Fotografia

Propaganda
DESIGN DE EMBALAGENS: BATATAS RUFFLE’S
Ronan Alceste Franzoi
Centro Universitário Leonardo DaVinci – UNIASSELVI
Publicidade e Propaganda(Pep17)
25/11/2006
RESUMO
Este artigo é um estudo sobre o design das embalagens das batatas ruffle’s, e sobre a importância
do design gráfico, design de embalagens e suas parcerias com a propaganda. Mas como eles
funcionam?, como um bom design aliado a uma boa propaganda pode fortalecer a marca, hoje,
mais do que nunca, as marcas criam relacionamentos fortes e um mundo de significados.
Resumidamente podemos dizer que o marketing define o público alvo, segmentação de seus
consumidores, já o publicitário tem a função de tornar a marca, produto conhecido, enaltecendo os
seus valores, criando um vinculo de fidelidade com o publico consumidor, o design tem a função de
traduzir tudo o que o consumidor espera/deseja em um produto na embalagem, desde o seu formato
até as suas cores. Sendo assim, o ciclo se fecha, a publicidade, o marketing e o design atuando
juntos, trazendo assim, mais um produto que, com certeza será um grande sucesso.
Palavras-chave: Design; Embalagem; Publicidade; Marketing;
1 INTRODUÇÃO
A Elma Chips marca do grupo Pepsico lançou a batata Ruffle’s a praticamente 20 anos, e
atualmente é líder em seu segmento de salgadinhos, tudo isso graças a constantes inovações em
sabores e também em seus conceitos, por isso, hoje a batata Ruffle’s é a preferida pelo publico
jovem. Agora, a empresa traz mais inovações com a reestilizaçao de suas embalagens,
aproximando-se ainda mais do seu público-alvo, os jovens e adolescentes, criando assim uma forte
identificação com os mesmos.
Com a nova assinatura “Faça barulho coma ruffle’s” reforçar o posicionamento ao falar
diretamente com o seu público-alvo, os jovens e adolescentes, que não conseguem ficar quieto,
precisando sempre estar em movimento, fazendo alguma coisa. Este artigo apresentara através de
estudos bibliográficos a importância e a influencia de um bom design de embalagens.
2 BREVE HISTÓRICO DO DESIGN DE ENBALAGENS
2
Com o desenvolvimento da indústria, comércio e principalmente da sociedade, onde o
simples fato do relacionamento entre consumidor e comerciante baseava-se na confiança deste
último deixou de acontecer, e com isso passou a depender da influência da publicidade e das
embalagens que eram encomendadas pelas fábricas.
Segundo Tambini (1996, p.232):
Os designers evoluem a cada nova era: em 1900, a compra de alimentos do dia-a-dia estava
deixando de basear-se na tradicional confiança em determinado comerciante e passando a
depender do poder de influência da publicidade e embalagem encomendadas pelas fábricas.
O design de embalagem deve possuir como princípio básico, que o produto atenda e
satisfaça as necessidades e expectativas dos seus consumidores.
Para Mestriner (2002, p. 10):
[...], o design compreende a atividade de desenhar para a indústria segundo uma
metodologia de projeto que leva em consideração a função que o produto final irá realizar,
as características técnicas da matéria-prima e do sistema produtivo utilizado em sua
confecção as características e necessidades do mercado e do destinatário final do produto,
ou seja: o consumidor.
Um grande fator que ajudou a acelerar a tendência da utilização da embalagem individual
entre os anos de 1910 a 1919, foi o fato de sua fácil distribuição durante a Primeira Guerra Mundial,
pelo fato da distribuição de alimentos as tropas que se encontravam em guerra. Com isso as técnicas
para a produção das embalagens melhoraram, inclusive ao processo de lacramento das embalagens.
