CURSO DE PASSES

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Grupo Espírita Francisco de Assis GRUPO ESPÍRITA FRANCISCO DE ASSIS
(GEFA)
Rua Rio Aiuruoca, 63 – Novo Riacho - Contagem - MG
- EQUIPE DE CURSOS CURSO
DE
PASSES
1 Grupo Espírita Francisco de Assis Nome: ______________________________________________________________________
__ Data:​
_______/_________________/_______ ÍNDICE PÁGINA 03 04 05 05 06 07 09 09 09 11 12 12 13 14 14 15 17 18 20 20 21 22 23 24 24 24 25 26 27 27 28 28 29 30 30 31 32 ASSUNTO Introdução O Que é o Passe O Que é o Magnetismo A Relação Entre o Espiritismo e o Magnetismo Objetivos do Passe O Por quê do Passe Considerações Sobre Fluídos A Natureza dos Fluídos A Origem dos Fluídos Perispírito ou Psicossoma A Formação do Perispírito As Propriedades do Perispírito O Cordão Fluídico O Duplo Etérico A Aura Centros Vitais, Centros de Força ou Chakras Funções dos Centros Vitais Cuidados Importantes na Manutenção dos Centros Vitais Centros Vitais Secundários Kundalini Requisitos Indispensáveis ao Bom Passista 10 Dicas Para Um Bom Passista Tipos de Passes Técnicas Para Aplicação de Passe Imposições Longitudinais Transversais Circulares Perpendiculares Sopro Frio Sopro Quente Conjugação (Uso Múltiplo) de Técnicas Passes Individuais Passes Coletivos O Passe na Casa Espírita Outros Usos do Passe Água Fluidificada 2 Grupo Espírita Francisco de Assis 33 33 34 35 35 35 37 Tato Magnético (Diagnose) Cola Psíquica Psi­Sensibilidade Usinagem Fluídica Congestão Fluídica Fadiga Fluídica Últimas Palavras INTRODUÇÃO Caríssimos(as) Irmãos(ãs), Vêm de longínquas e recuadas épocas o uso e a aplicação das chamadas “energias curativas” que, de uma forma ou de outra, todos trazemos em nós mesmos. Mais apropriadamente conhecidas como “magnetismo espiritual” – posto que todos somos espíritos – essas “energias” ou esses “fluidos” estão à disposição da humanidade para a autocura​
tanto quanto para o ​
alívio​
. É imprescindível, para os trabalhos os quais nos propomos a realizar na Casa Espírita, que saibamos como utilizar e manipular os fluidos em benefício do próximo. O amor incondicional e a boa vontade de coração são requisitos fundamentais para a execução desta sublime tarefa, que necessita porém, de um complemento não menos importante: o conhecimento que, sem muito estudo e dedicação, jamais alcançaremos. Devemos sempre buscar a sabedoria, definida por um sábio da antiguidade: “Sabedoria é o amor que conhece e o conhecimento que ama”. Tal assertiva nos lembra de outra, trazida pelo Espírito da Verdade à Allan Kardec: “Espíritas, amai­vos eis o primeiro mandamento. Instruir­vos eis o segundo.” Portanto, deixemos de lado o comodismo e a inércia e lancemo­nos de corpo e alma no estudo do passe, onde conseqüentemente, tomaremos contato com assuntos referentes aos fluidos, mediunidade, obsessão, centros de força, perispírito, etc. Lembremos que, se Jesus foi um dos primeiros a curar através do seu magnetismo espiritual, esta prática não ficou restringida somente ao Divino Mestre. Seus discípulos seguem seus passos através dos séculos e como nos consideramos também seguidores do Nazareno, façamos como Pedro na passagem abaixo: “E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho, isto te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta­te e anda.” ​
(Atos dos Apóstolos, 3:16) À porta do templo, chamada Formosa, o apóstolo Pedro e o deficiente físico. Entre ambos um momento de expectativa: da alma cansada e sofrida – que espera; da alma plena de fé e estuante de amor – que doa. Não há indagações nem hesitações. Apenas a 3 Grupo Espírita Francisco de Assis sublime doação. Eis aí o significado profundamente belo e sublimado do passe: ​
a doação de alma para alma​
. O QUE É O PASSE “É muito comum a faculdade de curar pela influência fluídica e pode desenvolver­se por meio do exercício, mas a de curar instantaneamente, pela imposição das mãos, essa é mais rara e o seu grau máximo se deve considerar excepcional.” (Allan Kardec, “A Gênese”, cap. 14, item 34) “A mediunidade curadora (…) é, por si só, toda uma ciência, porque se liga ao magnetismo e não só abarca as doenças propriamente ditas, mas todas as variedades (...) de obsessões. (...) Aí nada queremos introduzir de pessoal e de hipotético, procedemos por via de experiência e de observação.” (Allan Kardec, “Revista Espírita, setembro/1865) “​
O magnetismo vem a ser a medicina dos humildes e dos crentes, (...) de quantos sabem verdadeiramente amar.”​
(Léon Denis, “No Invisível”, 2ª parte, cap. XV, pág. 182) “O passe, como gênero de auxílio, invariavelmente aplicável sem qualquer contra­indicação, é sempre valioso no tratamento devido aos enfermos de toda classe (...).”​
(André Luiz, “Mecanismos da Mediunidade, cap. 12, pág. 148) “O passe é uma transfusão de energias psíquicas.” (Emmanuel, “O Consolador”, cap. 5, questão 98, pág. 67) “O passe é, antes de tudo, uma transfusão de amor.” (Divaldo P. Franco, “Diálogo com Dirigentes e Trabalhadores Espíritas, pág. 61) “O passe é um ato de amor na sua expressão mais sublimada.” (Suely Caldas Schubert, “Obsessão/Desobsessão”, 2ª parte, cap. 10, pág. 116) “O passe tornou­se popular por sua eficácia. Mas é tão simples um passe que não se pode fazer mais do que dá­lo.” (José Herculano Pires, “Mediunidade – Vida e Comunicação”, cap. 14, pág. 127) “Para imaginarmos o poder dos fluidos magnéticos de que dispunha Jesus, o mais puro de todos os Espíritos, e bem assim o poder que a sua vontade exercia sobre estes fluidos, regeneradores e fortificantes, cuja natureza, bem como combinações, efeitos e propriedades Ele conhecia de modo absoluto, basta atentemos nos efeitos que produz o 4 Grupo Espírita Francisco de Assis magnetismo humano e no que conseguem os médiuns curadores (...).” (Antônio Luiz Sayão, “Elucidações Evangélicas”, pág. 129) “Movimentos com as mãos, feitos pelos médiuns passistas, nos indivíduos com desequilíbrios psicossomáticos ou apenas desejosos de uma ação fluídica benéfica (...) Os passes espíritas são uma imitação dos passes hipnomagnéticos, com a única diferença de contarem com a assistência, invocada e sabida, dos protetores espirituais.” (João Teixeira de Paula, “Dicionário Enciclopédico de Espiritismo, Metapsíquica e Parapsicologia, pág. 192, Editora Bels S/A) “Ato de passar as mãos repetidamente ante os olhos de uma pessoa para magnetizá­la, ou sobre uma parte doente de uma pessoa para curá­la.” (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, “Novo Dicionário da Língua Portuguesa, Editora Nova Fronteira) “E Jesus, estendendo a mão, tocou­lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo de sua lepra.”​
(Mateus, 8:3) “Então Ananias foi e, entrando na casa, impôs sobre ele as mãos dizendo: Saulo, irmão, o Senhor me enviou, a saber, o próprio Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas, para que recuperes a vista e fiques cheio do Espírito Santo.” (Atos dos Apóstolos, 9:17) “A manifestação do Espírito é concedida a cada um, visando um fim proveitoso. Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra da sabedoria; e a outro, segundo o mesmo Espírito, a palavra do conhecimento. A outro, no mesmo Espírito, fé; e a outro, no mesmo Espírito, dons de curar (...).”​
(I Coríntios, 12:7­9) O QUE É O MAGNETISMO Philip Theophrastus Aureolus Bombastus von Hohenheim (1493­1541), também conhecido como Paracelso, foi um notável médico suíço que se projetou na Idade Média e um dos grandes desbravadores no terreno do Magnetismo tendo, por suas idéias renovadoras e revolucionárias, chegado a ser afastado do cargo que ocupava como professor. É apontado como o criador da palavra Magnetismo. Nos tempos modernos, em nossa cultura ocidental, Franz Anton Mesmer (1734­1815), médico alemão, é apresentado como o responsável pela codificação e demonstração prática do Magnetismo, por ele trazido como “Teoria do Magnetismo Animal”. O Magnetismo lida com fluidos animais (humanos) e desde os mais antigos registros feitos pela Antropologia e Sociologia são acusados comportamentos humanos indicativos do Magnetismo como método de cura e busca espiritual, como fortalecimento dos potenciais orgânicos e fisiológicos e também como técnica de conservação e embalsamento de corpos. Registros bíblicos são fartos nesse sentido, tanto quanto a maioria dos livros basilares de antigas religiões orientais. Portanto, não há uma data ou um período preciso que confirme a “implantação” do Magnetismo no seio da humanidade, sendo, por isso 5 Grupo Espírita Francisco de Assis mesmo e por todas as reflexões sérias a respeito, permitido que se diga que há o Magnetismo no mundo desde que o mundo é mundo. A RELAÇÃO ENTRE O ESPIRITISMO E O MAGNETISMO A relação existente entre o Espiritismo e o Magnetismo é muito grande, principalmente no que diz respeito ao campo prático destas ciências. Vejamos o que diz Allan Kardec na Revista Espírita, edição de Março/1858, página 95: “O Magnetismo preparou o caminho para o Espiritismo e os rápidos progressos desta última doutrina são incontestavelmente devidos à vulgarização das idéias sobre a primeira. Dos fenômenos magnéticos, do sonambulismo e do êxtase às manifestações espíritas há apenas um passo; sua conexão é tal que, por assim dizer, é impossível falar de um sem falar do outro. Se tivermos que ficar fora da ciência do Magnetismo, nosso quadro ficará incompleto e poderemos ser comparados a um professor de Física que se abstivesse de falar da luz. (...) A ele (o Magnetismo) não nos referiremos, pois, senão acessoriamente, mas de maneira suficiente para mostrar as relações íntimas das duas ciências que, na verdade, não passam de uma.” Com isso, não podemos dizer que todo magnetizador é um médium passista mas, sem dúvida nenhuma, todo médium passista é um magnetizador. A convergência dos princípios fluídicos (energéticos) destas ciências indica estreitas ligações verificadas em suas práticas. Muitos magnetizadores sequer acreditam nos Espíritos e nem por isso deixam de ser por eles observados e ajudados. Agora, ser magnetizador e crer, de forma ativa e positiva, nos Espíritos, potencializa sobremaneira as práticas magnéticas, chegando à realização de verdadeiros milagres tal como sugeriram os Espíritos à Kardec, no Livro dos Médiuns, capítulo 14, item 176, 4ª questão: Pergunta: Agiria com mais eficácia aquele que, tendo a força magnética, acreditasse na intervenção dos Espíritos? Resposta:​
Faria coisas que consideraríeis milagre. Vemos aí a importância dos magnetizadores acreditarem e contarem com o auxílio dos bons Espíritos. Recorramos à Allan Kardec, na Revista Espírita, edição de Janeiro/1864, onde ele traz comentários valioso à cerca do tema: “(...) Para curar pela ação fluídica, os fluidos mais depurados são os mais saudáveis; desde que esses fluidos são dos Espíritos Superiores, então é o concurso deles que é preciso obter. Por isto, a prece e a invocação são necessárias. Mas, para orar e, sobretudo orar com fervor, é preciso ter fé. Para que a prece seja escutada, é preciso que seja feita com humildade e dilatada por um real sentimento de benevolência e caridade. Ora, não há verdadeira caridade sem devotamento, nem devotamento sem desinteresse. Sem estas condições, o magnetizador, privado da assistência dos bons Espíritos, fica reduzido às suas próprias forças, por vezes insuficientes, ao passo que com o concurso deles, elas podem ser centuplicadas em poder e em eficácia.” 6 Grupo Espírita Francisco de Assis OBJETIVOS DO PASSE “E insistentemente lhe suplica: Minha filhinha está à morte; vem, impões as mãos sobre ela, para que seja salva, e viverá. Jesus foi com ele.”​
(Marcos, 5:23­24) Mesmo sendo o passe uma das circunstâncias mediúnicas mais comuns nas Instituições Espíritas, precisamos reconhecer, tanto pelo estudo quanto pela vivência, quais seus verdadeiros objetivos para, a pretexto de desconhecimento de causa, não virmos amanhã a desvirtuar­lhe os fins utilizando­nos de meios anti­doutrinários. Afinal, se fazer é uma obrigação, saber fazer é um dever; e fazê­lo correto, no momento e lugar certo, é buscar a perfeição. O passe objetiva o reequilíbrio orgânico (físico), psíquico, perispiritual e espiritual do paciente. Chega­se fácil a esta conclusão pela observação de que: a) Quando um paciente procura o passe, ele busca, com certeza, melhora para seu comportamento orgânico, psíquico e/ou espiritual, o que já representa uma afirmativa desse objetivo; b) Quando os médiuns sentem­se “doando energias” e, por vezes, se fatigam após as sessões de passes, deixam claros indícios de que houve “transferências fluídicas” em benefício do paciente; c) Na comprovação das melhoras ou curas dos pacientes, novamente se confirma a tese; d) No estudo dos mais variados tratados e obras sobre o assunto, não há quem discorde desse objetivo. Não se deve, porém, confundir o ​
objetivo do passe com o seu ​
alcance​
. Erroneamente muitas pessoas deduzem que se alguém não for curado em um tratamento fluidoterápico é porque o passe perdeu seu objetivo. Tal raciocínio se equivaleria a condenar a Medicina tomando como base os casos que não tiveram solução possível, ou acusar um médico pelo fato de um paciente não responder a certos medicamentos. O passe, como os medicamentos, tem seus objetivos bem definidos, ainda que, por circunstâncias a serem vistas mais adiante, nem sempre sejam alcançados satisfatoriamente. Isso, entretanto, não os descaracterizam. Cabe ao Centro Espírita não apenas utilizar­se de seus médiuns para os serviços do passe mas, igualmente renovar os conhecimentos dos mesmos através de estudos, simpósios e treinamentos, buscando formar equipes conscientes e responsáveis e se eximindo da limitação tão perniciosa de se ter apenas um médium dito “especial”, ou, o que não é menos grave, contar com pessoas portadoras apenas de boa vontade ao serviço mas sem nenhum interesse em estudar, aprender ou reciclar conhecimentos, limitadas, quase sempre, às práticas do “já faz tanto tempo que faço assim” ou “meu guia é quem me guia e ele nunca falha”. Afinal, já sabemos que tempo de prática, considerado isoladamente, não confere respeitabilidade ao passe, assim como a tarefa, no campo da individualidade, é do médium e não dos guias que o isente de participação e responsabilidade. Conscientizemos nossos passistas de suas imensas e intransferíveis responsabilidades, pois se em todas as atividades de nossas vidas somos nós, direta e insubstituivelmente, responsáveis por nossos atos, que se há de pensar daquela vinculada a tão sublimada tarefa! 7 Grupo Espírita Francisco de Assis O POR QUÊ DO PASSE O passe nos é essencial pelo muito que nos pode oferecer tanto em bênçãos quanto em oportunidades de serviço, o que também é uma bênção. Mas é comum, na prática, deturpar­se um pouco esta conclusão; enquanto alguns julgam serem imunes à necessidade do passe para si mesmos, outros caem no vício de tomá­lo tantas vezes sejam ​
