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Auriculoterapia no tratamento de dor por disfunção da
Articulação Temporomandibular.
Rosangela Magalhães Barreto da Cunha1
Dayana Priscila Maia Mejia2
e-mail: [email protected]
Pós-graduação em Acupuntura – Faculdade Ávila
Resumo
A Acupuntura vem sendo utilizada por mais de cinco mil anos pelos chineses através da
observação do ser humano e do universo e com o tempo foi sendo aperfeiçoada,
fazendo com que surjam novas técnicas para o tratamento de diversas patologias. Com
isso a acupuntura tornou-se um recurso terapêutico mais conhecido na Medicina
Tradicional Chinesa, junto com a acupuntura uma das técnicas muito utilizada é a
auriculoterapia um recurso muito utilizado para o tratamento de doenças, através da
utilização do pavilhão auricular por meio de estímulos com sementes ou agulhas. A
auriculoterapia pode ser utilizada como complemento na acupuntura ou ser utilizada
somente a auriculoterapia no tratamento o que inclui a disfunção temporomandibular,
sendo essa patologia o causador de diversos problemas para as pessoas como cefaléia,
tinido, dor na região do ouvido, problemas durante a mastigação, sendo a disfunção da
articulação temporomandibular causada por diversos fatores. Sendo assim o presente
projeto busca de que forma a acupuntura pode beneficiar o tratamento melhora a dor?
Visando se é viável a utilização da acupuntura para o tratamento da dor por disfunção
da ATM. Procurando estudar a acupuntura e suas técnicas para alivio da dor. Estudar
a disfunção da ATM. Propor a utilização da acupuntura para alivio da dor da
disfunção da ATM. O presente projeto de pesquisa através de diversas bibliografias
justifica-se pela necessidade de ampliar o conhecimento sobre a acupuntura e seus
meios utilizados para o alivio da dor em especial da dor da articulação
temporomandibular causada pela disfunção dessa articulação. Por ser uma articulação
complexa por seus movimentos durante a mastigação a mesma apresenta em
determinados pacientes alguma disfunção levando ao quadro de dor, fazendo com que
o mesmo procure ate tratamentos cirúrgicos. Com isso é necessário o conhecimento de
novos tratamentos principalmente para o alivio da dor na articulação
temporomandibular desses pacientes.
Palavras-chave: Acupuntura; Auriculoterapia; Articulação Temporomandibular.
1. Introdução
A medicina tradicional chinesa é um fruto riquíssimo com tradição que vem se
mantendo viva por muitos séculos e com uma forma de ver o mundo bem peculiar, é
interessante ao se notar a maneira de interpretar e conhecer a realidade não somente
difere essencialmente como obtém os resultados em determinada patologia mais
eficientes ou iguais que da medicina ocidental. Visando isso o presente projeto busca de
que forma a acupuntura pode beneficiar o tratamento melhora a dor? Visando se é
viável a utilização da acupuntura para o tratamento da dor por disfunção da ATM.
Procurando estudar a acupuntura e suas técnicas para alivio da dor. Estudar a disfunção
da ATM. Propor a utilização da acupuntura para alivio da dor da disfunção da ATM. O
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Pós-graduando em acupuntura
Orientadora
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presente projeto de pesquisa através de diversas bibliografias justifica-se pela
necessidade de ampliar o conhecimento sobre a acupuntura e seus meios utilizados para
o alivio da dor em especial da dor da articulação temporomandibular causada pela
disfunção dessa articulação. Por ser uma articulação complexa por seus movimentos
durante a mastigação a mesma apresenta em determinados pacientes alguma disfunção
levando ao quadro de dor, fazendo com que o mesmo procure ate tratamentos
cirúrgicos. Com isso é necessário o conhecimento de novos tratamentos principalmente
para o alivio da dor na articulação temporomandibular desses pacientes.
Ferreira (2001) A articulação temporomandibular (ATM) está localizada entre a
mandíbula e o crânio e constitui-se das seguintes estruturas: côndilo, cavidade condilar,
disco articular, ligamentos, músculos, vasos e nervos.
As articulações temporomandibulares (ATM) são semelhantes a
uma dobradiça que conecta a mandíbula (maxilar inferior) ao
osso temporal do crânio. À semelhança de outras articulações do
corpo, as superfícies ósseas dessas articulações são cobertas com
cartilagem e as duas superfícies articulares são separadas por um
pequeno disco que impede os ossos de friccionarem entre si. Ma
(2006).
Já Molina (1995) fala que os movimentos e posições da mandíbula são determinados
por três elementos: as articulações temporomandibulares, o mecanismo neuromuscular e
as unidades dentais que são dirigidos pelo sistema nervoso central, sendo capaz de
executar movimentos suaves cíclicos e coordenados.
A articulação temporomandibular por ser bilateral, é necessária que haja um ato de
movimentação sincronizado com a mandíbula, não deixando com que um dos lados
trabalhe mais que o outro lado, tendo assim que haver um funcionamento correto sem
realizar força brusca, sem dor ou incomodo.
