma tarde nas senzalas
donde acabava de sair o braço escravo. Formavam
militarmente nas madrugadas do terreiro homens e
mulheres, ante feitores de espingarda ao ombro.
B) O processo revolucionário francês identificou-se
com o movimento de independência norteamericana no apoio ao absolutismo esclarecido.
Oswald de Andrade. Marco Zero II — Chão. Rio de
Janeiro: Globo, 1991.
Levando-se em consideração o texto de Oswald de
Andrade e a pintura de Antonio Rocco reproduzida
acima, relativos à imigração européia para o Brasil,
é correto afirmar que:
A) a visão da imigração presente na pintura é
trágica e, no texto, otimista.
C) Tanto nos EUA quanto na França, as teses
iluministas sustentavam a luta pelo reconhecimento
dos direitos considerados essenciais à dignidade
humana.
D) Por ter sido pioneira, a Revolução Francesa
exerceu forte influência no desencadeamento da
independência norte-americana.
E) Ao romper o Pacto Colonial, a Revolução
Francesa abriu o caminho para as independências
das colônias ibéricas situadas na América.
ANEXOS
Mapas
“A mente que se abre a uma nova idéia, jamais
volta ao seu tamanho original”.
Albert Einstein
Bom estudo!!!!!
40
Download