Dicionário de Escatologia do Preterismo ____________ César Francisco Raymundo ____________ - Revista Cristã Última Chamada - Edição Especial Nº 025 Fotos, Ilustrações e texto grego: Todas as imagens deste dicionário são da internet. As palavras em grego foram retiradas do Textus Receptus. É proibida a distribuição deste material para fins comerciais. É permitida a reprodução desde que seja distribuído gratuitamente. Revista Cristã Última Chamada_____________________________________ Periódico Revista Cristã Última Chamada, publicada com a devida autorização e com todos os direitos reservados no Escritório de Direitos Autorais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro sob nº 236.908. Editor César Francisco Raymundo E-mail: [email protected] Site: www.revistacrista.org Londrina - Paraná Setembro de 2016 Índice Aviso importante! ..................................................... Sobre o Autor............................................................ Apresentação............................................................ Prefácio..................................................................... A Escatologia Bíblica: sua importância e o Preterismo........................................................... Como usar este dicionário eficazmente... ............... Abreviaturas.............................................................. Obras de Referência................................................. Ordem Alfabética dos Vocábulos e Expressões….. 05 06 07 08 10 13 14 157 160 _______________ Aviso importante! O objetivo desta obra é dar ao leitor uma visão geral, inteligente e consistente acerca do Preterismo. Para entender os vários pontos defendidos nesse sistema de interpretação, é necessário um estudo aprofundado do mesmo, tema por tema, detalhe por detalhe. Qualquer ideia precipitada retirada deste dicionário com o objetivo de refutar ou colocar em dúvida a interpretação preterista das profecias bíblicas, demonstrará amadorismo e analfabetismo por parte dos escritores, que é algo que tem acontecido muito na internet. Portanto, conheça o Preterismo e suas implicações pesquisando e estudando profundamente direto da fonte. _______________ Sobre o Autor César Francisco Raymundo nasceu em 02/05/1976 na cidade de Londrina - Estado do Paraná. De origem católica, encontrou-se com Cristo aos treze anos de idade. Na década de noventa passou a ser membro da igreja Presbiteriana do Brasil daquela cidade. Tem desenvolvido diversos trabalhos entre eles livros, folhetos e revistas visando a divulgação da Boa Nova da Salvação em Cristo para o público em geral. Atualmente, se dedica intensamente ao estudo, especialização, divulgação e produção de material didático a respeito do Preterismo Parcial e Pós-milenismo, para que tal mensagem seja conhecida como um caminho verdadeiramente alternativo contra a escatologia falsa e pessimista que recebemos por tradição em nossas igrejas. _______________ Apresentação Como tem acontecido por várias vezes, a Revista Cristã Última Chamada se mostra pioneira sobre diversos temas a respeito do Preterismo. Isto vai desde as centenas de artigos sobre o tema, bem como as diversas revistas e literaturas inéditas no Brasil. A principal delas no ano passado foi o e-book “Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único” que é o primeiro comentário versículo por versículo do Apocalipse tendo como ponto de vista, o Preterismo. Agora, mostrando pioneirismo mais uma vez, lançamos mais esta obra inédita no Brasil. Inédita pelo fato de não haver até então um dicionário específico sobre o pensamento do Preterismo a respeito da profecia bíblica. Devido à escassez de literaturas sobre o Preterismo que sempre tivemos em solo brasileiro, acredito que para Glória de Deus, todo o esforço exaustivo que tenho feito até agora, servirá para despertar e trazer nos próximos anos muitas outras obras de muito maior valor e profundidade. É justamente por isto que tenho batalhado todos os dias, ou seja, para que o ensinamento escatológico falso recebido por tradição em nossas igrejas, venha mais cedo ou mais tarde, ser totalmente substituído por aquilo que realmente o Verbo Divino nos ensinou. O Editor. __________________ Prefácio O esforço para fazer este Dicionário de Escatologia do Preterismo veio da necessidade de suprir cada vez mais a escassez de obras que venham fundamentar melhor a escatologia do ponto de vista preterista. Num universo quase que totalmente dominado pela escatologia pessimista do Dispensacionalismo, e que também, no geral, as demais interpretações escatológicas são pessimistas em relação ao futuro, este dicionário vem para suprir as mais profundas dúvidas sobre o Preterismo, pois o mesmo há muito tempo tem estado em desvantagem na cristandade. Nesta obra, o leitor encontrará as palavras e expressões mais usadas no Preterismo, seus significados históricos e gramaticais, bem como comentários importantes sobre cada tema. Cada palavra ou expressão vem com sua escrita e significado nas línguas originais da Bíblia, o grego e o hebraico principalmente. Também, sempre ao final das explicações das palavras, há citações de “obras de referência” que são importantes para posteriores pesquisas. Este dicionário é resultado de anos de estudo da teologia bíblica, do grego do novo testamento e dos mais diversos ramos da escatologia em geral. Levei cinco meses para produzi-lo sendo muito cuidadoso com a Escritura Sagrada. Tive o cuidado de pesquisar e rever cada palavra em seus diversos contextos. Pesquisei obras importantes, o qual destaco o Léxico Grego do Novo Testamento de Edward Robinson, publicada pela editora CPAD. Apesar de ser inevitável que fique algumas dúvidas na mente do leitor, tenho certeza que esta obra dará uma visão geral, histórica e consistente sobre o que pensa um preterista sobre a escatologia bíblica. Por fim, esta obra é fruto de incansável dedicação da minha parte, cujo único objetivo para a glória de Deus, é que ela seja útil para todos os estudantes da profecia bíblica. Agora entregue ao público, para cuja execução me dediquei, de forma incansável, esta obra deverá ser julgada pelo mesmo na esperança de que sirva de inspiração para outras obras melhores. Expresso aqui a minha gratidão aos meus fiéis leitores, que sempre atentos e dinâmicos no serviço do Reino, prestigiam meus escritos para poder repassá-los a outros e, assim, promover a libertação do povo cristão que muitas vezes tem sido enganado pelo pessimismo de uma falsa escatologia. César Francisco Raymundo Londrina, 04 de Setembro de 2016. ________________ A Escatologia Bíblica: sua importância e o Preterismo A escatologia é um dos temas mais importantes e fascinantes da Bíblia. É nela que aprendemos a respeito do futuro, das últimas coisas, da vida após a morte, da ressurreição dos mortos, da Segunda Vinda de Cristo e do Juízo final. E o melhor de tudo, é que a escatologia bíblica não é uma teoria, mas é uma revelação Divina. Sendo revelação Divina a escatologia só encontra sua plenitude na Pessoa de Jesus Cristo. Sem Jesus não há meio de se ter um real entendimento sobre o futuro. Foi através da Pessoa de Cristo que a profecia passou a ser pronunciada mais claramente. É justamente aqui que entra o Preterismo, pois uma análise profunda das palavras de Cristo, com muita atenção ao texto, mostrará que grande parte do que Cristo falou se cumpriu nos dias da igreja primitiva. O Preterismo não é uma invenção herética! Todo o cristão é em certo grau, um preterista. Se você se diz cristão e crê que Jesus cumpriu diversas profecias do Antigo Testamento, tais como as curas realizadas em seus dias, a sua morte e ressurreição, então, você é alguém que crê que algumas profecias tiveram seu cumprimento no passado. Isto é Preterismo! Mas, o Preterismo não para somente naquilo que Jesus cumpriu em seus dias de ministério terreno. Diversas outras profecias tiveram seu cumprimento no passado. Só para citar um exemplo, a descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes como cumprimento da profecia do profeta Joel, é agora uma profecia com cumprimento passado. O Senhor também profetizou sobre coisas que iriam se cumprir na geração de seus dias. O capítulo 23 de Mateus dá uma noção do que estava para vir sobre Jerusalém por causa de seus crimes, e também por rejeitarem a Cristo. Mateus capítulo 23 serve de introdução para o capítulo 24, o qual o Senhor pronunciou o famoso “sermão profético” (também encontrado em Marcos 13 e Lucas 21). Enquanto muitos veem o sermão profético como se referindo ao dias que precederiam o fim do mundo, na verdade, o sermão gira em torno da destruição do templo e da cidade de Jerusalém, o qual aconteceu no ano 70 d.C. Todo o cenário descrito no sermão profético é claramente local e do primeiro século da era cristã. Sei muito bem que depois de ter sido ensinado de maneira diferente pela tradição de sua igreja, o leitor se sentirá desconfortável em relação ao Preterismo. Mas, saiba, se somos pela verdade, nada poderemos contra ela. Então, o que causa desconforto agora, nos será retribuído em muita alegria de saber que o pior período da história já passou, e que Deus agora quer que seu Reino cresça para que as coisas sejam restauradas em todas as nações, e por fim, Cristo possa vir novamente. No estudo preterista da Escritura aprendemos que o Senhor provou ser o Verdadeiro profeta prometido por Deus através de Moisés. Isto, por si só, muito mais do que a atual escatologia ensinada na maioria das igrejas, cala de vez a boca dos céticos que zombam da profecia. Portanto, tenha você leitor, uma atitude nobre, e não seja como os modernos escritores de internet que refutam daquilo que tanto desconhecem. Agora que o Preterismo chegou até você, faça como fizeram os bereanos, pois deles se diz: “Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, porquanto, receberam a mensagem com vívido interesse, e dedicaram-se ao estudo diário das Escrituras, com o propósito de avaliar se tudo correspondia à verdade”. (Atos 17:11 – o grifo é meu) ___________________ Como usar este dicionário eficazmente... A fim de que o leitor tenha um proveito bem eficaz no uso desta obra, a seguir vai algumas dicas de uso: 1. Na definição de cada “palavra” ou “expressão” escatológica, há algumas abreviaturas da língua de onde se origina. Para saber sobre cada abreviatura sugerimos que o leitor consulte o tópico Abreviaturas na página 14. 2. Cada palavra ou expressão escatológica tem a explicação de seu significado imediato, seguido de explicações e comentários adicionais muitas vezes numeradas em ordem. 3. No final de cada definição de palavras ou expressões escatológicas há citações das Obras de referência. São títulos de e-books com indicação de links para consultas ou estudos mais profundos sobre o tema em questão. 4. Após as Obras de referência que há no final de cada palavra ou expressão escatológica, há entre colchetes “[ ]” indicação de outras palavras que fazem parte do mesmo tema. 5. Para facilitar a busca das palavras e expressões escatológicas, no final deste dicionário, na página 160, estão todos os verbetes em ordem alfabética com a indicação do número de página onde é possível encontrar de cada um deles. ____________________ Abreviaturas a.C. – antes de Cristo d.C. – depois de Cristo Gr. - grego Hb. - hebraico Lat. – latim Lit. - Literalmente LXX – Septuaginta (antiga versão grega do Antigo Testamento). Obras de ref. – obras de referência Transl. – transliteração A Abadom – [Do Hb. Transl.: Abadom, Destruição] No grego é conhecido como Apoliom e tem o mesmo significado de Destruição ou Destruidor. 1. É conhecido em Apocalipse 9 como o anjo do abismo que comanda um bando de gafanhotos proveniente do abismo para atormentar os judeus durante a Grande Tribulação. 2. No Antigo Testamento Abadom aparece pelo menos seis vezes (Jó 26:6; 28:22; 31:12; Salmo 88:11; Provérbios 15:11; 27:20). Nestas passagens pelo menos três vezes Abadom é acompanhado pela palavra Seol (ou Além, Inferno, e Sepultura). Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo. [Ver Abismo] Abismo – [Do Hb. Transl.: tehôm; do Gr. αβυσσου, Transl.: abyssos] Grande cavidade natural e vertical de fundo não sondável. Cavidade muito ou extremamente profunda. 1. Abismo ocorre nove vezes no Novo Testamento, sendo que sete vezes só no Apocalipse. 2. É usado em Lucas 8:31 para descrever a morada dos demônios. 3. Em Romanos 10:7 Abismo é usado para descrever a morada dos mortos. Ainda em Romanos 10:6-7, o apóstolo Paulo faz um contraste da inacessibilidade do “céu” e do “abismo” com a acessibilidade da justiça pela fé em Cristo. 4. Em Apocalipse 20:3 é usado para descrever a prisão do diabo durante o reinado milenar de Cristo. Neste caso deve-se entender como uma prisão espiritual em que o diabo tem limitado o seu poder de agir. Essa prisão aconteceu durante o ministério terreno de Cristo (Mateus 12:28-29). 5. O “abismo” é a fonte de onde se originam os gafanhotos simbólicos de Apocalipse 9:1-3,11. 6. Em Apocalipse 11:3, 7 o “abismo” é a origem da besta que trava guerra contra as “duas testemunhas” de Deus e as mata. 7. No pensamento dos povos da antiguidade, o Abismo era uma fenda na terra para onde iam as almas dos mortos. O Abismo também era sinônimo do Hades. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo. [Ver Hades, Inferno, Seol, Tártaro] Abominável da Desolação – [Do Hb. Transl.: shiqquç shômêm, do Gr. βδελυγμα της ερημωσεως] É um termo usado para referir-se a mais repugnante das profanações que iria acontecer no Templo de Salomão em Jerusalém. O termo em questão pode ser traduzido como “abominação que causa horror”. 1. No livro de Daniel essa expressão aparece três vezes (Daniel 9:27; 11:31 e 12:1). 2. O Abominável da Desolação é a expressão mais forte que o profeta encontrou para expressar a afronta das afrontas contra Deus no seu Templo. É o sacrilégio dos sacrilégios. 3. A profecia do Abominável da Desolação cumpriu-se no ano 167 a.C., quando o rei da Síria Antíoco IV (Epifânio) profanou o Templo de Jerusalém ao construir um altar sobre o grande altar de Jeová e sacrificou nele um porco ao olímpico Zeus (Júpiter). 4. Nos evangelhos de Mateus 24:15-16 e Marcos 13:14 o Senhor Jesus faz referência ao “abominável da desolação” de que falou o profeta Daniel e que o mesmo iria estar no lugar santo. No evangelho é pedido ao leitor para que entenda o significado dessa profecia. Neste caso, Jesus não estava negando o cumprimento passado da profecia de Daniel e nem dando a ela um duplo cumprimento. O que Ele quis dizer (e o leitor judeu deveria entender) é que ainda dentro daquela geração do primeiro século da era cristã algo parecido com a profanação de Antíoco iria acontecer novamente (como de fato aconteceu no ano 70 d.C. quando os exércitos romanos invadiram Jerusalém. 5. Muitos pensam atualmente que o “abominável da desolação” será um futuro Anticristo quando supostamente o Templo será erguido novamente. O evangelho de Lucas desmente essa interpretação ao evitar o uso do termo “abominável da desolação”, mas diferente de Mateus e Marcos, escreveu: “Quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos, sabei que está próxima a sua devastação”. (Lucas 21:20) 6. Os três evangelhos são unânimes quando diz que aquela geração dos primeiros discípulos seria testemunha de tal abominação (Mateus 24:34; Marcos 13:30; Lucas 21:32). 7. Quando Roma invadiu Jerusalém e profanou o Templo cumpriu-se o “abominável da desolação” no local santo. Isto marcou o início de um período de três anos e meio de Grande Tribulação nunca visto antes na história dos judeus. No verão do ano 70 d.C. os sacrifícios de animais cessaram, pois o templo foi completamente destruído. Ver em Obras de ref.: Mateus 24 e a Vinda de Cristo, de César Francisco Raymundo. [Ver Ano 70 d.C., Grande Tribulação] Advento – [Do Gr. Παρουσία, Transl.: Parousia, Vinda, Chegada] No Novo Testamento encontramos duas vindas especiais de Cristo: 1. Sua encarnação, seu nascimento em Belém; 2. Sua Segunda vinda em que virá para ressuscitar os mortos, arrebatar os vivos e julgar vivos e mortos. Sem Arrebatamento Secreto – Um Guia Otimista para o Fim do Mundo – de Jonathan Welton. 3. Embora ignorado pela maioria esmagadora dos cristãos, existem pelo menos seis “tipos” de vinda de Cristo nas Escrituras. São seis maneiras em que o Salvador tem se manifestado ao mundo desde os tempos antigos. São elas: [Ver Segunda Vinda de Cristo] a. Vinda em Teofanias (Gênesis 3:8; 17:1); b. A vinda de Belém, seu nascimento físico (Mateus 2:6); c. A vinda no último dia (Atos 1:11; 1ª Tessalonicenses 4:13-17); d. A vinda em direção ao Pai - Sua ascensão (Daniel 7:13); e. A vinda através do Espírito Santo (João 14:16-18); f. A vinda em julgamento contra Israel, igrejas etc. (Apocalipse 2:5; Mateus 21:40-41, 43-45; Mateus 22:6-7). 4. A vinda no último dia é chamada de Segunda vinda (Hebreus 9:28), porque é contrastada com a primeira que foi Seu nascimento em Belém. Essas duas vindas são especiais porque não são manifestações apenas espirituais, mas físicas. O Senhor Jesus Cristo nasceu pelo mesmo processo que um homem leva para nascer (com exceção de que não foi gerado por um pai humano), teve um corpo físico, pôde ser tocado e visto, sua humanidade foi e é real. Na segunda vinda Ele virá com o mesmo corpo que teve na terra, corpo este agora ressuscitado, glorioso e sobrenatural. Ver em Obras de ref.: Mateus 24 e a Vinda de Cristo, de César Francisco Raymundo. Alfa e Ômega – [Do Gr. alfa, , ômega] Alfa é a primeira letra do alfabeto grego, e ômega, a última. É como se fosse “A” e “Z” em português. 1. Encontramos o termo “alfa e ômega” em referência a Cristo no livro do Apocalipse (Apocalipse 1:8; 21:6; 22:13), significando Sua eternidade, principio e fim, autor e consumador de todas as coisas. É uma declaração de que o Senhor Jesus é Senhor da história e da eternidade. 2. Como Alfa e Ômega temos em Cristo um reconhecimento tríplice como Criador, Redentor e Juiz Final. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo [Ver Apocalipse] Alma – [Do Hb. Transl.: nephesh, do Gr. ψυχη, Transl.: psychê] É o princípio vital, a vida. É a parte espiritual, imaterial e invisível do ser humano. Foi criada a imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1:26). O homem é uma alma vivente significando isto que ele é possuidor de vida (Gênesis 2:7). 1. A alma sai do corpo por ocasião da morte e volta por ocasião da ressurreição (Gênesis 35:18-19; 1º Reis 17:20-22). 2. A sobrevivência da alma fora do corpo é erroneamente chamada de “imortalidade da alma”. O termo imortalidade aplica-se ao corpo que será ressuscitado no último dia. O certo seria dizer que a alma continua existindo após a morte do corpo, ao invés de se usar o termo “imortalidade da alma”. composto de coração, alma, entendimento e força (Marcos 12:30). 3. A palavra “alma” tem vários outros significados nas Escrituras. Ela pode referir-se a “pessoas” (1ª Pedro 3:20; Gênesis 46:18; Josué 11:11; Atos 27:37 e Romanos 13:1). 11. Na morte, quando sai a alma, o ser humano torna-se incompleto. 4. Os animais em geral são chamados de “almas viventes” (Gênesis 1:20, 24; 9:10; Levítico 11:46 e Números 31:28). 5. Pode significar a “vida” das pessoas (Êxodo 4:19). 6. Também significa o sangue da pessoa: “Porque a alma da carne está no sangue...”. (Levítico 17:11) 7. A alma não pode ser morta ou tocada pelo homem (Mateus 10:28). 8. Muitas vezes alma é confundida com o espírito. Talvez, por isto, há aqueles que defendem a dicotomia do ser humano, a qual afirma que o mesmo possui apenas corpo e alma, sendo o espírito a mesma coisa que a alma. Também há aqueles que defendem a tricotomia a qual se afirma que o ser humano é composto de corpo, alma e espírito. Sendo espirito e alma elementos distintos e diferentes. 9. Toda controvérsia em torno do vocábulo alma seria resolvida se os intérpretes aprendessem que essa palavra é uma figura sinédoque, a qual significa que uma parte representa o todo. Exemplo: mil cabeças de gado. Isto não significa que numa fazenda haja mil cabeças de gado separadas de seus corpos. A cabeça serve para representar ou fazer referência ao animal inteiro, ou seja, é uma parte que representa o todo. O mesmo se dá com a palavra alma. Ela pode ser uma representação do todo do ser humano. 10. O ser humano, segundo Jesus, deve ser visto como um ser completo, [Ver Além, Espírito, Corpo, Estado Intermediário, Morte, Ressurreição] Amém – [Do Hb. Transl.: Amén, Assim seja] Significa concordância. 1. Cristo é apresentado como o “amém” de Deus (2ª Coríntios 1:20). Em Apocalipse 3:14, o Senhor Jesus Cristo se auto identifica como o Amém. 2. Em Cristo como o Amém de Deus temos o “sim” a todas as Suas promessas. Amigos do Noivo – São os convidados que receberam a palavra de Deus e o privilégio de participar das Bodas do Cordeiro (Mateus 9:15; 25:110). Amilenismo – Significa, literalmente, “nenhum milênio”. Não é o caso de que o Amilenismo não ensine sobre nenhum milênio do reinado de Cristo baseado em Apocalipse 20. O fato é que o amilenista não crê num milênio literal e futuro. 1. Os amilenistas ensinam que o milênio de Apocalipse 20 é toda era do Novo Testamento, da primeira vinda de Cristo até a Segunda vinda. 2. No Amilenismo se crê que Cristo reina no céu, tanto com aqueles que morreram salvos como com os santos que ainda estão vivos. 3. O amilenista não espera um milênio literal e futuro como o dispensacionalismo espera. 4. O Amilenismo também não ensina que haverá um período de paz e prosperidade por causa do crescimento do evangelho ainda antes da Segunda vinda de Cristo. 5. O Amilenista ensina que haverá no mundo um paralelo e contemporâneo desenvolvimento do bem e do mal - o Reino de Deus e o reino de Satanás que continuará até a Segunda Vinda de Cristo. 6. Como se faz em todo ensino pessimista a respeito do futuro, os amilenistas também interpretam erroneamente as passagens escatológicas de Mateus 24, Marcos 13 e Lucas 21. Ver em Obras de ref.: Pós-Milenarismo PARA LEIGOS de Kenneth L. Gentry Jr. [Ver Milênio, Pré-milenismo e Pósmilenismo] Aniquilacionismo – É uma doutrina defendida por minorias nas denominações cristãs. Essa doutrina diz que os pecadores serão reduzidos a nada, ou deixarão de existir no lago de fogo e enxofre. 1. As raízes dessa estranha doutrina podem ser encontradas em Arnóbio, no quarto século, sendo depois taxada como maldita segundo concílio de Constantinopla. 2. Os aniquilacionistas negam a realidade da punição eterna tão defendida nas Escrituras (Mateus 18:89; Marcos 9:43). 3. Os mais conhecidos defensores do Aniquilacionismo são as Testemunhas de Jeová e os Adventistas do Sétimo Dia. [Ver Castigo Eterno, Inferno e Lago de Fogo] Angústia para Jacó – É o tempo de angústia descrito em Jeremias 30:1-7 que jamais o povo judeu sequer imaginou passar. 1. É um dia descrito como “tão grande, que não houve outro semelhante!” O único período de tempo que se encaixa nessa descrição é o período da Grande Tribulação. 2. O grande problema é que os dispensacionalistas atualmente veem esse período como um holocausto futuro que os judeus ainda irão experimentar. 3. O Senhor Jesus Cristo foi muito bem claro quando predisse que a Grande Tribulação aconteceria ainda na geração do primeiro século da era cristã, ou seja, na geração dos primeiros discípulos (Mateus 24:34). Os judeus cristãos que atenderam às advertências de Jesus sobreviveram à Grande Tribulação. Ver em Obras de ref.: A Grande Tribulação, de David Chilton. [Ver Grande Tribulação] Anjos – [Do Hb. Transl.: malak, e no Gr. αγγελος, Transl.: angelus, mensageiro] São seres espirituais que foram criados por Deus antes da criação do homem. Eles enaltecem a Deus e trabalham em função dos que hão de herdar a salvação (Isaías 6:3; Hebreus 1:14). 1. Em algumas passagens bíblicas são chamados de “filhos de Deus” (Jó 1:6). 2. Em Apocalipse 15 e 16 foram os anjos que executaram a maioria dos castigos divinos durante a Grande Tribulação ocorrida em Jerusalém no primeiro século da era cristã. 3. O Anjo de Apocalipse 20:1-3 que prende o diabo antes do Milênio é o próprio Senhor Jesus Cristo ainda em seu ministério terreno (Mateus 12:2829). 4. Os anjos têm função escatológica importante ao ajuntar do reino de Deus “todos os escândalos e os que praticam a iniquidade” ao separarem “os maus dentre os justos” e os lançarem “na fornalha acesa”, onde “haverá choro e ranger de dentes”. (Mateus 13:41-42; 49-50). 5. O significado da palavra anjo também pode variar de acordo com o contexto. As vezes os anjos podem significar mensageiros humanos. Quando do juízo e destruição de Jerusalém no ano 70 d.C., os mensageiros humanos reuniram “os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus”. (Mateus 24:31) Ver em obras de Ref.: Mateus 24 e a vinda de Cristo, de César Francisco Raymundo. [Ver Arcanjo] Ano 70 d.C. – Foi o ano da destruição e queda de Jerusalém conforme predito no sermão profético descrito em Mateus 24, Marcos 13 e Lucas 21. 1. A primavera do ano 67 d.C., marca o início de um período de três anos e meio de tribulação que os judeus jamais haviam conhecido. 2. Os exércitos romanos invadiram a Palestina matando seus habitantes e escravizando os demais. Cidade após cidade foi queimada nessa invasão. 3. No verão do ano 70 d.C., os sacrifícios de animais cessaram, e o templo e a cidade foram completamente destruídos. Ver em obras de Ref.: A Grande Tribulação, de David Chilton. Mateus 24 e a vinda de Cristo, de César Francisco Raymundo. [Ver Dias de vingança, Grande tribulação, Fim do mundo, Templo] Anticristo – [Do Gr. Transl.: anti, contra, christos, o ungido] É o opositor de Cristo que se coloca em Seu lugar. 1. A palavra Anticristo aparece somente nas cartas de João e nada tem a ver com um suposto líder mundial que dominaria o mundo ainda em nosso futuro (1ª João 2:18, 22; 4:2-3; 2ª João 7). 2. João em sua carta sempre procura desviar o foco de um suposto e único Anticristo para alertar sobre os anticristos espalhados pelo mundo. 3. A palavra “anticristo” no singular designa todo um grupo de pessoas que são “anticristos”. 4. Anticristo é todo aquele que: a. Nega que Jesus é o Cristo; b. Nega que Jesus veio em carne; 5. O aparecimento do Anticristo (ou anticristos) marcava a “última hora” em que João estava vivendo e não o fim dos tempos num futuro distante daqueles primeiros cristãos (1ª João 2:18). 6. A “última hora” para João era o fim da era judaica que iria acontecer quando do cerco de Roma contra Jerusalém no ano 70 d.C. 7. Nas cartas de João temos o cumprimento do que Jesus já havia profetizado sobre os falsos cristos e falsos profetas que apareceriam antes da destruição de Jerusalém no ano 70 d.C. (Mateus 24:11, 24). 8. Quando João escreveu que os anticristos negam que Jesus veio em carne, ele estava fazendo referência ao Gnosticismo de seus dias, o qual dizia que Jesus não teve um corpo humano real, mas era um ser espiritual que se adaptou à percepção humana. Isto era negar que Jesus Cristo veio em carne. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único, de César Francisco Raymundo. [Ver Besta, Gnosticismo, Homem da Iniquidade] Antíoco Epifânio – Trata-se de um rei sírio de cultura e ascendência grega. Ele introduziu a cultura grega e impôs um culto idólatra na terra e no templo dos judeus. Animais considerados imundos como o porco foram sacrificados no altar como oferendas de primeira linha. Foi assim que foi estabelecido no santuário em Jerusalém o “abominável da desolação” no ano 167 a.C. 2. Antíoco Epifânio foi derrotado pelos Macabeus que restauraram o culto divino de Jeová. Ver em Obras de ref.: Mateus 24 e a Vinda de Cristo, de César Francisco Raymundo. [Ver Anticristo, Besta] Antipas – [Do Gr. αντιπας, Transl.: Antipas] É o nome próprio de um mártir da igreja de Pérgamo, o qual Jesus o chama “minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita”. (Apocalipse 2:13) 1. Fora das Escrituras, de acordo com as tradições, existe uma certa dose de controvérsia sobre quem foi Antipas e também sobre quando foi sua morte. 2. Baseados na tradição, alguns afirmam que Antipas era bispo de Pérgamo e fora martirizado durante o Reinado de Domiciano, perto do ano 90 d.C. 3. Outras fontes católicas afirmam que Antipas além de ser discípulo do Apóstolo João, também teria sido bispo da Igreja de Pérgamo durante o reinado do imperador Nero. De acordo com essa fonte, Antipas teria sido morto no ano 68 d.C. Busto de Antíoco IV Epifânio Altes Museum, Berlim _____________ 1. O Senhor Jesus usou como referência o ato terrível desse rei para mostrar que algo semelhante iria acontecer novamente no santuário em Jerusalém, ainda naquela geração do primeiro século da era cristã, quando Jerusalém e seu Templo foram destruídos no ano 70 d.C. 4. Sobre o martírio de Antipas é dito que os sacerdotes pagãos enfurecidos o arrastaram e o jogaram em um touro de cobre em brasa, onde geralmente eles colocam os sacrifícios aos ídolos. No forno em brasa o mártir teria orado em voz alta a Deus, pedindo a Ele para receber a sua alma e para fortalecer a fé dos cristãos. Ainda segundo essa tradição, ele foi para o Senhor em paz, como se ele estivesse indo dormir. 5. Muito pouco se sabe sobre quem foi Antipas. Na antiguidade houve muitos Antipas tradicionais (possivelmente fictícios) que tinham a fama de ser o bispo da igreja em Pérgamo 6. Para aqueles que querem usar a figura de Antipas para negar que o Apocalipse tenha sido escrito antes do ano 70 d.C., fica o problema de ter que se basear em suposições sobre datas e martírios, todas levantadas em cima das tradições. 7. Por outro lado, o nome Antipas pode ser simbólico apenas. A palavra “Antipas” vem de “Ant” que quer dizer “contra” e “pas” que quer dizer “tudo”. Logo, Antipas quer dizer “contra tudo”. Se for no sentido simbólico, talvez Antipas represente todo um conjunto de mártires que foram fiéis testemunhas de Jesus martirizadas em Pérgamo. Ver em obras de Ref.: Comentário Preterista Apocalipse, de César Raymundo. sobre o Francisco [Ver Apocalipse] Apocalipse – [Do Gr. αποκαλυψις, Transl.: apocalypsis, revelação] É o último livro da Bíblia, possui vinte e dois capítulos e quatrocentos e quatro versículos. 1. Embora a grande maioria defenda que foi escrito por volta do ano 95 ou 96 d.C. - nos tempos do imperador romano Domiciano - as evidências externas e internas mostram que o livro foi escrito pelo apóstolo João por volta do ano 65-66 d.C., na ilha de Patmos. 2. A data do ano 95 ou 96 d.C. para a escrita do Apocalipse é baseada numa única evidência externa nos escritos de Ireneu, que viveu aproximadamente no ano 130 a 200 d.C. A declaração de Ireneu foi preservada pelo historiador da igreja chamado Eusébio, que viveu aproximadamente no ano 264 a 340 d.C. 3. Ireneu declarou o seguinte: “Se fosse necessário ter seu nome distintamente anunciado no presente tempo, sem dúvida teria sido anunciado por aquele que viu o Apocalipse; pois não foi muito antes disto que ele foi visto, mas quase em sua própria geração, nos fins do reinado de Domiciano”. 4. Baseados nesta declaração de Ireneu, muitos estudiosos têm reconhecido que não é possível determinar se Ireneu queria dizer que João foi visto por Policarpo, ou se o Apocalipse foi visto nos fins do reinado de Domiciano. 5. Finalmente o testemunho de Ireneu não é muito confiável, pois ele foi o mesmo que errou sobre a idade de Jesus na seguinte declaração: “Mas a idade de 30 anos é a primeira da mente de um jovem, e que essa alcança até mesmo os quarenta anos, todo o mundo concordará: mas após os quarenta e cinquenta anos, começa a se aproximar da idade velha: na qual o nosso Senhor estava quando ensinou, como o Evangelho e todos os Anciãos testemunham…”. 6. O estilo literário do Apocalipse é através do uso de símbolos. João usou esse estilo literário por causa do clima de perseguição que havia naquela época. 7. Uma vez que João endereça o livro para as sete igrejas da Ásia, é de se supor que os seus primeiros leitores entenderam a mensagem e o significado dos símbolos apocalípticos. 8. O Apocalipse é o livro que mais abusos tem sofrido no decorrer da história, isto porque o livro é constantemente tirado fora de seu contexto. Os intérpretes se esquecem que o Apocalipse é uma literatura do primeiro século da era cristã, e como tal, reflete a cultura e o conhecimento da época. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo. 9. O livro é dividido em três partes em que João escreveu: [Ver Mateus 24] a. as coisas que viste; b. e as que são; c. e as que hão de acontecer depois destas. 10. O Apocalipse é o livro mais bíblico dentro da Bíblia, pois cerca de dois terços de suas citações são do Antigo Testamento. Por isto, a interpretação desse livro não reside em um discernimento especial ou especulação desenfreada, mas o Antigo Testamento deve ser o grande revelador dos símbolos do Apocalipse. 11. As visões de João em Apocalipse não são de acontecimentos que se dariam milhares de anos depois de seus dias. Esse livro trata das coisas que “em breve” deveriam acontecer. Por isto, o grande tema do Apocalipse é a vinda de Jesus em julgamento contra Israel e Jerusalém. 12. Somente no capítulo 20 é que João abre um pequeno parêntese para falar de visões que vão de seu tempo até o último dia, o juízo e a ressurreição final. 13. O sermão profético descrito em Mateus 24, Marcos 13 e Lucas 21 é o grande intérprete do Apocalipse, pois o que Jesus falou as claras, lança luz nas passagens obscuras desse livro. 14. O Apocalipse é uma carta de divórcio em que Deus está se divorciando de sua esposa adultera que era a nação de Israel, que por sua vez, deveria sofrer todas as consequências da Lei mosaica por ter quebrado o pacto com Deus. Apocalipse de Abraão – Essa obra apócrifa foi escrita por volta do ano 50 d.C. - alguns dizem que foi escrito entre 80 e 100 d.C. Foi encontrado somente uma cópia em uma tradução para o eslovaco antigo. No primeiro terço do livro é narrado sobre a conversão de Abraão do politeísmo ao monoteísmo, tendo como sequência o texto apocalíptico. Nele é narrado sobre a vinda do Messias, a destruição do Templo, julgamento dos ímpios e a restauração de Israel. [Ver Apocalipse] Apostasia – [Do Gr. αποστασις, Transl.: apostasis, afastamento] É uma renúncia de uma religião ou crença. No caso do cristão é o “abandono da fé”. 1. Nos tempos dos apóstolos houve uma intensa apostasia sem precedentes na história. 2. Os cristãos de origem judaica que se sentiam isolados de seus patrícios, abandonavam a fé cristã para voltar aos rudimentos da Lei de Moisés e suas cerimônias. O Livro de Hebreus, por exemplo, foi escrito como uma grande advertência contra a apostasia praticada pelos cristãos hebreus que estavam voltando ao judaísmo. 3. No caso dos cristãos de origem gentílica, houve também um intenso desvio da fé para seguir os nicolaítas, os gnósticos e os falsos mestres que estavam contaminando e transtornando igrejas com suas falsas doutrinas. 4. A dura perseguição levantada por judeus e romanos foi também a causa de muitos se escandalizarem e apostatarem da fé (Mateus 24:10,1213). 5. A apostasia acabou sendo um inimigo maior do que a perseguição empreendida pelos judeus e pelos romanos. Os alertas foram constantes nas Escrituras (Atos 20:29-30; 2ª Pedro 2:1-3). 6. Enquanto muitos atualmente esperam por uma apostasia futura de proporções jamais imaginadas ou cogitadas, na verdade, tal apostasia já aconteceu no primeiro século da era cristã. A medida em que o tempo avança, a tendência é de que o Reino de Deus tome conta de tudo e o mundo venha a ser cristianizado sem o perigo de uma grande apostasia (1ª Coríntios 15:25-26; Salmo 22:27-31; Daniel 2:35; Mateus 13:31-33). Arcanjo – [Do Gr. αρχαγγελου, Transl.: archanggelou, principal entre os anjos] É um ser angélico chefe das milícias celestiais que é dotado de grande poder, autoridade e glória. 1. O único arcanjo mencionado por nome na Bíblia é o arcanjo Miguel (Daniel 12:1). Ele é o guardião e defensor de Israel. 2. Em Apocalipse 12:7 ele participou de uma batalha contra o dragão (diabo) e seus anjos. [Ver Anjos] Armagedom Armagedom] – [Ver Batalha do carregar, apanhar, arrebatar” (Mateus 12:29; João 10:12, 28s; Judas 23). 2. No caso da igreja, o arrebatamento seria uma retirada dela deste mundo de uma maneira brusca, sobrenatural e inesperada. 3. A ideia de um arrebatamento aparece apenas em dois textos das Escrituras (1ª Coríntios 15:51-58; 1ª Tessalonicenses 4:13-18). 4. Em 1ª Coríntios 15:51 esse evento é chamado de mistério pelo fato de que nem todos iremos passar pela morte, “mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos”. Já no texto de 1ª Tessalonicenses 4:17 diz que os vivos serão arrebatados juntamente com os mortos em Cristo que serão ressuscitados primeiro. 5. O arrebatamento acontecerá no último dia, porque será no dia da ressurreição final (João 6:39-41, 54). 6. Tanto mortos e vivos serão transformados e receberão corpos imortais num único dia e evento. 7. O arrebatamento não se dará antes da Grande Tribulação, pois a mesma já aconteceu no primeiro século da era cristã, no ano 70 d.C. 8. O tempo quando será o arrebatamento é totalmente desconhecido, mas será num futuro distante porque primeiro é necessário que todas as nações sejam discipuladas e creiam em Cristo. Arrebatamento – [Do Gr. ‘, harpazo, "dominar por meio de força" ou "capturar"] Essa palavra é usada 14 vezes de várias maneiras diferentes no Novo Testamento Grego. 9. O arrebatamento ensinado atualmente pelos chamados dispensacionalistas é ficcional e fantasioso e é produto de uma mente fértil sem embasamento bíblico. 1. Ocasionalmente o Novo Testamento usa harpazo com o sentido de “roubar, 10. O dia do arrebatamento, da ressurreição dos mortos, da Segunda Vinda de Cristo, da restauração de todas as coisas e do Juízo Final fazem parte de um único evento que ocorrerá repentinamente no mesmo dia. Ver em Obras de ref.: Sem Arrebatamento Secreto – Um guia otimista para o fim do mundo, de Jonathan Welton. [Ver Advento, Segundo Vinda de Cristo] Atraso da Parousia – É uma expressão usada para intitular a aparente frustração daqueles que aguardavam a volta de Cristo nos dias da igreja primitiva. 1. Essa é uma falsa expressão inventada por teólogos que não interpretaram a Segunda Vinda de Cristo respeitando o contexto daqueles primeiros discípulos que viveram no primeiro século da era cristã. 2. Tais teólogos dizem que a expectativa do retorno de Cristo nos dias da igreja primitiva originou-se de uma interpretação forçada, e sem base exegética, de uma advertência de Jesus em Mateus 10:23 que diz: “Quando, porém, vos perseguirem numa cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel, até que venha o Filho do Homem”. 3. O grande problema atualmente tem sido a mente fértil dos professores que ignoram o contexto e não se colocam no lugar daqueles primeiros ouvintes do evangelho. A maioria dos cristãos desconhecem que existem pelo menos seis tipos de vinda de Cristo e a vinda em questão de Mateus 10:23 foi a vinda em julgamento contra Israel ocorrida no ano 70 d.C. 4. Em algumas ocasiões foram feitos esclarecimentos sobre os eventos que estavam para ocorrer ainda no tempo da igreja primitiva. Por exemplo, os tessalonicenses estavam perturbados por espírito, palavra e epístola supostamente escrita pelo apóstolo Paulo em que se dizia que “o Dia do Senhor” havia chegado. Por isto precisaram dos devidos esclarecimentos do apóstolo (2ª Tessalonicenses 2:1-12). O “Dia do Senhor” era a vinda em julgamento contra Jerusalém no primeiro século da era cristã, e não o dia do arrebatamento. Na primeira carta aos tessalonicenses eles já haviam sido informados sobre como seria a ressurreição e o arrebatamento. Por isto, não poderiam ser enganados a respeito desse dia. Bastava os tessalonicenses procurar e olhar ao redor e ver que ninguém havia desaparecido ou ressuscitado. 5. Aqueles primeiros cristãos (principalmente os judeus) estavam familiarizados com a ideia de que num futuro desconhecido haveria uma ressurreição do último dia e isto aconteceria com a chegada do Messias. Fora isto, toda a especulação que os perturbou era por causa de eventos que estavam prestes a ocorrer naqueles dias. Ver em Obras de ref.: Mateus 24 e a Vinda de Cristo, de César Francisco Raymundo. [Ver Advento, Arrebatamento, Grande Tribulação e Segunda Vinda de Cristo] B Babilônia – [Do Hb. Transl.: Babel, porta de Deus] Foi a capital do império Caldeu possivelmente fundada no ano 3000 a.C. A cidade ficava a 80 quilômetros de Bagdá (atual capital do Iraque) as margens do rio Eufrates. Foi o centro comercial do mundo antigo por vários séculos. 2. O império Babilônico destruiu Jerusalém no ano 586 a.C. sob o comando do rei Nabucodonosor. 3. Devido a sua perversão e soberba, o príncipe caldeu é comparado como se fosse o próprio querubim ungido que rebelou-se contra Deus no Éden. 4. Por causa da perversidade da cidade de Babilônia, no Apocalipse seu nome é usado como um modelo para descrever a grande prostituta de Apocalipse 17 e 18. Imagem da cidade de Babilônia. ____________ 1. Era uma cidade cheia de beleza e poder ao ponto do historiador grego Heródoto extasiar-se com suas seduções e encantos. Ainda segundo Heródoto, a muralha que cercava a cidade tinha uma área de 322 quilômetros quadrados. A cidade estava nos dois lados do rio Eufrates. 5. Segundo Apocalipse 17 a Jerusalém dos tempos de Jesus foi a herdeira espiritual da antiga Babilônia. A Jerusalém do primeiro século tornou-se um sistema político, religioso e adúltero que caiu para dar lugar a igreja e ao Reino de Cristo (Apocalipse 18:1-10). Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo. [Ver Besta, Jerusalém] Batalha Transl.: Megido” maior e do Armagedom – [Do Hb. har məgiddô, “monte de ou “cidade de Megido”] É a mais terrível das batalhas descritas no Apocalipse. Apocalipse 16:16 é o único lugar em toda a Bíblia em que encontramos uma referência ao Armagedom. 1. A batalha não acontece no capítulo 16, mas no capítulo 19 de Apocalipse. O capítulo 16 é só uma apresentação da batalha. 6. Além de ser um lugar de julgamento e batalhas decisivas, Armagedom ficou conhecido na consciência de Israel como lugar de dor e tristeza. E, de fato, o povo judeu experimentou sofrimento novamente no ano 70 d.C. por terem rejeitado a Cristo (Apocalipse 1:7; Zacarias 12.10-12). 7. Assim como outras imagens extraídas do Antigo Testamento tais como Sodoma, Egito, Jezabel e Babilônia que foram usadas por João em Apocalipse, Armagedom também é uma imagem usada para descrever a grande batalha. Mas, em cada caso, o nome antigo serve como um modelo. Não é incomum as imagens do Apocalipse serem baseadas em temas ou lugares do Antigo Testamento. Vale de Megido em Israel. _____________ 2. O capítulo 16 de Apocalipse nos lembra do significado da região de Megido em batalhas decisivas do Antigo Testamento. Ali foi o local da vitória de Israel sobre Jabim e Sísera (Juízes 4 e 5, especialmente 5:19). 3. Josias morreu da ferida que sofreu na batalha contra Neco, rei do Egito, no vale de Megido (2 Crônicas 35:22-24). 4. Outras batalhas na região de Jezreel e Megido incluem: a vitória de Gideão sobre os midianitas (Juízes 7); a batalha final de Saul contra os filisteus (1 Samuel 31). 5. Quando Jeú, encarregado com a exterminação da casa de Acabe, mandou matar Acazias, rei de Judá, este morreu em Megido (2 Reis 9:27). 8. Por isto, o nome Armagedom é um nome simbólico que trata de uma batalha real que houve em Jerusalém no primeiro século da era cristã. A profecia teria que se cumprir “em breve” e não num futuro distante (Apocalipse 1:1; 22:6). 9. O uso da palavra Armagedom por parte de João pode ser comparado com o uso simbólico da palavra "Waterloo". Em 1815, esta cidade na Bélgica foi o campo de batalha e cenário de derrota final de Napoleão. Hoje em dia existe um ditado que diz que se alguém reuniu sua cidade em "Waterloo", não significa que eles se encontraram lá na Europa, pois esse ditado significa por meio de imagens comparativas, que eles encontraram uma derrota decisiva ou esmagamento, ou sua morte. A palavra Armagedom em Apocalipse é empregada dessa mesma maneira. 10. A batalha do Armagedom foi o cerco a Jerusalém no ano 70 d.C., pois a história registra que uma grande matança ocorreu no tempo de vida dos destinatários originais do livro do Apocalipse. No ano 70 d.C., os exércitos romanos de Tito destruíram totalmente Jerusalém e o Templo. De acordo com Eusébio, 1,1 milhão de judeus foram mortos. Outros mais pereceram nos combates e morreram de fome ou doenças, e muitos foram levados para o cativeiro. Essa foi "a peleja do grande dia do Deus TodoPoderoso. ...no lugar que em hebraico se chama Armagedom". 