Segundo Tambini (1996, p.234):
A Primeira Guerra Mundial acelerou a tendência à embalagem individual, avulsa, pois era
muito mais fácil distribuir e fornecer rações às tropas em pequenos pacotes. A guerra
lançou o mundo numa nova era, e a embalagem refletiu esse fato. Muitos rótulos de marcas
do século XIX foram atualizados e, o que é mais importante, as novas técnicas de
embalagem melhoraram o acesso aos produtos e os processos de lacramento.
Ao contrário do que aconteceu entre os anos de 1910 a 1919, onde a Primeira Guerra
Mundial trousse para o mundo as embalagens o seu ápice no desenvolvimento, a segunda guerra
mundial trouxe aspectos muitos negativos que regrediram o design de embalagens.
Para Tambini (1996, p240.):
3
Na década de 40, a vida foi dominada, uma vez mais, por uma guerra mundial que afetou
todos os aspectos da sociedade. As embalagens precisaram ser adaptadas em muitos países,
devido à escassez de tinta de impressão e de matérias. Os rótulos foram reduzidos,
especialmente na Grã-Bretanha a fim de economizar papel, e o conceito de embalagem
tornou-se mais funcional.
Com o surgimento dos supermercados na década de 50, as embalagens tiveram um novo
incentivo, pois elas necessitavam de uma fácil e rápida identificação e que se vendessem a si
próprias.
Então, foi neste momento que a embalagem passou também a ser mais um instrumento da
publicidade, já que ela se utiliza de um conjunto de valores para ser lembrada pelo seu consumidor.
Segundo Tambini (1996, p. 242):
O nascimento do supermercado agiu como um incentivo, elevando a competitividade das
embalagens. Em 1950, a grande maioria dos produtos vencidos era pré-embalada e, como
as grandes lojas self-service foram esmagando as pequenas mercearias, a necessidade de
produtos instantaneamente identificáveis, que se vendessem a si próprios na prateleira do
supermercado, tornou-se imperativa. A embalagem estava se transformando num
instrumento de publicidade, evocando um conjunto de valores na mente do consumidor
através das imagens.
Somente na década de 80 foi que os designers perceberam que as embalagens podiam fazer
parte da marca, graças as novas tecnologias de corte e dobra de matérias diversos a criatividade dos
designers se superou trazendo assim uma inovação no mercado de embalagens.
Para Tambini (1996, p. 248 ), “Os designers perceberam que a embalagem podia ser
integrada a toda uma concepção de marca, veiculando uma mensagem global ao consumidor. A
tecnologia de corte e dobra de materiais e moldagem de plásticos tornou-se mais barata,
propiciando idéias mais inovadoras de embalagem” .
Com a saturação elevada no mercado de embalagens, os designers acabaram chegando aos
seus extremos para poder atrair a atenção do consumidor, porem um outro grande fator negativo
veio acompanhando o mercado de embalagem desde a década de 50 que é a preocupação com o
meio ambiente, iniciando-se assim a preocupação na fabricação de embalagens recicláveis e
biodegradáveis.
3 O DESIGN DE EMBALAGEM COMO COMPONENTE DE MARKETING E
PROPAGANDA
4
A embalagem hoje mais do que nunca é um componente muito importante para os produtos
de consumo, pois na embalagem a primeira impressão que o consumidor tem, e por mais que o
produto possua qualidade, se sua embalagem não for adequada ao seu consumidor alvo, aos seus
costumes, suas atitudes (tanto em seu design de produto, quanto no seu design de embalagem.), o
produto será um fracasso de vendas. O design de embalagem agrega valor ao produto, a embalagem
bem formulada, acaba se comunicando com o seu publico alvo.
Considerando que, muitos dos produtos que vemos nos supermercados não possuem
qualquer investimento em propaganda, a embalagem acaba se tornando o seu único meio de
comunicação entre o produto e o seu consumidor, sendo assim, muitas empresas investem em suas
embalagens tornando-as mais chamativas e diferenciadas de seus concorrentes.