Segundo Seaton (1979) os quatro importantes músculos: temporal, masseter,
pterigóideo lateral e pterigóideo medial insere-se na mandíbula e no crânio. Existem
outros músculos que intervém na função mastigatória, participando também ativamente
dessa função.
Burmann (2002) O músculo temporal é um músculo em forma de leque, que tem sua
origem na linha temporal superior e inferior. Ele insere-se no processo coracóide e na
borda anterior do ramo mandibular ascendente.
Caso ocorra um funcionamento incorreto desses músculos levando a movimentos
incorretos irá causar uma ausência de equilíbrio no seu alinhamento fazendo com que a
sua ação própria fique prejudicada, levando a uma situação em que poderá desencadear
várias doenças, pois suas funções estarão lesadas devido ao uso incorreto da mastigação
e gerando dor.
Dubrul (1991) O músculo temporal que é feito mais ao movimento do que a força é
principalmente um elevador da mandíbula.
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O músculo temporal é dividido em fibras anterior mediano e
posteriores. A fibra anterior tem o músculo com a estrutura
maior e são verticais, as medianas tem os ângulos desiguais e as
posteriores são horizontais mantendo a postura mandibular em
repouso elevando-a para frente e dobrando-se para baixo
fechando a boca, ajudando na postura, contraindo os dois ou
somente um lado da mandíbula. Dubrul (1991).
Burmann (2002) fala que o músculo masseter é formado por duas partes, uma
superficial e outra profunda. A parte profunda fica na borda externa do arco zigomático
com inserção na face de fora do ângulo da mandíbula. A porção superficial tem origem
no arco zigomático e sua inserção na tuberosidade masseteriano, sua ação é de fechar
corretamente e de protrusão.
Os músculos da articulação temporomandibular são divididos em temporal, masseter,
pterigóideo medial e pterigóideo lateral, eles são encarregados de movimentar a
mandíbula durante a mastigação, a fala entre outros movimentos.
Madeira (2001) Concomitantemente com sua ação de elevar a mandíbula, o pterigóideo
medial a desloca ligeiramente para frente, tal como a faz a parte superficial do masseter
Segundo Madeira (2001) o músculo pterigóideo medial a sua inserção é na face medial
do ângulo da mandíbula, sua origem é superficial medial do osso esfenóide. É elevador
da mandíbula e também na proteção anterior, agindo no deslocamento lateral e em
movimento rotatório.
O músculo pterigóideo lateral tem duas partes: a superior e a
inferior. A parte superior tem origem na asa maior do osso
esfenóide, com inserção sempre na parte superior da fóvea
pterigóidea e completamente em medida variável no complexo
disco – capsular. Burmann (2002).
Para que haja a realização do fechamento da boca é necessário a ação dos músculos
temporais, masseteres e pterigóideos mediais. E para levar a mandíbula para baixo,
apenas quem realiza este movimento é o músculo pterigóideos laterais, pois são
protusores, retrusores e com isso realizando o abaixamento da mandíbula.
Burmann (2002) fala que a parte inferior tem origem na face lateral da lâmina lateral do
processo pterigóideo, tendo a inserção na fávea pterigóideo.
Segundo Burmann (2002) a sua origem é na lâmina lateral do processo pterigóideo do
osso esfenóide. A ação é considerada guia articular da mandíbula e age em todos os
movimentos da mandíbula.
Dubrul (1991) O músculo puxa a cabeça da mandíbula e o disco articular para frente,
para baixo e para frente ao longo do declive posterior da eminência articular.
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A ATM é suscetível a vários distúrbios, como inflamação,
osteoartrite reumatóide. A dor também pode resultar de lesão
mecânica, como desgaste das articulações, lesão, retesamento
dos músculos da articulação, estresse, mordida sem alinhamento
adequado e aparelhos ou outros dispositivos dentais mal
ajustados. Ma (2006).
Ma (2006) Fala que esse uso excessivo inconsciente das ATM também causa dor e
disfunção das articulações, dos ligamentos e dos músculos. Alguns pacientes também
sentem tinido, cefaléia, náusea ou até vertigem. Alguns pacientem que apresentam
problemas relacionados com ATM podem se queixar de dor na parte anterior do ouvido,
ruídos de estalidos no ouvido ou uma sensação de rangido quando abre a boca ou
durante a mastigação ou até mesmo dificuldade para abrir e fechar a boca.
A disfunção temporomandibular pode ser definida como sendo um conjunto de sinais e
sintomas manifestados devido a alterações no sistema estomatognário que desarmoniza
o equilíbrio funcional entre três elementos fundamentais do sistema, sendo elas a
oclusão dentaria, os músculos mastigatórios e a ATM. As disfunções
temporomandibulares podem ser classificadas como uma desordem da articulação
temporomandibular, por desordem dos músculos mastigatórios, por desordens
congênitas e de desenvolvimento.
A Medicina Tradicional Chinesa constitui um vasto campo de
conhecimento, de origem e de concepção filosófica, abrangendo
vários setores ligados à saúde e à doença. Suas concepções são
voltadas muito mais ao estudo dos fatores causadores da doença,
à sua maneira de tratar, conforme os estágios de evolução do
processo de adoecer, e, principalmente, aos estudos das formas
de prevenção, na qual reside toda a essência da filosofia e da
medicina chinesa. Yamamura (2001).