possíveis e não apenas quantas ​
necessárias​
. ​
“Não abusar daqueles que te auxiliam. Não tomes o lugar do verdadeiro necessitado, tão só porque os teus caprichos e melindres pessoais estejam feridos.”​
(Emmanuel, “Segue­me”, pág. 134) Mesmo o espírita precisa do passe pois, sendo um ser humano normal, sujeito a todas as necessidades e vicissitudes da vida, está, por isso mesmo, exposto aos mesmos problemas que toda humanidade. Entretanto, conhecedor da prece, do Mundo Espiritual e praticante do Evangelho, pode ele, em muitos casos, resolver suas necessidades consigo mesmo. Afinal, o Espiritismo é uma das maiores bênçãos que um homem pode receber em uma encarnação e a sua vivência é um verdadeiro evoluir. Mas, e os médiuns, eles também necessitam receber passes? Na série “Nosso Lar”, do Espírito André Luiz, encontramos várias passagens em que os Espíritos estão a aplicar passes sobre pessoas e, especialmente, sobre os médiuns. Em diversas outras obras na literatura espírita, verificamos a Espiritualidade se incumbindo do atendimento aos médiuns através do passe, atividade espiritual nunca desprezada em reuniões mediúnicas, no intuito de favorecer condições necessárias para o encaminhamento dos trabalhos e também ajudar e socorrer os próprios tarefeiros. Isto, contudo, não isenta o médium de suas responsabilidades, posto que ​
“... os médiuns, em sua generalidade, não são missionários na acepção comum do termo; são almas que fracassaram desastradamente, que contrariaram, sobremaneira, o curso das leis divinas e que resgatam, sob o peso de severos compromissos e ilimitadas responsabilidades, o passado obscuro e delituoso (...) e que regressam ao orbe terráqueo para se sacrificarem em favor do grande número de almas que desviaram das sendas luminosas da fé, da caridade e da virtude.”​
(Emmanuel, “Emmanuel”, cap. 11, páginas 66 e 67) Não entendamos, contudo, devam os passistas buscarem receber passes após o terem aplicado, no sentido de se “reabastecerem”. ​
“Tal prática apenas indica o pouco entendimento que têm as pessoas com relação ao que fazem. Quando aplicamos passes, antes de atirarmos energias sobre o paciente (...), ficamos envolvidos por essas energias, por essas vibrações, que nos chegam dos Amigos Espirituais envolvidos nessa atividade, o que indica que, antes de atendermos aos outros, somos nós, a princípio, beneficiados e auxiliados para que possamos auxiliar por nossa vez.” (J. Raul Teixeira e Divaldo P. Franco, “Diretrizes de Segurança”, cap. 7, questão 80, pág. 70) É importante salientarmos que o passe não substitui o esforço próprio. ​
“Do ponto de vista terreno, a máxima ‘Buscai e achareis’ é análoga a esta outra ‘Ajuda­te a ti mesmo, que o Céu te ajudará’. É o princípio da Lei do Trabalho e, por conseguinte, da Lei do Progresso (...) Não, os Espíritos não vêm isentar o homem da Lei do Trabalho; vêm unicamente mostrar­lhe a meta que lhe cumpre atingir e o caminho que a ela conduz, dizendo­lhe: ‘Anda e chegarás’. Toparás com pedras; olha e afasta­as tu 8 Grupo Espírita Francisco de Assis mesmo. Nós te daremos a força necessária, se a quiseres empregar”. (Allan Kardec, “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, cap. 25, itens 2 e 4) Estas palavras são muito transparentes. A necessidade do esforço próprio é inerente à própria Natureza, e à humana com especial ênfase. Isto, inclusive, apesar da simplicidade e objetividade com que o assunto é colocado, põe em xeque muitas hipóteses ditas “revolucionárias” que vivem a sugerir, repletas de promessas as mais mirabolantes e mentirosas possíveis, ou mesmo com aparentes lógicas e comprovações (mas só aparentes). É que essas propostas de tratamentos e curas, quase sempre sem fundamentos, argumentam que o paciente só precisa fazer esse ou aquele exercício (físico ou psíquico), dessa ou daquela maneira, tantas ou quantas vezes, para ficar definitivamente curado. E, infelizmente, existem Centros, grupos e pessoas espíritas que, apressadamente, estipulam um número “X” de passes para que o paciente fique curado, sem se aterem à imperiosa necessidade de fazê­lo refletir sobre suas necessidades de reformas interiores. “Naturalmente, toda prática edificante deve ser aproveitada por elemento de auxílio; no entanto, compete a cada individualidade humana o esforço iluminativo”. (Emmanuel, “Pão Nosso”, cap. 159, página 329). Afinal, que exemplo nos deu o Cristo? Que esforços Ele usou? Conclusão: o esforço próprio é insubstituível, quer dos pacientes, quer dos médiuns, quer dos dirigentes, quer dos Espíritos, pois ninguém há no Universo que esteja dispensado das Leis de Trabalho e Evolução. E estas leis requerem de cada um de nós esforço próprio, empenho, dedicação, superação, reforma íntima, boa vontade, renúncia, humildade e amor. Além disso, muitas pessoas se perguntam: “Por que os Espíritos não dispensam os médiuns?” Vejamos o que diz Kardec a respeito: ​
“Os Espíritos vêm ajudar o desenvolvimento da ciência humana, e não suprimí­la.” (Allan Kardec, “Revista Espírita”, edição de Setembro/1865) É do conhecimento de todos que manipulação dos fluidos e do nosso potencial fluídico são orientados, reforçados e melhorados pela Espiritualidade. Entretanto, esquecemos que, muitas vezes, por imprevidência, irresponsabilidade, desconhecimento ou prepotência, ainda criamos embaraços e obstáculos à possibilidade de um melhor serviço da parte deles por nosso intermédio. É importante considerarmos o fato de nossa animalidade orgânica ainda requerer fluidos animalizados e grosseiros, o que é confirmado, inclusive, por Jesus: ​
“O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é Espírito.” (João, 3;6). Isto significa que, fluidicamente falando, ainda somos excessivamente dependentes de fluidos bem materiais, os quais, por serem encontrados em nossos iguais encarnados, são extraídos por doação dos portadores mas com a ajuda da “manipulação” pelos Espíritos. Inclusive Espíritos desencarnados, mas ainda sensivelmente ligados à matéria, solicitam idênticos fluidos já que seus perispíritos – que também são considerados materiais – se enquadram perfeitamente no contexto de “carne” expresso pelo Cristo. 9 Grupo Espírita Francisco de Assis CONSIDERAÇÕES SOBRE FLUIDOS Para os estudiosos dos temas magnetismo, passes, curas, mediunidade, animismo e terapias alternativas, fluido é tudo quanto importa à matéria, da mais grosseira à mais diáfana, variando em multiplicidade infinita a fim de atender a todas as necessidades físicas, químicas e inclusive vitais daquela, bem como de sua intermediação entre os planos material e espiritual. O fluido não é apenas algo que se move a exemplo dos líquidos ou gases, mas a essência mesma desses líquidos, gases e de todas as matérias, inclusive aquelas ainda inapreensíveis por nossos instrumentos físicos ou mesmo psíquicos. Tendo em vista que nem todos os fluidos são rarefeitos, pois existem fluidos muito densos, podemos afirmar, sem receio de errar, que toda matéria existente é, de certa forma, fluido condensado. Esses fluidos mais sutis são movimentados por ações físicas (magnéticas), por interações entre dois ou mais campos fluídicos (reações fluídicas entre pessoas ou dessas em relação ao meio), pela vontade direcionada e pela ação dos Espíritos. A NATUREZA DOS FLUIDOS Com relação à natureza dos fluidos humanos e espirituais, podemos dizer que são bem distintas, conforme explica Allan Kardec na “Revista Espírita”, edição de Janeiro/1864: “Na ação magnética, propriamente dita, é o fluido pessoal do magnetizador que é transmitido e esse fluido, que não é senão o perispírito, sabe­se que participa sempre, mais ou menos, das qualidades materiais do corpo, ao mesmo tempo que sofre a influência moral do Espírito. É, pois, impossível que o fluido próprio de um encarnado seja de uma pureza absoluta, razão porque sua ação curativa é lenta, por vezes nula, outras vezes nociva, porque transmite ao doente princípios mórbidos. Desde que um fluido seja bastante abundante e enérgico para produzir efeitos instantâneos de sono, de catalepsia, de atração ou de repulsão, absolutamente não se segue que tenha as necessárias qualidades para curar; é a força que derruba, mas não o bálsamo que suaviza e restaura. Assim, há Espíritos desencarnados de ordem inferior, cujo fluido pode ser mesmo maléfico, o que os espíritas a cada passo têm ocasião de constatar. Só nos Espíritos superiores o fluido perispiritual está despojado de todas as impurezas da matéria. Está, de certo modo, quintessenciado. Sua ação, por conseguinte, deve ser mais salutar e mais pronta; é o fluido benfazejo por excelência. E desde que não pode ser encontrado entre os encarnados, nem entre os desencarnados vulgares, então é preciso pedí­lo aos Espíritos elevados, como se vai procurar em terras distantes remédios que não se encontram em nossa própria terra. O médium curador emite pouco de seu fluido; sente a corrente do fluido estranho que o penetra e ao qual serve de condutor; é com esse fluido que magnetiza, e aí está o que caracteriza o magnetismo espiritual e o distingue do magnetismo animal: um vem do homem, o outro dos Espíritos.” A ORIGEM E OS TIPOS DE FLUIDOS (Fluido universal, fluido cósmico, fluido vital, princípio vital, princípio inteligente) 10 Grupo Espírita Francisco de Assis Mas, de onde vem os fluidos que formam esta diversidade tão grande de matéria que conhecemos? Vamos buscar a resposta no “Livro dos Espíritos”, questão 27: ​
“Deus, Espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas, ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria propriamente dita (...). Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o Espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá.” Resumindo, podemos dizer que o fluido universal é a grande geratriz de todos os campos nos quais serão estruturadas as mais diversas matérias. Todos os demais fluidos (elétricos, magnéticos, etc.), bem como todas as formas de matérias são resultados de combinações e variações do fluido universal. A primeira grande derivação do fluido universal é o fluido cósmico, o fluido que enche todos os vazios, “o meio sutil em que o Universo se equilibra”, um verdadeiro campo energético pleno de elementos transformáveis, adaptáveis, expansíveis, contráteis, manipuláveis enfim. Conclui­se daí que, o fluido universal é a geratriz e o fluido cósmico é o grande campo gerado, o qual por sua vez, propiciará o surgimento das diversas variedades de fluidos. Outra geratriz importante é a chamada princípio inteligente universal, onde é gerado o Espírito, elemento espiritual básico (simples e ignorante), o qual vai­se elaborando, ao longo de milênios, por consórcio com a matéria, até atingir a individualidade e a personalidade, a inteligência e a angelitude. Algo que causa muita confusão nos estudiosos da Doutrina Espírita são os conceitos de princípio vital e fluido vital. Vejamos algumas considerações e atentemos para o fato de que princípio vital não é o mesmo que princípio espiritual ou princípio inteligente universal, haja visto que este último é o que dá origem aos Espíritos. Segundo o Espírito São Luiz (“Revista Espírita, edição de Junho/1858, pág. 155), ​
“... o princípio vital reside no fluido universal; dele o Espírito extrai o envoltório semimaterial que constitui o seu perispírito e é por meio desse fluido que atua sobre a matéria inerte.” Pelas colocações de São Luiz, temos confirmado que a vida vem por ação do princípio vital, o qual, por dedução direta, é um “campo”. Sendo princípio qualquer das causas naturais que concorrem para que os corpos se movam, operem e vivam, vemos que o princípio vital é o “toque mágico” propiciador da vida, o “interruptor” vital que faz a interligação de um campo específico chamado “fluido vital” com elementos provenientes de outro campo (princípio espiritual). É interessante notarmos pois podemos ter (como temos) fluidos vitais dispersos, latentes, acumulados mesmo, nos grandes campos do fluido cósmico, sem que ali se dê a vida propriamente dita; é que aí ainda estaria faltando a “combinação” ou “interação” desses dois campos entre si a qual só se dá ante a propiciatura ativa do “princípio vital”. Vejamos agora o que Kardec comenta em “A Gênese”, cap. 10, itens 16 e17: ​
“(...) Há na matéria orgânica um princípio especial, inapreensível e que ainda não pode ser definido: o princípio vital. Ativo no ser vivente, esse princípio se acha extinto no ser 11 Grupo Espírita Francisco de Assis morto (...). É um estado especial, uma das modificações do fluido cósmico, pela qual este se torne princípio de vida(...).” A vida, portanto, como “efeito” decorrente de um agente (princípio vital) sobre a matéria (fluido cósmico), tem, por sustentação, a matéria e o princípio vital em estado de interação ativa, de forma contínua. Decorrente da mesma fonte original – pois reside no fluido magnético animal, que por sua vez não é outro senão o fluido vital – tem, contudo, a condição peculiar de veicular o contato com o princípio espiritual. Quando ocorre a morte de um ser orgânico, a matéria inerte se decompõe e vai formar novos organismos. O princípio vital volta à massa de onde saiu. Em outras palavras: enquanto a matéria bruta se recomporá através de outros organismos, o princípio vital (matéria sutil) retornará ao fluido cósmico. O fluido vital, quando o organismo vive, está ativado pelo princípio vital que dá àquele e a todas as suas partes uma atividade que as pões em comunicação entre si, nos casos de certas lesões e normaliza as funções momentaneamente perturbadas. Mas, quando os elementos essenciais ao funcionamento dos órgãos estão destruídos, ou muito profundamente alterados, o fluido vital se torna impotente para lhes transmitir o movimento da vida, e o ser morre. A quantidade de fluido vital não é a mesma em todos os seres orgânicos. Alguns se acham saturados desse fluido, enquanto outros o possuem em quantidade apenas suficiente. É importante lembrarmos que a quantidade de fluido vital se esgota. Pode tornar­se insuficiente para a conservação da vida, se não for renovada pela absorção e assimilação das substâncias que o contêm. E ainda: o fluido vital se transmite de um indivíduo a outro. Resumindo: Deus é nosso Pai e criador; “inteligência suprema, causa primária de todas as coisas”. Dentre essas “todas as coisas” Ele criou: Fluido universal: “fonte” e princípio básico de todos os fluidos, o qual derivou (e continua a gerar) um grande campo: Fluido cósmico: primeira (e talvez única) e maior decorrência do fluido universal, o qual, além de gerar todos os universos, macros e micros, tem dentro de si mesmo um outro campo: Fluido vital: que é o responsável, quando “combinado” com o fluido cósmico, ou com outras de suas derivações, através do agente chamado ​
