gestao sócioambiental do centro comercial popular de palmas

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GESTAO SÓCIOAMBIENTAL DO
CENTRO COMERCIAL POPULAR
DE PALMAS – TO
Clery Anny Milhomem Araújo- Acadêmica de Gestão Ambiental –FACTO-([email protected])
Vanessa Ferreira Talevi- Acadêmica de Gestão Ambiental – FACTO ([email protected])
Katianey Maria Barros Monteiros – Acadêmica de Gestão Ambiental - FACTO ([email protected])
GESTAO SÓCIOAMBIENTAL DO
CENTRO COMERCIAL POPULAR DE
PALMAS - TO
ARAÚJO, Clery Anny Milhomem
TALEVI, Vanessa Ferreira
MONTEIRO, Katianey Maria Barros
Resumo
Mesmo sendo um assunto relativamente moderno, a quantidade de empresas que estão aderindo à
responsabilidade sócio-ambiental é grande. O presente artigo expõe uma analogia em questões
ambientais diretamente ligadas ao Centro Comercial Popular de Palmas-TO, tendo como objetivo
geral avaliar o nível de consciência socioambiental dos comerciantes deste centro comercial,
tentando mostrar para eles, a importância de se utilizar o marketing verde para divulgação desse
centro de vendas. A ação de Gestão Socioambiental apresentada neste trabalho teve por base uma
previa avaliação do gerenciamento ambiental do local, buscando atentar-se aos fatos mais
relevantes, com aplicação de questionário para 30 comerciantes e uma entrevista com a
presidente da associação, fazendo uso também da pesquisa bibliográfica, digital e documental. Os
principais resultados desta análise foi que esses comerciantes têm pouco conhecimento sobre as
questões ambientais e do alto potencial poluidor dos resíduos gerados nos seus estabelecimentos,
e constatou-se também a falta de interesse deles em contribuir com essas ações.
Palavras-chave: educação ambiental; resíduos sólidos e eletrônicos; gestão socioambiental.
Abstract
Despite being a relatively modern issue, the number of companies that are embracing the social
and environmental responsibility is great. This paper presents an analogy in environmental issues
directly related to the People's Mall Palmas-TO, which is aimed at evaluating the level of
awareness promotions of merchants this shopping center, trying to show them the importance of
using green marketing to disclosure of such sales center. Action Environmental Management
presented here was based on a prior assessment of the environmental management of the site,
trying to pay attention to more important facts, using a questionnaire to 30 dealers and an
interview with the president of the association, also making use of research literature, and digital
documents. The main results of this analysis was that these traders have little knowledge about
environmental issues and the high pollution potential of waste generated in their establishments,
and it was also a lack of interest in contributing to these actions
Key-words: environmental education; and electronic waste; environmental and social
management.
1. Introdução
Através de qualquer empreendimento humano, é possível notarmos a geração de
resíduos, independente da natureza da atividade, a comercialização de eletrônicos, proporciona
um acréscimo de resíduos eletrônicos e demais resíduos associados.
A Sociedade contemporânea, mais que qualquer outra sociedade do passado gerou
fabulosa somatória de resíduos. As sobras da civilização moderna formam um rol heterogêneo de
materiais e substâncias. No Brasil foi instituída a Política Nacional de Resíduos Sólidos que
classifica em seu:
art. 11 os resíduos quanto à origem e diz que os resíduos sólidos urbanos: são gerados
por residências, domicílios, estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços e os
oriundos dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, que por
sua natureza ou composição tenham as mesmas características dos gerados nos
domicílios.
No contexto histórico a revolução industrial tem influência e se não fosse isso
provavelmente o mundo em que vivemos seria muito atrasado, inclusive os grandes empregos em
multinacionais não existiriam e os países com certeza passariam muitas dificuldades. Mais o lado
negativo desse progresso foi o crescimento da poluição e dos resíduos industriais que vem nos
causando transtorno até hoje.
Ao mesmo tempo em que parte da população dos países emergentes melhora de vida,
tendo mais acesso a bens de consumo como geladeiras, computadores e telefones celulares,
cresce a preocupação com o destino desses equipamentos. Carregados de componentes tóxicos,
eles são muitas vezes descartados incorretamente e abandonados em lixões, contaminando o solo,
a água e provocando danos à saúde dos seres humanos. De acordo com o Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA 2009).
“A venda dos produtos eletrônicos crescerá muito na China, na Índia e em mais nove
países representativos dos emergentes na África e na América Latina. Segundo o
relatório do PNUMA, se não houver a adequada coleta e a reciclagem desses materiais,
esses países em desenvolvimento terão de conviver com montanhas de lixo eletrônico
tóxico, o que trará graves conseqüências para o meio ambiente e para a saúde pública.
Como reciclar esse lixo eletrônico, quais as leis existentes sobre esses resíduos no
Brasil.”
