PROPOSTA DO SUBPROJETO QualiSUS – REDE PARA A REGIÃO METROPOLITANA I DE BELÉM 2012 Sumário COMPOSIÇÃO DA REGIÃO E DINÂMCIA DE TRABALHO DO GRUPO CONDUTOR 1. Apresentação e composição da Região......................................................................................................... 3 1.2 Composição do Grupo Condutor............................................................................................................... 4 1.3 Dinâmica de operacionalização do Grupo Condutor QualiSUS-Rede da região...................................... 5 Metropolitana de Belém e metodologia de trabalho para elaboração do subprojeto......................................... 6 1 - ANÁLISE SITUACIONAL DA REGIÃO INTERESTADUAL Dados Sócio-Demográficos .............................................................................................. ................ Índice de Desenvolvimento Humano................................................................................................ Perfil Eduicacional............................................................................................................. ............... Saneamento Básico ............................................................................................. ............................. 2 - CONDIÇÕES DE VIDA E SAÚDE ......................................................................... 3 - ESTRUTURAÇÃO E OPERAÇÃO DO SISTEMA Capacidade instalada ........................................................................................................................ Cobertura das ações e serviços de saúde da atenção primária........................................................... Cobertura das ações e serviços de saúde mental............................................................................... Rede de Atenção Básica ............................................................................................. ...................... Fluxos assistenciais........................................................................................................................... 8 9 10 11 14 22 24 25 26 26 4 - GESTÃO DO SISTEMA REGIONAL Governança Regional ............................................................................................... ......................... Planejamento Regional das ações de saúde ...................................................................................... Sistema de Informação...................................................................................................................... Gestão do Trabalho da Educação: vínculos, formação, qualificação................................................ Parcerias com Instituições de Ensino e Pesquisa ............................................................................. Controle social ........................................................................................................ ......................... 29 29 30 30 30 31 5 - ESTRUTURAÇÃO DE REDE Qualificação da Atenção Básica de Saúde ........................................................................................ Implementação de Redes Temáticas.................................................................................................. Rede Cegonha.................................................................................................................................... Rede de Urgência e Emergência....................................................................................................... Rede Psicossocial ............................................................................................................................. Rede de Atenção ao Controle do Câncer ......................................................................................... 32 33 34 37 39 41 Reestruturação dos sistemas de atenção especializado, diagnóstico e terapia ................................... Implementação de sistemas de apoio logístico integrados ................................................................ Regulação do Acesso ......................................................................................................................... TRANSPORTE SANITARIO/TFD MUNICIPAL ........................................................................... Prontuários Clínicos.......................................................................................................................... Fortalecimento da governança regional, implementação do Decreto 7508....................................... 44 47 48 49 49 50 6 – DETALHAMENTO DOS OBJETIVOS PARA O QUALISUS – REDE Apresentação do Estado Proponente ................................................................................................. Identificação dos Municípios............................................................................................................. Objetivos segundo Eixos Estruturantes.............................................................................................. Objetivos, atividades, metas e custos estimados................................................................................ Quadro síntese dos custos estimados por objetivo.......................................................................... 7 53 54 55 63 73 - Referência Bibliográfica Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 2 1. COMPOSIÇÃO DA REGIÃO E DINÂMCIA DE TRABALHO DO GRUPO CONDUTOR 1.1 Regionalização a luz do Decreto 7.508/2011 A Região Metropolitana de Belém I, assim denominada a partir de abril/2012, conforme Resolução nº 83 de 16 de abril de 2012 – CIB-SUS-PA, ratifica os avanços resultantes das discussões e pactuações que vêm acontecendo no Estado do Pará no sentido de atender as exigências do Decreto 7.508/2011. A nova regionalização do Estado para fins da gestão do setor saúde veio fortalecer a CIR, que já assumia a responsabilidade pelo setor, embora configurada como CGR. Nesse sentido a CIR se constitui instância de apreciação e deliberação das demandas de saúde dos cinco municípios que a integram, reuni-se periodicamente de forma ordinária e extraordinária. A organização da CIR não incorpora câmaras técnicas, sendo as demandas apresentadas em plenário, discutidas e apreciadas. Todos os municípios da região aderiram ao Pacto para a Saúde e encontram-se em fase de transição para o COAP. O planejamento regional está organizado a partir da elaboração dos Planos Regionais de Saúde – PRS, Plano Diretor de Regionalização – PDR e Plano Diretor de Investimento – PDI, congregando as demandas dos cinco municípios. Esse processo de planejamento, da mesma forma, tem buscado contemplar as diretrizes do Decreto 7.508/2011. 1.2 Apresentação e composição da Região A Região Metropolitana de Belém está constituída de cinco municípios, Ananindeua, Belém, Benevides, Marituba e Santa Bárbara do Pará (Figura 1), possui extensão territorial de 1.819,337 Km2, população de 2.042.417 habitantes distribuídos conforme Quadro 1. Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 3 Figura1 – Mapa da Região Metropolitana de Belém Quadro 1 – Distribuição populacional e extensão territorial dos municípios da Região Metropolitana de Belém. Município Ananindeua Belém População (2010) 471.980 1.392.399 Área (Km2) 185,057 1.065 Benevides 51.651 187,86 Marituba 108.246 103,27 17.141 278,15 Santa Bárbara do Pará TOTAL 2.042.417 1.819,337 Fonte: IBGE (2010) A Região possui população urbana e rural que exibem diferenças marcantes nos indicadores sociais, e consequentemente em relação ao acesso a bens e serviços públicos, fortalecendo a necessidade de políticas públicas para redução das desigualdades. Essa diferença está ilustrada no rendimento mensal per capita por domicílio (Quadro 2), que mostra o distanciamento entre os valores correspondentes ao local de moradia, essencialmente em Belém e Ananindeua, os dois maiores municípios da região. Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 4 Quadro 2 – Rendimento mensal per capita por local de moradia – Região Metropolitana de Belém, 2012. Renda Mensal domiciliar per capita Belém Benevides Ananindeua Marituba Santa Valor Médio R$ 701,00 R$ 371,00 R$ 477,00 R$ 324,00 R$ 340,00 R$ 271,00 R$ 295,00 R$ 166,00 R$ 306,00 R$ 249,00 Bárbara do Pará Urbano Valor Médio Rural Fonte: IBGE, 2010. Belém é o município-sede, com PIB 10.754,77 per capita, apresenta grande concentração de indústrias, bancos, pontos comerciais, serviços e órgãos públicos que suprem a necessidade de toda a região. Com 1.392.399 habitantes, a capital paraense sozinha é a segunda maior cidade da Amazônia brasileira. No seu entorno, possui população ribeirinha morando em 39 ilhas. Figura 2 – Mapa de Ilhas do município de Belém Ananindeua é o segundo maior município da Grande Belém PIB 3.083,49 per capita, apresentou grande desenvolvimento nos últimos dez anos, tornando-se a Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 5 terceira maior cidade da Amazônia e a 39ª do Brasil. A população de 471.980 habitantes, está distribuída nas zonas urbana e rural do município. O crescimento consolidou-se com a construção do conjunto habitacional Cidade Nova, na década de 80, uma boa alternativa na metrópole paraense. A área insular de Ananindeua, fica ao norte do município, sendo composta por 9 ilhas, são elas: Viçosa, João Pilatos, Santa Rosa, Mutá, Arauari, São José da Sororóca, Sororóca, Sassunema e Guajarina. É formada por inúmeros rios, como o do Maguari, e furos, como o da Bela Vista e das Marinhas, além dos igarapés. As ilhas de Ananindeua são quase todas habitadas, constituindo-se de pequenos povoados habitados por homens, mulheres e crianças que vivem na rotina do encher e ser das águas do Rio Maguari. Em cada um destes povoados é possível encontrar uma igreja, um campo de futebol, uma pequena escola e muito verde. A estrada do povo ribeirinho é o próprio rio e o seu meio principal de locomoção são as canoas e os “pô-pô-pôs”, que levam e trazem o produtor agrícola, o aluno, o professor e o visitante pelos caminhos de rios. Figura 3 – Mapa de Ilhas do município de Ananindeua Em que pese o franco crescimento populacional do município, Ananindeua convive com limitações para atender as necessidades de saúde da população, essencialmente no atendimento da urgência e emergência básica e hospitalar. Marituba, o terceiro maior município, com PIB 4.754,46 per capita, apresenta um desenvolvimento acelerado, com uma população que já ultrapassou 100 mil habitantes, com grande ocupação desordenada, abrigando uma das maiores invasões Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 6 territoriais da América Latina, inicialmente com o nome de Che Guevara, hoje, Bairro Almir Gabriel. Na sua configuração geográfica, assim como os demais municípios da Região Metropolitana I, também contempla áreas de acesso fluvial (população ribeirinha). Benevides, com mais de 50 mil habitantes e PIB 11.337,30 per capita, desponta como excelente alternativa para indústrias e centros logísticos ao longo da BR316. É um município que alberga a construção do maior terminal de cargas rodoviárias da Amazônia. Em seu território, merece destaque o distrito de Benfica, famoso pelos seus sítios, igarapés e pela produção de flores. Possui população ribeirinha distribuída em 8 (oito) ilhas, em região denominada Murinim. Santa Bárbara do Pará está localizado na PA-391, possui pouco mais de 17 mil habitantes, PIB 3.932,10 per capita, apresenta franco potencial para a agricultura, com destaque para a produção de hortaliças, cujo destino final é o abastecimento de parte da Região Metropolitana. Compõem a geografia do município as ilhas São Pedro e Pirajuçara. Santa Bárbara está localizado na micro região de Belém, distando 40 Km da capital, seus limites são a foz do rio Tauá, na Baia do Sol, o igarapé São Francisco que segue pelo furo das Marinhas, no sentido norte, deixando para Belém as Ilhas da Conceição, Cunuaru, Maruim e dos Papagaios que seguem até a foz do rio Tauá na Baia do Sol. A economia da região baseia-se nas atividades agropecuárias, comércio, indústria, serviços e turismo, sendo este último mais evidente na capital paraense. A atividade industrial é correspondente aos produtos alimentícios, navais, metalúrgicos, químicos, beneficiamento de madeira e processamento do pescado. Toda a Região Metropolitana I vem enfrentando as consequências das ocupações desordenadas, fruto do processo migratório, essencialmente de pessoas/famílias oriundas dos municípios mais distantes dos centros urbanizados. Os municípios de Belém e Santa Bárbara do Pará contam ainda com áreas de assentamento rural. É em Belém que estão situados os portos brasileiros mais próximos da Europa e Estados Unidos (Belém, Miramar e Outeiro), sendo que o Porto de Belém é o maior movimentador de containers da Amazônia. Com a revitalização dos distritos industriais de Icoaraci e Ananindeua, a implantação da Hidrovia do Tocantins e com a chegada da Ferrovia Norte Sul, a cidade aguarda um novo ciclo de desenvolvimento. O Círio de Nazaré, a maior procissão cristã do planeta, movimenta a economia da cidade, Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 7 com aumento da produção industrial, aquecendo o comércio e o setor de serviços e turismo. 1.3 Composição do Grupo Condutor Representantes do Ministério da Saúde: - Edna Cezar Balbino – Apoiador Estadual - Fabiana Peroni – Apoiador Estadual - Laura Maria Vidal Nogueira – Apoiador Local Representantes da SES: - Milena Farah Damous Castanho Ferreira - Rosângela Brandão Monteiro (Coordenadora do Grupo Condutor QualiSUS-Rede) Representantes do COSEMS: - Charles César Tocantins de Souza - Ed Wilson Dias e Silva Representantes de cada município da Região Metropolitana: - Simone Beverly Costa Nascimento (SMS- Ananindeua) - Zuleide Maria Soares Souza (SMS-Ananindeua) - Carmem Célia Pinheiro André (SMS- Belém) - Israel Correa Pereira ( SMS-Belém) - Shirley Aviz de Miranda (SMS- Benevides) - Karla Picanço Cartagenes (SMS-Benevides) - Ruth Helena dos Santos Leal (SMS – Santa Bárbara do Pará) - Iremar Pereira Mendes (SMS – Santa Bárbara do Pará) - Josué Lacerda Pompeu (SMS Marituba) - Luana Rodrigues Couto (SMS Marituba) A composição do Grupo Condutor (GC), instituído pela Resolução CIB nº 031, de 09 de fevereiro de 2012, deu-se a partir da indicação pelo gestor da saúde de cada município da Região. O mesmo processo ocorreu com os representantes da SES e do COSEMS que foram indicados pelos titulares dos órgãos. Para elaboração do Subprojeto, não foi necessário a composição de câmara técnica, sendo todo trabalho realizado pelos representantes do Grupo Condutor. O Subprojeto foi construído de forma coletiva, com pactuações permanentes contemplando a realidade de cada um dos cinco municípios. Nesse sentido, foram realizadas Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 8 oficinas, reuniões e seminários de modo a atender os objetivos pontuais de cada fase de elaboração do Subprojeto. O produto de cada etapa era socializado no território de origem pelos representantes municipais, que retornavam ao grupo empoderados para o sequenciamento do trabalho. O documento preliminar do Subprojeto foi submetido a CIR da Região Metropolitana I no dia 28 de março de 2012, e contou com a participação dos integrantes do Grupo Condutor. Na reunião houve apresentação de todo o Subprojeto pela Coordenadora do GC, ocasião em que foram prestados os esclarecimentos para todas as dúvidas verbalizadas. Na mesma reunião o projeto foi aprovado e encaminhado a CIB que homologou a decisão. 1.4 Dinâmica de operacionalização do Grupo Condutor QualiSUS-Rede da região Metropolitana de Belém e metodologia de trabalho para elaboração do subprojeto. A construção do subprojeto QualiSUS Rede da Região Metropolitana de Belém obedeceu uma sistemática de trabalho que envolveu dinâmicas tais como: reuniões, oficinas e seminários. Participaram das oficinas os integrantes do Grupo Condutor, gestores da SESPA e representantes das redes temáticas, oportunamente. O quadro abaixo detalha o tema de cada uma das oficinas e reuniões, o objetivo proposto e a data/período de ocorrência. Evento: Oficina de trabalho com os municípios da área Metropolitana de Belém Objetivo: Diagnosticar as necessidades dos municípios da área metropolitana, nos eixos afetos ao Projeto QualiSUS –Rede, no contexto da Rede Assistencial de Saúde de cada município. Data: 12.09.2011 Evento: 1ª Oficina Regional - QualiSUS-Rede - Região Metropolitana/Belém Data: 17 e 18.11.2011 Objetivo: Formar o Grupo Condutor e pactuar compromissos Evento: Oficina para construção do Subprojeto Qualisus-Rede para a Região Metropolitana de Belém Objetivos: - Discutir o Painel de Indicadores dos Subprojetos, tendo sido priorizado os indicadores obrigatórios (QSR). - Discutir as prioridades elencadas pelo Grupo Condutor para elaboração dos Subprojetos. Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 9 Data: 25.11.2011 Evento: Oficina para construção do Subprojeto Qualisus-Rede para a Região Metropolitana de Belém Objetivo: Finalizar o produzido no dia 25.11.11. Data: 14.12.2011 Evento: Oficina para construção do Subprojeto Qualisus-Rede para a Região Metropolitana de Belém Objetivos: - Promover o apoio integrado, com a participação simultânea de todas as áreas técnicas/redes de atenção, apoiadores do MS, grupo de rede do Estado, de forma a garantir um alinhamento e a interface de todas as áreas; - Discutir as portarias vigentes e as possibilidades de composição com outros recursos financeiros, além do QualiSUS; - Discutir o Projeto QualiSUS Metropolitana e suas readequações orçamentárias, assim como dos indicadores. Período: 02 a 04.02.2012 Evento: Oficina final para fechamento do subprojeto. Objetivo: Finalizar a construção do subprojeto QualiSUS-Rede da RM de Belém. Data: 15.03.2012 Evento: Reunião de trabalho para discussão das demandas e orçamentos. Período: 15 e 16.02.2012 Evento: Reunião de trabalho para avaliação de inclusão de novas propostas. Data: 02.03.2012 Evento: Reunião de trabalho para preenchimento dos formulários padronizados Data: 07.03.2012 Evento: Reunião de trabalho para continuação /conclusão do subprojeto Data: 09.03.2012 Foi realizado um seminário que contou com a participação de representantes das redes temáticas de Urgência e Emergência, Rede Cegonha, Rede de Oncologia e Rede de Atenção Psicossocial. Nesta ocasião foi feita a apresentação de cada uma dessas Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 10 redes para divulgar o estágio de construção em que cada uma se encontra. Abaixo o detalhamento do evento. Evento: Seminário para apresentação das Redes Temáticas focalizando o Mapa Estrutural (fluxos, interfaces com outras redes de atenção, pontos críticos, etc.) Data: 29.02.2012 Para subsidiar a elaboração da análise situacional foi feita consulta em sites oficiais, tais como: IBGE e Sala de Situação do MS, além de fontes documentais da SESPA e das Secretarias Municipais da Região Metropolitana. O projeto foi enviado para a Unidade de Gestão do Projeto (UGP) e Ministério da Saúde (MS) no dia 28.03.2012, juntamente com as Resoluções de aprovação na CIR e homologação na CIB. Após análise pela UGP e sendo necessários alguns ajustes no subprojeto, o Grupo Condutor participou de uma Oficina com representantes do MS no dia 08.05.2012 para devolutiva da análise do subprojeto e planejamento de um cronograma de trabalho para realização dos ajustes necessários. Nesse sentido foram realizadas quatro reuniões que objetivaram a revisão e reelaboração de partes do subprojeto seguindo o relatório de análise: Evento: Reunião de trabalho para leitura do relatório de análise enviado pela UGP, definição do processo de trabalho a ser desenvolvido pelo GC. Repactuação de ações. Data: 15.05.2012 Evento: Reunião de trabalho com o GC para continuação da revisão do subprojeto. Análise crítica dos formulários padronizados, Repactuação das ações previstas para a RUE Data: 18.05.2012 Evento: Reunião de trabalho com o GC para continuação da revisão do subprojeto – repactuação das ações previstas para a rede de Oncologia. Data: 22.05.2012 Evento: Reunião de trabalho para revisão dos indicadores do subprojeto. Data: 24.05.2012 Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 11 2. CONDIÇÕES DE VIDA E SAÚDE 2.1 Dados Sociodemográficos Básicos 2.1.1 Perfil populacional Na população da região há predominância do sexo feminino com 52,3%, e da faixa etária entre 20 e 29 anos de idade, correspondendo a 20,29% do total da população da região metropolitana I. O grupo etário com idade inferior a 15 anos corresponde a 25,98%, sendo que a população com 60 anos e mais perfaz um percentual de 7,27% (Tabela 2). Tabela 1 – Distribuição da população da Região Metropolitana de Belém, por sexo e faixa etária, ano 2009. Faixa Etária Masculino Feminino Total Menor 1 14.807 14.222 29.029 1a4 64.705 63.015 127.720 5a9 96.816 97.440 194.256 10 a 14 97.805 99.633 197.438 15 a 19 97.162 99.283 196.445 20 a 29 207.054 221.191 428.245 30 a 39 168.085 189.338 357.423 40 a 49 119.551 137.530 257.081 50 a 59 77.395 92.068 169.463 60 a 69 38.472 50.981 89.453 70 a 79 17.357 27.148 44.505 80 e + 6.711 12.802 19.513 Ignorada - - - Total 1.005.920(47,7%) 1.104.651(52,3%) 2.110.571(100,0%) Fonte: IBGE (2009) 2.1.2 Índice de Desenvolvimento Humano A Região Metropolitana tem um IDH médio de 0,74 (Tabela 4), portanto um valor nível médio. Segundo a OMS, o valor inferior a 0,50 é considerado baixo, e entre 0,50 a 0,79 é nível médio e superior a 0,80 é alto. Embora os valores estejam muito próximos ao parâmetro considerado superior, mantém-se a preocupação em implantar e implementar políticas públicas de saúde, educação e assistência social, assim como de geração de renda. Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 12 Figura 4 - Índice de desenvolvimento humano dos municípios da Região Metropolitana, ano 2010. Média IDH /Região Metropolitana: 0,74 Fonte: Sala de Situação/MS-2012 2.1.3- Perfil educacional Tabela 2 - Proporção de alfabetização por faixa etária da população da Região Metropolitana de Belém, ano de 2009. F. Etária Ananindeua Belém Benevides Marituba Sta. Bárbara 5a9 50,7 51,6 45,1 41,8 41,3 10 a 14 94,7 94,9 94,5 92,5 90,8 15 a 19 97,8 97,8 96,6 96,2 95,5 20 a 49 96,1 96,5 92,1 93,2 90,2 50 e + 83,2 87,2 70,3 72,8 66,7 TAXA DE ANALFABETISMO DA REGIÃO METROPOLITANA : 4,47 Fonte: IBGE (2009) A taxa de analfabetismo na região metropolitana é de 4,47% (Tabela 2) correspondente a população de 5 anos e mais. Dentre os municípios, Santa Bárbara do Pará apresenta os menores percentuais de alfabetização, em todas as faixas etárias. No grupo de adolescentes, faixa etária de 10 a 19 anos, os maiores percentuais encontram-se em Belém e Ananindeua, sendo com variação pequena em relação aos demais. Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 13 2.1.4. Condições de Saneamento Básico ABASTECIMENTO DE ÁGUA A origem da água para consumo humano tem sido alvo de debate no mundo todo, corroborando a preocupação das autoridades sanitárias, com o controle das doenças veiculadas por meio hídrico, essencialmente nos países em desenvolvimento. Doenças como as parasitoses intestinais, hepatites infecciosas, diarréias, entre outras, podem estar diretamente relacionadas a qualidade da água. Observa-se que na região metropolitana de Belém, todos os municípios (Tabela 4) fazem uso de água oriunda da rede geral, mas também de poço doméstico ou mesmo rios e igarapés, tendo em vista a característica geográfica peculiar da região, com a presença de inúmeras ilhas circundando todos os municípios. Portanto, a água obtida dessas fontes está isenta de controle de qualidade pelos órgãos públicos responsáveis. Os municípios de Belém e Santa Bárbara do Pará são os que apresentam maior consumo de água proveniente da rede geral, e o município de Marituba, o que mais utiliza água de poço, rios, nascentes e igarapés. Essa realidade exige maior vigilância por parte das Equipes de Saúde da Família no sentido de orientar o tratamento doméstico da água para consumo humano. Tabela 3 - Proporção de moradores por tipo de abastecimento de água na região metropolitana de Belém, ano 2010. Tipo Belém Ananindeua Benevides Marituba Rede geral 75 38,7 53,9 17,8 Santa Bárbara do Pará 73,9 Poço ou nascente 21,7 53,9 40,6 67,1 21,8 Outra forma 7,4 5,5 15,1 4,3 3,2 Fonte : IBGE (2010) Figura 5 - Proporção de moradores segundo abastecimento de água na região metropolitana, ano 2010. Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 14 SANTA BÁRBARA MARITUBA 73,9 17,8 REDE GERAL BENEVIDES 53,9 POÇO OU NASCENTE OUTRA FORMA ANANINDEUA BELÉM 38,7 75 0% 50% 100% Fonte: IBGE (2010) DESTINO DO LIXO A produção de lixo pela população tem sofrido grande alteração nas últimas décadas, tanto pela quantidade como pela qualidade. Alguns fatores podem estar associados a essa questão, tais como: o consumo exagerado de produtos industrializados, a exemplo de bebidas em geral, alimentos semi-prontos, e outros mais. As embalagens que protegem esses alimentos, adicionados aos descartes das indústrias, bancos, órgãos públicos, etc, somam as toneladas lixo que são recolhidas diariamente, e nem sempre recebem destino adequado. Portanto, a preocupação com a produção de lixo é tão somente uma etapa, exigindo maior atenção o destino final e o tratamento a serem dados a esses resíduos, que aumenta proporcionalmente com o crescimento da população. A Figura 6 mostra que em todos os municípios da região metropolitana há sistema de coleta de lixo pelas prefeituras locais, porém de forma desigual. No município de Belém a grande maioria dos moradores usufrui desse serviço, muito embora os dados não permitam avaliar a sistematicidade. No município de Ananindeua, cerca de 80% da população tem seu lixo coletado, e os demais moradores adotam outras práticas de descarte. Nos municípios de Marituba e Santa Bárbara do Pará menos da metade da população disponibiliza o lixo para coleta, adotando como medida mais frequente de destino final a incineração e o depósito em céu aberto. Figura 6 - Destino do lixo produzido na região metropolitana, segundo os municípios, ano 2010. Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 15 100% 80% 60% OUTRO DESTINO 40% JOGADO 20% ENTERRADO QUEIMADO BE LÉ M AN AN IN DE UA BE NE VI DE S M AR ITU SA BA NT A BÁ RB AR A 0% COLETADO Fonte: IBGE (2010) As consequências do depósito em céu aberto podem ser muito danosas para a saúde do homem em razão da proliferação de insetos e pequenos animais, a exemplo de moscas, baratas e ratos, causadores de doenças como a leptospirose, dengue entre outras. Nesse contexto há que se destacar a existência de grandes áreas nas quais são despejados os resíduos sólidos pelos coletadores, formando enormes lixões, uma realidade nos municípios de Ananindeua, Benevides, Marituba e Santa Bárbara do Pará. Os lixões representam um sério problema ao meio ambiente e a saúde das pessoas, essencialmente, para aquelas que encontram nesses espaços única possibilidade de sobrevivência, ficando expostos a doenças tanto pelo consumo de alimentos, muitas vezes deteriorados, como pelo contato com agentes agressores à integridade física. Questões dessa natureza têm sido enfrentadas pelo poder público e pela sociedade em geral, porém, ainda longe de alcançar a totalidade do problema. 2.1.5 Situação de nascimento Dentre os nascidos vivos na Região Metropolitana, 7.610 (21,4%) foram de mães com idade inferir a 19 anos, cabendo ressaltar que 307 (0,87%) nasceram de mães com menos de 15 anos (Tabela 4), sugerindo condições de risco para o recém-nascido, com possibilidade de prematuridade e/ou baixo peso, situação mais presente em mães adolescentes. Há que se destacar a situação de gravidez precoce, sem planejamento, implicando em consequências sociais e econômicas que alcançam não somente a mãe e a criança, mas toda a estrutura familiar, que via de regra, contribuem para o abandono da escola. Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 16 Destaca-se ainda a ocorrência de gravidez em mulheres com idade acima de 40 anos, em todos os municípios da Região, caracterizando necessidade de atenção diferenciada pela presença do risco gestacional. Tabela 4 - Nascidos vivos na Região Metropolitana segundo faixa etária da mãe por município, ano de 2010 Município < 15 15-19 20-34 35-39 40-44 45-49 50 e+ Total Ananindeua 63 1.923 6.750 529 90 4 1 9.360 Belém 211 4.560 16.550 1.544 326 9 3 23.203 Benevides 12 272 577 35 7 0 1 904 Marituba 18 449 1.083 63 13 0 0 1.626 Sta. Bárbara 3 99 204 7 5 0 0 318 Total 307 7.303 25.164 2.178 441 13 5 35.411 Fonte: MS/SVS/DASIS/SINASC (2011) Figura 7 - Nascidos vivos na Região Metropolitana segundo faixa etária da mãe por município, ano de 2010 40000 150080 Ananindeua 35000 30000 150140 Belém 25000 150150 Benevides 20000 15000 150442 Marituba 10000 150635 Santa Bárbara do Pará 5000 Total 50 e+ 45-49 40-44 35-39 20-34 15-19 < 15 0 Total Fonte: MS/SVS/DASIS/SINASC (2011) Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 17 2.1.6 Causas de adoecimento e morte De acordo com a Tabela 5 ocorreram nos anos de 2010 e 2011, respectivamente, 168.524 e 151.574 internações nos hospitais da Região Metropolitana de Belém, sendo a causa principal o parto e o puerpério com 21,87% em 2010 e 22,82% em 2011, seguido das doenças infecciosas e parasitárias (14,89% em 2010 e 11,64% em 2011), cuja principal relação causal de adoecimento tem aporte nas condições de vida e saneamento básico. Tabela 5 - Internações segundo morbidade na Região Metropolitana, período 2010 – 2011. Diagnóstico CID10 Ano % Ano 2010 I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias % 2011 25.095 14,89 17.650 11,64 II. Neoplasias (tumores) 6.736 4,00 6.081 4,01 IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 2.431 1,44 3.272 2,16 V. Transtornos mentais e comportamentais 2.327 1,38 2.183 1,44 IX. Doenças do aparelho circulatório 10.101 5,99 9.643 6,36 X. Doenças do aparelho respiratório 24.458 14,51 22.702 14,98 XI. Doenças do aparelho digestivo 13.053 7,75 11.409 7,53 XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo 4.571 2,71 4.124 2,72 XIV. Doenças do aparelho geniturinário 9.560 5,67 8.151 5,38 36.864 21,87 34.585 22,82 XVI. Algumas afec originadas no período perinatal 3.751 2,23 3.427 2,26 XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas 19.332 11,47 18.456 12,18 Outros capítulos 10.245 6,09 9.891 6,52 168.524 100,00 151.574 100,00 XV. Gravidez parto e puerpério Total Ratifica essa situação, os dados apresentados na Tabela 3, com proporção significativa de pessoas consumindo água cuja origem são os poços, rios, igarapés. Da mesma forma, os dados ilustrados na Figura 5, que mostram o destino do lixo nem sempre adequados, inclusive com a presença de grandes lixões. O enfrentamento dessa situação exige medidas intersetoriais, entretanto o acometimento de pessoas por doenças vinculadas a essa situação poderá ser minimizada pela atenção básica em saúde qualificada, com processo educativo em saúde. Dentre o elenco de doenças, ainda na Tabela 6, é relevante a ocorrência de doenças do aparelho respiratório, responsável por 14,51% das internações no ano de 2010 e 14,98% no ano de 2011, atribuível às pneumonias, essencialmente nas crianças. As internações por lesões, envenenamentos e algumas outras consequências de causas externas são expressivas, alcançando percentuais de 11,47% em 2010 e 12,18% em 2011 do total da Região, inclusive com tendência de crescimento. Acreditase que essas cifras são incrementadas pela violência doméstica e acidentes no trânsito peculiar nos centros urbanos. Não obstante, trata-se de um problema de saúde que acarreta consequências sérias e duradouras para os indivíduos, as famílias e a sociedade, além dos custos individuais e coletivos. Tabela 6 - Mortalidade geral por município da Região Metropolitana, segundo causas, ano 2010. CATEGORIA CID-10 Ananindeu Belém Benevi Maritub Sta. Bárb Óbit/res X95 Agressao disparo outr arma 25 743 25 102 9 904 I64 AVC como hemorrag isquemico 13 451 13 41 5 523 R99 Outr causas mal definidas 13 448 13 29 3 506 E14 Diabetes mellitus NE 12 334 12 26 3 387 I21 Infarto agudo do miocárdio 12 319 12 21 2 366 I50 Insuf cardíaca 10 263 10 16 2 301 V09 Pedestre traum outr acid transp 9 220 9 15 2 255 K74 Fibrose e cirrose hepáticas 7 177 7 15 2 208 R09 Outr sint sinais relat ap circ/resp 7 149 7 11 2 176 R68 Outr sint e sinais gerais 7 146 7 10 2 172 I10 Hipertensao essencial 6 139 6 9 2 162 A41 Outr septicemias 5 136 5 9 2 157 J18 Pneumonia p/microorg NE 5 135 5 8 2 155 J44Outr doenc pulmonares obstrutivas 5 125 5 8 2 145 I11 Doenc cardiaca hipertensiva 4 107 4 7 2 124 V89 Acid veic mot n-mot tipos de ve 4 98 4 7 1 114 X99 Agressao objeto cortante ou pen 4 92 4 6 1 107 B20 Doenc p/HIV result doenc infec 3 92 3 6 1 105 J15 Pneumonia bacter NCOP 3 90 3 5 1 102 J43 Enfisema 3 90 3 5 1 102 Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 19 J98 Outr transt respirat 3 89 3 5 1 101 N40 Hiperplasia da próstata 3 88 3 4 1 99 W19 Queda s/especificação 3 85 3 4 1 96 B24 Doenc p/HIV NE 2 83 2 4 1 92 C16 Neopl malig do estomago 2 78 2 4 1 87 C26 Neopl malig outr mal ap DIG 2 72 2 4 1 81 C41 Neopl malig ossos/cartil artic 2 59 2 4 1 68 2 57 2 3 1 65 236 6.489 236 478 73 7.512 C53 Neopl malig do colo do útero TOTAL Estudo publicado na Revista The Lancet (2011), apontou que a região norte abriga os maiores índices de mortalidade por homicídio do país. A pesquisa foi realizada no período de 1991 a 2007, e atribuiu tais episódios à urbanização crescente, essencialmente a partir da década de 90 (CANO & RIBEIRO, 2007). Há que se ressaltar o cenário de grandes conflitos agrários que se perpetuam no Estado levando a episódios violentos e morte. O crescimento do número de acidentes, essencialmente aqueles relacionados à violência urbana, tem refletido consideravelmente na demanda por serviços na área de urgência e emergência nos últimos anos sobrecarregando os hospitais. Assim, é essencial a estruturação da rede de atenção básica, tornando-a resolutiva para os casos que não exigem hospitalização, assegurando uma real porta de entrada para estes casos. De acordo com as diretrizes da Política Nacional de Atenção às Urgências, o atendimento as pessoas acidentadas deve fluir em todos os níveis do SUS, organizando a assistência a partir das Equipes de Saúde da Família até os cuidados pós-hospitalares na convalescença, recuperação e reabilitação. Para tanto se faz necessário a dotação das Unidades com equipamentos que correspondam às exigências do tipo de atendimento. No que refere à qualificação das equipes de urgência e emergência, não obstante os investimentos que foram feitos com curso de regulação médica, suporte básico de vida e formação de instrutores em urgência e emergência, promovidos pela Secretaria Municipal de Saúde de Belém e parceria com a SESPA e o Ministério da Saúde, para capacitar médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, é imprescindível a necessidade de investimento nessa área, para a assistência mais resolutiva. Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 20 Da mesma forma, a Região carece de investimentos prioritários na área de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado para os cânceres, essencialmente, o câncer de mama e colo de útero. Figura 8 - Casos de câncer segundo a localização, em mulheres atendidas no Hospital Ophir Loyola, 2000 a 2008. Casos de câncer mais frequentes, em mulheres, atendidas no Hospital Ophir Loyola Colo de útero Mama 5.000 4.000 Estômago 4.713 Sistema Hemato. e reticuloendotelial Ovário 3.000 2.871 2.000 Corpo do útero 516 430 325 1.000 254 249 200 191 109 Brônquios e pulmões Boca 0 1 Linfonodos Pe ríodo de 2000 a 2008 - Dados RHC-HOL Anus e canal anal Fonte: RHC – HOL O Hospital Ophir Loyola é o único hospital público de referência em oncologia no Estado do Pará, e aponta em seus registros a predominância significativa em mulheres, de casos localizados no colo do útero e na mama (Figura 8). A concentração de atendimentos no HOL se deve a sua capacidade resolutiva, devido o aporte tecnológico e corpo clínico especializado, o que encarece sobremaneira o atendimento. Os dados fortalecem a necessidade de realização de rastreamento de casos pelas Equipes de Saúde da Família, assegurando acesso aos exames Papanicolau e mamografia para diagnóstico precoce. Figura 9 - Casos de câncer segundo localização, em homens atendidos no Hospital Ophir Loyola, 2000 a 2007. 10 tipos de câncer mais frequentes, em homens, atendidos no Próstata Hospital Ophrir Loyola- HOL Estômago 1800 1600 1400 1200 1000 800 600 400 200 0 Sistema Hemato. e reticuloendotelial Brônquios e pulmões 1726 Boca 1100 Linfonodos 551 503 392 320 292 203 181 162 Laringe Pênis 1 Períod de 2000 a 2007- Dados RHC-HOL Reto Esôfago Fonte: RHC – HOL (2011) Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 21 Em relação ao sexo masculino, a maior ocorrência foi na próstata com 1.726 casos no período de sete anos, seguida do estômago com 1.100 casos (Figura 9 ). O atendimento especializado em oncologia está em franca expansão no Estado, com a implantação de uma Unidade de Média e Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) nas dependências no Hospital Universitário João de Barros Barreto, e construção do Hospital Infanto-Juvenil do Câncer, ambos na capital paraense. Essa retaguarda especializada é parte da rede assistencial, que aponta a necessidade de maior resolutividade na atenção primária em saúde, de modo a identificar precocemente os casos. Em relação a mortalidade em mulheres, a Figura 10 mostra um comparativo entre os dados obtidos no país, no Estado e na capital paraense, indicando elevados índices da mortalidade pelo câncer de mama, liderando o ranking nacional e regional. Em relação ao câncer de colo de útero, os dados referentes ao Pará e a Belém são proporcionalmente mais elevados que aqueles encontrados no país, sendo inclusive a primeira causa de morte no Pará quando comparado com as demais localizações da doença. Há que se destacar que a mortalidade de mulheres em Belém é superior a média encontrada no estado e no país. Resultados de estudo (SCHMIDT, DUNCAN, SILVA, MONTEIRO, BARRETO, CHOR & MENEZES, 2011) realizado no Brasil com os dados de mortalidade por câncer em mulheres no período compreendido entre 1980 e 2006, mostraram que o câncer de mama e o câncer de colo de útero lideraram as causas de morte no sexo feminino, apontando para a necessidade de priorização do problema nas ações de controle da doença. Os dados denunciam a fragilidade da atenção primária em saúde, ocasionando demora no diagnóstico da doença. Ainda nesse contexto é importante considerar a ausência de metodologia para monitoramento interno e externo do controle de qualidade da citologia e da histologia, fragilizando os resultados dos exames para diagnóstico. Situação presente ainda é a dificuldade para consolidação das informações e registros sobre câncer nos sistemas gerais e específicos: SISCOLO, RCBP, RHC, e o SIM. Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 22 Figura 10 - Mortalidade correspondente as cinco localizações primárias de cânceres mais frequentes em mulheres, no Brasil, no Pará e em Belém, ano de 2008. Taxas de mortalidade das 5 localizações primárias de câncer mais frequentes em mulheres no ano de 2008 14 13,59 Mama 12,47 11,55 12 10 8,66 7,41 8 7,2 7,39 8,34 5,94 6 4,76 4 4,48 Traquéia, pulmões e brônquios Cólon e Reto 5,55 6,1 4,23 Colo de útero 2 3,21 0 Brasil Pará Belém Estômago Fonte: RHC – HOL (2011) Entre os homens, da mesma forma, a mortalidade em Belém é mais elevada que no estado e no país, com predominância do câncer na traquéia, pulmões e brônquios (23,92) seguido do estômago (21,69). O câncer de próstata vem logo a seguir com 14,74 (Figura 11). Figura 11 - Mortalidade correspondente as cinco localizações primárias de cânceres mais frequentes em homens, no Brasil, no Pará e em Belém, ano de 2008. Taxas de mortalidade das 5 localizações primárias de câncer mais frequentes em homens no ano de 2008 25 23,92 21,69 20 Traquéia, pulmões e brônquios Próstata 15,91 15 10 13,57 Cólon e Reto 14,75 9,98 6,92 5 Estômago 11,1 11,67 9,21 6,67 5,31 3,22 3,02 Esôfago 0 Brasil Pará Fígado 5,04 Belém Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Leucemias Página 23 3. ESTRUTURA E OPERAÇÃO DO SISTEMA 3.1. Capacidade instalada Em relação a disponibilidade de leitos hospitalares, a Tabela 7 mostra que a região metropolitana conta com um quantitativo de 5.654, sendo 3.334 (58,97%) leitos SUS e 2.320 (41,03%) leitos não-SUS. A maioria, 4.310 (76,22%) está em Belém, a capital do Estado. O município de Ananindeua possui 1.047 (18,52%) leitos, e Santa Bárbara do Pará não possui nenhum. Os leitos estão distribuídos nas clínicas cirúrgicas (37,42%), clínica médica (29,28%), clínica obstétrica (12,34%), pediatria (16,67%), outras especialidades (2,95%) e Hospital Dia (1,3%). Tabela 07 - Leitos hospitalares existentes na Região Metropolitana, ano 2011 Outras Especialidades REGIÃO Cirúrgicos METROPOLITANA SUS Clínicos NÃO EXISTE SUS NTE SUS Obstétrico Pediátrico EXISTE SU NÃO EXISTE SU NÃO EXISTE SU NÃO EXISTE SU NÃO EXISTE SUS NTE S SUS NTE S SUS NTE S SUS NTE S SUS NTE 254 123 377 166 120 BELEM 829 850 1679 697 581 14 36 5 41 7 7 24 30 21 51 20 20 30 8 929 727 698 676 267 14 MARITUBA 28 18 46 1125 991 2116 Total NÃO ANANINDEUA BENEVIDES Hospital/DIA 67 63 130 157 97 254 - 1278 343 286 198 541 465 162 627 72 24 56 38 - 39 SUS NÃO EXIST SUS ENTE 644 403 1047 2.445 1865 4310 - 137 5 142 - 108 47 155 0 0 3334 2320 5654 111 39 56 35 74 SANTA BÁRBARA DO PARÁ TOTAL 0 FONTE: DDASS - SESPA 0 1656 437 0 261 0 943 128 39 167 39 35 74 3.2. Cobertura das ações e serviços de saúde As ações de promoção à saúde e prevenção de doenças se constituem objetivo maior das atividades desenvolvidas pelas Equipes de Saúde da Família, devendo assegurar sequenciamento da assistência nos demais níveis de complexidade no setor saúde, fundamental para a efetivação dos princípios e diretrizes do SUS. A realidade encontrada na Região Metropolitana (Tabela 08) denota que somente 21,95% (187) das equipes estabelecidas no teto regional estão implantadas, ratificando a necessidade de reversão desse quadro para maior fortalecimento da atenção primária em saúde. Dentre os municípios, Belém é o que apresenta menor percentual com 11,70% (68 equipes), e Benevides o maior com 72,72% (16 equipes). Tabela 08 - Cobertura da Estratégia Saúde da Família na Região Metropolitana, ano 2011. PARA MUNICÍPIO TETO CREDENCIADO IMPLANTADO Ananindeua 197 82 82 115 Belém 581 117 68 513 Benevides 22 16 16 6 Marituba 45 21 18 27 Santa Bárbara do Pará 7 5 5 3 TOTAL 852 241 189 663 EXPANDIR FONTE: Coordenação Estadual da ESF-SESPA (2012) Considerando que as ações básicas de saúde reduzem a necessidade de procedimentos de média e alta complexidade, torna-se necessário maior investimento para expansão da oferta dessas ações. Em relação ao quantitativo de ACS previsto no teto regional (5.157), a Tabela 11 mostra implantação somente de 33,16%. A proporção encontrada no município de Belém é a mais sofrível com apenas 20,17% do total de ACS que poderiam estar desenvolvendo ações de promoção à saúde junto a população, assim como fortalecendo o rastreamento de casos de doença, a exemplo do câncer de mama e colo do útero. Dentre os demais municípios, Benevides exibiu a maior cifra, 84,41%. Tabela 09 - Cobertura com Agente Comunitário de Saúde na Região Metropolitana, ano 2011. CREDENCIADO TETO Ananindeua 1.181 800 690 491 Belém 3.495 2.500 705 2.790 Benevides 154 134 130 24 Marituba 272 201 150 122 Santa Bárbara do Pará 55 46 35 20 TOTAL 5.157 3.681 1.710 3.447 S IMPLANTADOS PARA MUNICÍPIO EXPANDIR FONTE: Coordenação Estadual da ESF-SESPA (2012) A capilarização do trabalho do ACS é fundamental para produzir impacto no controle das doenças mais prevalentes de uma comunidade, com a identificação precoce de situações de risco e tomada de decisão para prevenir agravamento e maior sofrimento humano. Foram aprovados em toda a Região Metropolitana 09 Núcleos de Apoio às Equipes de Saúde da Família (NASF), estando 07 em funcionamento. Os municípios de Benevides e Marituba implantaram 100% dos Núcleos previstos, enquanto que Belém tem apenas 01 Núcleo instalado, representando 25% do quantitativo aprovado (Tabela 10 ). Tabela 10 - Núcleos de Apoio a Saúde da Família (NASF) na Região Metropolitana, ano 2011. MUNICÍPIO APROVADO IMPLANTADO Ananindeua 0 1 Belém 4 1 Benevides 3 3 Marituba 2 2 Santa Bárbara do Pará 0 0 TOTAL 9 7 FONTE: Coordenação Estadual da ESF-SESPA (2012) Esses Núcleos são estruturas importantes a medida que conferem suporte de atendimento aos casos demandados pelas Equipes de Saúde da Família, fortalecendo a atenção primária em saúde e reduzindo os encaminhamentos para os ambulatórios especializados. Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 26 A Tabela 11 mostra que não obstante a existência de unidades abertas para atendimento especializado a exemplo dos CAPS I, CAPS II, CAPS III, CAPS i e CAPS AD, a região ainda se ressente da limitação na oferta. Tabela 11 - Cobertura de Centros de Atenção Psicossocial na Região Metropolitana de Belém, 2011. MUNICÍPIO POPULAÇÃO Ananindeua 471.774 Belém 1.392.031 SERVIÇO EXISTENTE CAPS II e CAPS i NECESSIDADE CAPS III e CAPS Ad (4) CAPS I, (2) CAPS III, (1) (3) CAPS III, (3) CAPS CAPS i, (1) CAPS Ad e (1) CAPS Ad, (1) Ad III (1) CAPS III i Benevides 51.663 0 CAPS I Marituba 108.251 CAPS II e CAPS Ad CAPS i 0 0 Sta. Bárbara do Pará 17.154 CAPS i e FONTE: Coordenação Estadual de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas/SESPA ( 2011) Há concentração dos serviços na capital paraense, embora insuficiente para atender a demanda que se constitui não só pela área de abrangência do município, mas pelos casos oriundos das várias regiões do Estado, em razão da limitada oferta no âmbito Estadual. Em Benevides e Santa Bárbara do Pará não há instalação desses serviços. O esforço conjunto entre o MS e o Estado do Pará, apontam para a implementação da rede psicossocial. De acordo com a Tabela 14 a Rede de Atenção Básica da Região Metropolitana I de Belém, é constituída, predominantemente por 20 postos de saúde e 146 Unidades Básicas de Saúde, com grande concentração nos municípios de Ananindeua e Belém. Embora todos os municípios contemplem em sua geografia inúmeras ilhas, não há unidade fluvial para atendimento da população ribeirinha. Tabela 12 - Rede de Atenção Básica segundo municípios da Região Metropolitana de Belém, 2011. POSTO DE CENTRO DE UNIDADE UNIDADE SAÚDE SAÚDE/UBS MISTA FLUVIAL Ananindeua 2 52 0 0 Belém 5 73 0 0 Benevides 13 3 0 0 Marituba 0 14 1 0 Santa Bárbara do Pará 0 4 0 0 TOTAL 20 146 1 0 MUNICÍPIO FONTE: DDASS/SESPA (2011) Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 27 Em toda a Região, 24% da população é assistida pelo Sistema de Saúde Suplementar, por meio de planos de saúde (Tabela 15). Belém apresenta o maior percentual de cobertura com 28,4%, identificando-se um decréscimo de valores na medida em que o município se afasta da capital. Em Santa Bárbara do Pará somente 2,6% recebe assistência complementar, caracterizando forte dependência do SUS. Tabela 13 – Cobertura da população por plano de saúde na Região Metropolitana I de Belém. Municípios Pop Geral Pop coberta c/ Plano % Saúde Ananindeua 471.980 84.518 17,9 Belém 1.393.399 395.813 28,4 Benevides 51.651 3.367 6,5 Marituba 108.246 5.453 5,0 Santa Bárbara 17.141 447 2,6 2.042.417 489.598 24,0 do Pará Total Fonte: Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) - Set/2011- IBGE Censo /2010 3.3 Produção de serviços De acordo com os dados apresentados no Quadro 3 a oferta de consultas médicas na área básica, no ano de 2011, encontra-se abaixo dos valores estabelecidos na Portaria 1101 (1,06 – 1.67/habitante/ano), nos municípios de Ananindeua, Belém e Benevides. Em Santa Bárbara do Pará, a cobertura de 3,34/habitante ficou acima do parâmetro. Em relação às consultas médicas especializadas, identificam-se valores superiores aos parâmetros (0,44-0,66/habitante/ano) em Belém e Ananindeua, sendo em Benevides há um déficit significativo. O município de Santa Bárbara do Pará realiza suas consultas especializadas em Ananindeua e Belém de acordo com PPI. Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 28 Quadro 3- Cobertura de ações e serviços de saúde da atenção básica na Região Metropolitana I de Belém, 2011. EQUIPE COBERTURA COBERTURA DE SAÚDE MINIMA DE CONSULTAS MUNICÍPIOS BUCAL VIGILÂNCIA CONSULTAS MÉDICA POR % EM SAÚDE MÉDICAS ESPECIALIDADES (N) BASICAS ANANINDEUA BELÉM BENEVIDES MARITUBA SANTA BÁRBARA DO PARÁ 16,0 1,5 62,5 38,0 03 01 01 01 367.942 (0,77) 1.445.552 (1,03) 47.627 (0,92) 1.347.996 (2,85) 2.137.498 (1,53) 1.154 (0,02) 80,5 01 57.394 (3,34) 0 Em relação a saúde bucal, obervamos valores muito díspares ao compararmos os cinco municípios, com variações de 80,5% (Santa Bárbara do Pará) a 1,5% (Belém), tornando evidente a necessidade de implementação do Programa quase toda a Região. Partindo da análise dos dados apresentados na Tabela 20 observamos aparente cobertura de serviços da atenção básica, com suficiência para região das consultas médicas, mas com extrapolamento nos atendimentos médicos de urgência, sejam eles básico ou especializado. Tabela 14 – Assistência Ambulatorial da Região Metropolitana I de Belém – 2011 Identificação dos serviços Consultas Médicas % 2011 RM de Cobertura 4.084.834 4.560.313 111,64 490.180 611.118 124,67 168.479 294.616 174,87 2.573.445 2.678.501 104,08 Especializadas 1.159.876 1.881.812 162,24 Patologia Clínica 2.795.685 8.262.834 295,56 Radiodiagnóstico 395.527 747.686 189,04 Exames Ultrassonográficos 100.327 103.115 102,78 Consultas Básicas de Urgência Consultas de UrgPré Hospitalar e Trauma Consultas Médica Básicas Consultas Médicas Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 29 Diagnose 430.443 560.189 130,14 Fisioterapia 453.759 809.947 178,50 Terapias Especializadas 124.069 2.196 1,77 25.397 94.216 370,97 4.848 13.199 272,26 16.309 37.203 228,12 Próteses e Órteses Ressonância Magnética Tomografia Computadorizada Fonte: CENSO-IBGE_2010-Portaria GM/MS n 1101/2002 e TABWIN/SIASUS/MS e PPI da assistência Presume-se que há atendimento, mas de pouca resolubilidade na rede básica, haja vista o número de atendimentos de consultas médicas especializadas e procedimentos de apoio diagnóstico, de média e alta complexidade, conforme apresentado nas tabelas 21 e 22. Tabela 15 - Exames de Tomografia Computadorizada Realizada nos Municípios da Região Metropolitana - Ano 2011 Procedimento Qtde. % Realizada Realizado 0206010010 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE COLUNA CERVICAL C/ OU S/ CONTRASTE 1.376 0206010028 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE COLUNA LOMBO-SACRA C/ OU S/ CONTRASTE 2.268 0206010036 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE COLUNA TORACICA C/ OU S/ CONTRASTE 351 0206010044 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FACE / SEIOS DA FACE / ARTICULACOES TEMPORO-MANDIBULARES 2.115 3,70 6,10 0,94 5,69 0206010052 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE PESCOCO 746 2,01 0206010060 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE SELA TURCICA 722 1,94 15.343 41,24 0206010079 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DO CRANIO 0206020015 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE ARTICULACOES DE MEMBRO SUPERIOR 0206020023 163 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE SEGMENTOS APENDICULARES 33 0,44 0,09 0206020031 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE TORAX 4.105 11,03 0206030010 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE ABDOMEN SUPERIOR 6.247 16,79 0206030029 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE ARTICULACOES DE MEMBRO INFERIOR 0206030037 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE PELVE / BACIA Total de Procedimentos de Tomografia Realizados 335 0,90 3.399 9,14 37.203 100,00 Fonte: TABWIN/SIASUS/MS -2011 Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 30 Tabela 16 - Exames de Ressonância Nuclear Magnética Realizada nos Municípios da Região Metropolitana Ano 2011 Procedimento 0207010013 ANGIORESSONANCIA CEREBRAL Qtde. % Realizada Realizado 119 0207010021 RESSONANCIA MAGNETICA DE ARTICULACAO TEMPORO-MANDIBULAR (BILATERAL) 33 0,90 0,25 0207010030 RESSONANCIA MAGNETICA DE COLUNA CERVICAL 1.209 9,16 0207010048 RESSONANCIA MAGNETICA DE COLUNA LOMBO-SACRA 4.692 35,55 376 2,85 2.843 21,54 0207010072 RESSONANCIA MAGNETICA DE SELA TURCICA 213 1,61 0207020027 RESSONANCIA MAGNETICA DE MEMBRO SUPERIOR (UNILATERAL) 715 5,42 74 0,56 0207030014 RESSONANCIA MAGNETICA DE ABDOMEN SUPERIOR 180 1,36 0207030022 RESSONANCIA MAGNETICA DE BACIA / PELVE 442 3,35 2.238 16,96 65 0,49 13.199 100,00 0207010056 RESSONANCIA MAGNETICA DE COLUNA TORACICA 0207010064 RESSONANCIA MAGNETICA DE CRANIO 0207020035 RESSONANCIA MAGNETICA DE TORAX 0207030030 RESSONANCIA MAGNETICA DE MEMBRO INFERIOR (UNILATERAL) 0207030049 RESSONANCIA MAGNETICA DE VIAS BILIARES Total de Procedimentos de Ressonância Magnética Realizados Fonte: TABWIN/SIASUS/MS -2011 Uma vez que a realização dos exames ultrapassa, no caso da Ressonância Nuclear Magnética e Tomografia Computadorizada, o dobro do quantitativo preconizado nos parâmetros ministeriais, o que provavelmente onera as despesas em saúde da região metropolitana e de todo Estado, faz-se necessário uma ação conjunta entre gestores Estadual e municipal, no sentido de ordenar os fluxos de acesso aos serviços de saúde, buscando a resolução de pelo menos 70% dos problemas de saúde na Rede de Atenção Primária, de forma articulada e regulada. Diante dos números expostos, observamos a necessidade de reorganizar a Rede de Urgência e Emergência da Região, de forma integrada e articulada com todos os níveis de atenção, fortalecendo o propósito das Redes de Atenção e reordenando o fluxo de referencia e contra referencia, através da adoção de protocolos clínicos, protocolos de regulação e classificação de grau de risco. De acordo com a Tabela 17, observamos que a região metropolitana internou apenas 86% da sua real necessidade, enquanto que o estado do Pará conseguiu atender 88,59 % da sua necessidade total, levando a afirmativa que a região metropolitana precisará ser referencia de fato em seu potencial, que seria atendimento à demanda de Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 31 maior complexidade, ficando as demais regiões do Estado com atendimento de menor complexidade, mas de forma integrada e qualificada, visando o uso eficiente e eficaz dos recursos assistenciais existente em toda a Rede SUS do Estado e da Região Metropolitana. Tabela 17 - Internações por Complexidade da Região Metropolitana e Estada do Pará Ano 2011 Cobertura da Alta Cobertura Complexidade da Média Complexidade Cobertura Geral Município Necessidade Realizado % Necessidade em 2011 Realizado Realizado % Necessidade em 2011 em 2011 % 150080 Ananindeua 472 150140 Belém 1.393 406 86,02 33.983 40.362 118,77 34.455 40.768 118,32 5.081 364,65 127.370 96.564 75,81 128.763 101.645 78,94 150150 Benevides 52 - - 3.719 2.375 63,86 3.771 2.375 62,99 150442 Marituba 108 58 53,58 7.794 6.728 86,33 7.902 6.786 85,88 17 - - 1.234 - - 1.251 - - 150635 Santa Bárbara do Pará Região Metropolitana 2.042 5.545 271,49 174.099 146.029 83,88 176.141 151.574 86,05 Estado do Pará 7.581 6.402 545.836 483.869 88,65 553.417 490.271 88,59 84,45 Fonte: Tabwin/SIH/SUS/2011 3.4 Sistema de Informação É no âmbito do município que são produzidas as informações referentes ao perfil de saúde da população, uma ferramenta importante para subsidiar o planejamento. Entretanto, somente poderá ser um instrumento viável e factível se os dados produzidos nos diversos territórios se constituírem no retrato situacional daquela população. Estes, na sua maioria, são oriundos dos sistemas de informação em saúde (SIS), instituídos para instrumentalizar a formulação e avaliação das políticas, planos e programas de saúde, subsidiando o processo de tomada de decisões, na perspectiva da melhoria da saúde individual e coletiva. Nesse sentido, consideramos prioridade a implantação do SISREG no município de Santa Bárbara do Pará e a implementação nos demais municípios, assim como a qualificação dos trabalhadores para utilização dos diversos sistemas que integram a atenção básica e já foram implantados. Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 32 3.5 Gestão do Trabalho da Educação: vínculos, formação e qualificação A fixação de trabalhadores nos diversos serviços/municípios ainda se constitui um grande desafio na Região. No município de Belém foram realizados concursos públicos nos anos de 1988, 1998 e 2000, além de processo seletivo para cadastro reserva com limite contratual para dois anos no ano de 2011. No município de Marituba o único concurso público realizado, no ano de 2007, encontra-se sub júdice em razão de problemas operacionais, o que inviabilizou a nomeação dos aprovados. Os municípios de Ananindeua e Benevides fizeram seleção de profissionais através de concurso público nos anos de 2009 e 2007, respectivamente, com edital aberto em Ananindeua para seleção de médico e odontólogo ainda neste ano de 2012. O município de Santa Bárbara do Pará ainda não realizou concurso público. O quadro relatado acima corrobora a precariedade no vínculo institucional de muitos trabalhadores, causando muitas vezes, descontinuidade nas ações assistenciais pelas frequentes substituições nas equipes, assim como pelos vazios nos quadros funcionais ocasionados nesses episódios. Não obstante a realização de concurso público em alguns municípios da Região Metropolitana, não há em nenhum deles Plano de Cargos, Carreira e Remuneração – PCCR, um importante instrumento para fixação de trabalhadores na instituição e no serviço. 3.4 Parcerias com Instituições de Ensino e Pesquisa No estado do Pará existem três instituições de formação superior: a Universidade Federal do Pará - UFPA, a Universidade do Estado do Pará - UEPA e o Instituto Federal do Pará - IFPA. Dentre estas, a UFPA e a UEPA têm parcerias de ensino e pesquisa estabelecidas com municípios da Região Metropolitana de Belém. Dentre estas parcerias destacamos o convênio estabelecido entre os municípios de Benevides e Marituba e a UEPA visando parceria para desenvolvimento de atividades de ensino e pesquisa junto as Equipes de Saúde da Família do Curso de Graduação em Enfermagem. Essas iniciativas encontram-se fragilizadas em razão de dificuldades no cumprimento das cláusulas contratuais, a exemplo de incentivo financeiro para suprir despesas de deslocamento dos estudantes. O convênio com Belém vem sendo mantido com a UEPA e a UFPA e não implica em desembolso de recurso financeiro para os estudantes. Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 33 Uma parceria importante é oriunda dos programas PRÓ- saúde e PET-saúde, em desenvolvimento nos municípios de Belém e Ananindeua desde 2006 com a participação das equipes das Unidades de Saúde inseridas nos projetos e dos professores e estudantes dos diversos cursos da área da saúde da UEPA e UFPA. Essas iniciativas têm resultado em experiências exitosas tanto na formação como na organização do serviço, assim como na produção do conhecimento com os relatórios das pesquisas desenvolvidas nos territórios. A implantação do Telessaúde no âmbito do estado também fortalece a parceria ensino-serviço, e encontra-se em fase de adequação das unidades de saúde e instalação dos equipamentos. Todos os municípios da Região Metropolitana foram inseridos no projeto estadual, embora com restrição do número de Unidades de Saúde. Nesse sentido é primordial a contemplação das demais Unidades, tendo em vista ser uma ferramenta de trabalho importante para conferir maior qualidade a assistência à saúde. 3.5 Controle Social O Controle Social é um instrumento democrático no qual há a participação dos cidadãos no exercício do poder colocando a vontade social como fator de avaliação para a criação e metas a serem alcançadas no âmbito de algumas políticas publicas.( Santos,2008). Uma das formas de controle social dos municípios é através da criação dos Conselhos Municipais de Saúde/CMS. Os Conselhos Municipais de Saúde da Região Metropolitana estão devidamente constituídos, possuem sala própria para funcionamento, e secretarias executivas; exercem o papel de acompanhamento , controle e avaliação das metas para a saúde. Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 34 4. ESTRUTURAÇÃO DA REDE 4.1. Qualificação da Atenção Básica em Saúde A atenção básica em saúde constitui uma grande possibilidade de apresentar respostas efetivas, pelo menos, para 80% dos problemas mais comuns de saúde da população. Nesse sentido, a Região Metropolitana I de Belém têm feito adesão à estratégias diversas, tais como: Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), Programa de Requalificação das Unidades Básicas de Saúde, Academia da Saúde e Programa de Valorização dos Profissionais da Atenção Básica (PROVAB). O Quadro 4 mostra que todos os municípios da Região Metropolitana de Belém aderiram ao PMAQ, com participação de 34,4% das ESF em atividades. No município de Belém estão inseridas no Programa 50% das Equipes, sendo o percentual, e Ananindeua com o menor, 18,3%. Quadro 4 – Adesão ao Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) na Região Metropolitana I de Belém. ANANINDEUA 82 Nº ESF com adesão 15 BELÉM 68 34 50,0 BENEVIDES 16 06 37,5 MARITUBA SANTA BÁRBARA DO PARÁ TOTAL 18 08 44,4 02 40,0 65 34,4 Nº ESF 05 189 % 18,3 No Quadro 4 é possível identificar que quatro dos cinco municípios da região Metropolitana I de Belém solicitaram adesão ao Programa de Requalificação das Unidades Básicas de Saúde, no componente “reforma”, sendo o município de Benevides fez adesão para “ampliação” de cinco Unidades de Saúde. A iniciativa para reformar as Unidades de Saúde na Região alcança 39,2 % do total existente. Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 35 Quadro 5 -. Adesão para requalificação (componente reforma) das Unidades Básicas de Saúde da Região Metropolitana I de Belém Nº de UBS Reforma Total UBS % ANANINDEUA 10 53 18,8 BELÉM 24 79 30,3 BENEVIDES 0 16 0 MARITUBA SANTA BÁRBARA DO PARÁ TOTAL 07 13 54,0 01 04 25,0 42 165 39,2 MUNICÍPIO Em relação a solicitação para instalação das Academias da Saúde, foram apresentadas 36 propostas da Região (Quadro 6), sendo 02 na modalidade básica, 12 na intermediária e 22 na ampliada, das quais foram contempladas 11, sendo 05 na modalidade intermediária para o município de Belém e seis na modalidade avançada contemplando os demais municípios. Quadro 6 - Academias da Saúde solicitadas e aprovadas para a Região Metropolitana I de Belém Solicitações Contemplações MUNICÍPIO ANANINDEUA BELÉM BENEVIDES MARITUBA SANTA BÁRBARA DO PARÁ TOTAL Modalidade Básica - Modalidade Intermediária - Modalidade Ampliada 17 Modalidade Básica - Modalidade Intermediária - - 10 - - 05 - 01 01 - - - 01 - - 04 - - 02 01 01 - - 01 12 22 05 06 01 Modalidade Ampliada 02 02 Ainda na perspectiva de oferecer serviços mais qualificados à população, três dos cinco municípios da Região Metropolitana de Belém aderiram ao PROVAB (Quadro 7), ofertando vagas para médicos, enfermeiros e odontólogos. Foi possível preencher dezessete vagas, estando em processo de contratação sete enfermeiros e quatro odontólogos para o município de Ananindeua, e quatro enfermeiros e dois ondontólogos para Belém. Nenhuma vaga destinada aos médicos foi preenchida. Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 36 Quadro 7 - Adesão ao Programa de Valorização dos Profissionais de Atenção Básica – PROVAB na Região Metropolitana I de Belém. MUNICÍPIO Nº VAGAS MÉDICO CONTRATAD OS 0 ANANINDEUA 15 BELÉM 04 BENEVIDES MARITUBA SANTA BÁRBARA DO PARÁ Nº CONTR VAGAS ATADO ENFER S MEIRO 15 07 Nº VAGAS ODONTÓLO GO CONTRATAD OS 15 04 0 02 04 02 04 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 05 0 05 0 0 0 05 Todas essas iniciativas levam ao fortalecimento da Atenção Básica à medida que qualificam a assistência à saúde. Entretanto, há que se considerar a necessidade de intersetorialidade para o enfrentamento de problemas, a exemplo da violência. Nesse sentido o Programa Saúde na Escola (PSE) vem somar esforços para redução de adoecimento, e dos casos de violência, através do fortalecimento da Cultura de Paz e Prevenção das Violências, o que se acredita, poderá impactar positivamente nos indicadores de mortalidade na Região. O Quadro 8 mostra o quantitativo de escolas e ESF que estão inseridas no Programa. É importante ressaltar a participação de todas as ESF e Escolas públicas do município de Benevides. E em Belém a totalidade das escolas toda mesma forma estarão desenvolvendo ações do Programa, além de cerca de 90% das ESF. O município de Benevides não disponibilizou as informações. Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 37 Quadro 8 - Adesão de ESF e Escolas ao Programa Saúde na Escola – PSE na Região Metropolitana I de Belém UF MUNICÍPIO ANANINDEUA BELÉM PA BENEVIDES MARITUBA SANTA BÁRBARA DO PARÁ % ESF com adesão ao PSE Nº de escolas públicas Nº de escolas com adesão ao PSE 32 39,0 73 43 % de adesão das escolas ao PSE 58,9 68 61 89,7 74 74 100,0 16 16 100,0 40 40 100,0 03 60 26 10 38,5 Nº ESF Nº ESF com adesão PSE 82 17 05 Para fortalecer essa ação de enfrentamento da violência na Região, está em execução um Plano Estadual de Cooperação entre o DETRAN a SEDUC e a SESPA para prevenção de acidentes de trânsito, que envolve atividades educativas nas escolas da rede pública e nas vias públicas. Em que pese todos os esforços que vem sendo envidados, faz-se necessário melhor organizar o fluxo assistencial a partir das necessidades de saúde da população, assegurando assistência aos usuários em todos os níveis da rede de atenção à saúde, de modo a impactar nos indicadores de saúde mais sofríveis de cada território, com menores custos e tornando a saúde mais equitativa. Essa lógica vem sendo fortalecida no país com a estruturação das redes de atenção à saúde, que além de assegurarem assistência mais qualificada em todos os níveis de complexidade do sistema, assumem a responsabilização pela saúde dos indivíduos, independente da necessidade. A Região Metropolitana I de Belém está em franco processo de discussão das redes de atenção à saúde, acreditando na possibilidade de reversão de alguns indicadores epidemiológicos e operacionais, pouco satisfatórios, a exemplo da baixa cobertura da estratégia saúde da família, essencialmente no município de Belém. Uma situação que reverbera em alguns índices de adoecimento, tais como a elevada morbidade por doenças infecciosas e parasitárias, e doenças respiratórias. Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 38 Os principais problemas e fragilidades encontradas na Atenção Básica no âmbito da Região Metropolitana I são: a) baixa adesão ao Programa de Melhoria do Acesso com Qualidade (PMAQ); b) ausência de protocolos: clínicos, terapêuticos, linhas de cuidados e atendimento; c) deficiência no acolhimento dos usuários; d) dificuldade de implementar a educação permanente; e) dificuldades dos gerentes no processo de planejamento, monitoramento e avaliação das ações de saúde; f) dificuldade de trabalhar de forma intersetorial na Atenção Primária; g) fragilidade dos sistemas de informação em saúde para a tomada de decisão. 4.2. Implementação de Redes Temáticas 4.2.1.Rede Cegonha A Rede Cegonha foi instituída no âmbito do SUS, com o objetivo de assegurar à mulher o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério, bem como a criança o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis. Para tanto, se faz necessário implementar um novo modelo de atenção ao binômio mãe-filho, disponibilizando acesso, acolhimento e resolutividade na assistência prestada, de modo a reduzir a mortalidade materna e infantil no componente neonatal. No Estado do Pará as discussões para elaboração de um plano de implementação dessa rede temática teve início em Maio/2011, com a participação prioritária dos municípios da Região Metropolitana I. A proposta foi apresentada na CIR Metropolitana, e em Agosto/2011 e foi instituído o Grupo Condutor de acordo com a Resolução CIB nº 133 de 11/08/2011. Importante destacar que o marco operacional desde Plano de Ação deu-se através de um destaque emergencial de custeio - Plano Emergencial para Impactar a Redução da Mortalidade Infantil no Pará – Resolução CIB Nº 241 de 06/12/201, para investimento nas Unidades Neonatais Intensivas e Intermediárias em funcionamento no Estado, contemplando todos os componentes Pré-natal, Parto e Nascimento, Puerpério e Atenção Integral à Saúde da Criança, Sistema Logístico, Educação, Capacitação e Gestão Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 39 do Trabalho em Saúde para a Região Metropolitana I de Belém, conforme aprovado em CIB (Resolução nº134 de 18/08/2011), estabelecendo esta Região como o território a iniciar o Plano de Ação da Rede no Estado. Na sequência do trabalho, foi elaborado o Plano de Ação da Rede Cegonha para o Estado do Pará, priorizando a Região Metropolitana I de Belém, que se encontra em fase de análise pela área técnica do Ministério da Saúde. A matriz diagnóstica para elaboração do plano foi composta por quatro grupos de indicadores: a) indicadores de mortalidade e morbidade; b) indicadores de atenção; c) situação da capacidade hospitalar instalada; e d) indicadores de gestão. Prevê a qualificação dos seguintes componentes: assistência pré-natal; assistência ao parto e nascimento; assistência ao puerpério e atenção à criança até 24 meses; e transporte e regulação. Tabela 18 - Morbidade e mortalidade materno-infantil na Região Metropolitana de Belém - 2009 Belém Ananindeua Marituba Benevides 45 0 5 7 Taxa de mortalidade Infantil 16,50 16,60 19,68 Taxa de mortalidade neonatal 12,60 12,59 3,97 Nº Absoluto de óbitos infantis Taxa de mortalidade materna Indicadores Taxa de Incidência de Sífilis congênita Santa Bárbara Região Unidade de Medida do Pará Nº absoluto 1 58 16,57 17,5 16.77 /1000 NV 12,30 8,84 10,5 12,37 /1000 NV 4,01 7,38 7,73 7,0 4,40 371 149 31 14 5 570 Nº Absoluto 40,0 33,0 128.0 147,0 314,47 133,61 /100.000 NV 7 1 1 0 1 10 Nº Absoluto 10 a 14 0 0 0 0 0 0 Nº Absoluto 15 a 19 0 1 0 0 1 2 Nº Absoluto 20 a 29 7 0 1 0 0 8 Nº Absoluto 49,82% 18,87% 69,09% 12,50% 42,86% 44,10 % % Taxa de mortalidade pós- neonatal Nº de óbitos materno, segundo a faixa etária: Proporção mulheres de na óbitos idade fértil /1000 NV em e maternos investigados Fonte: Plano RC/DEPAIS/SESPA (2011) A Tabela 18 mostra que o adoecimento por sífilis congênita ainda é uma realidade na Região Metropolitana I de Belém, com registro de casos em praticamente todos os municípios no ano de 2009. Uma realidade que reflete a fragilidade da atenção Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 40 básica em saúde, reverberando na falência da assistência pré-natal, tendo em vista, tratar-se de uma patologia passível de prevenção. E se a sífilis for diagnosticada precocemente no período gestacional poderá ser tratada, eliminando a possibilidade de sua ocorrência. Em relação as taxas de mortalidade infantil e neonatal, a Região apresenta cifras na ordem de 16,77 e 12,37/ mil nascidos vivos, respectivamente. A mortalidade materna na Região Metropolitana foi de 133,61/100 mil nascidos vivos, sendo que ao analisarmos os municípios em separado, percebemos grande discrepância com valores oscilando entre 33,0/100 mil nascidos vivos no município de Ananindeua e 314,47/100 mil nascidos vivos em Santa Bárbara do Pará. Os óbitos ocorreram em mulheres jovens, na faixa etária de 15 a 29 anos, com destaque para os casos na adolescência (15 a 19 anos). Tabela 19 - Indicadores de atenção à saúde materno-infantil na Região Metropolitana, 2009 Indicadores Belém Ananindeua Marituba Benevides Sta. Região Barbara Unidade de Medida Nº de nascidos dos vivos 22.476 8.972 1.557 830 285 34.120 Nº Absoluto Tipo de Partos Total 19.232 8.098 1.554 1026 285 30.195 Nº Absoluto Nº Parto Normal 7.168 4.873 736 411 171 13.359 Nº Absoluto Percentual Parto Normal 37,27% 60,17% 47,5% 40% 60% 44,42% % Nº Partos Cesáreos 12.064 3.225 818 615 114 16.836 Nº Absoluto Percentual Parto Cesáreos 62,20% 39,82% 52,5% 60% 40% 55,58% 27,15% 26,38% 24% 72,11% 72.72% 77,37% % 89,9% 75,81% 97,6% 91% 77,78% 85,44 % 67% 75,81% 72% 60% 30% 61% % 41,33% 70% 75% 74,53% 72% 66,57% % Percentual de gestantes captada até a 12ª Semana % Percentual de crianças com as vacinas de rotinas de acordo com agenda programada Percentual de gestantes com todos os exames preconizados. % gestantes inscritas que receberam a 2ª dose ou dose de reforço ou a dose imunizante de vacina antitetânica. Fonte: Plano RC/DEPAIS/SESPA (2011) Em relação ao tipo de parto, a opção pelo parto cesáreo é superior a 50% na Região Metropolitana. E a captação das gestantes para início da assistência pré-natal até Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 41 a 12ª semana, se mostra bem diferente nos municípios da Região, com variação de 24% em Marituba e 72,72% em Santa Bárbara do Pará. O cumprimento do calendário de vacinação da mesma forma se mostra diferente nos municípios, com déficit de até 28,19%. Tabela 20 - Capacidade instalada para atendimento materno-infantil na Região Metropolitana, 2009. Indicadores Belém Ananindeua Marituba Benevides Sta. Região Barbara Unidade de Medida 1) Nº de leitos obstétricos total e por estabelecimento de 338 69 20 07 0 434 Nº Absoluto 1 00 1 0 0 2 Nº Absoluto 93 06 8 0 0 107 Nº Absoluto 43 5 0 0 0 58 Nº Absoluto 77 06 7 0 0 90 Nº Absoluto saúde 2) Identificação das maternidades p/ gestação de alto risco e/ou atendimento ao RN e crianças de alto risco 3) Identificação dos leitos UCI neonatal existentes 4) Identificação dos leitos UTI neonatal existentes 5) Identificação dos leitos UTI adulto existentes em hospitais que realizam parto Fonte: Plano RC/DEPAIS/SESPA (2011) A retaguarda hospitalar para atendimento obstétrico consiste em 434 leitos, com forte concentração em Belém. E para os casos de alto risco, são somente dois hospitais, sendo um em Belém e outro em Marituba. O Estado do Pará aderiu à etapa I da Rede Cegonha, por meio da Portaria GM/MS nº 3.061, de 21 de dezembro de 2011, na qual destina recursos financeiros no montante de R$ 24.786.790,11 (vinte e quatro milhões, setecentos e oitenta e seis mil, setecentos e noventa reais e onze centavos) para sua implementação. Na Região Metropolitana todos os municípios foram contemplados com ações para custeio de UTI e UCI Neonatal. Tabela 21 - Plano emergencial para oferta de leitos de UCI e UTI, na Região Metropolitana de Belém, 2012. Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 42 Município Número de Leitos por Hospital Investimentos 10 de UTI – Hospital Camilo Salgado Ananindeua 6 de UCI – Hospital Anita Gerosa 1.607.284,80 10 de UCI – Hospital Abelardo Santos Belém 67 de UCI – Hospital Santa Casa de Misericórdia do Pará 6 de UCI – Hospital Beneficente Portuguesa 22 de UTI - Santa Casa de Misericórdia do Pará 12.113.628,03 5 de UTI - Hospital Beneficente Portuguesa 6 de UTI - Hospital Ordem Terceira 10 de UTI – Hospital de Clínicas Gaspar Viana 8 de UCI – Hospital Divina Providência Marituba Total financeiro 735.840,00 14.456.752,83 Fonte: Plano RC/DEPAIS/SESPA (2011) 4.2.2. Rede de Urgência e Emergência A Rede de Urgência e Emergência encontra-se em fase de implementação em todo o território paraense, com o Plano de Ação aprovado na CIB em apreciação no Ministério da Saúde. Está fundamentado nas principais causas de mortalidade e na taxa de anos potenciais de vida perdidos (APVP). Conforme mencionado anteriormente, os óbitos causados por violência e acidentes em via pública assumem a liderança das causas de morte na Região Metropolitana I de Belém, o que contribuiu significativamente para a taxa de mortalidade geral na Região de 5,45/1.000 habitantes, portanto, superior a taxa do Estado do Pará que foi de 4,15/1.000 habitantes (MS/SVS/DASIS-SIM e IBGE/2010). Em relação aos anos potenciais de vida perdidos, em todo o Pará a taxa relativa às causas externas foi de 27,81, enquanto que para as doenças do aparelho cardiocirculatório e diabetes mellitus foi 7,31 e 1,46, respectivamente, conforme SIM/DATASUS e IBGE/2010, citado no Plano da Rede de Urgência e Emergência para o Estado. Em linhas gerais, a Região Metropolitana, apresenta problemas que impactam diretamente no atendimento aos casos de Urgência e Emergência, dos quais podemos destacar: a) Tendência de crescimento de atendimentos de Urgência e Emergência por causas externas; Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 43 b) Déficit na estrutura física e de equipamentos das instituições de saúde; c) Regulação deficitária dos atendimentos de saúde; d) Estrangulamento das portas de entrada das urgências e emergência, devido a dificuldade de acesso às consultas especializadas da média complexidade; e) Ausência de salas de estabilização; f) Insuficiência de leitos de retaguarda e de longa permanência; g) Infraestruturas inadequadas dos hospitais de referência; h) Insuficiência de capacitação para os profissionais que realizam atendimento especializado; i) Infraestrutura deficiente para atendimento de urgência nas unidades básicas de saúde. Dentre os problemas listados, chama atenção a rede de serviços de saúde, com estrutura insuficiente para atender as necessidades de urgência e emergência, tanto em relação a quantidade como a qualidade dos serviços, assim como a indisponibilidade de profissionais devidamente qualificados. Na Região Metropolitana I de Belém há 22 SAMU, 01 AMBULANCHA, e 04 Hospitais de Referência: Hospital Mário Pinotti, Hospital Humberto Maradei, Hospital Metropolitano de Belém e Hospital Augusto Chaves Rodrigues. É importante ressaltar que esses hospitais recebem demanda de todo o Estado em razão da precariedade do atendimento na maioria dos municípios paraenses. Os SAMU estão assim distribuídos: em Belém são 16 para atendimento terrestre e 1 para atendimento fluvial, em Ananindeua são 4, em Marituba e Benevides tem somente 1 para cada município. O município de Santa Bárbara do Pará foi contemplado com 1 SAMU, porém em situação de cadastro junto ao MS. O SAMU na região metropolitana de Belém ainda é municipal, e estão assim habilitados: a) Belém: 12 USB, 4 USA e 1 Ambulancha USA. b) Ananindeua: 3 USB e 1 USA c) Marituba: 1 USB d) Benevides: 1 USB Vale destacar que, em decorrência da consolidação dos componentes da Rede de Urgência e Emergência no Estado do Pará, está em andamento o Projeto de Regionalização do SAMU 192 em todo Estado, disposto de acordo com Plano Diretor de Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 44 Regionalização em 08 (oito) Macrorregiões de Saúde. Cada Macrorregião de Saúde será composta por uma Central de Regulação Médica das Urgências conforme pactuação estabelecida nos Colegiado de Gestão Regional, desde o ano de 2010. Atualmente, somente a Central de Regulação Médica das Urgências da Macrorregião Nordeste, localizada no município de Capanema, está em funcionamento desde fevereiro de 2012, sob gerenciamento da SESPA (4º Centro Regional de Saúde), sendo responsável pela regulação do SAMU 192 em 38 (trinta e oito) municípios da região. As Centrais de Regulação Médica das Urgências dos municípios de Altamira e Conceição do Araguaia, responsáveis pela regulação das Macrorregiões Centro Oeste e Sul, respectivamente, estão em fase de construção por parte dos municípios. Os Projetos Arquitetônicos das outras 05 (cinco) Centrais de Regulação Médica das Urgências dos municípios de Belém, Barcarena, Breves, Marabá e Santarém já foram encaminhados a Coordenação Geral de Urgência e Emergência (CGUE) do MS. No momento a Coordenação do Sistema Estadual de Urgência e Emergência aguarda o parecer favorável da CGUE/MS e a publicação de portaria específica autorizando o repasse de recursos ao Fundo Estadual de Saúde, a fim de que a Secretaria de Planejamento, Orçamento e Finanças (SEPOF) possa dar início as construções das referidas Centrais de Regulação Médica das Urgências. O Estado disponibiliza ainda o serviço de resgate aeromédico e de UTI aérea que atende, principalmente, os municípios mais distantes da capital, entretanto, os municípios da Região Metropolitana I estão contemplados com a cobertura do serviço. Há que ressaltar que os pacientes oriundos dos diversos municípios do interior são transportados para os hospitais de referência em Belém. Esse serviço é realizado em Cooperação com o Corpo de Bombeiros Militar do Pará – Termo de Cooperação nº 007/2011. Os municípios da Região Metropolitana I estão dentro da área de cobertura do serviço. Como estratégia para agilizar o atendimento e a tomada de decisão nos casos de doenças cardíacas, foi implantado no Estado, desde outubro de 2011, o sistema de Telediagnóstico, com 40 pontos de ECG em todo o Estado, dos quais quatro encontramse instalados em três municípios da Região Metropolitana I, a saber: Belém (Unidade Básica de Saúde da Pedreira e Hospital Abelardo Santos), Ananindeua (Unidade de UE Cidade Nova VI) e Marituba (Hospital de UE Augusto Chaves Rodrigues). Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 45 Em relação as Unidades de Pronto Atendimento (UPA), o município de Ananindeua possui uma em funcionamento e outra com previsão de inauguração para o mês de agosto. Os municípios de Benevides e Marituba estão com as obras em andamento e Belém ainda não possui o serviço. Da mesma forma a Atenção Domiciliar, instituída pela Portaria Ministerial nº 2.029 de 24/08/2011, ainda não há na região Metropolitana equipes habilitadas. Para a Região Metropolitana de Belém, o Plano de Urgência e Emergência prevê a instalação de quatro salas de estabilização, sendo três em regiões de ilhas de Belém (Mosqueiro, Caratateua e Cotijuba) e uma no município de Santa Bárbara do Pará. Prevê ainda o incremento nas Unidades Móveis Terrestres (USB, USA, Motolância e VIR), Unidades Fluviais do tipo ambulancha (USB e USA) e aéreas (USA); além de recursos para instalação de novos leitos e qualificação dos existentes em alguns hospitais da região, conformando o Componente Hospitalar e também à Atenção Domiciliar com implantação das Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMAD) e Equipes Multiprofissionais de Apoio (EMAP). Nesse sentido, considerando os principais problemas identificados na Região e a implementação da Rede de Urgência e Emergência no âmbito do Estado faz-se necessário qualificar a atenção básica, estruturando as salas de pronto atendimento e capacitando os profissionais de acordo com os protocolos de recomendação internacional. É necessário também, investir na readequação de algumas unidades, conforme projeto apresentado pelo município de Ananindeua. Vale destacar que o município, atualmente não possui rede própria de leitos para internação hospitalar, utilizando a estratégia da contratualização de serviços através da rede privada e pactuações firmadas em PPI, com os demais municípios da região metropolitana, ocasionando dificuldades de acesso e seguimento de tratamento. Essa dificuldade é mais expressiva nas clínicas especializadas de neurologia, cardiologia e traumatologia ressaltando também as clínicas médica e a pediátrica, que geram grandes demanda. Há no município, uma Unidade de Urgência e Emergência Cidade Nova VI, atualmente com capacidade física instalada para 20 (vinte) leitos com serviço de observação 24 (vinte quatro), mas com uma estrutura física adequada para reestruturação e qualificação, tendo potencial para se transformar em Hospital Regional com 100 (cem) leitos servindo de retaguarda às urgências/emergências na região. Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 46 4.2.3. Rede Psicossocial A Rede de Atenção Psicossocial se configura em uma organização de serviços para atender pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). As principais diretrizes que orientam o funcionamento da Rede de Atenção Psicossocial são: Respeito aos direitos humanos, garantindo a autonomia e a liberdade das pessoas; Promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da saúde; Combate a estigmas e preconceitos; Garantia do acesso e da qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e assistência multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar; Atenção humanizada e centrada nas necessidades das pessoas; Diversificação das estratégias de cuidado; Desenvolvimento de atividades no território, que favoreçam a inclusão social com vistas à promoção de autonomia e ao exercício da cidadania. Desenvolvimento de estratégias de Redução de Danos; Ênfase em serviços de base territorial e comunitária, com participação e controle social dos usuários e de seus familiares; Organização dos serviços em rede de atenção à saúde regionalizada, com estabelecimento de ações intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado; Promoção de estratégias de educação permanente; e Desenvolvimento da lógica do cuidado para pessoas com transtornos mentais e com necessidades decorrentes do uso de álcool, crack e outras drogas, tendo como eixo central a construção do projeto terapêutico singular. A região apresenta uma baixa cobertura no que se refere-se aos Centros de Atenção Psicossocial, serviços considerados importantes para reordenação da rede substitutiva. Segundo informações da Sala de Situação em Saúde, no ano de 2012, estão cadastrados no Ministério da Saúde os seguintes serviços: Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 47 Centro de Atenção Psicossocial – CAPS Municípios I II II Infanti AD l Ananindeua Belém Benevides Taxa III cobertura - 01 - - 01 - 0,42% 04 01 01 01 01 - 0,47% - - - - - - - 01 - - 01 - - - - Marituba Santa Barbara do Pará AD - 1,85% - - No cenário da Região Metropolitana I de Belém, os principais problemas identificados que comprometem a qualidade do atendimento referem-se a: a) Dificuldade no envolvimento da família e da comunidade na efetivação do Projeto Terapêutico Individual; b) Reduzida oferta de serviços como Unidade de Acolhimento Transitório aos usuários de álcool, crack e outras drogas e CAPS infantil; c) Precarização do espaço físico, material e de recursos humanos dos CAPS; d) Dificuldade com transporte e pessoal para realização de visitas e atendimento domiciliares; e) Redução no nº de leitos psiquiátricos no hospital referência. O Estado do Pará está se organizando para implementar a Rede de Atenção Psicossocial, e para tanto, instituiu o Grupo Condutor para elaboração do Plano Estadual em conformidade com as portarias recém publicadas. Para a Região Metropolitana está sendo prevista a implantação, no município de Belém, de um Consultório de Rua, em Ananindeua, 1 CAPS AD, em Marituba um Consultório de Rua, em Benevides 1 CAPS I, e em Santa Bárbara do Pará pretende-se organizar os serviços através do matriciamento tendo como referência serviços especializados localizados na região. A consolidação dessa estrutura organizacional irá permitir a ampliação do acesso, o estabelecimento de vínculo das pessoas com transtornos mentais e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas e suas famílias aos pontos de atenção. Pretende-se com essas ações garantira articulação e integração dos pontos de atenção das redes de saúde no território, Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 48 qualificando o cuidado por meio do acolhimento, do acompanhamento contínuo e da atenção às urgências. 4.2.4. Rede de Atenção ao Controle do Câncer A Política Nacional de Atenção Oncológica, lançada em dezembro de 2005 pelo Ministério da Saúde (MS), passou a abordar o câncer como um problema de saúde pública e prevê o desenvolvimento de ações integradas tanto dos órgãos governamentais como da sociedade civil. A política prioriza a detecção precoce da doença e o atendimento qualificado aos pacientes com câncer. Dentre as prioridades apontadas estão: a formação de Redes Estaduais e Regionais de Atenção Oncológica; a definição de critérios técnicos para avaliação dos serviços públicos e privados; o fomento, a coordenação e a execução de projetos estratégicos de incorporação tecnológica; a implementação do Programa Nacional de Controle do Tabagismo e do Plano de Ação para o controle dos cânceres do colo do útero e da mama. Os componentes fundamentais da Política Nacional de Atenção Oncológica são: Promoção e vigilância em saúde; Assegurar a média complexidade e a alta complexidade; Centros de Referência de alta complexidade em oncologia; Plano de controle do tabagismo e outros fatores de risco do câncer do colo do útero e da mama; Regulamentação suplementar e complementar por parte dos estados e dos municípios, com o objetivo de regular a atenção oncológica; Regulação, fiscalização, controle e avaliação das ações da atenção oncológica de competência das três esferas de governo; Sistema de informação que possa oferecer ao gestor subsídios para tomada de decisão no processo de planejamento, regulação, avaliação e controle e promover a disseminação da informação. Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 49 Os principais problemas identificados na Região Metropolitana I de Belém que comprometem as ações de diagnóstico e controle do câncer estão listados a seguir: : a) Inadequação da estrutura física, equipamentos e recursos humanos à legislação do Ministério da Saúde e Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN); b) Ausência de protocolos clínicos e farmacológico regulamentados; c) Existência de um único centro de alta complexidade em oncologia (CACON do HOL) para atender a demanda de todo o Estado do Pará e estados vizinhos; d) Inexistência de Hospital de Referência do Câncer Infanto-juvenil; e) Falta de estabelecimento de fluxo de atenção oncológica que reconheça as unidades de atenção básica de saúde como porta de entrada do sistema de saúde; f) Baixa adesão de mulheres na faixa etária de 25 a 59 anos no programa de Prevenção e Controle do Câncer do Colo do Útero (PCCU); g) Insuficiência na estruturação dos pólos de Cirurgia de Alta Frequência (CAF) e de mamógrafo; h) Dificuldade de consolidar as informações e registros sobre câncer (SISCOLO, RCBP, RHC, e o SIM); i) Ausência de metodologia para monitoramento interno e externo do controle de qualidade da citologia e histologia; j) Dificuldade de ingresso de recursos humanos para atuar nos serviços oncológicos implantados, em razão da complexidade da formação especializada. A Rede de Atenção Oncológica do Estado do Pará está sendo estruturada a partir de um Plano Estadual, visando garantir o acesso dos usuários na atenção especializada com abrangência nas ações de promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos, em todos os municípios do Pará.Consequentemente, espera-se reduzir a mortalidade por câncer e aumentar a sobrevida dos doentes. Conforme mencionado anteriormente, os dados correspondentes aos atendimentos realizados no Hospital Ophir Loyola, único hospital público de referência em oncologia no âmbito do Estado do Pará, mostram que o câncer de útero e o câncer de mama foram as localizações mais frequentes em mulheres no período correspondente a 2000-2008. E em relação a mortalidade, no ano de 2008, no mesmo sexo, o câncer de mama assume a primeira causa e o câncer de útero a quarta causa de óbito. Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 50 Na elaboração do Plano Estadual os cânceres de colo de útero, mama, estômago, próstata, pulmão, hematológico, fígado (em razão da Hepatite C) e cavidade oral foram priorizados. Na linha de cuidados do câncer, a atenção primária à saúde tem responsabilidade nas ações de promoção, prevenção, detecção precoce e cuidados paliativos. Há que se ressaltar que as ações de cuidados paliativos podem e devem ser inseridas em todos os níveis, inclusive na atenção primária, e envolvem também o cuidado aos indivíduos no início da doença, através de orientação, encaminhamento e suporte adequado. O Plano Estadual prevê a reordenação da rede assistencial de modo a assegurar a atenção integral oncológica, sendo fundamental a reestruturação e qualificação da Atenção Básica de modo a contribuir para o diagnóstico precoce dos cânceres. Para tanto há que implantar de forma qualificada atividades de rastreamento pelas equipes da Estratégia de Saúde da Família. Da mesma forma é importante o apoio àqueles que se encontram em tratamento, o seguimento daqueles que já foram tratados, como também o atendimento com qualidade aos que necessitam de cuidados paliativos, valorizando as ações de promoção à saúde e prevenção do adoecimento. Esse elenco de atividades está vinculado as ações que são intrínsecas à Atenção Básica. O suporte na média complexidade prevê a oferta de ações e serviços de apoio diagnóstico e terapêutico, tais como: Diagnóstico por imagem: radiografia, ultrassonografia, TC, RM Colposcopia, CAF – Cirurgia de Alta Freqüência, conização (CA de Colo) Mamografia, biopsia e punção mamária (CA de Mama) PSA e ultrassonografia (CA de Próstata) Endoscopia digestiva, colonoscopia (CA de Estômago e Intestino). Biopsia de pele (CA de Pele) Laboratório de análises clínicas e Anatomopatológico A atenção especializada de média complexidade é necessária para o diagnóstico precoce do câncer, devendo ser garantido o atendimento da demanda de forma rápida e eficaz, de modo a evitar o avanço da doença, reduzindo assim o número de procedimentos diagnósticos e terapêuticos a serem aplicados e o sofrimento humano. Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 51 Assim, faz-se necessário a organização de serviços de média complexidade com capacidade de ofertar diagnóstico em tempo oportuno. Dentre as prioridades para o Subprojeto QualiSUS-Rede na Região Metropolitana I, optou-se por estruturar no município de Marituba, pela dificuldade relatada em garantir acesso à mamografia, um serviço para diagnóstico mamário.Considerando a importância epidemiológica dos cânceres de mama e colo de útero, essencialmente na Região Metropolitana I, faz-se necessário qualificar a Atenção Básica para captação das mulheres na faixa etária de 25 a 59 anos, disponibilizando salas de coleta de exame Papanicolau adequadas, equipadas e com pessoal qualificado, de modo garantir cobertura populacional, além de resultado de forma mais ágil e com controle qualidade. Aliado a estruturação dos espaços físicos e a qualificação da equipe de saúde, é importante imprimir prioridade nas práticas do dia a dia das ESF para diagnóstico precoce. A alta complexidade implica na oferta de ações e serviços de apoio diagnóstico e terapêutico, incluindo profissionais especializados para: realização de quimioterapia, radioterapia, cirurgia oncológica, cuidados paliativos e urgência oncológica. No bojo do Plano está o atendimento de alta complexidade no Hospital Ophir Loyola - HOL – CACON, e a implantação de 1 UNACON (Unidade de Média e Alta Complexidade em Oncologia) em Belém, em início de funcionamento. Este serviço tem previsão de realizar os seguintes procedimentos: Diagnóstico por imagem – radiografia, ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética; Colposcopia, CAF – Cirurgia de Alta Frequência, conização (câncer de colo de útero); Mamografia, biopsia e punção mamária com agulha fina e agulha grossa (câncer de mama); PSA e ultrassonografia (câncer de próstata); Endoscopia digestiva, colonoscopia ( câncer de estômago e intestino); Biopsia (câncer de pele); Laboratório de análises clínicas e Anátomo-patológico. Há que se destacar que encontra-se em construção na cidade de Belém um Hospital para atendimento especializado em câncer Infanto-juvenil, o que resultará em Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 52 maior retaguarda de leitos, ficando assim, assegurado a assitência hospitalar para os casos provenientes do incremento das ações na Atenção Básica para o diagnóstico precoce. 5. SISTEMA DE APOIO LOGÍSTICO 5.1 Transporte Sanitário No âmbito da Região Metropolitana I o deslocamento de pessoas que necessitam de sequenciamento de tratamento é deficitário, ficando a critério de cada município a adoção de estratégias para atender as necessidades demandadas. As principais razões que configuram a necessidade do transporte em saúde são: a incapacidade de deambular em função de determinações clínicas e/ou funcionais e a impossibilidade financeira de sustentar os custos de transporte para acessar os serviços de saúde. Na Região Metropolitana I de Belém, as pessoas que se encontram em situação de dificuldade para descolamento, correspondem, essencialmente, aquelas em tratamento radioterápico, quimioterápico, hemodiálise, além das consultas especializadas por ocasião do pré-natal. Trata-se de pacientes em situação de tratamento ambulatorial que necessitam se deslocar para a capital paraense, onde estão instalados os serviços de média e alta complexidade. É em Belém que são ofertados os serviços de referência para nefrologia, oncologia e as diversas especialidades médicas. Na atualidade o atendimento dessa demanda se dá de formas múltiplas, resultado do esforço dos gestores para transportar esses pacientes, muitas vezes em situações de risco físico, em transportes inadequados, inseguros e desconfortáveis. No município de Benevides a gestão local destinou dois carros, tipo passeio, para atender tais necessidades, que denominou “Transporte Social”; em Ananindeua, há um micro ônibus que atende as necessidades de transporte dos pacientes, sendo complementado com os transportes da administração municipal. Em Santa Bárbara do Pará, a prefeitura contrata serviços de terceiros em veículos tipo táxi sempre que necessário. Em Belém a garantia de deslocamento para o paciente é assegurada com dois veículos do tipo van. É importante considerar a existência de populações ribeirinhas que vivem as margens de rios e igarapés, e enfrentam dificuldades ainda maiores pela inexistência de transporte fluvial do setor saúde ou mesmo barco regular. Desse modo, têm como única alternativa a “carona” no barco escolar ou então com moradores que possuem algum Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 53 tipo de embarcação, geralmente são “casquinhos”, enfrentando desconforto e condições climáticas desfavoráveis, haja vista o sol forte e a intensidade de chuvas na região. Esse cenário aponta a necessidade de investimentos em transporte sanitário terrestres e fluviais para a Região, de modo a assegurar o fluxo e contrafluxo das pessoas que se encontram em situação de dependência do deslocamento para continuidade de tratamento, seja por incapacidade física e/ou econômicas, além de garantir o movimento adequado de material biológico e das equipes de saúde. Considera-se como essencial e urgente, a necessidade de realizar uma análise mais aprofundada da situação do transporte dos usuários do SUS na região Metropolitana de Belém, e assim, direcionar ações e investimentos para organização do transporte sanitário na região tendo como objetivo proporcionar um transporte eficiente, confortável, seguro e humanizado a população. 