11. É lamentável que ultimamente o nome Armagedom tem sido associado a uma catástrofe mundial ou a uma guerra nuclear a nível global. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo. [Ver Apocalipse, Grande Tribulação] Bem – [Do Lat. Bene, Tudo o que é bom ou conforme à moral. É o contrário do mal] É tudo aquilo que traz condições ideais de equilíbrio e progresso a uma pessoa ou a coletividade de pessoas. 1. É o que toda pessoa aspira ainda que inconscientemente. 2. A procura Universal pelo bem é a procura pelo próprio Criador, o Bem maior e Supremo. 3. No paganismo da religião Persa existe a crença num dualismo em que o bem e o mal são duas forças que lutam entre si desde a eternidade. Segundo essa doutrina persa a luta só terminará quando o mal for definitivamente derrotado. 4. Biblicamente falando o Bem maior (Deus) é Soberano, Supremo e invencível e infinitamente maior que o mal. Não existe na Bíblia uma igualdade entre bem e mal. 5. O dualismo entre o bem e o mal é antibíblico e pagão. 6. O tempo do fim não deve ser visto como o auge da luta entre o bem e o mal, mas como o momento designado por Deus para a derrota definitiva do mal (Mateus 25:41). [Ver Mal, Inferno, Fim do mundo] Bem-aventurada Esperança – [Do Gr. μακαριαν ελπιδα, Transl.: makarían elpida] Esta expressão aparece em Tito 2:13: “...aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus...”. Ela refere-se a esperança na vinda do Senhor. A Segunda vinda de Cristo será o momento máximo de todas as realizações, será a bem-aventurança das bem-aventuranças e a reunião definitiva de Cristo com seus eleitos para todo o sempre. Besta – [Do Gr. θηριον, Transl.: therion] É um animal quadrúpede, feroz incontrolável e altivo. O uso dessa palavra descreve fielmente a natureza do Império Romano dos dias de João, e o profeta Daniel o descreve em sua visão chamando-o de “quarto animal terrível e espantoso” (Daniel 7:7). Besta que sobre do Mar, A – É uma descrição do Império Romano dos dias de João (Apocalipse 13:1). Quando João teve a visão ele estava olhando para o passado, para a profecia de Daniel, pois a besta era composta por cada um dos animais vistos pelo profeta Daniel. Em sua visão, Daniel viu o leopardo, a Grécia; o urso, a Pérsia; e o leão, a Babilônia. O quarto e terrível animal da visão é o Império Romano que recebe a combinação de todos os três impérios anteriores a ele. A besta sobe do “mar” porque na tipologia escatológica “mar” simboliza “as nações” pagãs (Lucas 21:25; Salmo 65:7; Isaías 17:12; Isaías 57:20; 60:5). Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo. [Ver Anticristo, Besta, Besta que sobe da Terra] Besta que sobe da Terra, A – Na tipologia escatológica “terra” simboliza a “terra de Israel” em contraste com o mar (as nações). 1. Essa besta é a nação de Israel e também é conhecida como segunda besta e falso profeta. 2. A segunda besta exerce função religiosa enquanto que a primeira besta que sobe do mar exerce função política. 3. Um dos motivos para que Israel atraísse adoração para Roma era de que no momento em que o Apocalipse estava sendo escrito, o povo judeu havia sido dependente de Roma para sua existência nacional fazia pelo menos uns cem anos. O historiador judeu Flávio Josefo referiu-se sobre essa dependência de Roma ao escrever sobre “todas as honras que os romanos e seu imperador pagou à nossa nação, e das ligas de assistência mútua que fizeram com ele...”. 4. Os judeus preferiram matar o Filho de Deus e perseguir todos aqueles que pregaram o evangelho do que deixar Roma de lado (João 11:48; 19:15). Por isto, praticaram idolatria ao atrair adoração a Roma. Naquele tempo Israel agiu como um perfeito falso profeta. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo. Bodas do Cordeiro – [Do Gr. γαμου του αρνιου, Transl.: gamou tou arniou] É a consumação da união mística entre Cristo e a sua igreja (Apocalipse 19:9). 1. O casamento do Cordeiro com sua igreja começou no primeiro século da era cristã logo após a nação de Israel (que foi a antiga esposa infiel) ser julgada e condenada à morte, culminando na destruição de Jerusalém no ano 70 d.C. 2. No Antigo Testamento Israel foi a esposa de Jeová (Isaías 50:1; 54:5-6; Ezequiel 16:7-8; Oséias 2:19-20). Em Apocalipse temos uma carta de divórcio que traz ao fim o casamento de Jeová para com Israel, através de processos de divórcio e julgamento proferido contra a esposa infiel. 3. Os dispensacionalistas sustentam que o casamento do Cordeiro é para acontecer no fim dos tempos. No entanto, eles se esquecem que a ceia do casamento supostamente acontece quando o casamento se realiza. A igreja começou no dia de Pentecostes e continua com cada nova alma adicionada e unida a ela. 4. A celebração da festa de casamento da nação de Israel que outrora foi casada com o Senhor, não aconteceu no final do relacionamento, mas no início, nas várias festas reservadas por Deus para o culto, muito semelhante à Ceia do Senhor, que é a ceia das bodas falada em Apocalipse 19. 5. Após a destruição de Jerusalém e seu templo, a igreja teve a oportunidade de tornar-se totalmente a Noiva de Cristo. Ela não se tornará a Noiva de Cristo no fim dos tempos. 6. Essa união matrimonial com Cristo não é uma coisa única que se dá num único dia, pois cada união do crente com Cristo no batismo é o casamento de Cristo, e é representante da relação inteira. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo. Brilhante estrela da manhã – [Do Gr. αστηρ ο λαμπρος και ορθρινος, Transl.: aster ho lampros kai orthrinos] É um título dado a Jesus Cristo em Apocalipse 22:16. 1. Jesus é a brilhante estrela da manhã. Ele é a recompensa prometida a igreja de Tiatira (Apocalipse 2:28-29). Quando Cristo diz que dará a estrela da manhã, Ele está dizendo por trás do simbolismo que a nossa recompensa final é a sua própria Pessoa. 2. No tempo de Moisés, Deus prometeu aos judeus que daria uma estrela a eles (Números 24:17). E esta estrela é Cristo! 3. Conforme dá para se interpretar das palavras do apóstolo Pedro, quando acontecer a nossa morte, pode parecer que o sol se porá para sempre, mas a noite passa e a última estrela, a estrela da manhã, surge para anunciar o amanhecer de um novo dia (ver 2ª Pedro 1.19). Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo. [Ver Ressurreição] C Canaã – É o nome antigo do lugar onde hoje situa-se a terra de Israel. Essa região era profundamente contaminada pelo paganismo. Os israelitas foram ensinados a evitar os costumes dos cananeus (Levítico 18:3). Casa de meu Pai – [Do gr. οικια του πατρος μου, Transl.: oikía tou patrós mou] Esta expressão é encontrada em João 14:2 e é uma das maiores e mais carinhosas promessas de Deus para os seus filhos. 1. Depois que os hebreus ocuparam Canaã, e em virtude das promessas de Deus e Sua aliança, essa região passou a ser santificada como se fosse a morada de Deus. 1. Essa promessa foi cumprida parcialmente na vida dos primeiros discípulos. Quando Jesus morreu e ressuscitou, Ele foi ao Pai para ser entronizado e voltou através do Espírito Santo para não deixá-los órfãos. Ele os recebeu para si mesmo e os colocou assentados nos lugares celestiais em Cristo Jesus (Efésios 2:6). 2. Para os cristãos a esperança da vida eterna no Céu é a Canaã celestial. 2. Assim também todos os crentes em Cristo vivem nas moradas do Pai, na família de Deus, assentados nos lugares celestiais em Cristo. Por ora a promessa é cumprida parcialmente, porque vivemos no que é conhecido na escatologia bíblica como a tensão do “agora e o ainda não”. Mapa de Canaã na época dos patriarcas. 3. Agora todo filho de Deus tem a sua vida “oculta juntamente com Cristo, em Deus”. No dia da manifestação da Segunda Vinda de Cristo, os cristãos serão “manifestados com ele, em glória”, e assim, terão o cumprimento pleno da promessa da vida eterna. (Colossenses 3:1-3) Ver em Obras de ref.: O Padrão Éden – modelo de Restauração da Criação - de Jair de Almeida. [Ver O agora e o ainda não] Castigo Eterno – [Do Gr. κολασιν αιωνιον, Transl.: kolasin aionion] É a penalidade final e eterna para aqueles que rejeitam a graça de Deus em Cristo. 1. Muitos inutilmente tentaram tecer doutrinas para tentar dizer que esse castigo será temporário, e que depois os condenados seriam extinguidos ou reduzidos a nada. 2. O problema é que em Mateus 25:46 onde é falado sobre o castigo eterno, no mesmo versículo e contexto está a vida eterna dos justos. Se o castigo dos ímpios não é eterno, então, a vida eterna dos justos também não poderia ser eterna. 3. O castigo é eterno porque os condenados não sairão de lá “enquanto não pagares o último centavo” (Mateus 5:26). Uma vez que a dívida do pecado é impagável, e só Cristo pôde pagá-la, logo, quem rejeita a graça da salvação tem pagar por essa dívida infinita. Como no interno não existe arrependimento por parte dos que vão para lá, logo, estarão para sempre em estado de inimizade contra o Criador. 4. Outro motivo do castigo ser eterno é porque as criaturas de Deus foram criadas para existir para sempre, pois tudo “quanto Deus faz durará eternamente” (Eclesiastes 3:14). Ver em Obras de ref.: Cristo Desceu ao Inferno? de Heber Carlos de Campos. [Ver Inferno, Lago do Fogo] Cento e quarenta e quatro mil – [Do Gr. εκατον τεσσαρακοντα τεσσαρες χιλιαδες, Transl.: ekaton tessarakonta tessares khiliades] São os cristãos judeus da igreja primitiva que foram selados para não sofrerem os danos da Grande tribulação ocorrida em Jerusalém nos anos 67-70 d.C. 1. O número geral de 144.000 é simbólico. Esse numeral está dividido entre as 12 tribos de Israel e soma 12.000 para cada tribo. 2. Na listagem de Apocalipse 7:4-8 a tribo de Judá se encontra no topo da lista. O significado disto é especial, pois Judá é a tribo do Messias, Jesus Cristo. 3. Duas tribos foram omitidas da listagem de Apocalipse, Efraim e Dã. Isto se deve ao fato de Dã e Efraim terem sido duas tribos mais ligadas à idolatria. 4. Segundo a visão que João teve dos 144.000, os mesmos se encontravam na terra, e não no Céu. 5. O numeral mil é quase sempre utilizado simbolicamente nas Escrituras (Ver Deuteronômio 1:11; 7:9; 32:30), talvez, por isto, 12.000 de cada tribo e a soma 144.000. 6. Enquanto que os 144.000 são limitados aos judeus cristãos, a partir do versículo 9 de Apocalipse capítulo 7, há uma mudança de contexto e João faz referência a uma “grande multidão que ninguém podia enumerar”, não limitada a Israel. Eles são aqueles cristãos do primeiro século que procedem “de todas as nações, tribos, povos e línguas”, os mesmos que se recusaram a adorar os imperadores romanos que se auto-intitulavam “deus”. 7. Essa grande multidão é a do primeiro século porque se diz que eles “vêm da grande tribulação” (Apocalipse 7:1314). É fato que a Grande Tribulação ficou concentrada no cerco a Jerusalém. Mas, em todo o Império romano foi sentida as suas consequências. Aqueles dias foram muito difíceis em todo o Império com muitas perseguições e catástrofes. É, por isto, que em Apocalipse 3.10, o Senhor promete guardar a igreja de Filadélfia da tribulação que viria sobre o mundo inteiro, isto é, o Império romano, pois a palavra mundo ali é οἰκουμένη (oikoumene) palavra grega, que significa “terra habitada”, e que também designava o Império romano. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo. [Ver Grande vingança] tribulação, Dias de Céu – [Do Gr. ουρανου, Transl.: ουρανου] Esta palavra tem uma variedade de significados que variam de acordo com o contexto. 1. Pode significar à atmosfera acima de nós, onde as aves voam e de onde a chuva cai (Gênesis 7:23, Deuteronômio 11:11, Daniel 4:21, Lucas 17:24). 2. Também pode ser usada no sentido de firmamento, onde estão o sol, a lua e as estrelas (Gênesis 1:14, 15, 17). 3. O Céu é o local que os anjos habitam, e onde Satanás aparecia entre eles (Mateus 22:30, 24:36, Gálatas 1:8, Jó 1:6, 7). 4. O Céu é a pátria dos cristãos de onde virá o Senhor (Filipenses 3:20). 5. O Céu é o Paraíso para onde vão os salvos em Cristo (Lucas 23:43; Apocalipse 2:7; 14:13). É um estado eterno onde predominam a santidade, o repouso, a segurança, a glória e a felicidade (Hebreus 4:10-11; 12:14; Apocalipse 21:27; Salmo 16:11; 2ª Timóteo 2:11). 6. A palavra “céu” combinada com a palavra “terra” significa governo civil e religioso, a ordem estabelecida por Deus entre os homens, a Antiga Aliança da Lei de Moisés (Isaías 51:1516; Mateus 5:18). 7. O "céus dos céus" descrito em Deuteronômio 10:14 e 2º Crônicas 6:18 é uma possível descrição do Universo e do infinito. 8. Há o Céu no sentido de ser o lugar da habitação de Deus, onde está Seu trono (Salmos 2:4, 11:4, Mateus 5:34). 9. É dito que o Senhor Jesus Cristo veio do Céu e para lá Ele subiu novamente. Foi numa visão do Céu que Estêvão viu a Cristo a direita de Deus Pai (Marcos 16:19, Atos 7:55, 1ª Coríntios 15:47). 10. Dos vários céus que a Bíblia relata, o Céu onde Deus habita é o lugar inacessível a nós, mas não a Cristo, pois ele subiu "acima de TODOS os céus" (Efésios 4:10). 11. O Céu como habitação de Deus refere-se ao avesso da realidade, isto é, àquilo que não é perceptível aos sentidos. É a esfera espiritual, também conhecida como “regiões celestiais”. 12. Portanto, o Céu como habitação de Deus não se trata de uma localização geográfica ou algum ponto para além das galáxias. 13. O sentido literal que muitas vezes damos quando se diz que o Céu está acima de nós, trata-se de uma metáfora que indica a sua superioridade em relação à esfera terrena. 14. Nós estamos rodeados tanto pelo espaço sideral, como pela esfera espiritual. Neste entendimento o apóstolo Paulo cita os filósofos gregos no areópago de Atenas ao dizer: “Nele [em Deus] vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração” (Atos 17:28). 15. Segundo o teólogo Tom Wright, o Céu “é a dimensão de Deus da realidade em que vivemos”. De acordo com a definição do Rev. Dr. Ernest C. Lucas “céu é onde Deus está”. Ver em Obras de ref.: A Escatologia pode ser Verde? de Rev. Dr. Ernest C. Lucas. [Ver Céu e a Terra, Debaixo do céu, Terceiro Céu, Paraíso, Terra] Céu e a Terra, O – [Do Gr. ο ουρανος και η γη, Transl.: ho ouranou kai he ge] Esta expressão é uma referência a Antiga Aliança da Lei de Moisés. É uma ordem estabelecida em que era o “céu e a terra” dos judeus. Isto se vê quando Deus tirou Israel do Egito e deu a eles a Lei através de Moisés. A entrega das Leis e o estabelecimento do povo judeu era como plantar os céus e lançar os fundamentos da terra, isto é, Deus produziu ao seu povo ordem, governo e beleza da confusão na qual eles se encontravam antes (Isaías 51:15-16). 1. Quando se diz em Mateus 5:18 que “até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra”, é uma referência de que a Antiga Aliança não iria passar enquanto a Lei não fosse cumprida por Cristo. 2. O “céu e a terra” que passariam para dar lugar as palavras eternas de Cristo em Mateus 24:35, a referência era a Antiga Aliança. 3. Quando o planeta terra estava sem forma e vazia em Gênesis 1:2, naquele caos Deus estabeleceu uma ordem que foi de Adão a Noé (2ª Pedro 3:3-7). 4. Os “céus e a terra” que existiam no tempo do apóstolo Pedro, os quais ele faz referência em uma de suas cartas, era a Antiga Aliança (2ª Pedro 3:7). 5. Quando Jerusalém e o templo foram cercados e destruídos no 70 d.C. pelos exércitos romanos, a Antiga Aliança, ou o velho céu e a velha terra, estavam deixando de existir. Temos aqui uma imagem simbólica de des-criação do Universo para representar a queda de uma nação, no caso a nação judaica. 6. Os “novos céus e a nova terra”, a nova criação prometida nas Escrituras é a “nova ordem” ou “era” estabelecida depois de Cristo (Isaías 65:17-18; Apocalipse 21:1, 46). Esse “novo céus” e “terra” caminham progressivamente para a consumação da restauração de todas as coisas no dia da Segunda Vinda de Cristo (Atos 3:20-21). Ver em Obras de ref.: Mateus 24 e a Vinda de Cristo, de César Francisco Raymundo. [Ver Céu, Debaixo do céu, Terceiro Céu, Paraíso, Terra] Céu, Terceiro – [Do Gr. τριτου ουρανου, Transl.: tritou ouranou] A expressão “terceiro céu” é encontrada em 2ª Coríntios 12:2. No atual entendimento literalista de alguns, os céus são classificados da seguinte forma: a. 1º céu – seria a atmosfera, o céu das aves e das nuvens; b. 2º céu – seria o firmamento onde estão o Sol, a lua e as estrelas; c. 3º céu – é o Paraíso, a habitação dos anjos e salvos. 1. Muito mais realista do que essa interpretação literalista, o “terceiro céu” não deve ser visto como como um Céu acima dos dois primeiros céus, mas um tempo à frente desses. 2. A expressão “terceiro céu” encontrada em 2ª Coríntios 12:2 é um conjunto de "visões" e "revelações" (conforme o versículo 1). Sendo assim, o que os profetas costumavam ver nessas visões era o futuro. O apóstolo Paulo viu o futuro, o “terceiro Céu” também chamado Paraíso, onde os salvos viverão. Ele viu a fase consumada da restauração de todas as coisas. 1. No Novo Testamento essa expressão deve ser entendida sob dois ângulos, são eles: 3. Assim, o mais correto é definir os três céus como: b. Sabendo dessa destruição, o autor do livro de Hebreus escreveu que a manifestação de Jesus no primeiro século da era cristã marcava a “consumação dos séculos” (Hebreus 9:26). a. 1º céu - existiu desde a criação até o dilúvio (2ª Pedro 3:5-6); b. 2º céu – era o tempo presente em que os apóstolos viveram. O apóstolo Pedro o chama de “os céus que agora existem” que estava prestes a ser destruído (era uma referência era judaica que iria findar naqueles dias, no 70 d.C. com a destruição do Templo e da cidade de Jerusalém (2ª Pedro 3:7); c. 3º Céu – é uma referência aos “novos céus e nova terra” que foram inaugurados ainda no primeiro século da era cristã e que irão atingir seu ponto máximo no dia da ressurreição (2ª Pedro 3:1-13). Por fim, o terceiro Céu é o próprio Paraíso (2ª Coríntios 12:2, 4). Ver em obras de Ref.: Comentário Preterista Apocalipse, de César Raymundo. sobre o Francisco [Ver Céu, Céu e Terra, Consumação dos Séculos e Paraíso] Consumação dos Séculos – [Do Gr. συντελειας του αιωνος, Transl.: sunteleias tou aionios, fim do século] Significa o fim de uma era (Mateus 28:20). Algumas traduções trazem “fim do mundo”. a. A consumação dos séculos aconteceu no primeiro século da era cristã. A vinda de Jesus ao mundo trouxe o fim da “era judaica” ou “Antiga Aliança” que teve seu fim definitivo quando Jerusalém e o seu Templo foram destruídos pelos romanos no ano 70 d.C. c. O apóstolo Paulo seguindo o mesmo entendimento escreveu aos coríntios que a época deles era “para quem já são chegados os fins dos séculos”. (1ª Coríntios 10:11) d. Sabedor da mesma questão, o apóstolo Pedro escreveu aos seus leitores que eles foram resgatados pelo precioso sangue de Jesus, sangue este que embora conhecido antes da fundação do mundo, foi manifestado “no fim dos tempos” por amor a eles (1ª Pedro 1:17-20). 2. Embora a expressão “consumação dos séculos” seja mais concentrada no fim da era judaica, há também o fim de uma outra “era” que só se dará no dia da ressurreição final, é a era do pecado com suas consequências e morte (1ª Coríntios 15:23-28). 3. Quando Jesus prometeu aos discípulos em Mateus 28:20 que estaria com eles “todos os dias, até a consumação dos séculos”, deve-se ficar entendido que num primeiro plano a referência é a eles e ao fim da era judaica. Obviamente num segundo plano, temos a presença de Jesus com todos aqueles que ainda virão crer até o dia da ressurreição final. Israel e a igreja como dizem os dispensacionalistas. [Ver Fim do Mundo, Últimos Dias] 1. Ainda em nosso futuro, haverá uma conversão nacional da nação de Israel, que provavelmente ficarão enciumados ao verem as nações de todo o mundo se convertendo (Romanos 11:25-26). Continuidade entre a presente era e o Milênio – Não haverá essa continuidade porque, na verdade, já estamos vivendo o Milênio do reinado de Cristo. [Ver Milênio] Continuidade entre o corpo mortal e o corpo glorificado – Por mais incríveis que serão nossos corpos ressuscitados, eles não anularão a continuidade do atual corpo, pois seremos nós mesmos. 1. A transformação dos nossos corpo pela ressurreição não tirará nossas atuais feições, nem traços psicológicos ou espirituais que nos particularizam o caráter. 2. Quando Moisés e Elias apareceram glorificados no monte da transfiguração (Mateus 17:1-13), eles puderam ser identificados. 3. O Senhor Jesus Cristo pôde ser reconhecido após a ressurreição (Lucas 24:36-40; João 20:26-28). 4. Portanto, haverá continuidade entre o nosso corpo atual e o que herdaremos na ressurreição. Será o mesmo corpo, só que imortalizado e glorificado. Ver Obras de ref.: A Ressurreição de Jesus Cristo – é Ficção ou Fato Histórico Irrefutável? – de César Francisco Raymundo. [Ver Ressurreição, Vida Eterna] Conversão dos Judeus – Atualmente, os judeus estão sem a sua posição privilegiada como povo de Deus. O Israel de Deus agora é a igreja. Deus não tem dois povos na terra que seriam 2. Alguns estudiosos preteristas negam essa conversão nacional de Israel, mas, todavia, uma vez que “lembrarse-ão do SENHOR e a ele se converterão os confins da terra; perante ele se prostrarão todas as famílias das nações” conforme o Salmo 22:27-31, é de se esperar que Israel também esteja incluído naquela conversão mundial que ainda virá. [Ver Futuro de Israel, Israel, Judeus] Corpo espiritual – O corpo espiritual ou corpo celeste é o que teremos após a nossa ressurreição. Ele é contrastado com o corpo terrestre ou animal que é o que temos agora. 1. A nossa ressurreição será física e não uma ressurreição espiritual como argumentam os defensores do preterismo completo. 2. Os que acham que o corpo espiritual não pode ser um corpo físico ao mesmo tempo, assim o fazem porque cometem um erro crucial ao acreditarem na falsa ideia de que “espiritual” seja necessariamente o oposto de “físico”. Segundo o argumento deles, se o corpo da ressurreição é espiritual, então ele não pode ser físico. O problema é que esse não é o sentido de “espiritual” na Bíblia. O apóstolo Paulo ensina que a comida e a água que os hebreus comeram no deserto (Êxodo 16:4-5; 17:5-6), era uma comida e bebida espiritual (1ª Coríntios 10:1-4). 3. Da mesma forma, o chamado “corpo espiritual” (1ª Coríntios 15:44) é simplesmente o corpo físico sendo ressurreto pelo poder do Espírito de Deus (Romanos 8:11). 4. Portanto, a ressurreição de todos os salvos será da mesma natureza da ressurreição de Cristo. Após a ressurreição Cristo podia ser tocado, tinha ossos e carne, podia comer e beber, mas ao mesmo tempo seu corpo é sobrenatural, pois poderia desaparecer e atravessar paredes (Lucas 24:36-39). 5. Quando o apóstolo Paulo ensina sobre o corpo espiritual, seu propósito não é dizer que o corpo não será físico, mas é dizer que o corpo, mesmo sendo físico, será glorificado pelo Espírito de Deus para que assuma uma nova natureza. Ver Obras de ref.: A Ressurreição de Jesus Cristo – é Ficção ou Fato Histórico Irrefutável? – de César Francisco Raymundo. Refutando o Preterismo Completo, de César Francisco Raymundo. [Ver Arrebatamento, Corpo glorioso, Corpo ressurreto e Ressurreição] Corpo glorioso – Após a ressurreição, nossos corpos irão refletir a glória de Deus. Teremos a aparência dos anjos e o brilho da luz do Sol (Daniel 3:25; Êxodo 34:29). 1. Uma descrição perfeita do corpo glorioso é possível encontrar em Daniel 10:4-6. 2. O corpo glorioso nos fará iguais aos anjos do Céu (Lucas 20:34-36). Ver Obras de ref.: A Ressurreição de Jesus Cristo – é Ficção ou Fato Histórico Irrefutável? – de César Francisco Raymundo. Refutando o Preterismo Completo, de César Francisco Raymundo. [Ver Arrebatamento, Corpo ressurreto e Ressurreição] Corpo ressurreto – É o corpo da ressurreição. Os que ressuscitarem em Cristo terão corpos gloriosos, sobrenaturais e serão iguais aos anjos. 1. A Bíblia fala muito pouco a respeito da ressurreição dos malfeitores. Apenas se diz que ressuscitarão e terão corpos suficientes para suportar a ira Divina (Daniel 12:2). 2. Não podemos confundir a ressurreição do último dia com as ressurreições efetuadas por Jesus durante seu ministério terreno, porque os corpos das pessoas ressuscitadas não tiveram características sobrenaturais, pois elas vieram a morrer novamente no devido tempo. Ver Obras de ref.: A Ressurreição de Jesus Cristo – é Ficção ou Fato Histórico Irrefutável? – de César Francisco Raymundo. Refutando o Preterismo Completo, de César Francisco Raymundo. [Ver Arrebatamento, Corpo glorioso e Ressurreição] Corruptível – Que está sujeito à decadência. Ao pecar, Adão perdeu suas qualidades primárias e tornou-se sujeito a decadência e morte. 1. Na ciência a corrupção da matéria é conhecida como entropia. Os cientistas dizem que há um aniquilamento de energia na matéria. A segunda lei da termodinâmica, a lei da entropia, mostra a perda natural de energia no átomo. Por isto, a matéria envelhece aos poucos, lentamente. Assim, após o pecado a natureza toda tornou-se uma estrutura decadente. 2. No dia da ressurreição haverá uma reversão desta atual situação. O apóstolo Paulo afirma que nosso atual corpo corruptível será revestido da incorruptibilidade, e o mortal será revestido da imortalidade (1ª Coríntios 15:53-54). [Ver Arrebatamento, Corpo glorioso, Corpo ressurreto e Ressurreição] D Danação eterna – É a maldição, condenação e castigo eterno que estará sujeito todos aqueles que rejeitaram a Cristo. [Ver Inferno, Lago do Fogo] Daniel, O profeta – [Do Hb. ָּ דִנ ֵל, Deus é o meu Juiz] Foi um dos vários profetas do Antigo Testamento também conhecido como Beltessazar, nome este dado pelo chefe dos eunucos na corte babilônica (Daniel 1:7). Também foi um estadista no reino da Babilônia. [Ver Apocalipse e Daniel Livro de] Daniel, Livro de – Foi escrito por volta do ano 536 a.C. Sua autoria é atribuída ao próprio profeta Daniel. O Senhor Jesus também confirma essa autoria (Mateus 24:15-16). 1. Além de contar algumas histórias sobre fatos ocorridos na corte babilônica, o livro de Daniel se concentra em sua maior parte em assuntos relacionados ao tempo do fim. 1. Era ainda jovem quando foi levado em cativeiro pelos babilônicos. Durante o cativeiro babilônico recebeu educação de acordo com o pensamento caldeu. Mesmo assim, nunca se converteu aos costumes babilônicos (Daniel 1:8, 17). 2. O profeta Daniel recebeu diversas revelações importantes sobre o destino e futuro de seu povo, Israel. 2. Exerceu seu ministério como profeta no século VI a.C. Ficou famoso na corte babilônica por ter interpretado os sonhos do rei Nabucodonosor. 4. Em Daniel 7 temos as profecias dos quatro animais. Mas, a grande e famosa profecia de Daniel, é a da “Setenta semanas” (Daniel 9). 3. Além das interpretações dos sonhos, Daniel teve muitas visões apocalípticas do tempo do fim. Por isto, é um dos escritores bíblicos mais estudados da Bíblia. 5. Na profecia das Setenta semanas é retratado o que iria acontecer ao povo judeu num futuro distante dos dias de Daniel. Nela é profetizado sobre a 3. O sonho da estátua que o rei Nabucodonosor teve retrata a vinda de mais três impérios que surgiriam depois do império babilônico (Daniel 2). morte de Cristo até a destruição de Jerusalém no 70 d.C. 6. Enquanto muitos esperam que a Septuagésima semana de Daniel ainda se cumpra no futuro, todavia, a profecia toda já foi cumprida no primeiro século da era cristã, com exceção da ressurreição dos mortos (Daniel 12:2, 13). Ver Obras de ref.: 70 Semanas de Daniel, de Kenneth L. Gentry, Jr. [Ver Apocalipse, Daniel e Grande Tribulação] Data da volta de Cristo – Na história mundial, desde os tempos de Cristo, existem pelo menos mais de 242 datas marcadas para o fim do mundo e a vinda do Messias. Todas elas falharam! 1. Agora, temos para 2018, uma data para possível volta de Cristo. 2. Muito problema causado em torno da volta de Cristo seria resolvido se alguns textos tivessem sido mantidos em seus devidos contextos. 3. Em Mateus 24:36 onde é dito que ninguém sabe “o dia e a hora” da vinda de Cristo, na verdade, esse versículo não está falando da Segunda Vinda de Cristo, pois o assunto de Mateus capítulo 24 é sobre a “vinda” de Jesus em julgamento contra Israel, Jerusalém e o templo. 4. Nos textos que falam sobre o arrebatamento e a ressurreição dos mortos, não existe uma alusão sequer a uma possível data desses eventos. 5. Tudo quanto foi profetizado em matéria de data sempre esteve em completo desacordo com as Escrituras. Para todos nós vale somente um conselho dado pelo próprio Senhor Jesus Cristo: “Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade...”. (Atos 1:7) Ver Obras de ref.: Mateus 24 e a Vinda de Cristo, de César Francisco Raymundo. [Ver Advento, Segunda Vinda de Cristo] Davi, O rei – [Do Hb. דוד, literalmente "querido", "amado"] Foi o segundo rei da nação de Israel e é reconhecido como o maior rei daquela nação. Viveu entre os anos de 1040 a.C. a 970 a.C. 1. A Bíblia o descreve como tendo muitos dons, como o da poesia, salmos e a música. 2. Foi um valente guerreiro, profeta e salmista. 3. Do ponto de vista profético, o seu nome está ligado ao estabelecimento do Reino de Deus segundo Isaías 9:7. 4. O Senhor Jesus Cristo é o continuador da dinastia davídica (Apocalipse 22:16). Jesus, como descendente real de Davi, controla o acesso ao reino de Deus. 5. O reinado e as vitórias do rei Davi prefiguraram o Reinado do Messias aqui na terra. 6. Ao identificar-se com o rei Davi como a raiz e o seu descendente, o Senhor esclarece Seu papel e autoridade em passar julgamentos sobre Israel como o que aconteceu no ano 70 d.C. Como o Filho prometido de Davi, Ele tem a autoridade para falar com os filhos de Davi no papel de Rei. 7. A prefiguração do Reino de Deus tendo-se iniciado em Davi, tem atualmente prosseguimento em Jesus Cristo: “Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; 33 ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim”. (Lucas 1:32) Debaixo do céu – [Do Gr. υπο τον ουρανον, Transl.: hupó ton ouranon] É uma expressão que designa o Império romano dos dias da igreja primitiva. 1. No dia de Pentecostes em “Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu” (Atos 2:5). Lucas que foi o escritor de Atos dos apóstolos, nomeia essas nações ao dizer que eram os “Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Asia, e Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos, Cretenses e árabes...” (Atos 2:9-11). 2. O apóstolo Paulo escreveu que o evangelho “foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu”, isto é, dentro dos limites do Império romano (Colossenses 1:23). 3. Por não se levar em conta essa forma limitada de mundo dos tempos da igreja primitiva, muitos erroneamente interpretam os textos bíblicos ao aplica-los para nossos dias, ou até duvidam da inspiração da Bíblia por não entenderem. 4. Quando o intérprete está alinhado com o contexto cultural da igreja primitiva, fica fácil entender como “todas as nações” ouviram o evangelho ainda no primeiro século da era cristã (2ª Timóteo 4:17; Atos 19:10; Colossenses 1:5-6; Romanos 1:8; Mateus 24:14). Demônio – [Do Gr. δαιμόν, Transl.: daimón, “divindade, gênio”] O sentido desta palavra entre os gregos antigos era bem diferente do que se diz atualmente. Para eles os daimons eram espíritos que atuavam como mensageiros entre os deuses e os homens. Era uma espécie de gênio cuja tarefa era iluminar os seres humanos. 1. Na mensagem cristã os demônios receberam a designação de agentes do mal e da opressão. São espíritos malignos que oprimem os homens e os levam a rebelião contra Deus. 2. No primeiro século da era cristã houve uma intensa atividade demoníaca entre as pessoas. Nos dias do ministério terreno de Jesus as manifestações por possessão foram constantes em muitas pessoas. 3. Nos últimos dias da Antiga Aliança, no tempo do cerco a Jerusalém no 67 d.C., houve intensa influência demoníaca de falsos ensinamentos de falsos profetas e de falsos cristos (1ª Timóteo 4:1). Descendência de Abraão – Esta expressão mostra como são conhecidos os israelitas que descendem de Abraão. O povo judeu tem Abraão como seu pai. 1. Deus prometeu a Abraão que ele seria pai de muitas nações, como de fato aconteceu (Gênesis 17:2-9). 2. Os árabes também são descendentes de Abraão, através de Ismael que foi um de seus filhos com uma mulher escrava (Gênesis 16:1-6). 3. Para Deus, os descendentes de Abraão não são somente aqueles segundo a linhagem sanguínea, mas são os cristãos pela fé em Jesus Cristo, estes é que são os verdadeiros filhos de Abraão (Mateus 3:8-9; João 8:3747; Gálatas 3:7, 26-29). Descida ao inferno – [Do Hb. ֵשלו, Transl.: Seol; do Gr. Άͅδης, Transl.: Hades, “habitação dos mortos”, as vezes é traduzido como inferno] Alguns afirmam que essa descida ao inferno foi um ministério exercido por Cristo entre a sua morte e a ressurreição. Tais intérpretes se utilizam de 1ª Pedro 3:19 para afirmar que Cristo pregou aos espíritos em prisão que estão no inferno. 1. O grande problema é que não houve uma descida literal de Cristo ao inferno. Estando em “estado de morte” até a Sua ressurreição, Cristo não foi passar um fim de semana num lugar chamado inferno e nem pregou a nenhum espírito em prisão no Além. 2. Não há nem pregação e nem uma segunda oportunidade de salvação para aqueles que partiram desta vida. 3. É falsa a ideia de que Cristo teria descido ao inferno para proclamar a sua vitória (sendo esse o primeiro estágio de Sua exaltação), pois a exaltação de Jesus Cristo começa com a Sua ressurreição, que é a sua vitória sobre a morte. 4. Não há nenhuma prova na Escritura de que os crentes do Antigo Testamento estivessem cativos no Hades. Nem mesmo Efésios 4.8-9 pode ser usado como prova de que Jesus Cristo lá desceu para libertá-los. Os santos do Antigo Testamento não iam para um “lugar” chamado Hades quando morriam, mas iam para estar com Deus, pois o espirito volta a Deus que o deu (Gênesis 5:24; 2º Reis 2.11; Salmos 73:23-24; Eclesiastes 12:6-7; Lucas 9.29-32). 5. Dizer que os santos do Antigo Testamento iam para o Hades após a morte ao invés de ir para o céu, isto porque ainda não havia um sacrifício perfeito como o de Cristo, é falso, pois tal entendimento nega que o sangue de Cristo foi conhecido antes da fundação do mundo (1ª Pedro 1:19-20), e que Cristo é o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo (Apocalipse 13:8). 6. 1ª Pedro 3:19 por ser uma passagem obscura, deve ser interpretada a luz de outras passagens bíblicas. Defender que Jesus pregou aos espíritos em prisão no inferno gera mais dúvidas do que esclarecimentos, pois: Porque esses espíritos em prisão são somente os da época de Noé? E porque os condenados de outras épocas não tiveram o privilégio dessa pregação? 7. Na verdade, o que Pedro quis dizer é que Jesus Cristo através de Noé pregou o evangelho aos seus contemporâneos. Cristo estava espiritualmente presente em Noé quando este era o “pregoeiro da justiça”. Ver em Obras de ref.: Cristo Desceu ao Inferno? de Heber Carlos de Campos. [Ver Hades, Inferno, Seol] Descida literal à Terra – Significa que Cristo corporalmente descerá à Terra na sua Segunda Vinda. Isto é declarado em Atos 1:11: “Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir”. As Escrituras são tão claras acerca desse evento que não há como ter dúvidas. Ver em Obras de ref.: Sem Arrebatamento Secreto – Um guia otimista para o fim do mundo – de Jonathan Welton. A Segunda Vinda de Cristo: Sem Ficção, Sem Fantasia! compilação de César Francisco Raymundo. [Ver Advento, Arrebatamento, Ressurreição e Segunda Vinda de Cristo] Desejado de todas as nações, O – É o termo aplicado pelo profeta Ageu que mostra Cristo como o Soberano das nações. 1. Apesar das nações serem rebeldes e seguirem seus próprios caminhos, no fundo, cada cultura espera pela vinda do Messias, desde os tempos mais remotos. 2. Haverá o dia em que “todas as famílias das nações” se prostrarão perante Ele (Salmo 22:27). [Ver Advento, Arrebatamento, Ressurreição e Segunda Vinda de Cristo] Desenvolvimento em fruição – [Do Lat. fruictione, gozo, usufruto] É um conceito que diz que apesar da perfeição que teremos no Céu, mesmo assim, usufruiremos dela no sentido de nos desenvolvermos continuamente em conhecimento. 1. Mesmo no Céu, o conhecimento acerca de Deus é inesgotável. Quando estivermos na eternidade teremos à nossa disposição toda a vida eterna para descobrir os mistérios divinos. 2. Se levarmos em consideração a nossa atual contagem de tempo, podemos dizer que passaremos bilhões e trilhões de anos sem fim conhecendo a sabedoria divina e seus mistérios. [Ver Eternidade, Eviternidade, Vida Eterna] Despertamento nos últimos dias – Muitos atualmente pensam que nos “últimos dias” o Espírito Santo será derramado de uma maneira sem precedentes na história humana. Para isto, baseiam-se em Zacarias 12:8-14; Joel 2:28-32. O grande problema é que a profecia do derramamento do Espírito Santo teve seu cumprimento no dia de Pentecostes. Em Atos At.2:14-17 encontramos o cumprimento da profecia do derramamento do Espírito Santo e é bem possível que Pedro em seu discurso tinha em mente tanto o texto de Zacarias bem como o de Joel. Destino – [Do Francês destin, sorte, sina] Segundo o paganismo é uma força impessoal que determina a sorte e a trajetória humana. Seria o destino uma espécie de predestinação cega sem o decreto e a Soberania de Deus. Ao contrário do paganismo, nas Escrituras o Destino de cada pessoa depende de como ela recebe ou rejeita a Graça de Deus através de Jesus Cristo (Marcos 16:16; João 3:16). Destino eterno – É o estado final de cada ser humano que durará para sempre. É decidido ainda em vida quando alguém recebe ou rejeita a Cristo (Mateus 25:46; Marcos 16:16; João 3:16). 1. No dia do Juízo Final é dada a sentença do julgamento, pois Deus não condena ninguém sem antes passar por um julgamento (Apocalipse 20:1115). 2. No julgamento de Deus não há manobras jurídicas, recursos adicionais, meio termo, purgatório e nem abreviação da duração das penas eternas. Destruição Eterna – É um estado de destruição e apartamento da presença de Deus para todo o sempre. 1. A destruição eterna é também chamada de “penalidade de eterna destruição” e um “banimento” “da face do Senhor e da glória do seu poder” conforme 2ª Tessalonicenses 1:9. 2. Essa destruição tira do condenado toda e qualquer esperança, mesmo a esperança de ser aniquilado para se ver livre do sofrimento (Marcos 9:4348; Apocalipse 21:8). Determinismo – É a teoria filosófica de que todo acontecimento do curso da vida humana estaria previamente fixado. 1. Do ponto de vista da escatologia bíblica é possível que o homem venha mudar seu destino recebendo Cristo pela fé. 2. Todas as situações da vida no geral estão nas mãos do Criador e não de uma força cega destituída de inteligência. Deus – [Do Hb. ֵלֹוםיה, Transl.: Elohim, do Gr. Θεός, Transl.: Theós] É o Ser supremo, eterno, todo-poderoso, infinito, onisciente, onipresente e Criador dos céus e da terra. 1. É um Ser Pessoal e não uma força impessoal. Para Moisés Ele se apresentou como o grande “Eu Sou” (Êxodo 3:14). 2. Ele é um só Deus que ao mesmo tempo está manifestado em três Pessoas distintas, o Pai, Filho e o Espírito Santo. 3. O grande texto do monoteísmo judaico apresenta Deus como um Único Deus (Deuteronômio 6:4). Neste texto a palavra “único” é a palavra hebraica echad que significa “unidade composta”. Isto mostra que a Unidade de Deus não é absoluta, mas é uma unidade composta assim como homem e mulher, embora distintos, formam uma só carne. Assim é a Trindade Divina que são as três Pessoas distintas que ao mesmo tempo formam um só Deus. Deus, O plano de – É todo o desígnio de Deus elaborado desde a eternidade baseado em sua sabedoria, onisciência e poder visando a criação e a redenção de toda a criação. O plano Divino delineia toda a história humana, tendo Cristo como Sua Palavra que tanto dá vida a criação como executa esse plano através de sua redenção. Dez – [Ver Numerologia bíblica no Apocalipse] Dez chifres – De um modo geral nas Escrituras e especialmente no Apocalipse, “chifre” significa “poder”. 1. João, no Apocalipse, viu Cristo com sete chifres (Apocalipse 5:6). 2. No Apocalipse há também os chifres que personificam as forças do mal. Em Apocalipse 13:1 fala da besta que possui “dez chifres”. É a mesma visão que o profeta Daniel teve (Daniel 7:7, 8). Tanto Daniel como João falam dos dez chifres. 3. Os dez chifres significam dez reinos sob o comando da besta. Sendo a besta uma descrição do Império Romano dos dias de João, os dez chifres são os dez governadores das províncias de Roma, são elas: Itália, Acaia, Ásia, Síria, Egito, África, Espanha, Gália, Grã-Bretanha e Alemanha (ver Apocalipse 17:12). 4. É extremamente fora do contexto do Apocalipse dizer que os dez chifres serão dez confederações de nações do mercado comum Europeu, ou que seriam dez blocos de nações espalhados pela Terra dirigidos por um suposto Império Romano revivido no fim dos tempos, com sua sede no mercado comum europeu. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único - de César Francisco Raymundo. [Ver Apocalipse, Besta que sobe do mar] Diabo – [Do Gr. διάβολος, Transl.: diabolôs, “caluniador”, “acusador”] É um ser espiritual, arqui-inimigo de Deus que rebelou-se contra Ele sendo expulso das regiões celestiais (Jó 1:612; Isaías 14; Ezequiel 28). 1. É também chamado de “pai da mentira” e através dela procura desviar os homens (João 8:44). 2. Foi amarrado por Cristo ainda no tempo de Seu ministério terreno para não mais enganar as nações. Ao ser amarrado começou o reino milenar de Cristo (Apocalipse 20:1-3; Mateus 12:28-29). 3. Será solto perto da Segunda Vinda para novamente enganar as nações (Apocalipse 20:7-8). 4. Foi expulso do Céu ainda no primeiro século da era cristã durante o cumprimento do Apocalipse (Apocalipse 12:9-10; João 12:31; 16:11; Colossenses 2:15; Hebreus 2:14; 1ª João 3:8). Diabo e seus anjos – É uma representação do reino do Diabo. Os seus anjos são seus mensageiros que trabalham contra o ser humano. 1. São anjos que “não ficaram dentro dos limites da sua própria autoridade, mas abandonaram o lugar onde moravam” (Judas 1:6). 2. Estão atualmente amarrados “com correntes eternas”, isto é, junto com o diabo estão limitados em seu agir para enganar as nações. 3. O apóstolo Paulo foi esbofeteado por um desses mensageiros de Satanás a fim de que não se exaltasse com as grandezas das revelações que recebeu (2ª Coríntios 12:7-9). 4. Em Apocalipse 12:7-8 o dragão (diabo) e seus anjos pelejaram numa guerra contra Miguel e seus anjos. Por fim, para o diabo e seus anjos foi preparado o fogo eterno (Mateus 25:41). Dia de Cristo ou Dia do Senhor – Estas expressões são sinônimas na Bíblia. A frase “dia do Senhor” no Antigo Testamento é precursora da frase “Dia de Cristo” que se encontra no Novo Testamento. Essas frases devem ser consideradas como frases gerais de julgamento que tanto podem descrever o julgamento do último dia, como pode com maior frequência descrever qualquer dia de julgamento futuro. A respeito sobre qual “Dia do Senhor” ou “Dia de Cristo” se tem em mente é determinado pelo contexto de cada passagem bíblica, não meramente pela frase em si. 1. A frase “Dia do Senhor” ocorre 26 vezes no Antigo Testamento, sempre nos escritos proféticos (Isaías 2:12; 13:6-9; 13:10-13; 34:4, 8-10; Jeremias 46:10; Lamentações 2:22; Ezequiel 13:5; 30:3; Joel 1:15; 2:1, 11, 31; 3:14; Amós 5:18-20; Obadias 15; Sofonias 1:7-8, 14, 18; Zacarias 14:1; Malaquias 4:5). Apenas seis dessas ocorrências refere-se a um “Dia” num futuro desconhecido na história humana. 2. A frase “Dia de Cristo” aparece em Filipenses 1:6, 10 e é uma referência que tanto pode ser sobre o dia da Segunda Vinda de Cristo como ao dia da “vinda” em julgamento contra Jerusalém que ocorreria naquela geração do primeiro século da era cristã. 3. O “Dia do Senhor” em 1ª Tessalonicenses 5:1 é uma referência a Segunda Vinda de Cristo e o arrebatamento (explicado em 1ª Tessalonicenses 4:13-18). 4. Em 2ª Tessalonicenses 2:2 o “Dia do Senhor” refere-se ao julgamento que estava prestes a cair sobre Jerusalém no ano 70 d.C. Dia e Hora – [Do Gr. ημερας και ωρας, Transl.: heméras kaí horas] Esta expressão encontra-se em Mateus 24:36 e erroneamente tem sido usada para referir-se ao dia e hora da Segunda Vinda de Cristo. Embora o dia e a hora da Segunda Vinda seja um mistério, o caso em questão no contexto de Mateus 24 é sobre a vinda de Jesus em julgamento contra a nação de Israel que ocorreu dentro daquela geração do primeiro século da era cristã. 1. O mistério de Cristo não saber o dia e hora de sua vinda em julgamento foi por causa de Sua natureza humana (Filipenses 2:5-11), depois de Sua ressurreição e ascensão recebeu Sua glória novamente e nEle “todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos” (Colossenses 2:3), e “nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Colossenses 2:9). 