Diante do exposto, este artigo visa sensibilizar e conscientizar os comerciantes das
problemáticas ambientais encontradas no Centro Comercial Popular de Palmas e tendo em vista a
responsabilidade Socioambiental, mostrar para eles a importância de estarem utilizando o
marketing verde para melhorarem suas vendas proporcionando o reconhecimento da sociedade
por meio de suas ações para a conservação do local.
2. Educação Ambiental
2.1 Histórico da Educação Ambiental
Desde meados da década de 1960 já vinha sendo apresentado à educação ambiental e
a preocupação com os recursos naturais. Na perspectiva da evolução da educação ambiental
como uma ferramenta de gestão ambiental, a Conferência de Estocolmo (1972) foi o ponto
marcante da identificação ambiental, porém ainda não eram determinadas ações e solução para
estes problemas.
Em 1977, em Tbilisi na URSS, a Conferência Intergovernamental Sobre Educação
Ambiental, tendo como objetivos praticas de educação, orientada para encontrar solução dos
problemas ambientais do meio de enfoque interdisciplinares e com a participação da sociedade.
As diretrizes e propostas desta conferência ainda vem sendo usado e um marco teórico mundial
da educação ambiental. De acordo com a Conferência Tbilisi, as principais características da
educação ambiental são:
Processo Dinâmico Integrativo: É um processo permanente aonde os indivíduos ou comunidade
tomam consciência do meio ambiente e adquirem conhecimento, valores, as habilidades, as
experiências e a determinação que os deixa aptos para agir individual ou coletivamente, e
resolver problemas ambientais.
Transformadora: Possibilita a aquisição de conhecimento e habilidades capazes de induzir
mudança de atitudes. Possibilitando a capacidade de adquirir novos valores, conhecimentos,
competências, habilidades e atitudes e atuará na implementação de uma nova ordem
ambientalmente sustentável.
A educação ambiental surge como mais um instrumento de suma importância para
mudança, porque corresponde a um processo educativo permanente, dinâmico, criativo,
interativo, com enfoque interdisciplinar, que permite ao ser humano adquirir e conhecer a relação
do meio ambiente e os seres vivos entre si e identificar os problemas ambientais locais e globais e
valorizar os aspectos sociais, históricos, éticos e culturais do ambiente onde esta inserida. No
Brasil, em 1999, foi criada lei 9.795, que define a Política Nacional de Educação Ambiental
como um dos processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores
sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do
meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua
sustentabilidade.
Trabalhar a educação ambiental urbana é uma alternativa nos grandes centros urbanos
como uma ferramenta de gestão socioambiental para minimizar os impactos ao meio ambiente,
somente 2% da superfície do nosso planeta está ocupadas pelas chamadas grandes cidades, as
quais consomem 75% dos recursos naturais explorados pelo homem (Dias, 2002).
Nota-se que a quantidade de cidades ocupa uma porcentagem pequena no nosso
planeta mais o impacto gerado por estes grandes centros consomem muitos recursos naturais.
3. Desenvolvimento Sustentável
O mundo atualmente vem melhorando os seus índices, de uma forma geral, maior
expectativa de vida, menor taxa de mortalidade infantil, mais alfabetização e mais espaço
conquistado pela mulher.
A partir deste progresso, a sociedade humana que tinha modos de padrões de
consumo insustentáveis, impostos por modelos de desenvolvimento inadequado, completados por
um mórbido e renitente crescimento populacional, tornou-se mais injusta, desigual e insensível,
além de provocar a degradação dos recursos naturais, considerando serem infinitos e a procura
por obter por lucro por qualquer preço.
De fato o termo sustentabilidade significa coisas completamente diferentes para
diferentes pessoas, mas “é muito difícil ser a favor de práticas „insustentáveis‟ assim o
termo cola como um reforço positivo de políticas e política conferindo-lhes a aura de
serem ambientalmente sensíveis” (HARVEY, 1996:148).
Notada e sentida pela sociedade mundial as conseqüências derivadas da utilização de
praticas incorretas dos recursos naturais, sentiu-se a necessidade de encontrar formas de melhorar
o modelo de controle da utilização dos mesmos, de uma maneira que proporcione o
desenvolvimento econômico e enquadrando a preservação dos bens naturais. A partir disto surgiu
o desenvolvimento sustentável estabelecido em 1972 pela ONU, na Conferência de Estocolmo,
Suécia, com o principal propósito de desenvolvimento socioeconômico juntamente com a
conservação dos recursos naturais.
3.1 Conceito de Desenvolvimento Sustentável
O conceito de Desenvolvimento Sustentável (DS) passa a fazer parte do vocabulário
popular através de publicações da United Nations World Commissiojn on Environment ande
Development ( WCED) em 1987, com seu relatório Our Common Future, onde define o
desenvolvimento sustentável como o que atenda as necessidades do presente sem comprometer a
capacidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidade.Para tanto, com base nas
afirmações de Sachs (1980 APUD Sachs, 1986, p. 110):
“(...) ecodesenvolvimento, definido como um desenvolvimento socialmente desejável,
economicamente viável e ecologicamente prudente” o que faz um desenvolvimento
sustentável (DS).
