ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA DE COIMBRA Avaliação microbiológica de lamas activadas por técnicas de análise e processamento de imagem Cristiano da Silva Leal Coimbra 2010 INTRODUÇÃO o A evolução demográfica e industrial trazem consigo um aumento da produção de resíduos e águas residuais. o É por isso necessária uma legislação e consciencialização ambientais mais exigentes o As águas residuais domésticas e de origem industrial podem conter elevados teores de matéria orgânica o A matéria orgânica é removida através do tratamento de águas residuais CARACTERIZAÇÃO DE ÁGUAS RESIDUAIS o COT - Carbono Orgânico Total Corresponde a todo o carbono, utilizado ou não pelos microrganismos o CQO - Carência Química de Oxigénio Corresponde à fracção orgânica da amostra susceptível de ser oxidada por via química (um oxidante forte) o CBO5 - Carência Bioquímica de Oxigénio após 5 dias Quantidade de oxigénio dissolvido consumido durante 5 dias, (expresso em mg/L)na oxidação biológica aeróbia da matéria orgânica e/ou inorgânica da amostra sob condições standard. Em águas residuais domésticas: CBO5/CQO= 0,4 a 0,6 TIPOS DE TRATAMENTO Tipos de tratamento Preliminar ou pré-tratamento Primário Secundário Terciário Processos Gradagem Tamisação Trituração Desarenação Desengorduramento Remoção de óleos e de hidrocarbonetos Medição de caudal Remoção de partículas de matéria insolúvel através de sedimentação, adição de agentes coagulantes e outros processos físicos, é removida 20 a 30% da CBO na forma particulada Remoção biológica da matéria orgânica dissolvida, é removida 90 a 95% da CBO e muitas bactérias patogénicas Lamas activadas Lagunagem Leitos percoladores Discos biológicos Digestores anaeróbios Remoção de nutrientes Remoção e inactivação de vírus Remoção de químicos residuais TRATAMENTO SECUNDÁRIO Tratamento secundário Aeróbio Lamas activadas (biomassa em suspensão) Leitos percoladores (biomassa fixa) Anaeróbio Discos biológicos rotativos (biomassa fixa) TRATAMENTO APROPRIADO o A escolha da tecnologia utilizada no tratamento biológico de águas residuais depende sobretudo das características (físico-químicas) do efluente a tratar e do meio receptor da descarga o “Tratamento apropriado” “O tratamento de águas residuais urbanas por qualquer processo e ou por qualquer sistema de eliminação que, após a descarga, permita que as águas receptoras satisfaçam os objectivos de qualidade que se lhes aplicam.”(Decreto-lei nº152/97 de 19 de Junho) ESQUEMA DE UMA ETAR Esquema de uma ETAR LAMAS ACTIVADAS o Consiste numa cultura microbiana mantida em suspensão e arejada que converte a carga poluente do efluente em biomassa e outros produtos Mecanismo de decomposição aeróbia Matéria orgânica Produtos finais CO2, H2O, N2, P Biomassa Resíduo não biodegradável CONSTITUIÇÃO DAS LAMAS o Bactérias (dispersas, formadoras de flocos e filamentosas) o Protozoários e Metazoários o Células mortas o Fragmentos orgânicos não digeridos o Precipitados de compostos inorgânicos o A biomassa microbiana tem a capacidade de flocular e deste modo promover a separação sólido-líquido resultando o efluente final clarificado o A biomassa pode ser recirculada para o reactor para induzir a pressão selectiva de agregados com boas características de sedimentabilidade. OBJECTIVOS DO TRABALHO o Monitorização de protozoários, metazoários e bactérias filamentosas de ETAR’s com sistemas de lamas activadas, valas de oxidação e sistemas do tipo SBR. o Estudo das características morfológicas da biomassa agregada e filamentosa presente nos tanques de arejamento por técnicas de análise e processamento de imagem. o Estabelecimento de relações entre a