Para Mestriner (2001, p.11):
A embalagem é uma ferramenta de marketing sendo que nos produtos de consumo é
também em instrumento de comunicação e venda. Na maioria dos casos, ele é a única
forma de comunicação que o produto dispõe, uma vez que a grande maioria dos produtos
expostos em supermercados não tem qualquer apoio de comunicação ou propaganda.
4 A EMBALAGEM E O SEU PRINCIPIO VISUAL
Com o surgimento dos supermercados, onde os produtos ficam estocados uns aos lados dos
outros e sem terem a influencia de um vendedor como acontecia em anos anteriores, os designers
foram obrigados a produzir embalagens diversificadas para se distinguirem dos seus concorrentes e
assim, conquistarem os consumidores.
“Inovações de embalagens bem-sucedidas são o mais poderoso conceito de marketing que
um produto pode apresentar no ponto-de-venda. A busca da inovação constitui conceito obrigatório
e deve ser perseguido em todo o projeto, por mais simples que ele seja”. (MESTRINER, 2002, p.
38).
Para chamar a atenção dos consumidores as embalagens no seu inicio utilizavam de
elementos gráficos como: bordas ornamentais e rebuscadas, letras elaboradas, brasões, selos entre
outros, foram alguns dos elementos mais utilizados no século passado.
Mestriner, ( 2001, p.13 ), nos explica que:
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Os selos, chancelas, brasões e medalhas conquistados nas exposições comerciais da época
construíram os elementos básicos das embalagens do século passado. Nesse período, a
embalagem lançava mão dos recursos gráficos disponíveis; a tipografia e a litografia eram
os tipos de impressão utilizados.
“Empresas que possuem vários produtos podem aproveitar suas embalagens para promovêlos.” (MESTRINER, 2002, p. 95), e ainda, “Pode ser uma recomendação de caráter geral do tipo,
experimente também nossos outros produtos, ou divulgações especificas de outros produtos,
chamando a atenção para um produto especifico.” (MESTRINER, 2002, p. 95)
Sabemos que o consumidor é um Ser - Humano, e como tal, ele deseja para si próprio e para
seus conhecidos o melhor, o mais bonito, mais chamativo, por isso a embalagem é tão importante,
para que os produtos sejam vistos nas prateleiras dos supermercados, para que se destaquem e
chamem a atenção do consumidor, ele deve ter um excelente design, para que o seu consumidor seja
atraído pelo produto e acabe que, consumindo-o.
Mestriner, (2001, Pg.18), afirma que: “Com o advento do marketing, as empresas
começaram a perceber todo o potencial das embalagens e sua importância nos negócios e na
comunicação”.
“A embalagem é item obrigatório nos produtos de consumo. Explorar ao máximo seu
potencial é o melhor negocio que uma empresa pode fazer hoje em dia, sobretudo porque para o
consumidor a embalagem é o produto.” (MESTRINER, 2001, p.18).
Outro fato que fortalece a utilização da embalagem como meio de propaganda é o fato de
que empresas de pequeno porte, que não possuem uma verba de comunicação que possa trazer
resultados para a venda de seus produtos, a utilizem cada vez mais como meio de comunicação
entre produto/consumidor.
Alem da utilização do próprio design de embalagem para vender o produto, ele também
serve para levar ao consumidor mais informações como as famosas “Leve 100g, pague apenas 80g
”, ou então, “premiar” o consumidor com receitas no verso das embalagens, series especiais e
limitadas das embalagens, muito utilizadas pelas empresas de cigarros e bebidas em geral, entre
outras.
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Mestriner, (2001, p. 20), afirma que: “o primeiro passo nesse caso é incluir uma chamada
publicitária”, e ainda, “[...], o verso da embalagem pode ser utilizado como espaço de midia”; para
Mestriner, essas são apenas algumas das possibilidades de mídia que a embalagem nos oferece.
Sabemos que a embalagem é um poderoso recurso de marketing, pois com a utilização de
novos materiais, processos de fabricação de rotulagens, sistemas de abertura nas embalagens e de
sua diferente exposição nas gôndolas dos mercados, tudo isso, contribuirá para a conquista e
fidelizacao do consumidor.