princípio vital segundo padrões muito especiais, pela vida. Voltando a Deus, na outra grande vertente da Criação, surge: Princípio inteligente universal ou princípio espiritual: “fonte” do elemento espiritual” que virá a ser o Espírito Imortal; o acionador do princípio vital. PERISPÍRITO OU PSICOSSOMA 12 Grupo Espírita Francisco de Assis “Envolvendo o gérmen de um fruto, há o perisperma; do mesmo modo, uma substância que, por comparação, se pode chamar perispírito, serve de envoltório ao Espírito propriamente dito.”​
(Allan Kardec, “Livro dos Espíritos”, 2ª parte, cap. 1, questão 93) “(...) É o traço de união entre a vida corpórea e a vida espiritual. É por seu intermédio que o Espírito encarnado se acha em relação contínua com os desencarnados; é, em suma, por seu intermédio, que se operam no homem fenômenos especiais, cuja causa fundamental não se encontra na matéria tangível e que, por essa razão parecem sobrenaturais. (...) O perispírito é o órgão sensitivo do Espírito, por meio do qual este percebe coisas espirituais que escapam aos sentidos corpóreos. (...) O Espírito vê, ouve e sente, por todo o seu ser, tudo o que se encontra na esfera de irradiação do seu fluido perispirítico.”​
(Allan Kardec, “A Gênese”, cap. 14, item 22). FORMAÇÃO DO PERISPÍRITO “Os Espíritos chamados a viver naquele meio tiram dele seus perispíritos; porém, conforme seja mais ou menos depurado o Espírito, seu perispírito se formará das partes mais puras ou das mais grosseiras do fluido peculiar ao mundo onde ele encarna. O Espírito produz aí, sempre por comparação e não por assimilação, o efeito de um reativo químico que atrai a si as moléculas que a sua natureza pode assimilar. Resulta disso este fato capital: a constituição íntima do perispírito não é idêntica em todos os Espíritos encarnados ou desencarnados que povoam a Terra ou o espaço que a circunda. O mesmo já não se dá com o corpo físico (...). Também resulta que: o envoltório perispirítico de um Espírito se modifica com o progresso moral que este realiza em cada encarnação, embora ele encarne no mesmo meio; que os Espíritos Superiores, encarnados excepcionalmente, em missão, num mundo inferior, têm perispírito menos grosseiro do que o dos indígenas desse mundo.” (Allan Kardec, “A Gênese”, cap. 14, item 7). AS PROPRIEDADES DO PERISPÍRITO O perispírito, por tessitura, organização, flexibilidade e expansibilidade, fornece inúmeras condições de ação ao Espírito, mesmo quando encarnado, condições essas que podemos chamar de propriedades do perispírito, sem, com isso, desconhecermos que o propulsor de toda e qualquer ação é o Espírito. Para que essas propriedades se tornem evidentes, necessário se atenda às leis dos fluidos, no que tange as suas condições de afinidade, quantidade necessária e qualidade dos fluidos, além de, em alguns casos, o conhecimento e a elevação moral da parte do Espírito que “manuseia” tais fluidos. Aparições: ​
“Por sua natureza e em seu estado normal, o perispírito é invisível (...). Pode ele sofrer modificações que o tornem perceptível à vista, quer por meio de uma espécie de condensação, quer por meio de uma mudança na disposição de suas 13 Grupo Espírita Francisco de Assis moléculas. Aparece­nos então sob uma forma vaporosa. A condensação (...) pode ser tal que o perispírito adquira as propriedades de um corpo sólido e tangível, conservando, porém, a possibilidade de retomar instantaneamente seu estado etéreo e invisível (...). Não basta que o Espírito queira mostrar­se; não basta tampouco que uma pessoa queira vê­lo; é necessário que os dois fluidos possam combinar­se, que entre eles haja uma espécie de afinidade e também, porventura, que a emissão do fluido da pessoa seja suficientemente abundante para operar a transformação do perispírito e, provavelmente, que se verifiquem ainda outras condições que desconhecemos.” (Allan Kardec, “O Livro dos Médiuns”, 2ª parte, cap. 6, item 105). Tangibilidade: ​
“Conforme o grau de condensação do fluido perispirítico (...) pode, mesmo, chegar, até à tangibilidade real, ao ponto de o observador se enganar com relação à natureza do ser que tem diante de si.” (Allan Kardec, “A Gênese”, cap. 14, item 35). Transfiguração: ​
“O perispírito das pessoas vivas goza das mesmas propriedades que o dos Espíritos. (...) O daquelas não se acha confinado no corpo: irradia e forma em torno deste uma espécie de atmosfera fluídica. Ora, pode suceder que, em certos casos e dadas as mesmas circunstâncias, ele sofra uma transformação (...): a forma real e material do corpo se desvanece sob aquela camada fluídica, se assim podemos nos exprimir, e toma por momentos uma aparência inteiramente diversa, mesmo a de outra pessoa ou a do Espírito que combina seus fluidos com os do indivíduo (...). O fenômeno da transfiguração pode operar­se com intensidades muito diferentes, conforme o grau de depuração do perispírito, grau que sempre corresponde ao da elevação moral do Espírito. Cinge­se às vezes a uma simples mudança no aspecto geral da fisionomia, enquanto que doutras vezes dá ao perispírito uma aparência luminosa e esplêndida.” (Allan Kardec, “Obras Póstumas”, item 22). Bicorporeidade: Foi considerada por Kardec como uma variedade das manifestações visuais, pois que se assenta sobre as mesmas propriedades do perispírito, já que​
, “(...) Quer o homem esteja vivo, quer morto, traz sempre o invólucro semimaterial que (...) pode tornar­se visível (...).” (Allan Kardec, “Livro dos Médiuns”, cap. 7). ​
“Isolado do corpo, o Espírito de um vivo pode, como o de um morto, mostrar­se com todas as aparências da realidade. Demais (...), pode adquiri momentânea tangibilidade. Este fenômeno, conhecido pelo nome de bicorporeidade, foi que deu azo às histórias de homens duplos (...).” (Allan Kardec, “O Livro dos Médiuns”, cap. 7, item 119). Esta propriedade, asseveram os Espíritos da Codificação, requer elevação moral da parte do Espírito que vai produzir tais modificações em seu perispírito. Uma ressalva, porém, merece ser feita: não devemos confundir a bicorporeidade com a bilocação pois enquanto a primeira precisa que a segunda se dê, a recíproca não é verdadeira. Para ocorrer a bicorporeidade, carece que o Espírito se desloque, se afaste de seu corpo físico e, onde se manifeste, necessário produza transformações em sua constituição molecular perispiritual a fim de se fazer visto; já para ele se deslocar (bilocação), necessário se dê apenas a primeira parte do fenômeno pois o Espírito pode se desprender sem, contudo, ser visto ou apreendido pelos sentidos comuns. Outro cuidado é o de não se confundir bicorporeidade e bilocação com o dom da ubiqüidade, o qual o Espírito não possui, visto que ele é uma unidade indivisível, apesar de poder irradiar em múltiplas direções. 14 Grupo Espírita Francisco de Assis Penetrabilidade: ​
“Outra propriedade do perispírito inerente à sua natureza etérea é a penetrabilidade. Matéria nenhuma lhe opõe obstáculo: ele as atravessa todas, como a luz atravessa os corpos transparentes. Daí vem não haver tapagem capaz de obstar à entrada dos Espíritos (...).”​
(Allan Kardec, “Livro dos Espíritos”, 2ª parte, item 106). Emancipação: Afirmam os Espíritos que ​
“Durante o sono, afrouxam­se os laços que o prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos” (Allan Kardec, “O Livro dos Espíritos”, questão 401). Mais enfaticamente, afirmam igualmente que o “sono liberta a alma parcialmente do corpo. Quando dorme, o homem se acha por algum tempo no estado em que fica permanentemente depois que morre.” (Allan Kardec, “O Livro dos Espíritos”, questão 402). CORDÃO FLUÍDICO A lógica e as evidências têm demonstrado que o cordão fluídico (ou cordão de prata) trata­se de uma particularidade do perispírito. O cordão fluídico funciona como, para nos servimos de uma comparação, como o cordão umbilical para o feto. É um “laço” prendendo o corpo espiritual ao corpo físico, só que extremamente flexível e expansível, o qual serve para manter o Espírito jungido ao corpo. Tanto que, dito cordão serve para nos identificar no plano espiritual como encarnados quando para ali vamos em desprendimento. Esta, inclusive, é uma observação do próprio Kardec, que acrescenta: ​
“Por meio dessa comunicação entre o Espírito e o corpo, é que aquele recebe aviso, qualquer que seja a distância a que se ache do segundo, da necessidade que este possa experimentar da sua presença, caso em que volta ao seu invólucro com a rapidez do relâmpago. Daí resulta que o corpo não pode morrer durante a ausência do Espírito e que não pode acontecer que este, ao regressar, encontre fechada a porta, conforme hão dito alguns romancistas (...).” (Allan Kardec, “O Livro dos Médiuns”, 2ª parte, cap. 7, item 118). DUPLO ETÉRICO O duplo etérico seria o que o Espírito André Luiz chama em suas obras de “corpo vital”. Quando o Dr. Jorge Andréa estudou o perispírito em seu livro “Forças Sexuais da Alma”, considerou que ​
“Não poderíamos deixar de aventar as possibilidades da existência de um campo energético apropriado, entre o perispírito e o corpo físico, o duplo etérico. Seria uma zona vibratória ocupando posição de destaque em face dos fenômenos conhecidos de materialização. Acreditamos que o campo energético dessa zona, em suas expansões com a do perispírito, se entrelace nas irradiações do campo físico e forneça excelente material na formulação dos fenômenos psicocinéticos e outros tantos dessa esfera parapsicológica. Com isso, poderíamos explicar muitas das curas que os chamados passes magnéticos podem propiciar, em autênticas transfusões de energias.” ​
Podemos considerar o duplo etérico como uma extensão do perispírito e não necessariamente um agente destacado e independente daquele; seria como uma das “capas” do perispírito que, por suas funções de interligação do perispírito propriamente dito com o corpo físico, retém uma maior quantidade fluídica de consistência 15 Grupo Espírita Francisco de Assis organo­molecular (fisiológica) do que psíquica. Entretanto, não queiramos inferir daí que ele seja mais corpo que perispírito ou vice­versa; ele é um campo mais denso que o perispiritual por onde as energias espirituais se “condensam” em direção ao corpo, e, de forma reversa, recebe os impulsos físicos, processando uma reconversão para os sentidos psíquicos e direcionando­os aos arquivos perispiríticos, mentais, inconscientes e espirituais. Geralmente, atribui­se ao duplo etérico mais uma função: a de absorver o fluido vital, enviando­o a todas as regiões do corpo físico. Seria, ainda no duplo etérico, que se encontrariam localizados os centros de força. AURA “(...) É claramente compreensível que todas as agregações celulares emitam radiações e que essas radiações se articulem, através de sinergias funcionais, a se constituírem de recursos que podemos nomear por ​
tecidos de força​
, em torno dos corpos que as exteriorizam. Todos os seres vivos, por isso, dos mais rudimentares aos mais complexos, se revestem de uma ​
halo energético que lhes corresponde a natureza. No homem, contudo, semelhante projeção surge profundamente enriquecida e modificada pelos fatores do pensamento contínuo que, em se ajustando às emanações do campo celular, lhe modelam, em derredor da personalidade, o conhecido corpo vital ou duplo etérico (...), duplicata mais ou menos radiante da criatura. (...) Aí temos, nessa conjugação de forças físico­químicas e mentais, a ​
aura humana​
, peculiar a cada indivíduo, interpenetrando­o, ao mesmo tempo que parece emergir dele, à maneira de campo ovóide (...). Fotosfera psíquica, entretecida em elementos dinâmicos, atende à cromática variada, segundo a onda mental que emitimos, retratando­nos todos os pensamentos em cores e imagens que nos respondem aos objetivos e escolhas, enobrecedores ou deprimentes. (...) A aura é, portanto, a nossa plataforma onipresente em toda comunicação com as rotas alheias, antecâmara do Espírito, em todas as nossas atividades de intercâmbio com a vida que nos rodeia, através da qual somos vistos e examinados pelas Inteligências Superiores, sentidos e reconhecidos pelos nossos afins, e temidos e hostilizados ou amados e auxiliados pelos irmãos que caminham em posição inferior à nossa.” (André Luiz, “Evolução em Dois Mundos”, cap. 17, páginas 129 e 130). Keith Sherwood, em sua obra “A Arte da Cura Espiritual”, cap. 10, página 114, afirma que o Conselho Britânico de Cores catalogou as cores da aura e descobriu 1400 tons de azul, 1000 matizes de vermelho, mais de 1400 tons de marrom, mais de 80 tons de verde, 55 de laranja, 36 matizes de violeta e mais 12 tons de branco, demonstrando a fascinante variedade de cores a que está submetida a aura. E acrescenta: “É aceito entre os pesquisadores que têm estudado a aura que ela tem uma forma mais ou menos oval e segue o perfil do corpo humano, ainda que haja variações. Pessoas com maior vitalidade terão uma aura mais forte e consequentemente ela se estenderá para o corpo físico. Assim, a composição da aura varia de pessoa para pessoa. A textura, bem como a cor e o tamanho, parece indicar a disposição de uma pessoa. A textura geralmente revela o caráter da pessoa, enquanto a forma e a cor demonstram a saúde e condições emocionais.” CENTROS VITAIS, CENTROS DE FORÇA OU CHAKRAS 16 Grupo Espírita Francisco de Assis Normalmente esses verdadeiros vórtices energéticos são visualizados – pelos videntes e clarividentes – como campos em forma de redemoinhos. Apesar dessa aparente limitação, suas estruturas de captação de fluidos indicam que não se limitam a essas feições. Podem ser considerados como terminais ou poros perispiríticos (termo usado por Allan Kardec em “A Gênese”, cap. 14, item 18), através dos quais o corpo respira os fluidos do mundo espiritual e por eles leva àqueles campos sutis as energias e informações do campo vital. Podemos ainda definir os centros vitais como verdadeiros campos mento­eletromagnéticos, comandados pela mente, mas também repercussivos das emanações orgânicas advindas dos plexos e zonas aos quais estão ligados ou associados. No terreno do magnetismo, são os centros vitais dos magnetizadores os responsáveis pela usinagem de elementos orgânicos, transubstanciando­os em energias sutis e, nos pacientes, os captadores e transformadores dessas energias fluídicas em energias orgânicas. São controladores das correntes de energia centrípetas (da matéria para o Espírito) ou centrífugas (do Espírito para a matéria). Se quisermos saber de todos os centros vitais, basta dizer que cada célula em si é um centro vital, mas, para efeito de estudo e de trabalho magnético, usualmente restringimos esse número ao limite dos principais que são os sete abaixo relacionados: Centro Vital Plexo ou Zona Localização Correspondente Coronário Coronário No alto da cabeça Frontal (ou Cerebral) Frontal (ou Cerebral) Na fronte (Lobo Frontal) Laríngeo Laríngeo Sobre a garganta Cardíaco Cardíaco Sobre o coração Gástrico Gástrico Sobre o alto estômago Esplênico Esplênico Sobre o baço Genésico (ou Básico) Genésico (ou Básico) No baixo ventre Os centros vitais estão assim agrupados: Superiores: Coronário, Frontal e Laríngeo – estão mais diretamente associados às atividades psicológicas, mentais e espirituais do ser. Intermediário:​