Fernandes (2008) Ao longo de uma tradição milenar, a medicina tradicional chinesa
desenvolveu sistemas de compreensão das doenças, entendidas como desarmonias
energéticas, que ultrapassam os limites daquilo que nós, ocidentais, poderíamos chamar
de um estudo do corpo.
Segundo MA (2006) a acupuntura vem sendo exercida há cerca de 5.000 anos na China
e em países asiáticos. Ao longo desses milênios, os antigos terapeutas desenvolveram
muitos conceitos elaborados e sistemas que refletiam as crenças religiosas e as tradições
médicas e socioculturais de seus tempos.
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A prática da acupuntura data de mais de cinco mil anos e apenas
recentemente, pudemos “provar” a existência dos canais de
energia, que não são anatômicos, e que, no entanto, foram
identificados tão-somente pela pratica e pela observação
minuciosa do funcionamento do corpo com suas respostas e
manifestações em consonância com a natureza que o cerca.
Fernandes (2008).
Fernandes (2008) fala que os pontos de acupuntura possuem grande potencial de ação
energética, seja ela local ou sistêmica, uma vez que eles estão ligados a redes de
meridianos, dos quais podemos promover grande alteração na fisiologia energética.
Yamamura (2001) A acupuntura, o recurso terapêutico mais conhecido da medicina
tradicional chinesa no ocidente, é o meio pelo qual, mediante inserção de agulhas, são
feitos a introdução, a mobilização, a circulação e o desbloqueio da energia, além da
retirada das energias turvas (Perversas), promovendo a harmonização, o fortalecimento
dos órgãos, das vísceras e do corpo.
Já Ma (2006) fala que a característica comum compartilhada por todos os diferentes
tipos dessa terapia é o uso de agulhas para fazer lesões nos tecidos moles (acupuntura).
As agulhas e as lesões provocadas pelas agulhas ativam os mecanismos de
sobrevivência incorporados que normalizam a homeostase e o promovem a autocura.
A Medicina Tradicional Chinesa concentra-se na observação dos
fenômenos da natureza e nos estudos e compreensão dos
princípios que regem a harmonia nela existente. Na concepção
chinesa, o Universo e o Ser Humano estão submetidos às
mesmas influências, sendo partes integrantes do Universo como
um todo. Yamamura (2001).
Segundo Ma (2006) como terapia fisiológica, a eficácia da acupuntura depende (1) da
eficácia de cura do(s) sintoma(s) ou da(s) doença(s) e (2) do potencial de autocura
mantido por cada paciente.
Então podemos dizer que a acupuntura é definida como sendo uma terapia fisiológica
que é comandada pelo cérebro que com a estimulação dos nervos sensoriais periféricos
o mesmo responde por meios elétricos ou manuais. Portanto a acupuntura não trata os
sintomas patológicos mais normaliza a homeostase fisiológica levando a uma autocura.
Yamamura (2001) fala que a acupuntura auricular é uma técnica que visa harmonizar a
função dos Zang ∕ Fu (órgão ∕ Vísceras) por meio do estímulo de pontos distribuídos em
todo o pavilhão auricular.
Os pontos-gatilhos assim definidos se referem claramente às
áreas sensíveis somente em músculos esqueléticos. Os
acupontos clássicos são encontrados não apenas nos músculos
esqueléticos, mas em outras estruturas de tecidos moles, como
tendões e fáscias. Ma (2006).
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Segundo Yamamura (2001) o Chen-Chuí ou a acupuntura, como é conhecida no
Ocidente, é um antigo método terapêutico chinês que se baseia na estimulação de
determinados pontos do corpo com agulha (Chen) ou com fogo (Chuí), a fim de
restaurar e manter a saúde.
Segundo Ma (2006) os pontos-gatilhos compartilham algumas, mas não todas, as
características dos acupontos, enquanto os acupontos incluem todas as características
dos pontos-gatilhos. Isso significa que os pontos-gatilhos têm alguns parâmetros
inclusivos, porém não exclusivos dos acupontos clássicos.
A concepção filosófica chinesa a respeito do universo está
apoiada em três pilares básicos: a teoria do Yin e Yang, dos
cinco movimentos e dos Zang Fu (órgãos e vísceras). O conceito
do yin e yang conceito básico e fundamental de todas as ciências
orientais que corresponde à condição primordial e essencial para
a origem de todos os fenômenos naturais, como, por exemplo, o
princípio da energia e da matéria. O conceito dos cinco
movimentos por meio desse conceito, procuram-se explicar os
processos evolutivos da natureza, do universo, da saúde e da
doença. O conceito do Zang Fu (órgão e víscera) aborda a
fisiologia energética dos Órgãos, das Vísceras e das Vísceras
Curiosas do Ser Humano, que constitui o alicerce para a
compreensão da fisiologia e da propedêutica energética e da
fisiopatologia das doenças e seu tratamento. Yamamura (2001).