De acordo com Mestriner (2001, p. 41):
A verdade é que quase todos os conceitos e preocupações na hora da execução da
embalagem cabem perfeitamente no rotulo. As cores, por exemplo, obedecem o mesmo
critério. Preocupações com dados técnicos – tamanhos de letras, peso liquido e outras
normas obrigatórias – também são de igual principio e os dados precisam ser verificados
com os órgãos competentes.
5 AS CORRES NAS EMBALAGEMS
Existe uma serie de fatores que influenciam na escolha de um produto, entre eles podemos
citar alguns como a utilização das cores corretas para um determinado produto e ou público-alvo.
A utilização das cores é uma das formas mais edificasses para se persuadir o consumidor,
afinal cada cor leva para o consumidor “emoções”, como por exemplo, o emprego da cor vermelha,
que por se tratar de uma cor forte, estimulante, quente, que transmite uma sensação de calor e
energia, é muito utilizada principalmente em alimentos e bebidas, como podemos ver nitidamente
nas embalagens das batatas Ruffle’s.
Assim define Farina, (1990, p.113):
VERMELHO: Associação afetiva: dinamismo, for,ca, baixeza, energia, revolta.
Movimento, barbarismo, coragem, furor, esplendor, intensidade, paixão, vulgaridade,
poderio, vigor, gloria, calor, violência, dureza, excitação, ira, interdição, emoção, ação,
agressividade, alegria comunicativa, extroversao. BRANCO: Associação afetiva: ordem,
simplicidade, limpeza, bem, pensamento, juventude, otimismo, piedade, paz, pureza,
inocência, dignidade, afirmação, modéstia, deleite, despertar, infância, alma, harmonia,
estabilidade, divindade. LARANJA: Associação afetiva: for,ca, luminosidade, dureza,
euforia, energia, alegria, advertência, tentação, prazer, senso de humor. AMARELO:
Associação afetiva: iluminação, conforto, alerta, gozo, ciúme, orgulho, esperança,
idealismo, egoísmo, inveja, ódio, adolescência, espontaneidade, variabilidade, euforia,
originalidade, espectativa. VERDE: Associação afetiva: adolescência, bem-estar, paz,
saúde, ideal, abundancia, tranqüilidade, segurança, natureza, equilíbrio, esperança,
serenidade, juventude, suavidade, crença, firmeza, coragem, desejo, descanso, liberalidade,
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tolerância, ciúme. AZUL: Associação afetiva: espaço, viagem, verdade, sentido, afeto,
intelectualidade, paz, advertência, precaução, serenidade, infinito, meditação, confiança,
amizade, amor, fidelidade, sentimento profundo.
“A cor sempre fez parte da vida do homem: sempre houve o azul do céu, o verde das
arvores, o vermelho do por do sol. Mas agora há, também, a cor feita pelo homem: tintas, papeis de
parede, tecidos, embalagens, cinema e tv.” (FARINA, 1990, p. 111)
“O produto precisa ter uma cor. Essa cor constitui um ingrediente importante de sua
personalidade. Vale dizer que uma das cores na composição precisa ser destacada hierarquicamente.
Precisa predominar sobre as demais para ser a cor do produto”. (MESTRINER, 2002, p. 54)
Para César, (2000, p.196), assim define a utilização da cor verde: “O verde é considerado
uma cor que desencadeia paixões. Dependendo da tonalidade, pode estar associado à energia.”, e
ainda confirma a utilização da cor laranja nas embalagens: “Em propaganda, também é uma cor
forte. Muito usado em embalagens de alimentos”.
Com isso podemos notar a importância de se empregar corretamente o uso das cores para
poder persuadir o consumidor final, pois elas transmitem sensações agradáveis ou se empregadas
incorretamente podem causas sensações desagradáveis. Na embalagem notamos a utilização
harmônica das principais cores que influenciam o ser humano, ou o consumidor em potencial.