Cardíaco – verdadeiro filtro das sensações e emoções. Inferiores: Gástrico, Esplênico e Genésico – mais relacionados com os processos físicos e químicos do organismo. LOCALIZAÇÃO DOS CENTROS VITAIS 17 Grupo Espírita Francisco de Assis FUNÇÕES DOS CENTROS VITAIS 18 Grupo Espírita Francisco de Assis Coronário: Nele assenta a ligação com a mente, fulgurante sede da consciência. Esse centro recebe em primeiro lugar os estímulos do Espírito, comandando os demais, vibrando todavia com eles em justo regime de interdependência. Considerando os fenômenos do corpo físico, e satisfazendo aos impositivos da simplicidade, dele emanam as energias de sustentação do sistema nervoso e suas subdivisões, sendo o responsável pela alimentação das células do pensamento e o provedor de todos os recursos eletromagnéticos indispensáveis à estabilidade orgânica. É, por isso, o grande assimilador das energias solares e dos raios da Espiritualidade Superior, capazes de favorecer a sublimação da alma. Trata­se do centro de mais alta freqüência. É o centro da sabedoria, tem responsabilidade direta sobre as funções psicológicas, cerebrais e espirituais; cabe a ele a gerência do processo de interação e intercâmbio entre os demais centros. Seu correspondente, em termos de glândula, é a pineal (a quem está intimamente ligado, além de relacionar­se de forma muito estreita com as atividades do córtex cerebral e o funcionamento geral do sistema nervoso). No campo mediúnico é o centro que propicia a sintonia, a aproximação e o contato com os Espíritos (principalmente os superiores). No magnetismo, ele percebe e capta os fluidos espirituais ao tempo em que sutiliza os fluidos mais densos (anímicos) quando emitidos para o mundo espiritual. Quando está em ação, costuma ser percebido através de uma suave e sutil refrigeração no alto da cabeça ou um rocio muito sutil. Frontal: Ordena as percepções de variada espécie, percepções essas que, na vestimenta carnal, constituem a visão, a audição, o tato e a vasta rede de processos da inteligência que dizem respeito à palavra, à cultura, à arte e ao saber. È nesse centro que possuímos o comando do núcleo endócrino, referente aos poderes psíquicos. É o centro da intuição, também de alta freqüência, apesar de muito abaixo da freqüência do Coronário. Responde pelas funções da visão, da audição, do olfato e ainda administra o sistema nervoso central. Guarda relação com a glândula pituitária (e estreita relação com a pineal e a hipófise). No campo mediúnico é o centro ativado nos fenômenos de vidência, audiência e intuição, além de exercer função de exteriorização de fluidos ectoplásmicos para as materializações e para os efeitos físicos. Também responde pelo controle ou descontrole das gesticulações na incorporação. No magnetismo, tem forte presença nos processos hipnóticos e nos processos de regressão de memória. Por ele, tanto se estabelece a relação de domínio como se quebra o vínculo exercido por outrem. Quando em ação costuma ser percebido por sua pulsação, como se fosse um coração. Laríngeo: Preside aos fenômenos vocais, inclusive às atividades do timo, da tireóide e das paratireóides controlando notadamente a respiração e a fonação. Ainda considerado como de alta freqüência, exerce significativo papel de filtragem dos fluidos anímicos quando em direção aos fluidos e campos espirituais. É o centro da criatividade, também conhecido como centro da vontade. Regula a fonia, o sistema respiratório, o processo digestivo inicial, a pressão arterial e corresponde­se com as glândulas tireóide e paratireóide (por sua ação sobre a tireóide, administra o sistema esquelético e os processos de calcificação). No campo mediúnico tem presença marcante nos fenômenos de psicofonia e de indução, sem falar na pujança de sua atividade exteriorizadora de ectoplasma. No magnetismo, responde diretamente pelas insuflações (sopros magnéticos) e interfere nos campos da indução magnética. Quando em ação é percebido como uma coceira ou uma leve irritação na garganta ou nas cordas vocais. 19 Grupo Espírita Francisco de Assis Cardíaco: Sustenta os serviços da emoção e do equilíbrio geral dirigindo a emotividade e a circulação das forças de base. De freqüência mediana, é de fundamental importância na administração dos campos emocionais. É o centro do sentimento. Relaciona­se com o sistema circulatório e com o sistema nervoso parassimpático e corresponde­se com o timo (sobre cuja interferência a medicina convencional já começa a desenvolver estudos significativos na direção de entender e resolver vários problemas de saúde anteriormente sem razão ou justificativa de ser e que, tudo indica, estão diretamente relacionados com as ligações timo­cardíacas). No campo mediúnico atua na assimilação dos campos emocionais dos comunicantes. No magnetismo, usina fluidos sutis e dota os fluidos espirituais de “cola psíquica”; de forma reversa, represa, quando necessário, os fluidos que vêm no circuito “centros vitais inferiores para os superiores” de forma muito densa e volumosa. Nos processo de cura, atua como atenuador das vibrações dos fluidos mais densos (materiais) e como condensador em relação aos fluidos espirituais. Gástrico: Responsabiliza­se pela penetração de alimentos e fluidos em nossa organização e pela digestão e absorção dos alimentos densos ou menos densos que, de qualquer modo, representam concentrados fluídicos penetrando­nos a organização. De freqüência baixa, normalmente é a mais ativa usina de fluidos vitais para exteriorização. É o centro vital por excelência, também conhecido como solar ou centro de cura. É responsável pelos processos digestivos e grande parte do metabolismo, atuando vigorosamente sobre o estômago e órgãos envolvidos nos processos digestivos e regulando o sistema nervoso simpático. Encontra correspondência direta com as adrenais e o pâncreas. No campo mediúnico fornece energias de atração à Espíritos sofredores e de densa vibração. No campo magnético, usina a maior quantidade de fluido vital que o organismo humano produz para a auto­manutenção, doação e exteriorização. Esplênico: Regula a distribuição e a circulação adequada dos recursos vitais em todos os escaninhos do veículo de que nos servimos, determinando todas as atividades em que se exprime o sistema hemático, dentro das variações de meio e volume sangüíneo. Também de baixa freqüência, é igualmente grande usinador de fluidos vitais. É o centro do equilíbrio; sua interferência se faz mais direta sobre as funções biliares, renais e de excreção; refere­se muito diretamente ao baço. No terreno mediúnico responde pelas atividades de doação fluídica a Espíritos muito fragilizados ou com graves descontinuidades perispirituais. No campo magnético usina muitos fluidos vitais para recomposição orgânica, especialmente quando referente à reconstituição de órgãos, ossos, etc. Genésico: É o centro em que se localiza o santuário do sexo, como templo modelador de formas e estímulos (...), por isso mesmo guiando a modelagem de novas formas entre os homens ou o estabelecimento de estímulos criadores, com vistas ao trabalho, à associação e à realização entre as almas. De baixíssima freqüência, elabora densos campos fluídicos que, quando bem canalizados, podem propiciar vigorosos potenciais energéticos no campo do amor e da criatividade. É o centro procriador. Exerce singular administração nos processos genéticos e de vida animal. Corresponde­se com as gônodas. No campo mediúnico também libera fluidos de vigorosa atração magnética. No campo magnético é o grande usinador de fluidos densos. 20 Grupo Espírita Francisco de Assis CUIDADOS IMPORTANTES NA MANUTENÇÃO DOS CENTROS VITAIS Coronário ➢ São prejudiciais: Os excessos de preocupação, a estafa mental, sono insuficiente ou excessivo, a mente devotada a guardar ódio, mágoa e rancor, a autocompaixão, o desejo e a vibração do mal, o egoísmo, as idéias de vingança, a falta de mentalizações positivas, o negativismo, etc. ➢ São providenciais: O equilíbrio das emoções, o repouso e o refazimento naturais, praticar e desejar o bem, a compaixão, o altruísmo, o sentimento de piedade, a oração freqüente, o otimismo, etc. Frontal ➢ São negativos: Ter “olhos maus”, importar­se e disseminar fofocas e mexericos, alimentar inveja e orgulho, descontroles físicos e emocionais, ser pessimista e/ou hipocondríaco, arquitetar planos maliciosos ou maldosos, leituras nocivas, etc. ➢ São positivos: ​
Ver sempre positivamente, falar bem das coisas e/ou pessoas, abolir preconceitos, equilibrar as atividades físicas, acreditar­se bem e bom sem com isso envaidecer­se ou orgulhar­se, fazer boas leituras, divertir­se sadiamente evitando excessos, etc. Laríngeo ➢ Negativos: Falar mal dos outros, dar maus conselhos, alimentar monoidéias, fechar­se sobre os próprios sentimentos, desdenhar, ridicularizar o próximo, vícios, etc. ➢ Positivos: Falar bem do próximo, dar bons conselhos, alimentar­se de bons estudos e boas conversas, abrir­se a diálogos construtivos, extrair sempre o lado positivo das pessoas, ausência de vícios, etc. Cardíaco ➢ Perniciosos: Emoções fortes, viciações que mexam com sentimentos, preguiça, comodismo, rancor, mágoa, ódio, sentimento de vingança, violência, impaciência, irritabilidade, etc. ➢ Saudáveis: A busca pelo autoconhecimento, domínio de si mesmo, ausência de vícios, atividades físicas e intelectuais compatíveis, amizade, compreensão, humildade, perdão, esquecimento do mal, tranqüilidade, vibração de amor pelas criaturas, etc. Gástrico ➢ Ruins: A gula, o aguçamento do apetite por interesses subalternos, alimentos de difícil digestão, o jejum continuado, vícios, disfunção digestiva, descontrolar­se emocionalmente, hipocondria, elevados níveis de açúcares, etc. 21 Grupo Espírita Francisco de Assis ➢ Bons: Educação alimentar. Alimentação regular, natural e equilibrada, digestão normal, ausência de vícios, etc. Esplênico ➢ Infelizes: Pouca ingestão de líquidos, alimentação muito condimentada, exercícios físicos excessivos, mágoas não resolvidas, irritabilidade, etc. ➢ Felizes: A ingestão de muita água, alimentação natural com um mínimo de condimentos, exercícios físicos regulares e dentro dos limites individuais, superação de mágoas, paciência, bondade, etc. Genésico ➢ Lamentáveis: Abusos sexuais, uso de afrodisíacos, excitantes e estimulantes sexuais de toda ordem, fixação sexual, aborto, idéias criminosas, fumo, álcool, tóxicos, etc. ➢ Requeridos: Controle e educação da sexualidade, bem como suas funções e uso, idéias criativas, ausência de vícios, etc. CENTROS VITAIS SECUNDÁRIOS Dentre os centros vitais secundários podemos citar os que estão situados na palma das mãos, nos dedos, nos pés e em especial, o centro Umeral. Este centro fica localizado sobre a parte alta da espinha dorsal, na região compreendida entre a nuca e as omoplatas. Exerce e/ou recebe preponderante força magnética nos casos de ação espiritual, principalmente aqueles em que os comunicantes são Espíritos inferiores ou sofredores. Em reuniões mediúnicas ou no tratamento de influências psíquicas, ele não só é muito percebido quanto naturalmente utilizado. Usando­se as técnicas convenientes, a aplicação de magnetismo sobre o Umeral tem facilitado sobremaneira o trabalho de aproximação ou de afastamento de entidades espirituais. Os centros vitais localizados nas mãos (tanto nas palmas quanto nos dedos) são excelentes doadores e exteriorizados fluídicos, que tanto podem ser usados tanto como expelidores ou direcionadores dos jatos fluídicos usinados pelo passista quanto, no paciente, costumam permitir a liberação de concentrados fluídicos. Quando são aplicados dispersivos no paciente, é comum ser observado que grande movimentação fluídica passa pelas mãos dele. Já os centros vitais localizados nos pés são, normalmente, pouco usados pelos passistas, mas no paciente toma feições semelhantes às indicadas para as mãos dos mesmos, principalmente quando são tratados congestionamentos fluídicos nos chamados centros inferiores. KUNDALINI Apenas para não deixar de mencionar, registraremos abaixo algumas palavras sobre a Kundalini, posto que vários autores fazem referência a tal tema, alguns chegando ao absurdo de sugerir o “despertar da Kundalini” nas práticas espíritas. O nível de 22 Grupo Espírita Francisco de Assis desinformação e desencontro que envolve o assunto é tão grave que não recomendamos, em hipótese alguma, esse “despertar”. Para se ter uma idéia, enquanto alguns afirmam que a Kundalini provém do centro da Terra, outros dizem que ela se assenta e origina no centro Genésico, enquanto outros garantem que ela é uma das energias vindas do Sol. Por outro lado, em existindo esta força, essa energia é excessivamente material, densa, venha de onde vier, parta de onde partir, pois, pela maioria que a estuda e propaga, ela é classificada como violenta, materializante, bruta, ígnea e profundamente ligada à parte mais triste da sexualidade. Isso, cremos, já bastaria para convirmos que não é de boa medida sua busca, seu desenvolvimento, muito menos utilizá­la para “acionar, rodar ou ativar os centros de força”, pelo menos como alguns vêm ensinando. Afora todas as dúvidas e polêmicas, o que há de mais consensual a respeito da Kundalini é que, para ser bem administrada e produzir equilibrada e objetivamente, quem queira desenvolver seus potenciais deve dispor de muito tempo de prática (anos e mais anos de exercícios) e recolhimento (com profundas práticas de meditação e isolamento, por longos e repetidos períodos), além de aliar uma notável conduta moral ao processo. Isso porque são incontáveis as informações que dão conta dos riscos de seu uso, levando muitos de seus desenvolvedores a crises de loucura, obsessão e mesmo suicídio. Por se tratar de energia muito densa e inquietante, há que se contar com muito domínio e equilíbrio para poder dominá­la, assim extraindo­lhe os frutos esperados. Os orientais e esotéricos, especialmente os apontados como grandes iniciados, demonstram, por suas experiências com o chamado “despertar da Kundalini”, ser necessário despender grande parte de suas vidas, em recolhimento profundo e meditação, para alcançarem resultados mais alvissareiros. Face a tudo isso, fica evidente que não será um curso de curta duração ou a leitura de alguns livros que nos darão condições de dominar esta energia, assim como não são as simplórias técnicas de “por a mão aqui e acolá, seguindo­se do fazer tal ou qual movimento nessa e naquela região” que nos levarão à perfeita administração da Kundalini. REQUISITOS INDISPENSÁVEIS AO BOM PASSISTA 1.