2. Sobre toda especulação a respeito do futuro (e inclusive acerca da Segunda Vinda de Cristo), vale o conselho de que não nos compete “conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade” (Atos 1:7). Ver em Obras de ref.: Mateus 24 e a Vinda de Cristo, de César Francisco Raymundo. [Ver Advento, Arrebatamento, Segunda vinda de Cristo] Dias de vingança – Esta expressão refere-se aos dias em que Jerusalém esteve sitiada de exércitos nos anos 67-70 d.C. (Lucas 21:22). 1. O cerco e a destruição de Jerusalém é o cumprimento do sermão profético de Mateus 24, Lucas 21 e Marcos 13. 2. Aqueles foram dias de vingança, para “se cumprir tudo o que está escrito” na Lei e nos profetas, contra Israel. 3. O resultado foi que o povo judeu caiu “a fio de espada” e foram “levados cativos para todas as nações” (Lucas 21:24). O Arco de Tito é um arco triunfal, levantado Roma, em comemoração à conquista Jerusalém pelo imperador Tito Flávio, filho Vespasiano. O arco de Tito é uma prova cumprimento de Lucas 21:24. ________________ em de de do Ver em Obras de ref.: Mateus 24 e a Vinda de Cristo, de César Francisco Raymundo. [Ver Advento, Arrebatamento, Segunda vinda de Cristo] Dias ainda distantes – É a frase que o anjo falou ao profeta Daniel referindose ao tempo do cumprimento da profecia dos “últimos dias” e o que iria suceder ao povo de Israel. 1. Essas profecias reveladas ao profeta Daniel demoraram mais ou menos 344558 anos para começarem a se cumprir. O anjo considerou essa quantia de tempo como “dias ainda distantes” ou “dias ainda mui distantes” (Daniel 8:26; 10:14). 2. Esse pronunciamento a respeito do tempo distante do cumprimento das profecias de Daniel, mostra claramente que Deus usa medidas de tempo exatas conforme o ser humano entende. Isto derruba de vez a ideia de que quando Deus fala que algo será “em breve” poderia demorar milhares de anos, pois o tempo de Deus é diferente do nosso. 3. O anjo chega a pedir para Daniel “selar” e “encerrar as palavras” do livro da profecia, justamente porque o cumprimento se daria em dias ainda distantes (Daniel 12:4). 4. O mesmo não se dá com o apóstolo João ao escrever o livro do Apocalipse, pois o anjo lhe disse: “Não seles as palavras da profecia deste livro, porque o tempo está próximo”. (Apocalipse 22:10) 5. Ao contrário do livro de Daniel que também contém profecias apocalípticas, no Apocalipse de João encontramos as expressões “em breve”, “sem demora” ou “o tempo está próximo”, indicando isto que a profecia de João era exclusivamente para os seus contemporâneos da igreja primitiva (Apocalipse 1:1; 2:16; 3:11; 22:6; 22:7, 12, 20). Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista Apocalipse, de César Raymundo. sobre o Francisco [Ver Apocalipse, Daniel Livro de, Profecia] Dispensacionalismo – É um sistema teológico que tem - segundo seus adeptos – uma interpretação consistentemente literal das Escrituras, em particular da profecia bíblica. Foi inicialmente elaborado pelo influente teólogo inglês John Nelson Derby por volta dos anos 1800-1882. 1. O dispensacionalismo ensina que de acordo com o programa de Deus existe uma distinção entre a nação de Israel e a Igreja. Assim, atualmente, Deus teria dois povos distintos na Terra. 2. Os dispensacionalistas acreditam que a salvação sempre foi pela fé tanto no Antigo como no Novo Testamento. 3. A teologia dispensacionalista divide a história da redenção em sete dispensações, são elas: Inocência, Consciência, Governo Humano, Promessa, Lei, Graça e o Reino Milenar. 4. Os dispensacionalistas afirmam que a era da igreja é um “parêntese” de Deus na história, pois pelo fato de Israel ter rejeitado a Cristo, Deus teria deixado essa nação temporariamente de lado. Afirmam também que quando a igreja for arrebatada Deus voltará a tratar com Israel. 5. A atual e grande popularidade do dispensacionalismo foi graças a Bíblia de Referência Scolfield. Assim, desde então, o dispensacionalismo exerceu uma poderosa influência na cristandade em geral a tal ponto que influenciou comportamentos, a linguagem, a mídia e a interpretação da profecia nas mais variadas formas. 6. O ponto que mais chama atenção no dispensacionalismo é a escatologia. Em sua doutrina escatológica afirma-se que a segunda vinda de Jesus Cristo será um acontecimento de duas etapas no mundo físico, envolvendo o arrebatamento e um período de sete anos de tribulação sob o comando do Anticristo, após o qual ocorrerá a batalha do Armagedom e o estabelecimento do reino de Deus na Terra num período chamado Milênio. 7. O ensino de um arrebatamento prétribulacional por parte dos dispensacionalistas é recente, não foi ensinado por ninguém de qualquer ramo da igreja de Cristo durante os primeiros dezoito séculos de cristianismo. Por isto, o ensino de um arrebatamento secreto pré-tribulacional é uma doutrina que nunca existiu antes de 1830 e não é produto de uma exegese cuidadosa da Escritura. 8. A interpretação dispensacionalista é tão superficial e sem simplicidade que como pôde observar o reverendo D. H. Kuiper alguns dispensacionalistas ensinam sobre “sete dispensações, oito pactos, duas segundas vindas, três ou quatro ressurreições, e pelo menos quatro julgamentos. É difícil conceber isto como sendo o ensino da Bíblia, que foi escrita numa linguagem simples para pessoas simples; sim, para crianças”. 9. O ensino dispensacionalista encontra raízes em Francisco Ribera (1537-1591) que foi um médico jesuíta e teólogo na Igreja Católica Romana. Em 1585 Ribera escreveu um comentário de 500 páginas sobre o livro de Apocalipse e o publicou no ano de 1590. Nesse livro ele procurou eliminar a ideia de a Igreja Católica ser considerada como o poder do Anticristo, pois propôs – assim como o dispensacionalismo o faz - que a maioria do Apocalipse refere-se a um futuro distante que acontecerá perto da Segunda Vinda de Cristo. Ribera ensinou que o Anticristo seria um homem que iria reconstruir o templo em Jerusalém, negaria a Cristo, seria recebido pelos judeus como seu Messias, fingiria ser Deus, conquistaria o mundo e aboliria o cristianismo no breve espaço de três anos e meio. Ver em Obras de ref.: Desmascarando o Dogma Dispensacionalista, de Hank Hanegraaff. Uma Refutação Bíblica ao Dispensacionalismo, de Arthur W. Pink. Dispensacionalismo (Lista de Passagens da Escritura), de Nathan Pitchford. [Ver Amilenismo, Pós-milenismo, Prémilenismo, Pré-tribulacionismo] Doutrinas das últimas coisas – Ver Escatologia. Doze – [Ver Numerologia bíblica no Apocalipse] Duas Eras – No Antigo Testamento havia uma perspectiva linear a respeito da presente era e a porvir. Os judeus criam que a era messiânica seria a “era vindoura” que chegaria de forma plena após o término da presente era. 1. Nos tempos do Novo Testamento, aprendemos que a “era vindoura” ou “era porvir” teve início na primeira vinda de Cristo, ainda no primeiro século da era cristã. Embora ainda estejamos vivendo numa era de morte e pecado, a era vindoura está sobreposta a era presente, e por isto, somos filhos espirituais, pertencemos e já estamos na “era vindoura” que caminha para atingir a plenitude no dia da ressurreição que será a “revelação dos filhos de Deus”. 2. Por isto, os cristãos mantém ao mesmo tempo os pés em dois mundos. Muitos dos benefícios da era vindoura já são sentidos atualmente. Já participamos da nova criação, novo nascimento espiritual. e da ressurreição etapas (1ª Tessalonicenses 4:13-17; 1ª Coríntios 15:50-57). 3. Portanto, os dias em que vivemos mesclam “esta era” e a “era por vir” como um fenômeno que podemos chamar de “o agora e o ainda não”. Foi graças a primeira vinda de Cristo com sua morte e ressurreição que já estamos vivendo a nova criação ou novos céus e nova terra. 4. As “duas etapas” da Segunda Vinda de Cristo nada mais é do que uma teoria especulativa desprovida de fundamento bíblico. Ver em Obras de ref.: Pós-milenarismo PARA LEIGOS, de Kenneth L. Gentry Jr. [Ver Era, Estado Eterno, Novos Céus e nova terra, Últimos dias, Mundo vindouro] Duas Etapas – Segundo os prétribulacionistas, a Segunda Vinda de Cristo estaria dividida em duas etapas. 1. A primeira etapa da Segunda vinda de Cristo seria quando Jesus viria exclusivamente para os santos trazendo o arrebatamento secreto da igreja e a ressurreição dos crentes mortos. 2. A segunda etapa da Segunda vinda de Cristo seria quando sete anos mais tarde o Senhor voltaria com os mesmos santos que foram arrebatados e ressuscitados, para destruir a besta e o falso profeta e instituir seu reino milenar. 3. Nada há nas Escrituras que mostra que a Segunda Vinda de Cristo seja dividida em duas etapas. Nas palavras de Jesus em João 5:27, 29 fica claro que o dia da ressurreição dos mortos será um evento único que abrangerá a ressurreição tanto de justos como de injustos, juízo final e a instituição do Estado Eterno. Mesmo os textos que falam do arrebatamento nas cartas de Paulo não abrem uma brecha sequer que se possa dizer que a Segunda Vinda de Cristo seria dividida em duas Ver em Obras de ref.: A Segunda Vinda de Cristo: Sem Ficção, Sem Fantasia! compilado por César Francisco Raymundo. [Ver Advento, Segunda Vinda de Cristo] Duas Testemunhas – O episódio das duas testemunhas descrito em Apocalipse 11:3-13 é uma parábola dentro do livro do Apocalipse. As duas testemunhas representam ou são os mártires da igreja primitiva e os mártires do Antigo Testamento. 1. São “duas” testemunhas porque a Lei mosaica exigia o depoimento de “duas ou três testemunhas”, para se estabelecer o fato para condenar alguém (Deuteronômio 19.15). No caso em questão, no contexto do Apocalipse, a cidade de Jerusalém estava na iminência de ser destruída por causa de seu adultério e o julgamento divino exigia duas ou três testemunhas para que fosse dada a sentença. 2. As “duas testemunhas” estavam “vestidas de pano de saco”, porque este é o traje que os profetas usavam quando desgraças iminentes estavam se aproximando da nação (Salmo 30:11; 35:13; 69:11; Ezequiel 27:31; Joel 1:8). 3. Os mártires da igreja primitiva (ou “duas testemunhas”) tiveram ministério semelhante ao de Moisés e Elias (Apocalipse 11:5-6; 1º Reis 17-18; Lucas 4.25; Êxodo 7). O fogo que saia de suas boas é a palavra de Deus conforme (Jeremias 23.29). 4. Para um estudo detalhado sobre o tema sugiro a leitura do Capítulo 11 do meu “Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único”, pág. 239. Ver em obras de Ref. no final deste dicionário. [Ver Apocalipse, Grande tribulação] Duplo Cumprimento da Profecia – É a teoria que diz que uma profecia pode ter “dupla referência”, ou seja, um cumprimento imediato e local no tempo do profeta e um cumprimento num futuro bem distante. Seria, então, uma profecia com dois cumprimentos. 1. Uma profecia de duplo cumprimento significa que a profecia é incompleta em si mesma. Assim eram algumas profecias do Antigo que só tiveram seu cumprimento pleno em Jesus Cristo. 2. Um exemplo de profecia de duplo cumprimento é um fato ocorrido na vida do rei Davi quando este foi traído pelo seu conselheiro e amigo íntimo cujo nome era Aitofel. Sobre ele Davi escreveu: “Até o meu amigo íntimo, em quem eu confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o calcanhar”. (Salmo 41:9 ver também 2º Samuel 15:12, 31) Esse episódio ocorrido na vida de Davi apontava para a traição que Jesus Cristo iria sofrer de Judas: "Não me refiro a todos vós; conheço aqueles que escolhi; mas para que se cumprisse a Escritura: O que comia do meu pão traiu-me. Havendo falado essas coisas, Jesus perturbou-se em espírito e declarou: Em verdade, em verdade vos digo que um de vós me trair". (João 13:18, 21) 3. Assim, de acordo com o padrão bíblico, uma profecia só tem duplo cumprimento se outra Escritura assim o fundamentar. É este justamente o caso das profecias do Antigo Testamento que apontavam para Cristo e que são constantemente citadas no Novo Testamento como que cumpridas na Sua Pessoa. 4. A teoria do duplo cumprimento apesar de popular, não deve nos tempos do Novo Testamento ser considerada como bíblica ou sensata. Após a primeira vinda de Jesus Cristo ao mundo, quando uma profecia é dada, tem um cumprimento correto. São tão claras as profecias de Jesus no Novo Testamento que, atualmente, dizer que elas possuem dois cumprimentos significaria apenas que uma interpretação não estava correta. 5. Os que atualmente defendem que as profecias de Jesus possuem duplo cumprimento, não podem citar outras Escrituras que dão suporte a sua teoria. [Ver Apocalipse, Mateus 24, Profecia] E Economia Divina – [Do Gr. οἶκος, Transl.: oikos, 'casa' + νόμος, Transl.: nomos, 'costume ou lei', ou também 'gerir, administrar': daí "regras da casa" ou "administração doméstica"] É a administração de Deus visando o bem estar espiritual e físico de suas criaturas. 1. A economia Divina é o plano de Deus de dispensar a Si mesmo para dentro do homem. De fato soa estranho dizer economia de Deus, mas significa a distribuição das riquezas divinas para o seu povo. Assim fazendo, Deus distribui a Si próprio como vida para dentro da humanidade. humanidade, agora redimida, necessitaria de um lugar físico para habitar após Sua ressurreição. Por isto, segundo alguns teólogos é bem possível que a essência humana de Jesus Cristo encontra-se atualmente habitando o Éden que está oculto aos nossos sentidos (Ver em Obras de ref.: O Padrão Éden, de Jair de Almeida). 2. Por fim, o Éden é o terceiro Céu, o próprio Paraíso segundo a descrição do apóstolo Paulo (2ª Coríntios 12:2, 4). 2. Essa economia Divina reconduz os que recebem a Cristo a eternidade de comunhão com o Pai celestial. Éden – [Do Hb. גןדען, Transl.: Gan Eden, deleite] É o jardim onde Deus colocou o primeiro casal (Adão e Eva) para o cultivar e guardar (Gênesis 2 e 3). 1. O jardim do Éden ficava no Oriente, entre os rios Tigre e Eufrates e muito provavelmente não foi destruído no dilúvio, pois o Senhor Jesus Cristo como novo representante da O paraíso terrestre. Hieronymus Bosch (1450-1516). Éfeso, Igreja de – Na sequência das sete do Apocalipse, é a primeira citada. A cidade de Éfeso era a mais importante da província romana de Ásia. Foi situada perto do mar Egeu. Duas estradas importantes cruzaram em Éfeso, uma seguindo a costa e a outra continuando para o interior, passando por Laodicéia. 1. Assim, Éfeso teve uma localização importantíssima de contato entre os dois lados do império romano (a Europa e a Ásia).* 2. Historiadores geralmente calculam a população da cidade no primeiro século entre 250.000 e 500.000.* 3. Éfeso era conhecida, também, como o foco de adoração da deusa da fertilidade, Ártemis ou Diana.* 4. Sabemos algumas coisas sobre a história da igreja em Éfeso de outros livros do Novo Testamento. No final de sua segunda viagem, Paulo deixou Áqüila e Priscila em Éfeso, onde corrigiram o entendimento incompleto de Apolo sobre o caminho do Senhor (Atos 18:18-26).* 5. Na terceira viagem, Paulo voltou para Éfeso, onde pregou a palavra de Deus por três anos (Atos 19:1-41; 20:31). Na volta da mesma viagem, passou em Mileto e encontrou-se com os presbíteros de Éfeso (Atos 20:1738). Durante os anos na prisão, Paulo escreveu a epístola aos efésios. Também deixou Timóteo em Éfeso para edificar os irmãos (1 Timóteo 1:3). 6. Na igreja de Éfeso, desde o início, houve a necessidade de examinar doutrinas e aceitar somente o que Deus havia revelado. Assim, Áqüila e Priscila ajudaram Apolo (Atos 18:26); Paulo advertiu os presbíteros do perigo de falsos mestres entre eles (Atos 20:2931), e orientou Timóteo a admoestar os irmãos a não ensinarem outra doutrina (1 Timóteo 1:3-7). A carta de Paulo aos efésios destacou a importância do amor (5:2), um tema frisado, também, nesta carta no Apocalipse.* Ver em Obras de Ref.: * Comentário Preterista Apocalipse, pág. 90, 91. [Ver Esmirna, Pérgamo, Sardes, Filadélfia, Laodicéia] sobre o Tiatira, Eisegese – É o antônimo da Exegese. Na Eisegese a interpretação bíblica do leitor vem de fora para dentro, é quando o intérprete coloca no texto sagrado a sua própria interpretação. No caso da Exegese a interpretação vem de dentro para fora, isto é, a Escritura sagrada fala por si mesma. Eleição – Escolha, ato de eleger. É o termo pelo qual é usado para designar todo aquele que recebeu a Cristo. O salvo em Cristo é chamado de eleito. Em Breve – [Ver Dias muito distantes, Mil anos como um dia] Então todo o Israel será salvo – [Ver Conversão dos Judeus] Então virá o Fim – [Do Gr. ειτα το τελος, Transl.: eita to telos] Expressão usada por Cristo e também pelo apóstolo Paulo. 1. No uso que Cristo fez dessa expressão no contexto de Mateus 24:14, refere-se não ao fim do mundo físico, mas ao fim da era judaica quando Jerusalém foi destruída dentro daquela geração, no ano 70 d.C. O sinal desse fim foi a pregação do evangelho do Reino sendo feita em todas as nações dentro dos limites do Império Romano. 2. O uso que o apóstolo Paulo fez dessa expressão é diferente, pois é para descrever o ápice do fim da era do pecado e da morte conforme 1ª Coríntios 15:23-28. Neste contexto, o sinal desse fim será o fato de que todos os inimigos de Cristo já estarão debaixo de seus pés, tendo como último inimigo a morte física que será destruída com a ressurreição dos mortos. Ver em Obras de ref.: Mateus 24 e a Vinda de Cristo, de César Francisco Raymundo. Pós-milenarismo PARA LEIGOS, de Kenneth L. Gentry Jr. [Ver Advento, Arrebatamento e Fim do Mundo] Epifania – [Do Gr. Ἐπιφάνεια, Transl.: epifáneia, uma manifestação, aparição] Expressão usada para descrever a primeira vinda de Jesus (2ª Timóteo 1:10). 1. Epifania também é usada para descrever a vinda de Cristo em julgamento contra o “homem da iniquidade” ainda no primeiro século da era cristã (2ª Tessalonicenses 2:8). 2. É usada em 1ª Timóteo 6:14 em possível referência a vinda de Cristo em Juízo contra Jerusalém ainda no primeiro século da era cristã, pois é pedido a Timóteo para “que guardes o mandato imaculado, irrepreensível, até à manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo”. 3. Em 2ª Timóteo 4:1, 8 Epifania é uma clara referência a Segunda Vinda de Cristo. 4. No texto de Tito 2:13 o aguardo da bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, pode ser usado tanto como uma referência a Segunda Vinda bem como a “vinda” em julgamento contra Jerusalém que estava prestes a acontecer naqueles dias. O Preterismo Completo interpreta Tito 2:13 como a vinda de Cristo contra Jerusalém no ano 70 d.C. 5. Tudo vai depender do contexto em que a palavra Epifania aparece. É fato que no primeiro século da era cristã eles aguardavam a vinda em julgamento contra Jerusalém. Uma vez que Cristo já se manifestou naquele julgamento, atualmente aguardamos somente Sua manifestação na Segunda Vinda. Ver em Obras de ref.: Sem Arrebatamento Secreto – Um guia otimista para o fim do mundo, de Jonathan Welton. Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único, de César Francisco Raymundo. Léxico do Grego do Novo Testamento, de Edward Robinson, na pg. 360 ver Ἐπιφάνεια. [Ver Advento, Arrebatamento, Segunda Vinda de Cristo] Era – [Do Gr. αἰών, Transl.: aion] É a duração contada a partir de um determinado ponto no tempo. Duração, curso ou fluxo do tempo. [Ver Mundo, Oikoumenen] Era por vir – [Ver Duas eras] Era presente – [Ver Duas eras] Escatologia – [Do Gr. εσχατος, Transl.: escatos] É o estudo das últimas coisas, do mundo, da ressurreição, da imortalidade, da segunda vinda de Cristo e o Estado Eterno. 1. A Escatologia abrange pelo menos dez significados. Tanto na LXX como no Novo Testamento, a expressão refere-se aos “últimos tempos” έσχάτου των χρόνων (1ª Pedro 1:20). 2. A Escatologia não é um termo exclusivo em relação ao futuro ou a predição do mesmo, pois ela começa na criação e termina no Estado Eterno. Assim, a criação e a consumação de todas as coisas estão numa inseparável conexão. 3. O fim escatológico não pode ser interpretado como caótico e destrutivo, mas como renovação de todas as coisas. 4. De acordo com as Escrituras a história a humana caminha para o seu clímax (Atos 3:21). Escatologia Consumada – Termo usado atualmente pelos defensores do Preterismo Completo. Ver em Obras de ref.: Refutando o Preterismo Completo, de César Francisco Raymundo. [Ver Preterismo Completo] Escatologia de Jornal – É a interpretação da escatologia baseada nas últimas notícias dos jornais. Ao invés dos escritos bíblicos serem interpretados de acordo com base sólida dentro da própria Escritura, na verdade, são as últimas notícias de uma guerra, um tsunami ou um terremoto que dão a interpretação de que estaríamos vivendo no tempo do fim. Tal entendimento é prática comum atualmente. Por ser especulativa, a escatologia de jornal está longe de ser bíblica. Além de negar todos os Escritos bíblicos, tal escatologia faz com que as pessoas andem por vista ao invés de andarem pela fé (2ª Coríntios 5:7). Escatologia Individual – É a parte da escatologia que trata do destino eterno da pessoa. Nela é abordada a situação espiritual após a morte, o Estado intermediário, sua ressurreição e Juízo. Ver em Obras de ref.: Cristo Desceu ao Inferno? de Heber Carlos de Campos. [Ver Estado Intermediário, Inferno, Lago do Fogo, Ressurreição, Vida Eterna] Escatologia Realizada – Termo usado atualmente pelos defensores do Preterismo Completo. Ver em Obras de ref.: Refutando o Preterismo Completo, de César Francisco Raymundo. [Ver Preterismo Completo] Esmirna, Igreja de – Esta igreja ficava em Esmirna, uma cidade situada aproximadamente 65 km ao norte de Éfeso. Mas, a primeira vez que ela é identificada por nome é nas citações do Apocalipse. Por isso, não temos informações específicas sobre esta igreja, além dos quatro versículos desta carta ao anjo da igreja em Esmirna. O pouco que sabemos é positivo. Esta carta elogia e encoraja, sem oferecer nenhuma crítica dos cristãos em Esmirna.* 1. A igreja em Esmirna, hoje conhecida como Izmir, a terceira maior cidade da Turquia e o segundo mais importante porto do país, era uma cidade antiga de uma região habitada durante milhares de anos antes de Cristo. A antiga cidade foi destruída pelos lídios em 600 a.C. e reconstruída pelos gregos no final do 4º século a.C. A cidade ganhou nova vida, e pode ser descrita como uma cidade que morreu e tornou a viver.* 2. Durante o domínio romano, Esmirna se tornou um centro de idolatria oficial, conhecida como Guardião do Templo (grego, neokoros). Foi a primeira cidade da Ásia a construir um templo para a adoração da cidade (deusa) de Roma (195 a.C.).* 3. Em 26 d.C., foi escolhida como local do templo ao imperador Tibério. Foram descobertas imagens, na praça principal da cidade, de Posêidon (deus grego do mar) e de Deméter (deusa grega da ceifa e da terra).* Ver em Obras de Ref.: * Comentário Preterista Apocalipse, pág. 94, 95. sobre o [Ver Éfeso, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia, Laodicéia] Esperança – [Do Gr. ελπις, Transl.: elpis, esperança, a expectativa do bem futuro] Ao lado da fé e o amor, a esperança forma o pilar da vida cristã (1ª Coríntios 13). 1. De acordo com a escatologia do Novo Testamento, o período mais negro da história, a grande tribulação e os juízos divinos do Apocalipse, já passaram. O que nos resta agora é a esperança do crescimento do Reino de Deus e a Segunda Vinda de Cristo. 2. Embora possamos não estar vivos para ver a Segunda Vinda de Cristo, resta-nos a “esperança em Deus”, “de que haverá ressurreição, tanto de justos como de injustos” (Atos 24:15). Espírito, Derramamento do – Este evento ocorreu no dia de Pentecostes. Foi um evento que ocorreu nos “últimos dias” da era judaica conforme profecia de Joel 2:28-29 cumprida em Atos 2:16-21. Não há duplo cumprimento dessa profecia conforme alguns afirmam atualmente. Segundo essa ideia os salvos estariam no Céu na presença de Cristo, enquanto que os perdidos estariam no inferno aguardando o Juízo, todos em perfeito estado de consciência. [Ver Estado Intermediário] Espírito – [No Gr. πνευμα, Transl.: pneuma] Uma respiração, alento, fôlego, vida, alma, o princípio de vida que reside no hálito, soprado no homem por Deus e que retorna a Deus, o espírito racional, mente.* Ver em Obras de Ref.: * Léxico Grego do Novo Testamento, de Edward Robinson, pág. 745. [Ver Alma] Espíritos em prisão – É o estado em que se encontram aqueles que ainda não receberam a Cristo (João 8:34; Romanos 6:6). É o termo pelo qual é feito referência a situação daqueles contemporâneos de Noé que morreram no dilúvio (1ª Pedro 3:18-20). Ver em Obras de ref.: Cristo Desceu ao Inferno? de Heber Carlos de Campos. [Ver Descida ao inferno, Prisão de Satanás] Espírito Santo – [Do Gr. του πνευματος του αγιου, Transl.: pneumatos tou hagiou] Ver Deus. [Ver Duplo Cumprimento da Profecia, Últimos Dias] Estado Eterno – [Do Lat. status aeternus, que não tem fim] É o período eterno de tempo que começa depois do Juízo Final. Espíritos desencarnados – Diz-se do estado atual daqueles que morreram e que estariam no chamado Estado Intermediário aguardando a ressurreição do corpo. Será quando todas as coisas estiverem restauradas e trazidas de volta à perfeição e, assim, os redimidos por Cristo usufruirão a vida eterna na plenitude dos novos céus e nova terra. Estado intermediário – É o período de tempo entre a morte e a ressurreição de um indivíduo. 1. Tradicionalmente é ensinado que nesse período as almas dos justos ficam recolhidas no céu, enquanto que as almas dos perdidos são lançadas no inferno para aguardar julgamento. 2. Para dar suporte a ideia do estado intermediário usa-se a parábola do rico e Lazaro em Lucas 16:19-31, e o texto das almas debaixo do altar em Apocalipse 6:9-11. 3. Nem todos os teólogos estão de acordo com a existência do Estado intermediário, haja vista que aquilo que o Novo Testamento nos fala acerca do estado intermediário não passa de um sussurro conforme o teólogo G. C. Berkouwer. 4. Não há em lugar nenhum do Novo Testamento uma detalhada descrição antropológica ou exposição teórica sobre o estado intermediário. 5. Foi a doutrina do estado intermediário que proveu um terreno fértil para o surgimento de doutrinas como a do purgatório, e da intercessão dos santos, que não possuem qualquer respaldo bíblico consistente (bispo Hermes C. Fernandes). 6. A ideia de um Estado Intermediário é porque os vivos têm dificuldade de enxergar além do tempo físico. Na morte acaba o tempo físico e começa a “eviternidade” ou “evo” que é “o tempo psicológico” ou “tempo da alma” em oposição ao tempo físico. 7. O texto de Hebreus 9:27 declaradamente diz que após a morte vem o juízo e não um intervalo de espera do mesmo. 8. A ideia de comparar a morte a um sono ensina sobre uma rápida passagem do tempo para o falecido naquilo que chamamos de Estado intermediário, pois para ele, o passar desta vida para o dia da ressurreição seria como um abrir e fechar de olhos, enquanto que para os vivos aquele dia poderá demorar centenas de anos. [Ver Morte, Ressurreição] Eterna separação de Deus – [Ver Segunda Morte] Eternidade, Eterno – Sem começo e sem fim de existência. Assim como Deus, a eternidade não existe, a eternidade “é”. Deus vive em seu ETERNO AGORA sem passado ou futuro. Num só golpe de vista Ele tem toda a história infinita em seu conhecimento. Eternidade passada e futura – É uma errônea interpretação humana a respeito da eternidade. Por ser filho do tempo e só conseguir imaginar as coisas dentro de perspectivas temporais e lineares, o ser humano imagina a eternidade de Deus também em categorias temporais. No entanto, no ETERNO AGORA de Deus, não há passado e nem futuro. A mente humana por ser finita e filha do tempo não consegue imaginar tal conceito na sua plenitude. A eternidade pertence única e exclusivamente a Deus. É errado conceitos que dizem que ao morrer o ser humano entraria na eternidade. Pelo contrário, quando morre, o ser humano entra na eviternidade, pois como toda criatura de Deus, sempre será filho do tempo. [Ver Evo, Eviternidade] Evangelho – [Do Gr. ευαγγελιοv, Transl.: euangelion, boas novas, boas noticias] No contexto do Novo Testamento são as boas notícias a respeito de Cristo e sua salvação. As boas notícias não são limitadas apenas a salvação após a morte, mas abrange todo o programa escatológico de Deus, a promessa do crescimento do Reino e as bênçãos que irá trazer ao mundo e, por fim, o clímax da consumação quando da ressurreição dos mortos. Evo, Eviternidade – Esta palavra vem indo-europeu aiues-os; donde se faz em sânscrito ayuh, em grego aion e em latim aevum. Seu primeiro significado é o curso de vida, longo período de tempo e existência sem fim (eternidade). 1. O evo é o tempo psicológico ou tempo da alma, em oposição ao tempo físico. A marcação do tempo físico baseado pelo movimento da terra em torno do sol. O evo tem a sua raiz na sequência de atos do psiquismo humano. (que conhece... e que emite propósitos...). 2. O evo é diferente do tempo físico e da eternidade, sendo algo intermediário entre os dois. 3. Quando o ser humano morre, sua alma sai do tempo físico e entra na eviternidade. Por isto, a criatura humana não entra na eternidade, pois a mesma pertence somente a Deus e é impossível a um ser criado e finito ser capaz da posse total de toda a sua existência eterna (o que ele já viveu e o que ainda não viveu), tal qual Deus é. 4. O evo é tão profundo e complexo quanto o tempo físico. É por isto que é possível acreditar que não há estado intermediário entre a morte e a ressurreição, pois o tempo vivenciado pela alma é diferente do tempo físico. O dia da ressurreição que para nós pode demorar centenas de anos, para o falecido pode ser questão de apenas de um abrir e fechar de olhos, porque na morte muda-se o parâmetro temporal do tempo para a eviternidade. [Ver Estado Intermediário, Eternidade, Eterno, Vida Eterna] F Falsos cristos – [Do Gr. ψευδοχριστοι, Transl.: pseudóchristoi] São indivíduos enganadores e fraudulentos que reivindicam ser o Messias prometido no Antigo Testamento. 1. Os falsos cristos fazem parte de um dos oitos sinais que antecederiam a queda de Jerusalém descrita em Mateus 24 e que ocorreu no ano 70 d.C. 2. A função do falso cristo é mais concentrada na política do que na parte religiosa, pois o mesmo se aparece como um messias salvador do mundo. 3. No primeiro século da era cristã, os falsos cristos vieram em nome de Cristo prometendo salvação. Aquela foi uma época propicia ao aparecimento de falsos profetas, pois os judeus esperavam o Messias para os libertar do poder de Roma. 4. Os falsos cristos sempre vêm acompanhados de: novas revelações, aparições proféticas, sinais e maravilhas e anúncio do fim do mundo. 5. Nos dias que antecederam a queda de Jerusalém apareceu uma enxurrada de falsos cristos prometendo salvação. 6. No livro de Atos dos apóstolos é possível encontrar pelo menos quatro falsos cristos como cumprimento da profecia de Jesus, são eles: Teudas (Atos 5:36), Judas da Galiléia (Atos 5:37), um tal egípcio que levou ao deserto quatro mil salteadores (Atos 21:38) e o famoso Simão, o Mago (At.8:9-10). 7. Quando o templo e a cidade de Jerusalém foram destruídos no ano 70 d.C., os falsos cristos deixaram de ser sinais proféticos. Mesmo assim, o padrão bíblico de combate a qualquer falso cristo permanece de pé. Ver em Obras de ref.: Sem Arrebatamento Secreto – Um guia otimista para o fim do mundo, de Jonathan Welton. Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único, de César Francisco Raymundo. [Ver Anticristo, Falsos Mestres e Falsos Profetas] Falsos mestres – [Do Gr. ψευδοδιδασκαλοι, pseudodidáskaloi] São professores que dizendo-se ser cristãos procuram introduzir heresias destruidoras na igreja de Cristo. 1. O primeiro século da era cristã foi marcado pelo aparecimento intenso de falsos mestres. 2. Diversas passagens do Novo Testamento fazem alerta sobre os falsos mestres (2ª Pedro 2:1; 2ª Timóteo 4:3). 3. Os falsos mestres são um perigo real em qualquer tempo da igreja. Ver Obras de ref.: Sem Arrebatamento Secreto – Um guia otimista para o fim do mundo, de Jonathan Welton. Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único, de César Francisco Raymundo. [Ver Anticristo, Falsos Profetas] Falso profeta, O – [Ver Anticristo, Besta que sobe do Mar, Besta que sobe da Terra] Falsos profetas – ψευδοπροφηται, Transl.: pseudoprophetai] São pessoas que aparecem como porta-vozes de Deus no intuito de prejudicar a igreja de Cristo e sua pregação. Ao contrário dos falsos cristos, o falso profeta se concentra mais na área religiosa. 1. Uma das características dos falsos profetas é trazerem uma nova revelação. 2. Em Deuteronômio 18:20-22 há um teste muitíssimo eficaz que deve ser aplicado no combate aos falsos profetas. 3. Embora seja comum a todas as épocas, no primeiro século da era cristã os falsos profetas notadamente foram um dos oito sinais da vinda de Cristo em julgamento contra Israel (Mateus 24:11, 24). Ver em Obras de ref.: Sem Arrebatamento Secreto – Um guia otimista para o fim do mundo, de Jonathan Welton. Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único, de César Francisco Raymundo. [Ver Anticristo, Falsos Mestres] Fatalismo – [Do Lat. fatalis, de factum, fado destino] É uma ideia na qual se diz que os acontecimentos que operam na vida de um ser humano não depende da vontade do mesmo. O fatalismo é uma ideia falsa e antibíblica, pois nega a Soberania de Deus na vida humana. [Ver Destino, Destino Eterno] Fé – [Do Gr. πιστευω, Transl.: pisteuõ] “...a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem”. (Hebreus 11:1) 1. A fé permanece ao lado da esperança e do amor (1ª Coríntios 13:13). 2. Não é possível ter uma escatologia sadia sem a fé, pois a promessa da conversão de todas as nações, a consumação, a ressurreição e a vida eterna não passariam de meras utopias. 3. O amor é maior do que a fé e a pratica dele trará o mundo para Cristo (João 13:35). Fiel e verdadeiro – [Do Gr. πιστος και αληθινος, Transl.; pistós kaí alethinos] É um título messiânico conferido ao Senhor Jesus Cristo em sua “vinda” descrita em Apocalipse 19:11. 1. A batalha descrita em Apocalipse 19 não é a respeito da Segunda Vinda de Cristo, mesmo porque Jesus não voltará em um cavalo branco, mas virá do mesmo modo em que subiu perante os primeiros discípulos (Atos 1:10-11). 2. Outra fato que prova que não tratase da Segunda Vinda é que ao invés de vir acompanhado dos santos, Ele vem acompanhado dos exércitos do céu que o seguiam montados em cavalos brancos. 3. O evento descrito em Apocalipse 19 foi a vinda em juízo contra Jerusalém no ano 70 d.C. 4. Curiosamente, a forma como Jesus vem em Apocalipse 19 é o mesmo tipo de Messias que os judeus estavam esperando em sua primeira vinda. O Senhor não veio para os judeus como um guerreiro conquistador, mas como um salvador sofredor. Os judeus não estavam interessados em tal Messias. Passados quarenta anos, por volta do ano 70 d.C., para tristeza e desgraça dos judeus, o Senhor veio da forma como eles esperavam que o Messias viria. Ver em obras de Ref.: Comentário Preterista Apocalipse, de César Raymundo. sobre o Francisco [Ver Advento, Arrebatamento Segunda Vinda de Cristo] e Filadélfia, Igreja de – A cidade de Filadélfia gozava de uma localização estratégica de acesso entre os países antigos de Frígia, Lídia e Mísia.* 1. Foi fundada pelo rei de Pérgamo, Atalo, cerca de 140 a.C. Ele foi conhecido por sua lealdade ao seu irmão, assim dando origem ao nome da cidade (Filadélfia significa amor fraternal).* 2. A região produzia uvas e o povo especialmente honrava Dionísio, o deus grego do vinho. A cidade servia como base para a divulgação do helenismo às regiões de Lídia e Frígia. Foi localizada num vale no caminho entre Pérgamo e Laodicéia.* 3. Filadélfia foi destruída por um terremoto em 17 d.C. e reconstruída pelo imperador Tibério.* 4. Em alguns momentos de sua história, a cidade recebeu nomes mostrando uma relação especial ao governo romano. Depois de ser reconstruída, foi chamada brevemente de Neocesaréia.* 5. Durante o reinado de Vespasiano, foi também chamada de Flávia (nome da mulher dele, e a forma feminina de um dos nomes dele).* 6. Atualmente, a cidade de Alasehir fica no mesmo lugar, construída sobre as ruínas de Filadélfia.* Ver em obras de Ref.: * Comentário Preterista sobre o Apocalipse, de César Francisco Raymundo, pág. 117. [Ver Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Laodicéia] Filho da Perdição – [Do Gr. υιος της απωλειας, Transl.: huiós tes apoleías] É o título pelo qual é chamado o “homem da iniquidade” descrito pelo apóstolo Paulo em 2ª Tessalonicenses 2:3. [Ver Homem da Iniquidade] Filhos de Deus – Expressão usada para aqueles que receberam a Cristo (João 1:12). 1. A certeza da filiação com Deus vem do testemunho do Espírito Santo em nós (Romanos 8:16). 2. Apesar da filiação com Deus ser um fato atual, haverá o dia em que será manifesto o que havemos de ser pela ressurreição (1ª João 3:2). 3. Toda a criação espera por essa manifestação dos filhos de Deus no dia da ressurreição (Romanos 8:19-23) Fim dos Tempos – [Ver Consumação dos Séculos, Últimos Dias] Fim do Mundo – [Do Gr. συντελειας του αιωνος, Transl.: sunteleías tou aionos] Doutrina que diz que o mundo físico atual está destinado a destruição para dar lugar a uma nova ordem da criação. 1. A expressão “fim do mundo” como uma referência a destruição do mundo físico, não aparece nas Escrituras. 2. Nas traduções da Bíblia a expressão “fim do mundo” deveria ter sido traduzida como “fim da era” ou “fim da idade” em Mateus 24:3. 3. O “fim da era” foi o fim da era judaica com seu templo e sacrifícios no ano 70 d.C., para dar lugar ao novo Templo que é o corpo de Cristo, a igreja. 4. Se a referência fosse ao mundo físico em Mateus 24:3, era de se esperar o uso da palavra grega kosmos ao invés de aionos. 5. Não há um único ensinamento nas Escrituras de que Deus pretenda destruir o mundo físico, pelo contrário, o mundo caminha para a restauração de todas as coisas até a Segunda Vinda de Cristo (Atos 3:20-21). Ver em Obras de ref.: Sem Arrebatamento Secreto – Um guia otimista para o fim do mundo, de Jonathan Welton. Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único, de César Francisco Raymundo. [Ver Apocalipse, Consumação dos Séculos, Segunda Vinda de Cristo, Últimos Dias] Flávio Josefo, O historiador – É considerado como um dos maiores historiadores judeus de sua época, e além de escrever sobre a História dos Judeus e suas guerras, também escreveu sua autobiografia, na qual se descreve como filho de Matias o sacerdote judaico, nascido em Jerusalém, instruído pela torá e adepto do farisaísmo.* 1. Josefo foi um dos líderes da 1ª Revolta Judaica contra o Império Romano, termina seus dias em Roma, onde adota o nome de Flavius Josephus. Lá escreve a história e apologia da Nação Judaica e de si mesmo, suspeito tanto aos olhos de seus correligionários, quanto aos olhos dos romanos.** 2. Se nome originalmente era Yossef ben Matitiahu. Nasceu em Jerusalém, em 38 ou 39 da Era Comum (EC), em uma renomada família de Cohanim da qual se vangloria em sua Autobiografia, da qual procedem todas as informações a seu respeito. Sua mãe descende da dinastia Hasmonéia. Assim escreve: “Tenho reis entre meus antepassados. O ramo dos hasmoneus, do qual minha mãe é proveniente”.** 3. Criado na melhor tradição da Judéia, recebe uma minuciosa instrução da Torá e uma boa educação geral. Aos 13 anos iniciou seu aprendizado sobre as principais seitas judaicas da época: fariseus, saduceus e essênios. Após viver dos 16 aos 19 anos junto a um asceta chamado Bano, opta por aderir ao farisaísmo.** 4. Em 64 EC, aos 26 anos, seguiu numa embaixada em Roma, onde obteve, por intermédio de Popéia Sabina, esposa do imperador romano Nero, a libertação de alguns Cohanim que estavam presos. O sucesso desta missão colocou Josefo em posição respeitável frente aos seus conterrâneos. Foi, também, o seu primeiro contato direto com o poderio de Roma, algo que o deixou fascinado e convencido de que os romanos eram invencíveis – e iria influenciar sua atitude posterior. Ao regressar, tentou em vão dissuadir seus compatriotas de empreender a guerra contra os romanos.** governou a Galiléia, que irá dedicar a esse período de sua vida grande parte de sua obra Autobiografia. 6. Vespasiano, enfim, ataca a Galiléia com um exército de mais de 60 mil homens. Em sua obra A Guerra Judaica, Josefo faz uma detalhada descrição dos acontecimentos. A devastação é total. O povo da Galiléia não tinha como enfrentar os romanos em campo aberto e, sitiadas, as cidades foram caindo uma a uma. Bloqueado em Jotapata, Josefo resiste a 47 dias de cerco.** 7. O seu testemunho é importante, pois é provavelmente o único relato sobrevivente de uma testemunha ocular da destruição de Jerusalém.** Flávio Josefo _________________ 5. Não obstante, ao irromper a grande revolta em 66 EC, quando os judeus reconquistaram temporariamente a independência, foi designado pelo San’hedrin governador militar da Galiléia e para lá enviado para organizar a resistência judaica. Entretanto, mais do que preparar o território e a população para o enfrentamento com as legiões romanas, Josefo combateu os conflitos internos provocados pelas várias facções judaicas. Desaveio-se com os mais extremistas, que o culpavam de contemporizar. Por sua atitude ambígua, foi acusado por vários grupos de traição à causa judaica. Tamanha a sua necessidade de se justificar a respeito do curto tempo em que 8. O Preterismo não é baseado ou dependente das obras escritas de Josefo como acusam alguns críticos. A base do Preterismo são exclusivamente as palavras de Cristo e dos demais escritos do Novo Testamento. Usa-se as obras de Josefo no Preterismo para se entender como ocorreram os fatos e como se cumpriram as profecias sobre a destruição de Jerusalém no ano 70 d.C. Os detalhes da guerra judaica contra Roma são surpreendentes! 9. Todo estudante do Preterismo deve ver as obras de Josefo como uma dádiva de Deus, o qual nos agraciou em saber detalhes do cumprimento daquilo que seu Filho profetizou. Ver em obras de Ref.: * JOSEFO, Flávio, História dos Judeus – CPAD, 2000, pp.476-495. ** Morasha - Flávio Josefo, entre Roma e Jerusalém. Link: www.morasha.com.br/biografias/flaviojosefo-entre-roma-e-jerusalem.html Mateus 24 e a vinda de Cristo, de César Francisco Raymundo. Comentário Apocalipse, Raymundo. Preterista de César sobre o Francisco [Ver Apocalipse, Grande tribulação, Mateus 24] Fogo Eterno – [Do Gr. πυρ το αιωνιον, Transl.: pur to aiónion] Castigo reservado primeiramente a Satanás e seus anjos, mas que, infelizmente, o homem por sua rebeldia em seguir Satanás também terá o mesmo destino. (Mateus 25:41). 1. O fogo eterno é o mesmo Lago de Fogo e enxofre (Apocalipse 20:14-15). 2. O objetivo desse fogo não é o de destruir, mas o de atormentar (Marcos 9:44). 3. O “fogo” do inferno são poderosas figuras de linguagem usadas para descrever a realidade inimaginável do inferno. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único, de César Francisco Raymundo. [Ver Inferno, Lago de Fogo e enxofre] Fogo do Juízo de Deus – Foi a ira de Deus derramada sobre o povo judeu durante a grande tribulação ocorrida no ano 70 d.C. Malaquias 4:1 advertiu sobre o Senhor vindo em juízo sobre os judeus. [Ver Grande Tribulação] Futuro de Israel, O – É a doutrina que diz que no futuro toda a nação de Israel irá se converter tornando-se uma benção maior ainda para todos os povos. Este ensinamento é descrito em Romanos 11. [Ver Conversão dos Judeus, Israel, Judeus] Futuro Reino de Deus, O – Não haverá futuro Reino de Deus, pois o mesmo já foi estabelecido na primeira vinda de Cristo (Mateus 12:28; 16:28). O que tem havido é o crescimento do Reino que por fim conquistará todas as nações para Cristo (Salmo 22:27-30; Isaías 2:4-5) e, então, Cristo virá para dar o toque final na restauração de todas as coisas (Atos 3:20-21). Ver em Obras de ref.: Pós-milenarismo PARA LEIGOS, de Kenneth L. Gentry Jr. [Ver Segunda Vinda de Cristo, Pósmilenismo, Reino de Deus] G ֵ ד, Transl.: Gabriel – [Do Hb. יְ רִ ֵיל Gavriʼel, em Gr. Γαβριήλ, Transl. Gabriēl, homem forte de Deus ou herói de Deus] É provavelmente um anjo de grande poder e representatividade diante da corte Divina. 1. Ele não é identificado como arcanjo apesar de sua posição. Esse anjo tem sido mais ligado a função de interpretações da escatologia Divina. 2. É o anjo que foi enviado ao profeta Daniel para lhe explicar o mistério das Setenta Semanas (Daniel 9:21-23). 3. Foi o mesmo anjo encarregado de levar as boas novas a Maria (Lucas 1:26-31). [Ver Anjo, Arcanjo] Gafanhotos – [Do Gr. ακριδες, Transl.: akrides] São seres demoníacos que na Grande tribulação foram soltos para atormentar os judeus durante o cerco romano a Jerusalém nos anos 67-70 d.C. 1. No Antigo Testamento os gafanhotos eram considerados pragas divinas. A oitava praga enviada ao Egito foi à invasão de gafanhotos (Êxodo 10:120). 