Quando se trata da eficácia da acupuntura ela deixa de ser eficaz quando a região a ser
tratado o qual é suprida por um nervo sensorial ele é bloqueado por uma lesão que
secciona o nervo, por anestesias local, atado por uma faixa ou entorpecido por gelo. Já
que os nervos sensoriais são componentes anatômicos vitais dos acupontos.
Ma (2006) Um dos mais importantes conceitos da acupuntura é que os acupontos são
entidades fisiopatologicamente dinâmicas. O grau da sua sensibilidade muda quando a
homeostase (o equilibro yin e yang) muda. Grande parte dos acupontos não mostra
basicamente nenhuma sensibilidade quando a homeostase está ótima.
Segundo Yamamura (2001) a acupuntura visa restabelecer a circulação da energia (Qi)
nos canais de Energia e dos Órgãos e das Vísceras e, com isso, levar o corpo a uma
harmonia de energia e de matéria.
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A Energia (Qi) é a forma imaterial que promove o dinamismo, a
atividade do ser vivo. Manifesta-se sob dois aspectos principais,
um de característica Yang, que representa a Energia que produz
o calor, a explosão, a ascensão, a claridade, o aumento de todas
as atividades, e o outro de característica Yin, a Energia que
produz o firo, o retraimento, a descida, o repouso, a escuridão, a
diminuição de todas as atividades. Yamamura (2001).
Segundo Yamamura (2001) o reconhecimento dos principais pontos de acupuntura não
foi um mero achado experimental, mas deriva-se de todo o conceito do Yang e do Yin e
dos princípios dos cinco movimentos, que são os alicerces da filosofia chinesa. Assim, a
origem dos pontos shu antigos nos canais de energias principais representa a relação
Yang ∕ Yin, Alto ∕ Baixo, Superficial ∕ Profundo e Esquerda ∕ Direita, enquanto o
dinamismo funcional desses pontos de acupuntura depende dos princípios que regem os
Cinco Movimentos.
Os Canais de Energia desempenham o importante papel de
relacionar os cinco Órgãos e as seis Vísceras com o Exterior
(parte somática), e vice-versa. É por meio dos Canais de Energia
Principais que o Qi (Energia) e o Xue (Sangue) se dirigem para
o tronco assim como aos membros superiores e inferiores. Os
Canais de Energia funcionam como vias de penetração das
Energias Celestes da superfície (pele) até o interior (Zang Fu).
Yamamura (2001).
Segundo Yamamura (2001) no homem, cada órgão e víscera têm dentro de si a energia
correspondente aos cinco movimentos que é transmitida ao longo dos canais de energia
principais e, destes, para a superfície da pele através de pontos de acupuntura
específicos, denominados Shu antigos.
Neves (2009) A auriculoterapia, assim como a acupuntura, é parte integrante da
Medicina Tradicional Chinesa. Embora existam evidencias de sua utilização por
diversos povos deste a Antiguidade, foi na China que se deu maior desenvolvimento, a
partir da relação do pavilhão auricular com os demais órgãos e regiões do corpo.
Segundo Yamamura (2001) essa técnica, amplamente conhecida e praticada no
Ocidente, chegou a ser, por vários anos, vista como terapia que se utilizava de agulhas
em pontos de acupuntura, mas que não fazia parte da Medicina tradicional Chinesa, uma
vez que os textos clássicos antigos não se dedicaram a sua descrição. No entanto, relatos
históricos confirmam que a acupuntura auricular foi também praticada na China antiga.
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Existem relatos do Antigo Egito segundo os quais as mulheres
usavam pontos auriculares como forma anticoncepcional. No
Siri Lanca, documentos descrevem pontos auriculares para
controle da deambulação do elefante. Os turcos do século III
usavam a cauterização de pontos auriculares no tratamento de
diversas doenças. Neves (2009).
Yamamura (2001) relata que no ocidente, principalmente na França, estudos de
acupuntura auricular ganharam grande impulso e vários pontos novos, bem como
técnicas de tratamento foram desenvolvidos nesta área, fazendo com que essa técnica
fose vista como um recurso de tratamento voltado fundamentalmente para os
diagnósticos da Medicina Ocidental ou funções próprias do conhecimento ocidental,
como hormônios, sistema neurovegetativo, etc.
Neves (2009) Na china, muito antes do cristianismo e de Hipócrates, o uso terapêutico
do pavilhão auricular era associado ao tratamento de acupuntura sistêmica. Os primeiros
escritores chineses demonstraram a orelha como um órgão isolado que mantém relação
com os demais órgãos e regiões do corpo. Assim como os antigos escritores da
Medicina Tradicional Chinesa e documentos de outras civilizações antigas, não são
poucos os fatos curiosos na história das civilizações que demonstram o interesse pelo
pavilhão auricular.
Yamamura (2001) relata que a acupuntura auricular corresponde também a um
importante recurso de propedêutica, uma vez que alterações dos Zang ∕ Fu (Órgãos ∕
Vísceras) se refletem na orelha como pontos eritematosos ou pálidos, bem como por
meio de pápulas ou telangiectasias.
