Avaliação de diferentes métodos de higienização sobre a

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Avaliação de diferentes métodos de higienização sobre a contaminação
de esponjas de limpeza em cozinhas domésticas
Maira Oliveira Silva1; Ernani Porto1
1
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo (ESALQ/USP )
1. Introdução
Durante o período de utilização de esponjas
utilizadas em cozinhas, pode haver um acúmulo
de bactérias, as quais podem ser fonte de
contaminação cruzada para o alimento e
utensílios [1]. O presente estudo teve como
objetivo avaliar o grau de contaminação
microbiológica de esponjas utilizadas em
estabelecimentos domésticos dos alunos da
Escola Superior “Luiz de Queiroz” –
ESALQ/USP, as quais foram submetidas a
quatro diferentes tratamentos higiênicos.
tratamento aplicado (Tabela 2). A aplicação de
solução de hipoclorito 2x na semana (S2) foi o
melhor tratamento de higienização, contudo, a
contagem em geral mostra que o uso excessivo
da mesma esponja, além de provocar um
desgaste desta, pode determinar um risco para,
pois as contagens de enterobactérias variaram
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de 10 a 10 .
Tabela 2: Resultados das análises microbiológicas
das esponjas obtidas de diferentes tratamentos
higiênicos.
EP
2. Material e Métodos
Durante uma semana, 5 esponjas utilizadas nos
domicílios de cinco alunos foram submetidas a
diferentes tratamentos higiênicos específicos a
cada um (Tabela 1), sendo uma controle. Após
o uso, as esponjas (EP) foram coletadas em
plásticos
estéreis
e
transportadas
ao
Laboratório de Higiene e Laticínios da ESALQUSP em Piracicaba para análise de contagem
global de bactérias (BG), enterobactérias (EB) e
bolores (BO) e leveduras (LV) de acordo com a
metodologia descrita pelos autores DOWNES;
ITO (2001) [2].
Tabela 1: Tipos de tratamentos higiênicos
submetidos às esponjas domiciliares.
Esponja
Tratamento higiênico
C
Controle
S1
Esponja imersa em solução de
hipoclorito (100ppm) todos os dias
S2
Esponja imersa em solução de
hipoclorito (100ppm) 2x na semana
F1
F2
Esponja imersa em água fervente
todos os dias
Esponja imersa em água fervente
2x na semana
Observação: todas as esponjas sofreram
tratamento higiênico durante 10 minutos.
3. Resultados e Discussão
As esponjas apresentaram uma contaminação
elevada, principalmente de bactérias globais e
enterobactérias, independente do tipo de
C
S1
S2
F1
F2
BG
UFC/mL
4,37x106
1,62x105
2,00x103
1,40x104
3,42 x105
EB
UFC/mL
1,06x107
1,40x105
1,00x103
9,00x103
2,31x105
BO
UFC/mL
1,80x10²
4,50x10¹
9,00x10¹
1,45x10¹
1,35x10²
LV
UFC/mL
1,36x105
1,21x104
2,00x10¹
1,29x102
1,95x10²
4. Conclusão
Mesmo quando submetidas a tratamentos
higiênicos,
as
esponjas
apresentaram
contagens
microbiológicas
consideráveis
oferecendo risco, principalmente devido à
contaminação por enterobactérias, indicando
que a troca semanal e o uso da esponja para
somente uma finalidade se fazem necessários
para a não contaminação cruzada aos alimentos
e aos utensílios.
5. Referências Bibliográficas
[1] BALIONI, G.A.; SANTOS, T.B. A. dos;
SOARES, M.M. S.R.; SILVA, S. M. F. da,
SREBERNICH, S.M.; Avaliação do efeito
bactericida em esponjas comerciais utilizadas
para limpeza em cozinhas industriais.
FAPIC/REITORIA. PUC – São Paulo, 2006.
Disponível
em:
<http://www.puccamp.br/pesquisa/i_semana_ci
entifica/iniciacao_resumos/.pdf>. Acesso em:
24 maio 2009.
[2] DOWNES, F. P.; ITO, K. (Ed.). Compendium
of methods for the microbiological examination
of foods 4th ed. Washington: American Public
Health Association, 2001.
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