Requisitos Morais ●
Assiduidade, responsabilidade e pontualidade na tarefa; ●
Disposição sincera de ajudar o próximo, encarando­o como irmão; ●
Amor sublimado pelo semelhante; ● Conhecimento e aceitação da posição de simples intermediário de recursos do mais alto, não alimentando orgulho ou vaidade; ●
Interesse constante de esclarecer­se doutrinariamente; ●
Reforma íntima com base no Evangelho; ● Perseverança e disciplina no trabalho para que os amigos espirituais possam contar com ele; ● Fé raciocinada e profunda confiança de quem trabalha alicerçado nos ensinamentos de Jesus; ● Sublimação de todos os impulsos, buscando domínio de sobre si mesmo; 23 Grupo Espírita Francisco de Assis ●
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Equilíbrio de sentimentos e emoções; Atitude cristã e decidida em todas as circunstâncias; Palavras, gestos e ações corretas e edificantes; Hábito do trabalho, da boa leitura e da prece; Superar a atração pelo jogo e outros vícios, os quais nos ligam psiquicamente a entidades em desequilíbrio, estabelecendo um processo de simbiose prejudicial a todos; ● Realizar sistematicamente o estudo do Evangelho no lar. 2.
Requisitos Físicos ●
Limpeza corporal, como condição mínima de higiene; ● Ingerir quantidade de alimentos de acordo com a condição orgânica de cada um. A deficiência acarreta desgaste; o excesso compromete o equilíbrio celular; ● No dia da tarefa, não se alimentar de carne e evitar também o fumo nesse dia; não fazer uso de álcool por 72 horas antes de aplicar o passe; ● Observar a qualidade dos alimentos ingeridos, disciplinada pelo bom senso; ● Controle e esforço no sentido de abolir o uso do álcool, fumo e outras substâncias tóxicas que prejudicam as funções psíquicas e orgânicas; ● Controle e esforço para abolir o uso da carne, pois com ela ingerimos substâncias orgânicas tóxicas e germens psíquicos, cuja eliminação exige desgastes de energias. Como o uso da carne está ligado aos primórdios da evolução, suprimi­lo demanda esforço mental e tempo; ● Equilíbrio mental, psíquico e orgânico. Quando enfermo ou em desequilíbrio, abster­se de aplicar passes; ● Rigoroso controle na conduta sexual. Sexo desregrado é responsável por sérios danos à estrutura psíquica e orgânica; ● Muito importante a boa utilização da respiração (70% de nossa energia absorvida); ● É desejável momentos de lazer e exercícios físicos moderados; ● Evitar a “fadiga fluídica” motivada pela exaustão das forças magnéticas, devido ao excesso de passes. 10 DICAS PARA UM BOM PASSISTA 1. Boa vontade é o primeiro passo; os outros estão na oração, na fé, na determinação naquilo que faz, na confiança nos Bons Espíritos, no equilíbrio interior, no estudo dos temas relacionados, no exercício constante no bem, na observação criteriosa, no amor e na ausência e realização de maus desejos. Lembre, entretanto, ser indispensável você saber o por quê e o para quê quer ser passista. 2. Procure vibrar pelo paciente todo o bem que você gostaria de receber. Sem amor não há cura real. 3. Se você doa fluidos magnéticos humanos tem obrigação de conhecer as técnicas do magnetismo. Operar sem conhecimento de causa é expor­se e expor o paciente a sérios riscos. 24 Grupo Espírita Francisco de Assis 4. O passe dispersivo, como equilibrante e reordenador dos fluidos e dos centros vitais é fundamental para uma boa absorção fluídica pelo paciente e a manutenção da harmonia fluídica do passista. 5. Na aplicação de passes espirituais o mais importante são seus estados mental e espiritual equilibrados. Dispense técnicas e vibre muito amor, fé e oração. 6. Os Espíritos são fundamentais nos passes, mas você não deve ser uma simples marionete em suas mãos. Aprimore­se através do amor e da instrução. 7. Para os Espíritos transmitirem e manipularem seus fluidos não precisa haver “incorporação”. Basta você incorporar a boa vontade, o amor e o conhecimento. 8. Fungados, sussuros e gesticulações exóticas e violentas demonstram ignorância sobre mediunidade e magnetismo. Somente devemos tocar o paciente em casos extremos, que não devem se transformar em rotineiros. Educação mediúnica, dentre outras coisas, exige educação. 9. Portando doença contagiosa, fadiga fluídica, insuficiência cardíaca, tomando medicamentos controlados (de tarja preta) e/ou vivendo problemas mentais e espirituais, não aplique passes. Para ajudar nessas condições, ore pelos pacientes e cuide­se, inclusive como paciente de passes. 10. Tanto quanto o abuso alimentar, o estômago vazio também é prejudicial a uma boa emissão fluídica. Tanto quanto os vícios (álcool, fumo, drogas, etc.), o abuso do sexo é incompatível com uma boa e eficiente doação fluídica. TIPOS DE PASSES O passe segundo a fonte do fluido a) Passe Magnético: É aquele cujo fluido utilizado emana basicamente do próprio passista (ou do médium, magnetizador, curador, curandeiro, benzedeira, etc.). Seria, isoladamente considerado, o animismo de cura. b) Passe Espiritual: ​
É o que se verifica pela doação fluídica direta dos Espíritos ao paciente, sem interferência de médiuns. Na prática dos encarnados, contudo, a presença do médium, nesse caso, serve apenas como “canal” dos fluidos espirituais. c) Passe Misto: É predominante em nosso meio, pois conta com a participação fluídica tantos dos Espíritos quanto dos médiuns. Este passe também recebe o nome de mediúnico por alguns espíritas, em virtude da presença espiritual manifesta no fenômeno por seu derramar fluídico, a qual por vezes se dá de forma muito ostensiva e indevida, através da psicofonia. O passe segundo o alcance do fluido 25 Grupo Espírita Francisco de Assis a) Passe Magnético: Neste enfoque é aquele cujo alcance objetiva o atendimento de problemas orgânicos, físicos e/ou perispirituais, aí se incluindo aqueles praticados pelos Espíritos diretamente em desencarnados com o fim de recuperar deficiências ou limitações “físicas” naqueles. b) Passe Espiritual: Aqui assume a feição daquele destinado ao atendimento de problemas de ordem espiritual, principalmente dos cujas matrizes são os processos obsessivos ou decorrentes de desvios morais. Para exemplificar, este passe é aplicado pelos médiuns nas reuniões de desobsessão, assim como pelos Espíritos. c) Passe Misto: A exemplo de seu homônimo anterior, já nos sugere ser aquele onde o tratamento visa não uma mas todas as partes do ser, ou seja, corpo, perispírito e espírito. Obviamente os fluidos aqui “manipulados” atuarão não apenas a nível perispiritual, mas atingirão as próprias células do corpo e alcançarão igualmente a intimidade do espírito, ainda que por via perispiritual. O passe segundo a técnica a) Passe Magnético: Agora é entendido como o que é aplicado segundo as técnicas do magnetismo, não importando nem de onde venham os fluidos, nem para que fins se destinam, nem ainda quem (médium ou Espírito) o aplique. b) Passe Espiritual: Conforme seu entendimento nesta situação sugere, é aquele onde o passista utiliza como técnica apenas a prece, a irradiação (à distância) ou, no máximo, a imposição de mãos, sem movimentos e sobre a cabeça ou fronte do paciente. Este seria aquele caso em que o médium passista não necessitaria ter tantos conhecimentos de técnicas, pois sua ação seria essencialmente mental. c) Passe Misto: Aqui é entendido como o que faz a utilização conjugada da prece com imposição de mãos, seguido do uso de outras técnicas, ou então a aplicação de um passe com técnicas variadas após uma radiação (que é um passe espiritual, segundo a técnica). Para reforço do entendimento, diríamos que tal passe é aquele onde se utiliza a dispersão fluídica antes e/ou após a imposição de mãos, intercalada por técnicas outras. TÉCNICAS PARA APLICAÇÃO DE PASSES O amor, a boa vontade e os bons sentimentos (aí incluídos a fé, a oração, a confiança nas forças superiores) são fundamentalmente básicos para toda e qualquer boa realização magnética. As técnicas normalmente utilizadas na maioria dos centros espíritas são: as imposições, os longitudinais, os transversais, os circulares, os sopros, os perpendiculares e as conjugações entre eles. Imposições ➢ Como usar: Pode­se realizá­la com uma ou duas mãos. Como sugere o nome, a(s) mão(s) fica(m) parada(s) sobre determinado centro ou região pelo tempo que suficiente. 26 Grupo Espírita Francisco de Assis ➢ Como funcionam: Por serem estáticas, a característica fundamental das imposições é de concentração de fluidos. Se aplicadas perto do corpo, serão concentradoras ativantes; se aplicadas distante, serão concentradoras calmantes. ➢ Para que servem: Para suprirem carências fluídicas do paciente. São muito concentradoras e, a depender dos potenciais magnéticos do passista, deve­se observar com cuidado a excessiva doação por imposições, já que elas podem provocar congestões fluídicas com relativa facilidade, especialmente quando atuando sobre os centros vitais superiores e intermediário. É recomendando aos passistas que possuam potenciais magnéticos mais consistentes e exuberantes a optarem por curtos longitudinais no lugar de imposições, se quiserem diminuir o risco de congestões fluídicas nos pacientes. Outra saída é, no lugar de longas imposições, intercalar breves imposições com dispersivos do mesmo sentido, ou seja, se as imposições são ativantes, os dispersivos também deverão ser ativantes; se calmantes, o mesmo se dará com os dispersivos. ➢ Em que são mais eficazes: Em termos espirituais, favorecem ou facilitam o estabelecimento das ligações entre o Espírito comunicante e o médium. Também suprimem os envolvidos em suas carência fluídicas. Em termos orgânicos, são ótimas na solução de tumores e inflamações (os ativantes) e para tonificar a força de vontade e as disposições de equilíbrio e do sono (os calmantes). Longitudinais ➢ Como usar: Como sugere o nome, são aplicados ao longo do corpo ou de uma região do corpo do paciente. Tanto podem ser aplicados na frente como nas costas do paciente, com uma ou com as duas mãos (desde que não de forma concomitante, pois passaria a ser uma outra técnica que veremos adiante). Pode­se aplicá­lo da cabeça aos pés, do coronário ao genésico ou de qualquer parte a qualquer outra parte, desde que obedecendo o sentido correto, ou seja, da cabeça para os pés. Deve­se ter cuidado quando as mãos forem retornar ao ponto inicial para novos longitudinais; elas deverão estar fechadas e, de preferência retornando “por fora do corpo” do paciente, seja lateralmente, seja trazendo junto do próprio corpo. Tudo isso visa evitar deposições fluídicas no sentido inverso ao correto. ➢ Como funcionam: Quando aplicados lentamente, funcionam como concentradores. Quando aplicados rapidamente, passam a ser ​
dispersivos​
. Se aplicados perto, serão ativantes e se distante, calmantes. Como normalmente atuam sobre mais de um local ou mais de um centro vital, sua repercussão é mais abrangente do que as obtidas com as imposições, porém menos eficientes. Por outro lado, quando o passista já tem bastante experiência na prática magnética, pode ele identificar distâncias e velocidades intermediárias na aplicação dos longitudinais, de forma a obter, de um só jato fluídico, condições perfeitamente equilibradas entre concentrações e dispersões, entre ativações e calmantes. Talvez resida aí a maior força dos longitudinais. ➢ Para que servem: Especialmente para o equilíbrio geral dos pacientes e para todas as funções que normalmente se espera dos passes gerais, especialmente os dispersivos de menor intensidade. Atuam com muita felicidade tanto nas estruturas dos ativantes como dos calmantes. ➢ Em que são mais eficazes: ​
Nas aplicações em que o paciente esteja muito desarmonizado ou com carências generalizadas. 27 Grupo Espírita Francisco de Assis Transversais ➢ Como usar: Voltando­se as mãos, juntas e com os braços distendidos, para o ponto onde se deseja atuar magneticamente (os passistas digitais direcionarão seus dedos, enquanto os palmares voltarão as palmas das mãos), posicionando­as na distância pretendida (perto ou distante do corpo do paciente conforme se pretenda trabalhar os ativantes ou os calmantes) e, com vigor e rapidez, abrem­se os braços lateralmente, cada um no sentido oposto ao outro. O ideal é que se possa fazer a abertura dos braços em toda sua angulação, de forma a que os braços fiquem totalmente abertos, formando um ângulo de 180º entre si. Quando retornar as mãos para uma nova ação transversal, trazê­las fechadas e, mentalmente, assumir a postura de não doação nesse momento, a fim de não perturbar ou congestionar o centro em que se está trabalhando. Os transversais são aplicados de preferência em regiões específicas do paciente ou em centros vitais, um a um, se for o caso. Uma importante variação dos transversais é o ​
transversal cruzado​
. Neste, a diferença básica na aplicação é que as mãos se cruzam à frente do ponto que será tratado e depois todo o processo se repete. Nas experiências práticas fica muito evidenciado que os transversais cruzados são muito mais efetivos do que os transversais simples. Como nem sempre as cabines de passes permitem que se opere os transversais simples em toda sua extensão lateral, seja por falta de espaço físico, seja por incômodos decorrentes da prática (já que a abertura dos braços lateralmente, com vigor e rapidez, requer que se tenha uma boa estrutura muscular para suportar o esforço físico), os transversais cruzados, realizados numa extensão menor, compensam a redução da abertura total dos braços. ➢ Como funcionam: São essencialmente ​