Já em tempos mais recentes, por volta de 1950, o médico francês
Paul Nogier deu importante contribuição para o uso terapêutico
do pavilhão auricular. Através de estudos que partiram dos
pontos auriculares chineses e da criação de novos métodos de
mapeamento e estimulação dos pontos, Nogier estabeleceu a
relação do pavilhão auricular com a figura de um feto na posição
invertida e batizou sua descoberta de Auriculoterapia. Neves
(2009).
Neves (2009) fala que em 1958 a descoberta da Auriculoterapia e o mapa auricular de
Nogier foram publicados na Revista de Medicina Tradicional de Shangai. Em uma
cultura que é o beco da acupuntura, a descoberta da auriculoterapia impulsionou um
grande número de estudos em diversas universidades e hospitais da China.
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A energia que nutre a orelha pode penetrar nela diretamente por
meio dos pontos de acupuntura do canal unitário Shao Yang
[Sanjiao (Triplo Aquecedor) e Dan (Vesícula Biliar)], bem como
do canal principal do Gan (fígado). Por outro lado, a orelha
representa a “abertura” sensorial do Shen (rins) e é
fundamentalmente dependente do Qi desse Zang. Yamamura
(2001).
Neves (2009) relata que em 1990 a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece a
Auriculoterapia como terapia de microssistema para benefício, promoção e manutenção
da saúde, no tratamento de diversas enfermidades.
Neves (2009) Pela visão oriental, segundo a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) e
conforme seus artigos escritos, os 12 meridianos reúnem-se na orelha. A orelha também
é uma das principais zonas o Yang e o Yin se inter-relacionam. Os três Yang da mão e
os três Yang do pé chegam diretamente na orelha, diferentemente dos três Yin da mão e
dos três Yin do pé, que chegam indiretamente através de seus ramos.
Yamamura (2001) fala que na orelha, principalmente na face anterior, em suas
saliências e reentrâncias, situam-se pontos ou áreas correspondentes às estruturas
orgânicas ou a algumas das funções do organismo.
Neves (2009) O pavilhão auricular possui um formato ovóide que se assemelha à forma
de um feijão, de um rim e à figura de um feto em posição embrionária, conforme
descreve Paul Nogier. O diagnóstico em Auriculoterapia consiste na identificação e
localização de pontos ou regiões alteradas no pavilhão auricular. Essas alterações são
chamadas de pontos ou áreas reagentes e são localizadas por meio de inspeção, palpação
e eletrodiagnóstico.
Segundo Yamamura (2001) para o tratamento adequado pela acupuntura auricular é
indspensável conhecer a exata localização dos pontos auriculares e suas funções
energéticas. Esses pontos podem ser localizados por meio de aparelhos localizadores de
ponto de acupuntura ou investigando a ocorrência de pontos dolorosos, bem como
alterações de pele da orelha, pápulas, eczemas, etc.
A inspeção minuciosa de todas as partes da orelha pode mostrar
a presença de manchas, escamações, aumento da vascularização
e formações de nódulos, indicando o local e a fase da disfunção.
É importante lembrar que nesta face da avaliação o pavilhão
auricular ainda não foi tocado, portanto ainda não foi limpo,
evitando qualquer alteração na sua superfície que possa
mascarar ou produzir ou produzir qualquer alteração que
prejudique esse exame. Neves (2009).
Neves (2009) O principal objetivo da palpação é localizar regiões ou pontos que sejam
reagentes à dor e também observar possíveis marcas deixadas pelo método.
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Neves (2009) fala que o eletrodiagnóstico baseia-se na detecção dos pontos de menor
resistência elétrica, ou, tecnicamente falando, menor impedância. Sabe-se que qualquer
alteração de um órgão, tecido ou parte de corpo tem a “resistência” elétrica diminuída
no ponto correspondente no pavilhão auricular.
Yamamura (2001) fala que quando o organismo está em bom estado de saúde, a pele da
orelha não acusa diferença de potencial elétrico, não reagindo ao toposcópio. Na
vegência de alguma afecção orgânica, funcional ou enegética ocorrem alterações na
impedância da pele da orelha, que são variáveis de acordo com idade, sexo, condições
de trabalho, tipo e grau de doença, clima, meio ambiente, temperatura e grau de
umidade.
Os pontos auriculares estão distribuídos nas duas orelhas, tanto
anterior como posterior, e com a mesma localização. Porém a
pratica clinica mostrou que todas as estruturas do corpo
representadas na orelha são homolaterais à queixa ou ao órgão
do paciente. Neves (2009).
Segundo Yamamura (2001) uma vez determinados os pontos auriculares a serem
estimulados devem ser considerados outros aspectos na técnica da acupuntura auricular,
como ângulo de inserção da agulha auricular, velocidade da inserção da agulha auricular
e profundidade.
Neves (2009) Na terapia de auriculoterapia tem função de ativar a circulação de Qi e
Xue, drenar a umidade e dispersar o calor, segundo os critérios da Medicina Tradicional
Chinesa. Por isso são considerados pontos de analgesia e de ação antiinflamatória,
conforme os critérios ocidentais. Esses pontos têm relação direta com a queixa principal
do paciente quanto esta for física.
Yamamura (2001) fala que as agulhas de estimulação podem ser mantidas de 10 a 20
minutos, ou fazem-se manobras de estimulação e retiram-se as agulhas em seguida.
