Homem morre na rua e reforça o caos na saúde

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Homem morre na rua e reforça o caos na saúde pública de Belém
Há bastante tempo o Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa) denuncia o descaso
dos governos com a área da saúde, fato que vem está se agravando a cada dia no
Estado e principalmente em Belém. Péssimas condições de trabalho, falta de médicos,
equipamentos, medicamentos, higiene, sobrecarga de trabalho e salários baixos
diminuem a possibilidade do exercício da boa medicina nos Prontos Socorros
Municipais da capital do Pará.
No feriado de finados (02/11), mais um usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) foi
vítima desse descaso. Antônio Augusto de Moraes Silva, morador do distrito Icoaraci,
localizado na Região Metropolitana de Belém, teve um desmaio quando brincava com
o filho e, após percorrer cinco Unidades de Saúde, morreu por falta de atendimento.
Para a diretoria do Sindmepa, o caso precisa ser apurado com cuidado no que diz
respeito à falta de atendimento ao paciente. “É comum os gestores responsabilizarem
as possíveis mortes à falta de médico nos hospitais. Mas o que acontece, na maioria
dos casos, é que não há médico plantonista, as escalas dos plantões ficam sem
profissionais e a população fica desassistida, principalmente nos finais de semana e
feriados”, decla João Gouveia, diretor do Sindmepa.
Um exemplo do baixo número de médicos disponíveis nos plantões foi constatado na
última visita do Sindmepa ao Pronto Socorro Mário Pinótti (PSM – 14), em outubro,
quando não havia profissionais escalados para todos os finais de semana do mês no
setor de triagem, onde são feitos os atendimentos de urgência e emergência. “Além
das péssimas condições que o hospital oferece no atendimento da população, com
leitos no corredor, sem aparelho de pressão, termômetro e sem climatização
adequada nas UTI’s, não havia médico nas escalas. Um absurdo!”, constata Waldir
Cardoso, diretor do Sindmepa.
O sindicato encaminhou um relatório da visita às autoridades do Estado pedindo
soluções, mas até agora não obteve resposta. “O Sindmepa não tem a competência de
fechar o hospital, nem de obrigar que medidas para melhorar o hospital sejam feitas,
por isso fiscaliza e informa entidades como o Ministério Público Estadual e Federal, a
prefeitura e o governo do Estado. Mas parece que nada foi feito”, afirma João
Gouveia, diretor do Sindmepa.
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