Segundo César (2000, p.194), “As cores são usadas para estimular, acalmar, afirmar, negar,
decidir, curar e, no caso da propaganda, vender. É sabido que temos reações e sensações diferentes
para cada cor”.
“Diferente do anuncio, a embalagem exerce um papel de proximidade muito maior com o
consumidor. Está ali, na gôndola, em frente aos olhos, pronta para fisgar quem está olhando. O
poder de sugestão e persuasão é indiscutível”. (CESAR, 2000, p.198)
César, (2000, p.199), ainda afirma que: “A cores completam a embalagem, revestindo-a de
visibilidade, atração e impacto. Nem sempre uma cor é adequada para um determinado produto, por
mais que pareça lógico usá-la. Mesmo com todas as pesquisas, cada caso é um caso”.
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Temos que ter cuidado especial com as cores. Nas embalagens elas têm um fator psicológico
decisivo. Causam bem-estar, despertam emoções, vontades. Por exemplo: para alimentos, a cor
laranja (não amarelado) desperta o apetite.
6 AS FONTES NAS EMBALAGEMS
Nas embalagens vemos a utilização do slogan da Batata Ruffle’s, “No Tamanho da sua
Vontade!”, com a utilização de uma fonte de fácil leitura, podemos encontrar aqui uma
peculiaridade, que a utilização de Caixa Alta nas três principais palavras do slogan, “No Tamanho”,
e “Vontade”, fazendo que com isso, seja reforçada a imagem da batata Ruffle’s, afirmando que ela
esta na quantidade certa da sua vontade de comer, ou seja, os 70g.
Assim é definida a classificação da tipologia por, César (2000, p. 168)
Embora nos dias de hoje o numero de fontes seja incontável, é possível, em sua maioria,
classificar os tipos por categoria. São eles:
1 – Antigo
2 – Moderno
3 – Com Serifa
4 – Sem Serifa
5 – Manuscritos
6 – Decorativas.
Nas embalagens das batatas Ruffle’s vemos a utilização das fontes decorativas, que assim as
defende César, (2000, p.168) “Os tipos que mais entusiasmam boa parte dos ditos diretores de arte
são os decorativos”, e ainda, “Os tipos decorativos são fantasiosos, brincalhões, radicais. Por isso
mesmo, o cuidado na escolha e combinação tem que ser o maior possível. Por outro lado, tipos
decorativos tem a vantagem de causar uma identidade visual impar na peça gráfica. Como, em sua
maioria, são tratados como arte e não como texto, são incorporados ao trabalho com a mesma
importância que a imagem.”
E ainda, César (2000, p.171), nos afirma que: “Tipos modernos caem bem para automóveis,
moda, alimentos, perfumes. Claro que a adequação é imprescindível. A primeira coisa é a fonte
representar o perfil do publico consumidor. A segunda, o da empresa anunciante.”
“A tipologia adotada e a amaneira como se trabalha com ela definem a personalidade final
do produto, pois, passando o primeiro impacto despertado pelo conjunto e despertado o desejo de
9
compra, entra em ação a informação complementar, que acaba fechando a venda.” (MESTRINER,
2002, p.58).
Para Mestriner (2002, p.58), “O mais importante sem duvida é o logotipo, que precisa ser
desenhando exclusivamente para o produto. Em segundo lugar vem a designação do produto e as
informações complementares que objetivam a venda e a transmissão dos atributos diferenciados”.
O design de embalagem tem como foco principal a utilização de vários mecanismos para
poder “conquistar” o seu consumidor, entre eles, a utilização das fontes corretas porem
diferenciadas, que tenham e sigam o mesmo “espírito” do produto, e principalmente do seu públicoalvo.
Porem, não podemos esquecer que, apesar da utilização de fontes decorativas para chamar a
atenção do publico/alvo, na parte de trás das embalagens Ruffle’s, podemos encontrar em todas as
embalagens, a utilização de fontes SANS-SERIF (Sem-Serifa) para a fácil leitura de informações
técnicas.