Terminada a sessão, podem ser colocadas agulhas semipermanentes.
Segundo Neves (2009) além de estimular as regiões auriculares com função terapêutica,
a massagem auricular ativa circulação para a realização de posterior sangria. É feita no
sentido ascendente, partindo do lóbulo até o ápice da orelha e partindo do trago até o
ápice da orelha.
Segundo Yamamura (2001) as agulhas semipermanentes ficam retidas por meio de uma
minúscula bandagem e devem ser mantidas o tempo suficiente para a obtenção dos
resultados .
Além de estimular as regiões auriculares com função
terapêutica, a massagem auricular ativa circulação para a
realização de posterior sangria. É feita no sentido ascendente,
partindo do lóbulo até o ápice da orelha e partindo do trago até o
ápice da orelha. Neves (2009).
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As desarmonias energéticas dos Órgãos e das Vísceras podem
manifestar-se no exterior por meio de dores, inflamações,
abscessos, paralisias, etc. Essas mesmas desarmonias podem, na
orelha, provocar reações como pápulas, eczemas, edemas,
mudanças de cor nos pontos correspondentes, tornando-os
doloridos e com diferença de potencial da pele em relação à
região adjacente. Yamamura (2001).
Yamamura (2001) fala que na visão da Medicina Tradicional Chinesa – Acupuntura, o
organismo está relacionado em sua totalidade aos diversos tipos de canais de energia
que se comunicam à orelha. Quando um ponto da orelha recebe um estímulo, este é
captado pelo canal, antigindo assim o órgão correspondente. Havendo estímulo
excessivo do ponto pela manipulação ou de implusos eletrônicos, instala-se a sedação
do órgão correspondente ao ponto auricular e, conseqüentemente, também das regiões
por ele comendadas, levando à analgesia.
2. Métodos
Pode-se utilizar também no tratamento de dor na articulação temporomandibular os
pontos da acupuntura sistêmica que podem ser os pontos estômago 6 (E6), o estômago 7
(E7), Vesícula Biliar 2 (VB2), Vesícula biliar 3 (VB3), Triplo Aquecedor 17 (TA17),
Triplo Aquecedor 21 (TA21), Intestino Grosso 4 (IG4).
Segundo Neves (2009) o ponto Shen Men localize-se na porção superior do ápice da
fossa triangular sendo bilateral e tem como função o ponto sedante e analgésico, relaxa
a mente, trata dor e inflamação quando combinado com área correspondente. O ponto
Simpático encontra-se na junção da cruz inferior com a face interna do hélix, sendo
bilateral e com função de vasodilatador, relaxa a musculatura lisa, inibe a excreção das
glândulas, controla a atividade do SNC e SNV. O ponto do Rim localiza-se na concha
cimba, em um sulco abaixo da porte da cruz inferior sendo bilateral, com indicação
física para disfunções ósseas e articulares. O ponto do fígado encontra-se na concha
cimba, acima da raiz do hélix e somente na orelha direita, com indicação para
disfunções osteoarticulares. O ponto relacionado com a articulação temporomandibular
localizada na extremidade inferior da orelha na parte mais lateral superior.
Souza (1991) fala que o Shen Men cria uma pré disposição para o tratamento. É feito
sempre profundo para sedação. Quando é bem aplicado, equilibra todos os pontos que
eventualmente tenham sido aplicados de forma errada. O Rim filtra o sangue e libera as
toxinas presas no organismo. Sempre é feito de forma superficial. Simpático atua no
equilíbrio de todas as funções anatômicas do organismo. Deve ser feito de forma
profunda. O ponto do Fígado possui uma ação sobre o sistema imunológico. Usado em
pessoas que estão em estado de desânimo com a vida, depressivas. Atua fortemente na
auto-estima. O ponto do Maxilar tem uma ação principalmente na arcada dentária e
também nas fibras da região do trigêmeo. Também possui ligação com fibras da
articulação entre a escápula e o úmero. Trata casos de: má oclusão contratura do
masseter, bursite, dores nos ombros e alguns casos de paralisia facial.
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Alguns dos tratamentos para a disfunção da articulação temporomandibular seria a
fisioterapia com a utilização de eletrotermoterapias como ultra-som, TENS, crioterapia
e calor, a utilização de laser de baixa potencia e terapias manuais. E os tratamentos
clinico dar-se através da utilização de fármacos para controle da dor e antiinflamatórios.
3. Discussão
Ma (2006) fala que para encontrar os pontos sintomáticos locais, palpar cuidadosamente
a área ao redor da ATM, os músculos temporal e masseter, os músculos do pescoço
(inclusive o esternocleidomastóideo) e os músculos da parte posterior do pescoço.
Segundo Ma (2006) selecionando a posição adequada: supino ou de lado. Se o problema
de ATM é crônico, todos os acupontos homeostáticos acessíveis na posição selecionada
devem ser agulhados porque o paciente pode apresentar outros sintomas como cefaléia,
fadiga, tinidos ou náuseas. Se o problema da ATM é agudo e a pessoa é saudável apenas
os pontos sintomáticos locais precisam ser agulhados.