3.2 Economia do Desenvolvimento Sustentável
Em concordância com os mesmos princípios, a economia do desenvolvimento
sustentável (DS) segundo Montibeller (2001) seria a busca do desenvolvimento econômico, e ao
mesmo tempo, a eficiência social e ecológica; onde estes tripés se desenvolvam juntos. Para que
haja DS deve ocorrer, portanto, crescimento do PIB, juntamente com a melhoria da distribuição
de renda e a melhoria do ambiente. Outras formulações sobre DS são oferecidas por RIDDEL (
1981 APUD Schenini, 1999, p. 34) que considera os seguintes princípios:
 Estabelecer uma ideologia confiável;
 Políticas apropriadas e integridade administrativa;
 Conseguir igualdade internacional;
 Aliviar a pobreza e a fome;
 Eliminar doenças e miséria;
 Reduzir armas;
 Mover-se próximo da auto suficiência;




Arrumar a miséria urbana;
Equilibrar as reservas naturais com volume populacional;
Conservar reservas naturais; e
Proteger o meio ambiente;
Segundo o autor, a idéia de um desenvolvimento sustentável parte do principio de
preservação do patrimônio natural para as gerações futuras, constituindo um sistema de idéias
que tenha credibilidade da sociedade, além de atender as exigências da legislação ambiental.
3.3 Questão Ambiental Contemporânea
Nas últimas décadas, a questão ambiental evoluiu para se tornar uma importante
preocupação social, com repercussão empresarial e econômica, proporcionando alterações na
administração e gerenciamento do estado e das empresas, pois vem sendo pressionado a mostrar
produtos e serviços que seu ciclo de produção foi compatível com a preservação do meio
ambiente natural. Lipietz (1995:10) chama a atenção para o fato que “tudo que existe na Terra é
atualmente influenciado pela atividade humana.
Assim algumas empresas tentam se enquadrar na sua responsabilidade em relação ao
meio ambiente, e tomando medidas estratégicas para a administração de resíduos e poluição.
Partindo do ponto da necessidade de se ter esta medida ainda que não aceita por todas as
empresas de grande ou médio porte é muito importante para o setor produtivo nacional. O quadro
1 permite confirmar as mudanças, confrontando os chamados “ Velhos Paradigmas” com o
considerado “ Ambientalmente Correto”.
OS VELHOS PARADIGMAS X O X
AMBIENTALMENTE
CORRETO
A responsabilidade ambiental corrói X
a competitividade; X
O AMBIENTALMENTE CORRETO
Gestão ambiental é coisa apenas
para grandes empresas, X
O movimento ambiental age
completamente fora da realidade;
X
A função ambiental na empresa é
exclusiva do setor de produção.
X
A pequena empresa é até mais flexível
para introduzir programas ambientais;
As ONG‟s consolidam-se tecnicamente e
participam da maioria das comissões de
certificação ambiental;
A função ambiental está em diversos
setores do planejamento estratégico da
empresa.
X
A ecoestratégia empresarial gera novas
oportunidades de negócios;
Fonte: Gazeta Mercantil. Gestão Ambiental: compromisso da empresa. V.1, mar. 1996
apud Kinlaw, 1997.
Pode-se constatar que houveram grandes mudanças nas empresas em relação as
questões ambientais .Sendo que antes não havia responsabilidade ambiental por parte das
empresas, esta questão era apenas considerado uma função do setor produtivo, e agora as
empresas buscam adquirir novas oportunidade de negócios por meio ambientalmente correto.
A década de 90 foi considerada um momento de transformação em relação ao meio
ambiente nas visões do setor industrial. Diante da necessidade de adaptação das exigências legais
atuais, através do Sistema de Gestão Ambiental, deixando de serem apenas as idéias estratégias
preventivas mas também vantagens competitivas e um diferencial de mercado e um fator que
garante a segurança da sobrevivência das empresas.
O quadro 2 nos permite perceber a mudança na década de 90, na forma de passar a
real situação que se encontrava, ilustrando os principais pontos sobre a visão dominante e a
“visão da ecologia profunda”
Visão Dominante
Visão da Ecologia Profunda
-Domínio sobre a natureza;
- Harmonia com a natureza é essencial;
-Meio ambiente natural é visto,
principalmente, como fonte de recursos
para pessoas e indústrias;
Crescimento na produção industrial e de
energia e recursos naturais para satisfazer
o crescimento populacional;
- Crença de que os recursos são infinitos;
- Toda a natureza tem um valor essencial,
não somente como “recursos”;
-Progresso tecnológico continuará a
produzir soluções para todos os
problemas;
- Consumismo: o consumidor é o rei;
- Estruturas de poder centralizadoras;
- Todas as espécies foram criadas iguais;
- Os recursos da terra são limitados,
impondo limites reais ao crescimento;
- Tecnologia deve ser apropriada, tanto
em termos humanos quanto ambientais. A
ciência não tem todas as respostas;
- Ao invés do consumismo, objetivo deve
ser simplificar nossas necessidades –
como nos coloca o “Lifestyle Movement:
viva simplesmente para que os outros
possam viver”;
- Estruturas de poder deverão ser
descentralizadas, baseadas em “bioregiões
naturais” e afinada com os direitos e
requisitos das minorias.