dispersivos​
. Por abrangerem toda a extensão dos centros vitais e por serem aplicados com rapidez, a característica de dispersão à ele associada é muito vigorosa. Lamentavelmente, a redução da extensão das aberturas laterais feita pelos braços diminui sensivelmente essa que é a sua principal qualidade: a de vigoroso dispersivo. Quando realizados próximos ao paciente são dispersivos ativantes; quando distantes, passam a ser dispersivos calmantes. ➢ Para que servem: Para atender necessidades de dispersões localizadas mais vigorosas. Quando, no atendimento ao paciente, houver necessidade de intercalar concentrados fluídicos muito intensos com dispersivos, os transversais cumprem esse papel com muita eficiência. Através deles conseguimos acelerar o processo de assimilação e somatização dos fluidos pelo organismo do paciente e também reduzimos a níveis muito baixos os riscos de congestões fluídicas. ➢ Em que são mais eficazes: Nas dispersões localizadas ativantes eles são melhor aproveitados. No caso de pessoas com enxaquecas, dores localizadas, peso na cabeça, respiração difícil e irritabilidade em geral, os dispersivos pelos transversais resultam em formidáveis e quase imediatos alívios. Circulares 28 Grupo Espírita Francisco de Assis ➢ Como usar: Temos aqui pelo menos duas variações. Uma diz respeito aos “pequenos circulares” ou “rotatórios” e a outra se refere aos circulares propriamente ditos ou, como vulgarmente são conhecidos, as “aflorações psíquicas”. Os “pequenos circulares” são realizados com movimentação da(s) mão(s) sobre um determinado local, região ou centro vital. Os passistas digitais direcionarão seus dedos para o local que pretendem magnetizar, e os palmares as palmas. Para compormos uma imagem da movimentação a ser realizada, imagine­se que o ponto a ser magnetizado seja uma espécie de parafuso que será apertado (no sentido horário). Assim será a ação: gira­se a(s) mão(s) num giro de pelo menos 180º, findo o qual fecha­se a(s) mão(s), retornando­a(s) ao ponto inicial, repetindo essa ação tantas vezes quantas necessárias. Observe­se que nos “pequenos circulares” o braço não se movimenta. Os circulares propriamente ditos (ou “grandes circulares”) são realizados com a(s) mão(s) parada(s), mas o(s) braço(s) girando em torno do ponto que se deseja magnetizar. Imagine­se que iremos alisar ou massagear a região que vai ser tratada, sempre no sentido horário e observando­se a característica do passista, se palmar ou digital. Faz­se o giro completo em torno do ponto em magnetização. Querendo fazer uma parada após cada giro (isso é totalmente opcional), retorne a(s) mão(s) fazendo­a(s) girar, afastada(s) do ponto da aplicação e com ela(s) fechada(s). Na realidade, esses circulares receberam o nome de aflorações exatamente por essa característica de massagem que ela transmite. ➢ Como funcionam: Os “pequenos circulares”, por serem mais apropriados para atendimento magnético em regiões menores, normalmente são aplicados muito próximos do local, adquirindo, por isso mesmo, a característica de concentrador ativante. São concentradores porque estarão dentro do próprio circuito de captação do centro vital ou da região em tratamento, o que resulta na característica concentradora de fluidos. As “aflorações psíquicas”, abrangendo regiões maiores (mas, na medida do possível, atendendo e relacionando­se a um único centro vital por vez), também funcionam como concentradoras de fluidos, só que tanto podem ser aplicadas na estrutura dos ativantes como dos calmantes; todavia, os resultados ativantes são sempre melhor pronunciados. Salientamos que as duas técnicas, “rotatórios” e “aflorações”, levam uma vantagem sobre certas imposições, como concentradoras: a prática tem demonstrado que quando realizamos concentrações fluídicas através de circulares, a incidência de “retorno” fluídico, que seria absorvido pelos pólos emissores (as mãos) do passista, é muito reduzida, o que resulta em maior conforto na sua realização e melhor absorção fluídica pelo paciente. Uma sugestão de ordem prática: como é comum, ao girarmos as duas mãos de uma vez, cada uma girar num sentido contrário à da outra, quando o passista for realizar a afloração e pretender usar duas mãos, inicie usando apenas uma mão; gire­a observando o sentido horário e, em seguida, adicione a outra mão no mesmo sentido. ➢ Para que servem: Para tratamentos que requeiram vivas concentrações fluídicas. Pela forma como os fluidos são “despejados” literalmente dentro do sistema vorticoso dos centros vitais, a absorção destes é muito efetiva e seus resultados, por isso mesmo, são muito positivos. Casos que estejam relacionados com os centros Laríngeo, Cardíaco, Gástrico, Esplênico e Genésico são muito bem tratados com essas técnicas, bem como tumorações, cânceres, inflamações, problemas de pele e ossos. ➢ Em que são mais eficazes: Os “pequenos circulares” são muito felizes em pequenas feridas ou pequenas infecções, enquanto as aflorações são muito eficientes 29 Grupo Espírita Francisco de Assis em questões gástricas de uma forma geral ou regiões maiores sob inflamações e/ou infecções. Perpendiculares ➢ Como usar: Técnica mais voltada para uso de longo curso (da cabeça aos pés ou, no mínimo, que envolva os sete centros vitais principais do paciente), os perpendiculares solicitam que o paciente e o passista estejam de pé, formando um ângulo de 90º em relação ao outro, pois o passista irá passar as mãos, simultânea e concomitantemente, uma pela frente e outra por trás do paciente. A passagem das mãos normalmente se dará de forma rápida e a uma distância pequena. Quando as mãos tiverem percorrido todo o percurso previsto, o passista fechará as mesmas, afastando­as do corpo do paciente e só reabrindo­as quando tiver retornado ao ponto onde irá reiniciar nova passagem. ➢ Como funcionam: Pela descrição acima, os perpendiculares serão dispersivos ativantes gerais. Seu poder de dispersão geral (de grande curso) é muito grande e, por isso mesmo, os magnetizadores clássicos os usavam com freqüência, especialmente quando o paciente tinha dificuldade para se equilibrar ou retornar ao domínio de si mesmo após as longas seções de magnetismo a que era submetido. Entretanto, os perpendiculares poderão ser usados como concentradores ativantes (passando­se as mãos de forma lenta e próxima) e, em alguns casos, como concentradores ou dispersivos calmantes. Porém, nem sempre esse método é totalmente feliz com os calmantes por causa da necessidade de distância que as mãos deverão assumir em relação ao corpo do paciente. ➢ Para que servem: ​
Para ordenar os centros vitais, todos em relação a todos; para tratar a psi­sensibilidade; para auxiliar em problemas motores e psíquicos e para aliviar depressões. ➢ Em que são mais eficazes: No alinhamento dos centros vitais e no equilíbrio geral do sistema nervoso e da corrente sangüínea. Sopro Frio ➢ Como usar: Enchem­se os pulmões completamente e solta­se o ar em direção ao ponto que se pretende magnetizar (como se ali estivesse uma vela acesa e quiséssemos apagá­la com o sopro), até esgotar toda provisão de ar dos pulmões. Finda a provisão, fecha­se a boca e respira­se com naturalidade duas ou três vezes e depois repete­se o processo. A depender do que se pretende realizar com a insuflação fria (sopro frio), pode­se aplicá­la próximo ou distante do paciente, com maior ou menor vigor. ➢ Como funcionam: Seu uso mais freqüente é no sentido dispersivo calmante. Para tal, o sopro é feito a relativa distância (em média, acima de 50 cm. do paciente) e expelido o ar com vigor em direção ao ponto ou centro que se deseja dispersar. Mas pode­se concentrar calmantes fazendo esse mesmo tipo de aplicação, só que de forma bastante lenta. Também é possível concentrar ativantes com o sopro frio, mas, 30 Grupo Espírita Francisco de Assis para o caso de uma potente ativação concentrada localizada, a recomendação básica é que se substitua o sopro frio pelo sopro quente, por este ser mais eficiente nesta circunstância. De outra forma, os sopros frios podem funcionar como ativantes, tanto na dispersão como na concentração, quando realizados de forma longitudinal; significa dizer que devem ser aplicados ao longo de uma região, como se o sopro estivesse fazendo o papel das mãos. ➢ Para que servem: Sobretudo para acalmar agitações e crises nervosas, debelar febres, tirar pacientes de transes hipnóticos, sonambúlicos, magnéticos e/ou mediúnicos e ordenar centros vitais em descompensação em relação a outros centros. ➢ Em que são mais eficazes: No trato de epilepsias, febres, convulsões e dissipação de acúmulos fluídicos densos em centros vitais. Sopro Quente ➢ Como usar: Como ele será aplicado muito próximo do ponto que será magnetizado, inclusive, em alguns casos haverá necessidade do toque com os lábios, recomenda­se que se isole o local a ser tratado com um pano, flanela, fralda ou similar, tanto para evitar o contato direto com a pele do paciente como para reter eventuais bacilos ou germes peculiares aos mecanismos do sistema respiratório/fonador (aí considerado nariz, boca, garganta como um todo e o esôfago). Isto feito, com a boca distante do paciente, enche­se os pulmões completamente e solta­se o ar sobre o ponto determinado, lentamente (como se quiséssemos embaçar uma superfície metálica ou um espelho, por exemplo), até esgotar toda provisão de ar nos pulmões. Finda a provisão, fecha­se a boca, afastando­a do paciente e respira­se com naturalidade cinco ou seis vezes (ou quanto for necessário para que a respiração do passista fique completamente normalizada), para só então se repetir o processo. Uma ressalva muito importante é que esta técnica é excessivamente desgastante para o passista em termos fluídicos, pelo que ele deve se abster de repetí­la muitas vezes, sob pena de rapidamente cair em fadiga fluídica. ➢ Como funcionam: ​
Como concentradores ativantes de grande poder. ➢ Para que servem: Para resolver severos problemas de inflamações e/ou infecções ou necessidades magnéticas e/ou mediúnicas de grandes concentrados fluídicos ativantes. Pelo seu grande poder concentrador de ativantes, não é técnica recomendada para se usar sobre os centros vitais superiores e intermediário (coronário, frontal, laríngeo e cardíaco), salvo se o magnetizador tiver muita experiência e perfeito domínio de sua doação e direcionamento dos fluidos aí concentrados. ➢ Em que são mais eficazes: No tratamento de inflamações, furúnculos, infecções localizadas e tumores em geral e ainda, como resume Michaelus (em “Magnetismo Espiritual”), a partir dos magnetizadores clássicos: “nos ingurgitamentos, nas obstruções, asfixias, dores de estômago, cólicas hepáticas ou nefríticas, enxaquecas, afecções glandulares, dores de ouvido, surdez, etc., tendo grande efeito sobre as articulações, sobre o alto da cabeça, o cerebelo, as têmporas, os olhos, as orelhas, o epigastro, o baço, o fígado, os rins, a coluna vertebral e o coração.” Conjugação (Uso Múltiplo) de Técnicas 31 Grupo Espírita Francisco de Assis A maioria das técnicas acima vistas poderá ser combinada entre si. O fator determinante desse uso dependerá diretamente da habilidade e da experiência do magnetizador. Por princípio, é aconselhável que nenhum neófito (iniciante) na arte da cura pelas mãos, faça associação ou conjugação de técnicas, até que tenha experiência suficiente que indique um certo domínio entre as várias técnicas em particular. Sem esse domínio mínimo, o passista estará colocando o tratamento em dúvida e os pacientes em risco, e terá dificuldade de avaliar qual técnica está mais apropriada ou menos feliz nos tratamentos levados a efeito. A conjugação de técnicas varia muito, entretanto veremos alguns exemplos mais comuns. ➢ Como usar: Com conhecimento do que cada técnica realiza quando empregada isoladamente e não desprezar as variações quando aplicadas em conjugação. É muito importante isso: por vezes, a conjugação de técnicas altera significativamente as atribuições de técnicas aplicadas isoladamente, variando, inclusive, de passista para passista. Daí toda necessidade de segurança prévia, experiência e o sentido de observação e acuidade muito abertos. ➢ Como funcionam: Citaremos dois exemplos. O primeiro envolve ​
imposição e longitudinais​
. Quando alguém estiver muito desarmonizado em seus centros vitais, por exemplo, desarmonia provocada por demoradas descompensações localizadas ou por mudanças do clima fluídico muito rápidas e intensas, podemos “forçar” o alinhamento fazendo uma imposição com uma mão próxima do coronário e com a outra realizando dispersivos ativantes (próximo) longitudinais gerais sobre os demais centros vitais. Com isso, pela imposição estaremos “introjetando” fluidos ativantes no paciente e os longitudinais estarão “forçando” a passagem desses fluidos para todos os demais centros, como se estivesse fazendo uma retífica ou um balanceamento geral no alinhamento dos centros. Em todo caso, sempre há a possibilidade de sobrar algum concentrado no coronário, pelo que fica recomendado que assim que se parar de aplicar esta conjugação, faça­se dispersivos localizados sobre o coronário (usa­se, nesses casos, dispersar com transversais). Os resultados são muito bons. Pode­se fazer o mesmo com os calmantes, apesar da dificuldade surgida pelo distanciamento das mãos. O segundo envolve os ​
longitudinais com o sopro frio​