Na tipografia, as serifas são os pequenos trações e prolongamentos que ocorrem no fim das
hastes das letras. As famílias tipográficas sem serifa são conhecidas como sans-serif (do francês
“sem serifa”), também chamadas grotescas (de francês grotesque ou do alemão grotesk). A
classificação dos tipos serifados e não-serifados ‘e considerado o principal sistema de diferenciação
de letras. AaBbCc (Wikipedia, 2006).
7 AS IMAGENS NAS EMBALAGENS
“A utilização de imagens nas embalagens representou sempre a maior possibilidade de
inovação ao alcance dos designers. Vindas das mais diferentes fontes, as imagens alteram ou criam
novos contextos para o posicionamento do produto.” (MESTRINER, 2002, p. 40)
Para César, (2000, p.144), “Embalagens de alimentos precisam de cuidados redobrados.
Escolher uma boa ilustração ou um bom cromo é fundamental para causar o appetite appeal, isto é:
a vontade de comer.”
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Atualmente, temos a utilização de texturas que se utilizam de efeitos a laser e holográficos, e
também da utilização de embalagens que utilizam superfícies como metálicas. Isso pode ser notada
na embalagem das batatas Ruffle’s onde, a utilização de um produto metálico, mantêm a batata
sempre “crocante” e “sequinha”, sem que ela se quebre.
8 ANÁLISE - RUFFLE’S – A BATATA DA ONDA
A batata frita Ruffles foi lançada em 1958 no mercado americano pela empresa Frito
Company com uma característica única - era ondulada - semelhante a uma onda, vendida
inicialmente em lata.
No Brasil o produto, que foi introduzido em 1986, onde ficou conhecida pelo seu slogan
inesquecível: “A batata da onda!”.
A empresa Frito Company atualmente é a maior empresa no ramo de salgadinhos nos
Estados Unidos e também no mundo, atuando em 40 paises, inclusive no Brasil onde é representada
pela Elma Chips, que é a líder no segmento também no Brasil.
Elma Chips nasceu da fuzao de duas grandes empresas em 1974, que foram a American
Potato Chips, de São Paulo, e da Elma Produtos Alimentícios, de Curitiba, formando assim, a
conhecida Elma Chips.
A logomarca Ruffle’s aparece no centro da embalagem, onde notamos a utilização das cores
vermelha e de bordas na cor branco, esse efeito esta sendo utilizado com o propósito de destacar a
Logomarca do restante da embalagem, mas também transmitindo a idéia de que a batata Ruflle’s é
“quente”, também devemos destacar a utilização da imagem do produto, uma animação da batata
frita ondulada em 3-D, reforçando assim ainda mais o produto.
8.1 – BATATAS RUFFLE’S TRADICIONAL – FRENTE
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FIGURA 1 – Batatas Ruffle’s Tradicional
Layout
Todas as informações seguem um padrão gráfico uniforme de leitura, iniciando-se com a
logomarca, então percebe-se a imagem das batatas Ruffle’s, depois nota-se a presença da imagem
do jovem gritando seguido do slogan.
Cores
Notamos que a cor predominante é a cor azul, porem podemos encontrar outras cores como o
vermelho, branco e amarelo.
Fontes
São utilizadas fontes decorativas especialmente desenvolvidas tanto no slogan, como na logomarca.
Nas informações básicas, percebemos o emprego de fontes sem serifa, fontes essas comuns e de
fácil leitura.
Imagens
À esquerda a imagem de um jovem gritando, como uma forma de expressão jovem. Ao seu lado
encontramos o slogan das batatas Ruffle’s, também percebemos a utilização no centro da
embalagem de um desenho modelo em 3-D, mostrando as batatas Ruffle’s, e para ilustrar o sabor
original, a utilização de uma imagem também em 3-D de um saleiro, para representar o sabor
tradicional.