5.2 Prontuário Clínico Eletrônico Em toda a Região Metropoliatana I de Belém não há prontuário único eletrônico o que limita a continuidade da assistência prestada ao paciente, por toda a equipe multiprofissional de forma mais qualificada. 5.3 Regulação da Atenção à Saúde A Regulação em Saúde no Estado do Pará está em fase de reestruturação, obedecendo as Portarias GM/MS nº 399/2006 e 1.559/2008. Nos municípios de Ananindeua, Belém e Marituba, Plenos do Sistema Municipal de Saúde, a estrutura de Regulação, Controle e Avaliação estão em funcionamento, com representatividade nos atendimentos de média a alta complexidade ambulatorial e hospitalar. Nesses municípios os complexos reguladores estão compostos por uma Central de Consultas e Exames Especializados, funcionando 08 horas por dia de segunda a sexta feira, Central de Leitos de Urgência Médica funcionando 24 horas por dia, de segunda a sexta feira. O município de Benevides, em fase de Habilitação Plena do Sistema Municipal de Saúde, segundo Portaria 399/2006, está promovendo a readequação de sua estrutura de Regulação, funcionando atualmente de 07 as 13 horas no prédio da Secretaria Municipal de Saúde, com funcionamento apenas da Central de consultas e exames especializados. Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 54 Desse modo, os municípios, a exceção de Santa Bárbara do Pará, utilizam o Sistema de regulação do Ministério da Saúde (SISREG) para agendamento de consultas e exames especializados, assim como para solicitação de internações. Há que se esclarecer que trata-se de um procedimento recente, tendo em vista que somente a partir de outubro de 2011, Belém aderiu o uso desse Sistema com implantação do SISREG Hospitalar nas internações neonatais. O Estado do Pará está elaborando seu Plano Estadual de Regulação em Saúde, visando estruturar seu complexo regulador para regulação dos serviços de alta complexidade do Estado e de média complexidade com oferta reduzida e dos municípios sob gestão básica. O grande desafio do Estado, é propiciar aos municípios condições para a implantação e/ou implementação de complexos reguladores, que venham atender a Política Nacional de Regulação da Saúde, com recursos financeiros para a implantação e custeio desses Complexos; a instrumentalização; e a capacitação permanente de recursos humanos. 5.5 - Fortalecimento da governança regional, implementação do Decreto 7.508/2011 na região A governança engloba mecanismos complexos que envolvem as relações estabelecidas no âmbito das instituições, nas quais os cidadãos e/ou grupos sociais articulam seus interesses, exercem seus direitos e obrigações e mediam suas diferenças (RONDINELLI, 2006). A OMS a define como o exercício da autoridade política, econômica e administrativa para gerir os interesses do Estado. No contexto das Redes de Atenção à Saúde a governança se expressa pela capacidade de decisão e intervenção dos atores envolvidos para viabilizar a gestão compartilhada. O principal lócus de pactuação das demandas regionais é a Comissão Intergestora Regional, um espaço de permanente negociação, importante para analisar o cenário regional e orientar os gestores a respeito da realidade local, de modo a estabelecerem planos voltados para o enfrentamento dos problemas de saúde regionais. Mendes (2010),considera que a governança da rede se constitui um arranjo organizativo para a gestão de todos os componentes das redes de atenção à saúde, de forma a gerar um excedente cooperativo e de interdependência entre os atores sociais em situação e a obter resultados sanitários efetivos e eficientes. A governança compõe- Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 55 se de uma institucionalidade, de um sistema gerencial, de um sistema de financiamento e do controle social. No exercício da governança das redes, há que se administrar questões diversas que envolvem o processo de regionalização à luz do Decreto 7.508/2011, as relações interfederativas, as relações na esfera público-privado, a regulação da assistência, a avaliação da capacidade de gestão, os desafios para qualificar a atenção à saúde, além do financiamento do setor saúde. Nesse sentido, é possível afirmar que governança não é sinônimo de gerenciamento, tendo em vista que além compartilhar estruturas administrativas, recursos, sistemas logísticos e apoio, fazer monitoramento e avaliação da Rede de Atenção à Saúde, utiliza instrumentos para planejamento regional, complexos reguladores, sempre com decisões colegiadas visando o enfrentamento de determinada situação num dado território. Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 56 Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 57 6. DETALHAMENTO DOS OBJETIVOS PARA O QUALISUS –REDE PARTE 1 - APRESENTAÇÃO DO PROPONENTE ESTADO: SECRETARIA EXECUTIVA DE SAÚDE PÚBLICA – SESPA GOVERNADOR(A): SIMÃO JATENE SECRETÁRIO(A) ESTADUAL DE SAÚDE: HÉLIO FRANCO DE MACEDO JÚNIOR DADOS DO COORDENADOR DO GRUPO CONDUTOR DO SUBPROJETO DA SES NOME: ROSÂNGELA BRANDÃO MONTEIRO CARGO: MÉDICA MATRÍCULA: TELEFONES:(91) 4006-4832 / (91) 4006-4830 FAX: (91) 4006-4832 E-MAILS: [email protected] ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIAS: Av. Conselheiro Furtado nº 489 – Umarizal 6.1 IDENTIFICAÇÃO DOS MUNICÍPIOS CIR /CGR: METROPOLITANA Município ANANINDEUA BELÉM BENEVIDES MARITUBA SANTA BARBARA IBGE Prefeito Secretário(a) de Saúde 1500800 Elder Zahluth Barbalho Ivete Gadelha Vaz 150140 Dulciomar Gomes da Costa 1501501 Edmauro Ramos Farias 1504422 Jesus Bertoldo Rodrigues do Couto 150635 Ciro Souza Goes Sylvia Christina de Oliveira Santos Juliana Conceição Dias Garcez Luana Rodrigues Couto Mauro Marcelo Furtado Real Endereço Rod. Mario Covas nº 11 Secretarias Integradas CEP: 67.113-330 End: Rodovia Artur Bernardes, Km 14 s/n – Tapanã. CEP: 66825-000 Av. Joaquim Pereira de Queiroz nº 01 – Centro CEP: 68.795-000 Rod. BR 316 Km 13 s/n – Centro Prédio da Prefeitura Municipal – CEP: 67.200000 Rod. Augusto Meira Filho Km 17 s/n – Centro – CEP: 68.798-000 6.2 Objetivos segundo eixos estruturantes Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 59 Telefone 3073-2200(fax) E-mail [email protected] (91) 3184-6136 / 6127 / 6128 FAX: 3184-6136 [email protected] [email protected] (91) 3724-1128 / 1260 [email protected] (91) 3256-2007 [email protected] (91) 3776-1167 [email protected] EIXO ESTRUTURANTE I - QUALIFICAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA JUSTIFICATIVA : A estruturação das redes de atenção, deverão acontecer a partir do fortalecimento das ações da atenção básica. A Região Metropolitana I de Belém está em franco processo de discussão das redes de atenção à saúde, acreditando na possibilidade de reversão de alguns indicadores epidemiológicos e operacionais, pouco satisfatórios, a exemplo da baixa cobertura da estratégia saúde da família, essencialmente no município de Belém. Uma situação que reverbera em alguns índices de adoecimento, tais como a elevada morbidade por doenças infecciosas e parasitárias, e doenças respiratórias. Os principais problemas e fragilidades encontradas na Atenção Básica no âmbito da Região Metropolitana I são:baixa adesão ao Programa de Melhoria do Acesso com Qualidade (PMAQ);ausência de protocolos: clínicos, terapêuticos, linhas de cuidados e atendimento;deficiência no acolhimento dos usuários; dificuldade de implementar a educação permanente;dificuldades dos gerentes no processo de planejamento, monitoramento e avaliação das ações de saúde; dificuldade de trabalhar de forma intersetorial na Atenção Primária;fragilidade dos sistemas de informação em saúde para a tomada de decisão. OBJETIVOS Sensibilizar os profissionais para implementação dos protocolos clínicos para as linhas de cuidado nas redes da região metropolitana Sensibilizar profissionais para implantação de protocolos de regulação de acesso,da assistência e de sistemas. Qualificar Agentes Comunitários de Saúde Qualificar profissionais da rede de atenção nas ações de planejamento familiar META INDICADOR 20 oficinas para qualificação de 500 profissionais Número de profissionais da rede de atenção á saúde qualificados 01 oficina para qualificar 30 profissionais Número de profissionais que atuam na regulação qualificados 15 cursos para qualificar 375 ACS Número de ACS selecionados para qualificação 30 treinamentos para qualificar 500profissionais 15 cursos para qualificar 375 Agentes Qualificar Agentes de Combate as Endemias de Endemias Qualificar profissionais das Equipes da Estratégia 20 cursos para qualificar 500 Saúde da Família profissionais do PSF Qualificar profissionais em Sistema de Informação 30 cursos para 600 profissionais que da Atenção Básica atuam nos sistemas básicos Qualificar profissionais na rotina do serviço de 11 treinamentos para 375 profissionais imunização nos municípios da região metropolitana da rede de frio de Belém Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 60 Número de profissionais que atuam no planejamento familiar qualificados Número de Agentes de Endemias selecionados para Qualificação Número de profissionais que atuam no PSF qualificados Número de profissionais que atuam nos Sistema Básicos qualificados Número de profissionais que atuam na rede de frio qualificados Implementar as salas de vacina dos municípios da região metropolitana Percentual de crianças com as vacinas de rotina de acordo com a agenda programada 65 salas equipadas REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA JUSTIFICATIVA A Região Metropolitana apresenta problemas que impactam diretamente no atendimento aos casos de U/E: Tendência de crescimento de atendimentos de urgência e emergência por causas externas; Déficit na estrutura física e de equipamentos das instituições de saúde; Regulação deficitária dos atendimentos de saúde; Estrangulamento das portas de entrada das urgências e emergência, devido a dificuldade de acesso às consultas especializadas da média complexidade; Ausência de salas de estabilização;Insuficiência de leitos de retaguarda e de longa permanência; Infraestruturas inadequadas dos hospitais de referência;Insuficiência de capacitação para os profissionais que realizam atendimento especializado; Infraestrutura deficiente para atendimento de urgência nas unidades básicas de saúde.Dentre os problemas listados, chama atenção a rede de Unidades de Saúde estrutura insuficiente para atender as necessidades de urgência e emergência, tanto em relação a quantidade como a qualidade dos serviços, assim como a indisponibilidade de profissionais devidamente qualificados. Nesse sentido, considerando os principais problemas identificados na Região e a implementação da Rede de UE no âmbito do Estado faz-se necessário qualificar a atenção básica, estruturando as salas de pronto atendimento e capacitando os profissionais de acordo com os protocolos de recomendação internacional. E para assegurar leitos de retaguarda na Região é fundamental a ampliação da Unidade de UE Cidade Nova IV, de modo a oferecer 100 leitos regulados para a toda a Região. OBJETIVOS META INDICADOR Implementar as Unidades Básicas de Saúde, que funcionam 24h com equipamentos de U/E básicos 18 salas equipadas Número de Unidades Básicas Equipadas Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 61 Implementar a estrutura física e de equipamentos da Unidade de U/E da Cidade Nova VI de Ananindeua, tornando-a uma unidade hospitalar de U/E (100 leitos). 01 unidade reformada e equipada Número de Unidades reformada e equipada Implementar a Estrutura física e de equipamentos da UTI Pediátrica e a Enfermaria Pediátrica do Hospital Mário Pinotti, 01 unidade reformada e equipada Número de Unidades reformada e equipada Implementar a estrutura física da Unidade Genipauba no município de Santa Barbara. Qualificar profissionais NS e NM da Região Metropolitana das Unidades fixas e pré-hospitalares móveis (U/E.ATLS,ACLS PHTLS-SAMU,ALSO,PALS) 01 unidade reformada Número de Unidades reformada 10 treinamentos para 500 profissionais Número de profissionais que atuam em U/E qualificados Qualificar profissionais em Pós- Técnico em UTI Pediátrica para a rede metropolitana 01 treinamento para 30 profissionais Número de profissionais que atuam em UTI Pediátrica qualificados REDE DE ONCOLOGIA JUSTIFICATIVA O câncer de colo uterino retrata um grave problema de saúde publica sendo o segundo mais incidente na população feminina mundial e brasileira, e o primeiro na Região METROPOLITANA , tanto em incidência quanto em mortalidade. Os dados correspondentes aos atendimentos realizados no Hospital Ophir Loyola, único hospital público de referência em oncologia no âmbito do Estado do Pará, mostram que o câncer de útero e o câncer de mama foram as localizações mais frequentes em mulheres no período correspondente a 2000-2008. E em relação a mortalidade, no ano de 2008, no mesmo sexo, o câncer de mama assume a primeira causa e o câncer de útero a quarta causa de óbito. Investir na estruturação dos serviços de referência da mulher faz-se necessário , para a viabilidade de diagnostico precoce e tratamento das lesões benignas do Câncer de colo de útero; a qualificação de profissionais para garantir sustentabilidade técnica e operacional na qualidade dos exames também é proposta relevante para a melhoria da qualidade do Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 62 serviço. OBJETIVOS Implementar as salas de PCCU, das unidades requalificadas (10 Ananindeua, 24 Belém, 07 Marituba, 01 Santa Bárbara, 06 Benevides) Implementar a estrutura física e de equipamentos do Centro de Diagnóstico Inácio Gabriel, no município de Marituba para os cânceres de mama e útero. META INDICADOR 48 salas equipadas Nº de exames processados por ano 01 centro de diagnóstico estruturado realizando pelo menos 2.000 ex/ano Número de exames processados por ano 01 casa da mulher estrtuturada Implementar a estrutura física e de equipamentos da realizando pelo menos 2.000 ex/ano Casa da Mulher ,no município de Belém, em vistas ao diagnóstico cânceres de mama e útero Implementar a estrutura física e de equipamentos da 01 casa da mulher estruturada UREMIA(Unidade Referência Materno infantil), em realizando pelo menos 2.000 ex/ano vistas ao diagnóstico de câncer de mama e colo de útero. Qualificar profissionais da RM no rastreamento e diagnóstico dos cânceres mais prevalentes. 