Fonte: Sustainabilit apud Meyer (2000).
4. Gestão Socioambiental
Atualmente a interferência humana na natureza é justificada como necessidade
econômica, mas repercute nos ciclos biogeofisicos, causando o inicio de diversos danos ao meio
ambiente. Desta maneira, estas ações acabam afetando os bens, serviços, funções dos recursos
renováveis (bióticos) e não- renováveis dos ecossistemas.
Segundo Furtado(2003), no modelo atual o mercado espera por três focos para adotar
decisão, principalmente em relação a fins lucrativos.
1. Foco no cliente: que é considerado o mais importante, pois se relaciona a obtenção de
lucro, expresso presente liquido (VPL), para beneficiar o empreendimento. Mostrar o
modelo convencional de empresa, ou seja, apenas o resultado final, sendo que agem na
conformidade e mostram comportamento ativo. Utilizando-se de inovação tecnológica
para diminuir os impactos da sua atividade, assim poderá atender as exigências da
sociedade a preservação e conservação dos recursos naturais.
2. Partes interessadas: é o ponto marcante da ampliação do foco das expectativas, fazendo
com que tenha necessidade de investir e incorporar na questão social e ambiental podendo
atribuir condição de enfrentar a concorrência, para que aumente o lucro. O inicio desta
atitude, caracterizou a implementação do sistema de gestão ambiental mostrando
indicadores de avaliação de boas perspectivas econômicas e ambientais. As organizações
mais desenvolvidas possuem o modelo de planejamento estratégico integrado com os
elementos socioambientais que abrangem o sistema de produção.
3. Foco no desenvolvimento sustentável: leva em consideração o papel da organização no
âmbito econômico, social e ambiental, tanto individualmente como coletivamente.
Modelo atual do século 21, composto por gestão socioambiental estratégica integrada,
focando o produto final com resultados positivos e negativos econômicos, ambientais e
sociais, passando para os interessados claramente todos os processos da geração deste
produto e o resíduo da sua atividade.
De acordo com furtado (2003), todas as organizações que estão por dentro destas
mudanças, deverão acompanhar o sistema de produção e consumo de bens e serviços da
sociedade humana, então as empresas passaram a ter uma visão ecológica mostrando a forma
certa de consumo e descarte corretos de seus produtos. Tem-se a certeza que todas as atividades
formadas ou executadas de qualquer forma, colocam todo o ecossistema em risco permanente.
Sendo assim, baseado nesta preocupação com o meio ambiente as empresas adotam medidas
mitigadoras para preservação dos recursos naturais.
4.1 Gestão Socioambiental nas Empresas
A gestão social e ambiental das empresas tem se tornado um dos temas de gestão
empresariais mais debatidos e propagados, constituindo uma variável importante na estratégia
competitiva das empresas e na avaliação do seu desempenho, diante disto queremos despertar nos
comerciantes do centro comercial popular de Palmas o interesse pela questão ambiental,
mostrando que isso pode atrair benefícios para seus negócios, como o reconhecimento da
sociedade.
Segundo Junior e Demajorovic (2006), o conceito de responsabilidade social
empresarial está relacionado a diferentes idéias. Para alguns ele está associado à idéia de
responsabilidade legal; para outros pode significar um comportamento socialmente responsável
no sentido ético; e para outros ainda, pode transmitir a idéia de contribuição social voluntária e
associação a uma causa específica.
Percebem-se diferentes opiniões em relação à responsabilidade social empresarial,
para alguns ela e vista como uma obrigação, já para outros é vista como uma responsabilidade
ética, outros pelo simples prazer de esta contribuindo com o social.
A gestão ambiental pode ser entendida como aplicação de princípios de
planejamentos e controle na identificação, na avaliação, controle, monitoramento e redução dos
impactos ambientais a níveis predefinidos (Junior , demajorovic,p 2006)
Compreende-se que a gestão ambiental é uma ferramenta complexa e fundamental
para os empreendimentos da atualidade.
5. Sistema de Gestão Ambiental
A gestão ambiental pode ser compreendida como gestão dos riscos que uma atividade
exerce sobre o ambiente, baseando se na redução, ao mínimo possível dos impactos negativos. E
por parte da administração planejada da junção do processo produtivo e o ambiente, focado na
gestão dos aspectos e impacto ambientais.
Este sistema denominado Sistema de Gestão Ambiental (SGA), permite ao
empreendedor verificarem se as atividades desenvolvidas têm posturas ambientalmente correta na
gestão de seus processos, refletindo diretamente na produtividade, e melhorando os resultados
econômico-financeiros.