TABELA 1
FONTE: Ronan A. Franzoi
8.1.2 – BATATAS RUFFLE’S TRADICIONAL – VERSO
Figura 1 – propaganda no verso da
embalagem.
Layout
Figura 2 – informação sobre o
produto.
Figura
3
–
tabela
informações nutricionais.
de
Uma diagramação simples, direta e totalmente informativa, a embalagem também e utilizada como
meio de propaganda para outros sabores das batatas ruffle’s, alem de reforçar a imagem da
qualidade das batatas ruffle’s.
Cores
A cor predominante é prata (refletivo) da embalagem, intercalado com cores da empresa (vermelho,
azul, amarelo e verde)
Fontes
Podemos encontra a utilização de duas fontes, a primeira decorativa, utilizada na propaganda dos
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sabores e no informativo das batatas selecionadas.
No quadro de informações nutricionais, fonte sem-serifa, normal, para fácil leitura.
Imagens
Utilização da imagem de batatas em uma plantação, juntamente com fotos de embalagens de outros
sabores das batatas ruffle’s, para reforçar a imagem de qualidade. Utilização padrão da logomarca
da Elma Chips.
TABELA 2
FONTE: Ronan A. Franzoi
8.2 – BATATAS RUFFLE’S SABOR CHURRASCO – FRENTE
Figura 1 – embalagem ruffle’s
churrasco.
Layout
Figura 2 – detalhe
animação sabor.
Por se um novo sabor, necessita se diferenciar de outros sabores, porem mantem uma excelente
diagramação, sem confundir a sua leitura de imagens e textos. Segue o padrão das batatas Ruffle’s
tradicional de diagramação que ‘e, logomarca/Batata Ruffle’s/Imagem de uma jovem/Slogan.
Cores
A cor mais utilizada ‘e a cor laranja, para simbolizar o seu sabor (churrasco).
Também são utilizadas as cores laranja em seus degrades.
Fontes
Para se manter um padrão de fontes, são utilizadas as mesmas fontes empregadas na embalagem
das batatas Ruffle’s Tradicional, ou seja, fontes decorativas, e a utilização de fonte sem-serifa na
informação sobre o sabor (Sabor Churrasco), e no quadro informativo sobre Gorduras Trans.
Imagens
Utilização da imagem de um jovem, escutando musica e cantando, ao seu lado o slogan das batatas
Ruffle’s. Encontramos no centro da embalagem um desenho 3-D, das batatas Ruffle’s, e para
ilustrar o sabor churrasco, a colocação de uma imagem de carne (churrasco na brasa) também em 3D.
TABELA 3
FONTE: Ronan A. Franzoi
8.2.1 – BATATAS RUFFLE’S SABOR CHURRASCO - VERSO
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Figura 1 – animação 3-D no verso da
embalagem.
Layout
Figura 2 – tabela
informações nutricionais.
com
Novamente uma diagramação simples, trazendo do lado esquerdo da embalagem um texto
publicitário falando sobre as batatas ruffle’s, e do lado direito informações nutricionais obrigatórias.
Cores
Prata (refletivo) com padrão, intercalado com as cores da empresa (vermelho, azul (Também
degrade), amarelo e verde).
Fontes
Decorativas do lado esquerdo no texto publicitários, e nas informações nutricionais podemos
perceber o emprego de fonte sem-serifa, para uma fácil leitura.
Imagens
Utilização da imagem de três batatas em 3-D, sempre simpáticas, representando o produto, criando
assim um “mascote”. Notamos também que do lado esquerdo, abaixo do texto publicitário,
encontramos a imagem em um azul degrade de um Jovem, aparentemente escutando musica e
cantando muito alto.
TABELA 4
FONTE: Ronan A. Franzoi
8.3 – BATATAS RUFFLE’S SABOR CEBOLA & SALSA – FRENTE
Figura 1 – Embalagem Ruffles
Cebola e Salsa.