Segundo Casado (2008) o posto do estômago 6 (E6) localizado com um dedo de largura
(dedo médio) anterior e superior ao ângulo da mandíbula, com a mandíbula firmemente
cerrada, no ponto mais elevado do músculo masseter.o ponto do Estômago 7 (E7) que
localiza-se com a boca aberta na depressão que se forma entre o arco zigomático e a
incisura mandibular. Vesícula Biliar 2 (VB2) encontra-se anterior à chanfradura
intertrágica, na borda posterior do processo condilóide da mandíbula. Com a boca
aberta. Vesícula biliar 3 (VB3) na frente da orelha, na borda superior do arco
zigomático, na depressão logo acima do ponto E7. Triplo Aquecedor 17 (TA17)
posterior ao lóbulo da orelha, na depressão que surge ao abrir a boca, no ponto médio
entre o ângulo da mandíbula e o processo mastóideo. Triplo Aquecedor 21 (TA21)
Localiza-se com a boca aberta na depressão anterior a chanfradura supratrágica e
ligeiramente superior ao processo condilóide da mandíbula. Intestino Grosso 4 (IG4) no
dorso da mão, radialmente até a parte média do segundo metacarpiano sobre o músculo
adutor do polegar.
Segundo Ma (2006) A compreensão da fisiologia do acuponto é importante para a
prática clínica porque, no nível prático, esse conhecimento capacita o terapeuta a
realizar uma avaliação quantitativa da acupuntura para obter um prognóstico confiável
quanto ao tratamento com acupuntura, prevendo quantas sessões serão necessárias para
o tratamento e para obter o máximo alívio em mais de 90% dos pacientes com dor.
Marques (2009) relata a possibilidade de paralisia total ou parcial de uma parte do corpo
é muito comum em acometimentos álgicos; deve-se, analisar com detalhe esse
acometimento para que possa ser revisto o grau de movimentação ou deficiência
conseguido após o tratamento realizado.
Neves (2009) afirma que eletroauriculopuntura trata-se da associação da eletroterapia
com a auriculoterapia. Para isso é necessário o uso de agulhas filiformes e um aparelho
de eletroterapia. Tendo como principal objetivo de associar o uso de correntes
terapêuticas é de potencializar a ação da acupuntura auricular, geralmente na busca de
efeitos analgésicos e antiinflamatórios, mas de uma forma tolerável e confortável ao
paciente.
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Yamamura (2001) fala que as vezes, os pacientes podem sentir tonturas, palidez, suor
frio ou lipotimia. A fim de evitar esses efeitos colaterais, é conveniente fazer as
aplicações com o paciente deitado. Na ocorrência da sintomatologia dos efeitos
colaterais, deve-se parar de manipular ou estimular as agulhas ou ainda retirá-las.
Marques (2009) fala ainda que quanto ao movimento, deve-se, ainda, observar que
muitas queixas podem melhorar ou piorar; esse fato propiciona o conhecimento da
natureza da patologia do ponto de vista da qualidade energética Yin ou Yang.
Neves (2009) fala que o tratamento de dores por trauma externo o uso dos pontos de
área correspondente no tratamento de torções, contusões, contraturas, espasmos e
luxações leva a resultados terapêuticos que podem chegar a 95%, com 67% de cura
total. O tratamento de enfermidades reumáticas a utilização de alguns pontos auriculares
como baço, suprarrenal, endócrino, área da alegria e ápice da orelha, combinados com
área correspondente, permite elevar a produção de corticóides, produzindo-se efeito
antiinflamatório, além de elevar o nível imunológico.
Yamamura (2001) fala que a analgesia por acupuntura é amplamente utilizada na China
por suas caracteristicas de manter o paciente consciente além de ser segura, simples e de
fácil manejo. Permite recuperação rápida no pós-operatório e é indicada,
principalmente, nos casos em que não se pode aplicar a anestesia tradicional em pessoas
alérgicas ao medicamento, debilitadas ou que não podem suportara dose necessária do
medicamento.
Ma (2006) fala que quando a agulha penetra nos tecidos mais profundos, especialmente
nos músculos, o paciente tem sensações não dolorosas (de qi), isso indica que o Qi (ou
seja, o fluxo de energia vital) foi obtido ou chegou ao local. Cerca de 90% das inserções
de agulhas produzem algum tipo de sensação de qi, dependendo das fibras nervosas
encontradas pela agulha e pelo ambiente tecidual circunvizinho, como mediadores de
perfusão tecidual e inflamatórios.
Neves (2009) afirma que embora pesquisas científicas não nos forneçam respostas
completas para entendermos o mecanismo de ação da acupuntura e auriculoterapia
através da neurofisiologia, e a teoria neuro-humoral forneça dados pobres ao citar a ação
de endorfinas ou do portal da dor, já está clinicamente comprovada a riqueza dos
resultados dessa terapia em sua própria história.