A ISO 14.001 não e apenas uma definição formal da gestão ambiental e o conceito
de sistema de gestão ambiental como ferramenta de gestão, mas uma gestão para o
desenvolvimento de Política ambiental e gerenciar seus aspectos ambientais.
Os Sistemas de Gestão Ambiental tem por objetivo o aprendizado e aprimorar as
boas práticas ambientais. O padrão Isso 14.001 parte dos seguintes elementos para a estruturação
de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA):
a) Finalidade: conciliar a necessidade da sociedade e o desenvolvimento econômico, com a
proteção ambiental e prevenção da poluição. Ou seja, o triple da sustentabilidade.
b) Princípios: melhoria continua do desempenho ambiental e ajunte ao desenvolvimento
sustentável.
c) Fundamentos: e cumprimento e gestão dos aspectos ambientais e regulamentos em matéria
ambiental.
d) Metodologia: método do PDCA (planejamento, execução, verificação e ação corretiva),
reconhecido que o SGA e dinâmico e visa o aperfeiçoamento planejado do desempenho
ambiental.
Segundo Donaire, (1999) a implantação sistematizada de processos de Gestão
Ambiental tem sido uma das respostas das empresas a este conjunto de pressões. Assim, a gestão
ambiental no âmbito das empresas tem significado a implementação de programas voltados para
o desenvolvimento de tecnologias, a revisão de processos produtivos, o estudo de ciclo de vida
dos produtos e a produção de “produtos verdes”, entre outros, que buscam cumprir imposições
legais, aproveitar oportunidades de negócios e investir na imagem institucional.
5.1 Marketing Verde
O termo Marketing Verde surgiu nos anos 70 quando a AMA (American Marketing
Association) promoveu um Workshop para discutir o impacto do marketing sobre o meio
ambiente. Administradores e profissionais de comunicação entendem que não é mais possível
planejar o Marketing sem ampliar as ações à Responsabilidade Social e Ambiental, pois a
atividade de marketing busca integrar o produto, a marca e a empresa ao mercado consumidor (ao
planeta) - processo que gera impactos econômicos, financeiros, ambientais e sociais.
Segundo Michael Jay polonsky o Marketing Verde ou ambiental consiste em todas as
atividades desenvolvidas para gerar e facilitar quaisquer trocas com a intenção de satisfazer os
desejos e necessidades dos consumidores , deste que a satisfação de tais desejos e necessidades
ocorra com um mínimo impacto negativo para o meio ambiente.
O marketing ecológico consiste, portanto, na prática de todas aquelas atividades
inerentes ao marketing, porém, incorporando a preocupação ambiental e contribuindo para a
conscientização ambiental por parte do mercado consumidor.
A implantação do programa de marketing verde poderá proporcionar para os
comerciantes do Centro Comercial, a aquisição de benefícios econômicos por meio do aumento
de suas vendas. Mostrando para a sociedade o compromisso e a responsabilidade para com o
meio ambiente por meio de praticas conservacionista para a boa aparência do local, além de
contribuir para a competitividade.
6. Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
No dia 02 de agosto de 2010 foi Instituída no Brasil a Política Nacional de Resíduos
Sólidos dispondo sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes
relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às
responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis.
Segundo a norma brasileira NBR 10004, de 1987 – Resíduos sólidos são:
Aqueles resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades a
comunidade de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços
e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de
tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de
poluição, bem como determinados líquidos cujas Particularidades tornem inviável o seu
lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções
técnicas e economicamente inviáveis em face a melhor tecnologia disponível.
Essa definição torna evidente a diversidade e complexidade dos resíduos sólidos. Os
resíduos sólidos de origem urbana (RSU) compreendem aqueles produzidos pelas inúmeras
atividades desenvolvidas em áreas com aglomerações humanas do município,abrangendo
resíduos de várias origens, como residencial, comercial, de estabelecimentos de saúde,
industriais, da limpeza pública (varrição, capina, poda e outros), da construção civil e, finalmente,
os agrícolas.
No caso dos resíduos comerciais, estes podem ser aceitos para coleta e disposição no
aterro desde que autorizado pelas instituições responsáveis.
6.1 Da Normalização Técnica da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
São citadas somente algumas mais específicas ao tema tratado:







NBR 7039, de 1987 – Pilhas e acumuladores elétricos – Terminologia.
NBR 9190, de 1993 – Sacos plásticos – Classificação.
NBR 9191, de 1993 – Sacos plásticos – Especificação.
NBR 10004, de 1987 – Resíduos sólidos – Classificação.
NBR 10005 – Lixiviação de resíduos.
NBR 13055, de 1993 – Sacos plásticos para acondicionamento de lixo –Determinação da
capacidade volumétrica.