Layout
Figura 2 –
animação sabor.
detalhe
Nessa embalagem, como nas outras embalagens Ruffle’s segue-se uma linha de padrão no layout,
para não confundir o consumidor e manter-se de fácil leitura visual.
Cores
A cor predominante nesta embalagem é a verde ( e degrades em verde), simbolizando o seu sabor,
Salsa & Cebola. Também encontramos as cores, amarelo, branco, vermelho e azul (Também
degrade), cores padrões nas embalagens e na logomarca das batatas Ruffle’s.
Fontes
Manten-se o padrão, a logo com a utilização de uma fonte decorativa, desenhada especialmente
para a marca, e o slogan, logo abaixo da imagem das batatas Ruffle’s. Também segue como padrão
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as fontes sem serifa, empregadas nos textos informativos, para serem de fácil leitura.
Imagens
Podemos encontrar aqui a imagem de uma jovem mulher, como se estivesse gritando ( atitude),
criando assim um link com o slogan. A utilização de uma imagem em 3-D, para representar o sabor,
aqui desenhado com a imagem de uma cebola.
TABELA 5
FONTE: Ronan A. Franzoi
8.3.1 – BATATAS RUFFLE’S SABOR CEBOLA & SALSA – VERSO
Figura 1 – animação 3-D no verso da
embalagem.
Figura
2
–
tabela
informações nutricionais.
com
Layout
Padronização das batatas ruffle’s sabores, texto, com utilização de imagens 3-D.
Cores
Prata refletivo, padrão da embalagem, alem de Azul, amarelo, branco, vermelho.
Fontes
Decorativas (texto publicitários) e sem-serifa (Texto informação nutricional).
Imagens
Como no sabor Cebola e Sala, a utilização de imagens 3-D (Batatas simpáticas, como mascotes),
logomarca Elma Chips, e de fundo, a imagem de um jovem gritando, demonstrando atitude.
TABELA 6
FONTE: Ronan A. Franzoi
9 CONSIDERAÇOES FINAIS
Com este trabalho concluímos que a embalagem nos tempos atuais faz parte de um plano de
comunicação, uma vez que a embalagem esta diretamente em contato com o consumidor.
Podemos notar que um bom design (layout, diagramação), aliado com a escolha correta de
fontes (Com Serifas ou Sem-Serifa, ou ainda, fontes Decorativas, Manuscritas e entre outras), cores
(azul, laranja, vermelho e outras), criam um vinculo de identificação com os seus consumidores, por
isso a embalagem das batatas Ruffle’s é uma das embalagens de maior sucesso e de melhor design
em seu ramo de atuação.
Podemos notar também que nas embalagens das batatas Ruffle’s, encontramos cores
diferenciadas para cada sabor, em cada embalagem encontramos no verso uma forma nova de
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comunicação, seja institucional ou promocional, porem podemos ver o padrão gráfico que se
mantém nas embalagens das batatas ruffle’s, como a utilização das mesmas fontes, cores da
logomarca e tamanhos, também em ambas as três embalagens analisadas notamos que foram
empregadas imagens diferentes na frente das embalagens, porem, mostrando sempre o seu públicoalvo, os jovens.
Com a análise das três embalagens das batatas ruffle’s, concluímos que todas possuem um
excelente design, desde a aplicação das cores, passando pela escolha da tipologia, cores e a
utilização de imagens.
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TAMBINI, Michael. O Design do Século. São Paulo: Editora Atica, 2002.
MESTRINER, Fabio. Curso de Design de Embalagens – Básico. São Paulo:SP, 2002.
MESTRINER, Fabio. Curso de Design de Embalagens – Avançado. São Paulo:SP, 2005.
CESAR, Newton. Direção de Arte em Propaganda. São Paulo: SP, 2000, Editora Futura.
MODESTO, Farina. Psicodinâmicas das cores em comunicação. São Paulo: SP, 1990 Editora
Edgard Blucher
WIKIPEDIA. http://pt.wikipwdia.org/wiki/serifa. Acessado em Novembro de 2006.
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