microfauna presente e os parâmetros físico-químicos e de operação das ETAR’s. o Diagnóstico de disfunções no tanque de arejamento e decantador secundário tais como: • Bulking Zoogleal e filamentoso • Foaming filamentoso • Flocos do tipo pin-point • Crescimento disperso CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE TRATAMENTO DAS ETAR’S (LAMAS ACTIVADAS) Sistema básico de lamas activadas CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE TRATAMENTO DAS ETAR’S (VALA DE OXIDAÇÃO) Sistema básico de vala de oxidação CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE TRATAMENTO DAS ETAR’S (SBR) Ciclo de funcionamento de um SBR DINÂMICA DE COLONIZAÇÃO DE PROTOZOÁRIOS E METAZOÁRIOS EM SISTEMAS DE LAMAS ACTIVADAS Dinâmica de colonização da microfauna em sistemas de lamas activadas PRINCIPAIS TIPOS DE PROTOZOÁRIOS E METAZOÁRIOS EM LAMAS ACTIVADAS o Flagelados •Pequenos flagelados •Grandes flagelados o Ciliados bacteriófagos •Nadadores •Sésseis •Móveis de fundo o Ciliados carnívoros o Amebas •Amebas nuas •Amebas com teca o Metazoários PRINCIPAIS TIPOS DE PROTOZOÁRIOS E METAZOÁRIOS EM LAMAS ACTIVADAS(CONTINUAÇÃO) Locais de alimentação dos diversos ciliados bacteriófagos em lamas activadas A - nadadores B - sésseis C - móveis de fundo (Madoni, 1994). PRINCIPAIS PROTOZOÁRIOS E METAZOÁRIOS OBSERVADOS Ameba com teca (Euglypha) Rotífero (Monogononta) Móvel de fundo (Aspidisca) Ameba com teca (Arcella) Flagelado (Peranema) Séssil (Vorticella) VÍDEOS VÍDEOS VÍDEOS CARACTERIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS BACTÉRIAS FILAMENTOSAS PRESENTES EM LAMAS ACTIVADAS o Reacção à coloração de Gram; o Reacção à coloração de Neisser; o Forma e localização do filamento em relação ao floco; o Mobilidade; o Presença de septos; o Presença de bainha; o Presença de organismos aderidos ao filamento; o Presença intracelular de grânulos de enxofre; o Forma e tamanho das células individuais; o Características-chave. PRINCIPAIS BACTÉRIAS FILAMENTOSAS INDICADORAS DE PROBLEMAS Problema Filamentosas indicativas Baixo oxigénio dissolvido Sphaerotilus natans, Haliscomenobacter hydrossis, (para a carga aplicada) Beggiatoa, Microthrix parvicella, Tipos 1701 e 1863 Baixa carga Alta carga Efluentes contendo águas Microthrix parvicella, Nocardia sp., Nostocoida limicola I, Tipos 0041/0675, 0581, 0092, 1851 e 0914/0803 Nostocoida limicola II/III, Thiothrix sp., Tipo 0211, 0961 e 1701 Thiothrix sp., Beggiotoa, Tipos 021N e 0411 sépticas (Sulfuretos) Deficiência em nutrientes específicos (N e/ou P) Thiothrix sp., S. natans, H. hydrossis, Cyanophyceae, Nostocoida limicola II/III e Tipo 021N Alto teor de gorduras Actinomicetos, Microthrix parvicella pH baixo Fungos PRINCIPAIS BACTÉRIAS FILAMENTOSAS CAUSADORAS DE PROBLEMAS Principais bactérias filamentosas responsáveis por bulking: o Bulking filamentoso acontece em condições de carência de nutrientes específicos, como azoto ou fósforo, presença de substâncias tóxicas ou carência de oxigénio. o Principais bactérias responsáveis: Cyanophyceae, Leucothrix, Microthrix parvicella, Sphaerotilus natans, Tipo 0914/0803, Tipo 1701 e Thiothrix. Principais bactérias filamentosas formadoras de espumas (foaming): o Foaming filamentoso encontra-se, muitas vezes, acoplado à presença de grande variedade de hidratos de carbono, incluindo alguns de elevado peso molecular, e também de gorduras e óleos nos efluentes de entrada. o Principais bactérias responsáveis: Actinomicetos, Nostocoida limicola, Tipo 1863, Nocardia sp., Nocardia amarae e Microthrix parvicella SOLUÇÕES PARA O BULKING FILAMENTOSO Principais metodologias para eliminação de bactérias filamentosas causadoras de bulking: o Alteração das variáveis de operação para favorecer bactérias formadoras de flocos: alteração da razão F:M, aumento da taxa de arejamento e concentrações de substratos específicos ou redução da idade das lamas ; o Possível criação de zona dentro do reactor com funções de selector; o Adição de substâncias oxidantes (microbiocidas ou microbiostáticas): compostos clorados (hipocloritos), peróxido de hidrogénio ou ozonização; o Adição de iões férricos (cloreto de ferro, etc.), carbonato de cálcio ou polímeros orgânicos sintéticos e/ou catiónicos, de acção coagulante e floculante. SOLUÇÕES PARA O FOAMING FILAMENTOSO Principais metodologias para eliminação causadoras de foaming: de bactérias filamentosas o Alteração das variáveis de operação: aumento da taxa de recirculação das lamas, e/ou redução do caudal de arejamento, pH e níveis de óleos e gorduras no efluente; o Adição de cloro, sais de ferro ou agentes anti-espumantes; o Concentração e eliminação da espuma no sistema (de modo a impedir a recirculação da mesma e consequente recontaminação do tanque de arejamento); o Metodologia de tratamento depende do microrganismo causador do problema: arejamento completo para eliminar Microthrix parvicella, ou condições anaeróbias ou anóxicas para eliminar Nocardia. PRINCIPAIS BACTÉRIAS FILAMENTOSAS CAUSADORAS DE PROBLEMAS OBSERVADAS Thiothrix Nocardioformes Microthrix parvicella Haliscomenobacter hydrossis PRINCIPAIS PARÂMETROS MORFOLÓGICOS DETERMINADOS o Área total de flocos por unidade de volume; o Comprimento total de filamentos por unidade de volume; o Relação comprimento de filamentos por área de flocos; o Percentagem em área de micro, meso e macroflocos. RESULTADOS DA MONITORIZAÇÃO DE PROTOZOÁRIOS, METAZOÁRIOS E BACTÉRIAS FILAMENTOSAS (VALA DE OXIDAÇÃO) Número médio por 25µL 40 35 30 25 20 Euglypha 15 Chilodonela Monogononta 10 Vaginicola 5 Pequenos Flagelados 0 Aelossoma Coleps Hirtus Dias 6 Conteúdo em escala 5 4 Haliscomenobacter hydrossis Thiothrix Tipo 021N Nocardioformes Microthrix Parvicella 3 2 1 0 Dias Númeromédio por 25 µL RESULTADOS DA MONITORIZAÇÃO DE PROTOZOÁRIOS, METAZOÁRIOS E BACTÉRIAS FILAMENTOSAS (LAMAS ACTIVADAS) 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 Euglypha Aspidiscas Monogononta Vorticellas Paramecium Dias 7 Conteúdo em escala 6 5 4 Haliscomenobacter hydrossis Thiothrix Microthrix parvicella Nocardioformes 3 2 1 0 Dias RESULTADOS DA MONITORIZAÇÃO DE PROTOZOÁRIOS, METAZOÁRIOS E BACTÉRIAS FILAMENTOSAS (SBR) Número médio por 25µL 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Euglypha Arcella Dias 7 Conteúdo em escala 6 5 4 Haliscomenobacter hydrossis Thiothrix 3 2 1 0 Dias RESULTADOS DE PARÂMETROS MORFOLÓGICOS (VALA DE OXIDAÇÃO) Comprimento total de filamentos por unidade de volume Relação comprimento de filamentos/ área de flocos Relação comprimento total de filamentos/área de flocos (mm/mm2) Comprimento total de filamentos por unidade de volume (mm/µL) 40 35 30 25 20 15 10 5 0 40 30 20 10 0 Percentagem em área Dias Dias 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Microflocos Mesoflocos Macroflocos Dias Percentagem em área de micro, meso e macroflocos RESULTADOS DE PARÂMETROS MORFOLÓGICOS (LAMAS ACTIVADAS) Comprimento total de filamentos por unidade de volume 20 Relacão comprimento de filamentos/ área de flocos (mm/mm2) 35 Comprimento total de filamentos por unidade de volume (mm/µL) Relação comprimento de filamentos por área de flocos 30 25 20 15 10 5 0 15 10 5 0 Dias Dias 100 90 Percentagem em área 80 70 60 50 Microflocos Mesoflocos Macroflocos 40 30 20 10 0 Dias Percentagem em área de micro, meso e macroflocos RESULTADOS DE PARÂMETROS MORFOLÓGICOS (SBR) 4.00E+02 3.50E+02 3.00E+02 2.50E+02 2.00E+02 1.50E+02 1.00E+02 5.00E+01 0.00E+00 Relação comprimento de filamentos por área de flocos Relacão comprimento de filamentos/área de flocos(mm/mm2) Comprimento total de filamentos por unidade de volume (mm/µL) Comprimento total de filamentos por unidade de volume 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0 Dias Dias 100 Percentagem em área 90 80 70 60 50 Microflocos 40 Mesoflocos 30 Macroflocos 20 10 0 Dias Percentagem em área de micro, meso e macroflocos CONCLUSÕES Relativamente à ETAR com vala de oxidação pode concluir-se: o Predomínio de amebas com teca (Euglypha) e de rotíferos indicadores de elevada qualidade de tratamento e do efluente final, regime de baixa carga, idade de lamas elevada e possíveis fenómenos de nitrificação; o Maior presença de ciliados carnívoros e flagelados nos períodos inicial e final de monitorização, indiciam diminuição da concentração de oxigénio dissolvido, e da qualidade do efluente final, nestes períodos; o Predomínio de Thiothrix, possíveis indicadores da presença de compostos de enxofre reduzidos no licor misto; o Conteúdo total em bactérias filamentosas e presença de Thiothrix, H. hydrossis e M. parvicella indiciam fenómenos moderados de bulking (concordante com valor elevado do IVL médio (350mL/g)). CONCLUSÕES o Aumento considerável de nocardioformes e M. parvicella no período final causando espumas (foaming) no tanque de arejamento (em linha com relato dos operadores). o Biomassa agregada muito constante, com predominância de mesoflocos e sem evidência de bulking zoogleal, crescimento disperso ou flocos do tipo pin-point CONCLUSÕES Relativamente à ETAR com lamas activadas pode concluir-se: o Predomínio de amebas com teca (Euglypha), rotíferos e ciliados móveis de fundo indicadores de elevada qualidade de tratamento e do efluente final, estabilização do reactor em estado pseudoestacionário, idade de lamas relativamente elevada e possíveis fenómenos de nitrificação. o Diminuição do número de protozoários e metazoários e aumento do número de sésseis e flagelados, no último período de monitorização, indicia degradação das condições existentes, com possíveis consequências ao nível da qualidade do efluente final. o Predomínio de nocardioformes e presença de H. hydrossis e Thiothrix (I e II) indiciando fenómenos de bulking e possível deficiência ao nível de nutrientes (N e/ou P). o Aumento considerável de M. parvicella no período final causando espumas (foaming) no tanque de arejamento (em linha com relato dos operadores). CONCLUSÕES o Conteúdo total em bactérias filamentosas e presença de H. hydrossis, Thiothrix e M. parvicella indiciam fenómenos de bulking (concordante com valor elevado do IVL médio (850mL/g)). o Biomassa agregada muito constante, com predominância de mesoflocos e sem evidência de bulking zoogleal, crescimento disperso ou flocos do tipo pin-point o Valores reportados de SST bastante altos (média de 7134 mg/L) podendo ser co-responsáveis pelo fenómeno de bulking indiciado pelo IVL CONCLUSÕES Relativamente à ETAR com o sistema SBR pode concluir-se: o Baixo conteúdo em protozoários e metazoários com predomínio de amebas com teca (Arcella) indicador de boa qualidade de tratamento e possíveis fenómenos de nitrificação consonante com alternância entre ciclos aeróbios e anaeróbios. o Baixo conteúdo (número e espécies) de bactérias filamentosas. o Predomínio de Thiothrix, Tipo 0914, e de H. hydrossis indicadores da presença de compostos reduzidos de enxofre e de baixo peso molecular no licor misto, e possíveis efluentes agro-industriais. o Biomassa agregada muito constante, com predominância de