dente do Dinis - Porto Editora

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dente do Dinis
Era uma vez um dente
que vivia infeliz,
passava o dia doente
e a culpa era do Dinis!
Com o dedo pôde sentir
um buraquinho no dente de trás.
– Para que possas voltar a sorrir,
escuta bem, meu rapaz…
Chocolate, gelado, caramelo e açúcar,
nada escapava ao Dinis…
Que não escovava os dentes
e o pobre do dente era um infeliz!
E o dentista lá lhe explicou
que os doces faziam cáries do pior.
Depois limpou, escovou e tratou
e o Dinis sentiu-se muito melhor.
Um dia, depois de comer,
o Dinis sentiu uma dor…
Doía e continuava a doer,
era melhor ir ao doutor!
– Agora há que lavar
os dentes depois de comer
e dos doces não abusar
para o dente não te doer!
– Vamos lá ver o que se passa…
– disse o dentista a sorrir.
Mas ao Dinis, apavorado,
só lhe apetecia fugir!
Depois daquele dia diferente,
o Dinis teve mais cuidado
e o dente que era doente
foi muito bem tratado!
10 | Letras com Histórias
“O dente do Dinis”
Propostas de atividades sobre o texto e sobre saúde oral
•
“Era uma vez um dente / que vivia infeliz / passava o dia doente / e a culpa era do
Dinis!”
Em grande grupo discutem-se as opções alimentares do Dinis:
Ele escolhia alimentos que lhe faziam bem? Será que o dente do Dinis ficaria doente se ele
comesse alimentos mais saudáveis?
A educadora prepara dois moldes de dentes, cada um numa cartolina: um dente feliz numa
cartolina branca e um dente infeliz numa cartolina mais amarelada. Distribuem-se folhetos de
supermercado pelas crianças, para que recortem alimentos variados, ou pede-se previamente
às famílias que colaborem no envio de recortes de alimentos saudáveis e não saudáveis. Cada
criança colará no respetivo dente os alimentos que selecionou: no dente branco e feliz ficarão
os alimentos saudáveis e no dente amarelado e infeliz aqueles que não são tão saudáveis!
•
“Chocolate, gelado, caramelo e açúcar, / nada escapava ao Dinis... / Que não
escovava os dentes / e o pobre do dente era um infeliz!”
Mas como às vezes se comem doces e coisas menos saudáveis, é muito importante saber
escovar os dentes! E escovar os dentes não é apenas passar com a escova levemente... Há que
saber escovar para cima e para baixo, para a frente e para trás e em círculos também!
Que tal um treino de escovagem enquanto se fazem umas pinturas divertidas?
A educadora prepara moldes de dentes em papel e coloca à disposição das crianças tintas e
escovas de dentes usadas. As crianças mergulham a escova na tinta pretendida e realizam
sobre o dente de papel os movimentos sobre os quais conversaram.
•
“E o dentista lá lhe explicou / que os doces faziam cáries do pior. (...)”
É também possível realizar de uma experiência para constatar a forma como os alimentos
menos saudáveis, nomeadamente os muito ricos em açúcar, estragam os dentes. Num frasco
transparente coloquem um ovo cozido e depois encham esse recipiente com uma bebida bem
doce, como, por exemplo, um refrigerante. Noutro frasco igual, coloquem um ovo cozido que
ficará submerso apenas em água. Deixem ficar os ovos submersos durante cerca de 24 horas.
Quando retirarem os ovos dos líquidos... que surpresa! Há uma casca cheia de manchas! Qual
delas será?
Reflitam sobre o efeito do açúcar nos dentes e experimentem lavar as manchas do ovo com
uma escova de dentes e pasta dentífrica!
•
“(...) Depois limpou, escovou e tratou / e o Dinis sentiu-se muito melhor.”
Podem construir na sala uma Oficina de Limpeza Dentária. Vão precisar de caixas de ovos de
plástico, tintas, escovas de dentes usadas, blocos de construção gigantes, plasticinas e
atacadores.
A educadora recorta as caixas de ovos de forma a que fiquem disponíveis filas de dentes. As
crianças pintarão sobre o plástico e depois deixam secar. Quando a tinta estiver seca,
arregaçam bem as mangas e, com a ajuda de uma escova de dentes usada, escovam toda a
sujidade até não restar nem uma mancha!
As crianças serão desafiadas a colocar plasticina nos espaços existentes nos blocos de
construção e depois a retirarem-na com a ajuda dos atacadores, e tudo isto depois de terem
conversado sobre o fio dental e a importância da sua utilização.
•
“− Vamos lá ver o que se passa... / − disse o dentista a sorrir. / Mas ao Dinis,
apavorado, / só lhe apetecia fugir!”
Para que não restem dúvidas nem medos, o melhor mesmo será convidar um médico-dentista
para visitar a sala! Nada como um especialista para explicar todos os cuidados a ter com os
dentes, e talvez possa levar para a sala alguns dos seus instrumentos de trabalho para as
crianças observarem e manusearem. Acima de tudo, é importante que as crianças
compreendam a importância da prevenção das cáries, mas também não receiem a figura do
dentista caso seja necessário a ele recorrer!
Catarina Águas
Educadora de Infância
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