UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS – SCH DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA – DEAN Codigo Disciplina Ementa PROGRAMA DE DISCIPLINA HS035 Antropologia da Saúde Saúde e doença como conceitos ligados ao contexto histórico/político de cada sociedade e à experiência concreta de cada sujeito. Diálogos entre o biológico e o social (natureza/cultura). Saúde, doença e diversidade cultural. DOCENTE(S) Professor(a) Fernanda Azeredo de Moraes ([email protected]) VALIDADE Validade 1º semestre / 2015 Teóricas 60 Horário Carga Horária Práticas Estágio - Terças-feira, 7:30 às 11:30 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ObjetivosO objetivo desta disciplina é apresentar aos alunos da Nutrição algumas perspectivas antropológicas sobre, copo, alimentação, saúde e a doença. O intuito é familiarizar aos estudantes com conceitos básicos da antropologia (cultura, relativismo, etnocentrismo, pessoa, corporalidade, etc.) para analisar as dimensões sociais, culturais e políticas daquilo que chamamos saúde e doença Programa 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. A antropologia no quadro das ciências sociais Etnocentrismo, relativismo e alteridade O conceito de cultura Cultura, corpo e identidade Dádiva, troca, reciprocidade e distinção O método etnográfico Antropologia da saúde Antropologia dos alimentos ProcedimentosAulas expositivas DidáticosLeitura e interpretação de texto – debates Trabalhos e seminários de alunos Elaboração e desenvolvimento de pesquisas e relatórios Cronograma1º aula: Introdução – apresentação do programa e orientações sobre o funcionamento da disciplina 2º aula: A antropologia no quadro das ciências sociais DA MATTA, R. Primeira Parte: A antropologia no quadro das ciências In:Relativizando:uma introdução à Antropologia Social.Rio de Janeiro: Ed.Vozes, 1981. MINER, Horace. “Ritos Corporais entre os Nacirema”. MINTZ, Sidney W. Comida e antropologia: uma breve revisão. In: Revista brasileira de ciências sociais. São Paulo: ANPOCS, vol. 16, n. 47, out. de 2001. 3º aula: Etnocentrismo, Relativismo e Alteridade LÉVI-STRAUSS, Claude. “Raça e história”. In: Antropologia estrutural dois. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1976. p. 328 -366. RODRIGUES, José Carlos. “Os outros e os outros”. In: Antropologia e comunicação: princípios radicais.São Paulo, Brasiliense, 1989. p. 125-199. 4º aula: O conceito de cultura DA MATTA, Roberto. “Você tem cultura?”. In: Explorações: ensaios de sociologia interpretativa. Rio de Janeiro: Rocco, 1986. (7pgs) GEERTZ, Clifford. Trecho de “Descrição densa: por uma teoria interpretativa da cultura”. In: A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2008. 5º aula: Cultura e identidade HALL, Stuart. A identidade cultural na Pós-modernidade. DP & A, 2003. DOUGLAS, Mary 1981. As abominações do Levítico. Pureza e perigo. São Paulo, Perspectiva SAHLINS, Marshall. (1976) 2004 – “La pensée bourgeoise: a sociedade ocidental como cultura” in: Cultura na 2 prática. Rio de Janeiro: Editora UFRJ. (p.179-236) 6º e 7º aula: Dádiva, troca, reciprocidade e distinção MAUSS, Marcel. Ensaio sobre a dádiva. Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2003. Lévi-Strauss, Claude. 1982. “O Princípio de Reciprocidade”. In: As Estruturas Elementares o Parentesco. Petrópolis: Editora Vozes. pp. 92-107. BOURDIEU, Pierre. A Distinção: critica social do julgamento. São Paulo: EDUSP, 2008. 