2. A ideia de “serpentes” e “escorpiões” é uma representação do poder do diabo conforme Lucas 10:19. 3. O ataque dos gafanhotos em Apocalipse foi de certa forma previsto por Jesus em Mateus 12:43-45. Aquela geração que matou a Jesus foi comparada ao homem que deixa sua casa vazia após a saída do espírito imundo, mas depois o espírito volta “e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro. Assim também acontecerá a esta geração perversa”. 4. Toda aquela geração de judeus do primeiro século esteve possuída pelos demônios; “a progressiva loucura nacional é evidente ao ler o Novo Testamento, e suas horríveis etapas finais são ilustradas nas páginas de As Guerras dos Judeus de Josefo: a perca de toda a habilidade de raciocinar; as turbas delirantes que se atacavam uns aos outros, as multidões que seguiam a profetas claramente falsos; a busca enlouquecida e desesperada por comida, as matanças em massa, aprisionamentos, suicídios, pais que assassinavam seus próprios familiares e as mães comiam a seus próprios filhos. Em verdade, Satanás e suas hostes enxameavam por toda a terra de Israel consumindo aos apóstatas” (David Chilton).* 5. Os gafanhotos não podiam matar os judeus, mas somente atormentar (Apocalipse 9:6). A angustia gerada era o desejo intenso de querer a morte e a falta de coragem de praticar o suicídio, exemplifica no livro de Jó 3:20-22. 6. Embora tenha sido um ataque opressor demoníaco, o sofrimento também foi gerado por soldados romanos durante o cerco a Jerusalém. A descrição dos gafanhotos em Apocalipse 9:7-10 se assemelha a um soldado romano da época. Ver imagem abaixo: _________ Imagem: Cris Macabeus* ____________ Ver em obras de Ref.: * Comentário Preterista sobre o Apocalipse, de César Francisco Raymundo, págs. 212, 213, 214. [Ver Apocalipse, Geração, Grande tribulação] Galardão – [Do Gr. μισθος, Transl. misthós, salário ou ordenado, recompensa] É o prêmio que será dado aos cristãos pelo bem que fizeram pelo Reino de Deus. 1. As honrarias que serão recebidas no Céu estão além da capacidade da imaginação humana (1ª coríntios 12:9). 2. O maior de todos os galardões será o de estar com Cristo para sempre. 3. Os galardões serão concedidos por gradação, isto é, na distribuição das recompensas levar-se-á em conta o trabalho de cada no Reino de Deus (1ª Coríntios 3:10-13; Mateus 25:21). Imagem: Cris Macabeus* ______________ 7. Outra semelhança é o fato de que os escorpiões “tinham ainda cauda, como escorpiões, e ferrão; na cauda tinham poder para causar dano aos homens, por cinco meses” (Apocalipse 9:10). Coincidentemente o exército romano tinha uma arma de guerra poderosa chamada “Arma Scorpio”. Ver imagem: Geena – [Do Hb. ם ההד-ִגֵי ן ב, Transl. Geh Ben-Hinom, literalmente "Vale do Filho de Hinom", no Gr. γεεννα, Transl. Geena, o lugar de punição no Hades ou o mundo dos mortos, inferno] É um vale que fica em torno da Cidade Antiga de Jerusalém, marginando pelo sul da cidade. Desde o oeste alcança o vale de Josafá, ao pé do monte Sião. 1. A palavra grega Geena aparece doze vezes no texto bíblico (Mateus 5:22, Mateus 5:29, Mateus 5:30; Mateus 10:28; Mateus 18:9; Mateus 23:15, Mateus 23:33; Marcos 9:43, Marcos 9:45, Marcos 9:47; Lucas 12:5; Tiago 3:6). ideia do quão terrível será o castigo daqueles que rejeitaram a Cristo. 2. Geena foi o lugar onde os israelitas adoraram ao deus Moloque e queimavam crianças em sacrifício (2º Reis 23:10; Jeremias 7:31-32; 32:35. Gentios – São povos que não pertencem a comunidade dos judeus. Essa palavra designa um não israelita. 3. O Vale de Hinom tornou-se um depósito onde o lixo da cidade era incinerado. Nele se lançavam restos de animais e os cadáveres de pessoas que eram consideradas indignas e toda outra espécie de imundície. Para manter o fogo aceso para queimar o lixo se usava enxofre. 4. Os criminosos que eram executados e considerados indignos de um sepultamento decente em um túmulo, eram lançados no Vale de Hinom. Ao cair no fogo, os cadáveres desses criminosos eram consumidos pelo mesmo, e os vermes proliferavam constantemente, no monturo que era mantido aceso. 5. Nenhum ser humano ou animal eram lançados vivos no Geena. Curiosamente, em Apocalipse 19:20 se diz que a besta e o falso profeta “foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre”. 6. O Senhor Jesus Cristo usou esse vale como símbolo da destruição eterna no inferno, o local onde o fogo nunca se apaga. 7. O simbolismo do Lago de Fogo de Apocalipse 20:14, o qual significa a segunda morte, pode ser associado com o Geena. 8. Por ser considerado um simbolismo do castigo eterno, não se deve anular a realidade do mesmo, pois do simbolismo deve ser extraído o literal. O simbolismo do Geena com seu fogo, vermes e imundícies é uma imagem que nos ajuda a ter uma pequenina [Ver Hades, Inferno, Lago do Fogo] 1. São assim chamados por estarem fora das promessas por causa de sua idolatria e oposição ao povo santo. 2. Deus jamais teve a intenção de deixar os gentios de fora de suas promessas (Gênesis 3:15). 3. Todas as nações gentias serão abençoadas em Abraão (Gênesis 18:18). 4. Hoje, em Cristo, não há mais distinção entre judeus e gentios, pois o mesmo é o Senhor de todos os que o invocam (Romanos 10:12). 5. No futuro, todas as nações, e reis da terra, andarão na luz do Cordeiro (Salmos 22:27-31; Mateus 8:11; Apocalipse 21:24). Ver em Obras de ref.: Pós-milenarismo PARA LEIGOS, de Kenneth L. Gentry Jr. [Ver Judeus] Geração – [Do Lat. generationem, no Gr. γενεα, Transl.: genea, nascimento, ato de gerar] .Uma geração são todas aquelas pessoas que nasceram e viveram mais ou menos no mesmo período de tempo (Êxodo 1:6; Mateus 11:16). 1. Geração tem também o sentido de "contemporâneos", ou seja, as pessoas ou os homens do tempo de uma determinada pessoa (Gênesis 6:9). 2. A palavra "geração" pode referir-se a um grupo de descendentes quando trata-se de parentesco, tal como filhos e netos (Jó 42:16). 3. Como medida de tempo, a transitoriedade das gerações é usada para contrastar com a permanência da Terra (Eclesiastes 1:4; Salmo 104:5). 4. As expressões "mil gerações" ou "todas as gerações" encontradas em 1º Crônicas 16:15, Isaías 51:8 e Êxodo 12:14 refere-se a um tempo indefinido de gerações. Já o termo "de geração em geração" é o mesmo que dizer "por todas as gerações, para todo o sempre" (Êxodo 3:15; Efésios 3:21). 5. Geração também pode referir-se a condição ou qualidade de uma classe de pessoas. Nos Salmos, há a chamada "geração dos justos", "geração dos que o buscam", "descendência" ou "posteridade" poderosa (Salmos 14:5; 24:6; 112:2). Ainda no significado de qualidade ou condição, uma geração pode ser uma "geração perversa e deformada", "geração que amaldiçoa", "geração que é pura aos seus olhos" e "uma geração cujo olhos são altivos" (Deuteronômio 32:5, 20; Provérbios 30:11-14). Em Seu ministério terreno, o Senhor Jesus Cristo chamou seus contemporâneos de "geração má e adúltera", "geração incrédula e perversa" e "geração adúltera e pecadora" (Mateus 12:39; 16:4; 17:17; Marcos 8:38). O apóstolo Paulo de maneira similar chamou seus contemporâneos de "geração pervertida e corrupta" (Filipenses 2:15). 6. Sobre o tempo de duração de uma geração. Quando se pensa em geração no sentido de pessoas que vivem em determinada época, é difícil especificar a duração exata dela, tudo vai depender do contexto de cada época e de como seria os limites razoáveis do tempo da vida humana. Cada contexto dentro da Bíblia é que deve definir quanto tempo dura uma geração. No caso das gerações de Adão até Noé, a duração média do tempo de vida era de 850 anos para cada pessoa (Gênesis 5:-31; 9:29). Depois do dilúvio, a expectativa de vida diminuiu radicalmente para cento e vinte anos (Gênesis 6:3). Abraão, por sua vez, foi uma exceção à regra e viveu cento e setenta e cinco anos (Gênesis 25:7). Mais tarde a média de vida caiu para setenta ou oitenta anos conforme o Salmo 90:10. Não que isto seja regra geral, pois alguns podem viver bem mais conforme a genética e o meio ambiente em que cada um viveu. Mesmo assim, a grande questão que continua é a de sempre, ou seja, sobre quanto tempo dura uma geração. Uns calculam 40 anos, outros 48 anos, outros 50 e ainda outros 70 anos. 7. O tempo de uma geração do ponto de vista profético. Do ponto de vista profético, muitos afirmam que uma geração teria quarenta anos. Na verdade, o numeral quarenta é usado apenas como um número simbólico do ponto de vista profético, pois há muita referência envolvendo o número quarenta na Bíblia. Sobre este número, devemos observar que ele está relacionado a vários períodos de julgamento ou de condenação conforme Gênesis 7:4 e Ezequiel 29:11, 12. Também foi o período em que "se acendeu a ira do SENHOR contra Israel, e fê-los andar errantes pelo deserto quarenta anos, até que se consumiu toda a geração que procedera mal perante o SENHOR". (Números 32:13) Há muitos outros textos que falam sobre o número quarenta de maneira profética e significativa na Bíblia, pois temos os quarenta dias e quarenta noites do dilúvio (Gênesis 7:4.12); quarenta dias e quarenta noites em que Moisés passa no Monte (Êxodo 24:18; 34:26; Deuteronômio 9:9-11; 10:10); quarenta anos foi o tempo da peregrinação pelo deserto (Números 14:33; 32:13; Deuteronômio 8:2; 29:4); quarenta dias que Jesus jejuou antes de começar seu ministério (Mateus 4:2; Marcos 1:12; Lucas 4:2); quarenta dias depois da Ressurreição acontece a ascensão de Jesus (Atos 1:3); quarenta chicotadas eram dadas a alguém que errava como forma de correção (Deuteronômio 25:3); quarenta chicotadas Paulo recebeu pelo menos cinco vezes (2ª Coríntios 11:24). 8. A geração dos primeiros discípulos. Dezenas de vezes nos evangelhos encontramos uma referência histórica da geração dos primeiros discípulo de Jesus. Todas as citações dizem “esta geração” e, portanto, são uma clara referência aquela geração do primeiro século da era cristã por causa da presença do pronome demonstrativo próximo “esta” (Mateus 11:16; 12:41, 42; 23:36; Marcos 8:12; Lucas 7.31; Lucas 11:30, 31, 32, 50-51; Lucas 17:25). 9. A Geração no sentido escatológico e profético. “Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça”. (Mateus 24:34) Embora venha acompanhada do pronome demonstrativo próximo “esta”, muitos afirmam que em Mateus 24:34 “geração” tem um sentido escatológico/profético e, portanto, não poderia ser uma referência à geração dos primeiros discípulos de Jesus. Ensinam também que a geração seria a “raça judaica”, ou poderia ser uma referência a “geração de cristãos” ou ainda a própria “humanidade”. Há alguns problemas com essas colocações, pois em todos os casos Jesus foi bem claro ao dizer que a “geração” que visse os sinais do tempo do fim, passaria ou deixaria de existir. Então, podemos concluir: a. Sobre geração ser “a raça judaica”. Os que defendem que a geração de Mateus 24:34 seria o povo judeu são os mesmos que dizem que tal povo passará pela grande tribulação e entrará no milênio. O problema é que a geração que ver todo o cumprimento profético deixará de existir ou passará. Alguém dos atuais professores cristãos estarão dispostos admitir que Israel deixará de existir? Por outro lado, se Jesus realmente tivesse feito referência a raça judaica, neste caso, a palavra certa teria que ser genos (raça) e não genea (geração). b. Sobre geração “a geração dos cristãos” ou a humanidade. O mesmo conceito se aplica a “geração de cristãos” ou a “humanidade”, pois cumprindo-se toda a profecia, os cristãos ou a humanidade passariam ou deixariam de existir. Isto estaria contra a verdade de que os cristãos vão ressuscitar e dar continuidade a humanidade para sempre. Os cristãos e nem a humanidade passarão jamais. Se por ser uma referência profética a “geração” descrita em Mateus 24:34 não poderia ser a geração dos discípulos, o problema é que Lucas 17:25 e Mateus 23:36 também são textos proféticos que fazem referência a geração do primeiro século da era cristã. Neste caso também poderíamos negar que a referência era sobre a geração dos discípulos e especular sobre outra geração? Negar que a “geração” de Mateus 24:34 seria a geração dos primeiros discípulos, é uma agressão ao texto bíblico, é tirá-lo de seu contexto histórico e cultural. É também não respeitar o contexto e o imaginário judaico em que viveram os doze apóstolos. Os chamados estudiosos vivem divididos sobre a questão de “esta geração” porque simplesmente não se colocam no lugar daqueles primeiros ouvintes. A maioria da interpretação atual de Mateus 24:34 é puramente baseada em especulações. Glória – [No Gr. δόξα, Transl.: doxa] É a manifestação do brilho e da plenitude da presença de Deus. 1. A glória divina se faz presente em momentos importantes da escatologia. No dia em que Jesus se assentou no trono de sua glória como rei (Mateus 25:31). interpretação dada pelo profeta Daniel, a grande estátua simboliza os três outros impérios mundiais que viriam após o império babilônico, e também a transitoriedade deles (Daniel 2). O sonho da grande estátua mostra o que haveria de ser nos “últimos dias” que começariam com a primeira vinda de Cristo ao mundo, e sua consequente vitória sobre todo império mundano. _______________ 2. Na fase final da consumação a Nova Jerusalém não precisará nem da luz do Sol e nem da lua (Apocalipse 21:23). Glorificação – Será a fase final da salvação daqueles que receberam a Cristo (1ª João 3:2; Romanos 8:28-30). Graça – [Do Gr. χαρις, Transl.: charis; do Lat. gratia] É o favor imerecido de Deus concedido ao mundo. 1. A salvação é totalmente concedida pela graça de Deus (favor imerecido) sem o auxílio de boas obras (Efésios 2:8-9). 2. A salvação pela graça só é concedida por meio da fé (Efésios 2:89). ______ 3. A graça restringe a ação do pecado na vida do cristão. [Ver Daniel, O profeta, Daniel, Livro de, Profecia, Últimos dias] Grande Comissão – É a ordem que Jesus deu para que os seus discípulos pregassem o evangelho e fizessem discípulos de todas as nações (Mateus 28:19, 20; Marcos 16:15-20; Lucas 24:47-49; Atos 1:8). Grande Meretriz – [Do Gr. πορνης της μεγαλης, Transl.: pornes tes megales, Lit. Prostituta a grande] É uma representação simbólica do que se tornou a cidade de Jerusalém por ter cometido adultério espiritual com Roma, traindo a Jeová e rejeitando o Messias, Jesus Cristo (Apocalipse 17 e 18). A Grande Comissão será cumprida exclusivamente pela igreja até o final dos tempos. Grande Imagem de Nabucodonosor – É a grande estátua que apareceu no sonho do rei babilônico Nabucodonosor. De acordo com a Representação da estátua do sonho do rei Nabucodonosor. 1. Existe uma disputa fervorosa entre os intérpretes a respeito da identidade da Grande Meretriz. Há os que defendem que ela seria Roma, e há outros que defendem que seria Jerusalém. Os defensores de ambos os lados são fervorosos e bem fundamentados, pois Apocalipse 17 fornece argumentos para as duas posições. Isto se resolve se entendermos que ao unir-se em prostituição com Roma e matando o Filho de Deus, Jerusalém tornou-se uma só carne com ela. Roma era uma prostituta, e o apóstolo Paulo adverte que o homem que se une à uma prostituta, forma um só corpo ou uma só carne com ela (1ª Coríntios 6:16). Se isto for entendido, fica explicado o porquê de Roma e Jerusalém se confundirem em Apocalipse 17. 2. No livro do Apocalipse, Israel enfrenta um processo judicial da parte de Deus, por causa de sua prostituição. As Escrituras chamam Jerusalém de prostituta por diversas vezes (Isaías 1:21; 57:3; Jeremias 2:20). 3. Por terem se tornado uma só carne, Roma e Jerusalém se assemelham em várias coisas, são elas: a. A cidade de Roma estava assentada sobre muitas águas que eram os povos, multidões, nações e línguas (Apocalipse 17:1, 15). A cidade de Jerusalém também estava “assentada” sobre muitas águas, pois os judeus exerceram domínio e influência religiosa em todo o Império Romano (Atos 2:8-11). O período romanohelenístico é caracterizado por um aumento no número de judeus em todo o mundo civilizado. Centenas de milhares de judeus viviam em várias partes do mundo romano ao ponto da migração da Palestina e conversões para o Judaísmo atingir proporções recordes durante a geração anterior à destruição do Templo. b. A Grande Meretriz se prostituiu com os reis da terra (Apocalipse 17:2). “Reis da terra” tanto pode ser uma referência aos reis do mundo romano como pode ser os reis de Israel no decorrer de sua história, com os quais Jerusalém se prostituiu. O domínio de Roma sobre os reis dentro de seu império, é político. O domínio de Jerusalém sobre os reis dentro do Império romano pode ser entendido de duas formas: 1. Domínio colonial. A extensão das terras que os judeus governaram dentro dos limites do Império romano. O historiador Flávio Josefo dá uma ideia de tal governo dizendo que esse governo vinha de Jerusalém. Philo diz que a cidade santa é “a metrópole não só de um país da Judéia, mas também de muitos, por motivo das colônias que enviou para fora de vez em quando para os distritos”. 2. Domínio espiritual. Os judeus exerceram forte influência devido a sua religião. Por isto, quando se diz no Apocalipse que a Babilônia domina sobre os reis da terra, João não está dizendo que essa cidade exercia poder territorial, mas, sim, espiritual, pois o Rei dessa cidade era totalmente superior a qualquer outro rei (Mateus Mateus 5:34-35; Salmo 48:1-4; 102:1516; 76:1-3, 11-12; 146:10; Zacarias 9:9). c. A Grande Meretriz está assentada sobre sete montes (Apocalipse 17.9). A cidade de Roma é conhecida na antiguidade como a cidade das sete colinas, chamadas de Septimontium. A cidade de Jerusalém também está cercada por sete montes, são eles: Escopus, Nob, o Monte da Corrupção (ou “o Monte da Ofensa” ou “o Monte da Destruição” (2Reis 23,13),“monte Sião, a colina sudoeste também chamada “Monte Sião”, o Monte Ofel, a Rocha, onde foi construída a fortaleza Antonia. d. A Grande Meretriz foi chamada de a “grande cidade” (Apocalipse 17:18). A cidade de Roma foi uma “grande cidade” nos tempos da igreja primitiva. No entanto, a Bíblia só chama duas cidades de “a grande cidade”, são elas: Jerusalém (Apocalipse 11:8, Lamentações 1:1, Jeremias 22:8), e Nínive (Gênesis 10:8-12). Até mesmo o historiador Flávio Josefo chama Jerusalém de “a grande cidade, a metrópole da nação judaica”. Para detalhes adicionais ver Comentário Preterista sobre o Apocalipse, de César Francisco Raymundo, pg. 353. Grande Tribulação – [No Gr. θλιψις μεγαλη, Transl.: Thlipsis megale, grande aflição] É o período de três anos e meio de sofrimento pelo qual passou o povo judeu ainda no primeiro século da era cristã. 1. A grande tribulação iniciou-se na primavera do ano 67 d.C. quando os exércitos romanos invadiram a Palestina a partir do norte queimando cidade após cidade, matando seus habitantes e tornando-os escravos. 2. Após o período de três anos e meio de sofrimento, diferente de tudo o que os judeus já haviam conhecido, a grande tribulação terminou no verão do ano 70 d.C. 3. Com o término da grande tribulação, os sacrifícios de animais no templo judaico cessaram, e o templo e a cidade de Jerusalém foram completamente destruídos. 6. A grande tribulação e os sinais que a antecederiam é o cumprimento exato das palavras de Cristo descritas em Mateus 24, Marcos 13 e Lucas 21. 7. A grande tribulação foi a ira de Deus ou os “dias de vingança” contra o povo judeu por todos os pecados cometidos desde a fundação do mundo, e pelo fato deles matarem o Filho de Deus. Essa tribulação é também chamada “angústia para Jacó” (Jeremias 30:1-7; Mateus 23; Lucas 21:22-24). 8. O termo “grande tribulação” é uma hipérbole, ou seja, é uma figura de linguagem que consiste em exagerar uma ideia com finalidade expressiva. É um exagero intencional na expressão. 9. A não repetição da grande tribulação ou o fato dela nunca mais se repetir na história humana, é uma “linguagem de evento-único”. É um tipo de linguagem muito comum e usado nos tempos do Antigo Testamento (Êxodo 11:6; Ezequiel 5:9; Daniel 9:12). 10. A grande tribulação ocupa o centro da história do povo judeu como um sofrimento singular e não pelo tamanho da destruição causada em Israel. 11. A grande tribulação foi um evento local dentro da nação de Israel e era possível escapar dela (Mateus 24:1528; Marcos 13:14-23; Lucas 21:20-21). 4. Calcula-se que perto de 1.100,000 (um milhão e cem mil) pessoas foram mortas no cerco a Jerusalém, fora os que foram levados escravos em cumprimento a Lucas 21:24. 5. A grande tribulação ocorrida no primeiro século da era cristã é o cumprimento da Septuagésima semana de Daniel (Daniel 9:27; 12:1). O cerco e destruição de Jerusalém, por David Roberts (1850). 12. A natureza local da grande tribulação é semelhante as destruições e aos julgamentos divinos do Antigo Testamento. Ver em obra de Ref.: A Grande Tribulação, de David Chilton. Mateus 24 e a vinda de Cristo, de César Francisco Raymundo. [Ver Apocalipse, Mateus 24] Fim do mundo, Grande Trono Branco – É o Trono do Juízo final no qual estarão todos os mortos ressuscitados de todas as eras. O próprio Deus estará assentado nesse trono e julgará grandes e pequenos (Apocalipse 20:10-12). 1. O motivo desse último julgamento é porque Deus não manda ninguém para o lago de fogo sem antes dar um julgamento justo. 2. Cada ser humano que passou por este Planeta será julgado de acordo com as suas obras. Isto indica que o julgamento das obras resultará em diferentes graus de punição, e assim, haverá diferentes graus de sofrimento no inferno (Mateus 11:22; Mateus 16:27; Lucas 12:47,48; Lucas 20:47; Romanos 2:5-7; Hebreus 10:29). 3. Todas as obras dos homens serão publicamente expostas, nada ficará oculto (Marcos 4:22; Romanos 2:16; 1ª Coríntios 4:5). 4. As obras de todos os homens estão registrados nos livros. Estes simbolizam a memória infalível de Deus. 5. Os santos também serão julgados diante do trono prestando contas de suas vidas (Mateus 16:27, Romanos 2:6-10; 14:10, 12; 1ª Coríntios 3:12-15; 2ª Coríntios 5:10; 1ª Pedro 1:17). A diferença é que os santos receberão diferentes graus de bênçãos (Mateus 25:20-23; Romanos 14:12; 2ª Coríntios 5:10; Efésios 6:8), e a justiça do Cordeiro que foi morto os protege da ira de Deus (como antecipado em Apocalipse 1:5). 6. O tipo de ressurreição já define a condenação ou a absolvição, pois ao ressuscitar, uns ressuscitarão para a ressurreição do juízo e outros para a ressurreição da vida (João 5:28-29). Ver em obra de Ref.: Comentário Preterista Apocalipse, de César Raymundo. [Ver Apocalipse, Mateus 24] Fim sobre o Francisco do mundo, H Hades – [Do Gr. Ἅιδης ou Άͅδης; Transl.: Haides ou Hades, o mundo dos mortos] Significa o lugar que não pode ser visto, ou poderíamos chamá-lo de Além. O hades também pode significar a sepultura, a morada dos mortos, o túmulo escavado na terra. Finalmente, significa “morte” ou “a morada da morte”. Algumas vezes foi traduzido como inferno, como local de tormento (Lucas 16:23). 1. Na morte, justos e injustos vão para o Hades, ou vão para o Além como se diz atualmente. 2. Não há sequer uma base bíblica para fundamentar que por falta do sacrifício perfeito de Cristo, as almas dos santos do Antigo Testamento estariam num lugar chamado Hades antes de irem para o Céu. 3. Na mitologia grega Hades é o deus do mundo subterrâneo (ou Plutão, na mitologia romana), filho de Cronos e Réia, irmão de Zeus, Héstia, Demeter, Hera e Poseidon. 4. Ainda na mitologia grega, Hades dominava o mundo dos mortos (lugar onde só imperava a tristeza e a dor). Hades conseguiu tal domínio através de uma luta contra os titãs, que ele, Zeus e Poseidon venceram. Por isto, Poseidon ficou com o domínio dos mares, Zeus ficou com o céu e a Terra e Hades com o domínio das profundezas. [Ver Descida ao inferno, Inferno, Lago do Fogo] Geena, Herança – [Do Gr. κληρονομoς, Transl.: kleronomos, que tem e retém uma porção por sorte, no caso do Novo Testamento geralmente um herdeiro] São os bens deixados por alguém em um testamento. No caso bíblico, temos no Novo Testamento a descrição da herança deixada em Cristo para todos os que o recebem. Somos co-herdeiros com Cristo Jesus (Romanos 8:17; Efésios 3:6). Hinon, Vale de – [Do Hb. ִֵבן גי-הד הם, Transl.: Geh Ben-Hinom, literalmente "Vale do Filho de Hinom"] É um vale localizado em torno da Cidade Antiga de Jerusalém, fica ao oeste e ao sul da cidade e tem cerca de dois mil metros de comprimento. Esse vale começa na parte ocidental da cidade, estende-se em direção à porta de Jafa. Esse vale virou símbolo do castigo eterno. [Ver Geena] História – [Do Gr. ἱστορία, Transl.: historía, pesquisa, conhecimento advindo da investigação, conhecer por inquirição] É a ciência do homem e suas ações no tempo e no espaço. 1. A história estuda a vida do ser humano ao longo do tempo e do espaço, e para isto, faz análises do passado e dos processos envolvendo os eventos ocorridos no passado. 2. Do ponto de vista da profecia bíblica, na história humana, a perspectiva de tempo é linear e não cíclica conforme pensavam os gregos primitivos. Então, de acordo com a visão judaico-cristã, o tempo linear é uma sucessão de eventos irreversíveis e irrepetíveis. 3. O tempo cíclico dos gregos sugere um eterno retorno dos acontecimentos. Isto indica que a história é marcada pela reedição de acontecimentos passados, não passa de um círculo inexorável, sem saída e sem fim. 4. A história tem como parâmetro o tempo na perspectivas judaico-cristã, começo e fim. É um traço histórico perpétuo com uma série evolutiva de fatos históricos inéditos. Os acontecimentos são progressivos e únicos que se dirigem ao futuro. O tempo linear é dotado de significados com um propósito final, e assim, possuem sentido na medida em que ocorrem em vista de uma finalidade última. Justamente por isto que a profecia do Novo Testamento não pode ser cíclica ou com duplo cumprimento na história. A história humana com seus altos e baixos caminha para a evolução ou restauração de toda as coisas (Atos 3:20-21). Homem – [Do Hb. ֵדם, Transl.: Adam, Gr. ανθρωπος, Transl.: anthropos, uma pessoa pertencente ao sexo masculino, alguém da família humana, uma pessoa, homem ou mulher] É um ser racional criado a imagem e semelhança de Deus e é Sua obra prima. 1. A missão principal do homem é refletir a Glória do Criador. 2. O ser humano é a obra prima do Criador (Gênesis 1:26). 3. O ser humano é composto da parte material (corpo), e da parte espiritual (alma e espírito). 4. O homem tem a supremacia sobre a criação por ter sido criado a imagem de Deus. Por isto, o resgate do ser humano em Cristo, acabará por trazer resgate a toda a criação (Romanos 8:19-23). Homem da Iniquidade – [Do Gr. ἄνθρωπος τῆς ἀνομίας, Transl.: anthrōpos tēs anomias, Lit. homem sem lei] É um título dado pelo apóstolo Paulo a um indivíduo ou um conjunto de indivíduos que apareceriam ainda naqueles dias do primeiro século da era cristã. 1. O ensino sobre o homem da iniquidade surgiu do fato de que os Tessalonicenses estavam muito preocupados que supostamente havia chegado o Dia do Senhor (a destruição de Jerusalém). Por isto, o apóstolo dá dois sinais de que tal Dia não havia chegado, são eles: a apostasia e a revelação do homem da iniquidade. 2. O homem da iniquidade estava vivo e presente nos dias do apóstolo Paulo, pois: a. Paulo usa a palavra “AGORA” duas vezes (2ªTessalonicenses 2:6-7); b. Enquanto se discute hoje em dia sobre a identidade de “quem” supostamente “detém” o homem da iniquidade, Paulo deixa claro que os Tessalonicenses sabiam, e para isto, usa a frase: “E, agora, sabeis o que o detém...”. Isto é uma clara indicação de que o homem da iniquidade é um ser do primeiro século da era cristã e não um suposto anticristo que estaria para surgir ainda em nosso futuro. 3. O homem da iniquidade pode ser uma referência ao imperador romano Nero César que também é a Besta de Apocalipse 13, como vários Pais da Igreja Primitiva acreditavam. 4. A melhor possibilidade sobre quem é o homem da iniquidade é que ele pode também ser entendido no sentido genérico, ou seja, pode ser uma referência a um conjunto de falsos profetas que surgiriam naqueles dias. Isto está de acordo com a ideia que encontramos nas cartas de João que diz que o Anticristo que haveria de vir é uma multidão de anticristos (1ª João 2:18, 22; 4:2-3). Também encontramos o sentido genérico da palavra “homem” em 2ª Timóteo 3:17 referindo-se a todos os cristãos. Hora da provação – [No Gr. ωρας του πειρασμου, Transl.: horas tou peirasmou, Lit. hora da tentação] É a hora do juízo do Dia do Senhor que estava para acontecer naqueles dias da igreja primitiva, no primeiro século da era cristã (Apocalipse 3:10). Embora a Grande Tribulação ficou concentrada em Jerusalém, ela acabou por afetar boa parte do império romano. 1. O Senhor prometeu guardar a igreja de Filadélfia dessa hora de provação (Apocalipse 3:10). 2. Conforme Apocalipse 3:10 a provação viria “sobre o mundo inteiro”, (oikoumene, no grego), isto é, dentro dos limites do Império romano. Caso fosse uma referência ao Planeta Terra, bastaria que João usasse a palavra grega “kosmos”. 3. A promessa de “guardar” a igreja de Filadélfia da provação que viria sobre o império romano envolve guardar na provação, e não simplesmente tirar por arrebatamento como muitos pensam atualmente. 5. Todo falso profeta se coloca no lugar de Deus e se “assenta” no “trono” como se fosse Deus. 4. Qualquer tentativa de escape para tirar a igreja por arrebatamento para que fique livre de alguma tribulação, vai contra o que Jesus disse em João 17.15: “Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal”. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo [Ver Anticristo, Besta] [Ver Dia e Hora, Fim do Mundo, Grande Tribulação] Hora – [Ver Dia e Hora] I Idolatria – [Do Gr. ειδωλολατρεία, Transl.: Eidololatreía] Adoração de ídolos ou imagens. Muita gente que tenta refutar que o Apocalipse teve cumprimento dentro do primeiro século da era cristã, afirma que os homens que adoram os demônios e praticam feitiçarias e outras práticas os quais são descritos em Apocalipse 9:20-21, não poderiam ser os judeus, pois os mesmos, como um povo eleito e conhecedor da Lei de Deus, se orgulhavam de não serem praticantes da idolatria, feitiçaria, prostituição, furtos etc. O problema é que o apóstolo Paulo desmente os tais refutadores em Romanos 2.17-24 ao dizer: “Se, porém, tu, que tens por sobrenome judeu, e repousas na lei, e te glorias em Deus; que conheces a sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído na lei; que estás persuadido de que és guia dos cegos, luz dos que se encontram em trevas, instrutor de ignorantes, mestre de crianças, tendo na lei a forma da sabedoria e da verdade; tu, pois, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas? Dizes que não se deve cometer adultério e o cometes? Abominas os ídolos e lhes roubas os templos? Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei? Pois, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por vossa causa”. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo [Ver Anticristo, Besta] Igreja – [Do Gr. εκκλησία, Transl.: ekklesía, assembléia ou reunião de pessoas] Na Bíblia, a palavra igreja nunca se refere a um edifício ou a uma denominação religiosa. 1. A palavra igreja está ligada a pessoas e não a edifícios. A igreja são as pessoas que foram “chamadas para fora”, para ganhar o mundo para Cristo. 2. Deus nunca mandou ninguém construir um edifício e chamá-lo de igreja. 3. O único edifício-igreja aceito por Deus é a Sua própria casa que é construído com pedras vivas (Efésios 2:20‑22). 4. Locais de reunião são apenas para encontros dos irmãos que se reúnem em Nome do Senhor, não devem ser chamados de “igreja”, e a reunião que usa qualquer outro nome que não seja o Nome do Senhor, deve ser vista como carnalidade (Mateus 18:20; Atos 2:42 1ª Coríntios 3:4). 5. Os locais de culto pode ser feito em qualquer local, seja casa, edifício, ou salão etc. 6. A verdadeira igreja de Cristo é invisível, é seu corpo místico. Ela é manifestada na igreja visível, que é a comunhão dos santos. 7. A igreja é e sempre foi o verdadeiro Israel de Deus (Romanos 2:28-29; 9:616; Gálatas 6:16). 8. Finalmente, no dia da ressurreição e arrebatamento, a igreja será manifestada em Glória (1ª João 3;1-4). [Ver Israel] Ilha de Patmos – É uma pequena ilha rochosa da Grécia e fica a 55 km da costa da Turquia, no mar Egeu. Possui uma área total de 34,6 km² e é uma das ilhas do Dodecaneso. Por ter uma topografia desolada, alguns dizem que a ilha de Patmos era utilizada como prisão pelos romanos (embora outros intérpretes discordem). 1. Foi nessa ilha que João recebeu as revelações do Apocalipse antes do ano 70 d.C. (Apocalipse 1:9). 2. Quando João escreveu em Apocalipse 1:9: “achei-me na ilha chamada Patmos”, não é possível saber se estava lá preso, ou então, se apenas tinha se mudado para a ilha por causa do evangelho, para dar testemunho aos seus moradores e evitar tribulação para poder escrever o livro do Apocalipse. 3. A História Siríaca de João afirma diretamente que João foi exilado sob Nero, e as duas versões siríacas do Apocalipse (600 AD) e seu título dizem que João fora banido por Nero. 4. Segundo alguns, as evidências demonstrariam que é bem possível que João durante sua trajetória no evangelho teve um duplo exílio na ilha de Patmos. 5. Algumas fontes primitivas afirmam que João teria ficado por dezoito meses na ilha de Patmos. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo [Ver Apocalipse] Iminência da Volta de Cristo – É uma doutrina segundo a qual o Senhor Jesus poderá voltar a qualquer momento. Por isto, há uma convicção entre os líderes evangélicos de que estamos vivendo à sombra da segunda vinda de Cristo. 1. A doutrina da iminência é um malentendido radical a respeito do significado dos últimos dias. 2. Essa doutrina tem gerado inúmeras especulações e alardes proféticos no decorrer da história do cristianismo. 3. Todas vez em que o Novo Testamento usa as expressões “em breve” e “as portas”, são referências da vinda de Jesus em julgamento contra Israel que aconteceu no ano 70 d.C. 4. Desde a sua Ascensão, o retorno ou a Segunda Vinda de Cristo nunca foi iminente. 5. Devido ao fato de que o Senhor não virá enquanto não colocar todos os seus inimigos debaixo de seus pés até a restauração de todas as coisas, o retorno corporal e glorioso de Cristo será num futuro distante e impossível de ser conhecido (Atos 3:20-21; 1ª Coríntios 15:24-28). Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo Sem Arrebatamento Secreto – Um guia otimista para o fim do mundo – de Jonathan Welton. [Ver Advento, Apocalipse, Em breve, Segunda Vinda de Cristo] Imortalidade – Condição ou qualidade de imortal. Duração perpétua; a vida eterna. 1. É uma qualidade erroneamente atribuída a alma humana. Embora possa existir fora do corpo após a morte física, o termo imortalidade da alma não deveria ser aplicado a alma, mas ao futuro corpo ressuscitado. 2. A nossa imortalidade é possível por causa da ressurreição de Cristo (1ª Coríntios 15:12-20). 3. A imortalidade dos cristãos será definitivamente conquistada quando da ressurreição dos mortos e o arrebatamento (1ª Coríntios 15:50-58). Ver em Obras de ref.: Sem Arrebatamento Secreto – Um guia otimista para o fim do mundo – de Jonathan Welton. [Ver Advento, Segunda Vinda de Cristo, Vida eterna] Inferno – [Do Hb. Sheol; do Gr. Hades e do Lat. infernus] Esta palavra é de origem latina e significa "local inferior", "as profundezas" ou o "mundo inferior". Da mesma forma que a palavra "Lúcifer" foi em algumas traduções uma interpolação latina no texto hebraico, o termo "inferno" foi a mesma coisa. Assim, o termo "inferno" não existe nas línguas originais da Bíblia. Ao invés de ser usado a palavra "inferno", deveríamos usar os termos bíblicos tais como sheol, hades, geena, tártaro, lago de fogo, segunda morte, perdição etc. 1. É lamentável que o nome correto da doutrina do castigo eterno tem sido trocado pelo nome equivocado da prisão onde o castigo é aplicado. Por causa disto, a ideia ficou mais concentrada no “lugar” de aplicação do castigo do que no verdadeiro castigo. 2. O verdadeiro castigo eterno é a “ausência de Deus”. Isto foi o que Jesus sentiu em sua alma quando estava na cruz ao dizer: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27:46). Desta forma, conforme o livro de Hebreus, Jesus provou a morte por todo o homem, sofrendo as consequências do pecado da humanidade que carregou na cruz. (Hebreus 2:9). 3. Na cruz, Jesus sentiu o inimaginável sofrimento do castigo eterno que é a ausência de Deus. Deus em sua infinidade preenche todo o Universo e além, e o que seria sentir a sua ausência? Nenhum homem jamais sentiu tal ausência de Deus, somente Jesus a provou. Os que irão para o castigo eterno sentirão essa ausência de Deus. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo [Ver Geena, Hades, Tártaro] Interpretação dos Símbolos do Apocalipse – O estilo literário do livro do livro do Apocalipse é altamente simbólico. Nos símbolos do Apocalipse encontramos imagens estranhas e bizarras, eis algumas: a. Um abismo sem fundo (Apocalipse 9.1; 20.1); b. gafanhotos que possuem corpos de cavalos, rostos de homens, dentes dos leões, coroas de ouro, e as caudas semelhantes às dos escorpiões (Apocalipse 9.6); ______________ adorar a besta de sete cabeças (13.1, 11); j. dois anjos possuindo foices e que colhem a terra (14.15-19); k. sangue que flui por 200 quilômetros até a profundidade dos freios dos cavalos (14.20); l. taças cheias da ira de Deus (15.7; 16.1); m. um mar que se torna em sangue como de um morto (16.3); n. espíritos imundos semelhantes a rãs que sai da boca de um dragão (16.13). Símbolos do Apocalipse. ______________ c. cavalos com cabeça de leão que vomitam fogo, fumaça e enxofre (Apocalipse 9.17); d. profetas cuspidores (Apocalipse 11.5); de fogo e. uma mulher grávida com asas de águia, vestida de Sol e com lua sob seus pés (Apocalipse 12.1, 14); f. dragão vermelho de sete cabeças, com dez chifres e sete coroas que arrasta estrelas do céu para a terra (Apocalipse 12.3-4); g. guerra no céu (12.7); h. uma serpente que vomita um rio de água de sua boca (12.15); i. uma besta de dois chifres que fala como um dragão e obriga os homens a 1. Muitos professores de Bíblia não sabem lidar com a questão do cumprimento literal dos símbolos apocalípticos. Algumas pessoas já chegaram a pensar que haverá cumprimento literal dos símbolos, outros pensam que por ser simbólico, não haveria de certa forma nenhum cumprimento da profecia e o Apocalipse seria uma mera alegoria que descreve o sofrimento e a vitória do povo de Deus. 2. Não é difícil entender como se dá o cumprimento e a interpretação dos símbolos do Apocalipse. Eis algumas dicas: a. O símbolo EM SI MESMO não tem cumprimento literal. Portanto, não haverá dragões, nem bestas e nem mulher vestida de sol aparecendo pelo Planeta Terra. b. É o que está por trás ou o que o símbolo esconde é que deve ter cumprimento literal. Por exemplo: a besta que emerge do mar esconde o Império romano que foi um império literal constituído por imperadores e seus súditos. c. Os símbolos do Apocalipse são como a bandeira de uma nação. Veja o exemplo da bandeira do Brasil; ela representa a nação brasileira, mas a bandeira EM SI MESMA não é a nação literal. O que a bandeira esconde por trás de si é uma nação real, com pessoas, matas, praias, montanhas e cidades. Cada cor da bandeira representa um item literal da nação. 3. O critério para a interpretação do Apocalipse resume-se em três: Ira de Deus – [Do Gr. οργη του θεου, Transl.: orge tou theou] É a manifestação plena da repulsa de Deus contra o mal. A ira de Deus é manifestada quando “a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça”. (Romanos 1:18) Ao deter a verdade em injustiça, o homem está se mantendo rebelde contra o Filho de Deus. Ao fazer isto, a ira de Deus permanece eternamente sobre tal pessoa (João 3:36). a. Jesus como Chave hermenêutica. Tudo quanto Jesus falou as claras no Sermão profético em Mateus 24, Marcos 13 e Lucas 21 serve como critério para desvendar o Apocalipse. Isto não quer dizer que as palavras de Jesus darão a intepretação sobre a identidade da besta (só para citar um exemplo), mas seu ensino nos mostra que o tempo do cumprimento do Apocalipse foi dentro daquela geração da igreja primitiva, e por isto, especulações sobre o assunto caem por terra. Ira futura – No Novo Testamento é a ira de Deus que se manifesta em dois momentos da história humana: b. Cerca de dois terço dos 404 versículos do Apocalipse são referências do Antigo Testamento. O exame cuidadoso dessas passagens nos ajuda compreender melhor o Apocalipse. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo c. Por ser uma literatura do primeiro século da era cristã e ser dirigida as sete igrejas da Ásia, devemos nos colocar no lugar daqueles primeiros ouvintes e procurar entender como eles entenderam o Apocalipse dentro de sua cultura. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo [Ver Apocalipse, Preterismo Parcial] a. Na grande tribulação ocorrida no ano 70 d.C. em Jerusalém contra o povo judeu (Lucas 21:22-24; Apocalipse 6:16). b. Depois do Juízo Final quando os maus serão eternamente banidos da face do Senhor e da glória do seu poder (1ª Tessalonicenses 1:10; 2ª Tessalonicenses 1:9; Apocalipse 20:11-15). [Ver Apocalipse, Geena, Preterismo Parcial] Inferno, Israel – [Do Hb. לֵ נְָר י ד, Transl.: Yisra'el] Este substantivo tem vários significados na Bíblia. São eles: a. Os descendentes de Jacó (Êxodo 1:1-7); b. São os israelitas que são considerados o remanescente que alcançam a salvação em Cristo (Romanos 9:27); c. Os crentes em Jesus Cristo são considerados o Israel de Deus porque foram abençoados (Gênesis 12:3). em Abraão d. A igreja é e sempre foi o verdadeiro Israel de Deus (Romanos 2:28-29; Gálatas 6:16). e. A nação de Israel segundo a carne serviu como propósito de Deus para trazer Cristo ao mundo. f. A nação de Israel perdeu sua posição, o Reino lhes foi tirado e dado a igreja (Mateus 21:43). g. No futuro, haverá uma conversão nacional da nação de Israel, que provavelmente ficarão enciumados de verem as nações de todo o mundo se convertendo (Romanos 11:25-26). Ver em Obras de ref.: Sem Arrebatamento Secreto – Um guia otimista para o fim do mundo – de Jonathan Welton. [Ver Igreja, Conversão dos judeus] J Jerusalém, Nova – [Do Gr. ιερουσαλημ καινην, Transl. ierousalém kainén] No simbolismo do Apocalipse não se trata apenas de uma cidade física, mas de todo o corpo da igreja, das pessoas que estão em Cristo de todas as eras. 1. João a viu descer do céu porque sua origem é celestial (Apocalipse 21.2). 2. É a capital do Israel espiritual, a igreja. 3. É chamada de “Nova Jerusalém” porque a antiga Jerusalém terrena que havia se prostituído e adulterado, já não é mais a esposa de Jeová. O Apocalipse é uma carta de divórcio da parte de Deus contra a antiga Jerusalém. 4. Os patriarcas, profetas e santos do Antigo Testamento ansiavam pela Nova Jerusalém, cujo arquiteto e construtor é o próprio Deus (Filipenses 3:20; Hebreus 11:10, 13; Gálatas 4:26). 5. A Nova Jerusalém é a verdadeira realização de várias profecias do Antigo Testamento, que originalmente tinha sido fundamentadas Jerusalém física. na 6. O comprimento, a largura e a altura da Nova Jerusalém descrito em Apocalipse 22 é um simbolismo da grandiosidade do Reino de Deus. 7. Os capítulos 21 e 22 do Apocalipse (este último até o versículo 9), descrevem a Nova Jerusalém e ao mesmo tempo simbolizam a era atual da igreja. A Nova Jerusalém já está no mundo e caminha para o ápice da restauração de todas as coisas. Portanto, podemos entender a nova Jerusalém como a igreja já abençoada aqui na terra. 8. Enquanto muitos querem entender que a Nova Jerusalém seja uma cidade física e separada da igreja de Cristo, isto gera um problema maior, pois uma vez que a Cidade Celestial é chamada de Esposa do Cordeiro, logo, isto por si só, comprova o fato de que a igreja de Cristo é sem sombra de dúvida, a Jerusalém Celeste. Cristo possui uma única esposa que é a Sua Igreja. Se assim não fosse, Cristo praticando a bigamia. estaria Ver em Obras de ref.: Sem Arrebatamento Secreto – Um guia otimista para o fim do mundo – de Jonathan Welton. [Ver Apocalipse, Meretriz] Igreja, Grande Jesus Cristo – [Do Hb. יעוש, Transl.: Ieshua, Jeová salva; do Hb. מחיש, Transl.: Massiah, Cristo, Ungido, no Gr. Iησου χριστου, Transl.: Iesous Christou] É o título e Nome oficial do Filho de Deus. Essa nomenclatura significa “Verdadeiro Homem” e “Verdadeiro Deus”. 