REABILITAÇÃO PULMONAR DOMICILIAR: UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM UM PACIENTE PORTADOR DE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) 1 Fabíola Kenia Alves* , Rosecler Teixeira Cardoso 2 1 Fisioterapeuta mestranda pelo Departamento de Cirurgia (Área de Urologia Feminina) – FCM/UNICAMP-SP. 2 Professora Assistente I -Departamento de Fisioterapia-PUCMINAS/Campus Poços de Caldas –MG. Introdução. Analisar a eficácia de um programa de Reabilitação Pulmonar Domiciliar (RPD) em um paciente portador de DPOC e possíveis repercussões deste programa na tolerância ao exercício. Métodos. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética (CAAE: 0261.0.213.000-09) e assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O sujeito do estudo com idade de 76 anos, sexo masculino, extabagista, apresentava distúrbio ventilatório moderado, encaminhado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em fevereiro de 2006 à clínica de Fisioterapia da PUCMINAS-Campus Poços de Caldas. Após a realização de Reabilitação pulmonar Convencional (RPC) três vezes semanais por dois anos consecutivos, em janeiro de 2008 foi inserido em um programa de Reabilitação Pulmonar Domiciliar(RPD) pelo qual era acompanhado 1 vez por semana na RPC. Além das atividades como o treinamento aeróbio através de caminhadas livres 3 vezes por semana com uso de podômetro ,que foi conduzido a nível domiciliar, foram realizadas orientações verbais , introdução de Cartilha Educacional e reavaliações. Foi feita busca ativa dos dados referentes à ficha de avaliação fisioterapêutica Pneumológica, estabelecida como padrão na Instituição e correlacionados com os valores após RPD. Resultados. Houve aumento da distância percorrida no TC6 de 40,56%, 63,01% e 86,06% em janeiro de 2008 (463,8m), novembro de 2008 (560,69m) e junho de 2009 (614m). Houve aumento dos valores espirométricos simultaneamente. Esses dados são demonstrados no gráfico 1, 2 e 3. Gráfico 1- Comparação dos valores previstos para o TC6 com os períodos Pré RP e Pós-reabilitação. Fonte: dados da pesquisa Gráfico 2- Valores obtidos pela espirometria levando-se em conta o VEF1. Fonte: dados da pesquisa Gráfico 3- Comparação dos valores previstos e valores obtidos pela manuvacuometria ao longo do tempo Fonte: dados da pesquisa Conclusões: A RPD para pacientes com DPOC é um tratamento seguro e útil, promovendo uma melhora na tolerância ao exercício. Assim, fica cada vez mais claro a importância de um novo conceito de reabilitação, capacitando o indivíduo a auto-gestão da saúde. Entretanto, mais estudos referentes à RPD e seus efeitos sobre os portadores de DPOC são necessários.