05 treinamentos para 150 profissionais Qualificar Enfermeiros e técnicos de enfermagem na 05 treinamentos para 200 profissionais coleta de Exame do Colo do útero Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 63 Número de exames processados por ano Número de exames processados por ano Número de profissionais treinados em rastreamento do câncer Número de profissionais treinados em coleta de exame Papanicolau Qualificar profissionais de saúde da RM Belém em: Pós Técnico em Oncologia ; Citopalogia, 04 treinamentos para 80 profissionais Atualização em Radioterapia, Pós-técnico em mamografia Número de profissionais treinados em Pós Técnico em Oncologia ; Citopalogia, Atualização em Radioterapia, Pós-técnico em mamografia EIXO ESTRUTURANTE III - SISTEMA DE APOIO DIAGNÓSTICO E TERAPEUTICO JUSTIFICATIVA Dentre as dificuldades enfrentadas pelos municípios , destaca-se a necessidade de avaliação de exames por imagem, uma segunda opinião para subsidiar os profissionais na identificação de diagnósticos precoce contribuirá sobremaneira para a melhoria da qualidade de vida da população metropolitana. OBJETIVOS META INDICADOR Implantar o Telessaúde nos municípios da região metropolitana Qualificar profissionais para o uso da tecnologia do telessaúde 18 unidades com telessaúde implantados Número de municípios com a tecnologia telessaúde implantada 05 treinamentos para100 profissionais Número de profissionais qualificados na tecnologia telessaúde IV - SISTEMA DE APOIO LOGÍSTICO JUSTIFICATIVA Fragilidade nos protocolos técnicos de regulação, fluxos de referencia e contra referencia, das centrais de regulação, dos sistemas de informação(SISREG) , Outra situação relevante , é a dificuldade dos pacientes nos tratamentos em oncologia , principalmente a Radioterapia e a quimioterapia, a aquisição de transporte sanitário para a região metropolitana trará melhorias na qualidade da atenção aos pacientes e um sistema organizado de demanda agendada para as complexidades de atendimento OBJETIVOS META INDICADOR Implementar a estrutura física da Central de Regulação do 01 central implantada Número de central implantada município de Benevides Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 64 5 transportes sanitários adquiridos Número de transportes sanitário adquirido 06 transportes sanitário adquiridos Número de transportes sanitário adquirido 05 municípios com SISREG implementado Número de municípios com SISREG implementado 02 oficinas para 60 profissionais Número de profissionais qualificados para construção de fluxos de referencia e contra referencia Implantar a estratégia de transporte sanitário terrestre ,para atender os usuários da RM de Belém Implantar a estratégia de transporte sanitário fluvial para atender os usuários ribeirinhos da RM Belém Implementar o SISREG na Região Metropolitana; através da aquisição de equipamentos e treinamento de RH Qualificar profissionais para discussão e construção de fluxos de referencia e contra referencia para os serviços da atenção primária até a atenção terciária nos municípios da região metropolitana EIXO ESTRUTURANTE V - FORTALECIMENTO DA GOVERNANÇA REGIONAL JUSTIFICATIVA Estudar conceitos de Redes de Atenção , instrumentos legais, normativos, propicia aos gestores, gerentes e técnicos uma visão integralizadora ,capaz de gerar instrumentos de planejamento competentes e operantes; e envolvendo o segmento sociedade civil nesse contexto, é fundamental para a validação de conceitos e credibilidade das comunidades locais. INDICADOR OBJETIVOS META Qualificar profissionais em Planejamento em Saúde (conceitos de redes, instrumentos legais/7508, projetos vigentes) 02 cursos para 60 profissionais 15 cursos para 300 coordenadores Qualificar coordenadores e apoiadores de rede. e apoiadores de rede Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 65 Número de profissionais qualificados em Planejamento em Saúde Número de coordenadores e apoiadores de rede qualificados Qualificar representantes da sociedade civil sobre concepções de redes de atenção á saúde 10 cursos para 200 representantes da sociedade civil Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 66 Número de representantes da sociedade civil qualificados em concepções de rede 6.3 Objetivos, atividades, metas e custos estimados EIXO ESTRUTURANTE 1 : QUALIFICAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA OBJETIVO: Sensibilizar os profissionais para a implementação dos protocolos clínicos para as linhas de cuidado nas redes da Região Metropolitana META: 05 OFICINAS CUSTO ESTIMADO (R$) BIRD ATIVIDADES Oficina de sensibilização para elaboração e implementação dos protocolos clinicos para os municípios da região metropolitana 200.000,00 MS SES MUN OBJETIVO: Sensibilizar profissionais a para implantação de protocolos de regulação de acesso,da assistência e de sistemas. META: 01 OFICINA CUSTO ESTIMADO (R$) ATIVIDADES BIRD MS SES MUN Oficina de sensibilização para elaboração e implementação dos protocolos clínicos para os municípios da região metropolitana 14.200,00 OBJETIVO: Qualificar Agentes Comunitários de Saúde META: 15 cursos CUSTO ESTIMADO (R$) BIRD MS SES MUN 705.000,00 ATIVIDADES Curso para qualificação de Agentes Comunitários de Saúde OBJETIVO: Qualificar profissionais da rede de atenção nas ações de planejamento familiar META: 30 capacitações Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 67 ATIVIDADES CUSTO ESTIMADO (R$) BIRD MS SES MUN Capacitação para profissionais da rede de atenção nas ações de planejamento familiar 300.000,00 OBJETIVO: Qualificar agentes de combate as Endemias META: 15 capacitações CUSTO ESTIMADO (R$) BIRD MS SES MUN 705.000,00 ATIVIDADES Capacitação para agentes de combate as Endemias META: 20 cursos CUSTO ESTIMADO (R$) BIRD MS SES MUN 940.000,00 ATIVIDADES Curso de Atualização para Equipes da Estratégia Saúde da Família OBJETIVO: Qualificar profissionais em Sistema de Informação da Atenção Básica META: 30 capacitações CUSTO ESTIMADO (R$) BIRD MS SES MUN 150.000,00 ATIVIDADES Capacitação em Sistemas de Informação da Atenção Básica OBJETIVO: Qualificar profissionais na rotina do serviço de imunização nos municípios da região metropolitana de Belém META: 11 capacitações CUSTO ESTIMADO (R$) ATIVIDADES BIRD MS SES MUN Capacitação para profissionais na rotina do serviço de imunização 110.000,00 Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 68 Implementar as salas de vacina dos municípios da Região metropolitana META: 65 salas ATIVIDADES CUSTO ESTIMADO (R$) BIRD MS SES MUN Aquisição de equipamentos para as salas de vacina dos municípios da RM( geladeira, freezer(vertical), caixa térmica) Aquisição de grupo gerador para a sala de vacina do município Sta.Bárbara 208.000,00 26.850,00 EIXO ESTRUTURANTE 2 - IMPLEMENTAÇÃO DAS REDES TEMÁTICAS- URGÊNCIA E EMERGÊNCIA OBJETIVO: Estruturar Unidades Básicas de Saúde, que funcionam 24h , da região metropolitana META: 18 unidades ATIVIDADES CUSTO ESTIMADO (R$) BIRD MS SES MUN Aquisição de equipamentos para salas de pronto atendimento das Unidades Básicas de Saúde 4.017.389,00 OBJETIVO: Implementar a estrutura física e de equipamentos da Unidade de U/E da Cidade Nova VI de Ananindeua META: 01 unidade CUSTO ESTIMADO (R$) BIRD MS SES MUN ATIVIDADES Reforma da Unidade de U/E Cidade Nova VI de Ananindeua, tornando-a uma unidade hospitalar de U/E (100 leitos). 1.100.000,00 OBJETIVO: Implementar a estrutura física da UTI Pediátrica e a Enfermaria Pediátrica do Hospital Mário Pinotti em Belém. META: 01 hospital ATIVIDADES CUSTO ESTIMADO (R$) Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 69 BIRD Reforma da UTI Pediátrica e a Enfermaria Pediátrica do Hospital Mário Pinotti, no município de Belém. 400.000,00 Equipar a UTI Pediátrica e a Enfermaria Pediátrica do Hospital Mário Pinotti, no município de Belém. 250.000,00 MS SES MUN OBJETIVO: Implementar a estrutura física da Unidade de U/E do município de Santa Bárbara META: 01 unidade ATIVIDADES Reforma e adaptação da Unidade de U/E de Genipaúba no município de Santa Bárbara do Pará. CUSTO ESTIMADO (R$) BIRD MS SES MUN 130.051,00 OBJETIVO: Qualificar profissionais de NS e NM da Região Metropolitana das Unidades fixas e pré-hospitalares de U/E. META: 12 capacitações CUSTO ESTIMADO (R$) ATIVIDADES BIRD MS SES MUN Capacitação p/ profissionais de NS da Região Metropolitana das Unidades fixas e pré-hospitalares móveis de U/E.(ATLS/ACLS /PHTLS-SAMU/ALSO/PALS 607.800,00 Capacitação para profissionais de NM da Região Metropolitana das Unidades fixas e móveis em U/E. Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 70 78.000,00 OBJETIVO: Qualificar profissionais em pós-técnico UTI Pediátrica na rede metropolitana META: 03 cursos CUSTO ESTIMADO (R$) BIRD MS SES MUN 1.000.000,00 ATIVIDADES Curso Pós- Técnico em UTI Pediátrica para a rede metropolitana EIXO ESTRUTURANTE 2 - IMPLEMENTAÇÃO DAS REDES TEMÁTICAS- REDE DE CONTROLE DO CÂNCER OBJETIVO: Implementar as salas de coleta de PCCU, nas unidades requalificadas META: 48 salas CUSTO ESTIMADO (R$) BIRD MS SES MUN ATIVIDADES Aquisição de equipamentos e mobiliários para a sala de PCCU, nas unidades requalificadas da Região Metropolitana 215.280,00 OBJETIVO: Implementar a estrutura física e de equipamentos do Centro de Diagnóstico Inácio Gabriel, município de Marituba para os cânceres de mama e útero. META: 01 Centro CUSTO ESTIMADO (R$) ATIVIDADES BIRD MS SES MUN Reforma do Centro de Diagnóstico Inácio Gabriel, município de Marituba 347.353,00 Aquisição de equipamentos para Centro de Diagnóstico Gabriel, no município de Marituba, em vistas ao diagnóstico dos cânceres de mama e útero 331.900,00 Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 71 OBJETIVO: Implementar a estrutura física e de equipamentos da Casa da Mulher, município de Belém para os cânceres de mama e útero. META: 01 Casa CUSTO ESTIMADO (R$) ATIVIDADES BIRD MS SES MUN Reforma da Casa da Mulher no município de Belém 350.000,00 Aquisição de equipamentos para a Casa da mulher, no município de Belém, em vistas ao diagnóstico dos cânceres de mama e útero 400.000,90 OBJETIVO: Implementar a estrutura física e de equipamentos da Unidade de Referência Estadual Materno Infantil(URE-MIA), no município de Belém para os cânceres de mama e útero. META: 01 Unidade CUSTO ESTIMADO (R$) ATIVIDADES BIRD MS SES MUN Reforma da UREMIA, em vistas ao diagnóstico de câncer de mama e colo de útero. 355.000,00 Aquisição de equipamentos para a UREMIA, para o diagnóstico de câncer de mama e colo de útero. 400.000,71 OBJETIVO: Qualificar profissionais na prevenção, tratamento e diagnóstico do câncer na Região Metropolitana de Belém META: 19 capacitações CUSTO ESTIMADO (R$) ATIVIDADES BIRD MS SES MUN Capacitação dos profissionais no rastreamento e diagnóstico dos cânceres mais prevalentes. 200.000,00 Capacitação em realização(coleta) de Exame do Colo do útero para técnicos e Enfermeiros 100.000,00 Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 72 Curso Pós Técnico em Oncologia para profissionais da RM Belém Aquisição de equipamentos para leitura de exames citopatológico 800.000,00 1.102.000,00 Curso de atualização em Radioterapia para profissionais de saúde da RM Belém Curso Pós Técnico em Mamografia para profissionais de saúde da RM Belém 100.000,00 1.000.000,00 EIXO ESTRUTURANTE 03 : SISTEMA DE APOIO DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICO OBJETIVO: Implantar o uso da tecnologia Telessaúde nos municípios da Região Metropolitana META: 05 municípios ATIVIDADES CUSTO ESTIMADO (R$) BIRD MS SES MUN Aquisição de equipamentos para os municípios da região metropolitana para o uso da tecnologia do telessaúde 21.849,00 Treinamento p/ municípios da região metropolitana para o uso da tecnologia do telessaúde 10.000,00 EIXO ESTRUTURANTE 04 : SISTEMA DE APOIO LOGÍSTICO OBJETIVO: Implementar a Central de regulação no município de Benevides META: 01 central ATIVIDADES Reforma da Central de Regulação do município de Benevides CUSTO ESTIMADO (R$) BIRD MS SES MUN 50.000,00 Aquisição de equipamentos para a Central de Regulação do município de Benevides 8.000,00 OBJETIVO: Implementar o SISREG na Região metropolitana de Belém Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 73 META: 05 municípios com SISREG implementados ATIVIDADES CUSTO ESTIMADO (R$) BIRD MS SES MUN Aquisição de equipamentos para a implementação do SISREG na Região Metropolitana; 45.000,00 Capacitação de profissionais para a utilização do SISREG nos municípios da RM 50.000,00 OBJETIVO: Qualificar profissionais para construção de fluxos de referencia e contra referencia para os serviços da atenção primária até a atenção terciária nos municípios da região metropolitana META: 02 oficinas CUSTO ESTIMADO (R$) ATIVIDADES BIRD MS SES MUN Oficina para implementação de fluxos de referencia e contra referencia da atenção básica à atenção terciária nos municípios da região metropolitana 50.000,00 OBJETIVO: Implantar serviço radioterapia,quimioterapia) META: 11 transportes de transporte sanitário, para atender os ATIVIDADES Aquisição de transporte sanitário terrestre tipo VAN , para atender usuários Aquisição de transporte sanitário fluvial para atender os usuários ribeirinhos EIXO ESTRUTURANTE 05 - FORTALECIMENTO DA GOVERNAÇA REGIONAL Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 74 usuários nos serviços especializados( hemodiálise, CUSTO ESTIMADO (R$) BIRD MS SES MUN 550.000,00 532.000,00 OBJETIVO: Sensibilizar, qualificar gestores, gerentes , técnicos e conselheiros o entendimento e organização das redes de atenção META: 29 capacitações CUSTO ESTIMADO (R$) ATIVIDADES BIRD MS SES MUN Capacitar coordenadores e apoiadores de rede. 150.000,00 Curso de Agente de Planejamento em Saúde (conceitos de redes, instrumentos legais, projetos vigentes) Curso para conselheiros municipais de saúde 100.000,00 100.000,00 Capacitar representantes da sociedade civil sobre concepções de redes atenção saúde 80.000,00 6.4 Formulação do Plano - Quadro síntese dos custos estimados por objetivo Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 75 UF: PA REGIÃO: METROPOLITANA ANO: 2012-2014 CUSTO ESTIMADO (R$): OBJETIVOS BIRD MS Sensibilizar os profissionais para a implementação dos protocolos clínicos para as linhas de cuidado nas redes da Região Metropolitana 200.000,00 Sensibilizar profissionais para implantação de protocolos de regulação de acesso,da assistência e de sistemas. 14.200,00 Qualificar Agentes Comunitários de Saúde 705.000,00 Qualificar profissionais da rede de atenção nas ações de planejamento familiar 300.000,00 Qualificar agentes de combate as Endemias 705.000,00 Qualificar as equipes da Estratégia Saúde da Família 940.000,00 Qualificar profissionais em Sistema de Informação da Atenção Básica 155.000,00 Capacitação para profissionais na rotina do serviço de imunização 110.000,00 Implementar com equipamentos as salas de vacina dos municípios da RM( geladeira, freezer(vertical), caixa térmica) 208.000,00 Implementar com grupo gerador para s salas de vacina do município Sta.Bárbara 26.850,00 Prover de material técnico as salas de pronto atendimento das Unidades Básicas de Saúde da região metropolitana. 4.017.389,00 Implementar a estrutura física da Unidade de U/E da Cidade Nova VI de Ananindeua Implementar a estrutura física da UTI Pediátrica e a Enfermaria Pediátrica do Hospital Mário Pinotti em Belém. Implementar a estrutura física da Unidade de U/E de Genipaúba no município de Santa Bárbara do Pará Qualificar profissionais de NS e NM da Região Metropolitana das Unidades fixas e préhospitalares de U/E. Qualificar profissionais em pós-técnico UTI Pediátrica na rede metropolitana Implementar as salas de coleta de PCCU, nas unidades requalificadas Implementar a estrutura física e de equipamentos do Centro de Diagnóstico Inácio Gabriel, município de Marituba para os cânceres de mama e útero. Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém 1.100.000,00 650.000,00 130.050,00 685.800,00 1.000.000,00 215.280,00 679.253,28 Página 76 SES MUN Implementar a estrutura física e de equipamentos da Casa da Mulher, município de Belém para os cânceres de mama e útero. Implementar a estrutura física e de equipamentos da Unidade de Referência Estadual Materno Infantil(URE-MIA), no município de Belém para os cânceres de mama e útero. Qualificar profissionais e estruturar a rede de atenção à saúde na prevenção, tratamento e diagnóstico do câncer na Região Metropolitana de Belém Implantar o uso da tecnologia Telessaúde nos municípios da Região Metropolitana Implementar a Central de regulação no município de Benevides Implementar o SISREG na Região metropolitana de Belém Qualificar profissionais para implementação dos fluxos de referencia e contra referencia para os serviços da atenção básica à atenção terciária nos municípios da região metropolitana Implantar serviço de transporte sanitário, para atender os usuários nos serviços especializados( hemodiálise, radioterapia,quimioterapia) Sensibilizar, qualificar gestores, gerentes , técnicos e conselheiros no entendimento e organização das redes de atenção a saúde TOTAL Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém 750.000,90 750.000,71 3.302.000,00 31.849,92 58.000,00 95.000,00 50.000,00 1.082.000,00 430.000,00 18.390.673,81 Página 77 7. Referências Bibliograficas 1. BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes para Implantação dos Complexos Reguladores. Série Pacto pela Saúde 2006 Volume 6. Brasília – DF.2006 2. Disponivel em :< www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/>acesso em abril 2012 3. Disponível em:< http://<www.ibge.gov.br/home/>acesso março 2012 4. Disponível em :<portal.saude.gov.br/portal/se/datasus/> acessoabril 2012 5. Mendes,Eugênio Vilaça. Atenção Primária a saúde no SUS, 2010. 6. REICHENHEIM, M.E., et al. Violências. Saúde no Brasil: a série The Lancet, 2011. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2011. 7. Secretaria Executiva de Saúde Pública. Plano Estadual de Oncologia. BelémPa, 2011. 8. Secretaria Executiva de Saúde Pública. Plano Estadual de Urgência e Emergência. Belém-Pa,2011. 9. Secretaria Executiva de Saúde Pública. Plano Estadual da Rede Cegonha, Belém-Pa,2012