mesoflocos e sem evidência de bulking zoogleal, crescimento disperso ou flocos do tipo pinpoint PRINCIPAIS BACTÉRIAS FILAMENTOSAS ENCONTRADAS CAUSADORAS DE PROBLEMAS Bactérias filamentosas Causa provável Thiothrix Cargas superiores a 0.1 Kg CBO / Kg SS.dia, efluentes industriais, presença de (bulking) compostos reduzidos de enxofre (águas sépticas) e de compostos de baixo peso molecular, baixo oxigénio dissolvido (para a carga aplicada), escassez de azoto ou fósforo H. hydrossis Cargas superiores a 0.2 Kg CBO / Kg SS.dia, efluentes industriais, baixo (bulking) oxigénio dissolvido (para a carga aplicada), presença de compostos azotados, deficiência de compostos fosfatados, presença de compostos de baixo peso molecular (agro-industriais) PRINCIPAIS BACTÉRIAS FILAMENTOSAS ENCONTRADAS CAUSADORAS DE PROBLEMAS Bactérias filamentosas Causa provável Cargas inferiores a 0.2 Kg CBO / Kg SS.dia, concentração elevada de ácidos M. parvicella (bulking e foaming) gordos ou óleos, elevado tempo de retenção, concentrações baixas de oxigénio e/ou existência de extensas zonas anóxicas, temperaturas inferiores a 15 ºC e presença de compostos de enxofre reduzidos ou de azoto Nocardioformes (foaming) Ocorre em boas condições de arejamento Tipo 0914 Cargas orgânicas inferiores a 0.2 Kg CBO / (Kg SS . dia), efluentes industriais e (bulking) presença de compostos de enxofre reduzidos ESTUDOS ANTERIORES( RELAÇÃO ENTRE PROTOZOÁRIOS E EFICIÊNCIA DE TRATAMENTO) Grupo dominante Eficiência Causa possível Pequenos flagelados má Lamas pouco oxigenadas; carga muito forte; entrada de substâncias fermentescíveis Pequenos ciliados nadadores medíocre (<50 µm) Grandes ciliados nadadores Tempo de contacto muito baixo; lamas pouco oxigenadas medíocre Carga muito forte (<50 µm) Ciliados móveis de fundo boa Ciliados sésseis + móveis de boa fundo Ciliados sésseis baixa Fenómenos transitórios (carga descontínua; extracção recente de lamas) Pequenas amebas nuas má Carga muito elevada não facilmente biodegradável Amebas com teca boa Carga baixa; licor diluído; boa nitrificação ESTUDOS ANTERIORES (ÍNDICE BIÓTICO DE LAMAS) o O índice biótico de lamas proposto por Madoni em 1994 visa avaliar a qualidade biológica de lamas activadas o Este índice tem por base a sensibilidade dos vários grupos de protozoários ciliados alterações dos parâmetros físico-químicos e das variáveis operacionais do processo o Calcula-se avaliando o grupo de protozoários dominante a sua densidade e a variedade de espécies presentes ESTUDOS ANTERIORES (ÍNDICE BIÓTICO DE LAMAS CONTINUAÇÃO) Valor de IBL Classe Apreciação 8 a 10 I lama estável e muito bem colonizada; excelente actividade biológica; performance muito boa 6a7 II lama estável e bem colonizada; actividade biológica em decadência; boa performance 4a5 III depuração biológica insuficiente no tanque de arejamento; performance medíocre 0a3 IV deficiente depuração biológica no tanque de arejamento, baixa performance ESTUDOS ANTERIORES (ESTATÍSTICA MULTIVARIÁVEL) o Estudos anteriores (Amaral et al) de análise de regressão dos mínimos quadrados parciais multivariável (PLS) verificaram: o Uma boa correlação (R2 = 0.8628) entre o índice volumétrico de lamas (IVL) e a razão de bactérias filamentosas dispersas e sólidos em suspensão totais ESTUDOS ANTERIORES (ESTATÍSTICA MULTIVARIÁVEL) o Boa correspondência entre IVL predicto e real, em diversas ETAR’s ESTUDOS ANTERIORES (ESTATÍSTICA MULTIVARIÁVEL) ESTUDOS ANTERIORES (ESTATÍSTICA MULTIVARIÁVEL) o Limite de bulking filamentoso de 10 000 mm/mg para TL/TSS: ESTUDOS ANTERIORES (ESTATÍSTICA MULTIVARIÁVEL) o Limite de bulking filamentoso de 15 mm/mm2 para TL/TA: Obrigado pela atenção!