1. O Senhor Jesus Cristo é o tema central de toda a Bíblia, e não poderia ser diferente em relação a escatologia. 2. Jesus é Chave hermenêutica para se interpretar toda a Bíblia. Suas palavras e atos servem de critério para interpretar a Bíblia, a vida e tudo o mais neste mundo. O Senhor como Chave interpretativa é infinitamente superior a exegese e hermenêutica da teologia sistemática. 3. A escatologia deve obrigatoriamente ser interpretada a luz das palavras de Cristo descritas nos quatro evangelhos. 4. Toda interpretação escatológica que substitui Cristo é especulativa e inválida. 5. Todo o futuro e as últimas coisas encontram sua interpretação exclusivamente em Cristo. Ver em Obras de ref.: JESUS – A Chave Hermenêutica das Escrituras – de Eric Brito Cunha. [Ver Apocalipse, Interpretação dos Símbolos do Apocalipse] Judeu – [Do Hb. ידד י רהי, Transl.: yeudi] Originalmente, o judeu era identificado como sendo alguém da tribo de Judá. A partir do exílio da babilônia, o termo passou a designar os descendentes de Abraão de uma forma geral. 1. Atualmente, ser judeu não significa que uma pessoa nasceu em Israel, mas é quem simplesmente professa a religião judaica. 2. Segundo o ensino do Novo Testamento, o judeu de fato e circuncidado de verdade “é claro que não é aquele que é judeu somente por fora e circuncidado só no corpo. Pelo contrário, o verdadeiro judeu é aquele que é judeu por dentro, aquele que tem o coração circuncidado; e isso é uma coisa que o Espírito de Deus faz e que a lei escrita não pode fazer. E o louvor que essa pessoa recebe não vem de seres humanos, mas vem de Deus”. (Romanos 2:28-29) 3. No futuro, haverá uma conversão nacional da nação de Israel, que provavelmente ficarão enciumados de verem as nações de todo o mundo se convertendo (Romanos 11:25-26). [Ver Conversão dos judeus, Futuro de Israel, Israel] Juízo Final – É o último juízo de Deus, universal que abrangerá todas as pessoas de todas as épocas. Acontecerá na consumação de todas as coisas, no último dia da era do pecado e da morte, isto é, no dia da Segunda Vinda de Cristo. Esse juízo é também conhecido como o juízo do Grande Trono Branco 1ª Coríntios 15:24; Apocalipse 20:10-11). 1. Sobre quem será o Juiz. Deus o Pai, é o Supremo Juiz, mas Ele confiou ao Filho toda a autoridade para julgar (João 5;22, 27; Atos 10:42; 17:31; 2ª Timóteo 4:). A Sua igreja glorificada e ressuscitada estará lá também para participar desse Coríntios 6:2-3). julgamento (1ª 2. Sobre quem serão os julgados. a. Todas as pessoas de todas as épocas que já viveram neste mundo (João 5:29; Atos 24:15; Daniel 12:2). b. Os anjos caídos também estarão lá para receberem sua sentença (Judas 6; 2ª Pedro 2:4). c. Os crentes também prestarão contas de suas vidas, mas neste caso, eles serão julgados com a garantia da justiça do Cordeiro que os protegerá da ira de Deus. Será um julgamento diferente dos perdidos e será baseado nas obras boas ou más que os crentes fizeram no Corpo de Cristo (Mateus 16:27, Romanos 2:6-10; 14:10, 12; 1ª Coríntios 3:12-15; 2ª Coríntios 5:10; 1ª Pedro 1:17; Apocalipse 1:5). 3. A base judicial. A base para o julgamento são as obras escritas nos livros que serão abertos (Apocalipse 20:11). Todas as obras dos perdidos serão publicamente expostas, pois "nada está oculto, senão para ser revelado; nem nada tem sido secreto, mas deve vir à luz" (Marcos 4:22; Romanos 2:16; 1ª Coríntios 4:5). a. Em resumo, esse juízo será a representação de que tudo o que os homens têm feito é gravado, e será exibido no julgamento final, e constituirá a base do juízo final. b. O ponto principal desse julgamento não é a "salvação pelas obras", mas o ponto é, em vez disso, “a condenação por obras". 4. A sentença. Por fim, não ser achado inscrito no Livro da Vida é a sentença final para que os perdidos sejam lançados no Lago de fogo e enxofre, sendo esta a segunda morte ou a eterna separação entre Deus e suas criaturas. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo [Ver Apocalipse, Geena, Inferno] Julgamento das Nações – É o grande julgamento descrito em Mateus 25:3146. 1. Esse julgamento começou no primeiro século da era cristã quando Cristo foi entronizado como Rei em sua Ascenção aos céus (Mateus 16:27-28; 25:31). 2. É um julgamento progressivo que acontece no decorrer da história até a Segunda vinda de Cristo (Isaías 2.4-5). Desde então, a humanidade tem sido separada entre cabritos e ovelhas. Assim, em seu reinado, Cristo julga entre os povos e corrige muitas nações, até que que chegue o dia em que elas “converterão as suas espadas em relhas de arados e suas lanças, em podadeiras; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra". 3. O ápice desse julgamento é quando Cristo entrega o reino ao Deus e Pai e estabelece o Juízo Final (1ª Coríntios 15.24-25). Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo [Ver Juízo final, Reino] Julgamento de Satanás – É o processo judicial pelo qual Satanás foi submetido ainda no tempo em que Cristo estava na terra (João 16:11). Portanto, Satanás já está julgado e falta apenas o seu julgamento escatológico em que será lançado no lago de fogo e enxofre (Apocalipse 20:7-10). [Ver Diabo, Satanás] Julgamento da Besta e do Falso Profeta – É o processo judicial e Divino contra Roma (Besta) e contra o falso profeta (Israel) ocorridos em Apocalipse 19:20. 1. Apocalipse 19:20 é usado por muita gente para desmentir o Preterismo, pois o mesmo fala da Besta e do falso profeta sendo jogados vivos no lago de fogo que arde com enxofre (que só será inaugurado depois do Juízo final). Então, uma vez que o Preterismo ensina que a besta e o falso profeta são personagens do primeiro século da era cristã, logo, pela cronologia eles não poderiam ter sido jogados no lago de fogo nos tempos da igreja primitiva. A grande questão de Apocalipse 19:20 resume-se em três: a. Ao dizer que a besta e o falso profeta foram jogados vivos no lago de fogo, possivelmente João esteja fazendo uma alusão a Números 16:30-33 que fala sobre Datã e Abirão que foram engolidos pela terra e vivos desceram à sepultura. Sendo assim, João apenas estava fazendo uso de um exemplo do Antigo Testamento para mostrar que a condenação da Besta e do Falso profeta serão certeiras. b. No livro do Apocalipse é próprio do estilo de João antecipar visões ou acontecimentos que só acontecerão nos próximos capítulos. Por exemplo, veja a referência antecipada aos sete Espíritos diante do trono de Deus em Apocalipse 1, mas a visão só acontece em Apocalipse 4.5. Outro exemplo é que a descida da Nova Jerusalém só acontece em Apocalipse 21, mas em Apocalipse 20:9 é dito que a “cidade amada” já estava na terra junto ao acampamento dos santos. c. Ser jogado vivo no lago de fogo é uma antecipação da situação dos condenados na eternidade. Eles ressuscitarão no fim e serão lançados em corpo e alma conforme Mateus 10.28: “E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; pelo contrário, temei aquele que pode destruir no inferno tanto a alma como o corpo”. d. Ser “lançado vivo” na perdição é também uma prova de que os perdidos estarão conscientes de seus sofrimentos, e não é aniquilação como alguns ensinam atualmente. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo [Ver Juízo final, Julgamento das Nações, Julgamento de Satanás] Julgamento dos santos – O julgamento dos santos no Juízo Final em que eles prestarão contas de suas vidas diante do Juiz é apenas para processo galardoatório e não para questionar a salvação dos mesmos. 1. Aquele julgamento será realizado no “tribunal de Cristo” e será a prestação de contas do bem ou mal que os crentes fizeram por meio do corpo (2ª Coríntios 5:10). 2. Em 1ª Coríntios 3:10-15 o apóstolo Paulo dá uma antevisão de como será aquele julgamento: “Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor; e outro edifica sobre ele. Porém cada um veja como edifica. Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo. Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará. Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo”. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo [Ver Juízo final, Julgamento das Nações, Julgamento de Satanás] Julgamento eterno – É o mesmo que Juízo Final. É a penalidade que será imposta a todos quantos rejeitaram a salvação em Cristo. Tais pessoas sofrerão a mesma condenação que o diabo e seus anjos (Mateus 25:41). O julgamento eterno acontece na sequência da morte física, sem intervalo, sem estado intermediário, pois tudo indica que após a morte a pessoa imediatamente é transportada diretamente ao Tribunal de Cristo, e à Sua presença imediata no último dia segundo a carta de Hebreus 9:27 que diz que “aos homens está ordenado morrer uma só vez, vindo depois disso o juízo”. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo [Ver Estado Intermediário, Juízo final, Julgamento das Nações, Julgamento de Satanás, Seio de Abraão, Sono da morte] K Kairós – [Do Gr. , Transl. kairós] Proporção correta, justa medida [Em sentido próprio e literal, não figurado]. No Novo Testamento é referente a tempo ou época.* 1. Uma medida justa de tempo, tempo próprio, ocasião adequada. Em Atos 24:25, oportunidade, ocasião. * καιρος, Transl.: peplerotai ho kairós], e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho”. Refere-se a um tempo especial, diferente dos outros. É o tempo de espera já cumprido, ainda no 1º Sec. d.C., o tempo ou momento propício para que ele entre na história humana e estabeleça o seu reino. 2. Um tempo determinado, tempo estabelecido, época certa, ou seja, um tempo (ou ocasião) fixo e definido; assim em Mateus 13:30.* Ver em Obras de ref.: * Léxico do Grego do Novo Testamento, de Edward Robinson, pág. 462. 3. Em Marcos 1:15 Jesus disse: “O tempo está cumprido [πεπληρωται ο [Ver Estado eterno, Tempo] L Ladrão de noite – [Do Gr. κλεπτης εν νυκτι, Transl. kléptes en nuktí] É uma descrição do caráter repentino da vinda do Senhor em julgamento. 1. Embora seja descrito de maneira simbólica, em que João usa elementos como fogo e enxofre na descrição, o lago de fogo não é ficção, é real. 1. Seja no dia da vinda em julgamento contra Jerusalém no ano 70 d.C., ou no dia da ressurreição final, a vinda do Senhor sempre será quando ninguém imaginar. 3. O uso forte das linguagens de “fogo” e “enxofre” são usados para descrever o terrível castigo da separação entre Deus e suas criaturas. 2. No caso de 1ª Tessalonicenses 5:2 onde é feita referência que o dia do Senhor será como uma “ladrão de noite”, é acrescentado que os que estão em Cristo não estão em trevas e aquele dia não os surpreenderá como um ladrão (1ª Tessalonicenses 5:1-10). Ver em Obras de ref.: Sem Arrebatamento Secreto – Um guia otimista para o fim do mundo - de Jonathan Welton [Ver Advento, Arrebatamento, Juízo final, Segunda Vinda de Cristo] Lago de fogo – É o lugar do destino final e tormento eterno dos rebeldes. O termo aparece seis vezes nas Escrituras Sagradas. 4. O lago de fogo é o chamado “fogo eterno” ou “segunda morte”, da qual não há ressurreição, ou seja, não será possível sair de lá. É a separação total e definitiva entre o Criador e as suas criaturas. 5. Em Apocalipse 20:10 diz que os que são lançados no lago de fogo “serão atormentados para todo o sempre”. A palavra grega “atormentados” é βασανισθησονται (Transl.: basanisthesontai) que indica claramente que os tormentos serão conscientes. [Ver Geena, Hades, Inferno] Lamentação (ou pranto) e ranger de dentes – [Do Gr. κλαυθμος και ο βρυγμος των οδοντων. Transl.: klauthmós kai ho brugmós ton odónton] É a reação que terão aqueles que forem lançados no lago de fogo após o Juízo final. Lembrando que os ímpios também serão ressuscitados, torna-se obvio, então, o “ranger de dentes” que é a consequência por remoer-se de ódio contra Deus mesmo estando em sofrimentos indescritíveis. Lâmpada – [Do Gr. λυχνος, Transl.: lúxnos] É o título que o Senhor Jesus recebe em relação a Nova Jerusalém. Como ser que ilumina, o Senhor tem três estágios: a. Em seu juízo Ele é o Sol da justiça (Malaquias 4:1-5); b. Para convencer o homem de seu pecado Ele é a Luz do mundo (João 8:12); c. Ele é a lâmpada da cidade santa (Apocalipse 21:23). Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo Laodicéia, Igreja de – [Do Gr. της εκκλησιας λαοδικεων, Transl.: da igreja Laodicéia] É a última igreja na sequência da sete igrejas da Ásia no livro do Apocalipse (Apocalipse 3:14). 1. A cidade de Laodicéia era do sudoeste da Frígia, na província romana da Ásia, no Ocidente do que é hoje a Turquia asiática.* 2. Foi fundada pelo selêucida Antíoco II, no século 3 a.C., que a chamou de Laodicéia em homenagem a sua esposa Laódice.* 3. O vale de Lico, na Ásia Menor, tinha três cidades principais: Colossos, conhecida por suas fontes de água fria, Hierápolis, conhecida por suas fontes de águas termais, e Laodicéia, conhecida por sua igreja morna, que causou enjôo no seu Senhor, Jesus Cristo.* 4. A igreja em Laodicéia é citada no Apocalipse (aqui e em 1:11) e na carta de Paulo aos colossenses (4:13-16). As cidades de Laodicéia, Colossos e Hierápolis (veja Colossenses 4:13) ficavam no vale do rio Lico.* 5. Laodicéia situava-se no local da cidade moderna de Denizli, Turquia, no cruzamento de estradas principais da Ásia Menor. Antigamente, a água da cidade vinha via aquedutos das fontes termais ao sul da cidade. Até chegar em Laodicéia, a água ficava morna. A qualidade dela não era boa, e a cidade ganhou a reputação de ter água não potável. Ao engolir esta água, muitas pessoas vomitavam. 6. Semelhantemente, Jesus sentiu vontade de vomitar de sua boca a igreja de Laodicéia (3:15-16).* Ver em obras de Ref.: * Comentário Preterista sobre o Apocalipse, de César Francisco Raymundo, pg. 123. [Ver Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia] Lar eterno – É a eterna e final morada de todos os filhos de Deus de todas as eras. 1. É a casa do Pai onde há muitas moradas (João 14:2). 2. Essa morada será a Nova Jerusalém (Apocalipse 22:5). 3. É também o “terceiro céu” ou “paraíso” restaurado na terra (2ª Coríntios ...). 4. É a terra que os justos herdarão, a Canaã celestial (Salmo 37... ). 5. Muitos discutem se essa morada será na terra ou num Céu espiritual. Todavia, o Céu será aqui mesmo na terra, é o paraíso restaurado. É claro, teremos um corpo glorificado como o de Jesus na Sua ressurreição, e por isto, não teremos limitações apenas dentro deste Planeta, mas provavelmente teremos acesso a toda a criação de Deus, seja universos paralelos ou o que quer que há fora daqui, será usufruído por todos os salvos em Cristo. Ver em Obras de ref.: O Padrão Éden, de Jair de Almeida A Escatologia pode ser Verde? do Rev. Dr. Ernest C. Lucas. [Ver Céu Terceiro] Literalismo – [Do Lat. Literatus] Diz ser a interpretação da Bíblia que leva em conta o que realmente está escrito, sem quaisquer pretextos baseados em alegorias. É a abordagem do texto em seu sentido literal e explícito da Bíblia. 1. O literalismo é considerado por muitos como um teste de ortodoxia, pois seria a única hermenêutica pela qual alguém pode interpretar e entender corretamente a Bíblia. 2. Os pré-milenistas e os dispensacionalistas ao rejeitarem outras visões escatológicas dizem que elas tendem à “espiritualização” e à “alegorização”. Desta forma, eles reivindicam que são literalistas consistentes sustentando que o seu método de interpretação é um método superior aos demais métodos. 3. A interpretação literal advogada pelos pré-milenistas e dispensacionalistas não é pura em si mesma, pois tem que levar em consideração que na Bíblia existem parábolas e textos simbólicos como o do livro do Apocalipse. 4. Os dispensacionalistas acabam não permitindo que a Escritura interprete a Escritura, pois a Palavra de Deus é coada por meio de um filtro literalista sobre a suposição teológica de que Deus evitou completamente a linguagem profética figurada. 5. Deus não evitou a linguagem profética figurada, pois o Novo Testamento está cheio de exemplos que mostram pessoas errando em não reconhecer o uso de linguagem figurada de Jesus. Eis alguns exemplos: a. Quando Jesus falou em destruir o templo (seu corpo) em João 2:21, os judeus erroneamente entenderam que Ele queria destruir o templo físico e, por isto, exigiram sua morte sobre a base dessa interpretação literal equivocada (Mateus 26:61). b. Ao ouvir Jesus falar sobre a necessidade do ser humano “nascer de novo”, imediatamente Nicodemos pensou em se tratar de um nascimento físico ao perguntar: “tornar a entrar no ventre de sua mãe” (João 3:4). c. Ao falar sobre “uma fonte de água que salte para a vida eterna”, a mulher samaritana erroneamente desejou um gole literal dessa água (João 4:10-15). d. Numa determinada ocasião, o Senhor Jesus advertiu aos discípulos para que se guardassem “do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes” (Marcos 8:14). Os discípulos imediatamente pensaram que era porque eles haviam se esquecido de levar pães com eles. Todavia, teve que Jesus lhes explicar que era para que “se acautelassem do fermento de pães, mas da doutrina dos fariseus e dos saduceus” (Mateus 16:12). 6. Resumindo: todos os exemplos do Novo Testamento são suficientes para demonstrar que uma interpretação cem por cento literal pode conclusões equivocadas. levar a Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo [Ver Interpretação dos Símbolos do Apocalipse] Livro da vida – [Do Gr. βιβλου της ζωης, Transl.: bíblou tes zoe] É um símbolo do registro de Deus que contém os nomes dos salvos em Cristo. 1. Os nomes dos salvos estão escritos no Livro da vida do Cordeiro desde a fundação do mundo (Apocalipse 13:8; 17:8). 2. Quem não for achado no Livro da Vida não será salvo (Daniel 12:1; Apocalipse 20:15). 3. Uma vez inscrito não é possível ter o nome riscado do Livro da Vida (Apocalipse 3:5). A salvação não se perde! 4. O livro que Moisés faz referência para ser riscado dele é o livro dos vivos, é o equivalente a ter o nome riscado de debaixo dos céus, ou ser morto fisicamente falando (Êxodo 32:32-33; Deuteronômio 9:14 Salmo 69:28). [Ver Livros] Livros – [Do Gr. βιβλια, Transl.: Bíblia] Além do Livro da Vida, há outros livros descritos na profecia bíblica. 1. O livro selado e escrito por dentro e por fora (Apocalipse 5). É o livro que fala sobre a sentença oficial do divórcio de Deus contra Israel. Por causa de seu adultério, a nação israelita deixa de ser a esposa de Deus, e por isto, deveria morrer como diz a Lei. A ideia de um livro dobrado originouse com os sacerdotes que queriam se divorciar de suas esposas. O fato de que ele foi usado em casos de divórcio é muito interessante e uma curiosidade histórica que ajuda lançar luz na interpretação de Apocalipse 5. 2. O livrinho na mão do anjo (Apocalipse 10:8-9; Ezequiel 2.9-10). A ideia de comer o livrinho que iria ser doce como mel e amargo ao estômago refere-se aos pecados de Israel. O conceito descrito nesse livrinho é muito encontrado no Antigo Testamento (Jó 20:12-14; Provérbios 9.17-18). O profeta Ezequiel teve semelhante experiência de João (Ezequiel 2.9; 3.3). 3. Livros (Apocalipse 20:12). É o livro onde estão escritos todos os atos humanos desde o início do mundo até o dia do Juízo final. M Mal – [Do Lat. Male] O que é contrário ao bem. 1. A existência do mal tem gerado muitas polêmicas no decorrer dos séculos. Teólogos, religiosos e filósofos têm procurado uma explicação do porquê da existência do mal uma vez que há um Deus de amor. 2. O Senhor Jesus Cristo não deu explicações do porquê da permissão da existência do mal, mas apenas afirmou sua existência e de onde o mesmo se origina. O mal se origina do coração humano (Marcos 7:14-23). 3. O mal não é eterno. Teve uma origem em Satanás (Ezequiel 28:15). A partir da rebelião de Satanás um abismo chamou a outro abismo até a queda de Adão e Eva. 4. Na consumação de todas as coisas, o diabo, seus anjos e todos os seres humanos que são rebeldes e são a fonte do mal, serão lançados fora e, então, haverá harmonia novamente no Universo (Apocalipse 20:7-15). [Ver Bem] Maligno – [Do Lat. Malignos] É o título pelo qual Satanás é conhecido por ser a origem dos males. 1. O maligno não pode tocar nos filhos de Deus (1ª João 5:18). 2. O mundo inteiro jaz no maligno (1ª João 5:19). Esta é uma referência as pessoas não regeneradas que ainda não entraram no Reino de Deus através do novo nascimento (1ª João 3.8-9; João 3). Isto não significa que Cristo não esteja reinando atualmente, pelo contrário, a conquista de todos os seus inimigos é progressiva até que tudo esteja subordinado ao seu senhorio conforme (1ª Coríntios15.2426). [Ver Diabo, Mal, Satanás] Maniqueísmo – É uma filosofia, religião sincretista gnóstica, fundada pelo filósofo persa Maniou Maniqueu (ou simplesmente Mani) que viveu entre 216 a 277 d.C. Segundo essa filosofia, o Universo é uma criação de dois princípios igualmente eternos que se combatem: o bem e o mal. No maniqueísmo se ensinava que o ascetismo era o único meio de salvação. Maná escondido – [Do Gr. μαννα κεκρυμμενου, Transl.: maná oculto, escondido] A promessa de dar do maná escondido foi feita originalmente por Jesus a igreja de Pérgamo (Apocalipse 2:17). 1. O maná originalmente era o alimento fornecido por Deus ao povo de Israel, quando este se encontrava em peregrinação no deserto em direção a Terra Prometida. 2. Segundo o livro de Hebreus, um exemplar do maná foi posto dentro da arca da aliança (Hebreus 9.4). Uma vez colocado dentro da arca da aliança, ninguém, além do sacerdote, poderia abordá-lo, pois somente uma vez por ano ele entrava no santo dos santos para fazer expiação pelos pecados. Apesar de ter acesso ao maná, o sacerdote nem mesmo poderia provar do maná escondido na arca. 3. Agora, nos tempos da nova aliança, todos os cristãos foram feitos “reis e sacerdotes para Deus”, e todos têm acesso ao santos dos santos que fica além do véu para poderem participar do maná escondido ali depositado. O maná escondido é o próprio Cristo, o pão vivo que desceu do céu (João 6.32). 4. A antiga nação de Israel recebeu o maná como alimento diário durante sua peregrinação no deserto. O Israel espiritual, que é a igreja, recebe durante a peregrinação nesta Terra o maná diário que é Cristo, e por fim, a vida eterna na Canaã Celestial. Maranata – É uma expressão da língua aramaica que literalmente significa: “Vem, Senhor nosso”. Esta expressão foi primeiramente aplicada pelo apóstolo Paulo em 1ª Coríntios 16:22. 1. A mesma expressão aparece novamente no desfecho do livro do Apocalipse e é utilizada como um pedido, desejando a vinda do Senhor. 2. Baseado no ensinamento preterista parcial, deduz-se que essa expressão, no primeiro século da era cristã, poderia ser utilizada tanto para a vinda de Cristo em julgamento contra Jerusalém, como para a Segunda Vinda de Cristo no fim da história. Marca da besta – Foi o sinal em que eram identificados os seguidores do imperador romano, no caso Nero César que foi a besta do Apocalipse. 1. A marca da besta é uma paródia blasfema da proteção ou selo dos fiéis descrita em Apocalipse 7:1-3. 2. A principal fonte de trocas e compras nas culturas romanas antigas, era o mercado público. Para poder entrar no mercado público para comprar ou vender, as pessoas tinham que passar pelo portão principal onde era requerido de todos que entrassem por esse portão, e homenageassem o ídolo do Imperador. Uma vez que a homenagem fosse feita, cinzas eram passadas nas mãos ou na testa das pessoas e elas podiam entrar pelo portão para comprar e vender. Isso era ter a marca (Apocalipse 13:17). 3. Os paralelos entre a “marca da besta” e o esquema de compras no mercado público romano são incríveis e isto confirma a verdade que a besta eram Nero e o Império Romano. 4. Todo o exercício atual para tentar identificar a besta através de cálculos matemáticos são inúteis, e além de desonrar personalidades famosas, também não respeita o contexto histórico e cultural em que foi escrito o Apocalipse. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo [Ver Apocalipse, Nero César, Número da besta] Marcação da data da volta de Cristo – Embora Cristo tenha sido claro sobre a questão da marcação de datas ao ponto dos anjos do céu e dEle próprio não saber (enquanto homem), não foram poucos os que em Seu nome marcaram datas (Mateus 24:36; Atos 1:7-8). Desde o começo do cristianismo há mais ou menos umas 242 datas do fim do mundo e da volta de Cristo. Mártir – [Do Gr. μάρτυς, Transl.: martys, "testemunha"] No início da igreja primitiva, essa palavra designava todas aquelas pessoas que davam testemunho de sua fé em Cristo (Atos 1:8). Com o passar do tempo, devido as perseguições romanas, o termo mártir passou a identificar aqueles que morriam por não negar a sua fé em Cristo. Matéria – [Do Lat. matéria, o que é dotado de massa, peso e inércia] Matéria é tudo que ocupa espaço e possui massa invariante ou de repouso. É um termo geral para a substância na qual todos os objetos físicos consistem. 1. A matéria segundo algumas seitas filosóficas gregas, representa o mal. 2. Boa parte do pensamento cristão ocidental foi comprometido pelo conceito não-bíblico da filosofia grega: a separação entre corpo e alma e material e espiritual. 3. O cristão deve entender que a matéria, ou o mundo material, em si mesmo, não é mau. 4. É falsa a ideia que diz que o “espiritual” seja necessariamente o oposto de “físico”, pois este não é o ensinamento bíblico. O apóstolo Paulo dá como referência que os israelitas no deserto comeram e beberam uma comida e bebida espirituais (1ª Coríntios 10:1-4). Em Êxodo 16:4-5; 17:5-6 em que o pão literalmente caia do céu, era tocado e colhido com as mãos e, por fim, era mastigado e engolido. De forma semelhante, a água literalmente saiu da rocha para ser literalmente bebida pelos hebreus. Isso deixa claro que a comida e a bebida “espirituais” (segundo Paulo) eram comida e bebida físicas, ainda que tivessem uma origem sobrenatural. Isso é um claro exemplo bíblico de que o “espiritual” não é necessariamente oposto de “físico”. 5. Se a matéria fosse má e digna de desprezo em relação ao espiritual, o Senhor Jesus não teria feito a maior revolução espiritual de todos os tempos em um corpo físico (João 20:27). 6. Não devemos ter desprezo pelas coisas materiais, pois as mesmas foram feitas para serem celebradas e valorizadas. Não foram almas desencarnadas que foram ‘feitas de um modo assombroso e tão maravilhoso’; foram nossos corpos físicos (Salmo 139:14) diz Dave Bookles. Deus fez pessoas inteiras, não almas, como coloca Tom Wright. Jesus não nos disse para contemplar questões filosóficas. Ele nos encorajou a estudar os pássaros e as flores para entender o Reino de Deus (Mateus 6:25-34). 7. Por fim, na consumação de todas as coisas, a matéria e o sobrenatural estarão plenamente unidos para todo o sempre. Sendo assim, o ser humano após a ressurreição, continuará tendo um corpo material para sempre, por toda a eternidade. Ver em Obras de ref.: A Escatologia pode ser Verde? do Rev. Dr. Ernest C. Lucas. 4. Em Mateus 24 são apresentados oito sinais da vinda de Cristo em julgamento. [Ver Materialismo] 5. Todos os elementos descritos no capítulo 24 de Mateus mostram um cenário judaico do primeiro século da era cristã, e não um cenário futurista milhares de anos à frente dos primitivos cristãos. Materialismo – É uma doutrina que diz que a matéria é a realidade última do Universo, com a capacidade de explicação para todos os fenômenos naturais, sociais e mentais. 1. O materialismo nega a existência do espiritual e é antagônico a escatologia bíblica, pois nega que haverá uma intervenção sobrenatural neste mundo físico. 2. Na escatologia aprendemos que o mundo material e o corpo físico dos homens continuará existindo para todo o sempre sendo unido ao sobrenatural. Ver em Obras de ref.: A Escatologia pode ser Verde? do Rev. Dr. Ernest C. Lucas. [Ver Matéria] Mateus 24 – É o capítulo conhecido como o Sermão profético-escatológico de Cristo. Os textos paralelos são Marcos 13 e Lucas 21. 1. Embora seja usado atualmente para descrever a Segunda Vinda de Cristo e o fim do mundo, o assunto de Mateus 24 em seus 51 versículos refere-se ao fim da era judaica, a destruição do templo e da cidade de Jerusalém (que é a vinda de Cristo em julgamento contra aquela geração que o rejeitou). 2. Esse sermão profético foi pronunciado devido a curiosidade dos discípulos quando Jesus disse que não sobraria pedra sobre pedra que não fosse derrubada do templo em Jerusalém (Mateus 24:1-2). 3. Mateus 24 Jesus responde as três perguntas dos discípulos (Mateus 24:3). 6. Mateus 24 mostra claramente que a Grande Tribulação ocorreu dentro dos limites de Jerusalém e era possível fugir da mesma. 7. Em Mateus 24 não há uma palavra sobre arrebatamento, ressurreição dos mortos e Juízo final. Todo o discurso ali descrito é referente aos assuntos do primeiro século da era cristã. 8. Qualquer referência ao arrebatamento, ressurreição, Juízo final devem ser procurados em outros contextos da Escritura. Ver em Obras de ref.: Mateus 24 e a Vinda de Cristo de César Francisco Raymundo. [Ver Advento, Apocalipse, fim do mundo, Ressurreição, Segunda Vinda de Cristo] Meio-tribulacionismo – É a doutrina que diz que a igreja de Cristo passará os primeiros três anos e meio de tribulação ainda na Terra. 1. Tal ensinamento é ridiculamente desprovido de base bíblica, mesmo porque a Grande Tribulação já ocorreu nos dias da igreja primitiva (Mateus 24:34). 2. O que resta para igreja atual é trabalhar em favor do Reino de Deus até que todas as nações venham se converter a Cristo, quando após um grande período de bênçãos no mundo inteiro, num único evento-dia Cristo virá novamente, sem tribulações, anticristo e sem avisos. sem de estudo é a essência de tudo quanto existe. Ver em Obras de ref.: Mateus 24 e a Vinda de Cristo de César Francisco Raymundo. 2. O estudo da escatologia é metafísico, pois dedica-se ao estudo de coisas além do mundo físico. Sem Arrebatamento Jonathan Welton. 3. A escatologia não é uma hipótese ou uma especulação filosófica. Ela trata das realidades espirituais como já existentes. Secreto de [Ver Advento, Arrebatamento, Grande tribulação] Mentira – Afirmação contrária verdade, engano propositado. à 1. Muitas mentiras têm sido produzidas no campo da escatologia. Muitas delas com o intuito de esvaziar a esperança da bendita redenção ou causar pessimismo. 2. Entre essas mentiras encontra-se o Preterismo Completo, o Dispensacionalismo, o Amilenismo e o Pré-milenismo histórico. Messias – [Do Hb. חישמ, Transl.: Massiah, do Gr. Χριστός, Transl.: Christós, "O Ungido"] É o termo dado ao Senhor Jesus Cristo. 1. Sendo o Messias prometido desde os primórdios dos tempos, Cristo cumpriu três ofícios do Antigo Testamento: profeta, sacerdote e rei. 2. Como Rei dos reis e Senhor dos senhores, Ele já implantou seu reino ainda no primeiro século da era cristã. 3. O ministério de nosso Senhor Jesus Cristo é tanto histórico como escatológico. Metafisica – [Do Gr. μετα, Transl.: metà = depois de, além de; e Φυσις Transl.: physis = natureza ou física] É uma das disciplinas fundamentais da filosofia e foi introduzida por Aristóteles. 1. Seu objetivo é a investigação da realidade última das coisas, esse ramo [Ver Escatologia] Metáfora – [Do Gr. μεταφορά, transferência, transporte para outro lugar] Neste tipo de figura de linguagem, comparações sempre são feitas. É muito importante ter cuidados especiais com as metáforas no estudo da escatologia. [Ver Escatologia] Milagre – [Do Lat. miraculum, do verbo mirare, "maravilhar-se"] É um acontecimento que causa profunda admiração e espanto. O milagre parece ser a suspensão temporária das leis da natureza dando lugar a ação sobrenatural de Deus, ou pode ser o sobrenatural trabalhando em conjunto com as próprias leis naturais. Mil anos, como um dia – [Do Gr. χιλια ετη ως ημερα μια, Transl.: xília ete os heméra mía] É uma expressão usada por Pedro e retirada do Salmo 90:4 para mostrar que ainda que pareça demorado, as promessas de Deus serão todas cumpridas não importa o tempo que demore (2ª Pedro 3:8). O lapso de tempo não invalida as promessas de Deus. 1. Essa expressão é a que tem mais sofrido abusos de interpretação dentro da escatologia bíblica, pois muitos erroneamente a interpretam como se a aritmética de Deus fosse diferente da nossa e, assim, quando Deus diz que algo será “em breve”, “prontamente” ou “as portas”, tais intérpretes dizem que o breve pode demorar centenas de anos ou milênios. 2. A Bíblia mostra claramente que quando Deus usa medidas humanas de tempo para promessas e profecias, Ele as cumpre de acordo com a noção humana de tempo (Jeremias 51:33; Isaías 10:24, 25; Gênesis 15:13). Isto aconteceu no caso da profecia de Daniel em que o Anjo ordena que ele encerre as palavras até ao tempo do fim porque a visão se referia à “dias ainda mui distantes” (Daniel 8.26; 10.14; 12:4). Mais ou menos 344-558 anos foram considerados um período longo para o cumprimento das profecias de Daniel. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo [Ver Advento, Apocalipse, Profecia] Milênio – [Do Lat. millenium, mil anos] É o período simbólico de duração do reinado de Cristo sobre a Terra. Tratase de um reinado literal com efeito progressivo no decorrer da história. 1. O termo “milênio” não aparece na Bíblia. É um termo teológico que indica os “mil anos” do reinado de Cristo. O texto de Apocalipse 20 é o único em toda a Bíblia que fala a respeito do Reino de Cristo usando o numeral “mil”. 2. O milênio começa com a prisão de Satanás (Apocalipse 20:1-2). Essa prisão ocorreu nos dias do ministério terreno de Cristo (Mateus 12:29; Lucas 11:21-22). Há várias passagens no Novo Testamento que claramente mostram que Cristo venceu, prendeu e triunfou sobre o Diabo ainda no primeiro século da era cristã (Lucas 10:17-18; João 12:31; Colossenses 2:15; Hebreus 2:14). 3. A prisão de Satanás além de marcar o início do milênio marca a chegada do Reino de Deus (Mateus 12:28). 4. O numeral “mil” não deve ser tratado literalmente por estar dentro do Apocalipse que é um livro cujo estilo literário é altamente simbólico. As passagens não simbólicas das Escrituras não especificam sobre quanto tempo vai durar o Reino de Cristo até a Segunda Vinda. Há vários números no Apocalipse que não devem ser entendidos literalmente (ex.: 10, 144.000). Diversos textos das Escrituras Sagradas usam o numeral mil de maneira simbólica (Ex.: Deuteronômio 7:9; Salmo 50:10; 91:7; Josué 23:10 5. Durante o milênio acontece a ressurreição espiritual, isto é, o Novo nascimento (Apocalipse 20:4). 6. O final do milênio se dá com a ressurreição dos mortos e o Juízo final (Apocalipse 20:5-6). Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo [Ver Advento, Apocalipse, Arrebatamento, Juízo Final, Reino, Ressurreição e Ressurreição Primeira] Mistério – [Do Gr. μυστηριον, Transl.: Mysterión, enigma, segredo] No contexto bíblico “mistério” não significa algo oculto não revelado, pelo contrário, refere-se a algo que era anteriormente desconhecido, mas que agora está sendo revelado. Em Apocalipse 10:7 temos o exemplo do mistério de Deus sendo cumprido, o qual anteriormente “ele anunciou aos seus servos, os profetas”. Mistério da iniquidade – [Do Gr. μυστηριον της ανομιας, Transl.: mystérion tes anomías] Este é o termo pelo qual o apóstolo Paulo descreve o “homem da iniquidade” que seria revelado ainda naqueles dias da igreja primitiva (2ª Tessalonicenses 2:7). 1. O apóstolo usa a expressão “já opera” indicando que o mistério da iniquidade já estava em andamento no primeiro século da era cristã. 2. No mesmo texto de 2ª Tessalonicenses Paulo usa a palavra “agora” duas vezes para indicar que os tessalonicenses sabiam o que detinha o homem da iniquidade naqueles dias. (embora muitos atualmente de maneira interpretam para os nossos dias). 3. Toda a descrição do texto de 2ª Tessalonicenses 2:1-7 dá a entender que o engano do homem da iniquidade estava para se manifestar ainda naqueles dias, como de fato aconteceu. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo. Momento, Num – [Do Gr. εν ατομω, Transl.: em átomo, num momento] É a expressão utilizada pelo apóstolo Paulo para descrever a rapidez sobrenatural da ressurreição e do arrebatamento 1ª Coríntios 15:52. Átomo em grego significa “aquilo que não pode ser dividido”. No contexto de 1ª Coríntios 15:52 significa que tanto a ressurreição, bem como o arrebatamento, se darão numa fração de tempo extremamente ínfima que não será perceptível aos sentidos humanos. Ver em Obras de ref.: Sem Arrebatamento Secreto – Um guia otimista para o fim do mundo - de Jonathan Welton. [Ver Advento, Arrebatamento, Ressurreição, Segunda Vinda de Cristo] Monte das Oliveiras – [Do Gr. ορος το καλουμενον ελαιων, Transl.: orous tou kalouménou elaion] É o monte situado no setor oriental de Jerusalém, separado do monte Moriá pelo vale de Cedron. Esse monte compõe uma cordilheira de aproximadamente três quilômetros de comprimento. 1. O jardim do Getsêmani fica na parte ocidental do monte das Oliveiras. 2. Nos tempos do Antigo Testamento o Monte das Oliveiras era coberto de oliveiras e árvores frutíferas e ornamentais. 3. Foi no Monte das Oliveiras que Jesus subiu aos céus (Atos 1:9). 4. Zacarias 14:4 não ensina que na Segunda Vinda Cristo descerá sobre o Monte das Oliveiras. Esse versículo é um imaginário do Antigo Testamento que mostra Jeová "descendo" para se encontrar com Seu povo. Na maioria das passagens essa “vinda” é um julgamento, e em nenhum caso Jeová esteve fisicamente presente (Gênesis 11:5-8; Êxodo 3:8; Neemias 9:3; Salmos 144:5; Isaías 31:4; Isaías 64:1, 3; Miquéias 1:3-4). Para descrever o Senhor “vindo” ou “descendo”, os profetas frequentemente usavam expressões figurativas onde se diz que as montanhas se contorciam, eram fendidas, e as colinas se curvavam (Habacuque 3:6,10); ou os montes tremiam em Sua presença (Isaías 64:1,3); ou então, as montanhas cantavam e as árvores batiam palmas (Isaías 55:12). 5. A imagem descritiva do Monte das Oliveiras se “dividindo ao meio” significa que a divisão entre judeus e gentios seria removida. Assim tem sido interpretado por alguns cristãos estudiosos como, por exemplo, Tertuliano (145-220 d.C.) e Matthew Henry. 6. Lamentavelmente a interpretação errada de Zacarias 14:4 produziu especulações proféticas fantasiosas, como a que diz que o Monte das Oliveiras já possui rachaduras indicando o breve retorno de Jesus. Ver em Obras de ref.: Sem Arrebatamento Secreto – Um guia otimista para o fim do mundo - de Jonathan Welton. [Ver Advento, Arrebatamento, Ressurreição, Segunda Vinda de Cristo] Mortal se revestirá da imortalidade – [Do Gr. θνητον τουτο ενδυσηται αθανασιαν, Transl.: thnetón touto endusastai atanasían] É a expressão que o apóstolo Paulo empregou para falar do mistério da ressurreição dos santos que se dará no último dia (1ª Coríntios 15:50-54). 1. No dia da ressurreição final a lei da entropia que traz desgaste e morte no Universo será revertida para sempre. 2. Os santos receberão corpos imortais e serão semelhantes aos anjos e não estarão mais sujeitos a limitação desta dimensão. Ver em Obras de ref.: Refutando o Preterismo Completo de César Francisco Raymundo. Sem Arrebatamento Secreto – Um guia otimista para o fim do mundo - de Jonathan Welton. [Ver Advento, Arrebatamento, Ressurreição, Segunda Vinda de Cristo] Morte – [Do Gr. θανατος, Transl.: Thánatos; do Lat. Mortem] Interrupção definitiva da vida de um organismo, fim da vida do ser humano. Do ponto de vista teológico significa “separação” entre o corpo e a alma. 1. A morte é a consequência do pecado de Adão e Eva (Gênesis 2:17) e é o salário do pecado (Romanos 6:23). 2. Por ser o representante da raça humana, a matriz, em Adão todos pecamos e nele todos morremos (Romanos 5:15). 3. Na morte o ser humano torna-se incompleto. 4. A morte é comparada ao sono devido à semelhança ao sono natural. Isto não significa que o ser humano tem sua atividade inteligente e consciente cessada com a morte. Mas, o conceito de sono da morte pode indicar a rápida passagem do tempo para o falecido, eliminando assim o Estado intermediário. 5. A mortalidade é uma condição temporária na experiência humana, pois Cristo é o segundo Adão, e nEle temos revertida para sempre os efeitos da morte (Romanos 5:15). 6. No dia da ressurreição final a morte perderá todos os seus poderes sobre a criação (1ª Coríntios 15:55-58). Ver em Obras de ref.: Refutando o Preterismo Completo de César Francisco Raymundo. Sem Arrebatamento Secreto – Um guia otimista para o fim do mundo - de Jonathan Welton. [Ver Advento, Arrebatamento, Estado intermediário, Ressurreição, Segunda Vinda de Cristo] Morte espiritual – É a separação causada pelo pecado entre Deus e sua criatura (Efésios 2:1). Somente através da fé em Cristo é que o ser humano ressuscita espiritualmente, nasce de novo (João 3). Morte, Segunda – [No Gr. δευτερος θανατος, Transl.: Deuteros thanatos] É a morte eterna, a eterna e definitiva separação entre Deus e suas criaturas. 1. Essa morte é pior do que a espiritual porque seus efeitos não podem ser anulados. Não há ressurreição da segunda morte. 2. A segunda morte ocorre quando os pecadores impenitentes serão lançados no Lago de fogo e enxofre (Apocalipse 20:14, 15). 3. A segunda morte é o inferno, o fogo eterno ou inextinguível. 4. A segunda morte não é aniquilação eterna. Os sofrimentos são literais. Em Apocalipse 20:10 aparece a palavra grega βασανισθησονται (Transl.: basanisthesontai) que significa “atormentados”. O diabo, seus anjos e todos os homens rebeldes “de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre”. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo [Ver Inferno, Geena, Hades] Mundo – [Do Do Gr. κοσμος, Transl.: kosmos, ordem, beleza] É o Universo físico, os céus e a terra criados por Deus. 1. O sentido de “ordem” e “beleza” reflete a criação perfeita de Deus. 2. Dependendo do contexto bíblico a palavra kosmos significa um grande grupo de pessoas (João 12:19; cf. 7:4; 14:22; 16:21; 18:20). 3. Kosmos pode significar a terra, este mundo inferior, como o domícilio do homem (Marcos 16:15). 4. “No modo judaico de falar, o mundo presente, a presente ordem das coisas, em oposição ao reino de Cristo; e daqui sempre com a ideia de transitoriedade, inutilidade, e mal tanto físico como moral...”.* 5. Metonimicamente “para os homens deste mundo, mundanos, como oposto aqueles que buscam o reino de Deus...”.* É o sistema passageiro que se opõe ao Reino de Deus (1ª João 2:16, 17). Ver em Obras de ref.: * Léxico do Grego do Novo Testamento de Edward Robinson [Ver Era, Oikoumenen] Mundo vindouro – [Do Gr. Transl.: aionos ekeinou] Expressão usada no Novo Testamento para descrever a “idade” ou “era cristã”, tempo este que foi por muito tempo predito pelos profetas. 1. O Messias (Jesus) é visto como o portador de um novo mundo. O período do Messias pode ser corretamente caracterizado pela Sinagoga como o “mundo vindouro” ou “mundo porvir”. 2. A Antiga Aliança, o velho pacto, as leis mosaicas podem ser consideradas como a dispensação Judaica que acabou na destruição do templo e da cidade santa. Com o fim da antiga aliança chegou o fim da “idade” ou “era” para dar lugar a “era cristã”, quando o Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, tirou o pecado do mundo. 3. Os judeus do primeiro século que rejeitaram a Cristo e blasfemaram contra o Espírito Santo não puderam ser perdoado nem na idade judaica e muito menos na era cristã (Mateus 12:32). dia da Segunda Vinda de Cristo (Lucas 20:35). 4. O mundo vindouro atinge seu ponto máximo na ressurreição dos mortos, no [Ver Advento, Céus e terra, Novos céus e nova terra] Ver em Obras de ref.: Pós-Milenarismo PARA LEIGOS de Kenneth L. Gentry Jr. N Nem todos dormiremos – [Do Gr. Transl.: pantes ou koimetesómetha] É a expressão usada pelo apóstolo Paulo para esclarecer que nem todos os crentes estarão mortos no dia da Segunda Vinda de Cristo (1ª Coríntios 15:51). 1. Os que estiverem vivos não passarão pela experiência da morte física no dia da vinda de Cristo. 2. Quer vivos ou mortos, todos igualmente serão transformados no dia da ressurreição final. 