Os acupontos necessitam de uma importância maior para o terapeuta, pois os mesmos
apresentam algumas propriedades físicas na superfície do corpo em termos de qualidade
sendo essa a sensibilidade do acuponto e a quantidade que seria o tamanho de cada
acuponto sensível e até mesmo o número de acupontos sensíveis pelo corpo. Sendo as
propriedades físicas que incluem a sensibilidade, especificidade e seqüência onde os
mesmos mostram a gravidade ou a cronicidade dos sintomas de dor do paciente.
Neves (2009) fala ainda que o tratamento de enfermidades endócrino metabólicas nas
disfunções da tireóide, hipófise, diabetes, obesidade e anorexia, a auriculoterapia auxilia
na redução e desaparecimento dos sintomas, assim como na diminuição da
administração de medicamentos e no tratamento de enfermidades funcionais a
auriculoterapia produz efeitos satisfatórios no controle das vertigens, palpitações,
espasmos de musculatura lisa, hipertensão e nas disfunções respiratórias, urinárias,
digestivas e circulatórias.
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Ma (2006) afirma que a inserção de agulha reduz o estresse físico estimulando a
secreção de endorfinas, relaxando os sistemas cardiovascular e muscular e restaurando
os equilíbrios físicos e autônomo (homeostase), o que inclui normalização das funções
viscerais prejudicadas durante a agressão estressante através dos trajetos neurohormonais.
Segundo Neves (2009) Tratamento das alterações emocionais as disfunções mentais
leves e moderadas podem ser tratadas com bons resultados. Já nos casos mais severos, a
auriculoterapia deve ser combinada com o uso de medicação e no tratamento de
enfermidades crônicas o uso da auriculoterapia no tratamento de enfermidades crônicas
apresenta bons resultados. Porém, necessita de um tempo mais prolongado de aplicação.
Segundo Ma (2006) a inserção de agulhas promove e acelera a cura dos tecidos moles –
nervos, músculos tecidos conectivos (tendões, ligamentos, cápsulas articulares, cobertas
fasciais dos músculos) algumas estruturas funcionais, como sangue e vasos linfáticos.
Ma (2006) fala que o alivio da dor é obtido pelo equilíbrio homeostático e pela cura dos
tecidos moles na maioria dos casos, enquanto o alívio imediato da dor quase sempre
acorre antes mesmo da cicatrização dos tecidos.
A terapia com acupuntura é uma técnica sem inoculação de drogas e com um pequeno
traumatismo que tem como finalidade ativar os mecanismos de autocura do paciente
através da homeostase autônoma, levando a uma cicatrização dos tecidos e alivio da
dor, quando se introduz a agulha faz-se um circuito de microcorrente cutânea levando a
estimulação do crescimento do tecido,tendo também uma resposta antiinflamatória local
contra a lesão principal.
Ma (2006) afirma que a inserção de agulhas na ATM e nos músculos que as opera reduz
a tensão muscular e a inflamação do músculo e dos tecidos moles associados com as
articulações. A inserção de agulhas melhora a circulação sangüínea local e aumenta o
suprimento de oxigênio, acelerando a cura do tecido.
Yamamura (2001) fala que a escola tradicional chinesa define que a estimulação
adequada dos pontos de acupuntura situados nos canais de energia regulariza a corrente
de Qi que circula nos mesmos e, conseqüentemente, nos Zang Fu (Órgãos ∕ Vísceras),
distribuindo esse Qi por todo o corpo. Quando determinado ponto de acupuntura
sistêmico é estimulado intensamente por longo tempo provoca o esvaziamento da
energia da região ou do Órgão que é regido por esse ponto, provocando, então, a
analgesia daquela região.
Ma (2006) fala que a acupuntura é capaz de reparar tecidos moles lesados e restaurar a
função articular. A inserção de agulhas de acupuntura também desacelera o processo
degenerativo em casos de artrite. Deslocamento ou desalinhamento da ATM resultante
de problemas dentários deve ser tratado por especialistas apropriados, mas a acupuntura
pode ser usada como tratamento complementar nesses casos.
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Neves (2009) fala também das vantagens da auriculoterapia além de ser uma terapia que
produz resultados rápidos, na maioria das vezes imediato, a auriculoterapia têm baixo
custo, fácil aprendizado, fácil aplicação e boa aceitação pelos pacientes. Também
podemos destacá-la como terapia de administração contínua: o paciente passa várias
horas em tratamento, mesmo não estando no consultório, enquanto permanecer com os
adesivos na orelha. Por essa razão, tem sido bastante usada como complemento de
outras terapias que costumam ter freqüência de tratamento semanal.
4. Conclusão
Portanto a acupuntura se mostra um mecanismo adicional para o tratamento de dor
devido à disfunção da articulação temporomandibular, devido ao alivio imediato da dor
e tendo uma resposta antiinflamatória excelente. Assim podendo até ser utilizada em
casos de pós-operatórios onde o paciente apresenta algum tipo de entorpecimento nas
gengivas, nos lábios, no maxilar e na pele facial apresentando também edemas de
tecidos moles. Sendo assim a utilização da acupuntura logo após a cirurgia o paciente
apresenta uma redução considerável do edema e do inchaço, devido a uma vaso
dilatação causada pelas agulhas reduzido assim a resistência periférica da circulação
cardiovascular.
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