. Há casos que requerem uma ação magnética geral mais efetiva em menor tempo e nem sempre é recomendado o uso das imposições isoladamente ou os longitudinais muito lentos, pois pode haver desarmonias e conseqüências desagradáveis no paciente. Por exemplo: uma pessoa além de trazer carências orgânicas e perispirituais, ainda se encontra envolvida numa aproximação espiritual sofredora. Se aplicar passes ativantes muito demorados, pode ocorrer o acendramento da aproximação e, a partir daí, fica mais fácil ocorrer a psicofonia ou a vampirização fluídica. Nesses casos, podemos conjugar longitudinais com sopros frios; com os primeiros, realizamos a parte dos ativantes (mãos próximas do paciente) e, com os sopros frios, a parte dos calmantes (boca distante do paciente), a um só tempo. E logo após fazermos um máximo de duas passagens gerais concentradoras (lentos, da cabeça aos pés ou envolvendo os sete centros principais), intercalamos dispersivos gerais (dois ou mais), usando as mesmas técnicas em questão: longitudinais e sopros frios (aplicados rapidamente). ➢ Para que servem: Para ampliar o alcance das técnicas quando aplicadas isoladamente, assim como para se obter resultados mais expressivos em 32 Grupo Espírita Francisco de Assis determinados atendimentos. Também são muito requeridas para reduzir os tempos de tratamento geral. ➢ Em que são mais eficazes: ​
Em todas as oportunidades que forem usadas, desde que sejam utilizadas com sabedoria e segurança. PASSES INDIVIDUAIS
Dizemos que os passes são individuais quando o atendimento do paciente é feito por um passista por vez, podendo ser assim dividido: Em cabines individuais: Quanto existem cabines ou macas individuais, com o paciente isolado de outros pacientes. Esta é a situação mais favorável para aplicação dos passes de origem magnética, ou seja: magneto­espirituais, magneto­magnéticos e os magneto­mistos, sob quaisquer modalidades de técnicas, assim como, em alguns casos, os misto­espirituais, misto­magnéticos e os misto­misto. Em cabines coletivas: Quando, mesmo havendo apenas um passista, forem dispostos mais de um paciente numa sala ou cabine ampla, e este sair aplicando passes individualmente por paciente, o mesmo se dá quando se dispuser de mais de um médium, quando, então, serão distribuídos os pacientes para cada passista. Este é o tipo ideal para passes de origem espiritual, ou seja: os espírito­espirituais, espírito­magnéticos e espírito­misto, além de algumas variações dos mistos, de acordo com as conveniências. Ideal também para o atendimento de grande número de irmãos que buscam o passe antes ou após as reuniões doutrinárias a fim de estabelecerem uma harmonia psíquica. PASSES COLETIVOS Como o próprio nome sugere, são aqueles aplicados em mais de uma pessoa (ou Espírito), de uma só vez: Vejamos alguns exemplos: a) Em reuniões públicas que não têm passe antes, durante ou após os estudos, normalmente a Espiritualidade favorece os presentes com um passe espírito­espiritual. Nessas ocasiões os médiuns videntes costumam ver flores, raios luminosos, água cristalina a verterem do Plano Espiritual sobre a assembléia, num fenômeno de rara beleza. b) Muitas vezes quando se aplica passes em crianças sentadas ao colo da mãe, posto que as duas estão, ao mesmo tempo, recebendo as benesses do passe. c) Quando, pela inexistência de suficiente número de médiuns com condições para o atendimento, um único médium impõe a(s) mão(s) sobre os presentes e, invocando as bênçãos divinas, aplica um passe espírito­misto coletivo. 33 Grupo Espírita Francisco de Assis O PASSE NA CASA ESPÍRITA Segue abaixo algumas sugestões para aplicação de passes na Casa Espírita, tendo em vista que vimos várias técnicas as quais poderiam, sem uma explicação adicional, sugerir que deveríamos utilizá­las todas a qualquer tempo e de qualquer maneira. Estejamos atentos para que tal raciocínio não seja inserido em nossos trabalhos. Vamos analisar como e quando devemos fazer uso de cada técnica, observando a qualidade do passe segundo a origem do fluido. ​
É importante lembrar que a oração, o recolhimento e o equilíbrio, aliados à fé e à vontade do passista, são pré­requisitos indispensáveis, os quais já devem fazer parte da cultura geral do médium passista. O Passe Espiritual Considerando apenas o passe dado diretamente pelos Espíritos, por motivos óbvios nos dispensaremos de qualquer comentário. Se, entretanto, nos referimos ao passe doado por um médium com os fluidos vindos primordialmente da Espiritualidade, sugerimos três opções de técnicas: A primeira delas é a mais elementar: a imposição de mãos. A segunda seria um misto de imposição de mãos seguido de um dispersivo, culminando (ou não) com uma nova imposição de mãos. A terceira seria uma conjugação mais complexa onde se iniciaria pela imposição, seguida de uma dispersão; depois aplicar­se­ia um longitudinal (calmante ou ativante conforme a intuição) seguido de novo dispersivo, podendo encerrar com esse dispersivo ou com uma nova imposição. O Passe Misto As três opções anteriores são perfeitamente aplicáveis aos casos atendidos por este passe, mas podemos abrir margem a outras situações. Caso opte­se por um passe misto­misto ou um misto­magnético em cabine individual, algumas das outras técnicas apresentadas poderão ser aplicadas comutativamente, atendendo ao que orientar o tato­magnético ou a intuição. Contundo, em sendo passe coletivo, deve­se procurar evitar a profusão de técnicas. O Passe Magnético Para aplicação deste passe, mesmo sendo o magneto­espiritual, recomenda­se que sua aplicação se restrinja àquela de forma individual. Isto porque tal passe normalmente requererá uma variedade de aplicações de técnicas, bem como, via de regra, solicitará uma elasticidade de tempo um pouco maior que as modalidades anteriores para sua efetivação. Será nesta modalidade de passe que teremos oportunidade de experimentar com calma o tato­magnético e a intuição, onde cada caso será sempre um caso, não comportando 34 Grupo Espírita Francisco de Assis padrões para o atendimento. Entretanto, recomenda­se iniciar este passe por uma imposição sobre a cabeça (centro coronário) enquanto se estabelece o “contato”, a “relação” e, logo em seguida, se procede um dispersivo geral, a fim de retirar ou reestabilizar as “camadas” mais densas dos fluidos ditos “pesados”, ao tempo em que começa por reordenar os demais fluidos. Após a dispersão (que se fará de uma ou várias vezes, a depender do “feeling” do passista), inicia­se então o passe propriamente dito, aplicando­se a(s) técnica(s) que for(em) mais conveniente(s). Nestes casos o dispersivo deve ser utilizado igualmente ao final de cada sessão de passes, assim como, a depender do tratamento que se esteja levando a efeito, poderá ser intercalado algumas vezes entre os próprios passes. O quando e como distinguir estes momentos intermediários só mesmo a prática, a intuição bem desenvolvida e um tato­magnético bem aprimorado o dirão. Uma regra geral, todavia se sobressai: nenhuma técnica ou adaptação deverá ser feita ou empregada quando tender ao misticismo, ao ritualismo e ao exibicionismo, ou quando ferir os critérios de prudência, conveniência, aptidões, respeito ao próximo e bom senso. A Distância e a Velocidade a) Quanto mais ​
perto (dos limites da aura) passarmos as mãos, mais ​
energizantes​
, mais ​
ativantes​
serão os passes; b) Quanto mais ​
distantes​
, mais ​
calmantes​
serão os efeitos; c) Quanto mais ​
lentos​
, mais ​
concentradores​
de fluidos; d) Quanto mais ​
rápidos​
, mais ​
dispersivos​
. OUTROS USOS DO PASSE O Passe a Distância (Irradiações) “No passe a distância, que é uma modalidade de irradiação, o médium, sintonizando­se com o necessitado, a distância, para ele canaliza igualmente fluidos salutares e benéficos. (...) Nas chamadas “sessões de irradiação”, os doentes são beneficiados a distância, não somente em virtude dos fluidos dirigidos conscientemente pelos encarnados, como pelas energias extraídas dos presentes, pelos cooperadores espirituais (...).”​
(Martins Peralva, “Estudando a Mediunidade”, cap. 27) Muito justo observar a afirmação de que são extraídos fluidos dos presentes e não apenas dos passistas e Espíritos. Este é um fenômeno comum pois muitas vezes alguém vai à cabine pensando em “receber passes” mas, na realidade, sua necessidade maior é de “doar fluidos”, oportunidade em que os Espíritos fazem “saques” dos fluidos excedentes e “recanalizá­os” aos necessitados, atendendo, desta sorte, a dois de uma só vez. Isto também sugere explicação para o fato de o passe espiritual ou o misto (quanto a origem do fluido) não cansarem tanto os médiuns; afinal além das energias dos Espíritos e deles mesmos, em tais casos ainda se conta com o eventual reforço advindo de outro(s) paciente(s)/doador(es). 35 Grupo Espírita Francisco de Assis “Distância não é obstáculo para os médicos do Além, portanto o tratamento pode ser administrado a um doente que vive em qualquer lugar do mundo. (...) O tratamento a distância funciona como valioso suplemento no tratamento por contato (...).” (George Chapman, “Encontros Extraordinários”, cap. 3, páginas 16 e 17). “No tratamento a distância não é preciso mentalizar qualquer gesto do passe. É suficiente pensar no doente (...) deixando, entretanto, seja feita a vontade Divina.” (Wenefledo de Toledo, “Passes e Curas Espirituais”, página 105). Recebimento de Passe por Pessoa Ausente “Alguém não pode substituir alguém, de maneira total, na recepção do passe, mas a mentalização do necessitado do socorro espiritual por parte de quem recebe semelhante auxílio magnético é apoio e assistência de grande valor para quem se pede a intervenção da Vida Maior.” (Chico Xavier, “Chico, de Francisco”, questão 7, página 119) Bem se vê que não se trata de uma substituição total, mas, também não quer dizer que o esforço não tenha sentido ou valor. Vale sim; primeiro porque sabemos que intenção é o grande motor da vontade; depois porque Deus nunca despreza nossos impulsos na direção do bem; e terceiro porque a ação fluídica a distância é uma realidade efetiva. Contudo, essa prática feita de forma habitual com o objetivo de substituir comodismos ou irreverências de terceiros não será positivamente um motivo ideal para tal desiderato, pelo que não se justificaria. O Autopasse É, em termos de técnica, o mais simples de todos mas, em se tratando de sua execução, nem sempre é fácil. Trata­se da oração, da prece sentida, religiosa, santa, verdadeira e pura. E isso não somos nós que o dizemos de forma isolada; o próprio Jesus nos ensinou: “Pedi e dar­se­vos­á; buscai e achareis, batei e abrir­se­vos­á.” O mestre apontou­nos a necessidade de uma ação efetiva, aliada ao trabalho individual e intransferível. Mas, quando estamos perturbados fica difícil fazermos uma prece com essas características. Daí, devemos recorrer antes à leitura de um bom livro de mensagens para depois, mais tranqüilos, fazemos nossa prece, nosso autopasse. ÁGUA FLUIDIFICADA A água é dos corpos mais simples e receptivos da Terra. É veículo dos mais poderosos para os fluidos de qualquer natureza. Em vista disso, a água pode ser fluidificada, transformada em portadora de energia e de recursos medicamentosos, tanto psíquicos quanto físicos. Largamente utilizada no meio espírita, a água fluidificada é um complemento do passe. Pode ser fluidificada no Centro, em nossa casa ou em qualquer lugar, mediante uma prece, solicitando à Espiritualidade este recurso, pois a sua fluidificação é uma tarefa 36 Grupo Espírita Francisco de Assis executada pelos Espíritos. A fluidificação da água também pode ser executada por um médium, desde que haja o recolhimento através da oração, e em seguida basta impor a(s) mão(s) sobre o(s) recipiente(s) que contém a água e deixar fluir as energias, os fluidos magnéticos, direcionando­os pela sua vontade mas sujeitando­os, pela prece, à Vontade Maior. Quanto à questão dos vasilhames estarem abertos ou fechados, não faz a menor diferença, pois nenhuma matéria, até onde todas as pesquisas científicas e espíritas já chegaram, é capaz de deter ou opor obstáculos à transmissão fluídica. Com relação ao material do vasilhame, nada, neste sentido, importa à fluidificação. Os recipientes podem ser de vidro, plástico, alumínio, cobre, latão, escuros, claros, opacos, transparentes... Deve­se cuidar, todavia, para que os mesmos estejam limpos e isentos de impurezas que possam vir a contaminar a água. Sendo um recurso medicamentoso, somente como tal deve ser utilizada, evitando­se o abuso ou o vício de levar automaticamente a água ao Centro para fluidificar. A água tanto pode ser fluida para uso de uma determinada pessoa como para uso geral, o que normalmente ocorre nas reuniões espíritas. TATO­MAGNÉTICO (DIAGNOSE) Trata­se do registro psicotátil, por parte do médium, quando estiver pesquisando, sentindo, registrando, por diferença de vibração, as emanações fluídicas do corpo perispiritual do paciente. Em linha geral, consiste no “tato­sem­contato” do médium sobre o corpo do paciente, normalmente com as mãos, a uma distância relativamente curta, sobre o que se convencionou chamar de “limites externos da aura”, o que em média dá um afastamento de uns 5 a 15 centímetros. Tal como no passe longitudinal, passa­se as mãos por sobre o paciente, lentamente, numa média de 15 a 25 segundos da cabeça aos pés e, em vez de mentalmente liberar fluidos para o corpo daquele, aguça­se