NBR 13463, de 1995 – Coleta de resíduos sólidos – Classificação
Há vários tipos de classificação dos resíduos sólidos que se baseiam em determinadas
características ou propriedades identificadas. De acordo com sua periculosidade os resíduos
sólidos podem ser enquadrados como:
Classe I – resíduos perigosos
São aqueles que apresentam periculosidade, conforme definido anteriormente, ou
uma das características seguintes: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou
patogenicidade.
Classe II – não – inertes
São aqueles que não se enquadram na classe I ou III. Os resíduos classe II pode ter as
seguintes propriedades: combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água.
Classe III – Inertes
São aqueles que, por suas características intrínsecas, não oferecem riscos à saúde e ao
meio ambiente. Além disso, quando mostrados de forma representativa, segundo a norma NBR
10007, e submetidos a um contato estático ou dinâmico com água destilada ou deionizada, a
temperatura ambiente, conforme teste de solubilização segundo a norma NBR 10006, não têm
nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de
portabilidade da água, conforme listagem nº 8, constante do Anexo H da NBR 10004,
excetuando-se os padrões de aspecto, cor, turbidez e sabor.
Segundo o Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA
Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias
comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para o seu gerenciamento
ambientalmente adequado, e dá outras providências. (Resolução CONAMA no 257/99)
Art. 5o Para as pilhas e baterias não contempladas
nesta Resolução, deverão ser implementados, de forma
compartilhada, programas de coleta seletiva pelos
respectivos fabricantes, importadores, distribuidores,
comerciantes e pelo poder público.
6.2 Princípios de Gestão e Gerenciamento de Resíduos Sólidos
As diretrizes das estratégias de gestão e gerenciamento de resíduos sólidos urbanos
buscam atender aos objetivos do conceito de prevenção da poluição, evitando-se ou reduzindo a
geração de resíduos e poluentes prejudiciais ao meio ambiente e à saúde pública. Desse modo
busca-se priorizar, em ordem decrescente de aplicação a redução na fonte, o reaproveitamento, o
tratamento e a disposição final.
Para os resíduos sólidos urbanos gerados em pequenos municípios destacam-se as
seguintes formas de reaproveitamento e tratamento de resíduos:
 Reciclagem – processo de transformação dos resíduos com o objetivo de inseri-los
novamente como matéria-prima na cadeia produtiva.
 Reutilização – uso direto dos resíduos como produto, necessitando, por exemplo, no caso
de embalagens, de procedimentos de limpeza, como lavagem e/ou esterilização.
 Recuperação – extração de certas substâncias do resíduo. No caso de reforma ou conserto
de resíduos volumosos, como móveis ou eletrodomésticos descartados, pode-se
entender este procedimento como forma de recuperação.
Tratamento da fração orgânica por processos biológicos – Compostagem: processo de conversão
aeróbia da matéria orgânica tendo por produto final um condicionador do solo, denominado
composto; ou (2) digestão anaeróbia: estabilização da matéria orgânica e produção de biogás
constituído, principalmente, por gás metano e dióxido de carbono.
6.3 Resíduos de Aparelhos Elétricos e Eletrônicos (RAEE)
Segundo Rodrigues 2003, entre os resíduos sólidos urbanos produzidos há um tipo
específico, que merece nossa atenção, os resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos ao fim
de seu ciclo de vida, também denominados resíduos tecnológicos.
Que são televisores, rádios, telefones celulares, eletrodomésticos portáteis, todos os
equipamentos de microinformática, vídeos, filmadoras, ferramentas elétricas, DVD‟s, brinquedos
eletrônicos e milhares de outros produtos concebidos para facilitar a vida moderna e que
atualmente são praticamente descartáveis uma vez que ficam tecnologicamente ultrapassados em
prazos de tempo cada vez mais curtos ou então devido à inviabilidade econômica de conserto, em
comparação com aparelhos novos.
O RAEE contêm na sua maioria substancias perigosas, e o não aproveitamento desses
resíduos torna-se um desperdícios de recursos naturais não renováveis, devido a sua disposição
em solo e em aterros assim como pilhas e baterias e as lâmpadas fluorescentes, são
respectivamente prejudicial ao meio ambiente e a saúde. O processo de reciclagem desses
produtos é complexo e requer a utilização de tecnologias avançadas, devido a diversidade de
materiais de sua composição e à periculosidade das substâncias tóxicas.
Esses resíduos são reciclados ou despejados em grandes depósitos de lixo nos países em
desenvolvimento, trazendo risco à saúde das populações que vivem nas proximidades,
segundo a pesquisa.” (Tim Hirsch, BBCBRASIL.com, 08/03/2004)
6.3.1 Identificação de Pilhas e Baterias
Os tipos de pilhas e baterias utilizadas no Brasil são as primarias do tipo de zincocarvão, alcalina, lítio, óxido de mercúrio, óxido de prata, e zinco-ar e as secundárias com níquelcádmio e chumbo – acido, é diferenciado apenas pela sua forma, dependendo de onde será
empregado, além da variação do preço, fazendo que haja um maior consumo desta pilhas devido
ao baixo valor.