556p LEITURA COMPLEMENTAR ALMEIDA, Kátia Maria Pereira de. Distinção e transcendência: a estética sócio-lógica de Pierre Bourdieu. Mana, v. 3, n. 1, p. 155-168, Rio de Janeiro,abr. 1997. Apresentação de relatório reflexivo sobre o conteúdo trabalhado (24/04) 8º e 9º aula: O método etnográfico OLIVEIRA, Roberto C. 1998. O Trabalho do Etnólogo: olhar, ouvir e escrever In: O Trabalho do Antropólogo. São Paulo: UNESP/Paralelo 15. Da MATTA, Roberto. 1978. O Oficio do Etnólogo ou como ter Anthropological Blues In: Nune E. (org) – A aventura sociológica. Rio de Janeiro: Zahar. VELHO, Gilberto. 1981. Observando o familiar In: Individualismo e Cultura.Rio de Janeiro: Zahar. MALINOWSKI, Bronislaw. “Introdução: o assunto, o método e o objetivo desta investigação”. In: Argonautas do Pacífico Ocidental. São Paulo: Abril Cultural, 1976. Col. Os Pensadores. Exercício etnográfico MAGNANI. “A rua XV, de praça a praça: um exercício antropológico”. Mimeo. 1991. Observação etnográfica de algum espaço urbano “alternativo” (desconhecido dos alunos no cotidiano) feita por grupos de alunos que devem elaborar o que foi pesquisado (com o uso de entrevistas, observação, video, foto, desenho...) e apresentado em sala de aula 10º Aula: Apresentação de trabalhos Apresentação dos resultados da atividade de observação (trabalho em equipe). SEMINÁRIOS Apresentação de textos temáticos pelos alunos (trabalho em equipe) 11º e 12º aula: Antropologia do Corpo GOLDEMBERG, Miriam 2002. “A civilização das formas: o corpo como valor” Nu e vestido: dez antropólogos revelam a cultura do corpo carioca. Rio de Janeiro: Record. FERREIRA, Vanessa A. 2006. “O corpo cúmplice da vida: considerações a partir dos depoimentos de mulheres obesas de uma favela carioca”. Ciência & Saúde Coletiva 11(2): 483-490. SANT'ANNA, D. B. . Da gordinha à obesa. Paradoxos de uma história das mulheres. Labrys (Edição em Português. Online), v. 25, p. 5-19, 2014. SANT'ANNA, D. B. . A cultura na ponta do garfo: estética e hábitos alimentares na cidade de São Paulo 1890/1920. Cadernos Pagu (UNICAMP. Impresso), v. 39, p. 178-200, 2012. SANT'ANNA, D. B. . Transformações das intolerâncias alimentares em São Paulo, 1850-1920. História. Questões e Debates, Curitiba - UFPR, v. 42, p. 81-93, 2005. SANT'ANNA, D. B. . Bom para os olhos, bom para o estômago: o espetáculo contemporâneo da alimentação. ProPosições (Unicamp), UNICAMP - Campinas, v. 14, p. 41-52, 2003. LEITURA COMPLEMENTAR: LAQUEUR, Thomas. A invenção do sexo. São Paulo: Relume Dumará, 2002. MAUSS, Marcel. As técnicas corporais. In: Sociologia e Antropologia. São Paulo: CosacNaify, 2003 FOUCAULT, Michel. Os corpos dóceis. In: _______. Vigiar e Punir 13º aula: Antropologia da Saúde SONTAG, Susan. A doença como metáfora. 3ª ed. Rio de Janeiro: Edições Graal, 2002. SARTI, Cynthia A.. A dor, o indivíduo e a cultura. Saude soc. [online]. 2001, vol.10, n.1 SILVA, Daniela Ferreira Araujo. “A PESSOA NOS TRANSTORNOS ALIMENTARES: ELEMENTOS DE UMA ECONOMIA SIMBÓLICA”. Disponível em: http://portal.anpocs.org/portal/index.php? option=com_docman&task=doc_view&gid=3646&Itemid=318 SILVA, Daniela Ferreira Araújo. Histórias de vida e transtornos alimentares: intersecções multifacetadas Disponível em : http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/9489/5315 BARSAGLINI, Reni Aparecida .As representações Sociais e a Experiências com o Diabetes: um enfoque UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS – SCH DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA – DEAN socioantropológico. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2011. DUARTE, Luiz Fernando Dias. “A Outra Saúde: Mental, Psicossocial, Físico Moral?” in ALVES, Paulo César e MINAYO, Maria Cecília de Souza (orgs.). Saúde e Doença: um olhar antropológico, Rio de Janeiro: Fiocruz, 1998, pp. 83-90. HELMAN, Cecil. “Definições Culturais de Anatomia e Fisiologia”. In: Cultura, Saúde e Doença. Porto Alegre: ArtMed, 2003. (18pgs) [meio digital] Fischler, Claude. “Obeso benigno, obeso maligno”. In: Sant‘ Anna, D.B (org.) Políticas do Corpo LEITURA COMPLEMENTAR: CANGUILHEM, Georges. O normal e o patológico. Tradução de Maria de Threza Redig de C. Barrocas e Luiz Octávio F. B. Leite. 5. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2002, 307 p. 14º e 15º aula: Antropologia da Alimentação PACHECO, Sandra Simone Morais. O hábito alimentar enquanto comportamento culturalmente produzido. http://books.scielo.org/id/9q/13 SIMMEL, George. “Sociologia da Refeição”. In: Estudos Históricos, Rio de Janeiro, nº 33, janeiro-junho de 2004, p.159-166. (8pgs) [meio digital] SÁEZ. Oscar Calavia 2007. Alimento Humano: O Canibalismo e o Conceito de Humanidade. Antropologia em primeira mão. PPGAS-UFSC. LIFSCHITZ, Javier. O alimento-signo nos novos padrões alimentares. In: Revista brasileira de ciências sociais. São Paulo: ANPOCS, n. 27, ano 10, fev. de 1995. ELIAS, Norbert. O Processo Civilizador: uma história dos costumes. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994. RIAL,Carmen Sílvia. Os charmes dos fast-foods e a globalização cultural. Antropologia em Primeira Mão, n.7. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 1995. TOPEL, Marta. As leis dietéticas judaicas: um prato cheio para a antropologia. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 9, N. 19, p. 203-222, julho de 2003 FRY, Peter. “Feijoada e soul food”. In: Para inglês ver. Rio de Janeiro: Zahar, 1982. CORREA, Norton 1996. “A cozinha é a base da religião. O batuque do rio Grande do Sul”. Horizontes antropológicos 4. Porto Alegre: Editora UFRGS. LÉVI-STRAUSS, Claude. O cru e o cozido. Mitológicas vol.1. São Paulo, CosacNaify, 2004 DIAS, Juliana Vergueiro Gomes. O Rigor da Morte: a Construção Simbólica do “Animal de Açougue” na Produção Industrial Brasileira (Tese de Mestrado) - Unicamp, 2009. http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/? code=000438679 MACIEL, Maria Eunice. 1996. Churrasco à gaúcha. Horizontes antropológicos 4. Porto Alegre: Editora UFRGS. MENASCH,Renata 2004. “Risco à mesa: alimentos transgênicos, no meu prato não!” Campos, 5(1):111-129. LIRA, Luciana Campelo de. “’Eles matam porque você come!’: simbolismo e moral alimentar entre vegetarianos e vegans”. RBSE – Revista Brasileira de Sociologia da Emoção, v. 12, n. 36, pp. 769-788, Dezembro de 2013. ISSN 1676-8965. LÉVI-STRAUSS, Claude. A lição de sabedoria das vacas loucas. Novos Estudos – CEBRAP, n° 70, nov. 2004a, p 7984. Bibliografia Básica Relacionada no cronograma. Bibliografia ComplementarRelacionada no cronograma. Outras referências serão indicadas no decorrer do semestre. Elaboração de relatório reflexivo (25%) Formas de AvaliaçãoRealização e apresentação de pesquisa de campo (25%) Organização e apresentação de seminário (25%) 4 Trabalho final escrito (25%) Participação em sala de aula Prova discursiva (final)