3. Esse milagre é chamado de mistério possivelmente porque naquele momento, as leis da física, química, biologia e todo o Universo sentirá a influência sobrenatural de Deus. Ver em Obras de ref.: A Ressurreição de Jesus Cristo – é Ficção ou Fato Histórico Irrefutável? – de César Francisco Raymundo [Ver Advento, Corpo ressurreto, Mortal se revestirá da imortalidade, Ressurreição, Segunda Vinda de Cristo] Noiva de Cristo – É a designação que a igreja recebe por estar em união mística com Cristo (Efésios 5:32). A igreja é a Nova Jerusalém e ao mesmo tempo é a noiva e esposa do Cordeiro (Apocalipse 21:9). Ver em Obras de ref.: Sem Arrebatamento Secreto – Um guia otimista para o fim do mundo – de Jonathan Welton [Ver Advento, Igreja, Israel] Noivo – É o título que o Senhor Jesus recebe em virtude de seu relacionamento místico com Cristo (Apocalipse 21:9). Nós, os vivos, os que ficarmos até a vinda do Senhor – É a frase usada pelo apóstolo Paulo referindo-se aos que estarão vivos por ocasião da Segunda vinda de Cristo (1ª Tessalonicenses 4:15, 17). O apóstolo Paulo não está dizendo que ele mesmo estaria vivo em tal evento, ou que ele acreditava que seria em seus dias, muito pelo contrário, como o reformador Calvino enfatizou, nessa passagem de 1ª Tessalonicenses 4:15, 17 Paulo “faz uso do tempo presente ao invés do futuro, em harmonia com o idiomatismo hebraico”. É como se diz hoje em dia que nós daqui a mil anos vamos olhar para trás e achar o século 21 muito primitivo. Não que se queira dizer que nós viveremos mil anos, mas que a humanidade (nós humanos), aqueles estarão vivendo daqui a mil anos, eles acharão o século 21 muito primitivo. Ver em Obras de ref.: Sem Arrebatamento Jonathan Welton. Secreto, de A Segunda Vinda de Cristo: Sem Ficção, Sem Fantasia! compilado por César Francisco Raymundo. [Ver Advento, Arrebatamento, Segunda vinda de Cristo] Nossa reunião com Ele – [Do Gr. επισυναγωγης επ αυτον, Transl.: episunagoges ep auton] É uma referência ao ajuntamento dos escolhidos que haveria de acontecer na vinda em juízo do Senhor contra Jerusalém (no 70 d.C.) - 2ª Tessalonicenses 2:1. 1. No contexto de 2ª Tessalonicenses 2:1-8 fica claro que o apóstolo trata de uma “vinda” em julgamento que aconteceria ainda naqueles dias da igreja primitiva. 2. O apóstolo Paulo estava fazendo referência a Mateus 24:31 que fala do ajuntamento dos “escolhidos desde os quatro ventos” quando da “vinda” do Senhor em julgamento contra Jerusalém. 3. Pelo contexto [de Mateus 24:31], é bem provável que Jesus estivesse falando do evangelismo e a conversão mundial das nações que ocorreria através da destruição de Israel. O uso da palavra juntarão é significativo neste sentido. A palavra, literalmente, é um verbo que significa sinagogar; o significado é que com a destruição do Templo e o sistema do velho Pacto, o Senhor envia seus mensageiros para juntar os eleitos em Sua Nova Sinagoga. Jesus está repetindo o dito de Moisés, que havia prometido: “Ainda que os teus desterrados estejam para a extremidade do céu, desde ali te ajuntará o SENHOR, teu Deus, e te tomará dali”. (Deuteronômio 30.4, septuaginta) Nenhum e nem outro texto tem algo a ver com o arrebatamento; os dois tem a ver com a restauração e estabelecimento da Casa de Deus, a congregação organizada do povo do pacto.* (David Chilton) Ver em Obras de ref.: * A Grande Tribulação, de David Chilton, pg. 33. [Ver Advento, Arrebatamento, Segunda vinda de Cristo] Nova Jerusalém – [Do Gr. ιερουσαλημ καινην, Transl.: Ierusalem kainén] É o título que recebe a igreja de Cristo. A igreja é a Nova Jerusalém. 1. Em Apocalipse 21:9 Cristo é o esposo de pessoas (Sua igreja) e não meramente de um espaço urbano formado por ruas, casas e prédios. 2. No conceito bíblico uma nação não é apenas um território. Diz respeito a um povo, pessoas. É por causa desse conceito que um judeu é considerado judeu independente do lugar onde tenha nascido. 3. Não podemos simplesmente imaginar que a Nova Jerusalém seja apenas uma Cidade com ruas de ouro, mar de cristal e etc. uma determinada cidade é um povo, não apenas o espaço físico. 4. O muro da Nova Jerusalém representa a proteção de seus cidadãos contra seus inimigos. As cidades antigas normalmente eram protegidas por muralhas. O muro também faz separação entre o santo e o profano. O muro da Nova Jerusalém é o próprio Deus (Zacarias 2:5; Salmo 127:1; Ezequiel 42:20: Isaías 26:1; 60:18). 5. As doze portas da Nova Jerusalém apontadas três em cada direção dos pontos cardeais simboliza que toda a humanidade tem oportunidade de acesso à cidade (Apocalipse 21:13; Lucas 13:29). 6. O tamanho grandioso da cidade revela a dimensão do Reino de Deus e sua fortaleza em não ser alcançada pelos seus inimigos. 7. A Nova Jerusalém não pode ser distinta da igreja porque Cristo não poderia praticar a bigamia. Ele tem somente uma esposa, sua noiva (Apocalipse 21:9). Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo [Ver Apocalipse, Igreja, Israel] Novo nome – [Do Gr. Transl.: onoma kainón] É a promessa de Jesus feita a igreja de Pérgamo caso vencessem as provações e angústias no tempo em que viveram. O “novo nome” escrito sobre a pedrinha reflete o caráter da pessoa que o recebe. É uma espécie de segredo especial entre Cristo e o crente. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo [Ver Apocalipse, Igreja] Novos céus e nova terra – [Do Gr. ουρανον καινον και γην καινην, Transl.: ouranón kainón kaí gen kainen] É o período do Novo Pacto prometido a igreja. É a nova era ou ordem que já foi inaugurada em Jesus Cristo. Já estamos vivendo os novos céus e a nova terra. 1. Nos tempos do Antigo Testamento, toda vez que Deus trouxe julgamento sobre seu povo, havia o simbolismo de velhos céus e terra substituídos por novos. Assim, um novo céu e uma nova terra era um novo modelo de mundo sendo criado com novos governantes, sacerdotes e templo. 2. A Nova Aliança realizada em Jesus substitui a antiga aliança e seus preceitos, gerando uma nova criação que com novos líderes, um novo sacerdócio, novos sacramentos, um novo sacrifício, um novo tabernáculo (João 1:14), e um novo templo (João 2:19, 1 Coríntios 3:16, Efésios 2:21). Em essência, novos céus e nova terra. 3. A promessa de criar novos céus e nova terra aparece primeiramente em Isaías 65:17. Quando o apóstolo Pedro aplica essa passagem de Isaías ele afirma que “os céus que agora existem e a terra” (a antiga aliança), estavam “entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens ímpios”. Isto não é uma referência ao juízo final e o fim do mundo, “mas para a desolação e destruição da Igreja e Estado judaicos que estava para acontecer no ano 70 d.C.” (John Owen). 4. Os novos céus e nova terra inaugurados no primeiro século da era cristã trarão o triunfo do Evangelho, quando toda a humanidade se prostrará diante do Senhor e atingirão sua plenitude no último dia (1ª Coríntios 15:20-26; Atos 3:20, 21). Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo Pós-Milenarismo PARA LEIGOS Kenneth L. Gentry Jr. [Ver Advento, Arrebatamento, Pósmilenismo, Preterismo Parcial, Ressurreição, Segunda Vinda de Cristo] Nudez [espiritual] – [Do Gr. γυμνοι, Transl.: gymnoi] É uma figura de linguagem que Paulo usa com o objetivo de mostrar o despreparo daqueles que se achavam vestidos (ou prontos) para a partida para estarem com Cristo (2ª Coríntios 5:3). A condição de nudez descreve a situação de pecado (Isaías 47:3). Esse foi o caso da igreja de Laodicéia (no 1º século d.C.) que foi uma igreja desgraçada, miserável, pobre, cega e nua (Apocalipse 3:16-17). Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo [Ver Pecado] Numerologia bíblica no Apocalipse – É o estudo sistemático dos números que aparecem nas Escrituras. No caso do Apocalipse, os números tem um forte significado na simbologia. Cinco – Este número na Escritura na Escritura se associa com o poder, e especificamente com organização militar. A distribuição da milícia israelita em formação do pelotão de esquadras de cinco (Êxodo 13.18; Números 32.17; Josué 1.14; 4.12; Juízes 7.11; 2 Reis 1.9ss). Cinco meses foi o tempo em que os gafanhotos de Apocalipse 9 tiveram para atormentar os judeus impenitentes Jerusalém. durante o cerco a Dez – É o número quantitativo de perfeição. Talvez pelo fato das mãos e pés terem dez dedos cada. Em Apocalipse, os números perfeitamente arredondados parecem ser simbólicos. Dez refere-se a um período de tempo simbólico, período este que duraria a tribulação dos crentes de Esmirna. Os “dez” dias de tribulação seria um tempo exato, nem a mais, nem a menos. Doze – É o número da escolha. Doze são as tribos de Israel, doze apóstolos. A multiplicação do numeral doze é igual a cento e quarenta e quatro. É o número que representa o novo Israel, o povo de Deus. Mil – Significa um número perfeito. Uma vez que o numeral “dez” é um número “quantitativo de perfeição”, o numeral mil é a soma de dez ao cubo, ou seja, 10x10x10 = 1000. O numeral mil no Apocalipse é uma descrição simbólica da glória perpétua do reino que Cristo estabeleceu em sua primeira vinda. Seis – É o número do homem, porque o mesmo foi criado no sexto dia (Gênesis 1:26, 31). É também o número da imperfeição. O número da besta é a composição de três vezes o “seis”. Sete - É o número da perfeição ou plenitude qualitativa. O simbolismo do numeral sete é esmagadoramente citado no Apocalipse. Temos no Apocalipse sete igrejas, sete selos, sete trombetas e sete taças nos juízos divinos contra Israel. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – de César Francisco Raymundo [Ver Cento e quarenta e quatro mil] Num momento, num abrir e fechar de olhos - [Ver Momento Num] Nuvens – [Ver Vem com as nuvens] O O agora e o ainda não – É um fenômeno encontrado nas Escrituras, onde os escritores bíblicos querem dizer que um evento que é realizado agora, também será realizado no futuro. Alguns exemplos: a. O reino dos céus: Cristo diz que o Reino estava entre eles naquele momento (Mateus 12:28, Lucas 17:21), mas depois também disse que eles estavam esperando por ele (Mateus 6:10, Lucas 21:31) b. Salvação: Nós fomos salvos (Efésios 2:8, 2ª Timóteo 1:9), estamos sendo salvos (1ª Coríntios 1:18, Filipenses 2:12-13), estamos esperando para sermos salvos (Atos 15: 11, 1ª Pedro 1:9). c. Vida Eterna: Nós temos agora (João 6:47), estamos esperando por ela (Marcos 10:30). Obras do Diabo – [Do Gr. εργα του διαβολου, Transl.: erga tou diabolou] É o conjunto de ações feitas pelo Diabo que tem por objetivo destruir o plano de redenção de Deus (João 10:10). 1. O Senhor Jesus Cristo em sua primeira vinda veio para destruir as obras do Diabo (1ª João 3:8). 2. O Diabo estará definitivamente inativo quando for lançado no Lago de fogo (Apocalipse 20:7-10). [Ver Diabo, Satanás] Prisão de Satanás, Oikoumene – [Do Gr. οικουμενη, Transl.: oukoumene, Lit. “Terra habitada”] Esta palavra grega encontra sua raiz no substantivo oikós (casa, habitação) e no verbo oiken (habitar). Muitas vezes ela tem sido traduzida como “mundo” em diversas passagens onde aparece. 1. O autor clássico Heródoto, usou oikoumene, para designar a terra habitada, dentro dos estreitos conceitos geográficos do mundo antigo. O termo, então, significava mais especificamente a terra conhecida, primeiramente pelos gregos e depois pelos romanos.* 2. Num novo estreitamente do conceito, essa terra habitada e conhecida foi identificada, em primeiro lugar, com o Império Helênico de Alexandre Magno e depois com o Império Romano. A oikoumene passou, pois, a significar o mesmo que a humanidade unificada por um elemento cultural (o helenismo) ou jurídico (o Império Romano).* 3. No uso grego, como habitado por gregos, em oposição a terras bárbaras.** 4. Várias passagens do Novo Testamento usam oikoumene para o mundo romano (Lucas 2:1; Mateus 24:14; Atos 17:6; 24:5). 5. Um dos sinais da “vinda” de Cristo em julgamento contra Jerusalém, era de que o evangelho do reino seria pregado em todo o “mundo” romano (oikoumene). Essa profecia de Jesus se cumpriu à risca (Romanos 1:8; Colossenses 1:5-6; Colossenses 1:23; 2ª Timóteo 4:17). Ao invés da Figueira, na verdade, é a Oliveira que representa a nação israelita (Romanos 11.17, 24). [Ver Parábola da Figueira] Olhai – [Do Gr. βλεπετε, Transl.: blépete] É a advertência dada aos discípulos sobre ter cuidado, cautela e atenção sobre o que estava para acontecer em Jerusalém ainda naquela geração (Marcos 13:9, 33). 1. Embora eles soubessem que Jesus voltaria em julgamento contra Jerusalém dentro daquela geração do 1º século d.C., eles desconheciam quando chegaria o tempo, o dia e a hora exata daqueles acontecimentos (Marcos 13:33; Mateus 24:36). Ver em Obras de ref.: * E haverá um só rebanho: história, doutrina e prática católica do ecumenismo, pg. 15. Edições Loyola, 1989 – 292 páginas. 2. Segundo o ensinamento das Escrituras, toda a palavra de vigilância e advertência não ficou confinada ao 1º século d.C., mas também serve para nós em todo o tempo. Não que atualmente a doutrina da “iminência” da Segunda vinda de Cristo seja verdadeira, mas há muitos outros fatores que podem desviar nossa atenção e que estão em muito maior evidência imediata. ** Léxico do Grego do Novo Testamento, de Edward Robinson, pág. 630. Ver em Obras de ref.: Mateus 24 e vinda de Cristo, de César Francisco Raymundo. Mateus 24 e a vinda de Cristo, de César Francisco Raymundo. [Ver Advento, Juízo Final, Mateus 24, Segunda Vinda de Cristo] [Ver Era, Evangelho, Mundo] Onde está a promessa da sua vinda? – [Do Gr. που εστιν η επαγγελια της παρουσιας αυτου, Transl.: pou estin e epangelía tes parousias autou] É a zombaria e afronta que a igreja primitiva sofreu (provavelmente da parte dos judeus), sobre a questão da promessa de que Jesus viria em julgamento ainda naqueles dias. Oliveira – [Do Lat. arbor olivaria] É uma árvore da família das oleáceas (Olea europea), possui tronco nodoso, folhas persistentes, verde-acinzentadas, flores brancas e azeitonas (frutos drupáceos) que são comestíveis e usados na produção de azeite; oliva. Essa árvore é nativa da região do Mediterrâneo. 1. De acordo com 2ª Pedro 3:3-4 esses escarnecedores iriam aparecer nos “último dias”, que pelo ensino claro do Novo Testamento, eram os últimos dias da era judaica, o “fim dos séculos” conforme Paulo, ou a “última hora” segundo as cartas de João. período milenar (que é o tempo simbólico do reinado de Cristo que não são mil anos literais). Sendo assim, o milênio não se completará enquanto o último eleito não nascer de novo. 2. O tempo das palavras de Cristo em Mateus 24 e a destruição de Jerusalém no ano 70 d.C., foi um período de quarenta anos, tempo suficiente para que os orgulhosos judeus começassem a pôr em questionamento a promessa de que Jesus voltaria para punir Israel. Pode ser também uma referência a ressurreição física que se dará no final do Milênio. Se assim for, devemos levar em consideração que: 3. Atualmente, por causa das falsas promessas e marcação de datas do arrebatamento, a esperança da segunda vinda de Cristo tem sofrido zombaria justamente por ser mal interpretada pela cristandade em geral. Ver em Obras de ref.: Sem Arrebatamento Secreto – Um guia otimista para o fim do mundo – de Jonathan Welton. Mateus 24 e vinda de Cristo, de César Francisco Raymundo. [Ver Advento, Segunda Vinda de Cristo, Últimos dias] Outros mortos – [Do Gr. λοιποι των νεκρων, Transl.: loipoí ton nekron] É uma referência aqueles que ressuscitam espiritualmente durante o a. Essa ressurreição física é contrastada com a “primeira ressurreição” que é espiritual, ou seja, o novo nascimento que ocorre nas pessoas no decorrer do tempo enquanto Cristo não vem. b. No final do Milênio, num evento único, ocorre a ressurreição geral dos justos e injustos, bem como o arrebatamento dos que estiverem vivos (João 5:28-29). Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista Apocalipse, de César Raymundo. sobre o Francisco Sem Arrebatamento – Um guia otimista para o fim do mundo – de Jonathan Welton. [Ver Advento, Arrebatamento, Ressurreição, Primeira ressurreição, Segunda Vinda de Cristo] P Parábola da Figueira – [No Gr. παραβολην, Transl.: parabolen, συκης, Transl.: sukes] É uma pequena parábola contada por Jesus dentro do contexto do sermão profético de Mateus 24 (Mateus 24:32, 33). 1. A figueira não é um símbolo de Israel. A Bíblia mostra claramente que os frutos da figueira é que podem simbolizar Israel, não a árvore em si (Jeremias 24.1-8; 29.17; Juízes 9.10, 11 e Oséias 9.10). 2. A árvore que representa a nação judaica é a Oliveira (Romanos 11.17, 24). 3. Os intérpretes modernos acreditam que a Figueira seja uma representação da nação judaica e veem nessa parábola uma referência ao renascimento de Israel que ocorreu no dia 14 de maio de 1948. Por isto, muitos cálculos foram feitos tomando por base a ideia de que uma geração duraria “quarenta anos”, e sendo assim, a geração que viu Israel tornarse nação era a que veria a volta de Jesus. 4. Como Jesus não veio, essa interpretação foi revisada e o cálculo agora é baseado na ideia de que uma geração duraria “setenta anos”. Em 2018 Israel completará setenta anos. Agora os intérpretes novamente dizem que estamos na iminência da volta de Jesus. 5. A ideia que Jesus transmite na Parábola da figueira é uma simples comparação com o que acontece na natureza, ou seja, da mesma forma que há sinais que indicam a proximidade do verão, existiriam para a igreja primitiva sinais óbvios de que a destruição de Jerusalém estava próxima. 6. O texto de Lucas 21:29-31 desmente a interpretação moderna quando diz: “Olhai para a figueira, e para todas as árvores...”. O fato de acrescentar a frase “todas as árvores” mostra que se trata de uma parábola em que Jesus faz uma simples comparação com a natureza, não dando ênfase somente na Figueira. Ver em Obras de ref.: Comentário Apocalipse, Raymundo. Preterista de César sobre o Francisco Sem Arrebatamento – Um guia otimista para o fim do mundo – de Jonathan Welton. [Ver Advento, Arrebatamento, Geração, Mateus 24, Segunda Vinda de Cristo] Paraíso – [Do Gr. παραδεισω, Transl.: paradeiso] Uma região de beleza; jardim, parque ao redor da casa com gramas, árvores. Essa palavra se aplicava “aos prazerosos jardins e parques ao redor de residências de campo dos monarcas e príncipes persas”.* 1. É o jardim do Éden onde Deus colocou Adão e Eva (Gênesis 2:8-10). 2. No uso judaico e no Novo Testamento, a palavra paraíso é usada para designar a morada dos santos após a morte. 3. O terceiro Céu onde os santos vão morar é chamado de Paraíso (2ª Coríntios 12:2-4; Lucas 23:43; Apocalipse 2:7; 14:13). É o paraíso que será restaurado no novo céu e nova terra. Ver em Obras de ref.: * Léxico do Grego do Novo Testamento Edward Robinson, pág. 687. Comentário Apocalipse, Raymundo. Preterista de César sobre o Francisco O Paraíso Chilton. Restaurado, de David [Ver Éden, Céu Terceiro, Novos Céus e nova Terra] Parousia – [Do Gr. Transl.: parousía, “o estar” ou “se fazer presente”, ou presença, vinda, chegada] Nos tempos do mundo grego-romano, o termo foi usado para descrever a visita oficial de um príncipe em determinado lugar. Quando anunciada a chegada de tal autoridade, os cidadãos visitados eram obrigados a se prepararem devidamente para que nada saísse errado. 1. O termo Parousia também é “usado com respeito à vinda de Cristo para a destruição do estado judaico e da dispensação judaica” * (Mateus 24:3, 27, 37, 39). 2. Parousia é também usada em relação a “vinda” ou “manifestação” do “homem da iniquidade” (2ª Tessalonicenses 2:9). 3. Por ter tão alto significado, parousía começou a ser usada pelos escritores do Novo Testamento para descrever a vinda de Cristo (1ª Tessalonicenses 4:15). Ver em Obras de ref.: * Léxico do Grego do Novo Testamento Edward Robinson, pág. 702. Sem Arrebatamento Secreto – Um guia otimista para o fim do mundo – de Jonathan Welton. [Ver Advento, Arrebatamento, Segunda vinda de Cristo, Ressurreição] Partir e estar com Cristo – [Do Gr. αναλυσαι και συν χριστω, Transl.: analusai kai sun Christo] É a expressão usada pelo apóstolo Paulo para expressar seu desejo de partir deste mundo para o encontro com o Senhor (Filipenses 1:23). Como é comum nas cartas de Paulo, a morte jamais o apavorava e ele a via como “lucro”. Passagens da iminência – São textos bíblicos usados por alguns para ensinar que Jesus poderá vir a qualquer momento. Várias passagens são usadas para defender tal doutrina (confira 1ª Tessalonicenses 5:3, 4; 2ª Pedro 3:10; Apocalipse 3:3; Apocalipse 16:15). 1. Embora seja como uma ladrão à noite, a vinda do Senhor não pode ser iminente. A ideia de iminência implica que Ele poderá vir a qualquer momento, mas a questão é que a Sua vinda tem dia e hora certa. A surpresa da vinda será sempre para os incrédulos (1ª Tessalonicenses 5:810). 2. Os que atualmente defendem a doutrina da iminência acabam por negá-la, porque constantemente procuram por “sinais” da vinda de Cristo. Se Cristo pode vir a qualquer momento, então, não há sinais que antecedem essa vinda. 3. O Novo Testamento ensina que o retorno glorioso e corporal de Cristo “será num futuro distante e impossível de ser conhecido. Ele não será iminente e nem datável” (Kenneth L. Gentry Jr.). 4. A Grande Comissão descrita em Mateus 28:19, 20 desmente a doutrina da iminência, pois é necessário primeiro fazer discípulos de todas as nações. O discipulado demanda tempo e paciência. 5. As parábolas do grão de mostarda e do fermento demonstram a demora no crescimento e conquista do Reino de Deus (Mateus 13:31-33). 6. O processo de discipulado de todas as nações traz consigo o crescimento lento e progressivo do Reino de Deus neste mundo e ao mesmo tempo, gradualmente, traz a restauração de todas as coisas. Em Atos 3:20, 21 está escrito que Cristo ficará contido no Céu até a restauração de tudo. A carta de Paulo aos coríntios ensina o mesmo ao dizer que Cristo reinará até que todos os seus inimigos estejam debaixo de seus pés, restando apenas um, a morte - que será derrotada na hora da ressurreição final (1ª Coríntios 15:2328). Ver em Obras de ref.: Pós-Milenarismo PARA LEIGOS Kenneth L. Gentry Jr. Sem Arrebatamento Secreto – Um guia otimista para o fim do mundo – de Jonathan Welton. [Ver Advento, Arrebatamento, Segunda vinda de Cristo, Ressurreição] Pax Romana – [Paz Romana] Foi um longo período de paz, experimentado em todo o Império Romano, gerada pelas suas forças militares. O exército romano controlava qualquer tentativa de revolta das populações conquistadas (inclusive em Israel) e vigiava as fronteiras. Perto do ano 70 d.C. a Pax romana chegou ao seu fim na terra de Israel. Quando Jesus falou para que os seus discípulos não se assustassem com as “guerras e rumores de guerras”, muito provavelmente Ele estava se referindo ao fim da Pax Romana naquela geração da igreja primitiva. A guerra em si não é um sinal da vinda de Cristo, a menos que aconteça em tempos de paz. Paz – [Do Hb. Transl.: shalom, no Gr. ειρηνη, Transl.: eirene] No geral, é definida como um estado de tranquilidade ou calma, uma ausência de perturbações ou agitações. 1. Nas Escrituras paz não significa apenas ausência de guerras ou conflitos. 2. A verdadeira paz vem de Cristo e não pode ser compreendida pela mente humana (Filipenses 4:7). 3. Durante este período em que vivemos no Reino milenar de Cristo, a paz cresce progressivamente no mundo até atingir o ponto máximo em que os homens abandonarão as armas de guerra (Isaías 2:1-5). 4. A profecia de Isaías a respeito do Príncipe da paz mostra claramente que o aumento do governo de Cristo traz paz ao mundo (Isaías 9:6-7). É claramente uma obra progressiva à medida em que o Reino conquista as nações. Ver em Obras de ref.: Pós-Milenarismo PARA LEIGOS Kenneth L. Gentry Jr. Sem Arrebatamento Secreto – Um guia otimista para o fim do mundo – de Jonathan Welton. [Ver Advento, Arrebatamento, Segunda vinda de Cristo, Reino de Deus, Ressurreição] Pecado – [No Gr. ‘αμαρτια, Transl.: hamartia, do Lat. peccatum] É uma transgressão deliberada e consciente das Leis de Deus. 1. Na língua hebraica, Pecado traz a ideia de “erra o alvo”. 2. Na língua grega, Pecado traz a ideia de “sair da rota”. 3. No latim, peccatum a ideia é “cair fora do caminho”, “dar um passo em falso”. 4. Quem introduziu o pecado no Universo foi Satanás (Isaías 14; Ezequiel 28; João 8:44). 5. Depois de Satanás foi o homem que introduziu o pecado no Planeta terra trazendo consigo todas as consequências ruins do mesmo. 6. O pecado principal da humanidade é não crer em Jesus Cristo (João 16:8-9). 7. O pecado será definitivamente extinto do Universo depois do Juízo final (Apocalipse 20:10). Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista Apocalipse, de César Raymundo. sobre o Francisco [Ver Diabo, Hades, Inferno, Lago de fogo, Satanás] Pedra – [Do Gr. πετρα, Transl.: Petra, “uma rocha, rochedo íngreme, saliência de um rochedo”*] Assim é Cristo chamado metaforicamente em Zacarias 4:7. 1. Cristo é a pedra de tropeço na qual caíram os incrédulos judeus de seu tempo (Isaías 8:14). 2. Cristo é a pedra angular a qual os construtores rejeitaram (Salmo 118:22). 3. O fato de ser a Rocha, Cristo é o fundamento da profecia e das Escrituras (Apocalipse 19:10; 1ª Pedro 1:11). 4. Cristo é a pedra principal do edifício no plano de Deus (Efésios 2:20). 5. No livro de Daniel, Cristo é comparado com uma grande pedra que destruiu a enorme estátua que representava os reinos deste mundo (Daniel 2:45). Ver em Obras de ref.: Pós-Milenarismo PARA LEIGOS Kenneth L. Gentry Jr. [Ver Jesus Cristo, Reino de Deus] Pedrinha branca – [Do Gr. ψηφον λευκην, Transl.: psêphon leukén] É a promessa de galardão que Jesus fez a igreja de Pérgamo que está entre as sete igrejas do Apocalipse (Apocalipse 2:17). 1. A ideia de uma pedrinha branca vem da prática de lançamento de voto com pedras brancas e pretas. 2. Uma pedra branca contra uma pedra preta significava um voto “sim”. Foi desta forma que o apóstolo Paulo antes de sua conversão dava seu voto para que os cristãos fossem mortos (Atos 26:10). 3. A pedrinha branca foi usada nos tribunais para condenar (pedras pretas) ou absolver (pedras brancas). 4. A promessa da pedrinha branca em Apocalipse significa que os vencedores (aqueles que fizeram o seu voto a Cristo nesta vida), Cristo fará seu voto em favor deles na vida eterna. 5. O “nome novo” escrito sobre a pedrinha branca, reflete o caráter da pessoa. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista Apocalipse, de César Raymundo. sobre o Francisco [Ver Galardão] Perdição eterna – É a desgraça, ruína, danação eterna e o banimento irreversível da face do Senhor que virá sobre aqueles que se mantém rebeldes contra o Filho de Deus (João 3:36; 2ª Tessalonicenses 1:9; Apocalipse 20:6). Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista Apocalipse, de César Raymundo. sobre o Francisco [Ver Geena, Hades, Inferno, Lago do fogo] Pérgamo, Igreja de – O único livro do Novo Testamento que cita a cidade ou a igreja em Pérgamo é o Apocalipse. Com a ajuda dos romanos, Pérgamo ganhou independência dos selêucidas em 190 a.C., e passou a fazer parte do império romano a partir de 133 a.C. Durante mais de 200 anos, foi a capital da província romana da Ásia. Teve a maior biblioteca fora de Alexandria, Egito. Foi o povo de Pérgamo que começou a usar peles de animais para fazer pergaminho, substituindo o papiro (Dennis Alan).* A cidade de Pérgamo é a terceira listada das “sete igrejas da Ásia” (Apocalipse 1:11): a ordem se adapta a sua posição na sequência geográfica. Este era o lugar “onde está o trono de Satanás” (Apocalipse 2:13). A frase refere-se ao complexo de cultos pagãos, de Zeus, Atena, Dionísio e Asclépio, estabelecidos pelos reis Attalid, que de Asclepius Soter (o 'salvador', 'curandeiro'), sendo de especial importância. Estes cultos são ilustrativos da história religiosa de Pérgamo, mas a alusão principal é, provavelmente, a adoração ao imperador. Este era o lugar onde o culto do imperador divino havia sido feito a pedra de toque da lealdade cívica sob Domiciano. Ele marcou uma crise para a Igreja na Ásia (Ralph E. Bass).* Ver em Obras de ref.: * Comentário Preterista sobre o Apocalipse, de César Francisco Raymundo, pg. 100. [Ver Éfeso, Esmirna, Tiatira, Sardes, Filadélfia, Laodicéia] Perseverança – [Do Gr. ‘υπομονη, Transl.: hupomone, do Lat. Perseverantia] É constância, firmeza e paciência na fé em Cristo. Juntamente com a esperança, a fé e o amor, a perseverança constitui-se de uma das mais importantes virtudes da escatologia individual. Quem persevera até o fim acaba sendo salvo (Mateus 10:22). Ponto central da história – São fatos que devido a sua importância, acabam por ser um divisor da história Universal. Antes da primeira vinda de Cristo, os fatos históricos centrais eram contados a partir da fundação de grandes impérios (Ex.: Egito, Babilônia, Assíria, Pérsia, Grécia e Roma). 1. A partir do momento do nascimento de Cristo, Sua vida influenciou de tal forma o mundo que dividiu a história como nenhum personagem jamais fez. 2. A Segunda vinda de Cristo será outro ponto central da história, muito mais poderoso ao ponto de ressuscitar toda a criação. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista Apocalipse, de César Raymundo. sobre o Francisco Sem Arrebatamento Secreto – Um guia otimista para o fim do mundo – de Jonathan Welton. [Ver Galardão] Pós-milenismo – É uma posição teológica sobre as “últimas coisas” segundo a qual estamos vivendo o período do Reino milenar de Cristo conforme Apocalipse 20:1-6. A era da igreja até a Segundo vinda de Cristo equivalem aos “mil anos” do Reino de Cristo, sendo estes apenas um número simbólico para representar esse período. 1. O pós-milenismo sustenta que o Reino de Deus está sendo agora estendido no mundo através da pregação do Evangelho e da obra salvadora do Espírito Santo. 2. Depois de muito tempo de pregação e discipulado das nações, o mundo será finalmente Cristianizado e desfrutará de um período de bençãos e paz conforme o Salmo 22:27-31 e Isaías 2:2-4. 3. Durante este período da era milenar da igreja, o Senhor Jesus reina colocando um a um os seus inimigos debaixo de seus pés, sendo o último inimigo a morte (1ª Coríntios 15:24-26). 4. O Senhor não descerá dos Céus enquanto esse processo de restauração não estiver concluído (Atos 3:20-21). 5. Com toda a autoridade de Cristo como suporte, cabe à igreja terminar obra de evangelização e discipulado de todas as nações (Mateus 28:19-20). 6. Quando estiver completando o período milenar, Satanás será solto novamente para num curto período de tempo seduzir as nações, mas imediatamente Jesus virá trazendo a ressurreição, o Juízo final e a vitória definitiva sobre o mal (Apocalipse 20:710). 7. Todos os críticos do pós-milenismo acusam que essa posição vem sofrendo repetidos revezes ao longo da história. Para isto, citam o caso das duas grandes guerras mundiais como demonstração que a presente era está mui distante do Milênio descrito pelos santos profetas. Também afirmam que jamais houve um século tão violento como o século 20. O grande problema dos críticos é que: a. Eles não entendem daquilo que refutam. b. Também nem entendem as parábolas de Cristo. A parábola do grão de mostarda mostra claramente que “o reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda”, que depois de crescido, torna-se a maior das hortaliças “e se faz árvore, de modo que as aves do céu vêm aninhar-se nos seus ramos” (Mateus 13:31-32). O que Jesus ensina é que o processo de crescimento e expansão do Reino no mundo, é como o crescimento de uma árvore, ou seja, seu crescimento é gradual, progressivo. A árvore passa pelas intempéries do tempo, frio, calor, ventos, ervas daninhas, mas no fim ela chega a ficar grande. Assim é com o Reino de Deus na história em que o mesmo passa por altos e baixos até atingir seu ápice. c. É importante que fique claro que a perda de adeptos que o Pós-milenismo sofreu depois das duas grandes guerras mundiais, foi por causa da ocasião, e não por causa de hermenêutica bíblica. A fé de muitos pode vacilar em determinados momentos de intensa tribulação. Isto vale para qualquer escola de pensamento dentro da escatologia. 8. O cristão pós-milenista que crê na vitória do Reino de Deus ainda antes da vinda de Cristo, deve ter como hino o trecho final da oração de Habacuque (Habacuque 3:17-20), bem como em mente o Salmo 46 para não se basear nas notícias dos jornais como fazem os críticos do pós-milenismo. 9. Por fim, “o pós-milenismo é um sistema escatológico otimista que acredita que o reino de Cristo está presente na história e irá gradualmente ganhar uma influência dominante sobre os homens e as nações, assim como o evangelho faz progressos mais completos pelo mundo” (Kenneth L. Gentry, Jr.). Ver em Obras de ref.: Pós-Milenarismo PARA LEIGOS, de Kenneth L. Gentry Jr. Comentário Apocalipse, Raymundo. Preterista de César sobre o Francisco Sem Arrebatamento Secreto – Um guia otimista para o fim do mundo – de Jonathan Welton. [Ver Advento, Arrebatamento, Milênio, Reino de Deus, Segunda Vinda de Cristo] Pós-tribulacionismo – É a doutrina que diz que a igreja será arrebatada após a grande tribulação. De acordo com essa interpretação, a igreja sofreria perseguição durante todo o período da tribulação, tendo como alívio o arrebatamento na Segunda Vinda de Cristo. 1. Tal doutrina possui fragilidades interpretativas: sérias a. No sermão profético proferido por Jesus, os três evangelhos são unânimes quando ensinam que a “geração” que veria a Grande tribulação seria a da igreja primitiva, quando ocorreu o cerco e a destruição de Jerusalém no ano 67-70 d.C. b. No sermão profético descrito em Mateus 24, Marcos 13 e Lucas 21 não há uma única menção a um arrebatamento após a grande tribulação. Pelo contrário, após a grande tribulação a história humana continua. c. A Segunda vinda de Cristo é num futuro altamente desconhecido, cujo evento precisa se dar após todas as nações estarem não somente evangelizadas, mas também discipuladas (o que demanda muito tempo). Sendo assim, a Segunda vinda de Cristo está bem distante da grande tribulação ocorrida no primeiro século da era cristã. 2. O pós-tribulacionismo é uma interpretação superficial das Escrituras. Assim como as demais interpretações erradas, sua tendência será perder espaço à medida que a interpretação consistente do Preterismo avançando no meio cristão. vem Ver em Obras de ref.: A Grande Tribulação, de David Chilton. Sem Arrebatamento Secreto – Um guia otimista para o fim do mundo – de Jonathan Welton. [Ver Advento, Arrebatamento, Grande tribulação, Pré-tribulacionismo, Segunda Vinda de Cristo] Pré-milenismo – De acordo com esta doutrina, o Senhor Jesus virá novamente no final desta presente era de pecado para, em seguida, estabelecer o Milênio ou seu Reino milenar. 1. É um grande engano quando alguns expositores cristãos afirmam que a igreja primitiva era somente prémilenista. Assim como hoje, havia diversidade nas interpretações escatológicas. 2. Alguns afirmam que a maioria dos credos evangélicos são pré-milenistas. 3. O pré-milenismo é falso porque o reino milenar de Cristo começou ainda no primeiro século da era cristã, quando Satanás foi preso para não mais enganar as nações (Mateus 12: Apocalipse 20). Ver em Obras de ref.: A Ilusão Pré-Milenista - O Quiliasmo analisado à luz das Escrituras - de Brian Schwertley Sem Arrebatamento Secreto – Um guia otimista para o fim do mundo – de Jonathan Welton. [Ver Milênio, Pós-milenismo, Reino de Deus] Pré-tribulacionismo – De acordo com esta doutrina, Jesus virá arrebatar a igreja antes da Grande tribulação. Os que defendem essa doutrina baseiam- se principalmente em Apocalipse 3:10 em que Jesus promete guardar a igreja “da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro”. 1. Tal interpretação não procede pelas seguintes razões a. A promessa feita em Apocalipse 3:10 foi para a igreja de Filadélfia que é a sexta na sequência das sete igrejas. Isto contradiz muitos dos defensores do arrebatamento pré-tribulacional que diz que estamos vivendo na era da igreja de Laodicéia. b. O assunto do Apocalipse é sobre as coisas que deveriam acontecer “em breve”, e isto está em perfeito acordo com o sermão profético de Jesus em que Ele disse que a geração dos discípulos não iria passar sem ver a Grande tribulação. c. A palavra grega para designar mundo em Apocalipse 3:10 é oikoumene (οἰκουμένη) e tem o significado de “terra habitada”. Esta palavra era usada para designar o Império romano. Embora estivesse concentrada em Jerusalém, a Grande tribulação atingiu todo o Império romano. d. Ao prometer que iria guardar a igreja de Filadélfia da “provação” que viria sobre “o mundo inteiro”, o Senhor estava garantindo que iria isentá-los dos julgamentos severos de perseguição que viria logo sob a Ásia e seriam experimentados por todos os países ao seu redor. e. Guardar da hora da provação não é o mesmo que arrebatar a igreja, mesmo porque um arrebatamento seria uma espécie de escapismo e iria contradizer as palavras de Jesus que diz: “Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal”. (João 17:15) f. O arrebatamento descrito por Paulo nas cartas de 1ª Coríntios 15 e 1ª Tessalonicenses 4, não abre margem para a ideia de que a igreja possa ser arrebatada e outros fiquem para trás ainda tendo uma segunda chance de salvação. tais como: “Escatologia realizada”, “Escatologia plena”, “Escatologia consumada”. Também é conhecido como “Hiper-preterismo”. 2. Através de suas palavras de advertência descritas em Mateus 24, Cristo livrou a igreja da ira que caiu sobre Jerusalém nos anos 67-70 d.C. A igreja passou por tribulações, mas não pela Grande tribulação concentrada em Jerusalém. a. O Preterismo completo ensina que a morte física e todas as calamidades da natureza existiam fora do jardim do Éden para servir como um aviso espiritual para Adão. Esta interpretação assume que Deus foi incapaz de comunicar o conceito do pecado e do mal para Adão sem primeiro criar exemplos de morte e do mal para que ele pudesse observar. Ver em Obras de ref.: A Ilusão Pré-Milenista - O Quiliasmo analisado à luz das Escrituras - de Brian Schwertley Sem Arrebatamento Secreto – Um guia otimista para o fim do mundo – de Jonathan Welton. [Ver Advento, Arrebatamento, Grande tribulação, Segunda Vinda de Cristo] Preterismo – [Do Lat. Preter, passado] É o interesse primário no passado; da pessoa que considera o passado com muito prazer ou estima. Na teologia refere-se aqueles que creem que as profecias do Apocalipse foram cumpridas no passado. “O preterismo é mais uma ferramenta de hermenêutica do que uma teologia. Ou seja, ele nos ajuda a compreender certas passagens, sem que tenhamos que comprometer a nossa posição teológica” (Kenneth L. Gentry, Jr.). [Ver Preterismo Completo, Preterismo Parcial] Preterismo Completo – É um sistema de interpretação que diz que a todas as profecias da Bíblia foram cumpridas até o ano 70 d.C., quando da destruição de Jerusalém pelos romanos. Atualmente, o Preterismo completo vem muitas vezes disfarçado com outros nomes, 1. O Preterismo completo é uma heresia destruidora por vários motivos: b. Segundo o ensinamento do Preterismo completo, mesmo que não pecassem, Adão e Eva morreriam de qualquer maneira, pois a “morte” por comerem do fruto proibido seria somente a “morte espiritual”. c. O ensinamento do Preterismo completo é uma espécie de gnosticismo, pois tratam a matéria, o mundo físico, como mal e sem possibilidade de redenção. d. Os defensores do Preterismo completo distorcem o real significado da ressurreição dos mortos. Eles espiritualizam passagens simples e didáticas que falam da ressurreição do corpo físico. Os preteristas completos acreditam que a ressurreição dos mortos nada tem a ver com a ressurreição do corpo físico, mas apenas seria uma ressurreição espiritual. Atualmente, há três posições diferentes acerca da ressurreição dentro do Preterismo completo, são elas: 1. Por falta de um sacrifício perfeito no Antigo Testamento, as almas dos justos iam para o “hades” ou “seio de Abraão” após a morte. A ressurreição seria a transferência dessas almas do hades para o Céu no ano 70 d.C. quando aconteceu a queda de Jerusalém. 2. Outros defensores do Preterismo completo afirmam que a ressurreição dos mortos seria apenas um renascimento de Israel étnico. 3. Outros ainda defendem que a ressurreição dos mortos seria apenas o novo nascimento, a regeneração. e. De acordo com o Preterismo completo, todos os cristãos que morrem depois do ano 70 d.C. recebem a ressurreição espiritual que são os novos corpos espirituais para viverem no Céu. Como consequência, em vez de ser parte do evento de um grande momento escatológico no final da história, a ressurreição acaba sendo “progressiva”, pois ocorre milhões de vezes ao longo da história. f. Ao ensinar uma espécie de ressurreição progressiva, os termos: “completo”, “consumado”, “realizado” todos usados para o preterismo, tornao contraditório, pois se os cristãos ainda recebem corpos celestiais depois da morte, então, a profecia da ressurreição ainda não se consumou. Assim, enquanto houver pessoas indo para o céu, haverá sempre uma ressurreição em andamento. g. Segundo o Preterismo completo, uma vez que tudo teria acontecido no ano 70 d.C., também é redefinido o conceito de “arrebatamento”. Segundo eles, “o encontro do Senhor nos ares” descrito em 1ª Tessalonicenses 4.17, a palavra “ar” é redefinida para significar o “espírito do homem”. Assim, o “arrebatamento” dos vivos ocorrido no ano 70 d.C., seria apenas um encontro interno com o Senhor, ou um encontro espiritual dos que estavam vivos na ocasião da destruição de Jerusalém. h. A seguir, veja outras crenças do Preterismo completo que podem variar entre seus adeptos (pelo menos nos EUA): 1. O batismo era para ser praticado somente antes do ano 70 d.C. 2. A oração do Senhor era para a era antes ano 70 d.C. 3. A Ceia do Senhor era para ser praticada antes do ano 70 d.C. 4. O trabalho do Espírito Santo cessou no ano 70 d.C. (Cessacionismo) 5. A consumação dos ofícios da Igreja cessaram no ano 70 d.C. 6. A ressurreição no ano 70 d.C. mudou o "princípio constitucional" do casamento. 7. Israel e a humanidade foram entregues a liberdade no ano 70 d.C. (Trans-milenialismo). 8. No julgamento do ano 70 d.C. toda a humanidade foi reconciliada a Deus; todos salvos (Universalismo) 9. O pecado de Adão deixou de ser imputado mundialmente depois do ano 70 d.C.; não há necessidade de nascer de novo (Preterist Universalismo) 10. Quando Jesus entregou o Reino ao Pai em AD70, ele deixou de ser o intermediário (Pantelism / Comprehensive Grace?) 11. O livro de Gênesis é um apocalipse; é sobre a criação de Primeira Aliança humana, não sobre o primeiro homem histórico (Pactual Preterism) i. Ao ensinar que a ressurreição já aconteceu, o preterismo completo tem suas raízes mais antigas em Himeneu e Fileto, os quais o apóstolo Paulo disse que a “linguagem deles corrói como câncer”, e “se desviaram da verdade, asseverando que a ressurreição já se realizou, e estão pervertendo a fé a alguns” (2ª Timóteo 2:17-18). Assim é o preterismo completo e deve ser combatido. Não se pode estender a mão para comunhão com esses hereges. Ver em Obras de ref.: Crítica do Preterismo Completo, de Philip G. Kaiser. Heresias do Preterismo Completo, de César Francisco Raymundo. Refutando o Preterismo Completo César Francisco Raymundo [Ver Preterismo Parcial] Preterismo Parcial – É o termo aplicado para aqueles que acreditam que a grande maioria dos eventos proféticos da bíblia foram realizados no passado, no primeiro século da era cristã. 1. O Preterismo parcial é ortodoxo e bíblico e acompanha a igreja desde os seus primórdios. 2. Todos os cristãos (sem exceção) podem ser chamados de preteristas parciais em algum grau, na medida em que reconhecem que algumas profecias do Novo Testamento já ocorreram. 3. O termo “parcial” é usado pelos cristãos para se distinguirem da heresia chamada Preterismo completo. 4. Uma parte dos defensores do Preterismo parcial crê que o sermão profético de Mateus 24 foi cumprido até o versículo 34, ainda no 1º século d.C. Outros acreditam que todo o capítulo 24 de Mateus foi cumprido no 1º século d.C. Essa diferença entre os preteristas parciais constituem-se numa questão muito ínfima. 5. O preterista parcial crê que os oito sinais, a Grande tribulação, o abominável da desolação, cumpriramse ainda na geração dos primeiros discípulos de Jesus. 6. O preterista parcial crê que ainda no 1º século d.C. foi inaugurado por Cristo o novos céus e a nova terra e a chegada do Reino de Deus. 7. Com a destruição de Jerusalém e o templo, os velhos céus e terra passaram, dando lugar a uma nova era em Cristo, cujo Templo agora é o seu próprio corpo. 8. O tema principal do livro do Apocalipse é sobre a vinda de Jesus em julgamento contra Israel. Por ter se tornado uma nação adúltera ao matarem o Filho de Deus, a nação de Israel recebe de Deus uma carta de divórcio no livro do Apocalipse. 