Por que o LSD causa alucinações nos seres humanos? O LSD é um perturbador alucinógeno sintético do sistema nervoso central, o qual é capaz de promover alucinações nos seres humanos. Dentre essa categoria de droga ( alucinógeno ) o LSD é a mais potente. O LSD foi sintetizado pela primeira vez por Albert Hoffmann em 1938 acidentalmente quando ele fazia pesquisas médicas. Anos depois o LSD foi utilizado para uso clinico, principalmente para o tratamento de alcoolismo, disfunções sexuais e como recurso psicoterapêutico. Hoje em dia seu consumo e produção são proibidos. O LSD atua no cérebro causando alterações psíquicas, proveniente de distorções do funcionamento do mesmo. Essas alterações dependem principalmente de três componentes: a personalidade do usuário, o contexto (ambiente, sentimento) onde/quando é ingerida e da qualidade da droga. Os efeitos psicológicos mais relatados depois da utilização do LSD são: a alucinação auditiva e visual, o aumento na capacidade sensorial, sinestesias, alteração da noção temporal e espacial do usuário, momentos de euforia alternados com angustia, agressividade, pânico entre outros. O LSD não é muito tóxico ao organismo humano, porém a perturbação psíquica causada pode se muito perigosa. Existem casos de pessoas que ao tomarem começam a acreditar que detém de uma força sobrenatural, assim pondo-se em situações de perigo, tais como pular pela janela pensando que consegue voar, tentar parar um carro com a mente entre outras. Outro fenômeno causado por essa perturbação psíquica é o denominado flashback, ou seja, após a pessoa ter tomado o LSD depois de um período de semanas ou meses a pessoa começa a sentir de forma inesperada e, normalmente em situações impróprias, os mesmos sintomas apresentados durante a sua alteração psíquica na hora da utilização da droga. O flashback é considerado um variante a longo prazo e normalmente é muito doloroso, porque como o individuo não utilizou a droga (LSD) desta vez, acredita que esta enlouquecendo, ficando esquizofrênico. Os efeitos físicos causados pelo LSD são descritos como náuseas, dilatação nas pupilas, aumento na pressão arterial e do ritmo cardíaco, sonolência, aumento na temperatura do corpo e debilidade corporal. Esses são encontrados cerca de 10 a 20 minutos depois do LSD ser ingerido. O interessante desta droga é que não causa dependência de abstinência depois do usuário parar de usar. Entretanto, o como outras drogas alucinógenas, pode provocar dependência psicológica, uma vez que a pessoa que habitualmente faz e nem crise LSD, assim psíquica ou uso destas substâncias como um meio de se alienar dos problemas da vida e se refugiar no paraíso da droga. O LSD afeta o cérebro ao intervir com os receptores 2 A de serotonina, que é um neurotransmissor responsável por um papel na comunicação do humor e consciência. Esses receptores 2 A de serotonina estão presentes em diversos lugares do cérebro, tais como o tálamo e o córtex, ao entrar em contato com este causa alteração da percepção sensorial por exemplo. Os efeitos alucinógenos do LSD também afetam os neurônios na camada V do córtex somatosensorial. O LSD e uma droga alucinógena que age em diferentes receptores e transmissores cerebrais fazendo com que o usuário perca totalmente a noção de tempo e espaço e passe a enxergar o mundo por meio do seu inconsciente. A droga funciona como uma espécie de inibidor do consciente e libertador do inconsciente levando, em alguns casos, a transformar o usuário em psicótico. Augusto Guimarães, Gabriel Almeida, Miguel Matarazzo, Ricardo Romano, Tomaz Seincman