A pilha é um dispositivo que converte energia química em energia elétrica e as
baterias são um conjunto de pilhas agrupadas em series ou em paralelo, dependendo do maior
potencial ou corrente. (BOCCHI, FERRACIN, BIOGGIO, 2000).
Segundo o Guia de Coleta seletiva de pilhas e baterias, de celulares constituídos pelos
representantes de Organizações Publicas e Privadas, podem ser classificadas em três deferentes
tipos de baterias: as nível-cádmio (Ni-Cd), nível-metal hidreto (NiMH) e a de íons de lítios (Li).
A mais utilizada é a baterias nível-cádmio por ter um preço mais acessível, porem são as mais
pesadas, consideradas mais poluidoras, ou seja, causa maior impacto ambiental, além de ter
tempo de vida extremamente curto.
6.3.2 Principais Contaminantes
Os metais são importantes nos metabolismos do corpo humano, levando em
consideração a quantidade. Por outro lados alguns são considerados tóxicos. Os metais que
atingem excessivamente o ambiente são considerados metas pesados. Geralmente são metais
tóxicos que possuem maior massa atômica- massa de um atômico (u), que se refere à massa de
1/12 do atômico de carbono-12, como o mercúrio (200/59u), cádmio (112/41u), e o chumbo
(207/2 u), apesar de sua toxidade a massa atômica não tem a ver com isto.
Os contaminastes mais pesados são:
MERCÚRIO
O mercúrio é um metal líquido inodoro e de coloração prateada. Este metal é
encontrado na produção de cloro e soda caustica, e, equipamentos elétricos e eletrônicos
(Televisão), aparelho de controle (Termômetro).Os óxidos de mercúrio são usados com eletrodo
(misturada com grafita) em pilhas e baterias.
CHUMBO
O chumbo é um metal dúctil, maleável, de cor prateada ou cinza-azulada e bastante
residente a corrosão.
Percebe-se que no Centro Comercial Popular de Palmas os comerciantes descartam a
pilha no lixo comum, onde e levados para o aterro sanitário liberando para o meio ambiente todos
esses contaminastes.
7. Metodologia
A pesquisa foi realizada no dia 3 de Junho de 2011, com o objetivo de avaliar o nível
de consciência socioambiental dos comerciantes do centro comercial popular de palmas foi
composto por alunas da Faculdade Católica do Tocantins. Utilizou a aplicação de questionário
para os comerciantes para avaliar o nível de consciência em relação aos resíduos gerados em seus
estabelecimentos, logo depois, foi aplicado um questionário para a presidente da associação.
Os materiais utilizados foram os papéis para elaboração dos questionários, canetas e a
utilização da maquina fotográficas.
7.1 Descrição do Problema
Ao ser realizado um estudo no Centro Comercial Popular de Palmas pode se constatar
as seguintes problemáticas:

Descarte incorreto de produtos eletrônicos entre outros;

Falta de um acondicionamento adequado dos resíduos sólidos;

Destruição do patrimônio público;

Falta de arborização;

Quantidade insuficiente de lixeiras e tamanhos inadequados para o local;
 Pessoas não conscientes das problemáticas ambientais;
8. Resultados e Discussão:
8.1 Análises dos resultados
produto que mais vende no seu estabelecimento
25%
celular
38%
pilhas
baterias
equip. de som
13%
10%
outros
14%
Gráfico 1:Quais são os produtos que mais vende no seu estabelecimento?
Fonte: pesquisa (2011)
Desenvolvimento sustentável
43%
sim
não
57%
Gráfico 2 : você sabe o que é desenvolvimento sustentável ?
Fonte: pesquisa (2011)
Observamos que no gráfico 1 demonstras que 52% do produtos vendidos no centro de
comercio popular de Palmas são produtos que em sua composição contém metais perigoso para o
meio ambiente e saúde. Segundo SCHARF, (2000), a recuperação de metais decorrentes de
alguns tipos de pilhas e bateias está emergindo agora como uma atividade comercial. No gráfico
2 fica claro que 57% dos comerciante não sabem o que desenvolvimento sustentável
A expressão desenvolvimento sustentável designa uma forma de desenvolvimento
capaz de responder às necessidades do presente sem prejuízo das gerações vindouras.
Nesse sentido, o desenvolvimento sustentável tem como objetivo a melhoria das
condições de vida dos indivíduos mas preservando, simultaneamente, o meio
envolvente a curto, médio e sobretudo longo prazo..(Nunes,2008)
Marketing verde
20%
sim
não
80%
Gráfico 3: Você sabe o que marketing verde ?
Fonte: pesquisa (2011)
Melhorar sua vendas
sim
100%
0%
não
Gráfico 4 : você gostaria de melhorar sua vendas?