9. O que resta para cumprir-se das profecias é o crescimento e a conquista do Reino de Deus em todas as nações da Terra e, por fim, a Segunda vinda de Cristo, o Juízo final, a ressurreição dos justos e injustos, o arrebatamento e o Estado eterno. Ver em Obras de ref.: A Grande Tribulação, de David Chilton. A Verdade sobre o Preterismo Parcial, de César Francisco Raymundo. Comentário Apocalipse, Raymundo. Preterista de César sobre o Francisco Mateus 24 e a vinda de Cristo, de César Francisco Raymundo. [Ver Abominável da desolação, Advento, Apocalipse, Arrebatamento, Mateus 24, Preterismo Completo, Reino de Deus, Ressurreição, Segunda vinda de Cristo, Septuagésima semana de Daniel] Primeira fase da vinda de Cristo – É o termo dado para designar o arrebatamento da igreja por parte daqueles que creem que a Segunda vinda de Cristo esteja dividida em duas fazes distintas. 1. Os defensores dessa teoria se baseiam em 1ª Tessalonicenses 4:1317 para dizer que na primeira fase o Senhor virá somente para os santos. De acordo com essa teoria, essa vinda seria secreta, o mundo apenas perceberia o desaparecimento de milhões de cristãos. 2. Segundo essa teoria, a primeira fase dar-se-ia antes da Grande tribulação. 3. Não há sequer uma prova dentro das Escrituras para dar suporte a tal ensinamento. A Segunda vinda de Cristo é um evento único em que se dá a ressurreição, o arrebatamento dos vivos e o Juízo final. Ver em Obras de ref.: A Ilusão Pré-milenista - O Quiliasmo analisado à luz das Escrituras – de Brian Schwertley. Sem Arrebatamento Jonathan Welton. Secreto, de [Ver Advento, Arrebatamento, Segunda fase da vinda de Cristo, Segunda vinda de Cristo] Primeira morte – É a morte física, a separação entre a alma e o corpo. 1. A morte física é consequência da morte espiritual, que foi a primeira das maldições após Adão e Eva pecarem (Gênesis 2, 3). 2. É a experiência comum a todos os homens (Hebreus 9:27). 3. Embora esteja ordenado aos homens morrerem uma só vez, haverá uma miraculosa exceção no dia da ressurreição, pois “nem todos dormiremos” (1ª coríntios 15... 1ª Tessalonicenses 4:13-17). 4. Os que não passarão pela morte física no último dia, terão a experiência de Enoque e Elias ao não conhecerem a morte. [Ver Ressurreição, Ressurreição de Cristo, Segunda morte] Primeira ressurreição – [Do Gr. αναστασις η πρωτη, Transl.: anastásis he próte] É a ressurreição descrita em Apocalipse 20:5. Ela ocorre durante o reino milenar de Cristo. Quem participar dessa ressurreição, a segunda morte não terá poder sobre ele. Pela cronologia bíblica só existe uma ressurreição que pode livrar uma pessoa da “segunda morte”, e que também pode ser chamada de “a primeira ressurreição”, é a ressurreição espiritual, o novo nascimento (Efésios 2:1; João 5:24-25; Colossenses 2:13). Todos os dias há pessoas que nascem de novo. Por isto, essa ressurreição é progressiva, acontece ao longo da história. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista Apocalipse, de César Raymundo. sobre o Francisco [Ver Advento, Arrebatamento, Outros mortos, Ressurreição, Ressurreição de Cristo, Segunda vinda de Cristo] Primícias – [Do Gr. απαρχη, Transl.: aparché, “o início, primeiros frutos”*] 1. É o termo que designa a ressurreição de Cristo. Assim Cristo é o primeiro que ressuscita para sempre, é a primícias dos que dormem (1ª Coríntios 15:2023). 2. Os 144.000 descritos no Apocalipse também são designados primícias “para Deus e para o Cordeiro” (Apocalipse 14:4). Alguns dizem que assim são descritos por causa de sua irrepreensibilidade e perseverança. Também pode ser pelo fato de que os 144.000 fazem parte da igreja primitiva, ou seja, foram os primeiros a crerem em Cristo. Ver em Obras de ref.: A Ressurreição de Jesus Cristo – é Ficção ou Fato Histórico Irrefutável? - de César Francisco Raymundo. Comentário Apocalipse, Raymundo. Preterista de César sobre o Francisco [Ver Apocalipse, Grande tribulação, Ressurreição, Ressurreição de Cristo] Primogênito dos mortos – [Do Gr. πρωτοτοκος των νεκρων, Transl.: protótokos ton nekron] É o título conferido ao Senhor Jesus Cristo por causa de seu grande poder ao ser o primeiro a ter vencido a morte. É primogênito no sentido de ser o preeminente, isto é, foi o primeiro, mas não será o último a vencer a morte, pois dá garantias de ressuscitar seus filhos (Colossenses 1.18; Atos 2:31; João 11:25). Ver em Obras de ref.: A Ressurreição de Jesus Cristo – é Ficção ou Fato Histórico Irrefutável? - de César Francisco Raymundo. Comentário Apocalipse, Raymundo. Preterista de César sobre o Francisco [Ver Advento, Arrebatamento, Ressurreição, Ressurreição de Cristo] Príncipe da paz – É um título messiânico dado ao Senhor Jesus por ser ele aquele que promoverá paz sem fim em todo o Universo. 1. A paz de Cristo é conferida a cada um que o recebe como Salvador (João 14:27; Filipenses 4:7). 2. A paz é para toda a igreja quando a mesma anda no temor do Senhor (Atos 9:31). 3. Na medida em que o governo de Cristo aumenta sobre o mundo, a paz sem fim cada vez mais tomará conta da humanidade (Isaías 9:6-7). Ver em Obras de ref.: Pós-Milenarismo PARA LEIGOS Kenneth L. Gentry Jr. [Ver Pós-milenismo, Reino de Deus] Príncipe das potestades dos ares – [Do Gr. αρχοντα της εξουσιας του αερος, Transl.: archonta tes exousias tou aeros] É um título conferido a Satanás devido a sua atuação no mundo em rebelião contra Deus (Efésios 2:2). Prisão de Satanás – É uma descrição simbólica encontrada em Apocalipse 20:1-2 em que um anjo com a chave do abismo e uma grande corrente na mão, prende por mil anos o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás. 1. Os “mil anos” da prisão de Satanás representa todo o período da história da igreja até a Segunda vinda de Cristo. 2. O anjo que prende a Satanás é o próprio Senhor Jesus Cristo. Ele fez isso ainda em seu ministério terreno (Mateus 12:29; Lucas 11.21-22). 3. A prisão de Satanás não sugere uma total inatividade por parte do mal, mas é apenas no sentido de que seu poder foi limitado e não pode mais enganar as nações como era no tempo antes de Cristo (Apocalipse 20:3). Antes de Cristo vir ao mundo, o Diabo havia por milhares de anos enganado as nações (Atos 14:16-17; 17:26-27). 4. Mesmo após Cristo prender o “valente” para saquear-lhe os bens, ainda havia algumas manifestações demoníacas em seus dias. Isto por si só já define que “tipo” de prisão Satanás sofreu. O efeito da prisão de Satanás é sentido na história à medida que o Reino avança e o poder do mal vai perdendo terreno. 5. O Novo Testamento está repleto de passagens que nos informam que Cristo venceu, prendeu e triunfou sobre o Diabo (João 12:31; Lucas 10:17-18; Colossenses 2:15; Hebreus 2:14). 6. No final da história, perto da Segunda vinda de Cristo, Satanás será solto novamente “por um pouco de tempo” para “enganar as nações que estão nos quatro cantos da terra” (Apocalipse 20:3, 7-8). 7. No futuro, quando Satanás for solto para enganar as nações novamente, ele convocará as nações para cercar o “acampamento dos santos e a cidade amada” (Apocalipse 20:8-9). É nesse momento que Deus intervém na história e acontece a ressurreição dos mortos, o Juízo final e o Estado eterno. A Bíblia não explica o porquê de Satanás ser solto novamente, e também nem explica como será o engano das nações. A soltura de Satanás acontece após um período de grandes bênçãos e paz sobre o mundo inteiro, tempo este em que todas as nações já haveriam se convertido a Cristo. Profecia – [Do Gr. προφητειας, Transl.: profeteía] Predição de eventos futuros, também inclui “a ideia de revelações, declarações, exortações, advertências proféticas, proferidas pelos profetas quando atuando sob a influência divina”.* 1. “Nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2ª Pedro 1:20-21). 2. Guardar as palavras da profecia do Apocalipse traz bem-aventurança (Apocalipse 22:7). 3. A predição do futuro nunca é para satisfazer a curiosidade das pessoas, mas é fonte de alimentação da esperança em tempos de aflição e angústia. 4. Deve-se ter muito cuidado na interpretação de textos proféticos, pois nos mesmos pode haver uma mistura de simbologias, metáforas e literalismos. No caso das simbologias ou metáforas, convém sempre procurar na Escritura o significado. Ver em Obras de ref.: * Léxico do Grego do Novo Testamento de Edward Robinson. [Ver Apocalipse, Profeta] Profeta – [Do Gr. προφητης, Transl.: profetes] “Um profeta, um vaticinador de eventos futuros”,* definido assim em escritores gregos. “Alguém que fala por influência divina, sob inspiração, seja ao vaticinar eventos futuros, ou ao exortar, reprovar, ameaçar indivíduos ou nações, ou seja, como embaixador de Deus e intérprete de sua vontade para os homens”.* 1. O cumprimento de boa parte das profecias escatológicas do Novo Testamento prova que Jesus é de fato o profeta anunciado por Moisés (Deuteronômio 18:14-19). 2. O critério para identificar um falso profeta é o não cumprimento da profecia. Mesmo se a profecia se cumprir, deve ser analisado o ensinamento do profeta, se está de acordo ou não com as Escrituras Sagradas (Deuteronômio 18:20-22). Ver em Obras de ref.: * Léxico do Grego do Novo Testamento de Edward Robinson. [Ver Apocalipse, Daniel, Jesus Cristo, Profeta] Promessa – [Do Lat. promissa, prometida] Ato ou efeito de prometer, afirmar, verbalmente ou por escrito, fazer alguma coisa. Compromisso voto juramento. 1. A promessa é a essência de todos os pactos ou alianças que Deus faz. 2. É pela fé somente que se tem o cumprimento das promessas de Deus (Hebreus 11). Provação que há de vir sobre o mundo inteiro – [Ver Hora da provação] Providência divina – É uma medida prévia de Deus com a finalidade de evitar uma ação futura que possa causar danos ou promover o mal; visando a execução final de seus planos. Q Quando serão essas coisas...? – Esta é uma das três perguntas dos discípulos que dão o ponta pé inicial ao sermão profético de Mateus 24, Marcos 13 e Lucas 21. Comentário Apocalipse, Raymundo. 1. O Sermão profético foi pronunciado devido a curiosidade dos discípulos em relação a destruição do templo (Mateus 24:1-2). Queda do homem – [Do Lat. Cadere] É a decadência moral, física e espiritual que veio sobre a raça humana em decorrência do pecado de Adão e Eva (Romanos 3:23). 2. No decorrer do sermão Jesus responde as três perguntas: a. Primeiro o Senhor responde sobre os sinais de sua vinda em julgamento (Mateus 24:4-12). b. O sinal do fim do mundo (ou era judaica) aconteceu depois que todas as nações do Império romano ouviram a respeito do evangelho Reino (Mateus 24:14). c. E, por último, o Senhor responde sobre o tempo em que aconteceria a destruição de Jerusalém e do templo (Mateus 24:34). Ver em Obras de ref.: Mateus 24 e a vinda de Cristo, de César Francisco Raymundo. Preterista de César sobre o Francisco [Ver Apocalipse, Mateus 24, Segunda vinda de Cristo] 1. O resultado da perda da comunhão com Deus trouxe toda sorte de males em toda a criação. 2. Devido ao mal gerado pelo pecado, o homem vive numa constante expectativa escatológica em relação ao futuro. Por isto, vemos no futuro a solução definitiva para todos os nossos problemas. A criação inteira vive nessa expectativa, aguardando o dia da ressurreição (Romanos 8:22). Ver em Obras de ref.: A Ressurreição de Jesus Cristo – é Ficção ou Fato Histórico Irrefutável? - de César Francisco Raymundo. Comentário Apocalipse, Raymundo. Preterista de César sobre o Francisco [Ver Arrebatamento, Fim do Mundo, Ressurreição, Ressurreição de Cristo] Quiliasmo – [No Gr. Transl.: khiliasmos, mil anos] É a doutrina que diz que Cristo implantará seu reino de mil anos, onde haverá justiça, paz e prosperidade a todas as nações (Isaías 35). É conhecido também como “Milênio”, ou “Milenarismo”. Ver em Obras de ref.: Pós-Milenarismo PARA LEIGOS, de Kenneth L. Gentry Jr. [Ver Milênio, Pré-milenismo, milenismo, Reino de Deus] Pós- R Rapto – Ato ou efeito de tirar uma coisa, ou pessoa, de forma inesperada e violenta. Sem Arrebatamento Secreto – Um guia otimista para o fim do mundo – de César Francisco Raymundo. 1. Essa palavra é usada para descrever o arrebatamento dos que estiverem vivos no momento da Segunda vinda de Cristo (1ª Tessalonicenses 4:17). A palavra no Gr. é ‘, Transl.: harpazo, "dominar por meio de força" ou "capturar". [Ver Arrebatamento, Ressurreição] 2. Além do arrebatamento dos santos, essa palavra descreve outros dois arrebatamentos sobrenaturais do Novo Testamento: 1. No grego clássico essa palavra descrevia a ação de um amo que resgatava um escravo que havia se tornado prisioneiro. a. Filipe foi transportado de uma localidade para outra (Atos 8:39). 2. Na linguagem da Escritura, redenção é a libertação da condenação por meio do sacrifício de Cristo (Romanos 3:24; Colossenses 1:14). b. O apóstolo Paulo foi trasladado ao paraíso (2ª coríntios 12:2, 4). 3. O rapto da igreja não visa um escape deste mundo, mas será apenas um evento para transformar os que estiverem vivos no momento da ressurreição. Ver em Obras de ref.: Recompensa – [Ver Galardão] Redenção – [Do Gr. απολυτρωσις, Transl.: apolutrosis, do Lat. Redemptio] Resgate, libertação garantida mediante o pagamento de um resgate. 3. Em sentido geral, redenção significa libertação (sem a ideia de um resgate). Ex.: Libertação de calamidades e morte (Lucas 21:28; Hebreus 11:35).* No caso do contexto de Lucas 21:28, significa que quando começasse a grande tribulação, os discípulos deveriam se alegrar porque a redenção (ou libertação das calamidades e morte) estava se aproximando. Ver em Obras de ref.: * Léxico do Grego do Novo Testamento Edward Robinson, pg. 104. [Ver Salvação] Regeneração – [Do Gr. παλιγγενεσιας, Transl.: palinginesias, do Lat. Regenerationis] Novo nascimento, reprodução. 1. No sentido moral é a mudança, pela graça de Deus, de uma natureza pecaminosa e carnal para uma nova vida em Cristo (Tito 3:5). 2. No Novo Testamento, palinginesias é usada no sentido “para a completa manifestação externa do reino do Messias, quando todas as coisas hão de ser libertadas de sua presente corrupção e restauradas à pureza e esplendor espirituais”.* Ver em Obras de ref.: * Léxico do Grego do Novo Testamento, de Edward Robinson, pg. 680. [Ver Novo nascimento, Reino de Deus] Rei dos reis – [Do Gr. βασιλευς βασιλεων, Transl.: basileús basileon] É um título messiânico dado ao Senhor Jesus Cristo devido a sua morte e ressurreição (Mateus 28:18). Significa o domínio absoluto de Cristo sobre todas as coisas, quer sobre demônios, anjos, imperadores, reis e governadores terrenos (Apocalipse 19:16). Reis da terra – [Do Gr. βασιλεις της γης, Transl.: basileis tes ges] Esta frase pode ser tanto uma referência aos governantes de Israel, bem como aos governantes dentro dos limites do Império romano (Apocalipse 18:3). [Ver Grande meretriz] Reinado dos crentes – É o governo espiritual concedido aqueles que creem em Cristo. Esse reinado dos cristãos acontece de várias maneiras: a. Reina em vida (Romanos 5:17). b. Reina sobre a morte (1ª Coríntios 15:55). c. Reina sobre as nações (Apocalipse 2:26). d. O ápice desse reinado acontecerá no dia da Segunda vinda de Cristo (Judas 14, 15). Reino agora – É a ideia de que o Reino de Cristo está atualmente sendo exercido pela igreja. 1. As descrições a respeito do que acontece no Milênio são realizadas por Cristo à medida em que o Reino avança no mundo. 2. As bênçãos prometidas no Reino milenar de Cristo acontece de maneira progressiva na história até atingir o ápice no dia da ressurreição final. Ver em Obras de ref.: A Ilusão Pré-Milenista - O Quiliasmo analisado à luz das Escrituras - de Brian Schwertley. Pós-Milenarismo PARA LEIGOS, de Kenneth L. Gentry Jr. [Ver Milênio, Pós-milenismo, Reino de Deus] Reino de Deus – [Do Gr. βασιλεια του θεου, Transl.: basileía tou Teou] É o domínio de Deus sobre toda a sua criação tanto no céu como na terra. O Reino de Deus é sinônimo de Reino dos céus, sendo este último pertencente a dimensão celestial. 1. A chegada do Reino de Deus se deu no primeiro século da era cristã (Mateus 12:28; 16:27-28; Apocalipse 1:6, 9; Colossenses 1:13-14; Tessalonicenses 2.12; Tiago 2.5). 1ª 2. A partir do nascimento de Jesus Cristo veio a Salvação, o Poder, a chegada do Reino do nosso Deus e a autoridade do Seu Cristo (Apocalipse 12:10). 3. Satanás já não é mais o acusador e muito menos o “deus deste século”, porque o Todo-Poderoso “assumiu” seu grande poder e passou a reinar (Apocalipse 11:15-17). 4. Depois de sua Ascenção, Cristo assentou-se no trono da sua glória para reinar e julgar as nações (Mateus 25:31-46). Esse julgamento é progressivo e acontece ao longo da história. 5. O Reino de Deus não veio com visível aparência e nem está em algum lugar geográfico, mas está dentro das pessoas (Lucas 17:20-21). 6. O Reino começou nos dias de Cristo como do tamanho de um grão de mostarda, e caminha para a plenitude (Marcos 4:31-32). A pedra que simboliza o Reino de Deus destruindo a estátua do sonho do rei Nabucodonosor. ________ 11. A conquista e a vitória do Reino de Deus neste mundo, não é abrupta, mas progressiva, ou seja, conforme Cristo reina, Ele vai vencendo seus inimigos até sobrar o último inimigo, a morte (1ª Coríntios 15:25-26). Ver em Obras de ref.: Mateus 25 e o grande Julgamento, de César Francisco Raymundo. 7. O crescimento do Reino também é comparado ao fermento (Lucas 13:2021). Pós-Milenarismo PARA LEIGOS, de Kenneth L. Gentry Jr. 8. A pedra que Nabucodonosor viu em sonho é o domínio conquistador do Reino de Deus. Reino dos céus – [Ver Reino de Deus] 9. Para “entrar” ou “ver” o Reino de Deus é necessário passar pela regeneração, ou novo nascimento (João 3). 10. O fim desta era de pecado e morte chegará quando o Filho entregar o Reino ao Deus e Pai (1ª Coríntios 15:24). [Ver Milênio, Pós-milenismo, Reino] Ressurreição – [Do Gr. αναστασις, Transl.: anástasis, do Lat. Resurrectione] Um levantamento, como de paredes, o retorno milagroso de um cadáver a vida (Hebreus 11:35; 1º Reis 17:17, 21). 1. Os que ressuscitam são levantados de volta à vida. As ressurreições descritas na Bíblia – como a de Lázaro - foram apenas temporárias, pois os ressuscitados voltaram a morrer novamente (João 11), porque não houve a transformação de corpo como haverá na ressurreição final. 2. As ressurreições relatadas na Bíblia são pequenas amostras do poder de Deus e o que ele ainda irá fazer no futuro. 3. A ressurreição faz parte do plano de salvação, pois a mesma é a redenção do corpo físico. A matéria não está descartada dos planos de Deus. O ser humano não foi destinado para viver eternamente sem um corpo no Céus, mas será também um ser material para sempre. Com a ressurreição acontece a revelação dos filhos de Deus e, por consequência, toda a criação ressuscitará (Romanos 8:19-23). 4. A esperança do cristão não é viver para sempre sem um corpo (Atos 24:15; Hebreus 11:35; João 11:24). 5. A ressurreição geral acontecerá no último dia e será de justos e injustos. Os que tiverem feito o bem para a ressurreição da vida, e os que tiveram praticado mal para a ressurreição do juízo (João 5.28, 29; 6:39-40; 11:24, ver também Filipenses 3.10, 11; Romanos 6.5; Daniel 12.13; Isaías 26.19; Mateus 22:30-32; Atos 17:31-32; 23:6; 24:15, 21; 26:23). 6. A “ressurreição dos justos” é a “ressurreição da vida”, da felicidade eterna (Lucas 14:14; 20:35-36; Daniel 12:2). 7. Na sequência dos acontecimentos do último dia, os mortos em Cristo ressuscitam primeiro, em seguida, os santos vivos são arrebatados (1ª Tessalonicenses 4:16). 8. A ressurreição dos injustos será para horror e vergonha eterna (Daniel 12:2). Muito pouca coisa é falada sobre a ressurreição dos injustos, apenas sabemos que seus corpos serão diferentes dos corpos dos santos. Eles sofrerão a penalidade no inferno com seus corpos físicos ressuscitados (Mateus 10:28). 9. A ressurreição geral só será possível graças a ressurreição de Cristo (1ª Coríntios 15). Ver em Obras de ref.: A Ressurreição de Jesus Cristo – é Ficção ou Fato Histórico Irrefutável? – de César Francisco Raymundo A Segunda Vinda de Cristo: Sem Ficção, Sem Fantasia! Compilação de César Francisco Raymundo [Ver Arrebatamento, Continuidade entre o corpo mortal e o corpo glorificado, Corpo ressurreto, Imortalidade, Mortal se revestirá da imortalidade, Ressurreição de Cristo, Segunda vinda de Cristo] Ressurreição de Cristo – [Do Gr. αναστασεως του χριστου, Transl.: anastáseos tou Christou] Foi a revificação corporal de Cristo no terceiro dia em cumprimento das profecias (Lucas 24:1-7; Atos 2:30-32). 1. A ressurreição de Cristo é o fato e a doutrina principal do Novo Testamento. A fé cristã depende exclusivamente da ressurreição de Cristo, o cristianismo cai ou permanece em pé se Cristo ressuscitou ou não (1ª Coríntios 15:14). 2. A ressurreição de Cristo foi um evento histórico real. 3. A ressurreição de Cristo é negada por céticos e incrédulos eruditos humanistas seculares e por teólogos modernistas. “Todas as objeções à doutrina bíblica de uma ressurreição real, histórica, literal e corporal de Cristo procedem de axiomas apóstatas e incrédulos” (Brian Schwertley, The Resurrection of Jesus Christ). 4. “À luz dos métodos historiográficos, a ressurreição de Jesus é o fato melhor atestado em toda a história” (Pr. Franklin Ferreira). 5. “Há uma ausência total de outras explicações satisfatórias para o fenômeno da ressurreição de Cristo; qualquer outra teoria não responde a toda a evidência” (Pr. Franklin Ferreira). 6. “Muitos pesquisadores imparciais, que estudam a ressurreição de Cristo com um espírito judicioso, têm sido forçados pelo peso das provas a crerem na ressurreição como um fato histórico” (Mcdowell). 7. Cristo ressuscitou com o mesmo corpo em que morreu na cruz. Suas aparições não eram fantasmagóricas, nem eram visões. Era Jesus em carne e osso. Seu corpo ressuscitado manteve as mesmas propriedades físicas, e isto pode ser comprovado no episódio em que se deixou tocar pelos discípulos (Lucas 24:39; João). 8. Seus discípulos O reconheceram depois da Sua ressurreição, mas não sempre. As diferenças foram suficientes para, às vezes, torná-lo irreconhecível (Lucas 24:13-16,31; João 20:14-16). 9. Após a ressurreição, o Senhor andou e conversou com os discípulos. Ele chegou a cozinhar, comer e beber com eles (Lucas 24:43; João 21:9-14). 10. O corpo ressurreto de Jesus tinha qualidades inexplicáveis. Ele desaparecia diante dos discípulos (Lucas 24:31), ou aparecia numa casa toda trancada (Lucas 24:36-37). 11. A ressurreição de Jesus Cristo é importante pelos seguintes fatos: a. É a garantia de nossa ressurreição e transformação final (Lucas 15:21; João 3:36). b. Sem a ressurreição de Cristo não seria possível a vida na eternidade (1ª Coríntios 15:14). 12. A ressurreição de Cristo é o cerne de toda a escatologia bíblica. Ver em Obras de ref.: A Ressurreição de Jesus Cristo – é Ficção ou Fato Histórico Irrefutável? – de César Francisco Raymundo A Segunda Vinda de Cristo: Sem Ficção, Sem Fantasia! Compilação de César Francisco Raymundo [Ver Arrebatamento, Continuidade entre o corpo mortal e o corpo glorificado, Corpo ressurreto, Imortalidade, Mortal se revestirá da imortalidade, Ressurreição de Cristo, Segunda vinda de Cristo] Retorno real, visível e literal de Cristo – [Ver Virá do mesmo modo que o vistes partir] Revelação – [Ver Apocalipse] Revelação de Jesus Cristo – É a manifestação do Filho de Deus nas diversas etapas de seu ministério eterno. 1. Cristo se manifestou no princípio quando junto ao Pai criou os céus e a terra (João 1:1-3; Gênesis 1:1). 2. Cristo manifestou-se em carne e habitou entre nós (João 1:14). 3. O Senhor, em seu ministério terreno, revelou-se como Profeta (Lucas 24:19), Sacerdote (Hebreus 2:17) e Rei (Mateus 2:2). 4. O Senhor se manifestará do céu com os anjos do seu poder. A vinda de Jesus será como uma revelação ou um momento em que Ele se revela (2ª Tessalonicenses 1.7). 5. O Apocalipse é a revelação de Jesus Cristo as sete igrejas da Ásia (Apocalipse 1:1). A Segunda Vinda de Cristo: Sem Ficção, Sem Fantasia! Compilação de César Francisco Raymundo Ver em Obras de ref.: [Ver Apocalipse] S Salvação – [Do Gr. σωτηρία, Transl.: soteria, do Lat. salvatio] Segurança, libertação, preservação, de perigo ou destruição.* 1. A salvação oferecida por Cristo é completa, pois abrange três etapas, são elas: a. Instantânea – É quando a pessoa é convencida de seu pecado e recebe a Cristo pela fé (João 5:24; Atos 15:11; Romanos 8:1; Romanos 10:9; 2ª Coríntios 5:17; 1ª João 3:14; 1ª João 5:11, 12). Nesta etapa da salvação encontramos nos versículos citados os seguintes termos: “tem a vida eterna”, “já passou da morte para a vida”, “somos salvos”, “não existe nenhuma condenação”, “nova criatura” e “nos deu a vida eterna”. b. Atual – É a salvação na vida diária em que aquele que recebeu a Cristo recebe santificação, correção, livramentos do maligno, fortalecimento na fé ou uma disciplina ((1ª Coríntios 1:18; 1ª Pedro 2:2; Filipenses 2:12; Tiago 1:21; 1ª Timóteo 4:16). Nesta etapa da salvação encontramos nos versículos citados os seguintes termos: “sendo salvos”, “ser salvos”, “completar a salvação”, “salvá-los” e “salvará”. c. Futura - Esta última etapa da salvação é efetuada no corpo e também é a redenção final. É a ressurreição dos mortos (1ª João 3:2; Filipenses 3:21; Romanos 8:23; 2ª Coríntios 5:4; 2ª Timóteo 1:12). Nesta etapa da salvação encontramos nos versículos citados os seguintes termos: “Ficaremos parecidos com ele”, “Ele transformará o nosso corpo fraco e mortal”, “nos liberte completamente”, “desejamos é receber o corpo celestial”, “Ele é poderoso para guardar, até aquele dia”. 2. No contexto de Mateus 24:13, 22, ser salvo significa a preservação da vida em meio as calamidades da Grande tribulação ocorrida em Jerusalém no ano 70 d.C. Aqueles dias foram abreviados por causa dos eleitos. Ver em Obras de ref.: * Léxico do Grego do Novo Testamento, de Edward Robinson, pág. 888. Santificação – [Do Gr. αγιασμος, Transl.: hagiasmos; do Lat. Sanctificatio] Pureza de coração e vida. Salvação não se perde... É Eterna!!!, de César Francisco Raymundo. 1. A santificação é produzida pelo Espírito Santo (2ª Tessalonicenses 2:13; 1ª Pedro 1:2). [Ver Redenção, Vida eterna] Salvador – [Do Gr. σωτήρoς, Transl.: Sotheros; do Lat. Salvatore] “Um salvador, libertador, preservador, que salva de perigo e destruição e conduz a um estado de prosperidade e felicidade...”.* 1. No Antigo Testamento Deus se apresentou como aquele liberta seu povo do Egito (Êxodo 20:2). 2. Fora de Deus não há Salvador (Isaías 43:11). Portanto, Cristo é realmente Deus e único Salvador (João 1:1; Lucas 2:11). 3. O Senhor Jesus é um Salvador tanto histórico como escatológico, livrando o ser humano da condenação presente e futura. Ver em Obras de ref.: * Léxico do Grego do Novo Testamento, de Edward Robinson, pág. 888. Salvação não se perde... É Eterna!!!, de César Francisco Raymundo. [Ver Redenção, Vida eterna] Sangue de Jesus, O – [Do Gr. αιμα ιησου, Transl.: haima Iesou] É o sangue precioso, imaculado de Jesus derramado na cruz do Calvário que nos purifica de todos os pecados (Hebreus 9:14, 22; 1ª João 1:7; Apocalipse 7:14). 1. A igreja no Apocalipse venceu “por causa do sangue do Cordeiro” (Apocalipse 12:11). [Ver Jesus Cristo, Salvador] 2. Cristo é o autor da santificação (1ª Coríntios 1:30). Sem essa santificação de Cristo ninguém poderá vê-lo (Hebreus 12:14). Todos os cristãos têm essa santificação e poderão ver o Senhor, pois purificam a si mesmos (1ª João 3:2,3; Romanos 6:22). 3. Não é possível perder a salvação, pois Cristo “aperfeiçoou para sempre os que são purificados do pecado” (Hebreus 10:14). [Ver Perseverança, Salvador, Santos] Salvação, Santos – [Do Heb. Transl.: Kadosh, do Gr. αγιος, Transl.: hagios] É todo aquele que recebeu Jesus Cristo pela fé. É separado do mundo para dedicarse a expansão do Reino de Deus. Ser santo não significa estar sem pecado, e muitos menos viver uma vida antissocial deixando de frequentar certos lugares, ou deixar de fazer determinadas coisas conforme o legalismo de muitos igrejas. [Ver Santificação] Sardes, Igreja de – Era uma cidade na província romana da Ásia, no Ocidente do que é hoje a Turquia asiática. Foi a capital do antigo reino de Lidia, a maior das potências estrangeiras encontradas pelos gregos durante a sua colonização precoce da Ásia Menor (Ralph E. Bass, Jr.).* A cidade antiga de Sardes, hoje apenas ruínas perto da atual vila de Sarte na Turquia, considerava-se impenetrável. Foi situada numa rota comercial importante no vale do Hermo, com a parte superior da cidade (a acrópole) quase 500 metros acima da planície, nos rochedos íngremes do vale. Era uma cidade próspera, em parte devido ao ouro encontrado no Pactolos, um ribeiro que passava pela cidade.* A cidade antiga fazia parte do reino lídio. Pela produção de ouro, prata, pedras preciosas, lã, tecido, etc., se tornou próspera. Os lídios foram o primeiro povo antigo a cunhar regularmente moedas. Em 546 a.C., o rei lídio, Croeso, foi derrotado pelos persas (sob Ciro o Grande). Soldados persas observaram um soldado de Sardes descer os rochedos e, depois, subiram pelo mesmo caminho para tomar a cidade de surpresa durante a noite. Assim, a cidade inexpugnável caiu quando o inimigo chegou como ladrão na noite! Em 334 a.C., a cidade se rendeu a Alexandre o Grande. Em 214 a.C., caiu outra vez a Antíoco o Grande, o líder selêucido da Síria. Durante o período romano, pertencia à província da Ásia, mas nunca mais recuperou o seu prestígio. Era uma cidade com um passado glorioso e um presente de pouca importância em termos políticos e comerciais (Dennis Allan).* Ver em Obras de ref.: * Comentário Preterista sobre o Apocalipse, de César Francisco Raymundo, pg. 113. [Ver Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Filadelfia, Laodicéia] Satanás – [Do Heb. ן נ שנTransl.: Satan, “adversário”, no Gr. Σατανάς, Transl.: Satanás] É um dos nomes do arquiinimigo de Deus, também conhecido como “dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás” conforme Apocalipse 20:2. [Ver Diabo, Diabo e seus anjos] Secularismo – 1. Regime liderado por leigos. 2 Hostilidade à influência da religião e das reflexões teológicas.* Ver em Obras de ref.: * Dicionário Michaelis. [Ver Era, Século] Século – Período de cem anos. Na escatologia não significa um mero período de cem anos. Significa, muitas vezes, o “tempo” ou “época” profana em que uma pessoa vive, mas não deve se conformar: não deve se conformar: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. (Romanos 12:2) [Ver Era, Mundo] Segunda fase da segunda vinda de Cristo – É o termo que os prémilenistas usam para descrever o retorno de Cristo à Terra, junto com a igreja - que segundo eles – haverá de ser arrebatada sete antes da Grande tribulação. 1. Segundo essa doutrina a vinda de Cristo é dividida em duas fases: a. Na primeira fase, o Senhor vem para os santos no arrebatamento secreto; b. Na segunda fase, Cristo viria gloriosamente com os santos para derrotar o Anticristo, libertar Israel e implantar o reino milenar. 2. Não há base alguma nas Escrituras para uma segunda vinda de Cristo em duas fases. A Escritura ensina apenas a vinda de Cristo no último dia em que ao mesmo tempo acontece o arrebatamento e a ressurreição de justos e injustos (João 5:28-29; Hebreus 9:27-28; 1ª Tessalonicenses 4:13-17). Ver em Obras de ref.: Sem Arrebatamento Secreto – Um guia otimista para o fim do mundo – de Jonathan Welton. A Ilusão Pré-Milenista - O Quiliasmo analisado à luz das Escrituras – de Brian Schwertley [Ver Advento, Arrebatamento, Primeira fase da vinda de Cristo, Ressurreição, Segunda vinda de Cristo] Segunda oportunidade de salvação – É a doutrina que diz que após a morte haverá uma segunda oportunidade de salvação para o ser humano. A Escritura contraria tal doutrina ao dizer que os homens morrem só uma vez, e depois disto, vem o juízo (Hebreus 9:27). Segunda ressurreição – [Ver Outros mortos, Primeira ressurreição] Segunda Vinda de Cristo – É a volta pessoal e corporal de Cristo à Terra. É chamada de “segunda” porque é contrastada com sua primeira vinda que foi seu nascimento físico (Hebreus 9:26). 1. Essa vinda é do tipo “corporal”, ou seja, Ele virá com o mesmo corpo físico com que ressuscitou, agora um corpo glorificado. 2. Será uma vinda diferente das outras “vindas” ou visitações sobrenaturais. 3. A Segunda vinda é acompanhada da ressurreição dos mortos e de toda a criação. Será a revelação dos filhos de Deus (Romanos 8:20-23). 4. Virá somente para os que o aguardam para a salvação (Hebreus 9:27-28). 5. Virá como Juiz de vivos e de mortos (Atos 10:42; 2ª Timóteo 4:1). 6. Será o dia da vitória sobre a morte (1ª Coríntios 15:51-55). 7. Será uma descida do céu (1 Tessalonicenses 4:13-17). 8. O objetivo dessa vinda é dar o toque final na restauração de todas as coisas (Atos 3:20-21). Ver em Obras de ref.: A Segunda Vinda de Cristo: Sem ficção, Sem fantasia! Compilação de César Francisco Raymundo. Sem Arrebatamento Secreto – Um guia otimista para o fim do mundo – de Jonathan Welton. [Ver Advento, Ressurreição] Arrebatamento, Segurança eterna da salvação – É a doutrina que diz que o cristãos jamais perderá sua salvação. 1. De acordo com o ensinamento bíblico, o cristão jamais pode perder a salvação, pois o temor do Senhor é para que o crente jamais se aparte dEle (Jeremias 32:38,39 e 40). 2. Ninguém pode arrebatar o cristão das mãos de Cristo ou separá-lo de seu amor (João 10:28 e 29; Romanos 8:35, 38 e 39). 3. A salvação não pode ser perdida porque a mesma é eterna, e não temporária (Hebreus 5:9; 9:12). 4. Quem confirma o crente até o fim é Cristo (1ª Coríntios 1:8). 5. O Filho de Deus fica para sempre no cristão (João 8:35). 6. Um filho de Deus não cai prostrado para sempre (Salmos 37:23 e 24). 7. O Senhor é poderoso para nos guardar de tropeços (Judas 24). 8. Nenhum Ele permitirá que se perca (João 6:39). íntima com Abraão, como um de seus filhos amados...”.* 9. Nenhum nome será riscado do Livro da vida do Cordeiro (Apocalipse 3:5). Ver em Obras de ref.: * Léxico do Grego do Novo Testamento, de Edward Robinson, pág. 510. 10. Na Bíblia há textos que apenas “aparentemente” falam de uma possível perda da salvação. Na verdade, são textos que falam dos falsos crentes e suas advertências ajudam a produzir a perseverança dos santos (João 6:70-71; 17:12; Hebreus 6:4-6; 10:26-31; Mateus 7:21-22; Mateus 25:1 a 13; Mateus 12:43 a 45). Ver em Obras de ref.: Salvação não se perde... É Eterna!!!, de César Francisco Raymundo. [Ver Redenção, Salvação, Salvador] Seio de Abraão – [Do Gr. κολπον του αβρααμ, Transl.: kólpon tou Abraám] É o nome do lugar que os antigos hebreus davam para onde iam as almas dos justos após a morte. Segundo essa concepção judaica, o Seio de Abraão provavelmente era o Paraíso que ficava no centro da Terra, separado do Hades por um grande abismo. 1. Na Parábola do rico e Lázaro, o Senhor Jesus faz referência a esse lugar (Lucas 16:19-31). 2. Conforme a Bíblia de Jerusalém edição de 1982, o seio de Abraão é uma antiga expressão hebraica semelhante à locução bíblica “reunir-se a seus pais”, isto é aos patriarcas (Dt 31,16) pág. 1366, nota "c". 3. A palavra κολπον (seio), em sentido figurado, significa “estar junto ao seio de alguém”,* é o mesmo que “estar em seu abraço, ser estimado por ele como objeto de profunda afeição e cuidado”.* No caso “Seio de Abraão” e “Lázaro em seu seio” (Lucas 16:22-23) é o equivalente a estar “em comunhão [Ver Céu, Céu Terceiro, Parábola do rico e Lázaro] Hades, Segunda ressurreição – [Ver Primeira ressurreição] Senhor – [Do Gr. κυριους, Transl.: kúrios, senhor, amo, dono] É o título que revela a Divindade do Senhor Jesus Cristo e o seu senhorio sobre a igreja, o mundo e o Reino de Deus. 1. Kυριους também significa dono de propriedade, chefe de uma casa, possuidor de pessoas, servos e escravos (Mateus 20:8; Marcos 13:35; Mateus 10:24; 24:45). 2. Era um título dado ao imperador romano (senhor supremo, soberano, Atos 25:26). 3. ‘ο κυριους (com o artigo) foi utilizado a Deus em substituição ao nome Javé na LXX. Portanto, a “Deus como Supremo Senhor e soberano do Universo”,* (Mateus 1:22; 5:33). Ver em Obras de ref.: * Léxico do Grego do Novo Testamento, de Edward Robinson, pág. 510. [Ver Deus, Jesus Cristo] Senhor dos senhores – [Do Gr. κυριος κυριων, Transl.: kúrios kurion] É um título messiânico escatológico conferido ao Senhor Jesus Cristo, quando de sua vinda em julgamento contra Jerusalém no ano 70 d.C. (Apocalipse 19:11-16). 1. Por ser Senhor dos senhores, Ele atualmente rege todas as nações (Salmo 2:9; Apocalipse 19:15). Por fim, a paz mundial será implantada definitivamente na terra (Isaías 2:4). 2. O Senhor espalhará o conhecimento de Deus e promoverá o bem estar de todos os povos (Isaías 11:9; 35). O que todos os governantes do mundo não conseguiram como título, somente o Filho de Deus o pode (Daniel 7:13). [Ver Jesus Cristo, Senhor, Reino] Seremos arrebatados – [Do Gr. συν αυτοις αρπαγησομεθα, Transl.: sun autois harpagesómetha] É a expressão empregada pelo apóstolo Paulo para descrever como será o arrebatamento dos que estiverem vivos no momento da Segunda vinda de Cristo (1ª Tessalonicenses 4:17). No original grego, essa expressão significa “ser levado para cima súbita e poderosamente”. curiosidade dos mesmos a respeito da declaração de Jesus sobre a destruição do templo de Jerusalém. O sermão profético está escrito em Mateus 24, Marcos 13 e Lucas 21. 1. Todo o sermão profético é sobre a destruição de Jerusalém e do templo. 2. O Sermão profético está assim dividido: a. O princípio das dores (Mateus 24:114). b. A Grande tribulação (Mateus 24:1428). c. A vinda do Filho do Homem (Mateus 24:29-35). d. Advertências à vigilância (Mateus 24:36-44). Ver em Obras de ref.: Sem Arrebatamento Secreto – Um Guia Otimista para o Fim do Mundo – de César Francisco Raymundo. 3. Mateus 24 é o principal texto que tem sido usado para o estudo do Sermão profético. Para melhor entendimento do mesmo é necessário ler também Marcos 13 e principalmente Lucas 21. [Ver Advento, Arrebatamento, Ressurreição, Segunda vinda de Cristo] Ver em Obras de ref.: Mateus 24 e a vinda de Cristo, de César Francisco Raymundo. Seremos semelhantes a Ele – [Do Gr. ομοιοι αυτω εσομεθα, Transl.: homoioi autou esometha] Expressão usada pelo apóstolo João para mostrar que após a nossa ressurreição seremos semelhantes a Cristo (1ª João 3:2). [Ver Mateus 24] A natureza divina habitará em nós, teremos corpos imortais, seremos como os anjos do Céu e não estaremos mais sujeitos ao espaço-tempo (Lucas 20:30-36; 1ª Coríntios 15:53-54). [Ver Arrebatamento, Ressurreição, Ressurreição de Cristo, Segunda vinda de Cristo] Sermão profético – É o discurso pronunciado pelo Senhor Jesus aos seus discípulos, em virtude da Sete anos de tribulação – Segundo o Dispensacionalismo seria o período de duração da Septuagésima semana de Daniel, durante a qual aconteceria o reinado do Anticristo e a Grande tribulação. 1. Segundo essa teoria, no início dos sete anos aconteceria o arrebatamento da igreja, e na sequência, haveria três anos e meio de paz, prosperidade e engano sob o governo do Anticristo. 2. Os restantes três anos e meio seriam marcados pela Grande tribulação e a revelação do Anticristo como a Besta do Apocalipse impondo sua marca. 3. Não há base bíblica alguma para uma futura tribulação de sete anos. O Senhor foi muito claro sobre o tempo do cumprimento da grande tribulação indicando que a mesma seria na geração da igreja primitiva (Mateus 24:34). Ver em Obras de ref.: A Ilusão Pré-Milenista - O Quiliasmo analisado à luz das Escrituras – de Brian Schwertley. A Grande Tribulação, de David Chilton. Sem Arrebatamento Secreto – Um Guia Otimista para o Fim do Mundo – de Jonathan Welton. [Ver Anticristo, Arrebatamento, Grande Tribulação, Septuagésima semana de Daniel, Segunda vinda de Cristo] Sete igrejas da Ásia – São as igrejas as quais João endereçou o livro do Apocalipse (Apocalipse 1:4, 11). As sete igrejas são: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia. 1. O livro do Apocalipse foi dirigido especificamente as sete igrejas particulares que poderiam facilmente ter conseguido a mensagem com rapidez suficiente. 2. As sete igrejas não representam sete períodos da igreja no decorrer da história como insistem alguns, mas são igrejas locais as quais João estava especificamente preocupado com elas. 3. A ordem dessas igrejas no Apocalipse demonstra que elas foram organizadas de acordo com uma estrada postal romana, e por isto, essas igrejas poderiam receber a mensagem rapidamente. Assim a mensagem do Apocalipse também poderia rapidamente se espalhar por todo o Império romano. A sete igrejas da Ásia estavam em uma rota postal romana. _____________________ 4. Todo o conteúdo encontrado nas cartas enviadas a essas igrejas demonstra que se tratava de igrejas do primeiro século da era cristã, e não de um futuro distante. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista Apocalipse, de César Raymundo. sobre o Francisco [Ver Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia] Septuagésima semana de Daniel – É o período de tempo em que ocorreu a morte de Cristo segundo a profecia das setenta semanas de Daniel. 1. Segundo o atual ensinamento dispensacionalista, essa 70ª semana da profecia de Daniel seria o período de sete anos, durante o qual aconteceria o reinado do Anticristo e a Grande tribulação. Ainda segundo tal ensino, a 70ª semana começa após o arrebatamento da igreja. Então, segundo o ensinamento dispensacionalista, há um intervalo de tempo entre a 69ª semana e a 70ª da profecia de Daniel. Tal teoria não passa de uma falácia. 2. Para mais detalhes, veja a seguir a Setenta semanas de Daniel. Setenta semanas de Daniel – A revelação profética sobre as setenta semanas surgiu da curiosidade do profeta do Daniel, quando este estava exilado na babilônia. No capítulo 9, a dúvida de Daniel era sobre o que o futuro reservava para Israel, pois a profecia de Jeremias sobre os setenta anos de exílio e desolações sobre Jerusalém estava prestes a ser completada. A resposta de Deus à oração de Daniel veio através do anjo Gabriel depois de vinte e um dias consecutivos (Daniel 9:1, 2, 22-24). 1. É ponto pacífico entre os teólogos que essas setenta semanas referem-se a semanas de anos. Portanto, significam literalmente 490 anos.* 2. Dentro desse prazo aconteceu a expiação do pecado, a justiça de Deus foi satisfeita e o Santo dos Santos ungido. Tudo isso aconteceu na primeira vinda de Cristo. Pela Cruz, a iniquidade do mundo foi expiada, e a justiça divina satisfeita. Com a ressurreição, o Santo dos Santos foi ungido. * 3. Quando Daniel recebeu essa visão, Jerusalém havia sido destruída por Nabucodonosor, rei da Babilônia. Entretanto, Deus estava prometendo que aquela cidade ainda haveria de ser restaurada. * 4. “Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até o Ungido, o Príncipe, sete semanas, e sessenta e duas semanas” (Daniel 9:25). Em 457 a.C. foi promulgado o decreto do rei Artaxerxes, concedendo a Esdras a autorização de começar a reconstrução de Jerusalém. 69 semanas de anos depois, ou 483 anos, chegamos precisamente à época em que Jesus iniciou o Seu ministério público. Tratase de uma exatidão extraordinária, que só pode ser explicada levando-se em conta a incontestável inspiração do texto sagrado. E o texto profético prossegue: “Depois das sessenta e duas semanas será cortado o Ungido e não será mais...” (v.26a). * 5. À essas 62 semanas devem ser somadas as 7 primeiras semanas, totalizando 69 semanas. Com a morte do Ungido (em grego é Christos), a iniquidade teria sido expiada, e a justiça divina vindicada. Ora, se o Ungido seria cortado depois das 69 semanas, logo, concluímos que Ele foi morto na 70a Semana. Isso derruba de vez a teoria de que a 70a Semana ainda virá, e que entre a 69a e a 70a haveria uma espécie de intervalo (tal teoria é defendida pelos dispensacionalistas) Diante do fato de que o Ungido foi cortado depois da 69ª semana, só podemos concluir que tal teoria não passa de uma falácia. * 6. Se acreditarmos no fato de que a 70a Semana ainda está pra vir, teremos que admitir que o pecado ainda não foi expiado, e que Cristo não era o Ungido que estava pra vir. Isso seria um absurdo! * 7. Uma vez que Jerusalém rejeitara o seu Rei, nada lhe restara senão a destruição. A morte de Cristo na Cruz selou o destino daquela cidade. Por isso, na sequência da profecia lemos: “e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário. O seu fim será como uma inundação: Até o fim haverá guerra, e estão determinadas desolações” (v.26). * 8. O versículo 27 de Daniel 9 refere-se a Cristo como aquele que “firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação”. Após essa obra de Cristo, veio “sobre a asa das abominações o assolador”, a destruição de Jerusalém por causa de seus pecados. Ver em Obras de ref.: 70 Semanas de Daniel, de Kenneth L. Gentry, Jr. * Predições de Cristo, de Hermes C. Fernandes. [Ver Anticristo, Fim do mundo, Grande tribulação] Sheol – É a palavra hebraica que no Antigo Testamento designava o local para onde iam as almas dos mortos (Números 16:30; Salmo 9:17). O equivalente de Sheol é a palavra grega Hades. [Ver Hades, Geena, Inferno, Lago de fogo] Símbolo, simbologia apocalíptica – No caso de Símbolo é “qualquer coisa usada para representar ou substituir outra, estabelecendo uma correspondência ou relação entre elas. Ser, objeto ou imagem ao qual se pode atribuir mais de um significado”.