a sensibilidade magnética para perceber, pelas variações fluídicas, as emanações que o corpo físico e o perispiritual emitem. Assim, os médiuns registram os pontos, as zonas ou os campos que estão em desequilíbrio. Os passistas experientes nesta técnica, com uma ou duas passagens sobre o corpo do paciente, já detectam muitas e valiosas informações, mas as pessoas que ainda não têm domínio da experiência nem uma sensibilidade “psicotátil” apurada sentirão necessidade de experimentar mais vezes. O tempo e a prática continuada melhoram enormemente tal sensação e registro. O tato­magnético também pode ser feito através do olhar, num misto de vidência. Devemos ressalvar que a prática do tato­magnético deve ser restrita aos passes magnéticos ou mistos, quanto à origem do fluido, e quando feitos em cabines isoladas ou para tal fim destinadas, já que os passes coletivos dificultariam tal prática. COLA PSÍQUICA 37 Grupo Espírita Francisco de Assis Tendo se o passe espiritual por referência (em termos de origem do fluido), os centros vitais do passista, por estarem esgarçados, fazem surgir campos de “imantação”, que, por sua vez, transmitem seu magnetismo para os fluidos que lhes atravessam tais campos. Seguindo o percurso desses fluidos espirituais, agora impregnados da “imantação” até o corpo do paciente, ali os encontraremos em qualificada estabilidade, com todas as suas potências fluídicas bem assimiladas. A imantação, propiciando uma melhor aderência psíquica, impõe um alto poder de afinidade com idênticos campos no paciente. Isto se dá porque o paciente, embora igualmente possuindo campos de “imantação”, nem sempre possui o esgarçamento vital requerido e, dessa forma, torna­se frágil para reter, por si só, o novo campo fluídico a que estaria sendo submetido (o dos fluidos espirituais, que são muito sutis) se não houvesse a presença do passista. O que se verifica é que o passista, por sua disposição de doador e pela ação da doação e transferência magnética, esgarça seus campos de “imantação”, de onde vem o poder de aderência magnética. O paciente, por sua posição passiva de recebedor, normalmente está carente desse poder, pelo que o trânsito das energias espirituais pelo passista dá ao fluido espiritual um incremento no seu campo de afinidade fluídica, assim favorecendo à estabilidade e à manutenção dos fluidos espirituais que lhe são doados. A esse incremento dado aos fluidos espirituais é que chamamos de ​
cola psíquica​
. PSI­SENSIBILIDADE É uma espécie de sensibilidade anímica, psíquica, muito sutil, que está além da sensibilidade física. Para o paciente é uma zona sutil de registro sensório devido às mudanças fluídicas ocorridas em seu cosmo fluídico. Embora tais mudanças, quando incômodas sejam localizadas, costumam ser de difícil definição. Traduzindo informações peculiares ao padrão fluídico em que o paciente vibra ou como foi induzido a vibrar, normalmente o paciente acusa­a referindo­se a tonturas, dores na cabeça, turvamento da visão, enjôos e ânsias, um certo ouriçar da epiderme, além de outros mal­estares indefinidos. Como todos possuímos dispositivos sensórios naturais a nos predispor ao conforto ou nos sinalizar alertas, quando passamos por transformações muito rápidas – como pode acontecer em muitas magnetizações – nem sempre a adaptação à mudança acompanha a velocidade real da mudança, precisando o campo vital como um todo, via de regra, de um certo tempo para o “reconhecimento” da transformação, assim como para assumir a nova posição. A psi­sensibilidade é o mecanismo de “informação” a dar conta dessas sensações. Quando tratamos certos pacientes “corrigindo” as desarmonias localizadas por meio dos passes, devemos realinhar os seus centros vitais, mas se não movimentarmos sua psi­sensibilidade em direção ao novo alinhamento, ele poderá ficar registrando um certo desconforto, podendo, a partir daí, fazer com que o processo de magnetização seja parcialmente anulado, por força psicológica, retrocedendo à posição de desalinho. Podemos movimentar a psi­sensibilidade através das técnicas dispersivas. Um passista experiente sabe que após sentir que os passes objetivos (aqueles destinados a atender às 38 Grupo Espírita Francisco de Assis necessidades diretas de determinado centro) estão concluídos, será conveniente fazer um pouco mais de dispersivos gerais, pois esses não só forçarão ou provocarão o alinhamento de todos os centros, como trarão junto a psi­sensibilidade. Tanto é verdade que a maioria dos casos de retorno às cabines de passes, por conta dos mal­estares acusados pelos pacientes, se resolve exatamente pela simples aplicação de dispersivos, o que sinaliza duas possibilidades: ou estava faltando o alinhamento dos centros vitais ou faltava sintonizar a psi­sensibilidade do paciente à sua nova realidade fluídica. USINAGEM FLUÍDICA Os centros vitais têm várias funções em nossas vidas, dentre as quais duas se destacam sobremaneira: a de captar fluidos exteriores – do Sol, do ar, do cosmos, dos outros seres e dos Espíritos – internalizando­os em nossos campos fluídicos (perispiríticos) e orgânicos; a outra seria o inverso dessa: a transformação de elementos e fluidos orgânicos em fluidos sutis, predispondo­os à exteriorização. É exatamente esse processo de transformação fluídica para exteriorização que chamamos de “usinagem fluídica”. Há muitos pacientes que se sentem mal exatamente porque usinam fluidos e não os exteriorizam, assim contraindo o que seria catalogado como “autocongestionamento fluídico”. É comum esse tipo de paciente funcionar como uma espécie de gerador externo a fortalecer o tônus fluídico do passista. Esses pacientes, atentos aos seus potenciais fluídicos e estudando e se dedicando à tarefa, poderiam vir a ser excelentes magnetizadores. CONGESTÃO FLUÍDICA Congestão fluídica é a concentração indevida de fluidos num centro vital. Quando nossos centros vitais estão em mau funcionamento, eles nos transmitem sensíveis desconfortos. Esse mau funcionamento depende, entre outras coisas, de seu padrão de giro, ou seja, de estar ou não em harmonia com a natureza – cujo grau ideal deve ser de espiritualização e de desapego. Além de as complicações geradas pelo próprio paciente, como mentalizações negativas, odientas, vingativas, rancorosas e semelhantes ou ainda pelo descuido com o próprio corpo, através de alimentação inadequada, ausência ou excesso de exercícios, repouso ineficiente, uso de drogas e outros hábitos nocivos à saúde, o paciente ainda pode absorver fluidos incompatíveis ou nocivos ao seu cosmo fluídico ou vir a gerá­los para exteriorização, mas em não exteriorizando­os, tê­los acumulados em suas estruturas vitais. Como conseqüência disso tudo, esses fluidos densos podem se acumular de tal forma que vedarão ou isolarão o(s) centro(s) vital(is), roubando­lhe(s) a capacidade de administrar(em) o circuito orgânico e vital a que esteja(m) afetado(s). Para resolver uma congestão fluídica, o ideal é contar com o auxílio de um passista que saiba trabalhar técnicas dispersivas. Normalmente, a dispersão desses fluidos congestionados gera alívio imediato no paciente e o passista, de certa forma, absorve para seu cosmo fluídico eventuais excessos que sejam compatíveis com suas 39 Grupo Espírita Francisco de Assis características fluídicas. O restante (se houver), retorna à fonte de onde veio (o fluido cósmico). Não podemos deixar de salientar que há relação direta entre congestão fluídica e acúmulo de ectoplasma, afinal o ectoplasma é uma das variantes dos fluidos vitais, apesar de sua especificidade. Existem pessoas que liberam ectoplasma de forma quase contínua e boa parte desses fluidos fica impregnada em regiões do corpo (orgânico e/ou perispiritual), gerando desconfortos e até mesmo doenças, o que poderia ser classificado como congestão fluídica por ectoplasma. A retirada dessas energias ectoplásmicas acumuladas também se dá por técnicas dispersivas. FADIGA FLUÍDICA Quando exteriorizamos muito fluidos vitais, quando operamos fluidos vitais de forma equivocada ou ineficiente, ou quando, desavisada e inocentemente, absorvemos fluidos ou campos fluídicos desarmônicos de outras pessoas ou entidades espirituais, sempre há a possibilidade de acontecer profundos desarranjos fluídicos em nosso campo vital, podendo, a partir destes, ocorrer repercussões de profundidade, deixando nossos centros vitais sem condições de se auto­regularem, daí advindo a falência parcial ou total dos mesmos. Essas ocorrências determinam, portanto, a fadiga dos centros vitais, a congestão fluídica dos mesmos ou ainda as duas coisas. No caso específico das fadigas fluídicas, como conseqüências palpáveis, temos: ressacas profundas (mesmo quando nenhum desatino alimentar ou de desgaste físico foi perpetrado); dores nas articulações; dores nos plexos; inchaços nas juntas; alterações fortes no sono e na digestão. A prosseguir no aumento da fadiga fluídica, tudo isso culminará por nos incapacitar para atividades físicas, seja pela paralisação ou perda da força muscular, seja por causa das dores, ora localizadas, ora generalizadas, que nos atacam – bem se vê que esta última situação é o grau máximo que temos decorrentes de uma fadiga fluídica. O mais grave das fadigas fluídicas é que elas, quando ocorrem e se somatizam, dão aspectos ou fazem­se anunciar como doenças ou problemas organo­fisiológicos, com sintomatologias muito indicativas, mas, quando pesquisados nos exames clínicos, laboratoriais e médicos, nada de anormal é encontrado. Há evidências que a usinagem pelo gástrico e pelo esplênico são as mais desgastantes, tanto que quando o centro gástrico está congestionado, ou seja, em relativa falência, é comum ocorrerem doenças que provocam a degeneração das glândulas supra­renais e consequentemente, a fadiga e a fraqueza do passista. Quando ele está por demais sobrecarregado de exteriorização fluídica, essa fadiga e essa fraqueza, de início puramente físicas, somatizam­se nas estruturas perispiríticas, vindo a ocorrer uma mais profunda fadiga fluídica. Além de inchaços e imobilizações (parciais ou totais), é comum dores no peito semelhante à angina, enxaquecas violentas e constantes, indisposição alimentar, insônia constante ou sono incontrolável sem refazimento, e até mesmo frigidez e impotência. O primeiro cuidado a ser observado com relação à fadiga fluídica é a prevenção. Evitemos a todo custo, chegar a este estado. Mas, estando nesta situação, o tratamento com passes é o seguinte: muitos passes dispersivos envolvendo tanto o(s) centro(s) em 40 Grupo Espírita Francisco de Assis desarmonia(s) como todos os principais centros vitais. Inicia­se pelos dispersivos gerais, depois parte­se para os dispersivos localizados e, por fim, retorna­se aos dispersivos gerais. Repete­se tal prática evitando­se a doação (concentração) de fluidos, sejam eles calmantes ou ativantes, isto porque os centros vitais dos portadores de fadiga fluídica normalmente encontram­se em violenta descompensação ou congestão fluídica e a aplicação de fluidos concentrados sobre eles pode vir a retardar o tratamento ou, o que é mais provável, agravar a situação e as sensações do paciente. Além disso, o passista deve fluidificar a água que o paciente deverá tomar, pelo menos quatro vezes por dia, sendo uma pela manhã em jejum, outra antes do almoço, outra antes do jantar e uma outra antes de dormir (de preferência sempre em oração). Independente de quantos passes sejam tomados, a água deve ser ingerida todos os dias, até que o tratamento esteja concluído. Independente do horário que receba o tratamento, o paciente com fadiga fluídica deve ingerir água fluidificada tão logo termine a sessão, pois este é o mecanismo ideal para que os centros vitais e órgãos afetados pela fadiga fluídica se fortaleçam fluidicamente sem comprometerem­se com congestões, posto que a assimilação fluídica por ingestão de água fluidificada se dá por afinização, quer dizer, os campos em desarmonia absorvem os campos reequilibrantes de forma direta, sem passar pelos centros vitais. ÚLTIMAS PALAVRAS Trazemos aqui as últimas palavras deste trabalho, porém não as últimas no que concerne ao estudo das curas através dos fluidos. É importante lembrar que as pesquisas nesta área têm crescido em todo o planeta, chegando a resultados animadores em laboratórios e confirmando na teoria o que o Espiritismo já nos ensina no campo prático há algum tempo. Como a própria Doutrina do Cristo e dos Espíritos é progressista, o assunto referente aos Passes tem também esta característica, de forma que seria muita presunção de nossa parte querermos encerrar aqui este tema tão fascinante. Tenham em mente que o estudo de tudo o que compõe o nosso maravilhoso mundo espiritual é luz imperecível no nosso caminho rumo ao Pai. Não podemos jamais, desvencilhar do estudo a sublimidade do amor. Estejam sempre unidos em perfeito equilíbrio entre amor e conhecimento, razão e emoção, raciocínio e sentimento, porém não percam nunca a fé no Criador e nos Bons Espíritos que trabalham em seu nome. GEFA­ Grupo Espírita Francisco de Assis Departamento de Comunicação Social Espírita ­ Equipe de Cursos Apostila baseada nas seguintes obras de Jacob Melo: O Passe – Seu Estudo, Suas Técnicas, Sua Prática 41 Grupo Espírita Francisco de Assis Editora: FEB (Federação Espírita Brasileira) Cure­se e Cure Pelos Passes Editora: Martin Claret 42 
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