Fonte: pesquisa (2011)
Nota-se que no gráfico 4 todos os comerciantes querem melhorar as porcentagem de
vendas,mais não sabem como.Umas das ferramentas para melhorar percentual de venda seria utilizar o
marketing verde que proporcionaria campanhas e ações que terão como objetivo final a redução
dos impactos degradação ao meio ambiente.No gráfico 3 fica claro que 80% dos comerciante
não sabem o significa o marketing verde ,para implantar o marketing deve informar a seus
consumidores acerca das vantagens de se adquirir produtos e serviços ambientalmente
responsáveis, de forma a estimular e despertar o desejo do mercado por esta categoria de
produtos.
sacolas
sacolas
ecológicas
0%
1
2
sacolas de
plástico 100%
Gráfico 5: Qual o material você utiliza para empacotar os produtos?
Sacolas plásticas ou sacolas ecológicas
Fonte : pesquisa( 2011)
Desenvolvimento sustentável X Desenvolvimento
econômico
23%
sim
não
77%
Gráfico 6: Você acha que é possível trabalhar o desenvolvimento econômico com preservação do meio
ambiente ?
Fonte: pesquisa (2011)
De acordo com o gráfico 5 os comerciante ainda utilizam-se da sacolas plásticas devido a este
produto ser bastante popular entre a população para adicionar os resíduos domésticos e através das sua
decoração com símbolos é uma forma barata de propaganda do comerciante.Segundo a Secretaria
Estadual do Meio Ambiente (SMA) Esse produto aumenta em até 20% o volume do lixo, embora
sua massa corresponda a apenas 4% dos resíduos. Outros inconvenientes são o fato de a sacola
ser impermeável e demorar até 300 anos para se decompor – e emitir gases ao longo desse
processo causando danos ao meio ambiente .
Referente ao gráfico 6 nota-se que e os comerciantes acreditam que é possível
trabalhar o desenvolvimento econômico junto com a preservação do meio ambiente, adotando
simples ações com a utilização dos (3rs) reduzir ,reciclar e reutilizar.
Palestras
33%
sim
não
67%
Gráfico 7: Já participou de alguma palestra sobre o meio ambiente e sustentabilidade
econômica?
Fonte : pesquisa (2011)
Existem associação que costuma recolher estes
resíduos?
7%
sim
não
93%
Gráfico 8 : Tem algum centro ou associação que costuma recolher estes resíduos?(pilhas e baterias).
Fonte : pesquisa( 2011)
Ao observamos o gráfico 7 notamos que a grande parte dos comerciante não
participam de palestras,devido ao fato de acharem irrelevante para o comercio palestras que
envolva o tema ambiental.
De acordo com a pesquisa 93% dos comerciantes não sabem se existe uma
associação que recolha os resíduos eletrônicos, apenas 7% já ouviram falar que algumas
empresas de revenda de celular recolhem esses resíduos eletrônicos. No entanto a maior parte dos
comerciantes faz o descarte no lixo comum.
Entrevista com a presidente da associação
Segundo a presidente da associação a senhora Rita Maria O. Maracaipe, já se pensou
em elaborar uma política ambiental para o Centro Comercial, porém sente certa resistência por
parte dos comerciantes que não se interessam em contribuir com essas questões, percebe-se que
eles não tem sensibilidade para trabalharem essas ações ambientais, relatou que não existe no
momento um plano de gerenciamento dos resíduos, porém já propôs a redução dos resíduos. Mas
deixa claro que não sabe exatamente a quantidade de lixo gerado no local. Além de afirmar que
os coletores são inadequados as suas necessidades.
É a prefeitura que recolhe os resíduos gerados e os leva para o aterro sanitário, sendo
que não tem nenhuma associação ou centro que recolham esses resíduos para fins de reciclagem
ou reaproveitamento.
Expôs que já pensou em fazer propaganda utilizando várias formas de conservar o
meio ambiente como, por exemplo: colocar vasos de plantas com propagandas de algumas
floriculturas e assim adquirir recursos para a associação.
9 .Solução Proposta
Medidas a serem tomadas para a Gestão Socioambiental do Centro Comercial
Popular de Palmas:

Trabalhar educação ambiental por meio de palestras e reuniões anuais.

Tentar sensibilizar os comerciantes para que façam a sua parte procurando colocar o lixo
no local adequado e ter responsabilidade com as questões ambientais.

Propor para a associação comercial um projeto de reciclagem do lixo

Tentar mostrar para os comerciantes a importância de se utilizar o marketing verde para
divulgação do centro comercial

Propor sistema de gerenciamento integrado de resíduos sólidos para a associação
10. Considerações Finais
O presente estudo ao abordar um tema de extrema relevância como a gestão
sócioambiental trouxe a tona a problemática dos resíduos eletrônicos descartados de forma
incorreta no Centro Comercial Popular de Palmas, sendo que após pesquisa de campo, onde
obtivemos informações reais do descompromisso dos comerciantes em relação a conservação
ambiental do local, foi possível averiguar que estes necessitam de sensibilidade para com as
questões ambientais, sabendo da importância que a sociedade começa a demonstrar com relação a
isso, para eles se utilizem disto para melhorar suas vendas por meio do marketing verde.
11. Referências
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