* 1. O estilo literário do Apocalipse através do uso de símbolos é muito antigo e surgiu na época helenista. Essa época foi marcada pelas conquistas de Alexandre, o Grande (336-323 a.C.), com sua política de dominação absoluta, continuada depois por seus sucessores. Foi uma época conturbada para o povo judeu, e desse contexto é que surgiram os livros da apocalíptica judaica, usando o gênero apocalíptico. 3. Nos dois séculos anteriores a Cristo o gênero literário apocalíptico teve grande uso entre os judeus. A linguagem em código servia para “driblar” os inimigos perseguidores. 4. O livro do Apocalipse de João também utiliza o mesmo gênero vindo da apocalíptica judaica. No clima de perseguição em que passava a igreja primitiva, o apóstolo João teve que usar a simbologia apocalíptica para poder falar sobre a besta (Império romano), ou a segunda besta (Israel apóstata). Seria muito perigoso falar as claras contra os perseguidores dos cristãos. 5. Quando João teve as visões do Apocalipse, ele viu o futuro imediato do que ia acontecer entre seus contemporâneos. Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista Apocalipse, de César Raymundo. sobre o Francisco * Dicionário Michaelis. Sinal da besta – [Ver Marca da besta] Sinais – [Do Gr. σημεια, Transl.: semeia] São milagres e prodígios que demonstram a intervenção sobrenatural de Deus no mundo físico. 1. Os falsos profetas também fazem sinais e prodígios da mentira ((Mateus 24:24; Apocalipse 13:14). 2. Os sinais só são vindos de Deus se o resultado final produz Sua glória e a verdade do evangelho. [Ver Milagre] Sinais dos tempos – É o conjunto de acontecimentos que são previamente registrados nas Escrituras com o objetivo de alertar os cristãos dos futuros acontecimentos do tempo do fim. No caso em questão, temos em Mateus 24, Marcos 13 e Lucas 21 vários sinais que antecederiam o fim da era judaica que ocorreu no ano 70 d.C. Sono da alma – Doutrina em que se diz que a alma humana fica em estado de inconsciência entre a morte e a ressurreição, e só seria despertada no toque da última trombeta. 1. Outros tentam preencher a lacuna do Estado intermediário ao ensinar que os mortos estão no céu ou no inferno esperando o dia da ressurreição. 2. A Bíblia, porém, apenas sussurra a respeito do Estado intermediário e mostra evidências que entre a morte e o último dia, há apenas um abrir e fechar de olhos, não explicando como o tempo intermediário seria preenchido. 3. Em uma época em que a física estuda a relatividade do tempo, em que se sabe que o tempo não passa igual para todos (e isto em termos de mundo físico), porque não poderíamos pensar que a morte leva diretamente ao futuro? Mesmo porque para Deus todos vivem, seja Abraão, Isaque e Jacó (Lucas 20:38). Segunda ressurreição – Este termo não se encontra na Bíblia, mas o mesmo subtende-se de Apocalipse 20:5-6 em que se diz sobre uma “primeira ressurreição”. [Ver Primeira ressurreição] T Tártaro – [Do Gr. ταρταρος, Transl.: tártaros] Na mitologia grega, “era a parte mais baixa ou o abismo do Hades, onde as sombras dos ímpios eram aprisionadas e atormentadas”.* 1. No uso judaico é o mesmo que Geena. 2. Em o Novo Testamento, lançar ao Tártaro é o mesmo que lançar no Geena, no inferno (2ª Pedro 2:4). Ver em Obras de ref.: * Léxico do Grego do Novo Testamento, de Edward Robinson, pág. 893. [Ver Geena, Hades, Inferno, Lago do fogo] Templo – [Do Gr. ιερου, Transl.: hierou] “Um templo, ou seja, um lugar consagrado, incluindo o próprio templo ou santuário...”.* 1. No caso do Templo de Jerusalém, este era o lugar dedicado ao culto do Único e Verdadeiro Deus, Javé. Era o edifício público localizado na cidade de Jerusalém, no qual era usado para adoração e sacrifícios dos israelitas. Era chamado de casa de Deus. 2. Do tempo de Moisés até Davi, o templo era uma tenda que os israelitas armavam e desarmavam conforme suas peregrinações ou necessidades do povo. 3. O rei Davi tinha o desejo de construir uma casa mais digna para Deus, mas o Senhor não permitiu (2º Samuel 7:117). 4. Foi o filho de Davi, o rei Salomão, quem construiu o Templo, o qual demorou sete anos e meio para ser construído e era muito rico em obras de arte (1ª Reis 6-9). Foi construído no século XI antes de Cristo no cume do monte Moriá (2º Crônicas 3:1), tradicionalmente conhecido como o monte onde Abraão havia oferecido seu filho Isaque como oferta ao Senhor (Gênesis 22:2). Esse templo foi destruído por Nabucodonosor, rei de Babilônia, em 586 antes de Cristo. 5. O segundo Templo de Zorobabel, foi maior que o templo de Salomão, porém menos rico, foram gastos vinte e um anos para construí-lo. No 525 a.C. as obras de construção do Templo foram iniciadas, por ordem do rei da Pérsia (Esdras 1:2-4). A construção se deu sobre o local onde fora construído o templo de Salomão (Esdras 2:68). O edifício ficou pronto em 516 a.C., quando foi consagrado ao Senhor (Esdras 6:15). Com o passar do tempo o Templo foi arruinado pela ação dos inimigos e pela falta de manutenção. 6. Conhecido como templo de Herodes - que era belo e importante e o maior de todos – esse não tinha o esplendor do Templo de Salomão. O rei Herodes, que foi um edumeu nomeado pelos romanos, ofereceu-se para restaurar o templo a fim de agradar o povo judeu. Sua oferta foi aceita e as obras de restauração iniciaram-se no ano 18 a.C. 7. O Templo Herodes era o que existia nos dias de Jesus, e foi o que causou admiração nos discípulos quando “falavam alguns a respeito do templo, como estava ornado de belas pedras e de dádivas” (Lucas 21:5). Foi a partir de então que Jesus fez o discurso profético que deixou os discípulos perplexos, quando disse: “Vedes estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada”. (Lucas 21:6). _____________ Maquete do Templo em Jerusalém. _______________ 8. Esse Templo foi destruído no ano 70 d.C., quando os romanos invadiram Jerusalém, cumprindo assim as palavras de Jesus registradas em Mateus 24, Marcos 13 e Lucas 21. 9. Hoje, o Templo é o Corpo de Cristo, a igreja. O juízo que levou a destruição do Templo marca claramente a transição entre o templo terreno de Jerusalém e o novo Templo, que é a reivindicação cristã para ser o novo templo de pedras vivas. A igreja é herdeira tanto do templo como do sacerdócio. 10. Não há sequer uma evidência bíblica de que o Templo será reconstruído no futuro. Ainda que os judeus consigam reconstruir o Templo, isto não seria cumprimento de profecia bíblica. Ver em Obras de ref.: A Grande Tribulação, de David Chilton. * Léxico do Grego do Novo Testamento, de Edward Robinson, pág. 432. [Ver Advento, Ano 70 d.C., Geração, Grande tribulação, Mateus 24, Segunda Vinda de Cristo] Tempo – [Do Gr. χρονος, Transl.: cronos, do Lat. Tempus] “Por si só, como percebido e medido pela sucessão de objetos e eventos”.* Época, idade, era, duração, período. O tempo é como uma janela na eternidade. É o lapso eterno entre a criação e a consumação. A história começa antes da fundação do mundo, e avança para a consumação. O tempo continuará existindo no Estado eterno, mas sem a mesma relatividade de hoje. Ver em Obras de ref.: * Léxico do Grego do Novo Testamento, de Edward Robinson, pág. 993. [Ver Estado eterno, Kairós] Temporal – [Do Lat. Temporalis] Atributo do que é passageiro e efêmero, relativo a tempo; que passa com o tempo; provisório. O mundo atual pertence a ordem das coisas que se veem, e por isto, são coisas temporais, porém, nós devemos atentar as coisas que se não veem, pois são eternas (2ª Coríntios 4:18). Tempos difíceis – [Do Gr. καιροι χαλεποι, Transl.: kairoi chalepoi, de acordo com o grego, são tempos “difíceis, trabalhosos, penosos, perigosos e apertados] É uma forte expressão usada pelo apóstolo Paulo para designar os “últimos dias” ou o fim da “era judaica” que a igreja primitiva estava vivendo. Para um entendimento aprofundado e adequado do termo veja a expressão “Últimos dias”. Teocracia – [No Gr. θεοκρατία, Transl.: Theós = Deus + kratia, governo] É o governo centrado em Deus e exercido por pelos sacerdotes. 1. No Antigo Testamento, essa forma de governo foi exercida, mas foi no tempo do profeta Samuel que a teocracia mais se sobressaiu. No entanto, o povo hebreu rejeitou Deus como seu Rei e quis um rei humano como qualquer outra nação (1º Samuel 8), mostrando assim tanto uma motivação como um método incorretos na busca de um rei. O motivo pelo qual eles queriam um rei não era certo. A questão deve ter sido que os hebreus queriam muito mais do que apenas um rei humano, mas queriam um homem que reinasse sobre eles, rejeitando assim a Deus. 2. Atualmente, a igreja de Cristo, composta de reino e sacerdotes para Deus, exerce o papel teocrático de governo no mundo. O profeta Isaías foi quem mais profetizou sobre a teocracia messiânica nos capítulos 2, 11 e 35. O Reino de Cristo caminha para a plenitude até chegar ao ponto que “as nações andarão mediante a sua luz, e os reis da terra lhe trazem a sua glória”. (Apocalipse 21:24). Ver em Obras de ref.: Pós-Milenarismo PARA LEIGOS, de Kenneth L. Gentry Jr. [Ver Milênio, Pós-milenismo, Reino de Deus] Terra prometida – É a terra que Deus prometeu a Abraão e aos seus descendentes (Gênesis 13:14-18). De acordo com os termos definidos na aliança, a Terra prometida ia do rio do Egito, em El Arish, até o Eufrates (Gênesis 15:18). 1. Existem intérpretes equivocados que dizem que Israel nunca recebeu o completo cumprimento da promessa da terra prometida, mas a Escritura diz o contrário ao afirmar que Deus cumpriu completamente as promessas sobre os territórios (Josué 21:43-45; 1º Reis 4:21; 2º Crônicas 9:26; Neemias 9:7-8, 24; Esdras 4:20). 2. A promessa da terra não foi dada a Israel incondicionalmente. A promessa de Deus sobre a terra era condicional e isto é claramente mostrado nas palavras de Deus a Salomão (2º Crônicas 7:17-20). 3. A terra prometida a Abraão e a seus descendentes não é uma possessão eterna independente da obediência deles. Isto indica que Deus não tem nenhuma obrigação de deixar Israel na terra, nem fazê-los voltarem a ela em qualquer momento no futuro, sem que eles queiram obedecê-lo. 4. Como Israel desobedeceu rejeitando a Cristo, agora a posse da Terra Prometida será cumprida em sua plenitude pela igreja, que é o Israel de Deus, nos novos céus e nova terra. de mar, em contraste com a “terra de Israel”. Ver em Obras de ref.: Sem Arrebatamento Secreto – Um Guia Otimista para o Fim do Mundo -, de Jonathan Welton. 4. O entendimento correto sobre a palavra “terra” no contexto bíblico, evita muitas interpretações erradas dentro da escatologia bíblica, inclusive no livro do Apocalipse. Pelo fato de muitos ignorarem o que os primeiros ouvintes da Escritura entenderam sobre o termo “terra”, é que temos muitas interpretações apocalípticas em que se imagina o “Planeta Terra”, ao invés da “terra de Israel”. [Céu, Novos Céus e nova terra, Paraíso] Terra – [Do Gr. γης, Transl.: gês, terra solo] Na maioria das línguas significa: chão, solo, território, região de origem e nação, ou o Planeta Terra. A fonte da palavra “terra” está no radical ters que significa “enxuto, ou seco”. Este termo era usado pelos latinos em oposição a palavra mare (mar). 1. A terra seca era entendida como o lugar onde se vivia, ou onde se morava. A palavra “terra” era sinônimo de vida humana. Todo lugar onde se era possível morar, ou passível da existência humana, era considerado “terra”. Conforme o tempo o termo “terra” foi se espalhando, e por isto, ficou como o nome do nosso Planeta. Na antiguidade ninguém sabia que o Planeta Terra é coberto de 70% água. Talvez, por isso, foi que o termo “Terra” prevaleceu como nome do nosso Planeta. 2. Nos tempos bíblicos, as palavras “terra” ou “tribos da terra”, não eram interpretadas como uma referência ao “Planeta Terra” ou como “tribos do Planeta Terra”. A palavra “tribos” associada com o termo “a terra” (tes ges, no grego), era conhecida como “Terra Prometida” (cp. Lc 21:23). 3. Para os rabinos, a Palestina era simplesmente “terra”, e todos os outros países eram resumidos sob designação “mar” ou “de fora da terra”. No Antigo Testamento, as nações pagãs são chamadas simbolicamente Ver em Obras de ref.: Comentário Preterista Apocalipse, de César Raymundo. sobre o Francisco [Céu, Céu e terra, Novos Céus e nova terra, Paraíso] Testemunho de Jesus – [Do Gr. μαρτυριαν του ιησου, Transl.: marturían tou Iesou] É a declaração púbica da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Essa expressão é encontrada em várias partes do Apocalipse. Em Apocalipse 19:10 se diz que “o testemunho de Jesus é o espírito de profecia”. Trata-se de uma afirmação muito forte, que dá testemunho da Trindade, que é a perfeita unidade de Deus Pai, Filho e Espírito Santo, em conjunção com a profecia. Sendo assim, Jesus é a verdade, o Espírito Santo é a verdade, a profecia é a verdade. Ao lidarmos com a Palavra Profética (principalmente no Apocalipse), precisamos reconhecer plenamente que estamos lidando com a Verdade que é o Senhor Jesus Cristo, quer confiemos nele ou não. A interpretação errônea não muda a verdade. [Ver Apocalipse] Tiatira – Era uma cidade na província romana da Ásia, no Ocidente do que é hoje a Turquia asiática. Ela ocupava uma posição importante em um “corredor” de baixa altitude que liga os vales Hermus e Caicus. Foi uma guarnição de fronteira, pela primeira vez no Ocidente fronteira do território de Seleuco I da Síria, e mais tarde, depois mudando de mãos, no leste fronteira do reino de Pérgamo. Ela passou sob o domínio romano em 133 a.C. Mas permaneceu um ponto importante no sistema-estrada romana, pois estava na estrada de Pérgamo a Laodicéia, e daí para as províncias do leste (Ralph E. Bass).* A cidade de Tiatira era conhecida pela produção de púrpura, uma tinta usada em tecidos (veja Atos 16:14), além de roupas, artigos de cerâmica, bronze, etc. Havia em Tiatira grupos organizados de artesãos e profissionais, semelhantes às associações profissionais de hoje, mas com elementos religiosos de influência pagã.* Como as outras cidades da época, Tiatira teve seus templos e santuários religiosos, incluindo templos aos falsos deuses Apolo, Tirimânios e Artemis (uma deusa chamada Diana pelos romanos – veja Atos 19:34) e um santuário a sibila (orácula) Sambate. A importância de figuras femininas na cultura religiosa de Tiatira pode ter facilitado o trabalho de Jezabel, a mulher que seduzia os discípulos e incentivava a idolatria e a prostituição (Dennis Allan).* das sete igrejas da Ásia, mas, no entanto, sua carta é a mais longa de todas. [Ver Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Sardes, Filadélfia, Laodicéia] Torre Babel – É a torre construída pelos descendentes de Noé após o dilúvio (Gênesis 11:1-4). 1. Na época da construção da torre havia somente uma língua ou mesma fala entre a humanidade. 2. A ordem de Deus foi clara para que os homens se espalhassem por toda a superfície da terra. Essa recém humanidade formada depois do dilúvio foi rebelde a essa ordem divina. Caso a humanidade não fosse espalhada, provavelmente não teria chegado a nossos dias. 3. A ideia de construir uma cidade e uma "torre cujo cume toque nos céus" é uma clara demonstração de rebelião do homem que tenta se colocar no lugar de Deus. O autor dessa rebelião foi Ninrode. Muito provavelmente essa torre muito alta deve ser entendida como as famosas Ziggurats que os arqueólogos têm encontrado. Os Ziggurats eram o tipo de torre que havia na antiga Babilônia, tinha a forma de pirâmide com vários patamares e eram monumentos religiosos ou templos pagãos. __________________ Curiosamente, Paulo encontra em Filipos uma “mulher, chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura, temente a Deus”, e ela “escutava” o evangelho e “o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia”. (Atos 16.14) Outra curiosidade sobre a igreja de Tiatira é que ela é a menos significativa Uma Zigurat na cidade de Babilônia. 4. Os antigos babilônicos concebiam que o mundo era como uma alta montanha e achavam que os deuses habitavam nos cumes dos montes. Por isto, no último patamar das torres colocavam a morada dos deuses da cidade. Na cidade de Babilônia a torre mais famosa era a do deus Marduque, chamada de “casa do fundamento do céu e da terra”. 5. O resultado da construção da torre babel foi que “ali confundiu o SENHOR a linguagem de toda a terra”. Muitos eruditos acreditam que os atuais idiomas tiveram uma origem em comum, de um único idioma falado a uns 100 mil anos atrás, a chamada língua-mãe. 6. O episódio da torre babel ficou gravado na história como um símbolo de toda rebelião e soberba contra Deus. 7. Embora creia no cumprimento passado da maioria das profecias, um defensor do Preterismo não precisa necessariamente negar que uma moderna “Torre Babel” esteja sendo “construída”, com a tentativa de implantar um governo mundial. Todavia, isso não é cumprimento de profecia bíblica, mas é o que sempre tem acontecido no decorrer da história, ou seja, impérios poderosos que vem e que vão. Assim como foi no passado, qualquer tentativa atual de construir-se uma “torre”, será inevitavelmente confundida e destruída, pois Jesus Cristo Reina. 8. No dia de Pentecostes, as nações que antes haviam sido espalhadas pela confusão das línguas, foram reunidas novamente (Atos 2). A confusão das línguas feita em Babel era para impedir que aquela "união" virasse em uma confusão e males ainda piores. “Em Pentecostes, a unidade restaurada era a da alma e do coração, operada por um só Espírito, cujo dom é a fé e uma só esperança da nossa vocação, do único Senhor, em quem nós somos um, enxertado em um só corpo, por nosso batismo Efésios 4. 3-6. A Igreja, então criada, é a única igreja universal Santa difundida em todo o mundo, em todos os lugares com uma regra de fé, "a fé que uma vez por todas foi entregue aos santos", confessando um só Deus, a Trindade na Unidade, e servi-lo na lei do Evangelho com um consentimento” (Gary DeMar). Ver em Obras de ref.: Pós-Milenarismo PARA LEIGOS, de Kenneth L. Gentry Jr. [Ver Apostasia, Reino de Deus] Tragada foi a morte na vitória – [No Gr. κατεποθη ο θανατος εις νικος, Transl.: katepóthe ho thanatos eis nikós] É uma expressão usada pelo apóstolo Paulo em referência a vitória sobre a morte, quando do dia da ressurreição final (1ª Coríntios 15:54). Segundo o original grego, pode-se dizer que literalmente a morte será absorvida com sucesso. [Ver Morte, Ressurreição] Transcendência – [Do Lat. Transcendentia] O que vai além da experiência humana, o que ultrapassa o conhecimento comum. “Na metafísica clássica, caráter inerente daquilo que é de natureza superior, portanto, radicalmente diferente e separado da realidade sensível”.* A escatologia bíblica ensina o caráter transcendental da vida eterna, isto é, vai além do que o ser humano possa conceber (1ª Coríntios 15). Ver em Obras de ref.: * Dicionário Michaelis. [Ver Vida eterna] Transfiguração de Cristo – Foi a momentânea glorificação de Cristo que se deu provavelmente no monte Tabor, diante dos discípulos Pedro, João e Tiago, com o objetivo de mostrar-lhes a sua Divindade (Mateus 17:1-8). Nesse episódio aparecem também Moisés e Elias “os quais apareceram em glória e falavam da sua partida, que ele estava para cumprir em Jerusalém” (Lucas 9:30-31). A Transfiguração não é em hipótese alguma a visão do Filho do homem em seu reino, conforme Jesus havia dito alguns dias antes que: “Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui se encontram, que de maneira nenhuma passarão pela morte até que vejam vir o Filho do Homem no seu reino”. (Mateus 16:28). Ver em Obras de ref.: Pós-Milenarismo PARA LEIGOS, de Kenneth L. Gentry Jr. [Ver Reino de Deus] Trevas – [Do Gr. σκοτια, Transl.: skotía, ausência de luz] Em sentido figurado significa “trevas morais, a ausência de luz e verdade espirituais, ignorância cegueira, incluindo a ideia de pecaminosidade e consequente calamidade”* (João 8:12; 12:35). Ver em Obras de ref.: * Léxico do Grego Testamento, pág. 839. do Novo [Ver Trevas exteriores] Trevas exteriores – [Do Gr. σκοτος το εξωτερον, Transl.: skótos to eksoteron] É também a dimensão do Lago de fogo, para onde serão lançados os ímpios depois do Juízo final (Mateus 8:12). Trevas exteriores, ou seja, “distantes da luz e esplendor da festa no interior”* (ver Mateus 8:11). Ver em Obras de ref.: * Léxico do Grego Testamento, pág. 330. do Novo [Ver Hades, Inferno, Lago do fogo, Segunda morte] Tribos da terra – [Do Gr. φυλαι της γης, Transl.: philai tes ges] É uma referência à terra de Israel com suas doze tribos (Mateus 24:30; Apocalipse 1:7). 1. No sermão profético, exatamente em Mateus 24:30, alguns tradutores traduziram erroneamente “povos da terra” ao invés de “tribos da terra”. A palavra grega ethnoi ("nações"), não se encontra no original grego de Mateus 24:30. 2. Nenhum leitor helenista dos tempos do nosso Senhor teria compreendido todas as tribos da terra como equivalente a todas as nações do globo Milton Terry (1898). 3. A referência as tribos da terra em Mateus 24:30 e Apocalipse 1:7 é claramente uma referência as tribos de Israel, as quais se lamentaram no ano 70 d.C. quando Jesus veio em juízo contra aquela geração. Ver em Obras de ref.: Mateus 24 e a Vinda de Cristo, de César Francisco Raymundo. [Ver Advento, Segunda vinda] Preterismo parcial, Tribulação – [Ver Grande tribulação] Tribulacionismo – É a doutrina que diz que a igreja passará pela Grande tribulação. Alguns de seus adeptos afirmam que a igreja será arrebatada na metade da Septuagésima Semana de Daniel, a fim de que não passe pela pior parte da Grande tribulação. Ver em Obras de ref.: A Grande Tribulação, de David Chilton. Mateus 24 e a Vinda de Cristo, de César Francisco Raymundo. Trono branco – [Ver Grande trono branco] [Ver Advento, Arrebatamento, Grande tribulação, Preterismo parcial, Segunda vinda] Trono de Davi – [Do Gr. θρονον δαβιδ, Transl.: thrónon Dabid] É a cadeira messiânica que Deus concedeu a seu Filho Jesus Cristo, para que Ele viesse governar todas as nações do mundo (Lucas 1:32; Salmo 2:8; Isaías 9:6; Apocalipse 20:1-5). Tribunal de Cristo – [Do Gr. βηματος του χριστου, Transl.: bématos tou Christou] É a corte de justiça divina que julgará os santos (2ª Coríntios 5:10). Para mais detalhes ver Juízo final. Trombeta soará, Arrebatamento] A – [Ver Ver em Obras de ref.: Pós-Milenarismo PARA LEIGOS, de Kenneth L. Gentry Jr. [Ver Milênio, Reino de Deus] U Última hora – [No Gr. εσχατη ωρα, Transl.: eschate hora] É uma expressão que aparece na primeira carta de João, mostrando que a igreja primitiva estava vivendo o momento do aparecimento dos anticristos conforme o sermão profético de Mateus 24, Marcos 13 e Lucas 21. O apóstolo João usa no tempo presente as frases “já é a última hora” ou “é a última hora”, para destacar o momento em que a igreja primitiva estava vivendo (1ª João 2:18). É muita arbitrariedade do intérprete moderno transferir essa “última hora” para milhares de anos depois, em nossos dias. A “última hora” marcou o fim da era judaica. Ver em Obras de ref.: Mateus 24 e a vinda de Cristo, de César Francisco Raymundo. [Ver Ano 70 d.C., Anticristo, Grande tribulação, Últimos dias] Último dia – [Do Gr. εσχατη ημερα, Transl.: escháte heméra] Esta expressão, quando associada ao dia da ressurreição final, deve ser entendida como o último dia da era do pecado e da morte, que é o dia da Segunda vinda de Cristo e o Juízo final (João 6:39-40, 44, 54; 11:24). O “último dia” por estar associado a ressurreição nos textos do evangelho de João, jamais deve ser entendido como uma sequência dos “últimos dias” da era judaica como fazem os defensores do Preterismo completo. Para um melhor entendimento ver na sequência o termo “Últimos dias”. Últimos dias – [Do Gr. εσχαταις ημεραις, Transl.: eschátais hemérais] É o termo que define os últimos dias da Antiga Aliança ou da era judaica. Também dependendo da tradução pode ser chamado de “fim dos tempos”, ou “últimos tempos”. Os escritores do Novo Testamento são unânimes ao afirmarem que eles estavam vivendo os “últimos dias”. 1. O apóstolo Pedro diz que embora o sangue do Cordeiro foi conhecido antes da fundação do mundo, ele foi manifestado no “fim dos tempos”, isto é, nos dias do 1º século da era cristã (1ª Pedro 1:20). Na mesma carta, Pedro ainda acrescenta que “o fim de todas as coisas está próximo” (1ª Pedro 4.7). Em sua segunda carta, o apóstolo Pedro fala dos escarnecedores dos “últimos dias” que já estavam atuando em seus dias (2ª Pedro 3:3 – ver Judas 1:18). 2. O escritor de Hebreus escreveu que Deus falou pelo seu Filho “nestes últimos dias”, isto é, naqueles dias do primeiro século da era cristã (Hebreus 1:1-2). Ainda na carta aos Hebreus é dito que a manifestação de Cristo para tirar os pecados pelo seu sacrifício, se deu “ao se cumprirem os tempos” (Hebreus 9.26). 3. O apóstolo Paulo deixou claro que sobre ele e sobre os coríntios eram sobre quem “os fins dos séculos têm chegado” (1ª Coríntios 10.11). 4. Segundo o apóstolo João, o aparecimento dos anticristos indicava para seus leitores que eles viviam a última hora (“já é a última hora” ou “é a última hora”) – 1ª João 2:18. 5. Tiago, em sua carta, repreende aos ricos de seu tempo dizendo que eles acumularam “nos últimos dias” (Tiago 5:3). 6. Em 1ª Timóteo 4:1 o apóstolo Paulo alerta sobre a apostasia dos “últimos dias”, deixando claro, de acordo com o contexto da segunda carta, que era em seus dias (Ver 2ª Timóteo 3:1-9). 7. A profecia de Joel em que se diz que o Espírito Santo seria derramado nos “últimos dias”, foi cumprida no dia de Pentecostes. O apóstolo Pedro aplica essa profecia dizendo: “E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens terão visões, E os vossos velhos sonharão sonhos...”. (Atos 2:17) [Ver Consumação dos séculos, Fim do mundo] Última trombeta – [Do Gr. εσχατη σαλπιγγι, Transl.: escháte sápinggi] Será o toque final do chamado para que os mortos ressuscitem e os vivos sejam transformados (1ª Coríntios 15:52). Ver em Obras de ref.: Sem Arrebatamento Secreto – Um Guia Otimista para o Fim do Mundo – de Jonathan Welton. [Ver Advento, Arrebatamento, Ressurreição, Segunda vinda de Cristo] V Vem com as nuvens [Do Gr. ερχεται μετα των νεφελων, Transl.: erkhetai meta ton nefelon] Expressão encontrada no Apocalipse em referência a vinda de Cristo em juízo contra Israel (Apocalipse 1:7; ver Mateus 24:30). 1. Os textos de Apocalipse 1:7 e Mateus 24:30 falam do mesmo tema. Em ambos os textos as “tribos da terra” (da terra de Israel) se lamentam. 2. O vir com as nuvens não se refere a um retorno físico de Cristo, mas a uma metáfora para o julgamento de Deus caindo sobre Jerusalém por terem rejeitado o Messias (Brian Godawa).* 3. O vir com as nuvens era uma linguagem muito comum no Antigo Testamento, sempre se referindo a vinda de Javé contra seus inimigos (Isaías 19:1; Ezequiel 30:3; Naum 1:3; Joel 2:2; Daniel 7:13-14). 4. A noção de vir sobre as nuvens com tempestades e trovões é um modo usado no Antigo Oriente Médio para falar sobre deidades vindo julgar nações e cidades (Brian Godawa).* 5. O arrebatamento descrito pelo apóstolo Paulo em 1ª Tessalonicenses 4, jamais pode ser confundido com o vir com as nuvens dos textos de Apocalipse 1:7 e Mateus 24:30. No ensino de Paulo temos na Segunda vinda de Cristo, um encontro literal dos santos “entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares”. Ver em Obras de Ref.: * O Universo em Colapso na Bíblia – eventos literais ou metáfora poderosa? – de Brian Godawa. [Ver Advento, Arrebatamento, Segunda vinda de Cristo, Ressurreição] Vida após a morte – É a existência além-túmulo. Alguns afirmam que ela acontece no Estado intermediário (que é o período entre a morte e a ressurreição final). 1. Outros afirmam que acabando esta vida, como num abrir e fechar de olhos, estaremos no último dia, o dia da ressurreição, sem Estado intermediário (Hebreus 9:27). 2. A certeza da vida após a morte está centrada na ressurreição de Jesus Cristo, pois: “E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé”. (1ª Coríntios 15:13,14) [Ver Continuidade entre o corpo mortal e o corpo glorificado, Corpo ressurreto, Estado intermediário, Imortalidade, Mortal se revestirá da imortalidade, Morte, Ressurreição de Cristo, Ressurreição, Segunda vinda de Cristo] Vida eterna – [Do Gr. ζωην αιωνιον, Transl.: zoén aiónion] Existência que seguirá a ressurreição do último dia. Muito mais do que a existência futura, a vida eterna começa aqui e agora e Jesus a resume como sendo o conhecimento do Único Deus e seu Filho, Jesus Cristo (João 6:47; 17:3; 1ª João 5:20). [Ver Estado eterno, Ressurreição, Segunda vinda de Cristo] Vida futura – É o estado final e eterno do ser humano. Diversas passagens das Escrituras tratam da vida futura como uma realidade inevitável. 1. Embora os céticos ateus tentem negá-la, ou alguns acham que não crer nessas coisas é sinal de superioridade intelectual, a verdade é, que a negação da possibilidade de uma vida futura é uma teoria simplista, tão rasa quanto uma pequenina poça d’água. 2. Mesmos os físicos quânticos, se não pensassem um pouco além desta realidade em que vivemos, jamais eles poderiam fazer teorias sobre universos paralelos. Vigiai e orai – [Do Gr. νηψατε εις τας προσευχας, Transl.: népsate eis tas proseuchás] É a recomendação que o apóstolo Pedro fez a seus primeiros leitores, pois naqueles dias estava “próximo o fim de todas as coisas”, isto é, o fim da era judaica e a destruição de Jerusalém (1ª Pedro 4:7). 1. Embora muitos neguem atualmente, a presença da palavra “próximo” indica sim acontecimentos que estavam para acontecer no primeiro século da era cristã. 2. Vigiar e orar são princípios universais e devem ser acatados por todos os que vivem em todos os lugares e em todas as épocas. O ato de vigiar e orar não é algo exclusivo da volta de Cristo como muitos pregam atualmente, mas é necessário para todos os setores da vida cristã. Ver em Obras de ref.: Mateus 24 e a vinda de Cristo, de César Francisco Raymundo. [Ver Ano 70 d.C., Apocalipse, Dias de vingança, Em breve, Mateus 24] Vinda de Cristo – [Ver Advento, Arrebatamento, Segunda vinda de Cristo] Virá do modo como o vistes subir – É uma descrição clara, literal e inequívoca da Segunda vinda de Cristo. 1. Essa frase foi pronunciada por “dois varões vestidos de branco” no momento em que “Jesus [foi] elevado às alturas, à vista deles [dos discípulos], e uma nuvem o encobriu dos seus olhos”. (Atos 1:9) 2. O modo como Jesus subiu aos céus foi uma forma de levitação, e seu retorno será um efeito contrário, pois Ele descerá dos céus. 3. Nada é dito pelos prováveis anjos sobre quando será essa vinda, se aqueles discípulos a veriam ou não. Simplesmente há um silêncio na narrativa sobre datas ou épocas. 4. A nuvem que encobre Jesus dos olhos dos discípulos é apenas um dado da narrativa, que nada tem a ver com o “vir nas nuvens” que é referente aquelas metáforas de julgamento descrito no Antigo Testamento. Essa cena descrita em Atos 1:9-11 desmente o Preterismo completo em sua negação de uma Segunda vinda literal de Cristo, ainda em nosso futuro. Ver em Obras de Ref.: A Segunda Vinda de Cristo: Sem Ficção, Sem Fantasia! compilação de César Francisco Raymundo. [Ver Advento, Arrebatamento, Segunda vinda de Cristo, Ressurreição] Vitória de Cristo – É o triunfo escatológico e final de Cristo que se dará em sua Segunda vinda. A vitória de Cristo é também a vitória da igreja. [Ver Advento, Arrebatamento, Segunda vinda de Cristo] Z Zoen aionion – [Do Gr. ζωην αιωνιον, Transl.: zoén aiónion] É a vida ou a existência física após a ressurreição, numa duração infinita, perpétua, para sempre. É um novo viver, somente em Cristo recebendo de Sua vida plena (Romanos 5:10; 2ª Coríntios 4:10-12). A ênfase da vida eterna não é somente em sua duração, mas em sua qualidade da qual não é possível imaginar, pois: "Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam". (1ª Coríntios 2:9) [Ver Advento, Arrebatamento, Estado intermediário, Evo eviternidade, Morte, Paraíso, Ressurreição, Segunda vinda de Cristo] ____________ Obras de Referência A Segunda Vinda de Cristo: Sem Ficção, Sem Fantasia! Compilação de César Francisco Raymundo, 172 páginas. Link: www.revistacrista.org/literatura_Revista007.htm A Ressurreição de Jesus Cristo – é Ficção ou Fato Histórico Irrefutável? – César Francisco Raymundo, 35 páginas. Link: www.revistacrista.org/literatura_Revista011.htm A Escatologia pode ser Verde? Rev. Dr. Ernest C. Lucas, 29 páginas. Link: www.revistacrista.org/literatura_Revista013.htm A Grande Tribulação David Chilton, 148 páginas. Link: www.revistacrista.org/literatura_A%20Grande%20Tribulacao_David_Chilto n.htm A Verdade sobre o Preterismo Parcial César Francisco Raymundo, 77 páginas. Link: www.revistacrista.org/literatura_Revista015.htm A Ilusão Pré-Milenista - O Quiliasmo analisado à luz das Escrituras Brian Schwertley, 76 páginas. Link: Comentário Preterista sobre o Apocalipse – Volume Único – César Francisco Raymundo, 533 páginas. Link: www.revistacrista.org/literatura_Comentario_Preterista_sobre_o_Apocalip se_Volume_Unico.html Cristo Desceu ao Inferno? Heber Carlos de Campos, 46 páginas. Link: www.revistacrista.org/literatura_Revista016.htm Crítica do Preterismo Completo Philip G. Kaiser, 27 páginas. Link: www.revistacrista.org/literatura_Critica%20do%20Preterismo%20Complet o.htm Dicionário Michaelis http://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/ Heresias do Preterismo Completo César Francisco Raymundo, 56 páginas. Link: www.revistacrista.org/literatura_Revista014.htm Dispensacionalismo Desmascarando o Dogma Dispensacionalista Hank Hanegraaff, 49 páginas. Link: www.revistacrista.org/literatura_Revista020.htm Uma Refutação Bíblica ao Dispensacionalismo Arthur W. Pink, 42 páginas. Link: www.revistacrista.org/literatura_Dispensacionalismo_Arthur_Pink.htm Dispensacionalismo (Lista de Passagens da Escritura) Nathan Pitchford, 29 páginas. Link: www.revistacrista.org/literatura_Dispensacionalismo_Lista%20de%20Pass agem.htm JESUS – A Chave Hermenêutica das Escrituras Eric Brito Cunha, 46 páginas. Link: www.revistacrista.org/literatura_Jesus_a_Chave_Hermeneutica.htm Léxico do Grego do Novo Testamento Edward Robinson, 1014 páginas. Tradução: Paulo Sérgio Gomes. Edição em língua portuguesa © 2012 por Casa Publicadora das Assembleias de Deus. Todos os direitos reservados. Mateus 24 e a Vinda de Cristo César Francisco Raymundo, 110 páginas. Link: www.revistacrista.org/literatura_Revista023.html Mateus 25 e o grande Julgamento César Francisco Raymundo, 30 páginas. Link: www.revistacrista.org/literatura_Revista024.html O Padrão Éden Jair de Almeida, 31 páginas. Link: www.revistacrista.org/literatura_Revista022.html O Universo em Colapso na Bíblia – eventos literais ou metáfora poderosa? Brian Godawa, 29 páginas. Link: www.revistacrista.org/literatura_Revista017.htm Pós-Milenarismo PARA LEIGOS Kenneth L. Gentry Jr., 92 páginas. Link: www.revistacrista.org/literatura_pos_milenarismo_para_leigos.htm Predições de Cristo Hermes C. Fernandes Link: www.revistacrista.org/Revista_Dezembro_de_2011.htm Refutando o Preterismo Completo César Francisco Raymundo, 112 páginas. Link: www.revistacrista.org/literatura_Revista010.htm Sem Arrebatamento Secreto – Um guia otimista para o fim do mundo – Jonathan Welton, 223 páginas. Link: www.revistacrista.org/literatura_Sem%20Arrebatamento%20Secreto.htm 70 Semanas de Daniel Kenneth L. Gentry, Jr., 35 páginas. Link: www.revistacrista.org/literatura_Revista012.htm ______________ Ordem Alfabética dos Vocábulos e Expressões A Abadom, pg. 15 Abismo, pg. 15 Abominável da Desolação, pg. 16 Advento, pg. 16 Alfa e Ômega, pg. 17 Alma, pg. 17 Amém, pg. 18 Amigos do Noivo, pg. 18 Amilenismo, pg. 18 Aniquilacionismo, pg. 19 Angústia para Jacó, pg. 19 Anjos, pg. 19 Ano 70 d.C., pg. 20 Anticristo, pg. 20 Antíoco Epifânio, pg. 21 Antipas, pg. 21 Apocalipse, pg. 22 Apocalipse de Abraão, pg. 23 Apostasia, pg. 23 Arcanjo, pg. 24 Armagedom, pg. 24 Arrebatamento, pg. 24 Atraso da Parousia, pg. 25 B Babilônia, pg. 26 Batalha do Armagedom, pg. 26 Bem, pg. 28 Bem-aventurada Esperança, pg. 28 Besta, pg. 28 Besta que sobre do Mar, A, pg. 28 Besta que sobre da Terra, A, pg. 29 Bodas do Cordeiro, pg. 29 Brilhante estrela da manhã, pg. 30 C Canaã, pg. 31 Casa de meu Pai, pg. 31 Castigo Eterno, pg. 32 Cento e quarenta e quatro mil, pg. 32 Céu, pg. 33 Céu e a Terra, O, pg. 34 Céu, Terceiro, pg. 34 Consumação dos Séculos, pg. 35 Continuidade entre a presente era e o Milênio, pg. 36 Continuidade entre o corpo mortal e o corpo glorificado, pg. 36 Conversão dos Judeus, pg. 36 Corpo espiritual, pg. 36 Corpo glorioso, pg. 37 Corpo ressurreto, pg. 37 Corruptível, pg. 37 D Danação eterna, pg. 39 Daniel, O profeta, pg. 39 Daniel, Livro de, pg. 39 Data da volta de Cristo, pg. 40 Davi, O rei, pg. 40 Debaixo do céu, pg. 41 Demônio, pg. 41 Descendência de Abraão, pg. 41 Descida ao inferno, pg. 42 Descida literal à Terra, pg. 42 Desejado de todas as nações, O, pg. 43 Desenvolvimento em fruição, pg. 43 Despertamento nos últimos dias, pg. 43 Destino, pg. 43 Destino eterno, pg. 43 Destruição Eterna, pg. 43 Determinismo, pg. 44 Deus, pg. 44 Deus, O plano de, pg. 44 Dez, pg. 44 Dez chifres, pg. 44 Diabo, pg. 45 Diabo e seus anjos, pg. 45 Dia de Cristo ou Dia do Senhor, pg. 45 Dia e Hora, pg. 46 Dias de vingança, pg. 46 Dias distantes, pg. 46 Dispensacionalismo, pg. 47 Doutrinas das últimas coisas, pg. 48 Doze, pg. 48 Duas Eras, pg. 48 Duas Etapas, pg. 49 Duas Testemunhas, pg. 49 Duplo Cumprimento da Profecia, pg. 50 E Economia Divina, pg. 51 Éden, pg. 51 Éfeso, igreja de, pg. 52 Eisegese, pg. 52 Eleição, pg. 52 Em breve, pg. 52 Então todo o Israel será salvo, pg. 52 Então virá o Fim, pg. 52 Epifania, pg. 53 Era, pg. 53 Era por vir, pg. 53 Era presente, pg. 53 Escatologia, pg. 53 Escatologia Consumada, pg. 54 Escatologia de Jornal, pg. 54 Escatologia Individual, pg. 54 Escatologia Realizada, pg. 54 Esmirna, Igreja de, pg. 54 Esperança, pg. 55 Espírito, Derramamento do, pg. 55 Espíritos desencarnados, pg. 55 Espírito, pg. 55 Espíritos em prisão, pg. 55 Estado Eterno, pg. 55 Estado intermediário, pg. 56 Eterna separação de Deus, pg. 56 Eternidade, Eterno, pg. 56 Eternidade passada e futura, pg. 56 Evangelho, pg. 56 Evo, eviternidade, pg. 57 F Falsos Cristos pg. 58 Falsos Mestres pg. 58 Falso Profeta, O pg. 59 Falsos Profetas pg. 59 Fatalismo pg. 59 Fé pg. 59 Fiel e verdadeiro pg. 59 Filadélfia, Igreja de pg. 60 Filho da Perdição pg. 60 Filhos de Deus pg. 60 Fim dos Tempos pg. 61 Fim do Mundo pg. 61 Flávio Josefo, O historiador, pg. 61 Fogo eterno, pg. 63 Fogo do juízo de Deus, pg. 63 Futuro de Israel, O, pg. 63 Futuro Reino de Deus, O, pg. 63 G Gabriel, pg. 64 Gafanhotos, pg. 64 Galardão, pg. 65 Geena, pg. 65 Gentios, pg. 66 Geração, pg. 66 Glória, pg. 69 Glorificação, pg. 69 Graça, pg. 69 Grande comissão, pg. 69 Grande imagem de Nabucodonosor, pg. 69 Grande Meretriz, pg. 69 Grande tribulação, pg. 71 Grande trono branco, pg. 72 Lago de fogo, pg. 88 Lamentação (ou pranto) e ranger de dentes, pg. 88 Lâmpada, pg. 89 Laodicéia, Igreja de, pg. 89 Lar eterno, pg. 89 Literalismo, pg. 90 Livro da vida, pg. 91 Livros, pg. 91 H Hades, pg. 73 Herança, pg. 73 Hinom, Vale de, pg. 73 História, pg. 74 Homem, pg. 74 Homem da iniquidade, pg. 74 Hora, pg. 75 Hora da provação, pg. 75 M Mal, pg. 92 Maligno, pg. 92 Maniqueísmo, pg. 92 Maná escondido, pg. 93 Maranata, pg. 93 Marca da besta, pg. 93 Marcação da data da volta de Cristo, pg. 94 Mártir, pg. 94 Matéria, pg. 94 Materialismo, pg. 95 Mateus 24, pg. 95 Meio-tribulacionismo, pg. 95 Mentira, pg. 96 Messias, pg. 96 Metafísica, pg. 96 Metáfora, pg. 96 Milagre, pg. 96 Mil anos, como um dia, pg. 96 Milênio, pg. 97 Mistério, pg. 97 Mistério da iniquidade, pg. 98 Momento, Num, pg. 98 Monte das Oliveiras, pg. 98 Mortal se revestirá da imortalidade, pg. 99 Morte, pg. 99 Morte espiritual, pg. 100 Morte, Segunda, pg. 100 Mundo, pg. 100 Mundo vindouro, pg. 100 I Idolatria, pg. 76 Igreja, pg. 76 Ilha de Patmos, pg. 77 Iminência da volta de Cristo, pg. 77 Imortalidade, pg. 78 Inferno, pg. 78 Interpretação dos símbolos do Apocalipse, pg. 78 Ira de Deus, pg. 80 Ira futura, pg. 80 Israel, pg. 80 J Jerusalém, Nova, pg. 82 Jesus Cristo, pg. 83 Judeu, pg. 83 Juízo Final, pg. 83 Julgamento das Nações, pg. 84 Julgamento de Satanás, pg. 84 Julgamento da Besta e do Falso Profeta, pg. 85 Julgamento dos santos, pg. 85 Julgamento eterno, pg. 86 K Kairós, pg. 87 L Ladrão de noite, pg. 88 N Nem todos dormiremos, pg. 102 Noiva de Cristo, pg. 102 Nós, os vivos, os que ficarmos até a vinda do Senhor, pg. 102 Nossa reunião com ele, pg. 103 Nova Jerusalém, pg. 103 Novo nome, pg. 104 Novos céus e nova terra, pg. 104 Nudez (espiritual), pg. 105 Numerologia bíblica no Apocalipse, pg. 105 Num momento, num abrir e fechar de olhos, pg. 106 Nuvens, pg. 106 O O agora e o ainda não, pg. 107 Obras do diabo, pg. 107 Oikoumene, pg. 107 Oliveira, pg. 108 Olhai, pg. 108 Onde está a promessa da sua vinda, pg. 108 Outros mortos, pg. 109 P Parábola da figueira, pg. 110 Paraíso, pg. 111 Parousia, pg. 111 Partir e estar com Cristo, pg. 111 Passagens da iminência, pg. 111 Pax Romana, pg. 112 Paz, pg. 112 Pecado, pg. 113 Pedra, pg. 113 Pedrinha branca, pg. 113 Perdição eterna, pg. 114 Perseverança, pg. 114 Ponto central da história, pg. 114 Pós-milenismo, pg. 115 Pós-tribulacionismo, pg. 115 Pré-milenismo, pg. 116 Pré-tribulacionismo, pg. 117 Preterismo, pg. 118 Preterismo completo, pg. 118 Preterismo parcial, pg. 120 Primeira fase da vinda de Cristo, pg. 120 Primeira morte, pg. 121 Primeira ressurreição, pg. 121 Primícias, pg. 121 Primogênito dos mortos, pg. 121 Príncipe da paz, pg. 122 Príncipe das potestades dos ares, pg. 122 Prisão de Satanás, pg. 122 Profecia, 123 Profeta, pg. 123 Promessa, pg. 124 Provação que há de vir sobre o mundo inteiro, pg. 124 Providência divina, pg. 124 Q Quando serão essas coisas...? pg. 125 Queda do homem, pg. 125 Quiliasmo, pg. 126 R Rapto, pg. 127 Recompensa, pg. 127 Redenção, pg. 127 Regeneração, pg. 128 Rei dos reis, pg. 128 Reis da terra, pg. 128 Reinado dos crentes, pg. 128 Reino agora, pg. 128 Reino de Deus, pg. 128 Reino dos céus, pg. 129 Ressurreição, pg. 129 Ressurreição de Cristo, pg. 130 Retorno real, visível e literal de Cristo, pg. 131 Revelação, pg. 131 Revelação de Jesus Cristo, pg. 131 S Salvação, pg. 133 Salvador, pg. 134 Sangue de Jesus, pg. 134 Santificação, pg. 134 Santos, pg. 134 Sardes, pg. 134 Satanás, pg. 135 Secularismo, pg. 135 Século, pg. 135 Segunda fase da vinda de Cristo, pg. 135 Segunda oportunidade de salvação, pg. 136 Segunda ressurreição, pg. 136 Segunda vinda de Cristo, pg. 136 Segurança eterna da salvação, pg. 136 Seio de Abraão, pg. 137 Segunda ressurreição, pg. 137 Senhor, pg. 137 Senhor dos senhores, pg. 137 Seremos arrebatados, pg. 138 Seremos semelhantes a Ele, pg. 138 Sermão profético, pg. 138 Sete anos de tribulação, pg. 138 Sete igrejas da Ásia, pg. 139 Setenta semanas de Daniel, pg. 140 Sheol, pg. 141 Símbolo, simbologia apocalíptica, pg. 141 Sinal da besta, pg. 141 Sinais, pg. 141 Sinais dos tempos, pg. 141 Sono da alma, pg. 142 Segunda ressurreição, pg. 142 T Tártaro, pg. 143 Templos, pg. 143 Tempo, pg. 144 Temporal, pg. 145 Tempos difíceis, pg. 145 Teocracia, pg. 145 Terra prometida, pg. 145 Terra, pg. 146 Testemunho de Jesus, pg. 146 Torre Babel, pg. 147 Tragada foi a morte pela vitória, pg. 148 Transcendência, pg. 148 Transfiguração de Cristo, pg. 149 Trevas, pg. 149 Trevas exteriores, pg. 149 Tribos da terra, pg. 149 Tribulação, pg. 149 Tribulacionismo, pg. 149 Tribunal de Cristo, pg. 150 Trombeta soará, A, pg. 150 Trono branco, pg. 150 Trono de Davi, pg. 150 U Última hora, pg. 151 Último dia, pg. 151 Últimos dias, pg. 151 Última trombeta, pg. 152 V Vem com as nuvens, pg. 153 Vida após a morte, pg. 153 Vida eterna, pg. 154 Vida futura, pg. 154 Vigiai e orai, pg. 154 Vinda de Cristo, pg. 154 Virá do modo como o vistes subir, pg. 154 Vitória de Cristo, pg. 155 Z Zoen aionion, pg. 156 Este dicionário foi preparado para que o leitor possa estudar a doutrina das últimas coisas do ponto de vista do preterismo. No dicionário, o leitor encontrará definições dos vocábulos e expressões mais usados no estudo da escatologia do preterismo. Cada verbete vem acompanhado de uma análise exegética, bíblica e histórico gramatical. São 343 verbetes e expressões escatológicas. Ideal para aqueles que desejam estudar o preterismo com profundidade. Dicionário inédito no Brasil! www.revistacrista.org